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DISTÚRBIOS-NEUROPSICOLÓGICOS-E-BATERIAS-DE-TESTES-BÁSICOS-E-ESPECÍFICOS

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1 
 
 
DISTÚRBIOS NEUROPSICOLÓGICOS E BATERIAS DE 
TESTES BÁSICOS E ESPECÍFICOS 
 
1 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE 
(TDAH)............................................................................................................ 3 
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA ....................................... 5 
DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM .................................................... 7 
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM ........................... 9 
DISGRAFIA ...................................................................................... 9 
DISLEXIA ....................................................................................... 10 
DISCALCULIA ................................................................................ 11 
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ........................................................... 12 
CAUSALIDADE DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL........................ 15 
SÍNDROME DE RETT ........................................................................ 19 
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: BATERIAS E TESTES .............. 20 
TESTES UTILIZADOS ....................................................................... 22 
MEMÓRIA ...................................................................................... 25 
LINGUAGEM .................................................................................. 26 
ATENÇÃO ...................................................................................... 27 
FUNÇÕES EXECUTIVAS .............................................................. 27 
LOBOS FRONTAIS ........................................................................ 28 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 32 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a instituição, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A nossa instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes 
áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os distúrbios neuropsicológicos também conhecidos como distúrbios do 
neurodesenvolvimento são problemas neurológicos que podem interferir com a 
aquisição, retenção, ou aplicação de habilidades ou conjuntos de informações 
específicos. Eles podem envolver disfunção da atenção, da memória, da 
percepção, da linguagem, da solução de problemas ou da interação social. 
Esses distúrbios podem ser leves e de fácil controle com intervenções 
comportamentais e educacionais ou podem ser mais graves, e as crianças 
afetadas podem precisar de mais apoio. 
Os distúrbios do neurodesenvolvimento incluem: 
► Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade; 
► Transtornos do espectro autista; 
► Distúrbios da aprendizagem; 
► Deficiência intelectual; 
► Síndrome de Rett; 
 
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E 
HIPERATIVIDADE (TDAH) 
 
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) constitui um 
problema de saúde mental que tem três características básicas: a desatenção, 
a hiperatividade/agitação e a impulsividade, causando grande impacto na vida 
da criança ou adolescente portador e das pessoas que fazem parte do seu 
convívio. 
Pode gerar dificuldades emocionais e de relacionamento familiar e social, 
bem como dificuldade de aprendizagem e baixo rendimento escolar. 
A hiperatividade é o aumento da atividade motora. A pessoa hiperativa é 
inquieta e está quase constantemente em movimento. Quando se trata de 
4 
 
 
criança, os professores descrevem que ela se levanta da carteira a todo instante, 
mexe com um ou com outro, fala muito. Parece que é elétrica, ou que está com 
um motorzinho ligado o tempo todo. Raramente consegue ficar sentada, mas se 
é obrigada a permanecer sentada, se revira, bate com os pés, mexe com as 
mãos, ou então acaba adormecendo. Dificilmente consegue se interessar por 
uma brincadeira em que tenha que ficar quieta, mas está sempre correndo, 
subindo em móveis, árvores, e frequentemente em locais perigosos. Uma 
criança mais hiperativa nem mesmo para comer consegue sentar, quanto mais 
para assistir a um programa de televisão, ler um livro ou uma revista. 
Impulsividade é a deficiência no controle dos impulsos, é “agir antes de 
pensar”. Podemos entender impulso como a resposta automática e imediata a 
um estímulo. Por exemplo, se vemos alguma coisa apetitosa, queremos comê-
la; se estamos de dieta, temos que controlar o impulso. Se alguém nos incomoda 
ou agride, nosso impulso é afastá-lo ou revidar, agredindo-o de volta; mas isto 
pode ser algo ruim para todos e deve ser controlado. Se observarmos uma 
criança pequena, fica fácil ter uma ideia do que é impulsividade, porque nessa 
fase ela naturalmente ainda não desenvolveu nenhum controle dos seus 
impulsos. Em outras palavras, ela não tem freio. Somente à medida que a 
criança cresce é que a educação vai criando esse freio interno, através de um 
processo de inibição da resposta imediata. No TDAH, as reações tendem a ser 
imediatas, sem reflexão. 
 
Imagem: 1 
5 
 
 
Na desatenção a pessoa não consegue manter a concentração por muito 
tempo, se começar a ler um livro, na metade da página não consegue lembrar o 
que acabou de ler. Até mesmo numa conversa é capaz de perder o fio da meada. 
A desatenção é responsável por erros tolos que o estudante comete em matérias 
que ele seguramente domina, mas que no momento da prova sua atenção caiu. 
Outras vezes, a mente da pessoa com TDAH parece que não tem um 
“filtro”, e por isso qualquer estímulo é capaz de desviar sua atenção. Assim é 
que numa aula, por exemplo, basta passar alguém no corredor ou acontecer um 
ruído na rua para deixar a pessoa perdida em relação ao que está sendo falado 
pelo professor. 
Outra forma de desatenção é quando a pessoa não é capaz de dar um 
recado, simplesmente por não se lembrar disso no exato momento em que 
encontra a pessoa a quem deve dar o recado. No entanto, basta alguém 
perguntar qual o recado que ela ficou de transmitir que frequentemente irá 
lembrá-lo. Dito de outra forma, sua memória está conservada, a questão é que 
essa pessoa não consegue se lembrar de algo no momento em que deveria fazê-
lo. 
 
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA 
 
Os transtornos do espectro autista (TEAs) são problemas nos quais as 
pessoas têm dificuldade em desenvolver relacionamentos sociais normais, usam 
linguagem de maneira anormal ou não a usam em absoluto e se comportam de 
maneiras compulsivas e ritualistas. 
► As pessoas afetadas têm dificuldades para se comunicar e se 
relacionar com terceiros. 
► As pessoas com transtornos do espectro autista também têm padrões 
de comportamento, interesses e/ou atividades restritas e com frequência 
seguem rotinas rígidas. 
► O diagnóstico se baseia na observaçãoe nos relatos dos pais e outros 
cuidadores. 
6 
 
 
► A maioria das pessoas responde melhor a intervenções 
comportamentais altamente estruturadas. 
Os transtornos do espectro autista (TEAs) são considerados um espectro 
de transtornos, porque as manifestações variam amplamente em tipo e 
gravidade. Anteriormente, os TEAs eram classificados como autismo clássico, 
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e 
transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado. Contudo, os 
médicos atualmente não usam essa terminologia e consideram todos esses 
como TEAs (exceto para a síndrome de Rett, que é um distúrbio genético 
distinto). Os TEAs são diferentes da deficiência intelectual, ainda que muitas 
crianças com TEAs tenham ambas as coisas. O sistema de classificação enfatiza 
que, dentro desse amplo espectro, diferentes características podem ocorrer de 
maneira mais ou menos intensa em um dado indivíduo. 
Os sintomas de um transtorno do espectro autista podem aparecer nos 
primeiros dois anos de vida, mas em formas mais leves, os sintomas podem não 
ser detectados até à idade escolar. Esses transtornos ocorrem em cerca de uma 
em cada 68 pessoas com base em estatísticas populacionais recentes, e são 
quatro vezes mais comuns entre meninos do que entre meninas. 
As causas específicas dos transtornos do espectro autista não são 
completamente compreendidas, embora elas frequentemente estejam 
relacionadas a fatores genéticos. No caso de pais com um filho com um TEA, o 
risco de ter outro filho com um TEA é 50 a 100 vezes maior. Diversas anomalias 
genéticas, como a síndrome do X frágil e o complexo da esclerose tuberosa e a 
síndrome de Down, podem estar associados a um TEA. Infecções pré-natais, 
como infecções virais como a rubéola ou o citomegalovírus, também podem ter 
alguma participação. No entanto, está claro que os TEAs não são causados por 
má educação, condições adversas da infância ou por vacinação. 
 
 
 
 
7 
 
 
DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM 
 
Distúrbios de aprendizagem são dificuldades que algumas pessoas 
apresentam, ainda na infância, na hora de aprenderem algo novo. Crianças com 
algum distúrbio de aprendizagem possuem dificuldades para aprender a 
escrever, a ler, possuem dificuldades de concentração e são agitadas. Muitas 
vezes essas crianças são consideradas problemáticas, rebeldes ou preguiçosas. 
Os distúrbios de aprendizagem acontecem quando há uma falha no 
sistema nervoso central (SNC) e as informações recebidas não são processadas 
corretamente. Ao receber as informações a criança que possui algum distúrbio 
de aprendizagem não consegue processar corretamente as informações. 
Os distúrbios de aprendizagem se dividem em três: 
I- Dislexia 
II- Disgrafia 
III- Discalculia 
A dislexia é um distúrbio caracterizado pela dificuldade de decodificar as 
palavras simples, essa dificuldade acaba causando distúrbios na fala e na 
escrita. O diagnóstico da dislexia precisa ser feito por uma equipe multidisciplinar 
que envolve pediatras, professores, psicólogos e outros profissionais. 
Já a disgrafia, que também é conhecida como letra feia, é um distúrbio de 
aprendizagem onde a criança não consegue se lembrar da grafia da letra e 
acaba escrevendo muito devagar unindo incorretamente certas letras. Esse 
distúrbio não está relacionado a nenhum distúrbio intelectual. 
A discalculia é um distúrbio onde a pessoa não consegue assimilar 
símbolos matemáticos, escreve os números de forma incorreta. As pessoas com 
discalculia também apresentam dificuldade para posicionarem os símbolos 
matemáticos na folha e não tem noção de espaço. 
Os distúrbios de aprendizagem envolvem uma incapacidade de adquirir, 
reter ou usar habilidades ou informações gerais, o que resulta de dificuldades 
com a atenção, com a memória ou com o raciocínio e afeta o desempenho 
acadêmico. 
8 
 
 
As crianças afetadas podem ser lentas para aprender os nomes das cores 
ou das letras, para contar ou para aprender a ler e escrever. Os distúrbios de 
aprendizagem são distúrbios de neurodesenvolvimento. 
Os distúrbios de aprendizagem são bastante diferentes da deficiência 
intelectual (anteriormente denominada retardo mental) e ocorrem em crianças 
com desempenho intelectual normal ou mesmo elevado. Os distúrbios de 
aprendizagem afetam somente certas funções, enquanto que nas crianças com 
deficiência intelectual as dificuldades afetam de maneira ampla as funções 
cognitivas. 
Os três tipos comuns de distúrbios de aprendizagem são: 
I- Distúrbios da leitura 
II- Distúrbios da expressão escrita 
III- Distúrbios envolvendo a capacidade matemática 
 
Assim, crianças com distúrbios de aprendizagem podem ter dificuldades 
significativas para compreender e aprender matemática, mas nenhuma 
dificuldade para ler, escrever e se sair bem em outras matérias. A dislexia é o 
distúrbio de aprendizagem mais conhecido. Os distúrbios de aprendizagem não 
incluem as dificuldades de aprendizagem que se devem a problemas de visão, 
audição e de coordenação ou a distúrbios emocionais, embora esses problemas 
possam também ocorrer em crianças com distúrbios de aprendizagem. 
As crianças podem nascer com um distúrbio de aprendizagem ou 
desenvolver um à medida que crescem. Ainda que as causas dos distúrbios de 
aprendizagem não sejam completamente conhecidas, elas incluem anomalias 
dos processos básicos envolvidos na compreensão ou no uso da linguagem 
falada ou escrita ou do raciocínio numérico ou espacial. As possíveis causas 
incluem doença da mãe ou uso de drogas tóxicas pela mãe durante a gravidez, 
complicações durante a gravidez ou parto (por exemplo, pré-eclâmpsia ou 
trabalho de parto prolongado) e problemas com o recém-nascido no momento 
do parto (por exemplo, prematuridade, baixo peso ao nascimento, icterícia grave 
ou pós-maturidade). Após o nascimento, possíveis fatores incluem exposição a 
toxinas ambientais como chumbo, infecções do sistema nervoso central, 
9 
 
 
cânceres e seus tratamentos, desnutrição e isolamento social grave ou abuso ou 
negligência emocional. 
As dificuldades de aprendizagem (DAs) consideradas como inespecíficas 
são aquelas que não afetam o desenvolvimento de modo a impedir alguma 
aprendizagem em particular. 
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISGRAFIA 
 
Crianças disgráficas são aquelas que apresentam dificuldades no ato 
motor da escrita, tornando a grafia praticamente indecifrável; sendo assim, 
disgrafia é a perturbação da escrita no que diz respeito ao traçado das letras e à 
disposição dos conjuntos gráficos no espaço utilizado. 
Relaciona-se, portanto, esta às dificuldades motoras e espaciais. Estudos 
apontam que a criança com disgrafia escreve de maneira desviante ao padrão, 
contemplando uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas e mal 
elaboradas/ proporcionadas. 
Quando a criança apresenta esse distúrbio, são comuns características 
como: 
10 
 
 
► letra excessivamente grande ou excessivamente pequena – 
macrografia e micrografia, respectivamente; 
► forma das letras irreconhecível; 
► traçado exagerado e grosso ou demasiadamente suave; 
► grafismo trêmulo ou com irregularidade; 
► escrita demasiadamente rápida ou lenta; 
► espaçamento irregular das letras ou palavras; 
► erros e borrões que podem impossibilitar a leitura da escrita; 
► desorganização geral no texto e 
► utilização incorreta do instrumento com que escrevem. 
 
Para confirmar esse distúrbio, a criança deve contemplar o conjunto ou 
quase a totalidade das condições supracitadas; além disso, é possível que sejam 
notados outros comportamentos relacionados a outras dificuldades específicas 
de aprendizagem. 
 
DISLEXIA 
 
Durante o período de aprendizagem, mais especificamente, no processo 
de alfabetização, a criança é exposta a aprender diversas habilidades, como 
habilidadesmotoras, linguísticas e cognitivas, a fim de realizar a decodificação 
das palavras e ter a habilidade motora suficiente para a execução das atividades, 
resultando no aprendizado dos processos de leitura e escrita. 
Durante a segunda infância, período compreendido entre os 6 e 10 anos 
de idade da criança, o uso dessas habilidades se torna mais requerido e mais 
utilizado. Dessa forma, é nessa etapa da vida da criança que também é possível 
identificar os distúrbios de aprendizagem, como a dislexia, uma vez que 
alterações no processo de ensino-aprendizagem ficam mais evidentes, tanto 
para os professores quanto para a família e até mesmo para a criança. 
11 
 
 
A dislexia é entendida como um transtorno de aprendizagem, resultado 
de um déficit específico na linguagem. O indivíduo apresenta, primeiramente, 
dificuldades na fala devido à dificuldade o processamento fonológico e reflete-se 
nos processos de leitura. 
Os principais sinais apresentados pelos indivíduos disléxicos são leitura e 
escrita, muitas vezes, incompreensíveis, atraso do desenvolvimento da fala e da 
linguagem, dificuldade na identificação de letras, confusões de letras na grafia, 
confusão de sons semelhantes, dificuldade de aprender letra-som (inversões de 
sílabas ou palavras), redução do léxico, substituição de palavras semelhantes, 
supressão ou adição de letras ou silabas, repetição de sílabas ou palavras, 
fragmentação incorreta de sílabas, imaturidade fonológica, TDA/H e/ou 
transtorno de aprendizado. 
 
DISCALCULIA 
 
O aprendizado da leitura e da matemática têm se tornado cada vez mais 
imprescindíveis no atual e competitivo mercado de trabalho. Tal a importância 
que pesquisas sobre os distúrbios de aprendizagem têm crescido 
consideravelmente. Entretanto, apresentar dificuldade em matemática parece 
“incomodar” menos que dificuldades em leitura e escrita, talvez por ser 
considerada uma área difícil e privilégio de poucos. 
Para Hallahan, Kauffman e Pullen (1944), os distúrbios em matemática 
têm sido tão frequentes quanto às outras desordens de linguagem, leitura e 
escrita, perdendo apenas para dificuldade em leitura. O transtorno relacionado 
às habilidades matemáticas é conhecido como discalculia, palavra que provém 
do grego (dis = mal) e do latim (calculare = contar). 
No entanto, as inabilidades matemáticas podem ser conhecidas por duas 
terminologias: Discalculia ou Discalculia do Desenvolvimento e Acalculia. A 
primeira, quando forem constitucionais, e a segunda, quando forem adquiridas 
após doenças neurológicas, doenças cérebro vasculares e demências, podendo 
ocorrer em crianças, adolescentes e adultos, posterior aquisição da função, 
quando já havia se consolidado a habilidade. 
12 
 
 
De acordo com a classificação de Kosc (1974 apud BERNARDI, 2006) há 
seis tipos de discalculia: verbal, practognóstica, léxica, gráfica, Ideognóstica e 
operacional. 
A discalculia verbal 
Corresponde à dificuldade na nomeação de quantidades, números, 
termos e símbolos. 
Discalculia Practognóstica 
Diz respeito à dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos 
reais ou imagens. 
Discalculia Lexical 
Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos, como numerais. 
Discalculia Gráfica 
Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos, como números ou sinais 
matemáticos. 
Discalculia Ideognóstica 
Trata-se da dificuldade na compreensão de conceitos e na realização de 
operações mentais; e, por último, a operacional refere-se à dificuldade em 
executar operações e cálculos numéricos. 
 
 
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
 
A definição de deficiência intelectual passou, ao longo do tempo, por 
modificações, como, por exemplo, a mudança do termo. Em 2010, foi publicada 
a 11ª edição do manual “Deficiência Intelectual: Definição, Classificação e Níveis 
de Suporte”, pela AAIDD (Associação Americana em Deficiência Intelectual e do 
Desenvolvimento), que manteve a definição de 2002, mas incorporou a mudança 
do termo “retardo/ deficiência mental” para deficiência intelectual com a seguinte 
redação: 
13 
 
 
Deficiência intelectual é uma incapacidade caracterizada por limitações 
significativas tanto no funcionamento intelectual (raciocínio, 
aprendizado, resolução de problemas) quanto no comportamento 
adaptativo, que cobre uma gama de habilidade sociais e práticas do dia 
a dia. Esta deficiência se origina antes da idade de 18 (Shalock et al. 
2010, p. 6) 
 
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 
– DSM-V, publicado pela Associação Americana de Psicologia em 2014, as 
características essenciais da deficiência intelectual incluem prejuízos nas 
funções intelectuais que envolvem raciocínio, solução de problemas, 
planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem pela educação escolar 
e experiência e compreensão prática. Outra característica se refere a déficits no 
funcionamento adaptativo, que envolve três domínios: conceitual, social e 
prático. O domínio conceitual envolve memória, raciocínio matemático, leitura e 
escrita, linguagem, solução de problemas; o domínio social envolve empatia, 
habilidades de comunicação, julgamento social, percepção de pensamentos, 
sentimentos e experiências dos outros. Já o domínio prático envolve 
aprendizado e autogestão, cuidados pessoais, controle de dinheiro, organização 
de tarefas, entre outros. Por fim, a deficiência intelectual também é caracterizada 
por seu início durante o período de desenvolvimento (APA, 2014). 
Em relação aos comportamentos adaptativos, são definidos como 
habilidades conceituais, sociais e práticas que as pessoas aprendem para atuar 
em sua rotina diária, como comunicar, se alimentar, ler, utilizar conceitos 
matemáticos. As habilidades adaptativas são a comunicação, que diz respeito 
às habilidades de compreender e expressar informações por meio de 
comportamentos simbólicos, como palavras faladas ou escritas, ou 
comportamentos não simbólicos, como expressões faciais e movimentos 
corporais. 
A habilidade de autocuidado também é adaptativa e se refere às 
habilidades que asseguram a higiene pessoal, alimentação, vestuário, uso do 
sanitário, entre outros. Habilidades de vida no lar dizem respeito às habilidades 
necessárias para o funcionamento do lar, como cuidado com roupas, com o 
ambiente doméstico. 
14 
 
 
As habilidades sociais estão relacionadas às trocas sociais, como receber 
e responder a solicitações adequadamente, reconhecer sentimentos, 
demonstrar autocontrole, compartilhar e cooperar, respeitar limites e normas e 
demonstrar comportamento social e sexual adequado. O desempenho na 
comunidade são habilidades relacionadas ao uso apropriado dos recursos da 
comunidade, compras em lojas e mercados, utilizar transporte e serviços 
públicos; as habilidades de auto direção estão relacionadas a fazer escolhas, 
cumprir planejamentos, tomar iniciativas, completar tarefas e auto advocacia. As 
habilidades de saúde e segurança dizem respeito às habilidades para cuidar da 
saúde em termos de alimentação, identificação, tratamento e prevenção de 
doenças, além de cuidar da própria segurança. 
As habilidades acadêmicas funcionais se referem a habilidades como ler, 
escrever, utilizar conceitos básicos e práticos de matemática. A habilidade de 
lazer diz respeito às habilidades para desenvolver interesses e participar de 
atividades de entretenimento; por fim, tem-se as habilidades de trabalho, que se 
referem a manter um trabalho em tempo parcial ou total, comportamentos sociais 
apropriados e habilidades relacionadas ao trabalho, como cumprir horários, 
gerenciar dinheiro, enfrentar críticas e aplicar as habilidades acadêmicas 
funcionais. 
A deficiência intelectual pode ser classificada em leve, moderada, severa 
e profunda; com base no funcionamento intelectual do indivíduo. No entanto, é 
o funcionamento adaptativo que determina o nível de apoio necessário que esse 
indivíduoprecisa para realizar diversas atividades (APA, 2014). 
Assim, foram definidos quatro níveis de suporte/apoio para as pessoas 
com deficiência intelectual: apoio intermitente, apoio limitado, apoio amplo e 
apoio permanente (ALMEIDA, 2012). 
► O apoio intermitente é oferecido conforme as necessidades do 
indivíduo. É caracterizado como de natureza episódica, pois a pessoa 
nem sempre necessita dele. Geralmente se faz necessário por períodos 
curtos durante transições ao longo da vida, como, por exemplo, perda do 
emprego ou uma crise médica aguda. O apoio intermitente pode ser de 
alta ou baixa intensidade. 
15 
 
 
 
► A intensidade de apoio limitado é caracterizada por consistência ao 
longo do tempo. Por exemplo, o treinamento para o emprego no mercado 
de trabalho por um tempo limitado ou o apoio na transição da vida escolar 
para a vida adulta (ALMEIDA, 2012). 
 
► O apoio amplo é caracterizado pelo apoio regular (por exemplo, apoio 
diário) em pelo menos alguns ambientes (por exemplo, no trabalho, na 
escola) e não por tempo limitado (por exemplo, apoio permanente nas 
atividades de vida diária) (ALMEIDA, 2012). 
 
►Apoio permanente é caracterizado pela constância e alta intensidade. 
É oferecido nos ambientes onde a pessoa vive e é de natureza vital para 
a sustentação da vida do indivíduo (ALMEIDA, 2012). 
É importante destacar que não há instrumentos padronizados que avaliam 
as condutas adaptativas dos indivíduos e os níveis de apoio que eles 
necessitam. 
Assim, um indivíduo não pode ser diagnosticado com deficiência 
intelectual apenas por testes de QI – quociente de inteligência, outros testes 
devem ser utilizados para indicar limitações no comportamento adaptativo, que 
envolve habilidades conceituais, sociais e práticas; considerando o ambiente 
cultural e da comunidade que o indivíduo está inserido, a diversidade linguística 
e diferenças culturais. Também se deve considerar o sistema de suporte/apoio 
que a pessoa necessita (ALMEIDA, 2012). 
 
CAUSALIDADE DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
 
Na medicina permanecem diversos livros que falam sobre as causas da 
deficiência intelectual, sendo a decorrência de anos de pesquisas, e muitas 
destas análises foram retiradas da Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO), que visa à propagação do 
entendimento do que se tem estudado até então sobre as causas da deficiência 
intelectual. 
16 
 
 
Dano genético: causado por genes anormais herdados dos pais. 
Dano causado dentro do útero: resultado e um desenvolvimento 
inapropriado do embrião ou do feto durante a gravidez. A rubéola é um exemplo 
comum de doença que pode afetar o bebê assim como o vírus HIV que pode 
também danificar o crescimento do cérebro. 
Dano ocorrido no nascimento ou logo depois: quando o bebê tem 
problemas durante o parto, como por exemplo, se não recebe oxigênio suficiente 
por muito tempo. 
Acidentes e doenças: Lesões causadas no cérebro decorrentes de 
quedas ou acidentes podem causa deficiências intelectuais, assim como 
algumas doenças, como sarampo ou meningite pode estar na origem de uma 
deficiência mental, se não forem tomados todos os cuidados de saúde 
necessários. 
Causas sociais: Crianças que são extremamente privadas de carinho, 
afeição e estimulação também podem apresentar casos extremos de deficiência 
intelectual. 
Porém, estudos apontam que um terço ou mais de crianças não 
encontraram uma causa para sua deficiência. Recomendando que a mesma 
causa possa produzir efeitos diferentes, ou seja, cada caso é um caso restrito. A 
criança pode crescer e se desenvolver de maneira muito parecida com as demais 
crianças. Enquanto algumas, com o mesmo dano genético possuem uma 
deficiência intelectual abrangida. Muitas causas da deficiência intelectual podem 
ser evitadas com ações de prevenção em diversos campos (médico, social, 
comportamental e educacional). Quando os profissionais possuem 
conhecimento das causas, estes se tornam sujeitos importantes na prevenção, 
estimulação e orientação das pessoas com DI e suas famílias. 
 
17 
 
 
 
 
A identificação do fator etiológico da Deficiência Mental (DM) permite que 
se possa instituir a sua prevenção e controle. Entretanto, muitas vezes torna-se 
difícil o reconhecimento das causas, tornando-as fatores suspeitos ou hipóteses 
etiológicas, porém não comprovadas. 
Em alguns casos, muitos fatores poderão estar simultaneamente 
envolvidos, devendo-se, portanto, determinar quais os fatores primários e os 
secundários que ocasionaram a deficiência mental. Os fatores etiológicos da 
Deficiência Mental podem ser de origem genética, ambiental, multifatorial e de 
causa desconhecida. Embora esses fatores etiológicos sejam muito variáveis, 
podem ser, ainda, subdivididos em fatores pré-natais (de origem genética, 
ambiental e multifatorial), perinatais (ambiental) e pós-natais (ambiental). 
A ocorrência da Deficiência Mental de etiologia desconhecida apresenta 
uma prevalência de 28 a 30% dos casos. Os fatores que atuam no período pré-
natal envolvem causas genéticas e ambientais, consistindo nos fatores 
18 
 
 
etiológicos mais importantes no surgimento da DM, com cifras ao redor de 50% 
dessa população. 
CAUSAS COMUNS DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
SÍNDROME DE RETT 
 
A Síndrome de Rett foi identificada em 1966 por Andréas Rett, tendo 
ficado mais conhecida após o trabalho de Hagberg. É uma desordem do 
desenvolvimento neurológico, acometendo em sua maioria crianças do sexo 
feminino, aproximadamente 1 em cada 10.000 a 20.000, mas também atinge 
criança do sexo masculino meninas nascidas vivas (os meninos normalmente 
não resistem e morrem precocemente). Aparece em todos os grupos étnicos. 
 
 
A Síndrome de Rett compromete progressivamente as funções motora e 
intelectual, e provoca distúrbios de comportamento e dependência. No caso 
típico, a menina se desenvolve de forma aparentemente normal entre 8 a 18 
meses de idade, depois começa a mudar seu padrão de desenvolvimento. 
Ocorre uma regressão dos ganhos psicomotores, a criança torna-se isolada e 
deixa de responder e brincar. O crescimento craniano, até então normal, 
demonstra clara tendência para o desenvolvimento mais lento, ocorrendo 
microcefalia adquirida. Aos poucos, deixa de manipular objetos, surgem 
movimentos estereotipados das mãos (contorções, aperto, bater de palmas, 
levar as mãos à boca, lavar as mãos e esfregá-las), culminando na perda das 
habilidades manuais e estagnação do desenvolvimento neuropsicomotor. 
20 
 
 
Do ponto de vista clínico, a Síndrome 
de Rett pode ser organizada em quatro 
etapas, de acordo com Mercadante (2007), 
conforme segue: 
❖ Estagnação precoce: Dos 6 aos 
18 meses, caracterizando-se pela estagnação 
do desenvolvimento, desaceleração do 
crescimento do perímetro cefálico e tendência 
ao isolamento social. 
❖ Rapidamente destrutiva: Entre o primeiro e o terceiro ano de vida, 
com regressão psicomotora, choro imotivado, irritabilidade, perda da fala 
adquirida, comportamento autista e movimentos estereotipados das mãos. 
Podem ocorrer irregularidades respiratórias e epilepsia. 
❖ Pseudoestacionária: Entre os dois e dez anos de idade, podendo 
haver certa melhora de alguns dos sintomas como, por exemplo, o contato social. 
Presença de ataxia, apraxia, espasticidade, escoliose e bruxismo. Episódios de 
perda de fôlego, aerofagia, expulsão forçada de ar e saliva. 
❖ Deterioração motora tardia: Inicia-se em torno dos dez anos de 
idade, com desvio cognitivo grave e lenta progressão de prejuízos motores, 
podendo necessitar de cadeira de rodas. 
Mesmo com a identificação do gene, os mecanismos envolvidos na 
Síndrome de Rett ainda são desconhecidos. Reduções significativas no lobo 
frontal, no núcleo caudato e no mesencéfalo têm sido descritas, havendo 
também algumas evidências de desenvolvimento sináptico.AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: BATERIAS E 
TESTES 
 
A avaliação neuropsicológica é recomendada em qualquer caso onde 
exista suspeita de uma dificuldade cognitiva ou comportamental de origem 
neurológica. Ela pode auxiliar no diagnóstico e tratamento de diversas 
21 
 
 
enfermidades neurológicas, problemas de desenvolvimento infantil, 
comprometimentos psiquiátricos, alterações de conduta, entre outros. A 
contribuição deste exame na criança é extensiva ao processo de ensino-
aprendizagem, pois nos permite estabelecer algumas relações entre as funções 
corticais superiores, como a linguagem, a atenção e a memória, e a 
aprendizagem simbólica (conceitos, escrita, leitura, etc.). 
O modelo neuropsicológico das dificuldades da aprendizagem busca 
reunir uma amostra de funções mentais superiores envolvidas na aprendizagem 
simbólica, as quais estão, obviamente, correlacionadas com a organização 
funcional do cérebro. Sem essa condição, a aprendizagem não se processa 
normalmente, e, neste caso, podemos nos deparar com uma disfunção ou lesão 
cerebral. Ao fornecer subsídios para investigar a compreensão do 
funcionamento intelectual da criança, a neuropsicologia pode instrumentar 
diferentes profissionais, tais como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e 
psicopedagogos, promovendo uma intervenção terapêutica mais eficiente. 
O conjunto dos instrumentos utilizados nos possibilita uma avaliação 
global das capacidades da criança, bem como das dificuldades encontradas por 
ela em seu desempenho dia a dia. Não se trata de rotular ou enquadrar a criança 
como integrante de grupos problemáticos, e sim de evitar que tais dificuldades 
possam impedir o desenvolvimento saudável da criança. Ainda quanto à 
avaliação em crianças, torna-se importante salientar algumas questões, entre 
elas o fato de o desenvolvimento cerebral ter características próprias a cada faixa 
etária. 
Portanto, dentro desse padrão de funcionamento cerebral, é importante a 
elaboração de provas de acordo com o processo maturacional do cérebro. Por 
exemplo, quando se fala de imaturidade na infância, esta não deve ser entendida 
unicamente como deficiência, devido às peculiaridades do desenvolvimento 
cerebral na infância. Diferentemente do adulto, o cérebro da criança está ainda 
em desenvolvimento, tendo características próprias que garantem uma 
diferenciação e especificidade de funções. 
Segundo Antunha (1987), as baterias de testes neuropsicológicos 
adaptados para crianças são em número bastante reduzido. Devem contemplar: 
22 
 
 
a organização e o desenvolvimento do sistema nervoso da criança; a 
variabilidade dos parâmetros de desenvolvimento entre crianças da mesma 
idade; a estreita ligação entre o desenvolvimento físico, neurológico e a 
emergência progressiva de funções corticais superiores. 
 
TESTES UTILIZADOS 
 
Estão relacionados a seguir alguns testes utilizados na avaliação 
neuropsicológica, descrevendo-se, de maneira sucinta, as potencialidades de 
cada teste ou bateria como instrumento de ajuda na investigação 
neuropsicológica. Inteligência 
Os testes de inteligência para crianças medem primariamente habilidades 
essenciais ao desempenho acadêmico. Entre eles, o de Stanford-Binet foi o 
primeiro nos Estados Unidos. Adaptado das escalas originais de BinetSimon, 
baseia-se maciçamente no desempenho verbal e cobre desde os 2 anos até a 
idade adulta (23 anos), fornecendo uma idade mental e um quociente de 
inteligência (QI). 
O padrão-ouro internacional para a quantificação das capacidades 
intelectuais são as escalas Wechsler de inteligência, subdivididas pela faixa de 
idade. Essas escalas consistem em uma série de perguntas e respostas 
padronizadas que medem o potencial do indivíduo em áreas intelectuais 
diferentes, como o nível de informação sobre assuntos gerais, a interação com 
o meio ambiente e a capacidade de solucionar problemas cotidianos. 
O teste WPPSI5 (do inglês Wechsler Preschool and Primary Scale of 
Intelligence - Escala de Inteligência Wechsler para Pré-Escolares e Primário) é 
uma versão para crianças menores das escalas Wechsler, permitindo avaliar a 
inteligência de crianças entre 4 e 6,5 anos. É constituída por seis subtestes 
verbais e cinco de natureza manipulativa. Normalmente, a aplicação de cinco 
subtestes de cada uma das subescalas (verbal e de execução) é suficiente para 
uma análise fidedigna. A escala também permite recolher algumas informações 
sobre a organização do comportamento da criança. 
23 
 
 
O WISC-III6 (Wechsler Intelligence Scale for ChildrenIII - Escala de 
Inteligência Wechsler para Crianças-III) é a escala mais usada para avaliar a 
inteligência de crianças cobrindo as idades de 6 anos a 16 anos, 11 meses e 30 
dias. Fornece escores nas escalas verbal e de execução, bem como um QI de 
escala total. Inclui muitos tipos de tarefas, oportunizando a observação das 
dificuldades da criança e de suas habilidades. É importante salientar que 
crianças com dificuldades motoras em geral são penalizadas neste teste, que 
não deve ser usado quando tal deficiência estiver presente. 
O subteste Cubos do WISC-III (Figura 
1) visa averiguar a capacidade de análise, 
síntese e planejamento de coordenadas 
vísuoespaciais e a praxia construtiva. Pede-se 
ao sujeito que reproduza, com cubos de faces 
coloridas, desenhos que lhe são mostrados. 
Para cada modelo é estipulado um prazo limite 
para execução. Embora o QI não seja uma 
medida para localizar disfunções cerebrais, o 
resultado de QI contribui para dar maiores informações sobre o nível geral de 
funcionamento do paciente e, assim, servir de referência para outras funções 
mais específicas, como memória, linguagem, etc. Tanto o Stanford-Binet como 
o WISC-III e o WIPPSI são administrados individualmente a cada sujeito. 
Quando o paciente não apresenta condições de expressar-se 
verbalmente, usam-se os testes Matrizes Progressivas de Raven e Escala de 
Maturidade Mental Colúmbia8, que avaliam a inteligência geral e estimam a 
capacidade de raciocínio geral de crianças de uma forma não-verbal. O objetivo 
do teste Matrizes Progressivas de Raven (Figura 2) é descobrir as relações que 
existem entre as figuras e imaginar qual das oito figuras apresentadas 
completaria o sistema. Tradicionalmente, a inteligência está relacionada com as 
habilidades acadêmicas, porém existem outros tipos de inteligência (como, por 
exemplo, a caracterizada pela capacidade de relacionar ideias complexas, 
formar conceitos abstratos, derivar implicações lógicas através de regras gerais) 
que, muitas vezes, não é possível mensurar através dos testes convencionais. 
A este respeito, prime salienta que, nas abordagens da inteligência, duas são 
24 
 
 
tratadas como fundamentais: a inteligência cristalizada (que prioriza o 
conhecimento) e a inteligência fluida (que prioriza o raciocínio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira se refere à profundidade das informações adquiridas via 
escolarização e geralmente é usada na resolução de problemas semelhantes ao 
que se aprendeu no passado (como nos testes tradicionais de inteligência). A 
segunda se refere à capacidade de processamento cognitivo, ou seja, a 
capacidade geral de processar informações ou as operações mentais realizadas 
quando se resolvem problemas relativamente novos. Com o propósito de avaliar 
a inteligência de uma forma global, foi padronizada para a população brasileira 
a bateria de provas de raciocínio (BPR-5), a qual oferece estimativas do 
funcionamento cognitivo geral e das habilidades do indivíduo em cinco áreas 
específicas: raciocínio abstrato, verbal, espacial, numérico e mecânico. 
Este instrumento auxilia os examinadores a tomarem decisões 
sustentadas na avaliação das aptidões e raciocínio geral, tais como, por 
exemplo, na avaliação das dificuldades de aprendizagem. É organizado em duas 
formas: 
A) para estudantes da 6ª à 8ª sériedo ensino fundamental; 
B) para alunos da 1ª à 3ª série do ensino médio. 
25 
 
 
MEMÓRIA 
 
 
 
Para esta função, são utilizados instrumentos que avaliam a capacidade 
de aprendizado de funções de memória, como, por exemplo, o Teste de 
Aprendizado Auditivo Verbal de Rey (Rey Auditory Verbal Learning Test - 
RAVLT) e o Teste de Aprendizado Visual de Desenhos de Rey (Rey Visual 
Design Learning Test - RVDLT). 
Os testes que envolvem aprendizado, isto é, a repetida exposição ao 
material a ser recordado, são mais sensíveis para detectar prejuízos de memória 
do que testes apresentados somente uma vez. No teste de Aprendizado Auditivo 
Verbal de Rey (Figura 3), lê-se a lista de palavras para o examinando, 
pausadamente, cinco vezes consecutivas. Após cada uma das vezes em que 
26 
 
 
são apresentadas as 15 palavras, o sujeito deve fazer a evocação do material, 
sem precisar seguir a mesma ordem de apresentação. 
O WRAML (do inglês Wide Range Assessment of Memory and Learning 
Short Form) é um instrumento psicométrico destinado a avaliar a capacidade de 
aprender e memorizar ativamente vários tipos de informação em pacientes na 
faixa etária de 5 a 17 anos (memória visual, aprendizado verbal, memória para 
histórias). 
 
LINGUAGEM 
 
Um dos testes mais utilizados para a avaliação da linguagem é o Boston 
Naming Test, que utiliza figuras de objetos para avaliar a capacidade de 
reconhecimento e nomeação. É empregado em crianças com dificuldades de 
compreensão ou produção de palavras ou material verbal escrito. Pode ser 
usado a partir dos 6 anos de idade. 
Também são utilizados o Teste de Fluência verbal (FAS, do inglês Verbal 
Fluency), testes de compreensão, como o Teste de Token, compreensão de 
textos, escrita e leitura. A avaliação inclui, ainda, os seguintes tópicos: órgãos 
fonoarticulatórios, hábitos orais e desenvolvimento da linguagem. Algumas 
particularidades precisam ser respeitadas e levadas em conta quando se avalia 
uma criança com lesão cerebral. 
Cabe ao profissional ter clareza dos propósitos, conhecimentos, 
habilidade e adequação das técnicas e instrumentos de investigação a serem 
utilizados, como também ter conhecimento das possíveis alterações e limitações 
decorrentes da lesão cerebral, para que não sejam cometidos equívocos ao 
concluir-se a avaliação neuropsicológica. Em muitas das crianças com lesão 
cerebral, encontram-se alterados os canais formais de expressão e comunicação 
com o meio. Sendo assim, o profissional por vezes precisa criar estratégias a fim 
de que a criança possa se comunicar e, então, interagir e melhor entender o que 
se passa com ela. 
Devemos auxiliar a criança a nos mostrar seu potencial e a comunicar-se 
utilizando recursos que lhe possibilitem compreender o que está sendo 
27 
 
 
solicitado, a representar o que compreende e/ou quer realizar (através de gestos, 
mímicas, fala, expressão gráfica ou ação). 
 
ATENÇÃO 
 
É uma função que possibilita a pessoa a manter o foco e as informações 
no cérebro durante a realização de tarefas, ignorando demais distratores menos 
relevantes que possam interferir na finalização do trabalho. A atenção seletiva 
refere-se à capacidade de prestar atenção em alguns estímulos e 
concomitantemente ignorar outros. Atenção dividida refere-se à distribuição de 
recursos disponíveis na atenção para coordenar a performance de mais de uma 
atividade simultaneamente (Sternberg, 2008). A atenção é considerada uma 
base para que diferentes processos cognitivos possam funcionar de forma 
adequada. 
Os principais instrumentos para avaliar a atenção são: Subteste Dígitos 
Ordem Direta, Códigos, Aritmética do WISC-IV (Wechsler, 2013) e D2-Teste de 
Atenção Concentrada. Também pode ser utilizada Bateria Psicológica para 
Avaliação da Atenção (BPA), que tem como objetivo avaliar a capacidade geral 
de atenção, além avaliar de forma individualizada tipos de atenção específicos: 
atenção concentrada (AC); atenção dividida (AD) e atenção alternada (AA). 
 
FUNÇÕES EXECUTIVAS 
 
É um conjunto de habilidades cognitivas e processos críticos do 
comportamento e pensamento complexo. Tais funções complexas avaliam 
organização, planejamento e utilização de estratégias de resolução de 
problemas, que inclui o automonitoramento, analisar e modular o 
comportamento, de acordo com a demanda. As funções executivas abrangem 
adaptação a situações novas, que vão além do conhecimento adquirido, que 
desenvolvem novas formas e recursos de pensar, cumprindo uma função 
importante na capacidade de aprender novos conteúdos. 
28 
 
 
Os instrumentos mais utilizados para avaliação das funções executivas 
em crianças são: Compreensão de provérbios para abstração-raciocínio; Torre 
de Londres, que avalia planejamento; Controled Word test, que avalia a fluência 
verbal; Five-Point Test, para fluência de desenhos; Trail Making Test, que avalia 
a flexibilidade mental; Wisconsin Card Sorting Test (WCST) para avaliar a 
flexibilidade mental, formação de conceitos, solução de problemas, abstração-
raciocínio; Tarefas Go-No go, que avaliam modulação-inibição de resposta; 
Stroop, que mede modulação inibição de resposta; Teste de Raven, que avalia 
abstração-raciocínio; California Verbal Learning Test-Children’s Version (CVLT-
C), que mensura a aprendizagem verbal e memória. Além destes, na literatura 
são mencionadas as Escalas de Inteligência Wechsler, como Sequência de 
Números e Letras (SNL), Aritmética (AR), Semelhanças (SM) e Dígitos Ordem 
Inversa. 
 
LOBOS FRONTAIS 
 
 
Nos últimos anos, cresceu muito o interesse pelas funções do lobo frontal. 
É nessa parte do cérebro que se encontram as maiores diferenças entre os seres 
humanos e seus antepassados na evolução. 
Os lobos frontais constituem uma das maiores regiões do encéfalo, com 
funções ainda pouco conhecidas, embora nos últimos anos tenham se 
acumulado importantes conhecimentos sobre suas atividades. Agora se sabe 
que é no lobo frontal que se situam as habilidades humanas mais complexas, 
como o planejamento de ações sequenciais, a padronização de comportamentos 
sociais e motores, parte do comportamento automático emocional e da memória. 
Para a adequada avaliação das funções frontais (funções executivas), é 
necessário ter conhecimento das etapas evolutivas desta estrutura, isto é, do 
seu processo de maturação, o que é particularmente importante quando 
avaliamos uma criança. A avaliação do lobo frontal é, em geral, mais difícil de 
ser realizada, pois envolve funções mais complexas e pouco conhecidas. 
29 
 
 
Entre as diversas funções dos lobos frontais estão a plasticidade do 
pensamento, a capacidade de julgamento, a habilidade de produzir ideias 
diferentes, a organização da informação, a capacidade de dar respostas 
adequadas aos estímulos, de estabelecer e trocar estratégias e de planejar uma 
ação. Essas habilidades podem ser avaliadas através do teste de fluência verbal, 
fluência para desenhos, Wisconsin Card Sort Test (WCST), Trail Making Test e 
Stroop Test18, que avaliam a capacidade de manter a atenção concentrada e de 
não sofrer interferências de respostas não-exigidas no momento. 
No teste Trail, a tarefa do sujeito na parte A (Figura 4) é ligar, com o lápis, 
círculos consecutivamente numerados, distribuídos aleatoriamente em uma 
folha de papel; na parte B (Figura 5), existem, além dos números, também letras 
impressas na folha de resposta, e a sequência a ser ligada deve intercalar as 
duas séries, números e letras (1-A, 2-B, 3-C). A tarefa deve ser realizada o mais 
rapidamente possível. 
 
 
 
O WCST avalia a função executiva do lobo frontal. Mede a modulação de 
respostas impulsivas, a direção do comportamento, as habilidades em 
desenvolver e manter uma estratégia na solução de um problema, apesar das 
mudanças de contingência, a flexibilidade, o planejamento, a organização, a 
ineficiência de conceitualizaçãoinicial e a dificuldade em encontrar soluções 
para problemas cotidianos, bem como o nível de perseveração, que vem a ser o 
problema que muitas pessoas têm de ficar remoendo um mesmo assunto ou 
30 
 
 
repetindo um mesmo comportamento motor. Pode ser aplicado a partir dos 6 
anos de idade. 
Diversos subtestes da Escala de Inteligência Wechsler (WISC III e 
WPPSI) também auxiliam na investigação de disfunções frontais, tais como 
analogias, compreensão, códigos, etc. Lobos parieto-occipitais. As funções 
relacionadas às habilidades vísuoespaciais, organização vísuo-espacial 
(percepção) e planejamento são avaliados pelo teste de cópia da Figura 
Complexa de Rey-Osterrieth, enquanto que habilidades percepto-vísuo-
espaciais são avaliadas pelo teste de Hooper Visual Organization. 
As figuras de Rey (Figura 6) objetivam avaliar a atividade perceptiva e a 
memória, verificando o modo como o sujeito apreende os dados perceptivos que 
lhe são apresentados e o que foi conservado espontaneamente pela memória. 
A testagem é composta de duas etapas: a primeira é a cópia da figura, e a 
segunda é a recordação da mesma após 30 minutos. A avaliação também pode 
ser realizada através do subteste Cubos das escalas Wechsler. 
 
O Bayley II é um teste destinado à avaliação do desenvolvimento de 
crianças nas idades de 1 a 42 meses. O teste é dividido em três escalas: motora, 
mental e de comportamento, com quociente de desempenho para cada área. As 
três escalas são consideradas complementares, tendo cada uma sua 
importância na avaliação da criança. A escala mental avalia aspectos 
relacionados com o desenvolvimento cognitivo e com a capacidade de 
comunicação (capacidade de discriminar formas, atenção, habilidade motora 
31 
 
 
fina, compreensão de instruções, nomeação, resolução de problemas e 
habilidades sociais). 
A escala motora avalia o grau de coordenação corporal (aspectos como 
sentar, levantar, caminhar, subir e descer escadas) e motricidade fina das mãos 
e dedos. A escala comportamental permite avaliar aspectos qualitativos do 
comportamento da criança durante o teste, tais como atenção, compreensão de 
orientações, engajamento frente às tarefas, regulação emocional, entre outros. 
O material do teste é atraente e de fácil utilização. Também existe o 
Bayley Infant Neurodevelopment Screener BINS, que é uma versão simplificada, 
usada para triagem de desenvolvimento em crianças de 3 a 24 meses, assim 
como o Denver II. 
 
 
 
32 
 
 
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