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ATIVIDADE PRÁTICA – DD093 DISCIPLINA: EMOÇÕES E CONFLITO ALUNA: LUIZA MULLER VIVAS DATA: 22-05-2023 Depois de estudar o caso descrito, responda as seguintes questões: 1- Quais você acredita que são as emoções predominantes em Julia depois da demissão? Por quê? Após análise do caso apresentado, pode-se concluir que Júlia, enquanto funcionária de longa data na empresa, foi surpreendida com uma dispensa imotivada em um momento extremamente delicado e sensível, visto que estava de licença maternidade, cuidando de seu filho recém-nascido. O período pós-parto por si só já é muito vulnerável, ainda mais recebendo uma notícia que desestabiliza uma família toda e gera consequências irreparáveis, tanto financeiras quanto psicológicas. Júlia, diante dessa situação, sente-se triste, com raiva, decepcionada, insegura, preocupada, culpada e traída pelos colegas que trabalhou durante anos. Pelo fato de ter sido pega de surpresa e não ter recebido nenhuma explicação pessoal sobre o episódio, realmente gera um sentimento de falta de consideração, ainda mais nesse momento difícil onde mais uma vide depende dela para sobreviver. A culpa também está presente pelo fato de ter engravidado, se isso foi a escolha certa e acaba questionando o caminho que decidiu seguir. É lamentável ver o preconceito e o descaso com uma mulher, que dedicou anos na empresa e pelo fato de ter gerado uma vida, ter sido punida com uma demissão sem justa causa. No Brasil, é proibida tal arbitrariedade, a gravida tem estabilidade até 6 meses após o nascimento da criança, gerando uma segurança nesse momento sensível e tão necessário. Na minha opinião, vejo como um grande absurdo o que aconteceu com Júlia e os efeitos financeiros e psicológicos que impactarão a vida dela e de seus familiares. 2- Segundo o modelo de Redorta, Obiols e Bisquerra, como você acredita que Julia pode de administrar este conflito? A técnica do modelo de Rodeorta, Obiols e Bisquerra denomina-se “leitura de emoções” (apostila pág 83). Tal modelo envolve identificar as emoções relevantes e agir imediatamente diante delas, possibilitando assim uma gestão emocional diante de conflitos. No caso de Júlia, diante de sua indignação, raiva, essa deve ser identificada e desviada, pois esse sentimento não trata nenhum benefício e não a deixará pensar sobre o acontecimento com a clareza necessária. Diante de sua tristeza e decepção, Julia deverá buscar o ânimo e compreender que o que aconteceu não foi de responsabilidade dela e que não temos controle sobre a atitude de terceiros. Tendo em vista que foi pega de surpresa, esse sentimento deverá ser identificado e utiliza-lo para prevenir acontecimentos que são possíveis de acontecer novamente. Prevenindo-se o impacto em sua vida será menor e os danos também. O sentimento de culpa deverá ser tratado de forma objetiva, sem trazer esse sentimento para si mesma, ela devera atribuir a culpa a quem realmente causou o dano. Essa análise é de suma importância para ela não carregar para si aquilo que não tem responsabilidade. Julia agora deverá seguir em frente, se reerguer, acreditar em sua capacidade, saber seu filho é a maior recompensa de sua vida, cuidar de si, de sua saúde mental e corporal, através de uma atividade física e saber que o que está vivendo hoje é uma fase e que, como tudo na vida, irá passar também. 3- Qual é o estilo de comportamento ante o conflito de Julia? E o de seus chefes? Por quê? Julia, diante de toda arbitrariedade cometida, não pensou em reagir e buscar seus direitos. Júlia, a meu ver, evita buscar explicações acerca da decisão de demissão feita pela empresa sem, ao menos, um fundamento ou explicação relevante. Essa passividade de Julia é tão visível que, mesmo sabendo da injustiça cometida, ela opta em não reagir e não busca um fundamento para o ocorrido. Julia se envolve tanto em suas emoções que paralisa. Em um caso desse, seria recomendado ir em busca de um advogado, buscar o Ministério do Trabalho e Emprego, a fim de garantir seus direitos enquanto funcionária e mãe. Em relação aos chefes, podemos afirmar que se trata de pessoas que visam somente benefícios próprios e para a empresa, dentro de um modelo competitivo, onde a pessoa jurídica é muito mais importante do que as pessoas que lá trabalham. Os chefes se mostram pessoas egoístas e sem empatia por descartarem uma funcionária sem fundamento algum em um momento de puerpério tão delicado. Estamos diante de pessoas frias que não enxergam a dedicação da funcionária e que, para agravar ainda mais a situação, não são claros com Julia ao demiti-la. 4- Elabore um esquema onde expresse as diferentes emoções que considere que foram surgindo em Julia do momento da demissão até o momento atual no qual se encontra em busca de trabalho e justifique-os. OTIMISMO CURSOS DECEPÇÃO ENTREVIS-TAS DE TRABALHO MEDO HIPOTECA SER SUBSTITUÍ-DA CULPA RAIVA SURPRESA DEMISSÃO RAIVA Passemos à interpretação do esquema acima: No momento da demissão, Julia foi pega de surpresa com essa notícia da demissão em seu período de licença maternidade e isso acarretou uma tristeza seguida de raiva e culpa. No momento em que soube que fora substituída por outra pessoa na empresa, seu sentimento foi de raiva e se sentiu traída por tamanha falta de consideração de seus colegas. Quando se depara com a hipoteca e demais despesas que ainda terá que assumir, seu sentimento é de medo, misturado com tristeza e insegurança. Quando busca um novo emprego e a recolocação no mercado, sente-se decepcionada tendo em vista que as empresas não gostam de pessoas que trabalham em horário reduzido e que tenham filhos pequenos que precisam de dedicação. Quando Julia busca novos cursos de atualização, sente-se otimista e esperançosa para poder encontrar outro cargo dentro do mercado de trabalho. REFERENCIAS: 1- Funiber.(2023). “Emoções e conflito” – DD093. Edição do Autor. Espanha. 2- PANAL. 2023. Plataforma de Estudo. Materiais recomendados. 3- Redorta, J. Obiols, M. e Bisquerra, R. Emoção e conflito. Barcelona, Espanha.
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