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Diagnose de fitobactérias 2015

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Diagnose de fitobacterioses 
CONTEÚDO 
1. Diagnose - definição 
2. Sintomas e sinais 
– Tipos de mancha 
• Angular 
• Zonada 
• Aureolada 
• Cuneiforme ou forma de “V” 
– Clorose 
– Crestamento 
– Encharcamento ou anasarca 
– Escaldadura 
– Estria 
– Fasciação 
– Galha, hipertrofia ou tumor 
– Podridão mole ou maceração 
– Talo oco e canela preta 
– Sarna 
– Cancro 
– Morte ou seca das pontas, seca dos ponteiros ou “die back” 
– Murcha 
3. Diagnose em plantas ou partes infectadas 
– Exame macroscópico dos sintomas e sinais 
– Exame microscópico da exsudação bacteriana 
– Isolamento da bactéria 
– Teste de Gram 
– Reação de hipersensibilidade – HR 
– Teste de patogenicidade 
– Identificação do isolado através testes 
• Bioquímicos 
• Sorológicos 
– Técnicas moleculares 
 
• Diagnose – processo de se conhecer uma 
doença, 
 
• Fitobactérias podem induzir diferentes sintomas 
nas plantas infectadas e em alguns casos 
produzir sinais, 
 
• Sintomas e sinais – importantes para 
identificação e diagnose 
– Cautela 
• R. solanacearum, Verticilium e Fusarium – murcha em 
solanáceas 
 
• Sintomas 
– Alterações visíveis no 
aspecto da planta 
doente 
• Sinais 
– Evidências de estruturas 
do patógeno em órgão da 
planta 
– ou presença de cheiro 
característico 
Teste do copo 
Exsudação bacteriana 
R. solanacearum 
E. amylovora 
X. vesicatoria 
Pus 
E. amylovora 
Exsudação em gota 
Diferentes tipos de sintomas 
Clavibacter michiganensis subsp. 
michiganensis 
Lesões nos frutos 
Queima dos 
bordos foliares 
Descoloração 
vascular 
Causado pela mesma bactéria 
Cancro no caule 
Diferentes tipos de sintomas 
Pectobacterium carotovorum 
Podridão mole 
Causado pela mesma bactéria 
Canela 
preta 
Talo oco 
Típico de bacteriose em plantas 
Anasarca Exudação Pus 
Congestionamento de água Nuvem de células bacterianas 
 
Murcha Cancro Pinta 
Mancha 
Clorose Des. Vasc. 
Crestamento Sarna Ench., Anasarca Podr. mole 
Sintomas 
Diagnose no campo 
• Observação dos sintomas 
 
• Conhecimentos e experiência sobre a cultura 
 
• Quais doenças incidem sobre aquela cultura 
 
• Condições climáticas favoráveis 
 
Tipos de manchas 
Zonada – círculos concêntricas Angular – limitada pela nervura, necrose 
aspecto polígono irregular 
Aureolada áreas necróticas 
circundadas halo clorótico Cuneiforme ou forma de “V” 
P.s.tabaci 
P.s.garcea 
Café 
Mancha Angular 
Pseudomonas sryngae pv. lacrymans – 
pepino 
Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum 
- algodão 
 
 
Paredes celulares espessas 
– Folhas – xilema e as fibras esclerenquimáticas, ricas 
em lignina 
– Pode restringir a colonização do patógeno 
• Interrompe o avanço de bactérias nos tecidos 
• Sintomas de manchas angulares 
• Patógeno coloniza somente as áreas entre as nervuras 
– Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum 
Estruturas de defesa histológica 
– Camadas de cortiça 
• Originam de células formadas a partir do felogênio (tecido 
meristemático), 
• Impedindo a invasão do patógeno para os tecidos sadios, 
• Interrompendo o fluxo de água e nutrientes em direção ao 
patógeno e substâncias tóxicas ao hospedeiro 
– Tecidos mortos permanecem na planta – lesões necróticas 
 
 
P. syringae pv. tabaci - fumo 
Mancha aureolada 
• Áreas necróticas circundadas 
por halo clorótico 
– Produção de toxinas - bactéria 
– Ativação de clorofilases, 
– Destruição de clorofila 
– Danos aos cloroplastos 
– Inibição de fotossíntese, 
 
 
 
Pseudomonas syringae pv. garcae – mancha 
aureolada do cafeeiro 
Mancha e Pinta 
Xanthomonas 
vesicatoria 
Pseudomonas 
syringae pv. tomato 
Penetração - estômatos Multiplicação - espaços intercelulares Enzimas-toxinas lesões 
Clorose 
• Amarelecimento dos órgãos 
clorofilados - folhas 
– Pseudomonas corrugada – 
tomate 
• Necrose da medula 
Crestamento 
• Morte do tecido vegetal dando aparência de 
queima 
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli 
Crestamento bacteriano comum do feijoeiro 
Pseudomonas syringae pv. pisi 
Crestamento bacteriano em ervilha 
Encharcamento ou anasarca 
• Tecido translúcido devido à expulsão de água 
das células da planta infectada p/ espaços 
intercelulares 
Pseudomonas syringae pv. pisi 
Crestamento bacteriano em ervilha Xanthomonas fragariae - 
morango 
Escaldadura 
• Descoramento da epiderme e de tecidos adjacentes 
em órgãos aéreos. Seu aspecto visual lembra o órgão 
escaldado por água quente 
Escaldadura em folhas de cana-de-açúcar infectadas por Xanthomonas 
albilineans. 
Estria 
• Também conhecida como listra, é uma lesão 
alongada, estreita, paralela à nervura das 
folhas de gramíneas 
Estria vermelha em folha de cana-de-açúcar decorrente de infecção 
por Acidovorax avenae subsp. avenae 
Fasciação 
Crescimento anormal de raízes no colo da planta, 
- desequilíbrio nos níveis normais de citocininas da planta 
Rhodococcus fasciens 
Induz fasciação em gerânio 
Rhizobium rhizogenes 
(Agrobacterium rhizogenes) 
Galha (Hipertrofia, Tumores) 
• Hiperplasia de células de planta em torno de 
uma lesão 
• Tumores no colo da 
planta 
Rhizobium vitis 
(Agrobacterium 
vitis) 
Rhizobium 
radiobacter (A. 
tumefaciens) 
Danos ao hospedeiro 
• Deficiência mineral, 
• Amarelecimento 
• Nanismo 
• Desequilíbrio hormonal 
Bactéria de solo, penetração ferimentos 
A. vitians 
Processo de formação de galhas induzidas por Rhizobium radiobacter, 
sob a ação dos hormônios auxinas e citocininas 
Tumor inducing 
aa 
Conjugação 
Podridão mole ou maceração 
Pectobacterium 
Maceração 
Pectobacterium pectolíticas 
Pseudomonas fluorescente 
Órgão de reserva 
• Frutos 
• Bulbos 
• Tubérculos 
• Rizomas 
Apodrecimento + odor 
• Pectinases degradam as substâncias pécticas, 
Metilpoligalacturonase 
Trans-eliminase ac. 
poligalacturônico 
Metilesterase da pectina 
Mecanismo de ação de algumas enzimas pectolíticas 
α-1,4 
metanol 
Pectina 
Ac. poligalacturônico 
Podridão mole ou maceração 
Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum - alface e cebola 
Podridão mole ou maceração 
Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum – cenoura e batata 
Odor desagradável, invasão do tecido 
por saprófitas 
Talo Oco e Canela Preta 
Pectobacteroim atroseptica, 
Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum, 
Dickeya chrysanthemi 
Atividade pectolítica – região 
central, não lenhosa 
Colonização da casca – acúmulo de 
melanina e outros pigmentos escuros 
Batata 
Tomate 
Pectobacterium ssp. 
Elevada umidade 
Sarna 
• Áreas rugosas, corticosas e 
escuras, tamanho variável, 
proliferação anormal das 
células da periderme 
 
– Streptomyces spp. – sarna 
comum 
http://www.forestryimages.org/browse/detail.cfm?imgnum=1436170
Cancro 
• Lesões alongadas no caule, 
profundas – rachaduras 
• Bactéria invade a planta e 
multiplica nos feixes vasculares 
• Colonização estende p/ o 
tecido parenquimatoso 
• Alterações histológicas, 
rachando o caule expondo o 
cancro 
Cancro da haste tomateiro 
Clavibacter michiganensis subsp. 
michiganensis 
Cancro 
Cancro cítrico - Xanthomonas 
axonopodis pv.citri Lesões salientes nas duas faces da folha 
Morte ou seca das pontas, seca dos 
ponteiros ou ‘die back’ 
Erwinia amylovora 
 macieira 
Galhos sofrem murcha, necrose e morte 
Pode ocorrer progressão no sentido descendente – morte da planta 
Morte ou seca das pontas, seca dos 
ponteiros ou ‘die back’ 
Xanthomonas axonopodis pv. manihotis - mandioca 
Morte ou seca das pontas, seca dos ponteiros 
ou ‘die back’ 
Erwinia psidii - goiabeira 
Murcha 
Murcha em planta de batata e bananeira - Ralstonia solanacearum 
(tomate) 
• Bloqueio dos vasos do xilema, impedindo 
o transporte de água e sais mineraisMurcha 
Xilema infectado, invasão do tecido parenquimatoso que 
circula os vasos, resultando em necrose vascular, levando 
a murcha. 
Pus bacteriano exsudando 
de vasos de tubérculos 
Ralstonia solanacearum 
Murcha 
Ralstonia solanacearum, moko da bananeira 
Mal do panamá 
Fusarium oxysporium f.sp. cubense 
Descoloração pardo-avermelhada 
do pseudocaule Descoloração vascular na parte 
interna do pseudocaule 
Murcha 
Xanthomonas axonopodis pv.manihotis - mandioca 
Xylella fastidiosa 
Candidatus liberobacter - huanglongbing 
Diaphorina citri 
Greening 
Leifsonia xyli subsp. xyli (raquitismo da 
soqueira) 
- subdesenvolvimento da planta, que se agrava a cada ciclo -para as 
socas subseqüentes. 
Diagnose 
Diagnose em plantas ou partes de planta 
infectada 
1. Exame macroscópico dos sintomas e sinais 
2. Exame microscópico da exsudação bacteriana 
3. Isolamento da bactéria 
4. Teste de gram 
5. Reação de hipersensibilidade - HR 
6. Teste de patogenicidade 
7. Identificação do isolado através testes 
– Bioquímicos 
– Sorológicos 
8. Técnicas moleculares 
 
 
1.Exame macroscópico dos sintomas e 
sinais 
Odor 
Pus 
2.Exame microscópico da exsudação bacteriana 
Detecção de bactérias em caules 
Teste do copo, pode ser 
feito no campo 
• Ralstonia solanacerum – 
murcha bacteriana 
• Corte do ramo - na 
extremidade do tecido sadio 
• Exsudação do pus bacteriano 
2.Exame microscópico da exsudação bacteriana 
Detecção de bactérias em folhas 
Teste de exsudação em 
gota 
• corte margem da lesão – 
fragmento retangular 0,4x0,5 cm 
• Coloque 1 gota d´água – lâmina de 
microscópio 
• cubra lamínula 
• visualize ao microscópio de menor 
aumento 
• Células bacterianas exsudam do 
interior do tecido p/ o meio 
2.Exame microscópico da exsudação bacteriana 
Detecção de bactérias em folhas 
• teste de exsudação em gota 
• método rápido 
• sensível 
• Seguro 
– Cuidados 
• Exsudação de gomas e látex 
3.Métodos de isolamento 
Esquema para isolamento de fitobactérias a partir de órgãos vegetais infectados 
Absoluta assepsia 
Semeadura da suspensão de células em meio de cultura 
sólido 
Semeadura pelo método 
de estrias ou riscas 
• Alça de repicagem – gota 
suspensão 
Estrias compostas 
Estrias simples 
Semeadura da suspensão de células em meio de cultura 
sólido 
Semeadura pelo método de estrias ou riscas 
• Após 24 a 48h 
• Colônias individualizadas 
• Repicar p/ tubos de 
cultura com meio 
inclinado 
4. Teste de Gram 
• Cristal violeta 
• Lugol 
• Álcool 
• Safranina 
 
 
+ permeável, lipídios dissolvidos 
Hans Christian Joachin Gram 
1853-1938, médico dinamarquês 
Esquema da utilidade do teste de HR para detecção de 
colônias fitopatogências em placas de isolamento 
5. Reação de hipersensibilidade - HR 
Reação rápida – 24h 
Localizada 
Perda da turgidez 
Necrose 
5. Reação de hipersensibilidade - HR 
6. Teste de patogenicidade 
Métodos de inoculação 
Atomização 
Penetração por estômatos 
Métodos de inoculação 
Tesouras 
• Ferimento 
Bibliografia 
• Doenças bacterianas das hortaliças – Diagnose e Controle 
– Carlos A. Lopes, Alice M. Quezado-Soares 
– EMBRPA, Brasília –DF, 1997 
• Bactérias fitopatogênicas 
– Reginaldo S. Romeiro 
– Viçosa, 1995 
• Manual de Fitopatologia – Princípios e conceitos – Vol.1 
– Bergamin Filho, A. , Kimati, H., Amorim, L. 
– São Paulo, 1995 
• Manejo de doenças bacterianas 
– Ricardo Magela de Souza, 
– Textos acadêmicos – UFLA/FAEPE, 1999 
– Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” a distância: Manejo de doenças de plantas 
• Introdução ao uso de marcadores moleculares em análise genética 
– Marcio Elias Ferreira, Dario Grattapaglia 
– Embrapa, 1998

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