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Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento Macaé, RJ Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento Nome do Curso Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento Nome do Arquivo 20230315_AP_CESS_PT_REV05 Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO E SEGURANÇA NO MAR ................................................................................ 14 1.1 CITAR AS REGRAS E PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA E SALVAMENTO NO MAR DE ACORDO COM A CONVENÇÃO SOLAS -74 ..................................................................................... 14 1.2 INTERPRETAR AS ORDENS DE COMANDO UTILIZADAS EM FAINAS DE EMERGÊNCIA . 14 1.3 DESCREVER E PARTICIPAR AS DIFICULDADES QUE PODERÃO SER ENCONTRADAS EM UMA FAINA DE ABANDONO OCASIONADO PELOS DIFERENTES TIPOS DE EMERGÊNCIA ....................................................................................................................................... 14 1.4 IDENTIFICAR OS VÁRIOS SINAIS DE ALARME DE EMERGÊNCIA E O RESPONSÁVEL PELO ACIONAMENTO ........................................................................................................................ 18 1.5 CITAR QUEM PODERÁ DAR A ORDEM DE ABANDONO E QUAIS OS PROCEDIMENTOS APÓS O SINAL CARACTERÍSTICO ..................................................................................................... 18 1.6 DESCREVER UMA TABELA MESTRA, COM AS OBRIGAÇÕES E DEVERES, E A LISTA DE VERIFICAÇÃO EM UMA FAINA DE ABANDONO ............................................................................ 23 1.7 CITAR QUAIS DEVEM SER AS MEDIDAS ADOTADAS PELO RESPONSÁVEL PELOS EQUIPAMENTOS DE SALVATAGEM E COMBATE A INCÊNDIO, A FIM DE MANTÊ-LOS EM BOAS CONDIÇÕES PARA PRONTO USO ......................................................................................... 24 1.8 RECONHECER TODOS OS SÍMBOLOS PADRÕES REFERENTES AOS EQUIPAMENTOS DE SALVATAGEM ................................................................................................................................ 25 2. PROCEDIMENTOS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR ............................................................. 26 2.1 EXPLICAR A NECESSIDADE DE SE EXECUTAR REGULARMENTE TREINAMENTOS E EXERCÍCIOS DE ABANDONO UTILIZANDO TODOS OS RECURSOS DE SALVATAGEM EXISTENTES A BORDO ....................................................................................................................... 26 2.2 DESCREVER O CONTEÚDO DE UM MANUAL DE TREINAMENTO, E COMO UTILIZÁ-LO CORRETAMENTE ................................................................................................................................. 26 2.3 CITAR MEDIDAS PESSOAIS QUE DEVEM SER TOMADAS QUANDO TOCAR “POSTOS DE ABANDONO” ................................................................................................................................. 27 2.4 DESCREVER AS MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS, PELO LÍDER, NO POSTO DE ABANDONO E FAINA SUBSEQUENTE ............................................................................................. 28 2.5 DESCREVER AS VERIFICAÇÕES QUE DEVEM SER EFETUADAS NA EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA E NOS TURCOS, ANTES DO EMBARQUE E LANÇAMENTO ........................... 30 2.6 DESCREVER OS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA QUE DEVERÃO SER TOMADOS QUANDO A BORDO DE UMA EMBARCAÇÃO OU BALSA DE SOBREVIVÊNCIA, NO MOMENTO DE SER ARRIADA OU LANÇADA .................................................................................. 35 2.7 DESCREVER OS MEIOS E PROCEDIMENTOS SEGUROS QUE DEVEM SER TOMADOS PARA EMBARCAR NO BOTE OU UMA BALSA DE SOBREVIVÊNCIA, QUANDO A MESMA JÁ ESTÁ ARRIADA ..................................................................................................................................... 37 2.8 CITAR AS VERIFICAÇÕES E MEDIDAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS, ANTES DO Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento LANÇAMENTO DE UMA EMBARCAÇÃO OU BALSA DE SOBREVIVÊNCIA, NO CASO DE ÓLEO NA SUPERFÍCIE DO MAR ........................................................................................................ 39 2.9 EXPLICAR QUAIS AS MEDIDAS QUE DEVERÃO SER TOMADAS CASO SE COMPROVE RISCO OU IMPOSSIBILIDADE DE LANÇAMENTO DE EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA ... 40 2.10 DESCREVER OS RECURSOS E A CORRETA UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE SOBREVIVÊNCIA .................................................................................................... 40 2.11 EXPLICAR OS PROCEDIMENTOS CORRETOS A SEREM TOMADOS POR UM NÁUFRAGO NA ÁGUA ........................................................................................................................ 53 2.12 CITAR O QUE PODERÁ OCORRER COM UM NÁUFRAGO NA ÁGUA, PRINCIPALMENTE EM ÁGUAS DE BAIXA TEMPERATURA, MESMO USANDO ROUPAS DE IMERSÃO OU DE PROTEÇÃO TÉRMICA ......................................................................................................................... 56 2.13 EXPLICAR COMO UTILIZAR OS ARTEFATOS OU OBJETOS QUE ESTEJAM FLUTUANDO JUNTO AO NÁUFRAGO E DE QUE MODO PODERÁ AJUDÁ-LO ......................... 56 2.14 DESCREVER COMO MANTER-SE JUNTO A UMA EMBARCAÇÃO OU BALSA DE SOBREVIVÊNCIA, QUANDO A MESMA ESTÁ COM A LOTAÇÃO COMPLETA ........................... 57 3. USO DOS EQUIPAMENTOS DE SOBREVIVÊNCIA .............................................................. 58 3.1 PRATICAR UM SALTO DE UMA ALTURA DE NO MÍNIMO 5 METROS E NADAR UMA DISTÂNCIA DE 25 METROS UTILIZANDO CORRETAMENTE O COLETE SALVA-VIDAS E SEUS RECURSOS. ................................................................................................................................. 58 3.2 DEMONSTRAR A POSIÇÃO “HEART-ESCAPE-LESSENING-POSTURE” (H.E.L.P.) ............... 58 3.3 EMPREGAR UMA BÓIA CIRCULAR COM RETINIDA FLUTUANTE EM LANÇAMENTO PRÓXIMO AO NÁUFRAGO, COM OU SEM RECURSOS LUMINOSOS. ......................................... 58 3.4 UTILIZAR CORRETAMENTE UMA BOIA CIRCULAR COMO SUPORTE PARA NÁUFRAGO FERIDO OU INCONSCIENTE. ............................................................................................................. 58 3.5 DEMONSTRAR, NO MENOR ESPAÇO DE TEMPO, SER CAPAZ DE VESTIR UMA ROUPA DE IMERSÃO E COLOCAR COLETE SALVA-VIDAS CORRETAMENTE, SEM AJUDA. ................ 58 3.6 PRATICAR UM SALTO A UMA ALTURA MÍNIMA DE 5 METROS E NADAR UMA DISTÂNCIA DE 25 METROS VESTIDO COM UMA ROUPA DE IMERSÃO E COM COLETE SALVA-VIDAS. ...................................................................................................................................... 58 3.7 UTILIZAR CORRETAMENTE UM PROTETOR TÉRMICO, VESTINDO UMA PESSOA, QUE SIMULE INCONSCIÊNCIA, DENTRO DE UMA BALSA DE SOBREVIVÊNCIA. ............................... 58 3.8 DEMONSTRAR A TÉCNICA CORRETA QUE DEVE SER APLICADA PARA AJUDAR UM NÁUFRAGO EXAUSTO A EMBARCAR EM UMA EMBARCAÇÃO/BALSA DE SALVATAGEM. ... 59 3.9 PRATICAR, DENTRO DA BALSA DE SALVATAGEM, LANÇAMENTO DO ANEL SALVA- VIDAS COM RETINIDA, PARA RESGATAR UM NÁUFRAGO. ......................................................... 59 3.10 UTILIZAR A TÉCNICA CORRETA PARA EMBARCAR E DESEMBARCAR DE UMA BALSA COM RETINIDA, PARA RESGATAR UM NÁUFRAGO. ..................................................................... 59 4. MÉTODOS DE RESGATE POR HELICÓPTERO .....................................................................60 Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento 4.1 DEMONSTRAR OS SINAIS CARACTERÍSTICOS PARA ORIENTAR E ALERTAR UM HELICÓPTERO DE RESGATE, ATRAVÉS DOS MOVIMENTOS DOS BRAÇOS. ............................ 60 4.2 EXPLICAR QUE INFORMAÇÕES IMPORTANTES PODERÃO SER PASSADAS PARA O HELICÓPTERO ATRAVÉS DA ESTAÇÃO BASE DE TERRA E AS FREQUÊNCIAS UTILIZADAS PARA COMUNICAÇÃO DIRETA COM O HELICÓPTERO. ............................................................... 60 4.3 DESCREVER QUAIS OS EQUIPAMENTOS EMPREGADOS POR UM HELICÓPTERO PARA RESGATAR PESSOAS A BORDO E COMO UTILIZÁ-LOS CORRETAMENTE. ............................... 60 4.4 EXPLICAR A IMPORTÂNCIA DE ORIENTAR O HELICÓPTERO O MELHOR LOCAL PARA EFETUAR A MANOBRA DE RESGATE ............................................................................................... 60 4.5 DESCREVER AS PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS PARA DESEMBORCAR UMA BALSA COM A AJUDA DE UM HELICÓPTERO. ............................................................................... 61 4.6 DESCREVER OS MÉTODOS DE IÇAMENTO DE PESSOAS POR UM HELICÓPTERO DE RESGATE E SEU EMPREGO CORRETO ............................................................................................. 61 4.7 CITAR OS PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER ADOTADOS PELA TRIPULAÇÃO DE UM HELICÓPTERO DE RESGATE E SEU EMPREGO CORRETO............................................................ 64 4.8 CITAR OS PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER ADOTADOS PELA TRIPULAÇÃO DE UM HELICÓPTERO A FIM DE ASSISTIR O IÇAMENTO DE NÁUFRAGOS. ........................................... 64 5. EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM E EMBARCAÇÃO DE RESGATE ................................ 66 5.1 DESCREVER A CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DOS VÁRIOS TIPOS DE EMBARCAÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA. ........................................................................................................................... 66 5.2 DESCREVER AS CARACTERÍSTICAS E FACILIDADES OFERECIDAS POR CADA TIPO DE EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA. ............................................................................................... 71 5.3 INTERPRETAR AS MARCAS DE COSTADO DE UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM. .. 80 5.4 DESCREVER AS CARACTERÍSTICAS E FACILIDADES OFERECIDAS PELOS DOIS TIPOS DE BALSA DE SALVATAGEM. ............................................................................................................ 81 5.5 EXPLICAR A ESTIVAGEM CORRETA DE UMA BALSA DE SALVATAGEM. ............................ 81 5.6 INTERPRETAR AS MARCAS REGISTRADAS EM UM CASULO DE UMA BALSA DE SALVATAGEM....................................................................................................................................... 82 5.7 DESCREVER A CONSTRUÇÃO, CARACTERÍSTICAS E FACILIDADES OFERECIDAS POR UMA EMBARCAÇÃO DE RESGATE.................................................................................................... 83 5.8 DEFINIR AS EXIGÊNCIAS PARA A ESTIVAGEM DE UMA EMBARCAÇÃO DE RESGATE. ... 86 6. EQUIPAMENTO DE LANÇAMENTO ....................................................................................... 88 6.1 DESCREVER OS ARRANJOS PARA ESTIVAGEM, SEGURANÇA, PEAÇÃO, CABOS DE LABORAR E OS MÉTODOS DE LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO DE EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM NOS TIPOS DE TURCOS EXISTENTES. ................................................................... 88 6.2 DELINEAR A MANUTENÇÃO NECESSÁRIA QUE DEVE SER DADA AOS TURCOS, RAMPAS DE LANÇAMENTO E EQUIPAMENTOS DE DESENGATE. ............................................. 91 Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento 6.3 DESCREVER UM TURCO DE LANÇAMENTO/RESGATE UTILIZADO EM BALSA DE SALVATAGEM....................................................................................................................................... 92 6.4 DESCREVER A OPERAÇÃO COM UM GATO DE ESCAPE AUTOMÁTICO, APÓS TER LANÇADO UMA BALSA E COMO DEVE ESTAR PRONTO PARA O PRÓXIMO LANÇAMENTO. .................................................................................................................................... 93 6.5 DESCREVER OS ARRANJOS E EQUIPAMENTOS DE UMA RAMPA DE LANÇAMENTO (FREE FALL) .......................................................................................................................................... 94 6.6 EXPLICAR COMO UM TURCO SINGELO PODE SER UMA DAS ALTERNATIVAS DE LANÇAMENTO/RESGATE EM UMA RAMPA DE LANÇAMENTO(FREE FALL). ........................... 95 6.7 DESCREVER O EMPREGO E MANUTENÇÃO DE UM DISPOSITIVO PARA FLUTUAÇÃO LIVRE (VÁLVULA HIDROSTÁTICA) QUE ESTEJA PRENDENDO UM CASULO DE BALSA DE SALVATAGEM....................................................................................................................................... 96 6.8 EXPLICAR A SEQUÊNCIA DE EVENTOS QUE LEVARÃO À AUTO LIBERAÇÃO DA BALSA DE SALVATAGEM ATÉ O MOMENTO DA DEFLAGRAÇÃO. .......................................................... 98 7. EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM A MOTOR E SEUS ACESSÓRIOS ........................... 100 7.1 DEMONSTRAR A SEQUÊNCIA DE EVENTOS PARA ACIONAR UM MOTOR DIESEL, VERIFICANDO NÍVEL E PRESSÃO DO ÓLEO E TEMPERATURA/REFRIGERAÇÃO. ................. 100 7.2 OPERAR CORRETAMENTE O MOTOR DIESEL, UTILIZANDO A MANETE DE REVERSÃO PARA VANTE E PARA RÉ. ................................................................................................................. 102 7.3 EXPLICAR AS MEDIDAS DE MANUTENÇÃO DE UM MOTOR DIESEL E SEUS ACESSÓRIOS. ..................................................................................................................................... 102 7.4 DEMONSTRAR A SEQUÊNCIA DE EVENTOS PARA ACIONAR UM MOTOR DE POPA E AS VERIFICAÇÕES NECESSÁRIAS. .................................................................................................. 103 7.5 CITAR AS ESPECIFICAÇÕES DOS FABRICANTES QUANTO A MISTURA DE ÓLEO LUBRIFICANTE DO COMBUSTÍVEL DE MOTORES DE POPA E AS AVARIAS QUE PODERÃO OCORRER SE NÃO FOREM FEITA ADEQUADAMENTE. .............................................................. 106 7.6 DESCREVER OS SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO DE MOTOR QUE PODEM EQUIPAR UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM OU RESGATE, SUAS CARACTERÍSTICAS E OS CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS. ..................................................................................... 107 7.7 LISTAR AS EVENTUAIS AVARIAS QUE PODERÃO OCORRER COM UM MOTOR DE POPA SE FOR COLOCADO OU GUARDADO NA HORIZONTAL................................................. 108 7.8 DESCREVER O SISTEMA DE BATERIAS A BORDO DE UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM, QUAIS EQUIPAMENTOS ALIMENTA, AS FONTES DE RECARGA E OS CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS. ..................................................................................... 109 7.9 DESCREVER O SISTEMA CONTRA FOGO (PULVERIZAÇÃO DE ÁGUA) QUE PROTEGE A EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM FECHADA, SUA OPERAÇÃO, O EQUIPAMENTO DE ACIONAMENTO AUTOMÁTICO E A MANUTENÇÃO NECESSÁRIA. .......................................... 109 7.10 DESCREVER O SISTEMA DE RESERVA DE OXIGÊNIO QUE EQUIPA A EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM FECHADA, SUA LIMITAÇÃO DE TEMPO E MONITORIZAÇÃO. .................. 111 Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento 8. FAINA DE ABANDONO ........................................................................................................... 112 8.1 CITAR AS VERIFICAÇÕES QUE DEVEM SER FEITAS NA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM - NO EQUIPAMENTO DE LANÇAMENTO, ANTES DE INICIAR A MANOBRA DE ARRIAR/LANÇAR. ........................................................................................................................ 112 8.2 DESCREVER OS PROCEDIMENTOS CORRETOS EM UMA FAINA DE ARRIAR UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM, QUANDO ESTIVER MANOBRANDO O TURCO E QUANDO ESTIVER A BORDO DA EMBARCAÇÃO ........................................................................ 113 8.3 DESCREVER A FAINA DE DESENGATE PARA OS VÁRIOS TIPOS DE GATO DE ESCAPEQUE EQUIPAM OS TURCOS. ............................................................................................................ 118 8.4 EXPLICAR AS DIFICULDADES QUE PODERÃO SURGIR E AUMENTAR OS RISCOS EM UMA MANOBRA DE LANÇAMENTO DE EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM ............................ 124 8.5 DESCREVER O LANÇAMENTO DE BALSA DE SALVATAGEM ATRAVÉS DO TURCO SINGELO E AS PROVIDÊNCIAS A SEREM OBSERVADAS QUANTO AO FUNCIONAMENTO DO GATO DE ESCAPE PARA QUE A FAINA SEJA COMPLETA ................................................... 127 8.6 DESCREVER A MANOBRA PARA AFASTAR-SE DO COSTADO DO NAVIO UTILIZANDO UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM A MOTOR OU/E A REMOS ......................................... 127 8.7 DESCREVER COMO AFASTAR-SE DO COSTADO DO NAVIO COM UMA BALSA INFLÁVEL ............................................................................................................................................ 127 8.8 EXPLICAR AS FACILIDADES E DIFICULDADES QUE PODEM SER OBSERVADAS EM UMA MANOBRA DE AFASTAR-SE DO COSTADO, QUANDO A EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM ESTÁ A SOTAVENTO E QUANDO ESTÁ A BARLAVENTO DO NAVIO ............ 129 8.9 DESCREVER A ATUAÇÃO DA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM A MOTOR EM RELAÇÃO ÀS BALSAS E AOS NÁUFRAGOS NA ÁGUA ................................................................. 130 8.10EXPLICAR COMO RESGATAR COM UMA EMBARCAÇÃO OU BALSA UM NÁUFRAGO QUE ESTEJA NA ÁGUA .............................................................................................................................. 136 8.11 CITAR A IMPORTÂNCIA DE MANTER A “DISTÂNCIA DE SEGURANÇA” QUE AS EMBARCAÇÕES E BALSAS DEVEM TOMAR DO NAVIO QUE ESTEJA SOÇOBRANDO ......... 138 8.12 EXPLICAR AS TÉCNICAS APLICADAS PARA EMBARCAÇÕES E BALSAS DE SALVATAGEM MANTEREM-SE PRÓXIMAS UMA DAS OUTRAS ........................................................................... 138 8.13 .. LISTAR AS IMEDIATAS AÇÕES A SEREM TOMADAS EM UMA EMBARCAÇÃO OU BALSA DE SALVATAGEM APÓS AFASTAR-SE DO COSTADO DO NAVIO E EM POSIÇÃO DE “DISTÂNCIA SEGURA” ....................................................................................................................... 139 8.14 CITAR AS INSTRUÇÕES E CONDIÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA QUE DEVEM SER PASSADAS PARA TODOS OS NÁUFRAGOS A FIM DE EVITAR PÂNICO E DESESPERO ............................. 139 9. AÇÕES A BORDO DE EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA .......................................... 140 9.1 LISTAR AS INSTRUÇÕES E FAINAS QUE DEVERÃO SER DISTRIBUÍDAS, PELO LÍDER, ENTRE OS TRIPULANTES DE UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM ..................................... 140 9.2 CITAR OS PRINCIPAIS PERIGOS QUE CORREM OS NÁUFRAGOS, EM UMA Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM, E COMO EVITÁ-LOS ............................................................. 142 9.3 DESCREVER O EMPREGO DE CADA UM DOS EQUIPAMENTOS DA PALAMENTA DE UMA EMBARCAÇÃO E BALSA DE SALVATAGEM, E A CORRETA ESTIVAGEM E PEAÇÃO PARA NÃO HAVER PERDAS............................................................................................................. 143 9.4 CITAR A QUANTIDADE E MÉTODOS DE RACIONAMENTO DAS RAÇÕES LÍQUIDAS E SÓLIDAS DE UMA EMBARCAÇÃO E BALSA DE SALVATAGEM .................................................. 161 9.5 EXPLICAR OS RISCOS QUE CORREM OS NÁUFRAGOS AO INGERIREM ALIMENTOS QUE NÃO SEJAM AS RAÇÕES DE ABANDONO, E OS EFEITOS DE INGESTÃO DE ÁGUA DO MAR ..................................................................................................................................................... 161 9.6 DESCREVER OS ARRANJOS PARA COLETAR E ESTOCAR ÁGUA DE CHUVA .................. 162 10. PRIMEIROS SOCORROS .......................................................................................................... 163 10.1 DESCREVER E DEMONSTRAR AS TÉCNICAS DE RESSUSCITAÇÃO COM MASSAGEM CARDÍACA E RESPIRAÇÃO BOCA-BOCA OU BOCA-NARIZ ........................................................ 163 10.2 DESCREVER AS PRECAUÇÕES QUE DEVEM SER TOMADAS PARA EVITAR A HIPOTERMIA ...................................................................................................................................... 166 10.3DESCREVER OS SINTOMAS E COMO TRATAR DE UMA PESSOA COM HIPOTERMIA EM UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM. ........................................................................................ 167 10.4LISTAR O QUE CONTÉM EM UM KIT DE PRIMEIROS SOCORROS QUE EQUIPA EMBARCAÇÃO E BALSA DE SALVATAGEM. ................................................................................. 168 10.5DESCREVER A CORRETA UTILIZAÇÃO DO KIT DE PRIMEIROS SOCORROS PARA ATENDIMENTO DOS VÁRIOS CASOS POSSÍVEIS DE NÁUFRAGOS FERIDOS. ........................ 171 11. EXERCÍCIO DE LANÇAMENTO E RESGATE DE EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM . 175 11.1 COORDENAR, COMO LÍDER, AS FAINAS DE LANÇAMENTO, MANOBRA E RESGATE DE EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM. ............................................................................................ 175 11.2 EMPREGAR CORRETAMENTE AS ORDENS DE MANOBRA PARA AS FAINAS DE EMBARQUE, LANÇAMENTO E AFASTAMENTO DO COSTADO................................................. 175 11.3 OPERAR COM HABILIDADE UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM COM PROPULSÃO A MOTOR, A REMO E A VELA EM MANOBRAS DE AFASTAMENTO DO COSTADO, RESGATE DE HOMEM AO MAR E REBOQUE DE BALSAS DE SOBREVIVÊNCIA. 175 11.5 EMPREGAR CORRETAMENTE A ÂNCORA FLUTUANTE A FIM DE MANTER A DERIVA CONTROLADA. .................................................................................................................................. 175 12. LANÇAMENTO E MANOBRAS SOB MAU TEMPO COM EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM ................................................................................................................................... 176 12.1 EXPLICAR COMO REDUZIR OS RISCOS DE AVARIA E ACIDENTES COM TRIPULANTES, QUANDO EM FAINA DE LANÇAMENTO DE EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM, ESTANDO SOB MAU TEMPO E O NAVIO DANDO BALANÇOS DE GRANDE AMPLITUDE ....................... 176 12.2 DESCREVER O USO DO REMO DE ESPARRELA QUANDO UTILIZADO COM A ÂNCORA FLUTUANTE CONJUGADA COM A BOLSA DE ÓLEO QUEBRA-VAGAS.................................... 177 Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento 12.3 RELATAR AS MANOBRAS: CORRER COM O TEMPO, CAPA E DERIVA CONTROLADA E QUANDO APLICÁ-LAS MAIS ADEQUADAMENTE COM PROPULSÃO A MOTOR, A VELA E A REMO ................................................................................................................................................... 178 12.4 DESCREVER A MANOBRA E OS CUIDADOS QUE SE DEVE TER, SOB MAU TEMPO, PARA MANTER BALSAS E EMBARCAÇÕES DE SALVATAGEM LIGADAS POR CABOS A SOTAVENTO DO NAVIO QUE FOI ABANDONADO ..................................................................... 178 12.5 EXPLICAR QUAL A DISTRIBUIÇÃO CORRETA DENTRO DE UMA BALSA DE SOBREVIVÊNCIA A FIM DE EVITAR UM EMBORCAMENTO, QUANDO EM DERIVA CONTROLADA ................................................................................................................................... 178 12.6 DESCREVER OS TIPOS DE VARAÇÃO QUE PODEM SER EMPREENDIDAS COM EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM COM PROPULSÃO A MOTOR, A REMO E A VELA E QUAIS DEVEM SER EVITADAS......................................................................................................... 179 12.7 EXPLICAR QUAIS OS ESFORÇOS QUE DEVERÃO SER FEITOS A FIM DE DIMINUIR OS RISCOS PARA OS TRIPULANTES E SALVAR A EMBARCAÇÃO E SUA PALAMENTA QUANDO SE EMPREENDE UMA MANOBRA DE VARAÇÃO ......................................................................... 179 12.8 DESCREVER COMO EXECUTAR E OS CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS EM UMA MANOBRA DE VARAÇÃO COM UMA BALSA DE SOBREVIVÊNCIA ................................ 180 12.9 DESCREVER A SINALIZAÇÃO EM TERRA QUE DEVE SER FEITA PARA EMBARCAÇÃO, BALSA DE SALVATAGEM OU PESSOAS EM PERIGO A FIM DE ORIENTARA MANOBRA DE VARAÇÃO ........................................................................................................................................... 180 13. EQUIPAMENTOS RÁDIO, SINALIZAÇÃO E PIROTÉCNICOS .......................................... 181 13.1 CITAR EM QUE TIPOS DE NAVIOS É NECESSÁRIO QUE A EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM TENHA EQUIPAMENTO RÁDIO INSTALADO ...................................................... 181 13.2 DESCREVER E OPERAR CORRETAMENTE O EQUIPAMENTO RÁDIO DE UMA EMBARCAÇÃO DE SALVATAGEM NAS FREQUÊNCIAS DE SOCORRO E SEGURANÇA E SEU ALCANCE MÍNIMO ............................................................................................................................ 181 13.3 DESCREVER AS CARACTERÍSTICAS DO RÁDIO PORTÁTIL DE EMERGÊNCIA E SUA OPERACIONALIDADE – AUTOMÁTICO/MANUAL. ...................................................................... 183 13.4 DESCREVER COMO ARMAR E ATERRAR A ANTENA DO RÁDIO PORTÁTIL DE EMERGÊNCIA E COMO ATIVAR MANUALMENTE O SEU GERADOR/DÍNAMO ...................... 184 13.5 DEMONSTRAR COMO OPERAR NO AUTOMÁTICO A FIM DE TRANSMITIR UM SINAL DE ALARME RADIOTELEFÔNICO. .................................................................................................. 184 13.6 OPERAR UMA CHAMADA DE SOCORRO (MAYDAY) SIMULADA E AS INFORMAÇÕES QUE DEVEM SER INCLUÍDAS ........................................................................................................... 184 13.7 DESCREVER OS TIPOS DE EPIRB QUE EQUIPAM OS NAVIOS E QUAIS OS PROCEDIMENTOS PARA ATIVÁ-LOS ............................................................................................. 185 13.8 EMPREGAR O EPIRB E SUAS CARACTERÍSTICAS ................................................................ 188 13.9 DIFERENCIAR AS EPIRB QUE OPERAM NO SISTEMA COSPAS SARSAT E INMARSAT-E E SUAS LIMITAÇÕES .......................................................................................................................... 188 Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento 13.10 LISTAR OS VÁRIOS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE SINALIZAÇÃO QUE ATRAEM A ATENÇÃO, PARA USO NOTURNO E DIURNO ............................................................................... 188 13.11 MANIPULAR CORRETAMENTE TODOS OS EQUIPAMENTOS DE SINALIZAÇÃO E PIROTÉCNICOS .................................................................................................................................. 194 13.12 LISTAR OS PIROTÉCNICOS QUE COMPÕEM UM CONJUNTO MÍNIMO PARA EQUIPAR UMA EMBARCAÇÃO OU BALSA DE SALVATAGEM E OS CUIDADOS PARA MANTÊ-LOS E MANUSEÁ-LOS ........................................................................................................ 194 13.13 IMPORTÂNCIA DE DEFLAGAR UM PIROTÉCNICO NO MOMENTO CORRETO, SOB ORDEM DO LÍDER ............................................................................................................................. 196 14. LANÇAMENTO DE BALSA INFLÁVEL E EXERCÍCIO ........................................................ 197 14.1 PRATICAR COM HABILIDADE E EFICIÊNCIA AS MANOBRAS DE LANÇAR E DISPARAR UMA BALSA DE SALVATAGEM. ....................................................................................................... 197 14.2 OPERAR O CABO DE SEGURANÇA DO GATO DE ESCAPE NO TEMPO CERTO, EM CASOS DE ARRIAR OU RESGATAR POR TURCO SINGELO, RECOLHENDO CORRETAMENTE PARA O PRÓXIMO LANÇAMENTO OU RESGATE. ....................................................................... 197 14.3 EMPREGAR OS PROCEDIMENTOS CORRETOS PARA RESGATAR UM NÁUFRAGO NA ÁGUA COM OS RECURSOS DE UMA BALSA INFLÁVEL. .............................................................. 197 14.4 EMPREGAR AS TÉCNICAS CORRETAS PARA EXECUTAR A MANOBRA DE AFASTAR-SE DO COSTADO DO NAVIO COM UMA BALSA INFLÁVEL. ............................................................ 197 14.5 DESCREVER UM MANUAL DO FABRICANTE DE BALSA INFLÁVEL E OS CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA COM A MESMA. ............................................................................................ 197 15. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - ANEXOS: ...................................................................................... 198 ANEXO 1: SÍMBOLOS PADRÃO IMO COM E SEM TEXTO ........................................................... 198 ANEXO 2: PÔSTER DE SEGURANÇA DO ISM CODE..................................................................... 208 ANEXO 3: TABELA DE SINAIS DE SALVAMENTO ......................................................................... 219 ANEXO 4: PROCEDIMENTOS RADIOTELEFÔNICOS ................................................................... 225 ANEXO 5: TABELAS DE PRONÚNCIA DE LETRAS E DE ALGARISMOS ..................................... 226 16. GLOSSÁRIO ................................................................................................................................ 227 17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 229 Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento DIRETRIZES GERAIS DO TREINAMENTO • Quanto à Estruturação do Curso O candidato, no ato da matrícula, deverá apresentar à instituição que vai ministrar o curso, cópia e o original (para verificação) ou cópia autenticada dos seguintes comprovantes: − Ter mais de dezoito (18) anos, no dia da matrícula; − Ter concluído o ensino fundamental; − Atestado de boas condições de saúde física e mental; e − Ter concluído, com aproveitamento, o curso básico de segurança (sigla em inglês BST) nos últimos cinco (5) anos. • Quanto à Frequência às Aulas a) A frequência às aulas e atividades práticas são obrigatórias. b) O aluno deverá obter o mínimo de 90% de frequência no total das aulas ministradas no curso. c) Para efeito das alíneas descritas acima, será considerada falta: o não comparecimento às aulas, o atraso superior a 10 minutos em relação ao início de qualquer atividade programada ou a saída não autorizada durante o seu desenvolvimento. • Quanto à Aprovação no Curso Será considerado aprovado o aluno que: − Obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis) em uma escala de 0 a 10 (zero a dez) na avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades práticas. − Tiver a frequência mínima exigida (90%). − Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será considerado reprovado. • Objetivo A RELYON NUTEC tem como objetivo capacitar o treinando a: − Preparar as embarcações de sobrevivência e salvamento para lançamento; − Fazer o controle e embarque dos passageiros nas embarcações de sobrevivência e salvamento de forma rápida e segura; − Lançar as embarcações de sobrevivência e salvamento ao mar com segurança, afastando a embarcação do local do sinistro; − Assumir a liderança das embarcações de sobrevivência e salvamento antes durante e após o lançamento, bem como na ação do recolhimento; − Administrar os sobreviventes e a embarcação de sobrevivência e salvamento após o abandono da unidade. Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 14 1. INTRODUÇÃO E SEGURANÇA NO MAR 1.1 CITAR AS REGRAS E PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA E SALVAMENTO NO MAR DE ACORDO COM A CONVENÇÃO SOLAS -74 A convenção solas-74 estabelece regras e princípios de segurança e salvamento no mar através de seus diversos capítulos: Capítulo I - Disposições gerais. Capítulo II - 1 - Construção – Estrutura, Compartimentagem e Estabilidade, Instalações de Máquinas e Elétricas. Capítulo II - 2 - Construção – Proteção contra incêndio, detecção de incêndio e extinção de incêndio. Capítulo III - Equipamentos salva-vidas e outros dispositivos. Capítulo IV - Radiocomunicações. Capítulo V - Segurança da navegação. Capítulo VI- Transporte decargas e de óleos combustíveis. Capítulo VII - Transporte de produtos perigosos. Capítulo VIII - Navios Nucleares. Capítulo IX - Gerenciamento para a operação segura de navios. Capítulo X - Medidas de segurança para embarcações de alta velocidade. Capítulo XI - 1-Medidas especiais para intensificar a segurança marítima. Capítulo XI - 2-Medidas especiais para intensificar a proteção marítima. Capítulo XII - Medidas adicionais de segurança para graneleiros. Apêndice - Certificados, Registros e Apensos. 1.2 INTERPRETAR AS ORDENS DE COMANDO UTILIZADAS EM FAINAS DE EMERGÊNCIA Todo pessoal embarcado e principalmente aqueles que compõem as equipes de emergência, deverão estar familiarizados com os tipos de alarmes e demais procedimentos a fim de poder desempenhar a contento as suas funções, sabendo como proceder em caso de mudança no cenário da emergência em função de fatos inusitados, como a impossibilidade de utilização de algum equipamento de salvatagem, por exemplo. As pessoas envolvidas diretamente no controle da emergência deverão saber, entre outras coisas, operar de forma correta e segura os equipamentos de comunicação, transmitindo informações claras a fim de auxiliar o Coordenador da Emergência e não prejudicar o controle da emergência. 1.3 DESCREVER E PARTICIPAR AS DIFICULDADES QUE PODERÃO SER ENCONTRADAS EM UMA FAINA DE ABANDONO OCASIONADO PELOS DIFERENTES TIPOS DE EMERGÊNCIA Durante uma situação de emergência muitas dificuldades podem se apresentar, o que requer por parte dos envolvidos, e principalmente dos líderes, uma grande capacidade de autocontrole e de gerenciamento em meio a condições adversas. Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 15 Essas dificuldades podem ser de vários tipos, como: nervosismo e pânico do pessoal embarcado, equipamento com má funcionalidade ou riscos inerentes à atividade offshore e marítima, tais como adernamento excessivo, obstrução de rotas de fuga, socorro à pessoas feridas, busca de pessoas faltantes aos pontos de reunião, etc. Tipos de Emergência Podemos dizer que emergência é qualquer situação anormal que coloque em risco a vida humana, o local onde as pessoas se encontram ou a natureza. Quando uma emergência ocorre, precisamos realizar algumas ações para controlá-la. Para que todos saibam o que fazer durante estas situações, são criados procedimentos de emergência. Geralmente, uma emergência pode ser resolvida rapidamente se os procedimentos corretos forem executados nos primeiros instantes. Uma emergência pequena, se não for tratada imediatamente, pode transformar-se em uma situação sem controle. Detectada a emergência, a atitude inicial adequada pode fazer a diferença entre a vida e a morte. É importante que os residentes saibam os procedimentos de emergência para cada situação e que tenham a disciplina e o treinamento para reagir efetivamente. Algumas dessas situações de emergência podem ocorrer a bordo das unidades marítimas: incêndio, colisão, encalhe, explosão, blow out, mau tempo, vazamento de gases, queda de aeronave, homem ao mar, epidemia, etc. Figura 1 - Diversos tipos de emergência Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 16 Incêndio O incêndio a bordo de uma unidade marítima é uma situação mais assustadora que em terra. Na maioria das vezes, os incêndios acontecem em espaços fechados e, geralmente, a tripulação combate sozinha o incêndio, sem assistência de auxílio externo. Caso seja necessário auxílio externo, este pode e deve ser solicitado. O principal agente extintor utilizado é a água, pois existe em grande quantidade junto a unidade. Porém, se esta água for utilizada de forma indiscriminada, poderá afetar a estabilidade da unidade fazendo-a adernar ou, até mesmo, naufragar (afundar). Portanto, o combate a incêndio deve ser planejado de modo a não causar outra emergência. Naufrágio É a perda da unidade devido a seu afundamento. O naufrágio geralmente se dá pela entrada de água em um ou mais compartimentos da unidade marítima. Esta entrada de água afeta sua estabilidade, causando o adernamento (inclinação) da unidade. Dependendo da quantidade de água e da inclinação da unidade, esta pode emborcar (virar) ou naufragar (afundar). Colisão Colisão é o choque de uma embarcação contra algum obstáculo parado. Uma colisão pode ser contra uma bóia de fundeio, um cais. Figura 2 - Incêndio a Bordo Figura 3 - Naufrágio Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 17 Abalroamento É o choque de embarcações em movimento. Tanto a colisão quanto o abalroamento podem ocasionar incêndios, explosões ou alagamentos. Estas situações podem causar o naufrágio da embarcação ou poluição pela ruptura de algum tanque de combustível ou substâncias contaminantes, além de outros tipos de emergência. Abalroamento – Diz-se também abalroação (termo jurídico); significa a colisão entre navios. Regula-se pelo disposto nos arts. 749 e 752 do Código Comercial, quando ocorrer em águas territoriais. Entretanto, se os navios arvoram a mesma bandeira, a lei do pavilhão é aplicada. Quando ocorrer abalroamento em alto-mar, os danos regem-se pela Convenção de Bruxelas de 1910 (art. 14.8a), e as matérias de competência civil e penal pelas Convenções de Bruxelas de 1952 (art. 14.8f) (Arte Naval). Dependendo do tipo da emergência, pode ser mais prudente que as pessoas não envolvidas no controle/combate da emergência sejam retiradas de bordo através das embarcações de sobrevivência ou outros meios externos, enquanto o controle/combate à emergência continua. Figura 4 - Colisão Figura 5 - Abalroamento Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 18 1.4 IDENTIFICAR OS VÁRIOS SINAIS DE ALARME DE EMERGÊNCIA E O RESPONSÁVEL PELO ACIONAMENTO Os sinais de alarme de emergência são acionados a bordo das unidades para indicar algum tipo de emergência. Estes sinais são emitidos através da campainha de alarme geral e podem ser escutados tanto dentro quanto fora da superestrutura. Estes sinais podem variar de unidade para unidade e todos devem ter conhecimento desses sinais e quais procedimentos devem ser seguidos. Os alarmes são acionados manualmente, porém, com a automação das unidades, as anormalidades ao serem detectadas, podem acionar o alarme de emergência automaticamente. Os sinais usados normalmente são: Emergência: alarme sonoro intermitente. Após tocar o alarme de emergência é informado através do sistema de comunicação o local e tipo de emergência. Esta informação é de suma importância para que as pessoas, ao se deslocarem para os seus Pontos de Reunião, não o façam passando próximo ou por este local. Preparação para o abandono: alarme contínuo. Após tocar o alarme de preparação para o abandono, o Coordenador da Emergência divulga instruções verbais, com as ações de abandono, aos coordenadores das equipes de emergência. 1.5 CITAR QUEM PODERÁ DAR A ORDEM DE ABANDONO E QUAIS OS PROCEDIMENTOS APÓS O SINAL CARACTERÍSTICO Procedimentos após soar os Alarmes O acionamento do alarme de preparação para o abandono não significa que a unidade está afundando, explodindo ou coisa parecida. Ele indica que não é mais possível controlar a emergência com os recursos de bordo e as pessoas serão retiradas da unidade. Ele também não significa que todos devem entrar nas baleeiras e arriá-las imediatamente. A ordem de lançamento será dada, verbalmente, pelo Coordenador da Emergência. Todos devem manter a calma e seguir as orientações dos Coordenadores dos Pontos de Reunião. O alarme de preparação para o abandono só poderá ser acionado manualmentee por ordem única e exclusiva do Coordenador da Emergência (GEPLAT, OIM, Comandante da embarcação, etc.). Estes são os responsáveis pelo acionamento do alarme de preparação para o abandono. Evacuação É o método de deixar a unidade, de forma ordenada, após a verificação pelo Coordenador da Emergência de que há probabilidade de se perder o controle da emergência. Neste procedimento, utilizam-se, preferencialmente, os meios externos como embarcações de apoio, helicóptero, etc., se as condições permitirem. Caso contrário deve-se fazer uso dos recursos próprios, como as embarcações de sobrevivência e balsas infláveis. Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 19 Abandono É o método de deixar a unidade, de forma ordenada, após a verificação pelo Coordenador da Emergência de que já é iminente a perda do controle da emergência. Neste procedimento, utilizam- se, preferencialmente, os meios próprios conforme as condições e natureza da emergência. Procedimentos de Emergência Os procedimentos de emergência variam de unidade para unidade, porém alguns requisitos são comuns em todos os procedimentos. Entre eles podemos citar: • Preparação das pessoas para o abandono; • Funções dos tripulantes das embarcações de sobrevivência, que deverão verificar, entre outras ações, se todos estão presentes e com epi completo (macacão, bota, capacete, colete salva-vidas, etc); • Preparação das embarcações de sobrevivência e salvamento; etc. O embarque nas embarcações de sobrevivência e salvamento só deverá ocorrer após ordem do Timoneiro da embarcação. Este ou outra pessoa designada deverá levar para a embarcação o EPIRB e o SART. Os rádios VHF, quando portáteis, deverão estar com o Coordenador do Ponto de Reunião e/ou o Timoneiro da embarcação. Figura 7 - Meio externo – Cesta de transbordo Figura 7 - Meio externo – Helicóptero Figura 9 - Meio próprio – Baleeira Figura 9 - Meio próprio – Balsa inflável Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 20 Verificação Vários sistemas de identificação são usados nos pontos de reunião e postos de abandono como, por exemplo, o cartão “T” ou a lista de verificação (POB). Eles tem a função de auxiliar o Coordenador do Ponto de Reunião na conferência das pessoas nos Pontos de Reunião. Quando se usa o Cartão “T”, todos devem estar cientes de colocá-lo no escaninho ao embarcar e retirá-los no desembarque ou em uma situação de emergência ou virá-los em uma situação de emergência, dependendo do procedimento adotado pela unidade. Esta ação é de suma importância, pois, o Coordenador do Ponto de Reunião, ao olhar para o escaninho, identifica de forma rápida quais as pessoas que ainda não chegaram. Ele chama por estas pessoas e, confirmando a sua ausência, informa ao Coordenador da Emergência que acionará as equipes de busca. Meios de Evacuação / Abandono Cada situação de evacuação/abandono tem um risco em potencial e é importante que estes riscos sejam avaliados antes da utilização de um dos métodos de evacuação/ abandono. Escala de Prioridade Caso haja a necessidade de realizar uma evacuação / abandono, aconselha-se seguir uma escala de prioridade. A escala mais adequada é a seguinte: • Passarela de fuga (gangway); • Helicóptero; • Embarcação de standby (apoio); • Embarcações de sobrevivência rígidas; • Embarcações de sobrevivência infláveis; • Descida pelo costado (escada de quebra-peito); e • Salto na água. Figura 11 - Cartão “T” Figura 11 - Escaninho para cartão “T” Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 21 Figura 13 - Evacuação/Abandono - Passarelas de fuga (Gangways) Figura 13 - Evacuação/Abandono – Helicóptero Figura 16 - Evacuação/Abandono – Embarcações de sobrevivência inflável e casulo Figura 17 - Evacuação/Abandono – Escadas de quebra-peito Figura 15 - Evacuação/Abandono – Embarcações de Stand-by (apoio) Figura 15 - Evacuação/Abandono – Embarcações de sobrevivência rígida Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 22 Reunião de Pessoas Em uma situação de emergência é importante saber quais e quantas pessoas estão nos Pontos de Reunião e Postos de Abandono. É designado para todos a bordo uma baleeira ou estação de balsa salva-vidas. Todos os nomes devem ser conferidos e a sala de controle deve ser informada. A conferência deve ser feita no Ponto de Reunião e durante o embarque nas baleeiras e balsas salva-vidas. Responsabilidades do Timoneiro Ao soar o alarme de emergência, o Timoneiro da embarcação deverá comparecer ao Ponto de Reunião e informar ao Coordenador do Ponto de Reunião que está indo realizar o check list da embarcação. Após efetuar o check list, ele deverá dar o pronto ao Coordenador da Emergência. Ao timoneiro também deverá fazer as seguintes verificações junto ao Coordenador do Ponto de Reunião: • Verificar se foi realizada a conferência do pessoal; • Verificar se foi realizada a inspeção de todos em relação ao uso dos equipamentos de proteção individual (epi), inclusive o colete salva-vidas; e • Verificar se o contato via rádio foi estabelecido com a sala de controle e/ou coordenador da emergência. Procedimentos Básicos para as Unidades Marítimas do Mar do Norte Estando em seu camarote, pegue seus equipamentos de proteção individual (EPI): roupa de proteção térmica, capuz antifumaça, um par de luvas resistentes ao calor e um bastão luminoso ou uma lanterna com a finalidade de achar seu caminho de escape em um ambiente cheio de fumaça. Fora do camarote, pare o serviço imediatamente ou leve-o a uma condição que possa parar, deixe seu local de trabalho seguro (desligue os equipamentos) e siga para seu Ponto de Reunião, onde irá pegar os seus equipamentos de proteção individual. Procedimentos Básicos para as Unidades Marítimas Brasileiras Figura 18 - Evacuação/Abandono – Salto na água Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 23 Estando em seu camarote, vista o seu equipamento de proteção individual (EPI), pegue o colete salva-vidas, siga para seu ponto de reunião, retire/vire seu cartão “T” e, em silêncio, aguarde ordens do Coordenador do Ponto de Reunião e do Timoneiro. Fora do camarote, pare o serviço imediatamente ou leve-o a uma condição que possa parar, deixe seu local de trabalho seguro (desligue os equipamentos), desenergize-os se possível, dirija-se ao seu camarote (ou Ponto de Reunião), pegue seu colete salva-vidas, siga para seu Ponto de Reunião, retire/vire seu cartão “T” e, em silêncio, aguarde ordens do Coordenador do Ponto de Reunião e do Timoneiro. Ações para o Abandono O abandono é uma ordem verbal do Coordenador da Emergência. Portanto, o abandono só pode ser efetuado após o recebimento desta ordem. O Coordenador do Ponto de Reunião e o Timoneiro devem: • Coordenar os passageiros no ponto de reunião e o deslocamento até as embarcações de sobrevivência, • Coordenar o embarque dos passageiros, assegurando-se de que todos estão presentes, sentados e com os cintos de segurança afivelados; • Verificar se existe fogo no mar, e, caso haja, utilizar o sistema de sprinklers e o ar das garrafas na descida da embarcação; • Verificar se a área de lançamento e o rumo estimado a ser percorrido pelas embarcações encontra-se livre. Caso seja impossível lançar a embarcação o Timoneiro deve informar ao Coordenador da Emergência desta impossibilidade para que seja utilizado outro meio de abandonoou evacuação. Estando na Água Como já foi dito anteriormente, o salto na água também é uma opção de evacuação ou abandono. Porém esta é a última opção. Lembre-se: por pior que esteja nossa unidade ela ainda é o lugar mais seguro. Portanto, não salte na água a não ser que receba ordem para isso. Nenhuma pessoa deve entrar na água se não estiver usando o colete salva-vidas. As roupas de imersão e os dispositivos de proteção térmica poderão ser usados caso estejam disponíveis. Uma pessoa na água esfriará muito rapidamente, mesmo em áreas não muito frias, se não estiver vestido apropriadamente. Uma vez na água deve-se nadar até a embarcação de sobrevivência ou outro objeto flutuante dentro do seu alcance, agarrando-se a ele, mas deverá evitar esforços desnecessários. O dispositivo luminoso e o apito do colete salva-vidas poderão ajudá-lo a ser localizado e resgatado. 1.6 DESCREVER UMA TABELA MESTRA, COM AS OBRIGAÇÕES E DEVERES, E A LISTA DE VERIFICAÇÃO EM UMA FAINA DE ABANDONO A Tabela Mestra é uma tabela que: • Designa cada homem da tripulação para um determinado posto ou função específica durante as situações de emergência; • Designa qual é a sua embarcação salva-vidas em uma situação de abandono; Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 24 • Inclui detalhes dos sinais de alarme, as tarefas especiais designadas a cada residente, os procedimentos em caso de emergência, os tripulantes reserva, etc. Os modelos e as informações contidas na Tabela Mestra variam de unidade para unidade. Porém, todos a bordo devem conhecê-la e estar cientes de seus deveres, obrigações e responsabilidades, sabendo como proceder para que não haja dificuldades durante as situações de emergência. A Tabela Mestra deverá estar afixada nos corredores dos alojamentos e nos locais de grande concentração de pessoas, como refeitório, salão de TV, etc. Algumas unidades estão indo além, colocando cópias da Tabela Mestra nos camarotes, distribuindo xerox reduzida para os residentes, etc. Ao escutarem os sinais de alarme de emergência todos devem seguir o que está designado na Tabela Mestra, de acordo com a sua função durante a emergência e tomar as iniciativas para as quais foram treinados. A pessoa encarregada de uma embarcação de sobrevivência deve ter uma lista com o nome de todos os passageiros (POB) e também deve verificar se estes estão seguindo suas instruções. 1.7 CITAR QUAIS DEVEM SER AS MEDIDAS ADOTADAS PELO RESPONSÁVEL PELOS EQUIPAMENTOS DE SALVATAGEM E COMBATE A INCÊNDIO, A FIM DE MANTÊ-LOS EM BOAS CONDIÇÕES PARA PRONTO USO Para que possamos usar a contento os equipamentos de salvatagem numa emergência, temos de nos assegurar que o pessoal envolvido tenha o devido conhecimento e treinamento nos respectivos equipamentos. Esses equipamentos devem ser submetidos a inspeções e manutenções preventivas periódicas previstas no Plano de Manutenção da empresa. Estas manutenções devem ser: semanais, quinzenais, mensais, trimestrais, anuais e quinquenais dependendo do tipo de equipamento. Porém, inspeções diárias devem ser realizadas para verificar se os mesmos encontram- se disponíveis para uso, funcionando, arrumados e limpos. Toda vez que houver um simulado de emergência, teste a utilização destes equipamentos, eles devem ser inspecionados, limpos e arrumados, de modo a estarem prontos para serem utilizados novamente. Lembrem-se: o treinamento só termina quando todos os equipamentos utilizados estiverem prontos para serem utilizados novamente. Somente dessa forma poderemos ter confiança na utilização de todos os equipamentos utilizados a bordo. Figura 19 - Tabela Mestra Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 25 1.8 RECONHECER TODOS OS SÍMBOLOS PADRÕES REFERENTES AOS EQUIPAMENTOS DE SALVATAGEM Todos os tripulantes das embarcações, bem como os demais residentes, devem conhecer os símbolos padrões adotados pela IMO e seus significados. Estes símbolos têm a finalidade de indicar onde se encontram os equipamentos utilizados nas situações de emergência, as rotas mais seguras para se chegar aos pontos de reunião, procedimentos de utilização de equipamentos, etc. No Anexo 1 deste manual encontraremos todas as placas / adesivos e cartazes com os símbolos padrões da IMO. Figura 20 - Símbolos padrão IMO Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 26 2. PROCEDIMENTOS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR 2.1 EXPLICAR A NECESSIDADE DE SE EXECUTAR REGULARMENTE TREINAMENTOS E EXERCÍCIOS DE ABANDONO UTILIZANDO TODOS OS RECURSOS DE SALVATAGEM EXISTENTES A BORDO Uma situação de emergência não é uma ocorrência rotineira. Porém quando acontece, devemos estar preparados para enfrentá-la e a única maneira de estarmos preparados é treinando. Os treinamentos visam solucionar os desafios de trabalho em equipe, melhorar as comunicações e dirimir possíveis duvidas criando reações rápidas nos vários cenários e um comportamento ordenado, condição imprescindível para o sucesso da operação. Estes treinamentos são realizados através de cursos em centros de treinamentos especializados e através dos simulados realizados a bordo das unidades. Durante estes treinamentos e simulados, recebemos instruções de como agir em uma situação de emergência e de como utilizar os equipamentos salvatagem. É de suma importância que todos estejam familiarizados com a unidade, seus procedimentos e com os equipamentos de salvatagem utilizados na unidade. Os simulados também servem para verificar se os procedimentos utilizados são de conhecimentos de todos e se estão sendo encontradas dificuldades na execução do mesmo. Caso seja detectado algum problema, o exercício pode ser repetido, o procedimento poderá ser alterado ou outra atitude poderá ser tomada para eliminar esta dificuldade. Este é o momento que temos para verificar se tudo está a contento. 2.2 DESCREVER O CONTEÚDO DE UM MANUAL DE TREINAMENTO, E COMO UTILIZÁ-LO CORRETAMENTE O manual de treinamento existente a bordo é uma ótima fonte de consulta e informação, devendo ser de conhecimento de todos. Nele encontramos informações importantes da unidade. De acordo com a Regra 35 da Solas-74, todas as embarcações deverão dotar um manual de adestramento, conforme abaixo: Regra 35 Manual de Adestramento e Acessórios de Ensino de Bordo: 1. Esta regra se aplica a todos os navios. Figura 21 - Treinamentos e Simulados Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 27 2. Deverá haver em cada refeitório e sala de recreação, ou em cada camarote dos membros da tripulação, um manual de adestramento que atenda ao disposto no parágrafo 3. 3. O manual de adestramento, que poderá ter vários volumes, deverá conter instruções e informações, em termos facilmente compreensíveis e sempre que possível com ilustrações, relativas aos equipamentos salva-vidas existentes no navio e aos melhores métodos de sobrevivência. Qualquer parte dessas informações poderá ser apresentada na forma de um recurso audiovisual, em lugar do manual. Os seguintes itens deverão ser explicados detalhadamente: • Modo de vestir os coletes salva-vidas, as roupas de imersão e as roupas antiexposição, como for adequado; • Reuniões nos postos designados; • Embarque, lançamento e afastamento do navio, das embarcações de sobrevivência e das embarcações de salvamento, inclusive, quando aplicável, a utilização dos sistemas de evacuação marítima; • Método de lançamento, realizado do interior da embarcação de sobrevivência; • Liberação dos equipamentos de lançamento; • Métodos e utilização dos dispositivos de proteção nas áreas de lançamento, quando apropriado; • Iluminação nas áreas de lançamento;• Utilização de todos os equipamentos de sobrevivência; • Utilização de todos os equipamentos de detecção; • Com o auxílio de ilustrações, a utilização do rádio dos equipamentos salva-vidas; • Utilizações de âncoras flutuantes; • Utilização de motores e acessórios; • Recolhimento das embarcações de sobrevivência e das embarcações de salvamento, inclusive a sua estiva e peiação; • Perigos da exposição e necessidade de roupas de frio; • A melhor utilização dos recursos existentes a bordo das embarcações de sobrevivência, de modo a conseguir sobreviver; • Métodos de resgate, incluindo a utilização dos dispositivos de resgate dos helicópteros (estropos, cestas, macas), das bóias-calção, dos aparelhos salva-vidas de terra e dos equipamentos lança retinida do navio; • Todas as demais funções contidas na tabela de postos e nas instruções de emergência; • Instruções relativas a reparos de emergência nos equipamentos salva-vidas. 4. Todo navio dotado de um sistema de evacuação marítima deverá dispor a bordo de acessórios de ensino sobre a utilização do sistema. 5. O manual de adestramento deverá ser escrito no idioma de trabalho do navio. 2.3 CITAR MEDIDAS PESSOAIS QUE DEVEM SER TOMADAS QUANDO TOCAR “POSTOS DE ABANDONO” Quando o alarme de emergência é acionado, todos os residentes devem seguir os procedimentos da unidade. Basicamente, estes procedimentos são: Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 28 • Estando em seu camarote, vista o seu equipamento de proteção individual (EPI), pegue o colete salva-vidas, siga para seu ponto de reunião, retire/vire seu cartão “T” e, em silêncio, aguarde ordens do Coordenador do Ponto de Reunião e do Timoneiro. • Fora do camarote, pare o serviço imediatamente ou leve a uma condição que possa parar, deixe seu local de trabalho seguro (desligue os equipamentos), desenergize-os se possível, esteja sempre atento as informações do sistema de auto falantes para que se possa ter a compreensão DO QUE? E ONDE? Informações vitais para termos noção do grau de urgência e possíveis mudanças de caminho e destino. Dirija-se ao seu camarote (ou Ponto de Reunião), pegue seu colete salva-vidas, siga para seu Ponto de Reunião, retire/vire seu cartão “T” e, em silêncio, aguarde ordens do Coordenador do Ponto de Reunião e do Timoneiro. • Quando o alarme de preparação para o abandono é acionado, não significa que todos devem sair correndo e procurar algum meio de se salvar. Este alarme significa que a plataforma será abandonada/evacuada e que todos devem seguir as ordens dos Coordenadores dos Pontos de Reunião e Timoneiros para esta ação. Todos os residentes serão deslocados para os Postos de Abandono, onde será realizada a retirada de forma segura e ordenada. • O deslocamento de pessoal é feito em fila indiana, sendo o Timoneiro o primeiro da fila e o Coordenador o último, verificando se alguém desgarrou-se do grupo. Esta função do Coordenador não isenta a responsabilidade das pessoas que estão na fila de verificar se alguém se desgarrou ou está indo para a direção errada. Durante todo o deslocamento até o Posto de Abandono, cada residente é responsável pela pessoa que está a sua frente, e caso a pessoa se desgarre ou tente seguir em outra direção, este o traz de volta para a fila. 2.4 DESCREVER AS MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS, PELO LÍDER, NO POSTO DE ABANDONO E FAINA SUBSEQUENTE Preparativos para o Abandono O Timoneiro deve estar familiarizado com os sinais de alarme da unidade, os procedimentos em relação à operação e lançamento das embarcações de sobrevivência, bem como com os procedimentos de abandono. Em uma situação de emergência o Timoneiro é o responsável pelo check list da embarcação. Já o Coordenador do Ponto de Reunião é o responsável pela conferência do pessoal. Após ordem verbal do Coordenador da Emergência, o Coordenador do Ponto de Reunião encaminhará, junto com o Timoneiro, todas as pessoas para o Posto de Abandono. Este local deve ser um local seguro, de preferência próximo as embarcações de sobrevivência. As pessoas devem estar de posse de seu EPI completo e vestido com um colete salva-vidas ou se for o caso, uma roupa de sobrevivência. Poderá ser feita uma chamada nominal para verificar se todos que saíram do Ponto de Reunião chegaram ao Posto de Abandono. É fundamental que o Coordenador ou o Timoneiro tenham uma lista para chamada. Algumas unidades o cartão “T” tanto no Ponto de Reunião quanto no Posto de Abandono é para verificação dos presentes. Embarque de Passageiros A ordem para abandonar a unidade é dada verbalmente pelo Coordenador da Emergência e executada pelo Timoneiro. O Timoneiro, que já efetuou o check list da embarcação, embarca e ordena Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 29 o embarque dos demais. O Coordenador do Ponto de Reunião é o último a entrar, fazendo o fechamento da porta. O Timoneiro é o responsável por todos os procedimentos nas embarcações e os passageiros, ao receberem ordem de embarque, devem proceder conforme suas orientações. Além disso, ele e o Coordenador do Ponto de Reunião devem assegurar-se que todos: • Estejam vestidos adequadamente; • Estejam usando colete salva-vidas ou roupa de imersão; • Estejam atentos as suas instruções; • Embarquem somente quando for ordenado; • Deixem as portas de acesso livres; • Coloquem seus cintos de segurança; e • Mantenham-se em silêncio. Além disso, todos os passageiros devem: • Embarcar de maneira ordeira e disciplinada; • Usar as escotilhas de acesso definidas para embarque; • Estar calmos e em silêncio; e • Uma vez na baleeira lembre-se do triplo “S”: Sente-se! Segurança (coloque o cinto de segurança) Silêncio! É de importância vital que durante a evacuação ou abandono com utilização da baleeira que todos estejam sentados, em silêncio e com os cintos de segurança afivelados. É responsabilidade do Timoneiro verificar se todos estão com o cintos de segurança passados e afivelados. Devido ao espaço apertado dentro da embarcação, o Timoneiro não tem como verificar cada passageiro. Então, a única maneira é perguntar. Se ele fizer a pergunta “todos estão com os cintos?”, irá criar um tumulto, com todos falando ao mesmo tempo. A maneira correta de perguntar é a seguinte: tem alguém que não está pronto? Aqueles que estiverem prontos não falam nada, continuam em silêncio. Os que não estiverem prontos respondem: eu. Os passageiros que estiverem sentados ao lado desta pessoa deverão auxiliá-lo. O Timoneiro dará um intervalo e perguntará novamente. Quando ninguém mais responder, significa que todos estão prontos, ou seja, sentados e com os cintos de segurança afivelados. É de vital importância que aqueles que estiverem no interior da baleeira permaneçam com os cintos de segurança afivelados, pois caso haja o emborcamento da baleeira, ela retornará a posição Figura 22 - Passageiros prontos para evacuação / abandono Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 30 normal (auto-adriçamento). Isto só acontece se todos estiverem sentados e presos aos cintos de segurança. Se o resgate for feito da baleeira para um helicóptero ou embarcação de stand-by, todos devem permanecer no interior da baleeira, sentados, em silêncio e com os cintos afivelados durante toda a operação de resgate ou transbordo. 2.5 DESCREVER AS VERIFICAÇÕES QUE DEVEM SER EFETUADAS NA EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA E NOS TURCOS, ANTES DO EMBARQUE E LANÇAMENTO Turcos das Embarcações de Sobrevivência Rígidas Check list operacional Antes de arriar uma embarcação de sobrevivência o Timoneiro deve ter certeza de que a mesma está pronta para uso. Por essa razão, a manutenção e inspeção regulares são de extrema importância. A todo o momento a baleeira deveestar pronta para uso, porém, durante uma emergência é necessário verificar alguns itens antes da entrada do pessoal. É o que chamamos de check list operacional. Este check list varia de acordo com o fabricante, tipo e modelo de embarcação e deve vir detalhado no manual da embarcação. Ao preparar a baleeira os seguintes procedimentos devem ser verificados e nunca podem ser esquecidos: • Uma inspeção visual geral se faz necessária pois o próprio evento pode ter gerado avarias estruturais no turco e na baleeira. • Verificar se existem grades de piso abertas no caminho até a embarcação; • Verificar se todas as trapas, eslingas e pinos de segurança foram removidos; • Ligar a chave geral; • Verificar se as garrafas de ar encontram-se abertas; • Verifica se o plug (bujão) de dreno está no lugar; • Verificar se a válvula do combustível está aberta; • Ligar o motor para teste (teste rápido para evitar superaquecimento do motor); • Testar o funcionamento do leme deixando-o sempre na posição segura; • Testar e ajustar o rádio VHF na embarcação salva-vidas (em caso de rádio fixo); • Verificar as travas do sistema de liberação interno. Além desses itens, devemos verificar os demais itens especificados pelo fabricante. Executados todos os procedimentos, o Timoneiro deve informar ao Coordenador do Grupo de Salvamento ou ao Coordenador da Emergência que a embarcação encontra-se pronta, e aguardar instruções. Destroços de naufrágio Antes de descer a embarcação, o Timoneiro deve verificar se a área de lançamento encontra- se livre, ou seja, se não há destroços na água nem outra embarcação abaixo ou próxima ao local onde será arriada a baleeira que possa atrapalhar sua descida ou no rumo estimado. Em caso de destroços na água verifique se estes não irão atrapalhar a descida da embarcação ou irão avariar a embarcação ou o hélice. Lembre-se que a visibilidade da baleeira ficará ainda mais limitada se houver necessidade de utilização do sistema de diluvio ou se o evento for a noite sendo a bussola uma ferramenta importatissima para o bom governo da embarcação. Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 31 Eslinga de manutenção, trapas de segurança e braço de liberação A eslinga de manutenção consiste em dois cabos de aço de bitola parecida com a do cabo principal ou duas corrente dependendo do tipo de turco. Como o nome já diz, são utilizados para manutenções nos equipamentos, inclusive com a liberação do sistema de desarme sem a necessidade da retirada da baleeira do turco. Existe o pensamento enganoso de que as eslingas de manutenção oferecem maior segurança durante a entrada do pessoal na baleeira quando dos simulados. Como dito, isto é um engano, pois pode haver uma decida involuntária e a baleeira ficará portando pelas eslingas. As eslingas podem suportar tal peso, mas os olhais de fixação não. Estes podem romper e causar um grave acidente, inclusive com a queda da baleeira. Não devemos em hipótese alguma embarcar os passageiros com a baleeira portando pelas eslingas de manutenção, pois elas não são projetadas para isto. Quem foi projetado e testado para sustentar a embarcação com toda a sua dotação e palamenta é o cabo de aço principal. Trapas de segurança As trapas de segurança são dispositivos associados ao turco para auxiliar na estivagem da embarcação quando no seu berço. Existem vários tipos de trapas de segurança dependendo do fabricante. Especial atenção deve ser dada as estas trapas na preparação da embarcação para lançamento. Elas devem ser totalmente removidas quando da preparação da embarcação para lançamento. Braço de liberação É um dispositivo utilizado em alguns turcos para liberar as trapas de segurança em um só movimento. Consiste em dois cabos de aço ligados a dois pelicanos e dois macacos esticadores interligados a uma alavanca de travamento/liberação. As catarinas da embarcação, quando na sua posição de estivagem, ficam apoiadas sobre os pelicanos, descansando os freios e retirando o peso da embarcação do cabo de aço principal. Na preparação da embarcação, tensiona-se o cabo principal, retirando as catarinas de sua inércia e deixando a embarcação sustentada pelo cabo principal. Após Figura 23 - Eslinga de Manutenção Figura 24 - Trapas de segurança Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 32 receber a ordem de abandono ou evacuação, aciona-se o braço de liberação, fazendo com que as catarinas fiquem livres do pelicano e a embarcação pronta para o lançamento. Acionamento Remoto (Controle remoto) O sistema de acionamento remoto (controle remoto) é um sistema que permite que o Timoneiro efetue a descida da embarcação estando dentro dela, sem o auxílio de nenhuma outra pessoa do lado de fora. Consiste em um cabo passado por um sistema de roldanas que sai de dentro da embarcação e vai até a alavanca de acionamento do freio. Para efetuar a descida basta puxar o cabo de acionamento ou girar o volante do sarilho, conforme o modelo da embarcação. O cabo, ao ser tencionado, levantando a alavanca do freio, liberando o freio estático e iniciando a descida da embarcação. Caso haja a necessidade de interromper a descida, basta soltar o cabo ou largar o volante do sarilho. Para reiniciar a descida, basta puxar novamente o cabo de acionamento ou girar o volante do sarilho. Nos modelos que utilizam o sarilho, o timoneiro deve ficar atento no desenrolar do cabo quando do afastamento da embarcação. Caso o cabo embole ou fique preso, impedirá o afastamento da embarcação. Caso isto aconteça, utiliza-se o alicate corta cabo localizado junto ao banco do timoneiro para cortar o cabo e liberar a embarcação. Lembre-se que na manobra de recuperação o cabo do sarilho deve ser recolhido para evitar que se enrole no hélice. Figura 25 - Braço de Liberação Figura 26 - Acionamento remoto (controle remoto) Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 33 Operação dos freios do turco Os turcos das embarcações de sobrevivência e salvamento são dotados de freios que servem para manter a embarcação em sua posição de estivagem (freio estático) e evitar que a embarcação ganhe uma velocidade excessiva durante a descida (freio centrífugo). O freio estático é composto por uma lona que abraça o tambor do freio, impedindo a descida da embarcação. Esta lona está ligada a alavanca de acionamento do freio. Quando a alavanca é levantada à lona folga, permitindo o giro do tambor, liberando a descida da embarcação. Se esta descida não fosse amenizada, a embarcação iria ganhando velocidade e chegaria à água com uma velocidade considerável, causando um impacto violento na embarcação e nas pessoas que se encontram nela. Por este motivo, os turcos devem ser dotados de um freio centrífugo que vai “freando” a descida da embarcação, mantendo a descida com uma velocidade constante. O sistema de freio centrífugo é composto de um tambor com pequenas sapatas de freio ligadas a um sistema de molas que, de acordo com a rotação do tambor do freio, vão se abrindo e freando a descida da embarcação. De acordo com a legislação, os freios do guincho de um equipamento de lançamento deverão ter uma resistência suficiente para suportar: • Um teste estático, com uma carga de prova não inferior a 1,5 vezes a carga de trabalho máxima; e • Um teste dinâmico, com uma carga de prova não inferior a 1,1 vez a carga de trabalho máxima, na máxima velocidade de descida. Cuidados com o manuseio do sistema de manivelas para içamento O equipamento de lançamento de uma embarcação salva-vidas deverá ser capaz de recolher a embarcação com toda sua tripulação e palamenta. Cada equipamentode lançamento deverá ser dotado de um guincho acionado por um motor capaz de içar a embarcação da água com toda a sua lotação de pessoas e toda a sua dotação de equipamentos, a uma velocidade não inferior a 0,3 m/s. Os turcos também possuem um sistema de manivela para fazer o içamento da embarcação caso: • Não haja energia elétrica; • Haja algum problema no motor do guincho; ou • As chaves fim de curso tenham atuado, inibindo o funcionamento do motor do guincho. Alguns modelos de turco possuem um micro-switch (sensor fim de curso) localizado junto ao local de acoplamento da manivela. Este micro switch impede o funcionamento do motor. Figura 28 - Freio estático – lona em cinta Figura 27 - Freio centrífugo – sapatas de freio Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 34 Porém, não devemos confiar neste sistema, pois se tratando de um equipamento elétrico exposto a intempéries, pode apresentar algum problema e não atuar de maneira correta, permitindo o motor funcionar mesmo com a manivela acoplada. Quando da utilização do motor elétrico para içamento da embarcação, o operador do guincho deve certificar-se de que a manivela não está acoplada, pois, havendo uma falha no micro switch, o motor irá funcionar e a manivela será projetada, podendo causar sérios acidentes ou avarias no equipamento. Portanto, é de fundamental importância que o operador, antes de efetuar qualquer manobra de içamento da embarcação, verifique se a manivela encontra-se desacoplada. Situações de Controle do Coordenador e Timoneiro O Timoneiro e o Coordenador do Ponto de Reunião devem ter o controle sobre as seguintes situações: • Distribuição/verificação de vestimenta adequada, inclusive EPI; • Preparação da baleeira (Ckeck List operacional); • Informação ao Coordenador da Emergência; • Lançar a embarcação após autorização do Coordenador da Emergência. Turcos das Embarcações de Sobrevivência Infláveis Os turcos das embarcações de sobrevivência infláveis devem obedecer aos mesmos critérios exigidos para os turcos das embarcações de sobrevivência rígida vistos no capítulo anterior. As embarcações de sobrevivência infláveis, também conhecidas como balsas infláveis, são usadas em instalações offshore, embarcações e aeronaves. Nas embarcações e instalações offshore, elas são usadas como meio secundário de evacuação ou abandono. Algumas vantagens das embarcações de sobrevivência infláveis: • Seu uso é relativamente fácil; • Podem ser lançadas rapidamente; • Provêem boa proteção (vento, mar, etc.); • Requerem espaço mínimo de estiva; • Não necessariamente requerem instalações de lançamento; Figura 29 - Sistema de manivelas para içamento Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 35 • Têm custo relativamente barato e são de fácil manutenção. Algumas desvantagens das embarcações de sobrevivência infláveis: • Não podem ser lançadas em caso de fogo no mar; • Não possuem propulsão própria, o que pode dificultar seu afastamento da unidade, principalmente em condições climáticas adversas; • Nas balsas lançadas manualmente, o embarque deve ser feito com a balsa estando na água. 2.6 DESCREVER OS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA QUE DEVERÃO SER TOMADOS QUANDO A BORDO DE UMA EMBARCAÇÃO OU BALSA DE SOBREVIVÊNCIA, NO MOMENTO DE SER ARRIADA OU LANÇADA Embarcações de Sobrevivência Rígida Antes do lançamento de uma embarcação de sobrevivência, o Timoneiro deve fazer algumas verificações de segurança de modo a não por em risco os passageiros e a embarcação. São eles: • Verifique o estado do mar, força e direção do vento; • Verifique a bússola, enquanto estivado e durante a descida; • Verifique se o leme está na posição correta para poder se afastar da instalação após o lançamento; e • Saiba o rumo a ser seguido para se afastar da instalação e seguir para a posição segura de salvamento. Após todos estarem devidamente sentadas e com os cintos de segurança afivelados, o Timoneiro passa a informação ao Coordenador da Emergência e aguarda ordens. Ao receber as ordens verbais do Coordenador da Emergência para o abandono, o Timoneiro deve colocar o motor da baleeira em funcionamento, mantendo a aceleração constante. Os procedimentos a seguir variam de acordo com o modelo e fabricante da baleeira. Nas baleeiras MacLaren , o Coordenador do Ponto de Reunião libera as trapas através da alavanca do sistema de liberação (gatilho/mão de amigo), fecha a escotilha, e em seguida, gira o volante do sarilho ou puxa o cabo do sistema de acionamento remoto para a liberação do freio (de acordo com o modelo da embarcação) para efetuar a descida. O Timoneiro deve observar a passagem das catarinas pelos pelicanos de proa e popa (ganchos de retenção). Figura 30 - Turco e balsa turcada Curso de Embarcações de Sobrevivência e Salvamento P á g i n a | 36 O contrapeso do freio estático deve estar totalmente suspenso, para evitar que a baleeira desça “queimando” as lonas de freio do turco. A velocidade de descida será controlada automaticamente pelo freio centrífugo. O tripulante que efetua a descida deve pisar firme no pedal do freio do sarilho ou segurar firmemente o cabo de acionamento do controle remoto até que a embarcação toque na água. Em seguida, deve ser solto o volante do sarilho ou o cabo de acionamento do controle remoto para liberar o contrapeso do freio. Ao tocar na água o tripulante deverá acionar a válvula de três vias do motor para que a troca de calor com a água de refrigeração do motor passe a ser efetuada pela água do mar. O Co-timoneiro não deverá pisar no freio do sarilho e o Timoneiro deverá ficar atento ao triângulo do sistema de liberação sem carga, para puxá-lo e passá-lo ao Co-timoneiro, até ter a certeza de que ambos os gatos estão livres. Caso seja necessário acionar o sistema com carga, um tripulante sentado sob o facão de liberação irá catraqueá-lo até a liberação da baleeira (o tripulante que acionar o facão deverá estar bem preso ao cinto de segurança e o timoneiro tem que liberar a trava de liberação do facão no painel). Tendo verificado que os leques abriram e os gatos giraram liberando as correntes, o Timoneiro terá que ter cuidado na desatracação para que a catarina ou corrente não fique presa nas tubulações do sistema de sprinklers ou em outras partes da embarcação evitando assim avarias e retenção da baleeira. Este procedimento requer treinamento prático para se obter uma boa manobra. No caso das demais baleeiras o sistema com carga e sem carga está próximo do Timoneiro. A alavanca deverá ser acionada de acordo com as instruções do fabricante. Embarcação de Sobrevivência Inflável O embarque na balsa turcada é coordenado pelo Timoneiro ou Coordenador ou pelo líder que possua treinamento adequado. O procedimento de embarque deve ser feito da seguinte maneira: • O líder faz uma vistoria externa verificando a segurança da balsa; • O líder entra na balsa e faz uma vistoria interna verificando as condições da balsa; • Puxa o saco de palamenta da balsa para junto da porta de acesso para facilitar o embarque do pessoal, diminuindo a altura até o piso; • Ordena a entrada do pessoal, distribuindo-os dentro da balsa, de modo a mantê-la equilibrada. OBSERVAÇÃO: • Não pisar nos flutuadores durante a entrada e saída das balsas; • Entrar devagar, não pular para dentro da balsa; • Se posicionar no local indicado pelo líder; • Evitar movimentos bruscos no interior da balsa; • Utilizar as cintas de sustentação da balsa como meios de apoio e deslocamento dentro da balsa; • Os primeiros a embarcar devem guarnecer os remos, âncora flutuante e aro de borracha; • Verificar se os flutuadores não estão roçando na estrutura durante o embarque dos
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