Buscar

ELEMENTOS DA ICONOGRAFIA DE RORAIMA VOL 01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

01
ELEMENTOS DA ICONOGRAFIA DE RORAIMA
VOL. 01
E
L
E
M
E
N
T
O
S
 D
A
 I
C
O
N
O
G
R
A
F
IA
 D
E
 R
O
R
A
IM
A
V
O
L
. 
0
1
2
0
0
4
Foto da capa: Jorge Macêdo
Local: Cachoeirinha, Baixo do Rio Branco 
Design e Concepção do Catálogo: Lars Diederichsen e Angélica Aoki
Julho de 2004
ÍNDICE
Ficha Técnica 01
Apresentação 02
Depoimento - Lars Diederichsen 03
Metodologia 04
Depoimento - Grupo de Trabalho 05
Estrutura das Páginas 07
Roraima – Regiões de atuação 08
BOA VISTA 09
Forte São Joaquim – Rio Branco 10
Traçado Urbano de Boa Vista 11
Parque Anauá 12
Monumento ao Garimpeiro - Portal do Milênio 13
Prelazia 14
Igreja São Sebastião 15
Antiga Residência do Coronel Bento Brasil 16
Réplica da Casa da Intendência 17
Beiral 18
SAVANA 19
Monte Roraima 20
Flora 21
Orquídeas 22
Buritizal 23
Frutos 24
Fauna 25
Cavalos Lavradeiros 26
Acessórios para Montaria - Selas 27
Ferro para marcar gado 28
Pedra do Ereu ou Pedra do Esconderijo 29
Furna da Onça - Pedra da Gata 30
Pedra Pintada 31
Pedra do Pereira 32
FLORESTA 33
Paisagens 34
Embarcações 35
Arquitetura 36
Frutos 37
Flora 38
Tartaruga 39
Borboleta 40
Aves 41
Fauna 42
Cestaria Ribeirinha 43
Jóias da Floresta 44
ÍCONES 46
BIBLIOGRAFIA 70
Entidades integrantes do Conselho Deliberativo Estadual
Agência de Desenvolvimento da Amazônia – ADA
Agência de Fomento do Estado de Roraima – AFERR
Banco da Amazônia SA. - BASA
Banco do Brasil SA.
Caixa Econômica Federal – CEF
Federação da Agricultura do Estado de Roraima – FAERR
Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Roraima - FACIR
Federação das Indústrias do Estado de Roraima – FIER
Federação do Comércio do Estado de Roraima – FECOR
Instituto Euvaldo Lodi - IEL
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico - SEDE
Universidade Federal de Roraima – UFRR
Presidente do Conselho Deliberativo Estadual
João Batista de Melo Menê
Diretor Superintendente
Armando Freire Ladeira
Diretor de Estratégias e Operação
Alberto de Almeida Costa
Diretor de Atendimento ao Cliente
Paulo Vasconcelos
Gerência Geral
Pedro de Jesus Cerino
Gerente da Unidade de Desenvolvimento Local e Setorial
Rodrigo Silveira da Rosa
Responsável pelo Projeto de Artesanato 
Rozani Elizabet Menezes A. S.
Equipe Técnica
Amanda Rosas de Oliveira – Supervisora do Projeto Artesanato
Giselle Brito de Carvalho – consultora do via design Senai / Sebrae
Emerson Melo – ASCOM – Sebrae-RR
Marcione Soeiro Moraes – Projeto Cara Brasileira
Sandra Helena M. N. Ferreira – Projeto Artesanato
Suely Garcia Thomé – Projeto Artesanato
Rozani Elizabet Menezes A. S. – Consultora Artesanato 
Colaboradores
Albina Lana Fernandes de Oliveira - NIDA / SENAI / SEBRAE-RR 
Adriano José Nascimento da Silva – Transportes / SEBRAE-RR
Amazonas Brasil – Pró Roraima
Ana Sibelônia S. Veras – ISEDE / DETUR
Anderson Burg – Consultor 
Andréa Resende – Arquiteta 
Atila de Azevedo Alves – Artesão
Cássia C. Caliari – Agrônoma
Elena Campo Fioretti – FEMAC / MIRR
Emerson de Lima Melo – ASCOM – Sebrae-RR
Edinilson da Silva – Coordenador Área – Setor Madeiro Mobiliário / SENAI-RR
Eliakin Rufino – Cantor / Compositor / Poeta 
George S. B. Junior – PAR / SETRABES
Gladys M. de Souza Oliveira – Projeto Crescer – Prefeitura de Boa Vista
Iram Cunha da Silva – Corpo de Bombeiros – Artesão
Irmânio Sarmento de Magalhães – Lojista - Artesão 
José de Ribamar Pinto Garcia - Transportes / SEBRAE-RR
Ladinilson Carvalho – Presidente da Sociedade Orquidofila de Roraima
Magnólia G. Quirino – Designer – Projeto Crescer – Prefeitura de Boa Vista
Maria do Perpétuo Barbosa – SEAM / IAB-RR
Nadson Nei S. de Souza – CEFET 
Ovídio Augusto da Silva - Transportes / SEBRAE-RR
Ricardo Nogueira- Cantor / Compositor
Rio Branco Brasil – Consultor
Rogério Jansen Berardineli – Tecnologia SEBRAE-RR
Vandré Fonseca do Nascimento – Repórter
Fotografia
Lars Diederichsen
Jorge Macêdo
Rozani Elizabet Menezes A. S.
Textos
Amazonas Brasil
Lars Diederichsen
Consultoria
Lars Diederichsen
Design e Concepção
Lars Diederichsen
Angélica Aoki
SEBRAE RR - SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE RORAIMA
01
APRESENTAÇÃO
Roraima, um Estado novo, no extremo norte do Brasil – onde 
começa o país, imerso em lendas e mitos, traduz nas características 
étnicas e culturais do seu povo, a brasilidade.
O retrato dos seus habitantes, traz como moldura a beleza e 
a riqueza das paisagens naturais, de uma luminosidade radiante do 
clima tropical, por onde passa a linha do equador.
Há muito que descobrir em Roraima, lugares inexplorados e 
desabitados, onde a natureza reina plenamente. 
Nesse cenário, o incontido interesse em desvendar e referenciar 
os elementos mais representativos e identitários de Roraima – a cara 
roraimense, torna-se a cada dia mais premente.
Daí a nossa iniciativa em produzir o “Catálogo da Iconografia 
do Estado de Roraima”, no qual buscamos a representação mais 
fidedigna, marcante e significativa do viver e das tradições locais, 
senão dizer da cultura roraimense.
Resultante de um grande levantamento de dados e informações, 
pesquisas bibliográficas, visitas a locais turísticos, órgãos públicos e 
privados, viagens de campo a diferentes regiões do Estado, registros 
fotográficos, realização de entrevistas, workshops, etc, os ícones 
selecionados e contemplados no Catálogo, retratam dentre os tantos 
valores desta terra, as artes, manifestações folclóricas e religiosas, 
arquitetura, flora, fauna, artefatos e utensílios e, cada um tem nele, a 
sua história evidenciada.
Mais do que uma exposição de ícones, também é o nosso 
propósito a utilização e/ou aplicabilidade desses ícones pelos mais 
diversos setores produtivos deste Estado, alvo do nosso apoio, 
sobretudo, por artesãos locais. Intencionamos que diante dessa 
iniciativa, possam estar apresentando produtos com identidade, 
com valor cultural agregado, estando à frente no mercado com 
um diferencial competitivo, o que favorece a captação, geração e 
promoção de negócios em âmbito nacional e internacional.
Por fim, cabe ressaltar que um trabalho de tamanha magnitude 
e importância, não seria possível sem a participação efetiva de 
pessoas empenhadas, dedicadas e verdadeiros amantes de 
Roraima, que com os seus conhecimentos nas mais diversas 
áreas – design, história, jornalismo, educação, sociologia, 
antropologia, arquitetura, artes, cultura - contribuíram de 
forma relevante nas várias fases do projeto e tornaram 
possível a concretização deste tão almejado produto. A eles 
os nossos mais sinceros agradecimentos.
Presidente do Conselho Deliberativo Estadual
João Batista de Melo Menê
02
resultado deste acervo servirá, e muito, para fortalecer a identidade 
regional e agregar valor ao artesanato local.
Desejo muito que a pesquisa realizada faça parte da vida de 
muitas pessoas, adultos e crianças, e que estas possam aprender a 
olhar de uma forma diferente tudo que está ao nosso redor. Desejo, 
também que os ícones sejam aplicados por arquitetos, urbanistas, 
paisagistas e artistas-plásticos, em construções, praças, produtos e 
obras de arte. Somente assim, estes ícones farão parte do dia a dia 
dos roraimenses e dos demais cidadãos brasileiros e estrangeiros.
Obrigado ao Sebrae por ter acreditado no meu profissionalismo, 
em espacial a Rozani e a Giselle, também ao Amazonas Brasil e 
Jorge Macêdo, sem os quais a qualidade deste trabalho não seria 
alcançada.
Lars Diederichsen
Elaborar um Catálogo da iconografia de um estado é uma 
viagem ao âmago da identidade regional. 
Nesta viagem devem embarcar conhecedores da arte, da 
cultura, da história, enfim, uma equipe multidisciplinar onde o 
designer tem a função de dirigir os trabalhos e apresentar ao público 
a metodologia de aplicação dos ícones escolhidos. Os resultados 
não são somente os íconespropriamente ditos, mas sim a forma 
de olharmos nosso entorno, traduzindo as imagens em elementos 
cheios de significado.
Coordenar este projeto foi, para mim uma experiência 
inesquecível. Primeiro pelas viagens através de 
um estado ainda desconhecido pela maioria 
dos brasileiros, onde tive a 
oportunidade de sentir a cruviana 
dormindo numa rede embaixo de 
um mangueiral, e principalmente 
pelo carinho das pessoas 
envolvidas no projeto, 
que mostraram com 
a sua dedicação 
e empenho o firme 
interesse em fortalecer 
a cultura do estado. 
Tive a oportunidade, 
também, de participar de 
oficinas para artesãos 
m u l t i p l i c a d o r e s , 
onde percebi que o 
03
Este Catálogo tem como objetivo identificar, tratar e 
disponibilizar os elementos mais representativos da iconografia do 
Estado de Roraima, compreendidos como os elementos visuais os 
signos e códigos pictóricos próprios da cultura local, encontradas nas 
artes, na arquitetura, nas paisagens, nos artefatos, na fauna, flora, no 
folclore e nas tradições populares.
Embora este acervo tenha como público alvo os artesãos, 
permitirá a utilização e aplicação por qualquer indivíduo envolvido 
com o processo criativo, para fazer uso de mais uma ferramenta 
que, além de agregar um alto conteúdo visual, estará participando na 
criação de uma identidade regional.
Um ícone, para ser reconhecido, precisa fazer parte do 
repertório comum, e o seu significado deverá fazer parte do repertório 
do observador. Um ícone, portanto, somente existirá se ele for 
reconhecido pela força da sua imagem e de seu significado, e neste 
caso pela estreita ligação com a cultura do Estado Roraima.
A busca por ícones regionais levou a equipe de trabalho à 
divisão do Estado em três regiões com características geográficas 
diferentes. Cada região tem as suas características próprias, não 
somente pelos aspectos naturais, mas também pela expressão 
cultural de suas populações. Em cada região foram identificados os 
ícones mais representativos da flora, fauna, arquitetura, tradições 
populares, paisagens, enfim, de todas as manifestações culturais 
significativas do Estado de Roraima.
METODOLOGIA
Os ícones identificados e apresentados neste acervo, 
foram visualizados através de belas fotografias e de sugestões 
gráficas, todas acompanhadas de textos com seus significados e 
informações.
O resultado é uma publicação ilustrada que servirá como 
ferramenta para o fortalecimento, não somente da cultura local, 
mas também da educação, como livro de referência, da economia, 
agregando valor aos produtos roraimenses, e dos aspectos 
humanos, fortalecendo a nossa auto-estima e evidenciando os 
nossos patrimônios culturais e humanos.
Este é o primeiro Catálogo e terá 
continuidade com o estudo sobre a 
Iconografia Indígena. A divisão em 
dois volumes foi uma decisão 
do grupo de trabalho, que 
percebeu a necessidade 
da aplicação de uma 
metodologia específica 
e uma participação 
ativa de todas as 
c o m u n i d a d e s 
indígenas do estado 
de Roraima.
04
Artesãos, artistas, designers, arquitetos, profissionais que lidam com artes gráficas e moda, através deste 
Catálogo, podem compreender o caminho que se percorre para alcançar um Ícone e ao mesmo tempo, podem 
conhecer seus significados e aplicá-los conscientemente.
Os exemplos de aplicação dos ícones para o artesanato que o Catálogo apresenta, foram elaborados para 
que percebamos como, através da criatividade e técnicas individuais, podemos chegar a diferentes resultados. Os 
ícones são sínteses das impressões coletivas de uma região, já sua aplicação refletirá o individuo, a pluralidade, a 
riqueza da diversificação e a força da matéria prima.
Participar de tão valioso estudo, junto a uma equipe tão dedicada me fez conhecer e amar ainda mais 
Roraima.
Giselle Brito de Carvalho - Gestora Rede Roraima Design
A importância deste trabalho está na revitalização cultural de Roraima, um Estado, do qual é constituído 
por várias regiões, resultado de uma História mesclada e incrementada pela influência do folclore nordestino, da 
tradição sulista, e do artesanato indígena.
Este documento registrado com imagens, realizado pelo SEBRAE, promove um legado para uma pesquisa 
contundente e atualizada. Um material iconográfico verdadeiro, driblando com a individualidade de conceitos e 
valorizando a contextualização da comunidade. 
Lola Quirino – designer
A Iconografia de Roraima será uma importante 
ferramenta para orientar a arte e a criação 
objetivando valorizar e difundir os traços 
culturais de Roraima.
Jorge Macêdo - fotógrafo
05
Vem de longe a luta para melhorar a qualidade de nosso artesanato. Ícones, temos à mão-cheia. Seja nos 
murais rupestres seculares, nas fachadas de nossas casas ou na arquitetura ribeirinha, nas selas e arreios de 
nossos vaqueiros garbosos em sua montaria. Enfim, em tudo aquilo que a cultura Roraimense produziu e ainda 
produz. Faltava, entretanto, a pesquisa credenciada pela técnica, para selecioná-los. Eis que o SEBRAE supre essa 
lacuna. E o resultado é um Catálogo farto em qualidade e beleza.
Amazonas Brasil – jornalista e historiador
Sempre gostei de ouvir histórias, e bem contá-las também não deixa de ser uma arte. Mas fazer parte delas é ainda 
mais emocionante. É isso que o Sebrae nos proporcionou com o esforço de criar o Catálogo da Iconografia do Estado 
de Roraima: participar do resgate e registro de imagens que poderão servir de identidade para novas histórias...
Cássia Cristine Caliari - agrônoma
A realização deste trabalho significa mostrar através de nossos ícones “imagens” que Roraima tem identidade, 
tem história...
Rozani Elizabete Menezes A.S. - consultora de artesanato
O lançamento do Catálogo da Iconografia é um marco na história de Roraima.
Vindo prescindido de um sentimento maior que é o resgate da nossa cultura, o respeito pela nossa história 
e a busca incessante da nossa identidade; que assim ficará defendida com todas suas letras, sendo também 
providencial para nós artistas, artesão e todos os envolvidos nesse processo de afirmação cultural.
Gostaria de deixar aqui registrado toda minha emoção no que diz respeito a este trabalho, pois ele me remete 
a milhares de anos quando meus ancestrais pintaram à mão nas gigantescas pedras de granito no meio deste 
lavrado que um dia foi mar.
Tenho certeza que era isso que queriam, que fossem lembrados de alguma forma.
Quero parabenizar o SEBRAE por esta grande idealização e todas as pessoas que contribuíram de forma 
direta e indireta nesta empreita.
 Irmânio Sarmento de Magalhães - artesão
06
12
ESTRUTURA DAS PÁGINAS
O popular “beiral”, no bairro Caetano Filho à margem 
do Rio Branco, é a representação típica da arquitetura ribeirinha.
Suas casas de madeira em forma de palafita, 
trazem quase sempre, um balcão ao estilo da arquitetura franco-
espanhola.
BEIRAL
BOA VISTA
SAVANA
FLORESTA
imagens
ícone
título e texto sobre
o tema
número do ícone
número da página
cor - conforme região
07
01
01
01
01
RORAIMA
REGIÕES DE ATUAÇÃO
BOA VISTA
SAVANA - ao centro Campos Gerais ou 
Lavrados; ao norte Campos Serranos e floresta 
típica
FLORESTA - ao sul florestas de planícies, 
ao oeste florestas serranas
Há um pouco de Brasil em cada chão de Roraima. 
Aqui o quadro que resulta do convívio social, tem muito do 
Nordeste, do Centro-Oeste, do Sul e também do Norte.
Roraima tem suas peculiaridades: é por exemplo, o 
estado de maior população indígena; tem uma das maiores 
reservas minerais do país; tem no Monte Roraima, uma 
fronteira tríplice entre Brasil, Guiana e Venezuela. 
Se dividirmos Roraima em três patamares, vamos 
encontrar ecossistemas distintos e bem definidos, no 
denominado Planalto das Guianas, que de sul a norte, 
apresenta-se como se fosse uma escada com vários 
degraus.
Ao Sul, a planície típica da Amazônia Brasileira, 
de baixa altitude, florestas densas com árvores de 
grande porte, rioscaudalosos, cujas margens alagadiças 
formam os chamados Igapós, ricos em recursos naturais, 
abundantes em caça e pesca. É o Baixo Rio Branco. Ali 
mora o ribeirinho, vivendo de extrativismo e artesanato 
que, graças a intervenção cuidadosa de orientadores do 
Sebrae, começa a adquirir nova qualidade, sem perder as 
características culturais daquele povo da floresta.
Mais a Leste, sempre abaixo do Equador, próximo 
do Estado do Amazonas, estão os índios Wamiri-Atroari. E 
a Oeste, nos limites do Pará, encontram-se os Wai-Wai.
Na área intermediária está o peneplano, cuja 
altitude não ultrapassa os 200 metros, e abriga os 
chamados Lavrados, que constituem savanas propícias 
ao criatório bovino e eqüino.
Nos lavrados roraimenses vivem os famosos 
lavradeiros, poeticamente chamados de Cavalos 
Selvagens. São campos naturais ornados de lagos, 
igarapés e buritizais em filas, além do velho Caimbé que 
resiste a tudo, inclusive ao fogo predatório que invade as 
serras azuis.
Bastam as primeiras chuvas e tudo renasce, 
ornando a paisagem de verde, flores e frutos; cajueiros e 
mangueiras são a prova de que “nela se plantando tudo 
dá”.
A zona superior assume duas características: ao 
Norte, campos cercados de matas típicas e montanhas 
como o Monte Roraima, berço e altar de Macunaíma, e o 
Caburaí onde fica o ponto Extremo Setentrional do Brasil; 
seus rios principais são o Cotingo, Mau, Surumu e Uailã, 
em cujos vales situam-se as etnias Macuxi, Wapixana, 
Taurepang, Ingaricó e Patamona; o subsolo é rico em 
minérios, ouro e pedras preciosas.
Ao Oeste, as montanhas dominam a paisagem 
composta de rios caudalosos, como por exemplo, o 
Uraricoera; e matas de grande porte, além de imensos 
recursos naturais da fauna, flora e subsolo, onde está 
situado o Parque Yanomami e as várias outras etnias 
indígenas, como Maiongong e Xiriana.
08
C:20 M:0 Y:60 K:30 C:38 M:100 Y:90 K:05C:56 M:37 Y:20 K:0 C:06 M:86 Y:85 K:0 C:05 M:30 Y:40 K:0C:47 M:40 Y:43 K:05
Boa Vista foi o primeiro povoado caracteristicamente 
urbano de Roraima. No século XIX, quando inúmeras 
fazendas se formaram ao longo do Rio Branco, teve início 
um pequeno povoado chamado de Freguesia de Nossa 
Senhora do Carmo. O Governador do Amazonas Augusto 
Ximeno de Villeroy elevou a vila em 09 de julho de 1890 à 
categoria de Município de Boa Vista do Rio Branco. Mais 
tarde, tornou-se capital do Território Federal, moderna a 
partir de seu núcleo central em forma de leque.
Situada a pouco mais de dois graus acima da 
Linha do Equador, à margem direita do Rio Branco, é 
totalmente envolvida pelos lavrados roraimenses e ao 
início da noite, em época de verão, que caracteriza a 
ausência das chuvas, recebe a carícia dos ventos alísios, 
oriundos do Caribe, tornando agradável o convívio de sua 
gente.
Sua população é formada por indígenas de 
diferentes etnias, imigrantes de vários estados e alguns 
estrangeiros. Essa diversidade de culturas a torna mais 
atraente.
09
BOA VISTA
01
Construído entre 1875 e 1878 para garantir as conquistas 
territoriais brasileiras na chamada Guiana Brasileira. Localizado 
à margem esquerda do Rio Tacutu no encontro com o Rio 
Uraricoera.
O Forte de São Joaquim, além de cumprir a missão de 
guardião das fronteiras, é o principal marco de integração e 
colonização do vale do Rio Branco.
FORTE SÃO JOAQUIM
O Rio Branco é formado pela união dos rios Uraricoera e 
Tacutu, em frente ao sítio onde foi erguido o Forte São Joaquim, 30 
km acima de Boa Vista.
Quem denominou este rio de “Branco” foi o português Pedro 
Teixeira em sua expedição, em 1639, mudando o antigo nome 
indígena de Quecoene. O Rio Branco tem uma extensão de 584 km 
até sua desembocadura no Rio Negro.
(fotos Jorge Macêdo)
RIO BRANCO
10
02
O traçado urbanístico de Boa Vista é radial, em forma de 
leque, com ruas e avenidas amplas e planas, seguindo para o 
Centro Cívico, com belos monumentos e suave plasticidade 
que mais parecem uma mão aberta acolhendo a todos que 
nela chegam, emprestando de alguma forma suas valiosas 
colaborações.
Este traçado planejado se deve ao engenheiro Darci 
Aleixo Deregusson e ao capitão Ene Garces, primeiro 
governador do então Território Federal de Roraima, inspirado 
em Belo Horizonte e Paris.
(fotos Jorge Macêdo)
TRAÇADO URBANO DE BOA VISTA
11
03
03
PARQUE ANAUÁ
Construído em 1982 no centro urbano de Boa Vista, 
capital do antigo Território Federal de Roraima, o Parque Anauá 
ocupa uma área de 60 hectares, tornando-o um dos maiores 
parques de lazer comunitário do Brasil.
O parque possui anfiteatro, forródromo em forma de 
estrela, galeria de artes, escola de música, museu, lago natural, 
fonte luminosa, lanchonetes, pistas para aeromodelismo, 
motocross, skate, kartódromo, ginásio poliesportivo entre outras 
atrações.
(fotos Jorge Macêdo)
12
04
MONUMENTO AO GARIMPEIRO
Monumento que marcou a passagem para a entrada do ano 2000, 
de autoria do Arquiteto Maruem Haten, construído pelo Prefeito Ottomar 
de Souza Pinto na Praça das Águas, na Avenida Ene Garcez.
(fotos Jorge Macêdo)
PORTAL DO MILÊNIO
Inicialmente foram as “tropas de resgates e descimentos” responsáveis pela ocupação e 
conseqüente colonização do Vale do Rio Branco.
Vencida a primeira fase, vieram os militares para o Forte São Joaquim, e com eles, seus 
familiares, parentes e amigos. Começam a pecuária, modesta, reflexos da audácia de Lobo Almada 
ao fundar a Fazenda São Bento, que mais tarde, juntas com São Joaquim e São Marco, formariam as 
Fazendas do Rei.
Com a criação da Freguesia de Boa Vista e a expansão da pecuária, começa a efetiva ocupação 
do Rio Branco. Na década de 30 do século passado, começa a forte migração de nordestinos, fruto da 
cobiça em busca do Eldorado, representado pela descoberta e exploração dos garimpos do Cotingo, 
Mau, Serra Verde e Tepequém.
Boa Vista cresce, surgem novas vilas, a pecuária se consolida e o velho Rio Branco, aliado 
as colônias agrícolas, vira Território Federal e dá os primeiros passos em direção ao que hoje nos 
orgulhamos de chamar Estado de Roraima.
Projetado por Francisco Hesmezano e situado na Praça do Centro Cívico, o Monumento ao 
Garimpeiro representa um homem garimpando em exaltação à época áurea do milagre do ouro e 
diamante. É uma homenagem a todos aqueles que contribuíram para o desenvolvimento da região.
13
05
06
A Prelazia de Boa Vista representa um marco histórico, arquitetônico e cultural da 
cidade. Iniciado em 1924 pelos monges Beneditinos para ser um hospital, transformou-
se inicialmente em residência Episcopal e, em 1943 com o recém criado Território do Rio 
Branco, funcionou como sede administrativa do governo.
Em estilo neoclássico, de linhas puras, constitui hoje valiosa construção histórica de 
Boa Vista.
(fotos Lars Diederichsen)
PRELAZIA
14
07
08
IGREJA SÃO SEBASTIÃO
Concluída pelas irmãs Cecília e Francisca, filhas de Guilhermina de 
Holanda Bessa que chegou ao Rio Branco em 1883 e, anos depois, iniciou 
sua construção.
A igreja de São Sebastião é “fruto da graça recebida por promessa feita 
ao Santo Guerreiro”.
Inaugurada no dia 20 de janeiro de 1924, edificada em pleno lavrado, 
pois Boa Vista terminava na atual Av. Getulio Vargas, a igrejinha até hoje é 
monumento da fé e patrimônio histórico de Boa Vista.
(fotos Lars Diederichsen)
15
09
10
Com estilo neoclássico preservado até hoje, a 
residência da artista plástica Petita Brasil, construída 
pelo seu avô Coronel Bento Brasil no fim do século XIX, 
caracteriza a influência cultural francesa à época da 
colonização.
(fotos Lars Diederichsen)
ANTIGA RESIDÊNCIA DO CORONEL BENTO 
BRASIL
16
11
Casa da Intendência do então Município do Rio Branco, depois Roraima, hoje 
Estado. O original foi demolido no inicio da década de 40 quando o município foi 
promovido a território.
(fotos Lars Diederichsen)
RÉPLICA DA CASA DA INTENDÊNCIA
17
12
O popular “beiral”, no bairro Caetano Filho à margem do Rio 
Branco, é a representação típica da arquitetura ribeirinha.Suas casas de madeira em forma de palafita, trazem quase 
sempre, um balcão ao estilo da arquitetura franco-espanhola.
(fotos Lars Diederichsen)
BEIRAL
18
C:03 M:40 Y:86 K:0 C:22 M:87 Y:65 K:10C:15 M:92 Y:96 K:04 C:40 M:53 Y:0 K:0 C:74 M:45 Y:0 K:0C:0 M:62 Y:75 K:0 C:20 M:0 Y:60 K:20
Compondo o peneplano roraimense, numa altitude 
máxima de 200 metros, as savanas, conhecidas como 
Lavrados Roraimenses, ocupam uma área de cerca de 
40.000 km2, equivalente a pouco mais de 16% da área 
total do estado. (fonte: Homem Ambiente e Ecologia no Estado de 
Roraima, Reinaldo Imbrózio Barbosa, pág. 406).
Ornada por lagos naturais, igarapés e milhares 
de buritizeiros, com predominância do caimbé, compõe 
com as serras um panorama tropical de muito sol, vento 
e magia. 
Descoberta por Lobo D’Almada no começo do 
século XVIII, habitada inicialmente pela civilização aruak 
e p’mon, os Campos Gerais de Roraima são propícios à 
agropecuária e hoje com destaque para a soja e arroz, 
entre outros.
A savana divide-se ao centro nos Campos Gerais 
ou Lavrados e ao norte nos Campos Serranos e florestas 
típicas.
19
SAVANA
13
MONTE RORAIMA
A lenda do Monte Roraima
Conta a lenda dos Macuxi, que no passado, não havia ali nenhuma elevação, nenhum planalto, as terras 
ali eram baixas, alagadiças, próprias para capivaras e aves aquáticas. Nas vizinhanças viviam diversas tribos 
indígenas. A vida era paradisíaca. Muita caça, muita pesca, muitos frutos. O arco, a flecha e a sarabatana 
garantiam a fartura.
Certo dia porém, sem que os pajés pudessem explicar, nasceu nesse local, uma viçosa PARURU 
(bananeira), planta nunca vista naquelas pastagens. Em pouco tempo a árvore cresceu assustadoramente 
dando belos e incríveis frutos. Todos ficaram estarrecidos, mas um aviso divino aos pajés proibiu que se tocasse 
na árvore ou nos seus frutos, alegando que se tratava de um ser sagrado. Se essas recomendações fossem 
desobedecidas, infinitas desgraças aconteceriam, e a terra tomaria forma diferente. Ninguém ousava tocá-los, 
eram sagrados e PAABA (deus) não gostaria de ver sua determinação desrespeitada. Ao alvorecer de um belo 
dia, as populações indígenas foram tomadas por indescritível surpresa: alguém havia cortado criminosamente 
a bananeira e roubado o cacho precioso, cujas bananas estavam amareladas qual ouro do Quinô. Em poucos 
instantes a natureza protestou violentamente. Enquanto isto acontecia, desabava uma pesada chuva, e do centro 
da Terra começava a surgir, espetacularmente, o Majestoso Monte Roraima, alteando-se cada vez mais, de 
modo assustador, ostentando um formoso diadema de nuvens, que até hoje lhe orna a fronde altaneira. E através 
dos tempos, a natureza continua mostrando sua tristeza que é eterna e se consubstancia em perenes gotas 
d’água que vertem das pedras, das fissuras, das ravinas como se fossem lágrimas sentidas.
Deste monte tão imponente, de 2875 metros de altitude, foi escolhido o nome para batizar esta terra tão 
altaneira, que é “RORAIMA”, que em língua p’mon significa monte verde. 
(fotos Jorge Macêdo)
20
14
14
FLORA
teus ventos
chamados gerais
sucam as serras
afagam buritizais
com mãos ligeiras
levantam poeiras
e das pedras pintadas
respeitam os murais
Amazonas Brasil
(fotos Lars Diederichsen e Jorge Macêdo)
21
15
Do reino vegetal, destaca-se em Roraima a família das 
orquídeas representada por mais de 450 espécies. 
Destacam-se entre essas a Cattleya Violaceae como 
a mais comum e de maior apelo atrativo pela sua beleza e 
variedades.
Várias espécies só ocorrem no Estado de Roraima, 
como é o caso do Cyrtopodium Roraimense que apresenta 
haste floral de até um metro com dezenas de flores de 3 
centímetros em tom amarelo esverdeado.
(fotos Jorge Macêdo, foto central cedida por Ladinilson Carvalho)
ORQUÍDEAS
22
16
17
BURITIZAL
Muitas são as flores que ornam os campos de Roraima e muitas 
também são as suas variedades, tanto na chamada terra firme como nas 
serras, baixadas, lagos e igarapés. O muriru destaca-se pela beleza de sua 
flor e benefícios que traz na purificação da água, dela retirando até metais 
pesados, protegendo as ovas dos peixes e servindo de alimentos para os 
alevinos.
(fotos Jorge Macêdo e Lars Diederichsen)
23
18
FRUTOS
Roraima, imersa no mundo amazônico, só poderia encaixar-se no 
complexo exuberante de frutas exóticas que despertam grande atenção pelos 
paladares saborosos e inigualáveis. Valendo destacar: o cupuaçu, biribá, buriti, 
açaí, bacaba, caju, pupunha, tucumã, graviola, cacau manga e muitas outras.
(fotos Jorge Macêdo)
24
19
FAUNA
Nos Campos Gerais do Rio Branco moram tatus, jabutis, veados 
campeiros, pacas, cutias, cobras e muitas outras espécies como o camaleão, 
o pássaro maçarico e o tamanduá bandeira, ícones da fauna da savana. Nos 
Campos Serranos encontramos animais de pequeno e grande porte, domésticos 
como o gado bovino, búfalos, eqüinos, ovinos e caprinos.
(fotos Jorge Macêdo)
25
20
CAVALOS LAVRADEIROS
Admite-se, como hipótese mais provável, que os cavalos lavradeiros descendem de 
animais introduzidos por colonizadores espanhóis e/ou portugueses há mais de 200 anos 
e que pertencem ao mesmo tronco das raças Andaluz e Garrano ou Minho. 
Originalmente deveriam existir de 2 a 3 mil exemplares do cavalo lavradeiro e 
atualmente, incluindo os mestiços, é possível que esse número não ultrapasse 1500. De 
concreto, sabe-se que na Colônia Agrícola São Marcos, em Alto do Maruai, em Roraima, 
existem mais ou menos 300 animais. (fonte Embrapa)
(fotos Jorge Macêdo)
eu sou cavalo selvagem
não sei o peso da sela
não tenho freio nos beiços
nem cabresto
nem marca de ferro quente
não tenho crina cortada
não sou bicho de curral
eu sou cavalo selvagem
meu pasto é o campo sem fim
para mim não existe cerca
sigo somente o capim
eu sou cavalo selvagem
selvagem é minha alegria
de ser livre noite e dia
selvagem é só apelido
meu nome é mesmo cavalo
cavalo solto no pasto
veloz carreira que faço
lavrado todo atravesso
caminhos no campo eu traço
eu corro livre galope
transformo galope em verso
trecho da poesia Cavalo Selvagem,
de Eliakin Rufino
26
21
21 22
Fruto da habilidade e criatividade dos vaqueiros roraimenses, as 
selas e arreios para suas montarias, são ornadas com desenhos e formas 
inspirados na flora da savana, tradição de pai para filho e até hoje mantida, 
através de exímios artesãos, que com ferramentas rudimentares bordam 
o couro e trançam os arreios usados com garbo e imponência em suas 
montarias.
(fotos Lars Diederichsen)
ACESSÓRIOS PARA MONTARIA - SELAS
27
23
24
Gado sem marca é gado sem dono, o que caracteriza a propriedade é a marca 
do ferro a brasa, representando as iniciais ou a simbologia preferida do fazendeiro, 
mas que toma forma pelas mãos hábeis do ferreiro-artesão.
(fotos Lars Diederichsen)
FERRO PARA MARCAR GADO
28
25
Situada no baixo Ereu, conhecida como região do Amajari, a Pedra do Ereu compõe um 
conjunto de mais de oitenta sítios arqueológicos, principalmente pinturas rupestres, espalhadas 
pelos lavrados roraimenses. Poucos estudos foram feitos, mas presume-se que pertençam à 
mesma tradição cultural da fase Rupununi, anterior ao contato europeu, por um grupo caçador-
coletor-pescador e provavelmente de origem Macuxi ou Talipang. (fonte Pedro Augusto Mentz Ribeiro, Ana 
Lucia Machado, Vera Lucia Calandrini G., 1985).
(fotos Lars Diederichsen)
PEDRA DO EREU OU PEDRA DO ESCONDERIJO
29
26
Compondo um conjunto de pedras rupestres do 
Ereu, embora sem inscrições, a Furna da Onça é uma 
das pedras mais expressivas da região, não só pela 
beleza e grandiosidade de suas formas, mas também pelo 
mistério que inspira, pois difícil é entender os seus talhos 
e reentrâncias, certamente trabalhados milenarmente pelo 
vento e pela água.
FURNA DA ONÇA
Compondo o terceiro conjunto de pedras do Ereu, a Pedra da 
Gata destaca-se pela nitidez de suas inscrições.
(fotos Lars Diederichsen)
PEDRA DA GATA
30
27
PEDRA PINTADA
A mais famosa das pedraspintadas de Roraima, com cerca de 60 metros de diâmetro e 30 a 40 metros de altura, 
situada dentro da área indígena de São Marcos, recebe o nome que lhe da fama: Pedra Pintada. Situada no Vale do Parime 
a aproximadamente 130 km de Boa Vista, a Pedra Pintada traz os maiores murais ornados de uma simbologia que inspira 
mistério e transcendência, que resiste até hoje às ações do tempo. Suas pinturas são de um vermelho “urucum” que destaca 
aos olhos, tendo-se a nítida impressão que as inscrições brotam do âmago da pedra. Além dos murais, na parte intermediária, 
num patamar diminuto e repousando sobre três pedras menores, está o dólmen, um disco de aproximadamente 40 centímetros 
de espessura e 1,5 metros de diâmetro. Segundo a tradição dos índios era um altar de sacrifícios e oferendas ao deus Tupã.
Os motivos dominantes nas pinturas são os abstratos 
lineares retilíneos, combinados e curvilíneos, e poucos signos 
representativos naturalistas e esquematizados biomorfos. 
Muitas das pinturas foram feitas com ajuda de artifícios como 
escadas e andaimes em virtude da altura onde se encontram, 
que chega a mais de 10 metros.
Junto das pinturas foram encontrados fragmentos de 
cerâmica e alguns fragmentos de vidro e urnas funerárias.
(fotos Lars Diederichsen)
31
28
29
PEDRA DO PEREIRA
Partindo-se da Pedra Pintada em direção 
ao nascente, a uma distância de mais ou menos 
6 km, está a Pedra do Pereira, ornada por 
inscrições também misteriosas, de frente para o 
sol da manhã está um podium natural, compondo 
um espetacular anfiteatro, certamente palco de 
cerimônias religiosas e oferendas.
Seguramente foi um local para grandes 
eventos que envolviam músicas e danças, 
conhecidas como Parixara, do povo indígena 
que habita ate hoje o Vale do Parime.
(fotos Lars Diederichsen)
32
C:0 M:20 Y:90 K:0 C:100 M:40 Y:0 K:0C:85 M:08 Y:0 K:0 C:78 M:18 Y:100 K:05 C:25 M:05 Y:93 K:0C:0 M:96 Y:100 K:0 C:0 M:0 Y:20 K:60
Cerca de 85% do território de Roraima e coberto 
por florestas tipicamente amazônicas.
Ao sul as florestas baixas ou de planícies, 
caracterizados pelas áreas alagadiças, rios, lagos e 
igarapés.
Ao extremo norte e ao noroeste do estado 
encontramos as florestas serranas, que a partir dos 600 
metros de altitude se levantam até as montanhas.
Encontramos nas florestas vários ícones 
característicos como as embarcações e casas dos 
ribeirinhos, que se integram harmoniosamente ao meio-
ambiente.
A flora exuberante retrata todas as variações da 
cor verde e a fauna que se manifesta nas revoadas das 
aves da região, entre tantas outras belezas tipicamente 
amazônicas.
33
FLORESTA
30
“...Narciso acha feio o que não é espelho...”.
Antes da criação do vidro e do cristal a natureza nos oferecia, e oferece ainda, o espelho d’água, nele refletindo 
tudo que e há de belo na Amazônia, como o belo molongo, as impressionantes formações de nuvens e as sossegadas 
vilas ribeirinhas.
(fotos Lars Diederichsen e Rozani Elizabet Menezes A. S.)
PAISAGENS
34
31
32
EMBARCAÇÕES
Os barcos são o único meio de 
transporte para os ribeirinhos. É fácil 
encontrar desde pequenas embarcações 
com as chamadas panacaricas, que 
oferecem abrigo contra o sol e a chuva, 
até os chamados recreios, construídos 
artesanalmente também em madeira, são 
verdadeiras obras de arte da construção 
naval. Uma das características principais 
das embarcações do Baixo Rio Branco são 
as proas arredondadas, semelhantes as 
embarcações dos primeiros desbravadores 
da região.
(fotos Jorge Macêdo e Lars Diederichsen)
35
33
33
As moradias típicas do Baixo Rio Branco refletem a harmonia do homem com a natureza: 
quando as águas do rio sobem, as casas flutuam como se fossem barcos e os moradores usam 
a canoa como meio de transporte; na época da seca erguem-se majestosas sobre palafitas, 
construídas todas em madeira e ornadas por beirais com desenhos criativos, como o exemplo do 
beiral em Sacai. 
(fotos Jorge Macêdo e Lars Diederichsen)
ARQUITETURA
36
34
35
FRUTOS
Roraima produz, no pico de oferta, 70% de toda a banana 
prata comercializada nas feiras livres da cidade de Manaus. No 
período de baixa, a oferta cai para 40%.
Caroebe, Rorainópolis e São João Baliza foram os municípios 
que mais se destacaram, com quase 70% da produção do estado.
A fibra da bananeira está sendo transformada em papel 
artesanal.
(fotos Jorge Macêdo e Lars Diederichsen)
37
37
36
As helicônias representam o grupo americano 
mais próximo, em relação de parentesco, das bananeiras 
cultivadas originárias da Ásia. São aproximadamente 140 
espécies, quase todas do continente americano. No Brasil 
até o momento são conhecidas apenas 45 espécies, todas 
elas das regiões tropicais e subtropicais e conhecidas 
popularmente como “caetés” ou “bananeira-do-mato”. 
(fotos Jorge Macêdo e Lars Diederichsen)
 FLORA
38
38
No Baixo Rio Branco, é possível encontrar tartarugas 
e tracajás desovando nas praias. Nos últimos anos 
órgãos governamentais vem desenvolvendo projetos 
de preservação das tartarugas, protegendo os ovos e 
devolvendo os quelônios ao rio.
(fotos Jorge Macêdo)
TARTARUGA
39
39
40
Revoada de borboletas no Baixo Rio Branco: um espetáculo 
multicolorido.
(fotos Jorge Macêdo)
BORBOLETAS
40
41
41AVES
Mutum, ave que habita as florestas, 
principalmente próximo aos rios e igarapés.
Na época reprodutiva, o macho oferece 
alimento à fêmea e, depois de formado, o casal 
não mais se separa.
Os tucanos pertencem ao gênero 
Ramphastos que compreende 41 espécies 
diferentes. É através do bico que se diferenciam 
o macho e a fêmea: o do macho é menor e 
curvo com a parte superior terminando de 
modo menos brusco. É também mais estreito 
e mais comprido
(fotos Jorge Macêdo)
41
42
43
FAUNA
Na bacia do Rio Branco encontramos uma grande fartura de 
peixes, alimento de toda a população ribeirinha. Entre os principais 
peixes estão o pacu, tucunaré, surubim, matrinxã, pirararas, 
tambaqui, acara, mandi, cachorra, piranha, traíra, piraíbas, aruanã 
e muitas outras espécies. 
Nas Florestas tropicais amazônicas encontramos animais 
como onça, anta, caititu, jacaré, gato maracajá, lontra, veado, 
macacos e uma variedade enorme de cobras.
(fotos Jorge Macêdo)
42
44
As principais características do ribeirinho são a paciência e contemplação. Isso resulta na observação da natureza, 
fonte de inspiração de seu artesanato, principalmente nos cestos ou urutus, tupes, peneiras e o paneiro. A técnica é indígena 
e os trançados representam escamas (pirera em língua geral, mistura entre a língua cabocla e indígena) como a do peixe 
(piramiri pirera), pirarucu (pirarucu pirera) e pele de jacaré (jacaré putia). A cestaria é confeccionada principalmente em 
arumã e recebe tingimentos naturais de urucum, lacre e fuligem; a resina do cumati serve como fixador.
(fotos Lars Diederichsen)
CESTARIA RIBEIRINHA
43
45
Anéis, brincos, colares, pulseiras...são coleções feitas a partir dos produtos 
da floresta, elaborados inicialmente somente a mão, hoje com a ajuda de algumas 
ferramentas, por habilidosos artesãos do Baixo Rio Branco, que expressam na sua arte 
os ícones da região.
É nesse pedaço pobre da selva amazônica de pouco mais de 40 mil quilômetros 
quadrados que os ribeirinhos estão descobrindo no artesanato uma forma sustentável 
de geração de renda.
(fotos Lars Diederichsen)
JÓIAS DA FLORESTA
44
01
02
Região: Boa Vista
Ícone: Forte São Joaquim
 vista superior
Região: Boa Vista
Ícone: Traçado urbano de Boa Vista
 vista superior em forma de leque
46
03
04
Região: Boa Vista
Ícone: Parque Anauá
 vista superior da praça de quiosques
Região: Boa Vista
Ícone: Monumento ao Garimpeiro
 situado na Praça do Centro Cívico
47
05
06
Região: Boa Vista
Ícone: Prelazia
 detalhe ornamento da fachada
Região: Boa Vista
Ícone: Prelazia
 detalhe ornamento da porta
48
08
07
Região: Boa Vista
Ícone: Igreja São Sebastião
 detalhe ornamento da porta
Região: Boa Vista
Ícone: Igreja SãoSebastião
 detalhe ornamento da janela
49
09
10
Região: Boa Vista
Ícone: Antiga Residência do Coronel Bento 
 Brasil
 detalhe ornamento da fachada
Região: Boa Vista
Ícone: Antiga Residência do Coronel Bento 
 Brasil
 detalhe ornamento da fachada
50
11
12
Região: Boa Vista
Ícone: Réplica da Casa da Intendência 
 detalhe ornamento da porta
Região: Boa Vista
Ícone: Beiral
 perfil arquitetônico
51
13
14
Região: Savana
Ícone: Monte Roraima
 perfil
Região: Savana
Ícone: Flora
 
52
15
16
Região: Savana
Ícone: Buritizal
 
Região: Savana
Ícone: Orquídea
 
53
17
18
Região: Savana
Ícone: Muriru
Região: Savana
Ícone: Bromélia
 vista superior
54
19
20
Região: Savana
Ícone: Tamanduá
 
Região: Savana
Ícone: Cavalos Lavradeiros 
55
21
22
Região: Savana
Ícone: Sela
 desenhos e formas inspirados na flora 
 da savana
Região: Savana
Ícone: Sela
 desenhos e formas inspirados na flora 
 da savana
56
23
24
Região: Savana
Ícone: Ferro de marcar gado
 iniciais ou a simbologia escolhida pelo 
 fazendeiro
Região: Savana
Ícone: Ferro de marcar gado
 iniciais ou a simbologia escolhida pelo 
 fazendeiro
57
25
26
Região: Savana
Ícone: Arqueologia
 
Região: Savana
Ícone: Arqueologia
 
58
27
28
Região: Savana
Ícone: Arqueologia
Região: Savana
Ícone: Arqueologia
59
29
30
Região: Savana
Ícone: Arqueologia
Região: Floresta
Ícone: Espelho d`água
 
60
31
32
Região: Floresta
Ícone: Embarcações
 vista lateral
Região: Floresta
Ícone: Embarcações
 vista superior
61
33
34
Região: Floresta
Ícone: Arquitetura
 detalhe ornamento do beiral
Região: Floresta
Ícone: Açaí
 
62
35
36
Região: Floresta
Ícone: Banana
 
Região: Floresta
Ícone: Mangará
 
63
37
38
Região: Floresta
Ícone: Helicônia
 
Região: Floresta
Ícone: Tartaruga
 
64
39
40
Região: Floresta
Ícone: Borboleta
 
Região: Floresta
Ícone: Borboleta
 detalhe desenho da asa
65
41
42
Região: Floresta
Ícone: Tucano
 
Região: Floresta
Ícone: Cobra
 detalhe desenho da pele
66
43
44
Região: Floresta
Ícone: Onça
 detalhe desenho da pele
Região: Floresta
Ícone: Cestaria Ribeirinha
 
67
45
Região: Floresta
Ícone: Jóias da Floresta
 representação de uma flor
68
- Artesanato Indígena de Roraima, PAR – Programa do Artesanato de Roraima
- BARBOSA, Reinaldo Imbrozio, Efrem Jorge Gondim Ferreira, Eloy Guillermo Castellón. Homem, ambiente e ecologia no estado de 
Roraima, INPA, Manaus, 1997 
- BRASIL, Amazonas. Berço Histórico de Boa Vista, 1996
- BRASIL, Amazonas. Potencial Turístico do Estado de Roraima
- BRASIL, Amazonas. Roraima, ligeiras anotações sobre a história política e econômica a partir do século XVII.
- BRASIL, Cecy Lya. Histórias, Lendas e Mitos, Boa Vista RR, SEBRAE, 1996
- CHEVALIER, Jean.Gheerbrant, Alain. Dicionário dos Símbolos, J.Olimpio, RJ, 1988
- FREITAS, Aimbere. Geografia e História de Roraima, Boa Vista, DL, 2000
- Isto É, edição 1788, artigo “Jóias da Floresta” 
- Mestres de Ofícios de Minas Gerais. Resgate cultural do artesanato mineiro, BH, SEBRAE, 2003
- Revista do Cepa, FISC-APESC, Vol. 13 No. 16, 1986
- ROMANO, Olavo. Mestres Minas Ofícios Gerais. Resgate cultural do artesanato mineiro, Araxás BH, SEBRAE, 2001
- SILVA, João Batista da. Orquídeas Nativas da Amazônia Brasileira, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, 1998
- STEVENSON, Roland. Uma luz dos Mistérios Amazônicos
- www.roraima.8M.com
BIBLIOGRAFIA
70

Continue navegando