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Doenças da cultura do alho e cebola Allium sativum e A. cepa (cebola) Campo de cebola florido 1. Onion yellow dwarf virus – mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira, 2. Mosaico do alho – diversos vírus, 3. Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum – podridão bacteriana, 4. Burkholderia cepacia (=Pseudomonas cepacia) – podridão bacteriana da escama, 5. Alternaria porri – mancha púrpura ou queima das do folhas, 6. Puccinia porri (=Puccinia allii) – ferrugem, 7. Glomerella cingulata (Colletotrichum gloesporioides f.sp. cepae) – antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas, 8. Peronospora destructor – míldio, 9. Botryotinia squamosa (Botrytis squamosa) – queima das pontas, 10. Colletotrichum circinans (=C. dematium f.sp. circinans e Vermicularia circinans) – antracnose da cebola branca, 11. Pyrenochaeta terrestris – raízes rosadas, 12. Stromatina cepivora = Sclerotium cepivorum – podridão branca, 13. Fusarium oxysporum f.sp. cepae – podridão basal, fusariose ou bico grande, 14. Phytophthora nicotianae - Murcha de phytophthora em cebola, 15. Tombamento, mela ou “damping off” 1 - Onion yellow dwarf virus - OYDV Mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira Doença reduz a qualidade de sementes e bulbos plantas afetadas – cebola Redução da produção 30%, Relatada no Brasil em 1966 em Indaiatuba, São José do Rio Pardo SP e Igarapé MG http://www.plantmanagementnetwork.org/pub/php/research/2008/garlic/ 1 - Onion yellow dwarf virus - OYDV Mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira Plantas infectadas apresentam menor porte, Doença inicia através de estrias cloróticas longitudinais e amareladas na base das primeiras folhas, Folhas - estrias isoladas até completo amarelecimento, enrolamento, enrugamento e queda das folhas, Bulbos - de tamanho reduzido – redução da produção, Sintomas 1 - Onion yellow dwarf virus - OYDV Mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira Hastes florais – intenso amarelecimento, enrolamento e enrugamento, inflorêscencia menor e com menor número de flores, Sementes – de baixa qualidade Sintomas 1 - Onion yellow dwarf virus - OYDV Mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira http://www.plantwise.org/default.aspx?site=234&page=4393&speciesID=30286&dsID=37485 1 - Onion yellow dwarf virus - OYDV Mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira Gênero Potyvirus, Família Potyviridae, Partículas compostas de RNA de fita simples, alongadas e flexuosas, 722-820 nm comprimento, 16 nm diâmetro, Microscópio eletrônico – observa-se inclusões em forma de cataventos Etiologia: 1 - Onion yellow dwarf virus - OYDV Mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira Gama de hospedeiros Liliáceas (alho e cebola), Espécies ornamentais gênero Allium, Chalota (Allium cepa var. ascalonicum) Cebolinha (Allium fistulosum) Vírus mantem-se em bulbos, canteiros de mudas e plantas voluntárias, Etiologia: 1 - Onion yellow dwarf virus - OYDV Mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira Transmissão: pulgões – maneira não persistente – aquisição e inoculação ocorrem durante as picadas de prova Aphys gossypii, Myzus persicae Macrosiphum ambrosiae Transmissão através da propagação vegetativa das culturas, Não é transmitido por sementes verdadeiras ou polén. Etiologia: 1 - Onion yellow dwarf virus - OYDV Mosaico-em-faixas, nanismo amarelo ou crespeira Uso de material propagativo sadio, Cultivo em áreas livres do vírus, longe de culturas ou plantas voluntárias infectadas, Evitar o plantio da cebolinha (fonte de inóculo) nas proximidades do cultivo da cebola, Controle do vetores – por pulverizações com inseticidas NÃO é eficiente – vírus transmitido de maneira não circulativa, a transmissão ocorre em poucos segundos durante a picada de prova, antes que o inseticida possa exercer efeito sobre o inseto vetor, Rotação de culturas, Cebola – uso de sementes verdadeiras mais indicado que a propagação vegetativa, Uso de bulbos – propagação vegetativa – oriundos de plantas sadias, Eliminação de plantas doentes e plantas hospedeiras de afídeos, Indexação do material de propagação vegetativa (mudas e bulbilhos), Clones livres de vírus – cultura de meristemas, Variedades tolerantes: Granex Precoce, Híbrida Granex Ouro, Pêra IPA3, Roxa do Barreiro, São Paulo, Tupungato, Mutuali IPA 8 e Texas Grano 502 PRR Controle 2 - Mosaico do alho Diversos vírus Plantas de alho mostrando sintomas de mosaico podem estar infectadas por diferentes espécies de vírus, isoladamente ou frequentemente em complexos 2 - Mosaico do alho Diversos vírus Mosaico típico – mistura de áreas com matizes de verde, clorótico ou amarelo, distribuídos irregularmente pela superfície da folha, Sintomas de riscas ou mosqueado nas folhas é mais pronunciado em folhas jovens, Redução do tamanho das plantas e bulbos Sintomas 2 - Mosaico do alho Diversos vírus Gêneros: Potyvirus, Garlic yellow stripe virus – GYSV, Onion yellow dwarf virus – OYDV, Leek yellow stripe virus – LYSV, Carlavirus, Garlic mosaic virus – GarMV, Garlic common latent virus – GarCLV, Allexivirus Onion mite-borne latent virus – OMbLV Transmissão e disseminação Propagação vegetativa alho Potyvirus - transmitidos por pulgões de maneira não persistente Etiologia 2 - Mosaico do alho Diversos vírus Obtenção de plantas livres de vírus para propagação, Programas de produção e certificação de material propagativo – cultura de meristemas, Seleção de bulbilhos grandes para o plantio, Práticas culturais: Evitar plantios sucessivos, Evitar culturas novas próximas às mais velhas, Controlar as plantas daninhas hospedeiras de afídeos, Eliminar restos de culturas contaminados. Controle: 3- Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum Podridão bacteriana ou podridão mole Ocorrência durante o armazenamento de bulbos de cebola, Podendo causar prejuízos de até 100%, Doença pode iniciar seu desenvolvimento no campo durante a maturação dos bulbos, se houver chuva antes da colheita, A bactéria destrói os tecidos foliares mortos e progride até atingir as escamas dos bulbos levando ao apodrecimento. 3- Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum Podridão bacteriana ou podridão mole Escamas externas dos bulbos afetados ficam encharcados, com coloração amarelada a marrom-claro, Escamas tornam-se moles e pegajosas, causando o amolecimento do interior do bulbo, Liberação líquido viscoso e fétido – extravasamento do conteúdo das células do tecido Sintomas: 3- Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum Podridão bacteriana ou podridão mole Sintomas Pectobacterium Maceração 3- Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum Podridão bacteriana ou podridão mole Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum (=Erwinia carotovora subsp. carotovora), Umidade em torno 100%, temperatura 20-30oC, Sobrevive saprofiticamente no solo, na ausência do hospedeiro, Restos de cultura contaminado – fonte primária do inóculo, Disseminação da bactéria pela água da chuva, irrigação, insetos, implementos agrícolas, homem – tratos culturais, Ferimentos favorece a penetração ou queimaduras pelo sol favorecem a penetração da bactéria nas escamas mais externas, progredindo para interior do bulbo. Etiologia 3- Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum Podridão bacteriana ou podridão mole Durante a colheita Bulbos devem estar bem amadurecidos para que percam o máximo possível de água, antes da colheita, Cura perfeita evitando exposição dos bulbos ao sol, Armazenamento a 0oC e umidade relativa 70%, com boa ventilação, impede a condensação de umidade na superfície dos bulbos. Controle 4- Burkholderia cepacia (=Pseudomonas cepacia) Podridão bacteriana da escama Descrita pela primeira vez em 1977, no Rio de Janeiro, Em 1984em Guidoval e Rio Pomba MG, Infecção inicia-se no campo, Podendo ocasionar perdas que variam de 5 a 50%. No campo: Uma ou duas folhas vão tornando de coloração marrom clara, Desenvolvimento de podridão aquosa na base das folhas, seguindo para o pescoço permitindo que as folhas sejam arrancadas facilmente do bulbo, Escamas externas tornam-se infectadas, desenvolvendo podridão úmida com coloração variando de amarelo-pálido a marrom-claro Bulbos infectados apresentam odor de vinagre devido a invasão por organismos secundários. Sintomas 4- Burkholderia cepacia (=Pseudomonas cepacia) Podridão bacteriana da escama 4- Burkholderia cepacia (=Pseudomonas cepacia) Podridão bacteriana da escama Burkholderia cepacia – bactéria G(-), não fluorescente, móvel com um feixe de flagelos polar, Ótimo crescimento – 30-35oC Etiologia 4- Burkholderia cepacia (=Pseudomonas cepacia) Podridão bacteriana da escama Sobrevive no solo e na água, Infecção em cebola ocorre após a bulbificação, favorecida pelo acúmulo de água chuva e irrigação e água contaminada nos tecidos do pescoço dos bulbos, Penetração –ferimentos durante a colheita ou processo de “estalo” quando as plantas atingem a maturação e as folhas tombam. Etiologia 4- Burkholderia cepacia (=Pseudomonas cepacia) Podridão bacteriana da escama Cuidados devem ser tomados para que não haja danificação das folhas e bulbos antes e durante a colheita, Colheita dos bulbos quando completamente maduros e a cura realizada imediatamente, Armazenamento dos bulbos a 0oC em local ventilado, que impeça a condensação de água sobre os bulbos, Manejo da água de irrigação – principal forma de disseminação da bactéria. Controle 5- Alternaria porri Mancha púrpura ou queima das do folhas Doença ocorre em todas as regiões onde se cultiva alho e cebola, sendo mais severa em áreas com clima úmido e quente, Perdas de 70% na produção, 5- Alternaria porri Mancha púrpura ou queima das do folhas Nas folhas pequenas pontuações (2-3 mm), aparência aquosa e formato irregular e centro esbranquiçado, Em condições favoráveis as manchas aumentam de tamanho, adquirem coloração púrpura, com zonas concêntricas mais escuras – frutificação do fungo, Lesões podem coalescer levando a murcha e enrugamento das folhas à partir do ápice, Hastes florais e inflorescências de cebola impede a formação de sementes, Chochas e enrugadas Quebra da haste na região da mancha Bulbos – podridão aquosa (colheita) e enrugamento das escamas, coloração amarelada, tornando-se avermelhadas, marrom escuro a preta Sintomas http://br.viarural.com/agricultura/plagas/doencas/alternaria-porri.htm http://br.viarural.com/agricultura/plagas/doencas/alternaria-porri.htm 5- Alternaria porri Mancha púrpura ou queima das do folhas Sintomas: 5- Alternaria porri Mancha púrpura ou queima das do folhas Etiologia: Fungo mitospórico, Conidióforos individuais, septados, coloração palha a marrom, Conídios em forma de clava, septos longitudinais a transversais Sobrevivência: Micélio ou esporos em restos culturais, Alta umidade – formação de conídios sobre restos culturais Disseminação: Respingos de chuva, água de irrigação, vento onde os conídios atingem as folhas de plantas em desenvolvimento, Temperatura 21-30oC • Gama de hospedeiros: cebola, alho, alho-poró e cebolinha. 5- Alternaria porri Mancha púrpura ou queima das do folhas Controle: Uso de variedades resistentes: Barreiros, Precoce Piracicaba, Monte Alegre e Baia Periforme, Rotação de culturas, Eliminação de restos culturais contaminados, Aração profunda, Redução do período de molhamento foliar, Menor densidade de plantas, Evitar irrigações freqüentes, Fungicidas: Mancozeb, clorotalonil, propineb, iprodione e azoxistrobin, Pulverizações preventivas após o plantio aos : 30 dias 60-70 dias, 90-100 dias Controle de trips – pois inseto abre as para entrada do fungo nas folhas 6- Puccinia porri (=Puccinia allii) Ferrugem Plantas são suscetíveis em qualquer estádio de desenvolvimento, Folhas pústulas pequenas, elípticas, massa pulverulenta de cor amarela – uredinósporos, Em estágio mais avançado os teliósporos de coloração marrom escura podem ser formados, Folhas severamente atacadas tornam-se amareladas e morrem, Redução do tamanho dos bulbos, Em canteiros – leva a morte das plantas Sintomas 6- Puccinia porri (=Puccinia allii) Ferrugem uredinósporos teliósporos http://www.insectimages.org/images/768x512/2169094.jpg 6- Puccinia porri (=Puccinia allii) Ferrugem Fungo basidiomiceto, ordem Uredinales, Autotécio – com todas as fases do ciclo de vida ocorrendo em um mesmo hospedeiro, Fases de pícnio e écio são raras na natureza, Alta umidade e baixo índice pluviométrico, Temperaturas abaixo de 100C favorecem a infecção, Plantas mais suscetíveis: Estressadas – excesso e falta de água, Adubações desequilibradas – excesso nitrogênio e MO Solos compactados Etiologia: 6- Puccinia porri (=Puccinia allii) Ferrugem Uso de variedades resistentes, Caiano Roxo, Gigante de Lavínia e Centenário, Evitar plantios adensados, solos compactados e de baixada, Adubações equilibradas – nitrogênio, Fungicidas Mancozeb, oxicloreto de cobre, propiconazole e tebuconazole Controle: 7- Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae) Antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas Ocorre em plantações de cebola desde a fase de canteiro até a colheita e armazenamento, Pode causar perdas de 80 a 100%, principalmente nas regiões sul e sudeste 7- Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae) Antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas Canteiros – tombamento, mela ou estiolamento, Mudas podem apodrecem antes da emergência, Ficam recobertas por uma massa rosada de esporos do fungo, Sintomas: 7- Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae) Antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas Campo – doença distribui em reboleiras, Folhas – enroladas, curvadas e amareladas, Alongamento e rigidez do pescoço das plantas – presença de pontuações pretas – acérvulos do patógeno, Lesões alongadas, deprimidas, de coloração parda – com numerosos acérvulos – distribuídos em círculos concêntricos Lesões podem coalescer provocando a morte das folhas, que caem deixando os talos nus – produção de bulbos pequenos, que apodrecem rapidamente no armazenamento Sintomas: 7- Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae) Antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas https://www.agrolink.com.br/problemas/mal-das-sete-voltas_1809.html 7- Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae) Antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas Altas umidades – a partir dos acérvulos são liberadas massas gelatinosas de coloração rosada ou alaranjada – esporos do fungo Sintomas: 7- Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae) Antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae – fungo mitospórico que produz acérvulos sobre uma base estromática subcuticular que, na maturidade, rompem a cutícula pela formação de conidióforos e setas, expondo a frutificação Conídios – hialinos, unicelulares, asseptados e cilíndricos com ápices obtusos, Formato elipsoidal distingue do C. circinans, Sobrevivência: Solo, restos de cultura e sementes, Etiologia: 7- Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae) Antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas Disseminação: Longas distâncias: sementes, bulbilhos e mudas contaminadas, Curtas distâncias: dentro de um mesmo campo, planta para outra – conídios disseminados pelos respingosde água de chuva ou irrigação, que dissolve a massa mucilaginosa, Conídios depositados sobre o hospedeiro alta umidade e temperaturas 23-30oC , Germinam formando o tubo germinativo, apressório e penetração direta através da cutícula Etiologia: 7- Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cepae) Antracnose foliar, cachorro quente ou mal-das-sete-voltas Fungicidas benzimidazóis Variedades resistentes – ciclo curto Barreiro Híbridos resistentes – ciclo curto Baia Periforme, Pira Ouro, Pira Lopes, Pira Tropical Controle 8- Peronospora destructor Míldio Ocorrência generalizada, em condições de frio e alta umidade durante época de cultivo Importante nas regiões serranas e sul do país 8- Peronospora destructor Míldio Folhas – lesões grandes 3-30 cm comprimento, alongadas no sentido das nervuras, zonas concêntricas de tecido clorótico e várias tonalidades de verde, com centro necrótico, muitas vezes recobertas por eflorescência de coloração violeta, especialmente em períodos de maior umidade Folhas tornam-se amarelecidas podendo-se dobrar e morrer Sintomas 8- Peronospora destructor Míldio Pode ocorrer a invasão dos tecidos afetados por Alternaria, que esporulam sobre as lesões, mascarando os sintomas de míldio, dificultando a diagnose, Hastes florais – lesões muito semelhantes às das folhas Pode ocorrer quebra da haste floral que não sustenta o peso da inflorescência Fungo pode afetar as flores, sendo carregado pelas sementes, Sintomas 8- Peronospora destructor Míldio Pode ocorrer infecção sistêmica de plantas provenientes de bulbos infectados, Ficando subdesenvolvidas, nas folhas manchas brancas que podem ser confundidas com Botrytis e tripes Sintomas 8- Peronospora destructor Míldio Doença causada pelo fungo Peronospora destructor, Classe do Oomycetes, Ordem Peronosparales, Produz esporangióforo não septados Micélio cenocítico – não apresenta septos, Produz oósporos globosos Sobrevivência Zoósporos - Plantas voluntárias de cebola Micélio – bulbos e sementes infectadas Etiologia gs=espornangio germinativo sp=esporangióforo s=esporangio 8- Peronospora destructor Míldio Disseminação Esporângios carregados pela por correntes de ar e água, Temperaturas baixa inferior a 22oC, UR>95% Etiologia gs=espornangio germinativo sp=esporangióforo s=esporangio 8- Peronospora destructor Míldio Evitar solos mal drenados e sujeitos a alta umidade relativa do ar, Plantio de bulbos sadios, Evitar espaçamento adensado, Irrigação por sulco em vez de aspersão, Pulverização com fungicidas Cobre, metalaxyl e ditiocarbamatos, Presença de ceras na folha – torna as pulverizações insatisfatórias Controle 9- Botryotinia squamosa (Botrytis squamosa) Queima das pontas Difícil o diagnóstico da doença, devido os sintomas serem semelhantes aos ocasionados por seca, excesso de umidade no solo, oxidação por ozônio, ataque de tripes, Difícil isolamento do agente causal 9- Botryotinia squamosa (Botrytis squamosa) Queima das pontas Pequenas manchas esbranquiçadas – 2mm Ø, Morte progressiva dos ponteiros, diretamente proporcional ao número de lesões na folha, As lesões nas folhas ocorrem quando os bulbos ainda não estão formados – permanecendo pequenos com tecidos do pescoço amolecidos Sintomas 9- Botryotinia squamosa (Botrytis squamosa) Queima das pontas Após a colheita os bulbos tornam suscetíveis ao ataque de vários microrganismos causadores de podridões pós- colheita Fungo pode ocorrer em canteiros, causando a morte de plântulas Sintomas 9- Botryotinia squamosa (Botrytis squamosa) Queima das pontas Botryotinia squamosa fase perfeita Botrystis squamosa fase imperfeita possui micélio hialino, com ramificações que podem dar origem a conidióforo que sustentarão os conídios Pode haver formação de escleródios sobre o restos de cultura ou na região do pescoço dos bulbos Etiologia 9- Botryotinia squamosa (Botrytis squamosa) Queima das pontas Temperatura amena 20-25oC Umidade relativa acima 75%, ocorrência de cerração e sol forte, Folhas mais velhas são mais suscetíveis à infecção, Fungo não consegue penetrar diretamente pela superfície de folhas jovens Importância ferimentos – tripes, queimaduras pelo sol – favorecendo à infecção Etiologia Sobrevivência entre estações de cultivo, Escleródios no solo, micélio em bulbos e restos de cultura Cebolinha japonesa (Allium fistulosum) – resistente, Cebolinha (A. schoenoprasum) - imune 9- Botryotinia squamosa (Botrytis squamosa) Queima das pontas Fungicidas Benzimidazóis, Plantio em locais e épocas não sujeitos à ocorrência de cerrações, Evitar plantios adensados, Eliminação ou incorporação de restos culturais, Rotação de culturas Controle 10 - Colletotrichum circinans (=C. dematium f.sp. circinans e Vermicularia circinans), Antracnose da cebola branca Bulbos coloridos são resistentes, tendo importância mais restrita, Podendo causar danos quando ocorre na fase de canteiros de mudas 10 - Colletotrichum circinans (=C. dematium f.sp. circinans e Vermicularia circinans), Antracnose da cebola branca Ocorre nas escamas mais externa dos bulbos brancos, Estromas subcuticulares verde- escuros, que tornam-se pretos com o passar do tempo, Alta umidade há formação de acérvulos com massa de esporo creme, Pode ser confundida com Sclerotium e carvão Sintomas 10 - Colletotrichum circinans (=C. dematium f.sp. circinans e Vermicularia circinans), Antracnose da cebola branca Colletotrichum circinans – micélio septado, ramificado, hialino quando novo, tornando-se escuro Conídios hialinos, fusiformes, unicelulares, acérvulos ricos em setas, Pode produzir clamidósporos intercalares nas hifas Sobrevivência solo, na forma de estromas em restos culturais e escamas de cebola, ainda como saprófica, Infecção – direta pela cutícula Etiologia 10 - Colletotrichum circinans (=C. dematium f.sp. circinans e Vermicularia circinans), Antracnose da cebola branca Temperatura 10-32oC, Germinação dos esporos e infecção 13-25oC, Umidade elevada – essencial para formação e disseminação dos conídios, Através de respingos de água de chuva e irrigação Etiologia 10 - Colletotrichum circinans (=C. dematium f.sp. circinans e Vermicularia circinans), Antracnose da cebola branca Ocorrência da infecção e invasão dos tecidos são restringidos pela presença de compostos fenólicos pré-formandos – catecol e piracatecol Presentes em variedades de bulbo colorido – condiciona resistência, Previnem a germinação dos conídios Variedades brancas não possuem tais substâncias Etiologia 10 - Colletotrichum circinans (=C. dematium f.sp. circinans e Vermicularia circinans), Antracnose da cebola branca Uso de variedades de escamas coloridas Quanto utilizar variedades brancas, fazer rotação de culturas, Promover boa drenagem do solo, Eliminar restos culturais contaminados para reduzir inóculo inicial, Proteger os bulbos da chuva, Usar sementes sadias, Estocar os bulbos em temperaturas baixa 0oC e umidade em torno 65%. Controle 11 - Pyrenochaeta terrestris Raízes rosadas Pode causar redução de 60 a 80% no peso dos bulbos, Alguns isolados do patógeno podem infectar pimenta, tomate, soja, trigo, melancia, pepino, berinjela Mais devastadora em áreas de clima quente. 11 - Pyrenochaeta terrestris Raízes rosadas Mais comuns em plantas próximas à maturidade, Alteração da cor das raízes, inicialmente rosadas, passando para vermelho, púrpura, pardo e preto, Resultando na redução de suprimento nutricional da planta, Formação de bulbos menores Plântulas infectadas em fase de canteiros podem morrer ou ficar menores, dando origem a bulbos enrugados e menores, Plantas doentes são facilmente arrancadas do solo. Difícil isolamento do fungo das raízes, deve-se colocar gaze sobre o meio de cultura. Sintomas http://plantpath.caes.uga.edu/extension/plants/vegetables/images/onpink2_000.gif 11 - Pyrenochaeta terrestris Raízes rosadas Pyrenochaeta terrestris fungo mitospórico, produz picnídios ostiolados providos de setas, globosos, onde são produzidos conídios unicelurlares, hialinos, oblongo-ovóides, Picnídios formam sobre as raízes ou escamas basais de plântulas o plantas adultas de cebola, Micélio septado, pode ser formado clamidósporos nas raízes Etiologia Microesclerócios http://plantpath.caes.uga.edu/extension/plants/vegetables/images/onpink3.gif 11 - Pyrenochaeta terrestris Raízes rosadas Fungo habitante de solo, Capaz de sobreviver a uma profundidade de 45 cm, possivelmente na forma de picnídios e clamidósporos Restos de cultura de plantas suscetíveis, Penetração Diretamente pela cutícula, produzindo uma série de toxinas envolvidas na patogênese, Temperatura 24-28oC, Presença de alta umidade do solo durante períodos prolongados Etiologia 11 - Pyrenochaeta terrestris Raízes rosadas Rotação de culturas por pelo menos 3 anos, com plantas não suscetíveis ao fungo (pimenta, tomate, soja, trigo, melancia, pepino, berinjela) Uso de variedades resistentes Barreiro, Baia Periforme, Granex No uso de variedades suscetíveis – Texas Grano recomenda-se Tratamento do solo com fumigantes, solorização Controle da irrigação Controle 12 – Stromatina cepivora (Sclerotium cepivorum) Podridão branca Ocorrência generalizada nas regiões serranas de SP, MG e RS, Pode acarretar perdas de 100% 12 - Sclerotium cepivorum Podridão branca No campo – reboleiras Plantas subdesenvolvidas, amareladas e morte das folhas mais velhas, seguido de murcha e apodrecimento dos bulbos. Sintomas 12 - Sclerotium cepivorum Podridão branca Alta umidade, crescimento micelial esbranquiçado (podridão branca) junto ao solo e sobre os bulbos, formando escleródios, dando aspecto enegrecidos ao bulbos Raízes também sofre apodrecimento, sendo as plantas facilmente arrancadas do solo Presença de escleródios juntos aos bulbos são importantes para a diagnose da doença, Uma vez que os sintomas na parte aérea da planta pode ser confundida com outros agentes Sintomas 12 - Sclerotium cepivorum Podridão branca Sclerotium cepivorum – não produz esporos funcionais, Estruturas reprodutivas – escleródios, que podem persistir no solo por mais de 8 anos na ausência de plantas hospedeiras, Disseminação Bulbos contaminados, Água de chuva e irrigação, Implementos agrícolas Temperatura do solo 10-20oC favorece a infecção e desenvolvimento da doença, que é mais severa em baixadas úmidas e com excesso de irrigação Etiologia • Escleródios podem ficar dormentes no solo, tendo sua germinação estimulada por compostos voláteis liberados pelas raízes de plantas, • Germinação se dá por meio de feixes de micélio que podem surgir de diferentes pontos do escleródio. 12 - Sclerotium cepivorum Podridão branca Escolha de locais livre do patógeno, Escolha da época e locais menos favorável ao desenvolvimento da doença, Rotação de culturas, Uso de variedade resistentes são pouco viáveis, Não há variedades resistentes, Baixa incidência - plantas infectadas devem ser destruídas e solo tratado com fumigantes, Fungicidas Diniconazole, tebuconazole e fluazinan Solarização Controle 13 - Fusarium oxysporum f.sp. cepae – Podridão basal, fusariose ou bico grande Plantas podem ser infectadas em qualquer fase de desenvolvimento No campo em canteiros de mudas, tombamento Em plantas mais desenvolvidas Amarelecimento das pontas das folhas, que progride para a base até que todo o limbo foliar seja tomado Sintomas 13 - Fusarium oxysporum f.sp. cepae – Podridão basal, fusariose ou bico grande Raízes apresentam coloração marron-escura, achatadas e ocas, Muitas vezes as plantas afetadas podem não apresentar sintomas, mas cortando-se verticalmente o bulbo pode-se observar coloração marrom-escura no seu interior Sintomas 13 - Fusarium oxysporum f.sp. cepae – Podridão basal, fusariose ou bico grande Bulbos – por ocasião da colheita, ocorre podridão basal que caminha para cima podendo destruir totalmente os tecidos Condições de alta umidade – crescimento cotonoso, esbranquiçado, sobre o bulbo afetado – micélio do fungo. Sintomas 13 - Fusarium oxysporum f.sp. cepae – Podridão basal, fusariose ou bico grande Fusarium oxysporum f.sp. cepae fungo mitospórico, Produz clamidósporos e microconídios unicelulares e macronídios em forma de canoa com 3-4 septos Sobrevivência No solo na forma de clamidósporos Infecção favorecida por ferimentos causados por outros patógenos Etiologia 13 - Fusarium oxysporum f.sp. cepae – Podridão basal, fusariose ou bico grande Disseminação Contato entre bulbos sadios e doentes, Temperatura de 26-28oC, Fungo infecta Alho, Cebola, Cebolinha, Chalota, Etiologia Chalota 13 - Fusarium oxysporum f.sp. cepae – Podridão basal, fusariose ou bico grande Rotação de culturas em locais há grande incidência da doença, por períodos de 4 anos, Uso de sementes sadias, Drenagem de solos muito úmido, Prevenção de ferimentos, Cura bem feita, Armazenamento a 4oC e baixa umidade. Controle Fusarium Botrytis Burkholderia cepacia Pectobacterium 14 - Phytophthora nicotianae Murcha de phytophthora em cebola Detectada pela primeira vez 2003 em Monte Alto SP, Prejuízos de 70% Esporângio 14 - Phytophthora nicotianae Murcha de phytophthora em cebola Amarelecimento e murcha gradativa das folhas, encharcamento na região do pescoço, culminando com a morte da planta Doença afeta as variedades Mercedes, Princesa e Duquesa Sintomas 14 - Phytophthora nicotianae Murcha de phytophthora em cebola Evolução dos sintomas 14 - Phytophthora nicotianae Murcha de phytophthora em cebola Phytophthora nicotianae – oomiceto, ordem Pythiales, família Pythiaceae Produz esporos flagelados – zoósporos no interior do esporângios piriformes Favorecido por ambientes encharcados com água livre, condição que reproduz e dissemina rapidamente. Etiologia Esporângio sp - esporangióforo 14 - Phytophthora nicotianae Murcha de phytophthora em cebola Redução da água de irrigação, evitando promover encharcamento do solo, Solo com boa drenagem, Imersão das mudas no fungiciada Metalaxyl, antes do transplantio, Variedades resistentes Superex Elevação dos canteiros, Retardar o plantio das mudas para escapar do período mais chuvoso Evitar acúmulo de matéria orgânica sobre o solo e próximo ao pescoço das plantas. Controle Esporângio 15 - Tombamento, mela ou “damping off” Ocorre em estádios iniciais da cultura, levando a perdas das mudas em canteiros e aparecimento de falhas na cultura em semeadura direta: 1. Colletotrichum gloesporioides f.sp. cepae 2. Colletotrichum circinans 3. Pyrenochaeta terrestris 4. Sclerotium cepivorum 5. Fusarium oxysporum f.sp. cepae 6. Phytophthora nicotianae 7. Pythium Controle Tratamento de sementes: captan ou thiran, Solo com fumigantes PCNB Rotação de culturas Boa drenagem do solo 16 – Xanthomonas axonopodis pv. allii – queima bacteriana 16 – Stemphylium vesicarium Mancha foliar Afeta as folhas já infectadas por Alternaria Conídios de Alternaria Bibliografia AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5th ed. 2005. 922p. AMORIM, L., REZENDE, J.A.M., BERGAMIN FILHO, A. Manual de Fitopatologia: princípios e controle. Vol 1. Ed. Ed. Agronômica Ceres, São Paulo, 2011. 704 p. KIMATI, H., AMORIM, L., REZENDE, J.A.M.,BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.. Manual de Fitopatologia, Vol. II - Doenças das Plantas Cultivadas.4. Edição. Editora Agronômica Ceres Ltda, São Paulo. 2005. 663p.
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