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Introdução a Engenharia de Manutenção

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Fabiana Matos
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade analisará a Introdução à Engenharia de Manu-
tenção, onde serão vistos: a) engenharia de manutenção b) o manual 
de manutenção c) organização do departamento de manutenção d) a 
capacitação dos profissionais e) o planejamento e o controle da manu-
tenção f) a manutenção centrada na confiabilidade. Trata-se de uma 
pesquisa que está relacionada a compreender a introdução e desen-
volvimento dos setores de manutenção na engenharia, bem como os 
seus benefícios duradouros. Justifica-se por causa da adoção de pla-
nejamento e controle da manutenção, como bem como a capacitação 
dos profissionais e a organização do departamento da manutenção, 
inserindo a manutenção centrada na confiabilidade.
Manutenção. Organização. Planejamento. Controle. 
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 CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO
Apresentação do Módulo ______________________________________ 10
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Engenharia de Manutenção ____________________________________
A Capacitação dos Profissionais ________________________________
O Manual de Manutenção _______________________________________
 CAPÍTULO 02
ORGANIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO
Organização do Departamento de Manutenção _________________ 31
26Recapitulando ________________________________________________
Recapitulando _________________________________________________ 46
 CAPÍTULO 03
PLANEJAMENTO, CONTROLE E CONFIABILIDADE
O Planejamento e o Controle da Manutenção __________________ 51
A Manutenção Centrada na Confiabilidade (MCC) _______________ 59
Recapitulando ________________________________________________ 66
Fechando a Unidade ___________________________________________ 71
Referências ____________________________________________________ 74
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A Engenharia de Manutenção é uma disciplina voltada para 
o planejamento, organização e controle das atividades relacionadas à 
manutenção de equipamentos, instalações e sistemas industriais. Seu 
objetivo principal é garantir a disponibilidade, confiabilidade e desempe-
nho adequado dos ativos ao longo de sua vida útil, minimizando para-
das não programadas e maximizando a eficiência operacional. 
Sendo assim, a disciplina aborda os fundamentos da manu-
tenção, como os diferentes tipos de manutenção (corretiva, preventiva, 
preditiva), a importância da manutenção na confiabilidade dos ativos e 
a relação entre manutenção e produção.
Desta forma, serão apresentados os princípios da gestão da 
manutenção, incluindo a organização e estruturação de uma equipe de 
manutenção, a capacitação dos profissionais, bem como o planejamen-
to e controle de recursos, a gestão de custos e a elaboração de planos 
de manutenção.
É importante observar os aspectos relacionados à segurança 
na manutenção, incluindo normas regulatórias, procedimentos de segu-
rança, treinamento de equipe e gestão de riscos.
Ao compreender esses conceitos básicos e técnicas, os profis-
sionais da Engenharia de Manutenção são capazes de implementar es-
tratégias eficientes de manutenção, otimizar os recursos disponíveis e 
garantir a operação confiável dos equipamentos e sistemas industriais. 
Contudo, por meio de uma abordagem proativa, a Engenharia 
de Manutenção contribui para a redução de custos, o aumento da pro-
dutividade e a maximização do tempo de atividade dos ativos.
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Neste capítulo será apresentado a introdução sobre Engenha 
de Manutenção, uma área fundamental para o bom funcionamento de 
qualquer indústria ou organização.A Engenharia de Manutenção de-
sempenha um papel fundamental na garantia da confiabilidade, dispo-
nibilidade e desempenho dos ativos físicos de uma empresa. 
A partir deste capítulo, serão observadas tais aplicações que 
fazem parte das tarefas desenvolvidas de manutenção. 
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
A Engenharia de Manutenção pode ser definida como a junção 
de técnicas, estratégias e práticas empregues para manter, reparar e 
otimizar os ativos físicos de uma organização. Esses ativos podem in-
INTRODUÇÃO
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cluir equipamentos, máquinas, instalações e infraestrutura. 
Dessa forma, se pode compreender que o seu objetivo se en-
contra em prolongar a vida útil dos ativos, minimizar falhas e maximizar 
a eficiência operacional, por meio de vários tipos de manutenção que 
podem ser aplicados dependendo das necessidades e características 
dos ativos. De acordo com Belhot:
Até recentemente a manutenção era vista como um mal necessário à organi-
zação, na medida em que alguém deveria responsabilizar-se pelo funciona-
mento do parque produtivo. Nessa época, a manutenção era relegada a um 
segundo plano e não encontrava condições favoráveis para planejar e pro-
gramar suas atividades. Quebrou, conserta. O "homem de manutenção", por 
sua vez, despreparado para a função e sem treinamento adequado, prestava 
serviços de baixa qualidade. Dentro deste contexto, o conjunto de atividades 
da manutenção só aparecia como mais um componente das despesas totais 
da organização. (BELHOT, 1995, p. 02).
Com o avanço da tecnologia, foi possível adicionar complemen-
tos a conservação da totalidade dos equipamentos. Ainda de acordo com 
Belhot (1995): “Os novos desafios e pressões do mercado revoluciona-
ram os conceitos de gestão empresarial.” (BELHOT, 1995, p. 02). 
A demanda da preparação alinhada a amplitude tecnológica 
característico aos produtos, etapas e atividades, requer a modernização 
dos ensinamentos da manutenção, através do entendimento do seu pa-
pel nos objetivos de cada instituição, visto que, o custo e gasto de uma 
falha de manutenção pode alcançar valores muito altos. 
Dessa forma, a Engenharia de Manutenção pode ser consi-
derada como uma área que abrange a aplicação de ensinamentos 
técnicos e gerenciais como forma de planejar, organizar e contro-
lar as atividades de manutenção em uma organização. 
Essa disciplina também possui finalidade essencial de assegurar 
a disponibilidade, confiabilidade e desempenho dos ativos físicos, mini-
mizando os custos de manutenção e otimizando os recursos disponíveis. 
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Figura 1 – Engenharia de Manutenção.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Visto isso, a disciplina de Engenharia de Manutenção pode ser 
vista como uma parte influente da instituição, onde gera a minimização 
dos custos e garante a empresa a qualidade dos bens e atividades de-
senvolvidas. De acordo com Belhot (1995):
A partir do momento em que uma empresa tem um veículo ou um equipamen-
to, passa a fazer sentido a preocupação com a administração racional desse 
bem. Porém, a área de manutenção ainda recebe pouca atenção por parte da 
maioria dos empresários e gestores de um modo geral. Um dos aspectos que 
reforça esta argumentação refere-se à mão-de-obra utilizada na manutenção, 
onde o grau de instrução das equipes de manutenção impede que sejam obti-
dos aproveitamentos satisfatórios durante os cursos de treinamento a que são 
submetidas. Não é raro que equipes de manutenção acabem se transforman-
do, então, em trocadoras de peças sem sequer questionarem as causas das 
falhas ocorridas nos componentes. (BELHOT, 1995, p. 02).
A Engenharia de Manutenção se desenvolveu a partir da Revo-
lução Industrial, quando as primeiras máquinas e equipamentos come-
çaram a ser utilizados nas indústrias. Com o crescimento da complexi-
dade das máquinas e a necessidade de mantê-las operacionais, surgiu 
a demanda por profissionais especializados na manutenção. 
Em seu início, a manutenção era desenvolvida de maneira 
reativa, ou seja, as intervenções se desenvolviam apenas após a 
ocorrência de falhas. Ao passar dos anos, notou-se a importância 
de aplicar uma abordagem mais eficaz, onde buscasse evitar fa-
lhas e maximizar a disponibilidade dos equipamentos.
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Dessa maneira, foram se desenvolvendo conceitos e metodo-
logias mais formuladas para a gestão da manutenção. O surgimento e 
crescimento da Manutenção Preventiva, por exemplo, marcou a realiza-
ção de tarefas programadas de manutenção em etapas regulares, com 
a finalidade de minimização e prevenção de falhas.
De acordo com Belhot (1995):
Adotam-se planos preventivos recomendados pelos próprios fabricantes, ou 
criados a partir deles, sem uma visão crítica-administrativa maior. Estes pla-
nos quase sempre sugerem inspeções, lubrificações e substituições periódicas 
de determinados componentes. A vida útil dos itens dificilmente é fornecida e, 
quando indicada, situa-se completamente fora da realidade aplicável. PRODU-
ÇÃO Não existe um banco de dados para a manutenção que permita pesqui-
sas aprofundadas com relação aos intervalos de substituição de itens para as 
diversas situações a que os equipamentos estão sujeitos. Não se encontram 
sistemas de informação que formalizem os fluxos de informação, que servem 
de apoio aos processos decisórios em manutenção. (BELHOT, 1995, p. 03).
Visto isso, com o aparecimento da tecnologia e o desenvolvimen-
to da complexidade dos sistemas industriais, a Engenharia de Manutenção 
começou a se desenvolver e alcançar várias técnicas e abordagens, como 
por exemplo, a Manutenção Preditiva, que emprega análise de informa-
ções e monitoramento contínuo para identificar falhas em potencial. 
Ao que se refere a Manutenção Centrada em Confiabilidade 
(RCM), tem como objetivo principal a procura de otimizar as ações de 
manutenção com base no risco e impacto das falhas.
Assim, se pode compreender que a Engenharia de Manuten-
ção exerce atribuição essencial em várias áreas, sendo estas: indústria, 
transporte, energia, infraestrutura e saúde, disponibilizando a operacio-
nalidade e confiabilidade dos ativos e contribuindo para a eficiência e 
segurança das instituições. 
Figura 2 – Ambiente industrial.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
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Dessa maneira, é possível entender que uma organização ou 
instituição surge de um bom planejamento e manutenção, buscando a 
inclusão de políticas de manutenção adequadas para suas determinadas 
tarefas e reparo, que estejam alinhadas com o objetivo de cada empresa.
A história da Engenharia de Manutenção está associada 
à Revolução Industrial, onde se iniciou a utilização das máquinas 
nas indústrias. A partir dessa época, a manutenção era primordial-
mente corretiva, ou seja, as intervenções se desenvolviam apenas 
após a verificação de falhas ou quebras nos equipamentos.
De acordo com Belhot (1995), a manutenção dispõe duas par-
ticularidades essenciais, sendo estas: é considerada uma etapa de alto 
custo e como uma mão-de-obra intensiva. Sendo assim, de acordo com 
o autor: “continuará a sê-lo mesmo que se lhe incorporem mais e mais 
avanços tecnológicos.” (BELHOT, 1995, p. 03). 
Figura 3 – Etapas de Manutenção.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
É possível compreender conforme as indústrias foram se de-
senvolvendo e as máquinas se tornaram mais complexas, tornou-se vi-
sível que a manutenção reativa não era eficaz o bastante para fornecer 
o funcionamento correto dos equipamentos. 
Desse modo,foi apresentando-se uma necessidade ao longo 
dos nos de fornecer atividades mais sistemáticas para a Engenharia de 
Manutenção, com objetivo de minimizar as paradas não planejadas e ma-
ximizar a disponibilidade dos equipamentos. Belhot (1995) afirma que:
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É importante ressaltar que o nível de eficiência da manutenção também está 
relacionado aos recursos colocados à disposição dos mecânicos. Fica difícil 
exigir serviços de boa qualidade e de alto grau de eficiência sem se dispor 
das ferramentas e equipamentos necessários. Geralmente, essa condição 
leva à obtenção de serviços de má qualidade e de maior custo na substitui-
ção de partes danificadas. A manutenção corretiva não pode ser programa-
da, dada a natureza probabilística da falha e as incertezas que cercam a to-
mada de decisão correspondente. Termina-se por concluir que é essencial a 
formulação de diretrizes de manutenção que orientem a tomada de decisões 
após a ocorrência de uma falha. (BELHOT, 1995, p. 04).
Observa-se que durante a Segunda Guerra Mundial, a manuten-
ção preventiva começou a se desenvolver. Com isso, foi possível analisar 
que o crescimento de inspeções periódicas, limpeza e lubrificação dos 
equipamentos poderia auxiliar a evitar falhas e prolongar sua vida útil. 
Sendo assim, foi possível aplicar amplamente na indústria após a guerra.
Com o surgimento da tecnologia, surgiu a necessidade de ativi-
dades mais adeptas de manutenção, como, por exemplo, a Manutenção 
Centrada em Confiabilidade (RCM - Reliability Centered Maintenance). A 
RCM propôs uma abordagem apoiada em análise de risco, onde as tare-
fas de manutenção eram voltadas para os componentes mais difíceis dos 
sistemas, considerando os impactos das falhas e os custos envolvidos. 
Figura 4 – Análise de riscos.
Fonte: (FREPIK, 2023).
De acordo com a Belhot (1995), os dados localizados nas em-
presas que empregam manutenção preditiva ou preventiva alteram en-
tre 1991 para 1992 de 12,9% para 15%, conveniente a diversos investi-
mentos. O autor ainda relata que: 
Isto não parece ter sido suficiente, pois a redução da manutenção corretiva 
diminuiu apenas 1,8% no mesmo período. Considera-se bastante desejável 
uma composição de 85% de manutenção preventiva complementada por ape-
nas 15% de corretiva. É de vital conveniência que se avalie detalhadamente 
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as políticas de manutenção antes até de se estudar um procedimento para 
determinar o plano de manutenção mais adequado. (BELHOT, 1995, p. 04).
Segundo Moro (2007), a manutenção adequada é aquela que fornece alta 
prontidão no decorrer de todo tempo que estiver em atividade, com o custo 
adequado. O autor ainda descreve que para manter recursos para essa ma-
nutenção, é importante que se obtenha equipamentos e área adequada, bem 
como mão-de-obra e recursos financeiros. 
Um fato importante sobre essa disciplina é que, em mui-
tas organizações se faz necessário regulamentações e normas que 
devem ser contínuas associadas à manutenção. Dessa maneira, a 
Engenharia de Manutenção garante o cumprimento dessas regula-
mentações, asseverando que os equipamentos sejam zelados em 
conformidade com as normas de segurança e qualidade exigidos. 
Além disso, a introdução da Engenharia de Manutenção também 
abrange projeto de sistemas e equipamentos mais seguros e fáceis de 
preservar. Isso envolve a consideração de assuntos como acessibilidade, 
durabilidade, modularidade e padronização durante a fase de projeto. 
É possível visualizar essa disciplina como intuito de facilitar as 
atividades de manutenção e minimizar o tempo e os recursos necessá-
rios para realizar atividades de manutenção.
Figura 5 – Equipamentos.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Todavia, essa área de manutenção desenvolve uma caracte-
rística crucial na garantia da confiabilidade e desempenho dos sistemas 
e equipamentos industriais. Ela combina conhecimentos de engenharia, 
gerenciamento de projetos e análise de dados para desenvolver estra-
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tégias de manutenção eficientes, bem como melhorar a disponibilidade 
operacional e a minimização de custos ligados à manutenção.
Dessa maneira, a manutenção será importante no ciclo de 
vida de um equipamento ou instalação, onde desempenhará atividades 
como inspeção, reparo, substituição de peças, lubrificação, calibração, 
entre outros. O objetivo principal da sua introdução é maximizar a dispo-
nibilidade dos equipamentos, minimizando o tempo de inatividade não 
planejado e prolongando sua vida útil.
O MANUAL DE MANUTENÇÃO
Pode considerar que o Manual de Manutenção da Engenharia 
é um documento que reúne informações especificadas sobre as etapas 
e diretrizes a serem realizados na execução das tarefas de manutenção 
em equipamentos, máquinas ou instalações. 
Sendo assim, esse manual é desenvolvido pela equipe de en-
genharia de manutenção e tem como um dos principais objetivos de-
senvolver orientações compreensíveis e padronizadas para certificar o 
desenvolvimento eficaz e seguro das atividades de manutenção.
Figura 6 – Manual de Manutenção.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Com isso, é importante lembrar que o conteúdo do Manual de 
Manutenção pode modificar baseado em sua natureza e enredamento 
dos equipamentos ou sistemas inclusos. No entanto, geralmente envol-
ve alguns procedimentos fundamentais para o seu exercício.
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Uma das suas características essenciais da área é sobre a 
exposição dos equipamentos. Essa particularidade é onde vai ser 
analisada as informações relacionadas sobre os equipamentos, 
máquinas ou sistemas envolvidos pelo manual, contendo especifi-
cações técnicas, particularidades operacionais e diagramas.
O manual de Manutenção irá conter algumas informações im-
portantes, como, por exemplo: procedimentos da manutenção correti-
va; da manutenção preventiva; critérios de segurança; registros e docu-
mentação; bem como recursos e fornecedores.
Segundo Moro (2007), a manutenção corretiva pode ser com-
preendida como a etapa mais primordial da manutenção mecânica 
(figura 7). De acordo com o autor: “como é praticamente impossível 
acabar totalmente com as falhas, a manutenção corretiva ainda existe.” 
(MORO, 2007, p. 11).
Figura 7 – Manutenção Mecânica.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Dessa forma, os procedimentos de manutenção corretiva de-
monstram diretrizes para ações a serem tomadas em caso de falha ou 
quebra dos equipamentos, incluindo ações imediatas de reparo, subs-
tituição de peças e restabelecimento do funcionamento normal. Moro 
(2007) descreve sobre a manutenção corretiva que:
É definida como um conjunto de procedimentos que são aplicados a um equi-
pamento fora de ação ou parcialmente danificado, com o objetivo de fazê-lo 
voltar ao trabalho, no menor espaço de tempo e custo possível. É, portanto, uma 
manutenção não planejada, de reação, no qual a correção de falha ou de baixo 
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desempenhos se dá de maneira aleatória, isto é, sem que a ocorrência fosse es-
perada. Implica em altos custos, porque causa perdas na produção e geralmente 
a extensão dos danos aos equipamentos é maior. É importante observar que 
pode englobar desde a troca de um simples parafuso de fixação quebrado como 
substituir todo um sistema elétrico em pane. (MORO, 2007, p. 11).
Ainda de acordo com Moro (2007), pode dividir a manutenção 
corretiva em: reparo e reforma. Onde o autor descreve que: “Reparo: 
É a correção de uma falha inesperada, sem qualquer planejamento.” 
(MORO, 2007, p. 12).
Figura8 – Reparo.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Pode compreender que a manutenção corretiva é um tipo de 
intervenção realizada em equipamentos, máquinas ou sistemas após a 
ocorrência de uma falha, ou quebra. Ela é realizada com o objetivo de 
restaurar o funcionamento normal do equipamento e retomar a produção 
ou operação. Ao que se refere a reforma, Moro (2007) descreve que:
É fundamental que toda empresa possua uma oficina de manutenção sufi-
cientemente equipada que permita a resolução dos problemas mais comuns 
que ocorrem com os equipamentos. Deve prever ferramentas, peças de re-
posição, instrumentos de medição e controle, fichários (fichas de solicitação 
e controle de manutenção), etc. Os trabalhadores deverão ser bem treinados 
e como característica básica devem ser participativos e trabalharem em equi-
pe. (MORO, 2007, p. 12).
Dessa maneira, se compreende que a manutenção corretiva é 
necessária quando ocorre uma falha não planejada ou quando um equi-
pamento para de funcionar devido a um problema específico. Pode ser 
desencadeada por várias razões, como desgaste, mau uso, envelheci-
mento, dificuldades de fabricação, particularidades ambientais opostas 
ou falta de manutenção adequada. Como PALAORA (2019) relata sobre:
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Corretiva: é a atividade que visa à reparação ou restauração de falhas ou 
anomalias, seja ela planejada ou não. Implica, necessariamente, a paralisa-
ção total ou parcial de um sistema. É o tipo de manutenção que apresenta os 
custos mais elevados de execução. (PALAORA, 2019, p. 12).
Ainda que, a manutenção corretiva seja uma intervenção in-
dispensável quando ocorre uma falha, ela geralmente é vista menos 
esperado em confronto com a manutenção preventiva ou preditiva. Isso 
acontece porque a manutenção corretiva é reativa e pode resultar em 
tempo de inatividade não planejado, perda de produção, custos mais 
altos de reparo e possíveis danos adicionais ao equipamento.
Em certas ocasiões, a manutenção corretiva pode ser a 
opção mais viável, principalmente quando os custos ligados à ad-
vertência de falhas ou à implementação de sistemas de monitora-
mento contínuo são muito altos em confronto com o risco de falha 
e os resultados dela.
É possível verificar que o Manual de Manutenção serve como 
uma referência técnica essencial para os profissionais de manutenção, 
auxiliando a manter a execução segura e eficiente das tarefas. 
O manual também irá auxiliar na padronização dos processos 
de manutenção, facilita a capacitação de novos técnicos e contribui 
para a otimização dos recursos e custos de manutenção. 
Figura 9 – Capacitação.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Ao que se refere aos procedimentos de Manutenção Preventiva, 
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pode considerar que irá relatar sobre as instruções passo a passo para o 
desenvolvimento de tarefas de manutenção programada, como, por exem-
plo: inspeções, lubrificação, ajustes, calibrações e substituição de peças. 
Sendo assim, esses procedimentos são apoiados em interva-
los de tempo ou utilização, mantendo como objetivo de prevenir falhas e 
ampliar a vida útil do equipamento. De acordo com Moro (2007):
Nas instalações industriais, as paradas para a manutenção constituem uma 
preocupação constante para a programação da produção. Se as paradas 
não forem previstas, ocorrem vários problemas, tais como: atrasos no crono-
grama de fabricação, indisponibilidade da máquina, elevação de custos, etc. 
Para evitar esses problemas, as empresas introduziram o planejamento e a 
programação da manutenção. A manutenção preventiva é o estágio inicial da 
manutenção planejada, e obedece a um padrão previamente esquematiza-
do. Ela estabelece paradas periódicas com a finalidade de permitir os repa-
ros programados, assegurando assim o funcionamento perfeito da máquina 
por um tempo predeterminado (MORO, 2007, p. 15).
Dessa maneira, é possível considerar que a prevenção é o 
propósito principal de gestão. De acordo com PALAORO (2019): “Com 
base na legislação, normas técnicas e demais especificações técnicas 
pertinentes, a DMEE deve elaborar um Plano de Manutenção Preventi-
va contendo o cronograma das rotinas de manutenção preventiva para 
cada edifício da Universidade.” (PALAORO, 2019, p. 16).
Figura 10 – Manutenção Preventiva.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Assim, é possível entender que o Manual de Manutenção ser-
virá como documento que abastece informações e orientações sobre 
como desenvolver a manutenção de um determinado equipamento, sis-
tema ou produto. 
O manual também é responsável como um guia de referência 
para técnicos, engenheiros e profissionais responsáveis pela manutenção, 
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transferindo instruções significativas e específicas sobre os procedimentos 
adequados a serem tomados. Segundo Palaoro (2019) informa que:
Por meio do planejamento e implantação de um sistema de manutenção pre-
dial com inspeções periódicas, é possível minimizar a degradação preco-
ce dos sistemas construtivos e, consequentemente, evitar a ocorrência de 
acidentes em edificações. As inspeções devem ser realizadas por meio de 
modelos elaborados e ordenados de forma a facilitar os registros e sua re-
cuperação, bem como atender a intervalos constantes em normas técnicas, 
legislação ou recomendação de fabricantes. (PALAORO, 2019, p. 17).
De acordo com o autor, a NBR 5674:2012 recomenda que os 
documentos das inspeções (figura 11) relatem a degradação de cada 
equipamento ou elemento da edificação, verificando sempre que viável, 
atividades para diminuição das tarefas de manutenção corretiva, bem 
como reprimir conjectura de acontecimentos. 
Figura 11 – Documentos das inspeções.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Todavia, se faz importante que o Manual de Manutenção ga-
ranta que a manutenção seja empregada de maneira adequada, segura 
e eficiente. O documento irá manter informações sobre os requisitos de 
manutenção, os procedimentos de inspeção, ajuste, lubrificação, repa-
ro e substituição de componentes, como também orientações sobre a 
verificação e solução de dificuldades encontradas ao longo do caminho.
Em geral, as inspeções seguem a programação proposta no Plano de Inspe-
ção Predial; porém, em situações que se julgarem necessárias, poderá ser 
demandada à DMEE a realização de inspeção de elemento/sistema que apre-
sente alguma anomalia. Em ambos os casos, segue-se o processo Demanda 
de manutenção. Após realização da Inspeção, deverá ser elaborado Laudo 
de Inspeção, com linguagem simples e objetiva. Para elaboração do Relatório 
de Inspeção Predial, deve ser seguido o preconizado no anexo F da Norma 
IBAPE-SP/20129 . O resultado da avaliação técnica de componente de forma 
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individualizada pode ser registrado no campo “descrição” na aba “solução” em 
seu chamado no Sistema de Gestão de Demanda. (PALAORO, 2019, p. 17).
Além do que, o Manual de Manutenção pode abranger informa-
ções sobre a programação de manutenção preventiva, recomendações 
de segurança, listas de verificação, diagramas, tabelas de especifica-
ções técnicas e outras informações importantes para o desenvolvimen-
to correto e execução dos procedimentos de manutenção.
Ao seguir o Manual de Manutenção, os técnicos e profis-
sionais podem iniciar a manutenção de maneira adequada, dimi-
nuindo o risco de danos adicionais ao equipamento, como também 
prolongando sua vida útil, fazendo com que mantenha o desempe-
nho esperado e a segurança da operação. 
Palaoro (2019) ainda descreve que mesmo com as dificulda-
des encontradas nos trabalhos preventivos e preditivos: “equipamentos 
e edificações sempre estarão sujeitos asofrer avarias não esperadas. 
Nestes casos, os usuários das edificações poderão recorrer aos síndi-
cos quando presenciarem a inaptidão de um bem em cumprir sua fun-
ção.” (PALAORO, 2019, p. 18).
Figura 12 – Trabalho Preventivo.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Dessa maneira, é importante lembrar que o Histórico de Manu-
tenção é composto por atividades realizadas. Devido a isso, de acordo 
com Palaoro (2019): “nenhum serviço deve ser realizado sem a emis-
são de um chamado no Sistema de Gestão de Manutenção.” (PALAO-
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RO, 2019, p. 19).
O manual normalmente inclui um plano de manutenção 
preventiva, que envolve inspeções regulares e a substituição pro-
gramada de elementos desgastados. A manutenção preventiva au-
xilia na apresentação de falhas inesperadas e minimiza o risco de 
danos ou acidentes associados a elementos desgastados.
Em resumo, é importante que tudo seja documentado em uma 
atividade administrativa como forma de reportar o que foi desenvolvido. 
Assim, no manual também irá abranger informações descritas do que 
foi realizado, quem executou, bem como a medição da tarefa.
É importante que os sistemas mantenham a segurança, como 
também o desligamento automático em caso de mau funcionamento, 
dispositivos de proteção contra sobrecarga, sistemas de ventilação, en-
tre outros. Essas informações são cruciais para a operação segura do 
equipamento durante a manutenção.
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QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 01
(SEED — PROFESSOR CONTROLE E PROCESSOS INDUSTRIAIS 
— CESPE — 2021)
Considerando que uma máquina rotativa apresente comportamento 
anormal, assinale a opção correta, a respeito das técnicas de manu-
tenção e de manutenção preventiva em equipamentos mecânicos.
a) O travamento do rotor pode ser verificado pela diminuição da corren-
te de alimentação do motor.
b) O estudo das vibrações pode detectar folga excessiva nas buchas.
c) Uma análise superficial, como a magnetoscopia, pode ser usada para 
verificar problemas no lubrificante da máquina.
d) Uma resistência de entrada igual a zero ajuda na proteção dos fusí-
veis da máquina.
e) A análise dos óleos pode ser utilizada para a verificação de acopla-
mentos desalinhados.
QUESTÃO 02
(PREFEITURA DE PORTO ALEGRE — ENGENHEIRO MECÂNICO — 
FUNDATEC — 2021)
Qual das seguintes premissas corresponde à manutenção preven-
tiva?
a) Monitorar as condições de equipamentos e instalações.
b) Reparar ou substituir componentes que apresentam falhas. 
c) Resolver problemas de produção.
d) Minimizar os riscos de falhas nas máquinas e equipamentos.
e) Identificar falhas ocultas ou não perceptíveis em máquinas e equipa-
mentos.
QUESTÃO 03
(SAAE SP — ENGENHEIRO MECÂNICO — VUNESP — 2014)
Considere o enunciado seguinte para responder à questão.
A manutenção é fundamental para o desempenho e sobrevivência 
das empresas. Diversos são os tipos de manutenção existentes e 
todos são relevantes, porém gerenciá-los e saber priorizar, adminis-
trar e executar cada tipo é de vital importância técnica e econômica. 
Tanto a gestão da produção como da manutenção pode utilizar téc-
nicas semelhantes em diversos aspectos e cabe aos administrado-
res conhecer as inúmeras ferramentas que as evoluções técnico-ad-
ministrativas e os sistemas de qualidade geraram no decorrer das 
últimas décadas. A correta utilização da lubrificação é de fundamen-
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tal importância para a manutenção e vida útil de diversos elementos 
de máquinas. Os rolamentos são itens de enorme aplicação, cuja 
montagem e correta manutenção merecem grande atenção.
Os rolamentos são peças de alta precisão e são sensíveis a lubrifi-
cações e montagens mal-feitas. Devido à precária qualidade da mão 
de obra de uma empresa, dada a região de sua localização, o gestor 
da manutenção determinou que a manutenção de rolamentos de di-
versos equipamentos passaria a ser preditiva. Isso significa que:
a) após certo tempo os rolamentos serão forçosamente trocados, inde-
pendentemente de seu estado.
b) uma vida útil mais reduzida deverá ser considerada para substituição. 
c) o critério de manutenção passou a ser aquele que é conhecido por “TPM”. 
d) a empresa terá que investir em máquinas de ensaio para prever a 
vida real de todos os rolamentos.
e) a empresa terá que investir em sistemas de monitoramento dos ro-
lamentos.
QUESTÃO 04
(PREFEITURA DE VILA VELHA ES — ENGENHEIRO MECÂNICO — 
IBADE — 2020)
Qual alternativa NÃO é um pilar da Manutenção Produtiva Total?
a) Treinamento.
b) Aumento da eficiência dos setores administrativos.
c) Manter o processo apenas controlando por amostragem.
d) Melhoria específica.
e) Gestão da segurança e meio ambiente.
QUESTÃO 05
(DEPASA AC — ENGENHEIRO MECÂNICO — IBADE — 2019)
A configuração dos processos produtivos é um fator relevante que 
afeta tanto a programação e o planejamento da manutenção quan-
to o seu controle. Uma característica dos processos de produção 
contínuos e que afeta diretamente a organização da manutenção é:
a) a baixa complexidade do produto. 
b) o grande número de etapas de produção.
c) o impacto causado por tempos de parada.
d) o baixo valor agregado do produto.
e) o excesso de trabalho humano no processo.
TREINO INÉDITO
é necessária quando ocorre uma falha não planejada ou quando 
um equipamento para de funcionar devido a um problema especí-
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fico. Estamos falando de: 
a) Manutenção de Segurança.
b) Manutenção Preventiva.
c) Manutenção Corretiva.
d) Manutenção Vibracional.
e) Manutenção Preditiva.
QUESTÃO DISSERTATIVA 
É possível verificar que o Manual de Manutenção serve como uma re-
ferência técnica essencial para os profissionais de manutenção, auxi-
liando a manter a execução segura e eficiente das tarefas. O manual 
também irá auxiliar na padronização dos processos de manutenção, 
facilita a capacitação de novos técnicos e contribui para a otimização 
dos recursos e custos de manutenção. Sobre o enunciado, comente 
acerca da Manutenção Preventiva.
NA MÍDIA
A manutenção corretiva tem como objetivo a correção de um problema 
que impede ou prejudica o funcionamento de um componente, equipa-
mento ou sistema. Na construção civil normalmente são realizadas ma-
nutenções corretivas para resolver patologias construtivas ou reparar 
equipamentos. É o tipo de manutenção mais cara e indesejada, visto 
que quando são necessárias é porque uma falha não prevista ocorreu, 
que poderá causar interrupção das atividades, perda de materiais e in-
conveniências. Nas edificações podem ocorrer diversos tipos de falhas 
que exigem manutenção corretiva, por exemplo: descolamento de ce-
râmica, queima de equipamentos elétricos, vazamentos, entre outros. 
Quando a falha ocorre em elementos construtivos, como coberturas, 
alvenaria, estruturas, entre outros, chamamos de patologia construtiva. 
No contexto da manutenção predial existem ainda as falhas mecânicas 
e elétricas, que ocorrem em equipamentos como: condicionadores de 
ar, aquecedores, chuveiros, bombas d’água, elevadores, entre outros. 
As falhas puramente estéticas não oferecem problema na utilização dos 
ambientes, porém são indesejáveis e podem sinalizar a presença de 
patologias mais problemáticas. Por exemplo, a presença de mofo nas 
paredes pode não ser prejudicial, dependendo da quantidade e locali-
zação, mas pode ser um indicativo e que há infiltração ou vazamento.
Título: Manutenção Corretiva – Exemplos e Tipos
Data de publicação: 02 mai. 2023
Fonte: https://carluc.com.br/manutencao-predial/manutencao-corretiva/
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NA PRÁTICAFalha: Término da condição (habilidade) ou a impossibilidade de um 
item para desempenhar sua função requerida. O aparecimento de uma 
falha leva o item, invariavelmente, ao estado indisponível, por atuação 
automática da proteção ou por desligamento da unidade em caráter de 
emergência. Defeito: Alteração ou imperfeição do estado de uma insta-
lação/equipamento, não a ponto de causar o término da habilidade em 
desempenhar a sua função requerida, já que a instalação/equipamento 
pode operar com restrições. Neste caso, programa-se a realização de 
uma manutenção preventiva, denominada “manutenção preventiva não 
sistemática”, para evitar que o equipamento chegue a falhar. Manutenção 
Corretiva (MC): É a execução de tarefas de manutenção não-planejadas 
para restaurar as capacidades funcionais de equipamentos ou sistemas 
falhados. A manutenção corretiva é a forma mais primária e mais cara de 
manutenção. Apesar disto, torna-se impossível eliminá-la completamen-
te, pois não se pode prever o momento exato em que ocorrerá uma falha 
que obrigará a uma manutenção corretiva. Manutenção Preventiva (MP): 
É a execução de tarefas de manutenção previamente planejadas. É de-
sempenhada para manter um item em condições satisfatórias de opera-
ção, através de inspeções sistemáticas, detecção e prevenção de falhas 
incipientes. Pode ser baseada no tempo ou na condição. Será baseada 
no tempo quando as atividades para reter as capacidades funcionais dos 
equipamentos ou sistemas forem planejadas para serem realizadas em 
pontos específicos no tempo. Será baseada na condição, quando as ta-
refas forem programadas devido a anormalidades (defeitos) detectados 
nos equipamentos em operação. Neste caso, ela é conhecida como ma-
nutenção preventiva não-sistemática. Se as tarefas se originam do acom-
panhamento de parâmetros de condição ou desempenho do equipamen-
to em operação, tem-se o tipo mais refinado de manutenção preventiva, 
também conhecida como Manutenção Preditiva. 
Título: Tempo ótimo entre manutenções preventivas para sistemas su-
jeitos a mais de um tipo de evento aleatório
Data de publicação: 01 abr. 2007
Fonte: https://www.scielo.br/j/gp/a/gxHHQMgHYBxC7j3yMvDnwjD/?for-
mat=pdf&lang=pt
PARA SABER MAIS
Título: Tempo ótimo entre manutenções preventivas para sistemas su-
jeitos a mais de um tipo de evento aleatório. 2007. 
Disponível em: https://www.scielo.br/j/gp/a/gxHHQMgHYBxC7j3yMv-
DnwjD/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 23 maio 2023.
Título: Relações Entre Manutenção e Engenharia de Produção: uma 
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Reflexão. 1995. 
Disponível em: https://www.scielo.br/j/prod/a/q7PPJMMsMhZtBCB-
GxsHs3qf/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 18 maio 2023.
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Neste capítulo serão apresentadas as características da orga-
nização e capacitação dos profissionais da engenharia de manutenção, 
considerados como aspectos importantes para garantir um ambiente de 
trabalho eficiente, seguro e produtivo.
A partir deste capítulo, serão observadas as atividades da or-
ganização do departamento de manutenção, bem como a capacitação 
dos profissionais. 
ORGANIZAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO
É importante que se estabeleça uma estrutura organizacional 
clara para a equipe de engenharia de manutenção possa desenvolver 
os seus processos. Ou seja, podendo abranger e definir responsabilida-
ORGANIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO
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des, hierarquia e fluxo de comunicação. 
Dessa maneira, uma instituição organizacional bem definida 
tende a proporcionar a eficiência, a responsabilidade e a coordenação 
entre os membros da equipe. 
A organização adequada das tarefas de manutenção neces-
sita de um bom planejamento e programação. É importante a defini-
ção de cronogramas, prioridades, alocação de recursos e estimati-
vas de tempo para cada tarefa. Um planejamento eficiente consente 
que as tarefas sejam desenvolvidas de maneira mais estruturada e 
dificulta a apresentação de verificações não planejadas.
Sendo assim, é possível compreender que a organização da 
manutenção proporciona maior clareza em relação aos gastos e res-
postas da sua não inserção. De acordo com Araújo (2010) pode obser-
var o nível de gerência da manutenção na figura a seguir: 
Figura 13 – Nível de gerência da manutenção.
Fonte: (ARAUJO, 2010, p. 01).
Segundo Araújo (2010), é possível observar algumas maneiras 
de atuação no departamento de organização da manutenção, como por 
exemplo: centralizada e descentralizada. A Centralizada de acordo com 
o autor: “é centralizada em torno de uma equipe.” (ARAUJO, 2010, p. 
01). Ela detém de algumas vantagens:
Vantagens: eficiência global na centralizada é maior do que na descentraliza-
da devido à maior flexibilidade na alocação da mão-de-obra em vários locais 
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da planta, os quais acabam desenvolvendo mais habilidades. O efetivo de 
manutenção tende a ser bem menor e a utilização de equipamentos e instru-
mentos é maior e normalmente podem ser adquiridos em menor número. A 
estrutura de manutenção é muito mais enxuta. (ARAUJO, 2010, p. 01).
Ao que se refere as desvantagens, o autor relata que a su-
pervisão das tarefas é considerada mais dificultosas pela demanda de 
transições e diversas atividades que, em sua maioria, são afastadas 
uma das outras. 
Dessa maneira, a organização do departamento de manuten-
ção centralizada abrange a concentração de diversas tarefas de manu-
tenção em apenas uma área ou grupo. Essa ação traz várias vantagens, 
como, por exemplo, a padronização de etapas, o compartilhamento de 
recursos e conhecimentos, a otimização da utilização de recursos hu-
manos e a maior competência operacional.
Assim, uma estrutura organizacional clara e bem definida para 
o departamento de manutenção centralizada consegue ser desenvolvi-
da. Essa tarefa inclui o surgimento de um gerente de manutenção que 
é responsável pela coordenação geral das tarefas, como também a de-
finição de equipes eficientes e adequadas ou áreas de atuação, como: 
manutenção elétrica, mecânica, preventiva, corretiva, entre outras, de-
pendendo das necessidades da instituição.
De acordo com Araújo (2010), essa organização é importante 
pois:
O desenvolvimento de especialistas que entendam os equipamentos com a 
profundidade necessária demanda mais tempo do que na descentralizada. 
Os custos são mais elevados com facilidades, tais como transporte em plan-
tas que ocupam áreas maiores. Também favorece a aplicação da polivalên-
cia. (ARAUJO, 2010, p. 01). 
Referente ao planejamento estratégico, é considerado um pon-
to importante para o departamento de manutenção centralizada. Pois, 
a definição de metas e objetivos, identificação das necessidades de 
manutenção da organização, alocação de recursos, verificação de in-
dicadores de desempenho e assentamento de um plano de atividades, 
serão desenvolvidos para alcançar os resultados almejados.
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Figura 14 – Planejamento Estratégico.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Segundo Araújo (2010), a atuação descentralizada se desen-
volve ao contrário da centralizada, ou seja, o seu principal benefício é 
o apoio entre a organização e manutenção, onde inclua o espírito em 
equipe. Já em relação a atuação mista, o autor descreve que: 
Mista: Combina as formas centralizadas e descentralizadas, sendo aplica-
da em plantas grandes ou muito grandes, proporcionando as vantagens da 
manutenção centralizadae descentralizada. A estrutura organizacional da 
manutenção pode se apresentar de três formas: - Em linha direta, em uma 
estrutura convencional. Em estrutura matricial; - Em estrutura mista, a partir 
da formação de times. (ARAUJO, 2010, p. 01). 
Sendo assim, um sistema de controle organizacional da manu-
tenção necessita apresentar todas as etapas que estão inseridas na ma-
nutenção. Dessa maneira, ele aprovara e visualizará as atividades desen-
volvidas, o seu tempo de desenvolvimento e quais recursos necessários. 
 
Figura 15 – Sistema de controle organizacional.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Dessa forma, é possível verificar de maneira em geral, as eta-
pas que englobam a estrutura do domínio e programação da manuten-
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ção. De acordo com Araújo (2010), é possível seguir um diagrama para 
melhor entendimento, como demonstrado na figura 16.
Figura 16 – Diagrama de fluxo de dados.
Fonte: (ARAUJO, 2010, p. 03).
Assim, é possível estabilizar o que será gasto em cada ati-
vidade desenvolvida, qual o seu custo, em particular e, em geral, os 
materiais a serem empregues e quais os equipamentos, máquinas e 
dispositivos serão essenciais, fazendo com que seja possível nivelar 
os custos, a mão-de-obra, e a alimentação de cada equipamento para 
priorização de cada profissional.
A transformação do mercado de modo em geral nos últimos 
anos tem trazido várias mudanças no setor de manutenção tradi-
cional. De acordo com Ramos (2012), se pode observar a transfor-
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mação da “da manutenção corretiva, que é reativa e funcional, para 
uma política de manutenção proativa.” (RAMOS, 2012, p. 32). Essa 
mudança é apoiada na fiabilidade e encontra localizada na indústria.
Ainda de acordo com Ramos (2012), a cultura de minimização 
de falhas e desperdícios que não beneficiam as etapas é conhecida 
como Lean Manufacturing, ou Lean Production, caracterizada também 
por buscar frequentemente a melhoria e na diminuição de falhas ou de-
feitos. De acordo com o autor:
O grande objetivo da filosofia Lean Manufacturing (Produção Magra) con-
siste na eliminação das sete grandes perdas associadas aos processos pro-
dutivos: Produção em excesso, ou seja, que ultrapassa o volume de enco-
mendas; Tempos de espera, entre as várias etapas de produção; Transporte 
desnecessário de produtos fabricados e de matérias-primas e ferramentas, 
entre os vários locais de fabricação; Processamento defeituoso, contribuindo 
para um reprocessamento e, eventualmente, para a quebra de confiança dos 
cliente; Existência de stocks em excesso, no que respeita tanto aos produ-
tos fabricados como aos materiais de manutenção, obrigando a perdas de 
tempo no armazenamento e no processamento administrativo e logístico, e 
à existência de armazéns sobre dimensionados face às necessidades; Movi-
mentações desnecessárias por parte dos recursos humanos; Fabricação de 
produtos sem qualidade devida à fraca formação dos operadores dos equi-
pamentos, e à ausência de especificações técnicas. (RAMOS, 2012, p. 33). 
Além do que, existe uma ferramenta importante como aplica-
ção de ação para organização do departamento, conhecido como Kai-
zen. De acordo com Ramos (2012), o Kaizen busca “o bem não só da 
empresa, mas também dos seus recursos humanos, que se sentirão 
motivados, contribuindo assim para uma maior produtividade, na medi-
da em que são incentivados a colaborar diretamente no processo pro-
dutivo, apontando novas soluções e técnicas que melhorem os proces-
sos, reduzindo os desperdícios.” (RAMOS, 2012, p. 33).
Figura 17 – Kaizen.
 
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Fonte: (FREEPIK, 2023).
É visto que a organização do departamento de manutenção pode 
alternar dependendo do tipo de organização, setor de indústria e tamanho 
da empresa. Porém, existem algumas estruturas e atividades comuns que 
podem ser entendidas sobre a organização desse departamento.
Os conceitos e práticas do 5S são extremamente simples e fáceis de aplicar 
e baseiam-se na adoção de boas práticas. Contudo, a sua implementação 
pode ser complicada, uma vez que a essência dos seus conceitos representa 
uma mudança nas atitudes e hábitos das pessoas, o que exige um grande 
esforço por parte da Empresa na formação de todos os colaboradores, que 
nem sempre é prática comum no seio das empresas. (RAMOS, 2012, p. 34). 
Dessa forma, de acordo com Ramos (2012), o conceito funda-
mental dessa metodologia equivale na qualidade de vida e circunstân-
cias de trabalho dos recursos humanos, onde desenvolve maior produ-
tividade na organização de manutenção. 
Figura 18 – Produtividade.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Segundo Ramos (2012), o programa 5S se desenvolveu com 
base em cinco palavras japonesas: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shit-
suke. Ainda segundo o autor, essas palavras possuem significado para 
a organização, tais como: Seiri – organização e utilização; Seiton – or-
denação e arrumação; Seiso – limpeza; Seiketsu – padronização e hi-
giene; Shitsuke – autodisciplina. (RAMOS, 2012, p. 34). 
A organização e manutenção, ao que descreve Seiri, con-
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siste em equilibrar o local de trabalho, incluindo apenas materiais, 
ferramentas e equipamentos que devem ser utilizados. O Selton, 
ou seja, a ordenação, mantém cada modelo em seu devido local. 
O Seiso, ou seja, a limpeza, é importante para manter o ambiente 
sempre limpo como forma de retirar ações que diminuam o traba-
lho. Em conjunto, todas essas ações manterão disciplina, aumento 
da inter-relação dos colaboradores, aumento da criatividade, bem 
como a conscientização de cada trabalhador.
Dessa forma, entende-se como o departamento de manuten-
ção sendo o responsável por planejar e programar as atividades de 
manutenção. Para que isso possa se desenvolver da melhor forma, é 
importante a criação de um cronograma de manutenção preventiva e 
corretiva, e implantação de recursos, bem como o acompanhamento do 
progresso das tarefas.
O Six Sigma é aplicável em processos, produtos e serviços, com o objeti-
vo de reduzir falhas e custos de produção, baseando-se num forte sentido 
de disciplina e na melhoria contínua. O Six Sigma pretende atingir a meta 
“zero defeitos” através da prevenção de defeitos com base em ferramentas 
estatísticas. Neste sentido, avaliando as falhas ou defeitos de determinado 
processo industrial, de uma forma sistemática, é possível discernir quais os 
procedimentos de prevenção a adoptar para se eliminar essas falhas. Assim, 
esta metodologia focaliza-se na eliminação de desperdícios e na redução de 
defeitos, assim como na redução da variabilidade dos processos, recorrendo 
ao desvio padrão. (RAMOS, 2012, p. 35). 
Segundo Ramos (2012), o procedimento Kanban irá ser empre-
gue para relatar a produção em cada área, ou seja, permitem fornecer um 
equilíbrio entre as áreas da indústria, resumindo a extensão de produção.
Com isso, é possível analisar que o departamento de manuten-
ção também desempenha um papel na gestão de ativos da empresa. 
Essa organização será responsável por identificar ativos críticos, a in-
serção de sistemas de monitoramento e controle, bem como gestão de 
elementos de reposição e o estudo do desempenho dos equipamentos. 
É possível notar que ao longo dos anos, os departamentos de 
manutenção estão inserindo a tecnologia para otimizar suas operações. 
Ou seja, o aumento de software de gerenciamento de manutenção as-
sistida por computador se torna visível, uma vez que os sensores de 
monitoramento remoto e a análise de informações servem para identifi-
car tendências e verificar falhas.
Porém, a estrutura adequada e a inserçãode atividades po-
dem alterar conforme cada instituição trabalha, porém, a sua finalidade 
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em geral, é estabelecer a disponibilidade, confiabilidade e eficiência dos 
equipamentos e do trabalho entre os profissionais inclusos.
A CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
De acordo com as várias alterações do mercado, as institui-
ções devem se preocupar aos novos aspectos, onde é possível analisar 
os concorrentes, abrangendo transformações contínuas, nas disposi-
ções dos negócios, tecnologias inovadoras, crescimento da complexi-
dade das organizações, entre outros. De acordo com Adriano (2011):
A organização necessita enfrentar este cenário como um todo e com todos 
os recursos que possui, ou seja, ninguém e nenhuma função administrativa 
e produtiva podem ficar estagnada, sem despender o seu melhor esforço. 
Entre os setores administrativos e operacionais, produção e manutenção têm 
grande relevância por manter o funcionando produtivo e estar diretamente 
relacionado com as condições básicas produtivas da organização. À medida 
que ocorre a evolução tecnológica, os equipamentos se tornam mais efica-
zes, tendo menos manutenção ao fim da sua vida útil, em alguns casos se 
tornando até descartáveis. No entanto, a preocupação com a eficiência da 
manutenção será enfatizada com a idade “precoce” dos equipamentos, já 
que os equipamentos de alta tecnologia tendem a apresentar falhas de forma 
mais acentuada no início de sua vida. (ADRIANO, 2011, p. 01).
Ressalta-se que, o objetivo da manutenção é de grande impor-
tância, pois a prontitude desses equipamentos é essencial para o setor 
industrial, onde com a escassez da tecnologia, o custo se amplia.
O conceito de manutenção passou por várias definições ao 
longo dos anos. De acordo com Adriano (2011), a manutenção pode 
ser conceituada como conservação dos equipamentos fixos da orga-
nização, como, por exemplo, máquinas, equipamentos e edificações, 
por meio de manutenções, reparos, inspirações e substituições.
Dessa maneira, é importante ressaltar a significância da capa-
citação dos profissionais da manutenção, onde se torna fundamental 
para estabelecer a competência, segurança e qualidade das tarefas de-
senvolvidas. 
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Figura 19 – Capacitação dos profissionais.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
A respeito da formação técnica, os profissionais de manuten-
ção devem dispor de formação técnica estável nas áreas pertinentes, 
como, por exemplo: mecânica, elétrica, eletrônica, automação, entre 
outras, conforme a área de atuação. Dessa maneira, exige um diploma 
ou certificado em um programa educacional aceito ou concluir cursos 
profissionalizantes adequados.
Além da formação técnica básica, é de grande importância 
apresentar treinamentos adequados para ampliar as habilidades e 
entendimentos dos profissionais em assuntos específicos de atu-
ação. Ou seja, os profissionais devem passar por treinamentos em 
novas tecnologias, sistemas adequados empregues na organiza-
ção, etapas de manutenção preventiva e corretiva, segurança no 
trabalho, entre outros.
De acordo com Adriano (2011), o crescimento das maneiras 
de manutenção tem como finalidade a ampliação da produtividade e da 
qualidade do trabalho, para que se possa adequar um bom funciona-
mento de todo equipamento ou instrumento empregue no trabalho.
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Figura 20 – Formação técnica.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
De acordo com Adriano (2011), as novas formas de crescimento 
fizeram com que surgisse a Manutenção Produtiva Total (TPM), ou seja, 
desenvolve as etapas de produção fazendo com que tenha a participação 
de todos os funcionários da instituição, desde o presidente até o operador. 
A TPM significa uma manutenção autônoma da produção que tenta otimi-
zar a habilidade do operador e o conhecimento do seu próprio equipamento 
para aumentar ao máximo a sua eficiência de operação. Ela estabelece um 
esquema de limpeza e manutenção preventiva para prolongar a vida útil do 
equipamento. a TPM cria um auto-gerenciamento no local de trabalho, uma 
vez que os operadores “assumem” a propriedade de seu equipamento e cui-
dam dele eles próprios. Eliminando-se as paradas e defeitos cria-se confian-
ça. A TPM respeita a inteligência e o potencial de conhecimento de todos os 
empregados da empresa. (ADRIANO, 2011, p. 6).
Ainda segundo o autor, a TPM irá reestruturar e melhorar o 
ambiente empresarial, por meio da qualificação dos profissionais e dos 
equipamentos, abrangendo todas as etapas hierárquicas e a transfor-
mação do comportamento da instituição.
É importante verificar que a manutenção é uma área em 
constante crescimento, com o aparecimento de novas tecnologias 
e práticas. Devido a isso, é essencial que os profissionais estejam 
capacitados sobre as últimas tendências e avanços em suas áreas 
de especialização. A empresa pode desenvolver o seu papel em-
pregando a participação em seminários, workshops, conferências, 
cursos de atualização e leitura de publicações técnicas relevantes.
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Conforme Adriano (2011) relata que são importantes oito eta-
pas de atividades a serem implantadas no sistema de organização, 
sendo estas: “Melhoria individual dos equipamentos; Elaboração de 
uma estrutura de manutenção autônoma do operador; Elaboração de 
uma estrutura de manutenção planejada do departamento; Treinamento 
para habilidade do operador e do técnico de manutenção; Elaboração 
de uma estrutura de controle inicial do equipamento; Manutenção com 
vistas a melhoria da qualidade; Gerenciamento; Segurança, higiene e 
meio ambiente. (ADRIANO, 2011, p. 6).
Figura 22 – Manutenção.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
É considerável lembrar que existem várias certificações e qua-
lificações ao dispor para profissionais de manutenção, que podem au-
xiliar a validar suas práticas e conhecimentos. Essas certificações po-
dem ser alcançadas através de organizações reconhecidas, como, por 
exemplo, instituições profissionais e entidades certificadoras, fazendo 
com que os profissionais atinjam áreas específicas, como manutenção 
preditiva, gestão de ativos, lubrificação, entre outras.
A qualidade e a produtividade da manutenção são fortemente afetadas pela 
capacitação das pessoas envolvidas. O grande problema é gerenciar esta va-
riável de maneira a obter os 7 resultados esperados. Os impactos provocados 
pelas mudanças tecnológicas e as novas formas de gestão das organizações, 
além da nova estruturação do mundo do trabalho têm provocado na socie-
dade, de um modo geral, a percepção de que a educação profissional deve 
estar relacionada à educação geral. O momento de mudanças vem exigindo 
das organizações novos desafios visando à melhoria da produtividade e da 
qualidade dos serviços prestados na busca da competitividade. As tendências 
do trabalho com competência se apresentam de várias formas no dia a dia, 
principalmente nas pequenas e médias empresas. (ADRIANO, 2011, p. 6).
Segundo Adriano (2011), ao longo dos anos, foi possível or-
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denar o trabalho e a produção de mão-de-obra adequada, com maior 
atingimento de escolaridade formal e maior inserção da tecnologia e 
entendimento, habilidade de decisão e consciência pela adequação e 
comprometimento do desenvolvimento das atividades.
Figura 23 – Educação profissional. 
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Ainda segundo Adriano (2011), existem três etapas correlativas 
na educação profissional, sendo estas: formação profissional; desenvol-
vimento profissional; treinamento. A primeiraestá relacionada a formação 
dentro de escolas ou universidades, cursos de formação ou por meio de 
certificados profissionais. De acordo com o autor a capacitação é: 
Capacitação é toda influência que o indivíduo recebe do ambiente através do 
treinamento, assimila-as de acordo com suas inclinações e predisposições e 
enriquece ou modifica seu comportamento dentro dos seus próprios padrões 
pessoais. A capacitação pode ser institucionalizada e exercida não só de 
modo organizado e sistemático, como também pode ser desenvolvida de for-
ma difusa, desorganizada, e assistemática como no lar e nos grupos sociais 
a que o indivíduo pertence, sem obedecer a qualquer plano preestabelecido. 
(ADRIANO, 2011, p. 7).
Outro ponto importante da capacitação é poder compreender 
a capacitação como a junção de aptidões profissionais que representa 
envolver as compreensões do “saber” e “saber fazer”. O autor ainda 
descreve que: “saber” (conhecimentos), “saber fazer” (capacidade de 
transformar o conhecimento teórico em trabalho) e “saber ser” (dimen-
são comportamental – conjunto de habilidades, qualidades, competên-
cias).” (ADRIANO, 2011, p. 7)
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Figura 24 – Capacitação profissional.
Fonte: (FREEPIK, 2023).
Além da formação teórica, é essencial que os profissionais ad-
quiram oportunidades de aprendizado prático. Ou seja, a participação 
em estágios, trabalhos em campo, inclusão em projetos reais de manu-
tenção e o acompanhamento de profissionais mais experientes.
Dessa maneira, o aprendizado prático possibilita que os profis-
sionais utilizem os seus conhecimentos teóricos em situações reais e de-
senvolvam suas habilidades práticas em todas as etapas de manutenção. 
A capacitação profissional visa a preparar o homem para uma profissão em de-
terminado mercado de trabalho. Também, visa a ampliar, desenvolver e aper-
feiçoar o homem para seu crescimento profissional em determinada carreira 
na empresa ou para que se torne mais 8 eficiente e produtivo no seu cargo. No 
que tange à educação profissional, pensa-se numa formação mais generaliza-
da, que não esteja atrelada ao “que fazer” mecanicamente, mas sim ao fazer, 
ao saber e ao querer fazer, numa sintonia de trabalhos que precisam funda-
mentalmente de segurança, delicadeza e dedicação daqueles que coordenam 
os processos de ensino-aprendizagem. (ADRIANO, 2011, p. 8).
Sendo assim, é possível observar que a aprendizagem de uma 
forma em geral, na profissão, não se resume em apenas dominar uma 
área, mas também passa a verificar a importância das informações tec-
nológicas das práticas como uma atividade econômica e social. 
É significativo gerar uma cultura de aprendizado contínuo 
dentro do departamento de manutenção, gerando o aumento de 
troca de conhecimentos entre os profissionais da equipe, o desen-
volvimento de reuniões de compartilhamento de experiências, a 
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inserção de programas de mentoria e o encorajamento à procura 
de novos conhecimentos e habilidades pelos operadores.
Segundo Adriano (2011) relata que o treinamento nada mais é 
que: “a educação profissional que visa a adaptar o homem ao trabalho 
em determinada empresa, preparando-o adequadamente para o exercí-
cio de um cargo, podendo ser aplicado a todos os níveis de setores da 
empresa.” (ADRIANO, 2011, p. 8). O autor ainda descreve que:
É tido como um meio de desenvolver competências nas pessoas, para que 
se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de alcançar os ob-
jetivos da organização. Com base nos conceitos citados, pode-se dizer que 
aperfeiçoamento, capacitação, desenvolvimento e formação são os objetivos 
que o treinamento busca, os quais, por sua vez, devem estar embasados no 
objetivo maior da empresa, o que permitirá alcançar a eficiência de mão-de-
-obra envolvida no processo produtivo, administrativo e técnico da organiza-
ção. (ADRIANO, 2011, p. 8).
Contudo, é possível notar que o investimento na capacitação 
dos profissionais de manutenção fazem com que as empresas possam 
ampliar a qualidade e eficiência das operações de manutenção, minimi-
zando o tempo de inatividade dos equipamentos, gerando segurança no 
trabalho e otimizando os custos de manutenção.
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QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 01
(PETROBRAS — ENGENHEIRO DE SEGURANÇA JÚNIOR — CES-
GRANRIO — 2018)
Conforme requerido pela NR 12, MTE, os trabalhadores envolvidos 
em operações, manutenção, inspeção e demais intervenções em 
máquinas e equipamentos devem receber capacitação compatível 
com as suas funções, que aborde os riscos a que estão expostos e 
as medidas de proteção existentes e necessárias.
Considerando esse requerimento, tem-se que o(a)
a) conteúdo programático para essa capacitação deverá ser desenvolvi-
do pelo empregador, considerando os riscos identificados no ambiente 
de trabalho e a disponibilidade de recursos existentes na empresa.
b) conteúdo programático deverá conter informações sobre o sistema 
de bloqueio de funcionamento da máquina e equipamento durante ope-
rações de limpeza, lubrificação e manutenção.
c) capacitação deverá ocorrer imediatamente após o trabalhador com-
pletar um mês de operação do equipamento associado à sua função, 
quando, então, terá conhecimento dos controles desse equipamento.
d) capacitação deverá ser ministrada por profissionais qualificados para 
este fim, com supervisão de profissional legalmente habilitado, e o seu 
custo será de responsabilidade do trabalhador.
e) carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem 
suas atividades com segurança deverá ser distribuída ao longo da jor-
nada de trabalho ou em turnos extras, se necessário for.
QUESTÃO 02
(PETROBRAS — TÉCNICO DE MANUTENÇÃO JÚNIOR — CES-
GRANRIO — 2012)
O processo de manutenção preditiva:
a) apresenta menor custo de implantação quando comparado à manu-
tenção preventiva.
b) faz uso de intervenções previamente agendadas, existindo uma pro-
gramação de parada preestabelecida
c) exige um grande almoxarifado de peças, seguindo o plano de manu-
tenção previamente definido pelo fabricante do equipamento.
d) necessita de profissionais mais capacitados nas técnicas de monito-
ramento que na manutenção corretiva.
e) pressupõe a ocorrência de intervenções sempre que há um sinal de 
falha.
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QUESTÃO 03
(AL GO — TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO — IADES — 
2019)
A operação e manutenção de máquinas e equipamentos deve ser 
sempre realizada por trabalhadores devidamente habilitados, qualifi-
cados e capacitados. Com relação ao tópico Capacitação, contido na 
Norma Regulamentadora n° 12 (NR-12), assinale a alternativa correta.
a) A capacitação do empregado deve ser providenciada por iniciativa 
própria e fora do horário de trabalho.
b) A capacitação deve ocorrer logo que o trabalhador assuma a respec-
tiva função, para que aprenda a operar a máquina de forma gradativa.
c) A capacitação deve ser realizada sem ônus para o trabalhador.
d) O material didático utilizado no treinamento e fornecido aos partici-
pantes deve estar em linguagem adequada, e não é necessário guardá-
-lo para fiscalização.
e) O processo de reciclagem da capacitação do trabalhador é determi-
nado e decidido a critério do empregador, não havendo parâmetros na 
norma para esse tema.
QUESTÃO 04
(DEPASA AC — ENGENHEIRO MECÂNICO — IBADE — 2019)
"A estrutura física e lógica do PCM é influenciada diretamente pelo 
tamanho da empresa, pela área de atuação da manutenção e pela 
quantidade de ativos à disposição da manutenção. Não existe uma 
norma definida para padronizar a estrutura de PCM de uma empre-
sa, geralmente essa estrutura é definidade acordo com a demanda 
e com padrões internos definidos pela empresa." Extraído do site: 
www.engeteles.com.br/pcm-descomplicado/
Sobre o PCM - Planejamento e Controle de Manutenção, pode-se 
dizer que NÃO condiz com tal atividade:
a) garantir e elevar a confiabilidade e disponibilidade dos ativos, garan-
tindo a produtividade de todos os recursos da manutenção.
b) controlar a documentação Técnica da Manutenção e coordenar o 
programa de Análise de Falhas.
c) responsabilizar-se pelos projetos de manutenibilidade da manutenção 
e controlar os Padrões e Procedimentos de Trabalho da Manutenção.
d) definir as melhores estratégias para alocar os principais recursos do 
setor de manutenção, que são: mão de obra, tempo e dinheiro.
e) ser indiferente aos procedimentos de segurança para realização das 
atividades e à descrição detalhada dos planos de manutenção.
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QUESTÃO 05
(COPEL — ENGENHEIRO MECÂNICO JÚNIOR — NC UFPR — 2019)
Em busca de competitividade e excelência operacional, a manu-
tenção assume cada vez mais uma função estratégica nas organi-
zações. Como ela é a responsável direta pela disponibilidade dos 
ativos, acaba tendo uma importância capital nos resultados da em-
presa, sendo eles tão melhores quanto mais eficaz for a gestão 
da manutenção industrial. Em relação aos principais conceitos de 
manutenção, é INCORRETO afirmar:
a) A manutenção não programada é efetuada após a recepção de uma 
informação relacionada ao estado de um item.
b) A manutenção preventiva é a que permite garantir uma qualidade de 
serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de 
análise, utilizando-se meios de supervisão centralizados ou de amostra-
gem, para diminuir ao mínimo a manutenção corretiva. 
c) O reparo é parte da manutenção corretiva, na qual são efetuadas ações 
de manutenção efetiva sobre o item, excluindo-se os atrasos técnicos. 
d) O tempo de manutenção efetiva é parte do tempo de manutenção 
durante o qual uma ação de manutenção é efetuada em um item, tanto 
automática quanto manualmente, excluindo-se os atrasos logísticos.
e) A análise de modos de pane e seus efeitos (FMEA) é um método qua-
litativo de análise de confiabilidade que envolve o estudo dos modos de 
pane que podem existir para cada subitem e a determinação dos efeitos 
de cada modo de pane sobre os outros subitens.
TREINO INÉDITO
Existe uma ferramenta importante como aplicação de ação para 
organização do departamento. De acordo com Ramos (2012), essa 
ferramenta busca “o bem não só da empresa, mas também dos 
seus recursos humanos, que se sentirão motivados, contribuindo 
assim para uma maior produtividade, na medida em que são incen-
tivados a colaborar diretamente no processo produtivo, apontando 
novas soluções e técnicas que melhorem os processos, reduzindo 
os desperdícios.”. Estamos falando de
a) Kaizen.
b) Seiri.
c) Seiton.
d) Seiso.
e) Seiketsu.
QUESTÃO DISSERTATIVA 
Segundo Ramos (2012), o programa 5S se desenvolveu com base em 
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cinco palavras japonesas: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Ain-
da segundo o autor, essas palavras possuem significado para a orga-
nização, tais como: Seiri – organização e utilização; Seiton – ordena-
ção e arrumação; Seiso – limpeza; Seiketsu – padronização e higiene; 
Shitsuke – autodisciplina. Visto a importância do 5S, escolha três para 
descrever suas características principais.
NA MÍDIA
Quando se pensa em como organizar um departamento de manutenção e 
ainda reduzir os custos, a princípio, essa parece ser uma tarefa desafiado-
ra. No entanto, com planejamento e estratégia, é possível realizar a gestão 
da manutenção, que, consequentemente, irá ajudar a diminuir as despesas 
de sua empresa. Para se ter ideia, de acordo com documento da Associa-
ção Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos, na indústria, cerca de 
5% do faturamento bruto de uma empresa é gasto com manutenção. Já 
nos hospitais, a gestão de manutenção tem ainda mais importância, mas 
também gera despesas elevadas para a administração da instituição de 
saúde a fim de garantir que as operações não sejam interrompidas por 
falhas em equipamentos ou instalações. Os gastos com manutenção e as-
sistência técnica hospitalar cresceram 15,6% entre 2013 e 2014, segundo 
o relatório da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP). Para 
promover os melhores serviços de manutenção nas empresas, por meio 
de técnicas preventivas, preditivas e corretivas, os gestores devem investir 
na estruturação do setor de manutenção. Assim, é possível prevenir gastos 
desnecessários, erros e desperdícios de recursos, monitorar a qualidade 
dos processos, manter a produtividade da equipe, garantir a disponibilida-
de e a confiabilidade de equipamentos e instalações.
Título: Como organizar um departamento de manutenção e ainda redu-
zir custos?
Data de publicação: 23 jul. 2020
Fonte: https://tdgibrasil.com/como-organizar-um-departamento-de-ma-
nutencao/
NA PRÁTICA
Os modelos desenvolvidos para a gestão da manutenção são diversos, 
por exemplo: Total Productive Maintenance (TPM), Reliability-Centered 
Maintenance (RCM), Condition Based Maintenance (CBM), Computeri-
zed Maintenance Management Systems (CMMS), Effectiveness Centered 
Maintenance (ECM), Strategic Maintenance Management (SMM) e Risk 
Based Maintenance (RBM) (GARG; DESHMUKH, 2006). A manutenção 
produtiva total (TPM) implica o envolvimento de toda a organização na 
otimização do processo produtivo, desde a alta gerência até os operários 
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que trabalham no chão de fábrica, em busca de melhoria contínua da 
capacidade produtiva, da motivação das pessoas, do funcionamento dos 
equipamentos e da qualidade. A manutenção centrada em confiabilidade 
(RCM) foi desenvolvida por Stanley Nowlan e Howard Heap, ambos da 
United Airlines, em 1978, a partir da necessidade de aumento da confiabi-
lidade das aeronaves civis americanas (SIQUEIRA, 2005). Também cha-
mada de manutenção baseada na confiabilidade (MBC), procura avaliar 
as consequências das falhas em termos gerais visando elevar a disponi-
bilidade associada à redução dos custos e dos tempos de reparo das má-
quinas e equipamentos. A metodologia RBM (manutenção baseada no 
risco) tem por objetivo otimizar as tarefas de manutenção, mantendo um 
elevado nível de disponibilidade dos equipamentos. Isso é conseguido 
por meio de um estudo de todos os possíveis modos de falha, o que de-
termina uma estimativa realista do nível de risco associado a cada modo 
de falha e o desenho de uma estratégia de manutenção que minimize a 
ocorrência dos modos de falha de alto risco.
Título: Diagnóstico da gestão da manutenção em indústrias de médio e 
grande porte da região metropolitana de Recife
Data de publicação: 23 jun. 2013
Fonte: https://www.scielo.br/j/prod/a/McBjtFWgVn7ywnvqSLmGpC-
N/?lang=pt
PARA SABER MAIS
Título: Diagnóstico da gestão da manutenção em indústrias de médio e 
grande porte da região metropolitana de Recife. 2013. 
Disponível em: https://www.scielo.br/j/prod/a/McBjtFWgVn7ywnvqSLm-
GpCN/?lang=pt. Acesso em: 24 maio 2023.
Título: Estrutura organizacional da manutenção. 2010. 
Disponível em: https://www.osetoreletrico.com.br/wp-content/
uploads/2010/06/Ed53_fasc_Manutencao_industrial_cap6.pdf. Acesso 
em: 23 maio 2023.
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Neste capítulo serão apresentados os principais pontos para 
um bom planejamento, controle e confiabilidade da manutenção, con-
siderados como aspectos críticos para garantir a eficiência e a eficácia 
das atividades de manutenção. 
A partir deste capítulo, também serão observados o planeja-
mento e controle

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