PATOLOGIA EM AVES

Prévia do material em texto

Doença 
 
Agente 
Etiológico 
Período de 
Incubação 
Sinais e Sintomas Diagnóstico 
Diferencial 
 
Tratamento 
 
Prevenção 
Colibacilose Escherichia coli 3 a 5 dias Aerossaculite, Dispneia, Espirros, 
Ronqueira, Prostração, 
Anorexia, Inapetência, Diarreia, 
Desuniformidade no lote. 
Clamidiose, 
Pasteurelose, 
Salmonelose, 
Micoplasmose 
Antibióticos: Danofloxacin, 
Enrofloxacina, Apramicina, 
Lincospectin. 
Correções de falhas no manejo 
nutricional e higiênico, controle de 
roedores, aves silvestres e insetos 
(reservatórios da bactéria). Vacinação 
Coriza Infecciosa 
 
Avibacterium 
paragallinarum 
1 a 2 dias Sinusite, Conjuntivite, Edema de face 
e barbelas, Dispneia, e 
Espirros, Anorexia, Lacrimejamento 
abundante, Corrimento nasal com 
odor desagradável, Aerossaculite. 
Aspergilose, 
Avitaminose A, Cólera-
Crônica, Colibacilose, 
Influenza Aviária, 
Micoplasmose (DCR), 
Síndrome da Cabeça 
Inchada (SCI) 
Antibióticos: 
Sulfadimetoxina+Trimetropim, 
Enrofloxacina, derivados de 
Quinolonas. 
Suplementação: Vitamina A 
 
Rigor em medidas preventivas, levando 
em consideração a possível existência 
de portadores, despovoar, limpar e 
desinfetar, para poder introduzir novo 
lote, Vacinação 
Cólera Aviária Pasteurella multocida 
Pasteurella Galilinarium, 
Pasteurella haemolytica 
Reimerella 
anatipestifer(Patos) 
Poucas horas a 3 
dias 
Alta mortalidade, Hepatomegalia, 
Esplenomegalia, Sinusite, Otite, 
Conjuntivite, Edema de face e 
barbelas, Abcessos nas cristas e 
barbelas, Pneumonia Fibrinopurulenta, 
Aerossaculite, Diarreia, Anorexia 
 
Doença de Newcastle, 
Influenza Aviária., 
Colibacilose, 
Coriza Infecciosa 
Antibiograma recomendado, 
Antibióticos: Sulfanamida, 
Sulfaquinoxalina, Flourquinolonas, 
Oxitretaciclinas, Eritromicina, 
Estreptomicina, Novobiocina, 
Gentamicina e Sarafloxacina 
Manejo adequado com controle de 
lotação, alimentação e higienização do 
ambiente e equipamentos. Alojar lotes 
de idade única, obter animais de granjas 
livres e restringir o acesso de pessoas, 
cães e gatos são também medidas 
importante, 
Vacinação. 
Botulismo Clostridium botulinium 12 horas a 2 dias Flacidez do pescoço, das asas e das 
pernas, olhos opacos, com midríase, 
Pálpebras semifechadas, Bico e 
cabeça apoiados ao solo, Estado 
Comatoso, Dificuldade respiratória, 
Penas se soltam facilmente 
Encefalomielite Aviária, 
Ou intoxicações 
Não tratamento específico 
Terapias de suporte com hidratação 
e vitaminas e antibióticos como 
Estreptomicina (experimental) 
 
Evitar o contato das aves com carcaças 
ou vísceras ao ar livre, bem como 
evitar que estes materiais contaminem a 
água que as aves irão beber. Em caso 
de aves aquáticas, evitar o contato com 
regiões pantanosas e lagos que tenham 
material em decomposição. A remoção 
da cama após cada lote, o controle de 
moscas e a retirada das aves mortas do 
aviário. 
Doença de Gumboro RNA Vírus de cadeia 
dupla. Família Birnaviridae, 
gênero Avibirnavirus e 
espécie Infectious bursal 
disease virus (IBDV). 
2 a 3 dias Anorexia, Diarreia aquosa branca ou 
esverdeada com uratos, prostração e 
apatia. A morbidade é elevada, 
podendo chegar a 100%, logo, a 
mortalidade decresce com a idade, 
infecções com as cepas mais 
patogênicas elevam a mortalidade, 
podendo chegar a 80%. 
Coccidiose aguda, 
Nefrose, 
Anemia Infecciosa. 
Não há tratamento específico, é 
indicada a hidratação com eletrólitos 
e o uso de analgésicos como 
dipirona sódica 500mg (0,1 – 0,2mL) 
por 3 a 5 dias ou ácido acetilsalicílico 
40g diluído em 100 litros de água 
por 3 a 5 dias. 
Adotar normas de biosseguridade como 
vazio sanitário, queimar a cama, fezes e 
evitar visitas, são fundamentais para o 
controle da doença, também é 
recomendado à limpeza e desinfecção 
dos galpões com formol a 5% ou 
hidróxido de sódio a 2%. Vacinação 
Bronquite Infecciosa RNA Vírus de cadeia 
simples Ordem 
Nidovirales, Família 
Coronaviridae, subfamília 
Coronavirinae, Gênero 
Gammacoronavirus, 
Espécie Avian 
coronavirus 
18 horas a 36 horas Dispneia, Espirros, Ronqueira, Tosse, 
Descargas nasais, Exsudato catarral na 
traquéia, Despigmentação dos ovos, 
Casca dos ovos malformada, clara dos 
ovos aquosa 
Doença de Newcastle, 
Laringotraqueíte, Coriza 
Infecciosa, 
Síndrome da queda da 
postura 
Não há tratamento específico, no 
entanto, um acréscimo de até 5°C 
na temperatura ambiente, para 
eliminar o estresse por frio, além da 
administração de eletrólitos e 
vitaminas e o uso de antibióticos de 
amplo espectro para reduzir as 
reações respiratórias complicadas 
por bactérias são algumas 
alternativas para reduzir as perdas 
em decorrência da infecção pelo 
IBV. 
O controle da infecção pelo IBV está 
estreitamente relacionado à prevenção 
da entrada do vírus no lote/granja. A 
principal via de transmissão do IBV é 
pelo ar, assim, podemos evitar a 
transmissão do vírus para outros lotes 
através do controle do trânsito de 
pessoal na granja, banho, troca de 
roupas e controle no acesso de 
veículos. 
Laringotraqueíte DNA Vírus de cadeia 
dupla 
 Ordem Herpesvirales, 
Família Herpesviridae, 
Subfamília 
Alphaherpesvirinae, 
Gênero Iltovirus Espécie 
Gallid alphaherpesvirus 1 
2 a 4 dias A ave pode permanecer com o vírus 
em latência, periodicamente, o vírus 
pode ser reativado espontaneamente 
ou a reativação pode ser induzida por 
estímulos de estresse. É observado: 
Corrimento nasal bastante intenso, às 
vezes mucosanguinolento, Dispneia 
grave, especialmente inspiratória, 
Pescoço distendido, Bico aberto, 
gemidos na expiração, Roncos, 
Conjuntivite, Edema da cabeça e 
Descarga nasal persistente, Redução 
significativa na produção de ovos. 
Bronquite infecciosa, 
Doença de Newcastle. 
Não tratamento específico 
Terapias de suporte com hidratação 
e vitaminas e mucolíticos 
(bromexina). 
A quarentena é fundamental para 
entrada de novas aves no plantel, 
adotando programas de biosseguridade 
rígidos. Vacinação 
Bouba Aviária DNA Vírus de cadeia 
dupla Família Poxviridae, 
Subfamília 
Chordopoxvirinae, 
Gênero Avipoxvirus as 
galinhas são acometidas 
pelo vírus da espécie 
Fowlpox virus 
4 a 8 dias Febre, Tristeza; Penas arrepiadas, 
Nódulos na crista, nas barbelas, na 
cabeça, nas pernas e nos pés, Lesões 
ao redor das narinas, Lesões sobre as 
pálpebras que podem levar à 
Cegueira, e placas e Bolhas na boca. 
Laringotraqueíte 
infecciosa das aves, 
Hipovitaminose A; 
Deficiência de ácido 
pantotênico ou de 
biotina, Lesões 
causadas pela 
micotoxina T-2, Doença 
do Gumboro, Doença 
de Marek 
Não existe tratamento eficiente 
contra o vírus, o que existem são 
medidas paliativas para controlar 
infecções secundárias e promover o 
restabelecimento das mucosas 
afetadas. É indicado pincelar na 
lesão, tintura de iodo a 50% em 
glicerina e o uso de antibióticos que 
atuam em DNA, reduzem as 
infecções secundárias e as lesões. A 
suplementação da ave com vitamina 
A, é indicado para auxiliar na 
recuperação das lesões. 
Além da vacinação é necessário 
combater vetores, como: moscas e 
mosquitos e manter os arredores dos 
aviários livres de abrigo para os vetores. 
Doença de Marek DNA Vírus de cadeia 
dupla, linear Ordem 
Herpesvirales, Família 
Herpesviridae, Subfamília 
Alphaherpesvirinae, 
Gênero Mardivirus e 
Espécies Gallid 
alphaherpesvirus 2, Gallid 
alphaherpesvirus 3 e 
Meleagrid 
alphaherpesvirus 1 (HVT 
de perus) 
4 a 16 semanas Apresenta as formas: 
Neural: diferentes graus de paralisia, 
nas pernas, asas, pescoço, papo 
provocando perda de peso, palidez, 
dispneia e diarreia. 
Ocular: íris descorada e irregular com 
cegueira uni ou bilateral. 
Cutânia: observado a presença de 
células inflamatórias e linfomatosas. 
Visceral: o curso é agudo, com alta 
mortalidade e incidência elevada de 
tumores linfoides em diferentes 
órgãos. 
Leucose linfoide, com 
células linfoblásticas 
monomórficas 
Não há tratamento específico Recomenda-se um manejo adequado 
das aves, priorizando a sanidade, higiene, 
desinfecção, vaziosanitário, alimentação 
e lotação adequada. Algumas linhagens 
de aves apresentam diferentes 
susceptibilidades para a doença de 
Marek, permitindo a sua seleção e 
manutenção para fins comerciais. 
Vacinação 
Leucose Linfoide RNA Vírus de cadeia 
simples Família 
Retroviridae, Subfamília 
Orthoretrovirinae, 
Gênero Alpharetrovirus, 
Espécies envolvidas na 
enfermidade: Avian 
leukosis virus, Avian 
carcinoma Mill Hill virus 2, 
Avian myeloblastosis 
virus, Avian 
myelocytomatosis virus 
29 e Avian sarcoma virus 
CT10 
12 a 60 dias Queda na produção de ovos, 
Fraqueza, Palidez, Regressão da crista, 
abdome aumentado, Neoplasias em 
diversas regiões 
Doença de Marek Não há tratamento específico É indicada a eliminação da transmissão 
vertical do vírus através do controle das 
reprodutoras, aplicando normas de 
biosseguridade, evitando toda possível 
exposição ou infecção horizontal. Não 
existem vacinas comerciais. 
Encefalomielite 
Aviária 
RNA Vírus de cadeia 
simples 
Ordem Picornavirales, 
Família Picornaviridae, 
Gênero Tremovirus, 
Espécie Tremovirus A, 
antigo Avian 
encephalomyelitis virus. 
Em média 11 dias Em Pintinhos: 
Falta de movimento, Incoordenação 
motora, Tremores rápidos e finos. 
As aves sobreviventes 
frequentemente desenvolvem 
cegueira tardia e catarata, observa-se 
uma opacidade ou coloração azulada 
em um ou ambos os olhos. 
Adultos: 
Sintomas inaparentes, apenas leve 
queda na produção de ovos, Poderá 
ocorrer também uma queda 
passageira nas taxas de eclosão em 
poedeiras recentemente infectadas 
Intoxicações, Doença de 
Newcastle, Doença de 
Marek, Deficiencias 
nutricionais, Aspergilose 
Não há tratamento específico Em caso de surto, retirar as aves 
doentes e sacrificar, pois não há 
tratamento para esta enfermidade. 
Aspergilose Aspergillus sp 7 a 40 dias espiração ofegante, Sonolência, 
Problemas do Sistema nervoso, Perda 
de apetite, Perda de peso e aumento 
da sede. 
Bronquite infecciosa, 
Doença de Newcastle e 
Laringotraqueíte 
Em pequenas produções é viável o 
uso soluções a base de enilconazole 
ou soluções a base de ácido 
ascórbico, ácido cítrico e ácido lático 
para higienização geral de 
ambientes. Em lesões é indicado o 
uso tópico de anfoterecina B, 
miconazol, clotrimazol, enilconazole. 
A remoção cirúrgica, sempre que 
possível, de placas ou granulomas. 
O ar deve percorrer o mesmo sentido 
que percorrem os ovos; Separação do 
incubatório em duas áreas 
independentes. Uma área de incubação 
e uma área de eclosão; Higiene e 
desinfecção com formaldeído, 
tiabendazole, ozônio, itraconazole ou 
enilconazole. Dar atenção especial às 
entradas de ar do incubatório, às coletas 
dos ovos na granja e à desinfecção dos 
ninhos; Monitoria por exposição de 
placas ou suabes dos pontos críticos; 
Exame de cama, casca dos ovos, 
câmara de ar e não eclodidos, de 
penugem, micológico do pulmão, 
traqueia e do resíduo de incubação.