Prévia do material em texto
Jennifer Klabunde – Periodontia Aula 11- Lesão de Furca: diagnóstico e tratamento 1 DOENÇA PERIODONTAL Doença periodontal (principalmente sua manifestação pela periodontite) pode gerar lesão de furca devido à uma destruição tecidual. Sua progressão: Inicia com uma inflamação gengival que progredi rompe as estruturas dos tecidos ao redor do dente, ou seja, chega ao periodonto de sustentação formando bolsas que se não forem tratadas levam a perda do dente. LESÃO DE FURCA DEFINIÇÃO A progressão da doença periodontal inflamatória, se não tratada, acaba resultando em perda de inserção suficiente para afetar a bifurcação ou trifurcação de dentes multirradiculares. A furca é uma área de morfologia anatômica complexa que pode dificultar ou impossibilitar a limpeza por meio da instrumentação periodontal de rotina. Os métodos de higiene realizados pelo paciente em casa podem não ser capazes de manter a região de furca livre de placa. Porém, não significa que sempre terá que extrair CONCEITO Reabsorção patológica do osso no interior da furca: Molares superiores são mais frequentementes perdidos por razões periodontais (são mais complexos por apresentarem 3 raízes). A lesão de furca nos molares traz um desafio maior porque é a região tem uma anatomia complexa, é difícil muitas vezes raspar, a ponta da cureta não consegue chegar. A dificuldade de higienização é tanto para o profissional como para o paciente. A presença de lesão de furca dificulta a instrumentação periodontal e os procedimentos de higiene oral. A presença do envolvimento de furca é um achado clínico que pode levar a um diagnóstico de periodontite avançada e potencialmente a um prognóstico menos favorável para o dente ou dentes afetados. FATORES ETIOLÓGICOS O fator primário é a presença de placa bacteriana (biofilme bacteriano) e, consequentemente, a presença de inflamação local (resposta tecidual que leva produção de diversas citocinas e interleucinas). A extensão da perda de inserção necessária para produzir um envolvimento de furca é variável e está relacionada à: Fatores anatômicos locais (comprimento do tronco radicular, morfologia radicular) Anormalidades de desenvolvimento local (projeções cervicais de esmalte). ANORMALIDADES DE DESENVOLVIMENTO: CANAIS PULPARES ACESSÓRIOS Principalmente na região de teto de curca, e na região lateral da base da furca. Podem manter a infecção na região de furca, depois que é feito o tratamento endodôntico temos a resolução do problema. RESTAURAÇÃO EM DENTE S COM LESÃO DE BIFURCAÇÃO OU RESTAURAÇÃO EM EXCESSO Restaurações em execesso que são realizadas na região da furca ou Restaurações que são feitas após trepanação do dente afetando a área de furca. Jennifer Klabunde – Periodontia Aula 11- Lesão de Furca: diagnóstico e tratamento 2 PÉROLAS DE ESMALTE Relativamente comum, presença de formação de esmalte proximo a região de furca que favoreve o acúmulo de bacteria por não permitir a inserção de tecido conjuntivo (no local terá apenas epitélio juncional). Consequentemente, o epitélio juncional ali favorecerá a formação de uma bolsa. A bolsa periodontal nada mais é do que a migração apical do epitélio juncional. As pérolas de esmalte podem ser internas ou externas. A interna não tem relação com o comprometimento periodontal. As externas compostas que em alguns casos tem projeção do tecido pulpar depois que removemos precisa fazer o tratamento de canal. Sempre que for externa precisa remover porque ela é o fator causal da doença periodontal. FATORES ANATÔMICOS LOCAIS: PROJEÇÕES CERVICAIS DO ESMALTE (PCE) O esmalte está localizado na coroa, mas ele pode ir projetando para a região de furca. Nos molares a taxa é de 8.6 a 28.6%. Prevalência maior nos segundos molares superiores e inferiores. Atingindo principalmente as faces vestibulares. A maioria dos molares com PCE vai apresentar algum grau de envolvimento de furca. Estas projeções podem afetar a remoção da placa, dificultar a raspagem e o alisamento radicular e podem ser um fator local no desenvolvimento da gengivite e da periodontite Como não tem inserção do tecido periodontal sobre o esmalte temos que remover esse defeito para sanar o problema. FORMA RADICULAR A raiz mesial da maioria dos primeiros e segundos molares inferiores e a raiz mesiovestibular dos primeiros molares superiores normalmente são curvas em direção distal na região do terço apical. Além disso, o aspecto distal desta raiz é normalmente achatado. A curvatura e o achatamento podem aumentar a chance de perfuração radicular durante o tratamento endodôntico ou dificultar a colocação de um núcleo durante a restauração do dente. Para o tratamento de lesões de furca, pode ser necessário a realização do tratamento endodôntico e o uso de uma coroa e núcleo COMPRIMENTO DO TRONCO RADICULAR Este é um fator-chave tanto para o desenvolvimento quanto para o tratamento do envolvimento de furca. O tronco radicular pode ser longo ou curto. Os dentes podem possuir: Troncos radiculares bastante curtos Troncos radiculares com extensão moderada Ou raízes que podem apresentar-se fusionadas até próximo ao ápice dental. Quanto menor o tronco, menor a perda de inserção necessária para que a furca seja envolvida. Uma vez que a furca seja exposta, dentes com troncos radiculares curtos podem ser mais acessíveis aos procedimentos de manutenção, bem como podem facilitar a execução de determinados procedimentos cirúrgico. Ou seja, se o tronco radicular for curto quando atingir a região de furca significa que eu tenho mais chance de salvar o dente por conta da inserção que ainda tem de raiz. Por sua vez, dentes com tronco radiculares longos ou com raízes fusionadas podem não ser candidatos adequados ao tratamento uma vez que a furca seja afetada pela doença. Se o tronco radicular for longo quando atingir a furca o dente perde mais inserção. Se o tronco for longo a periodontite demora mais pra chegar na região de furca, mas quando chega a perda ósse é maior, o prognóstico é pior. Jennifer Klabunde – Periodontia Aula 11- Lesão de Furca: diagnóstico e tratamento 3 COMPRIMENTO RADICULAR O comprimento radicular está diretamente relacionado com a quantidade de inserção suportando o dente. Dentes com tronco radicular longo e raízes curtas podem ter perdido a maior parte do seu suporte no momento em que a furca tornou-se afetada. Dentes com raízes longas e tronco radicular curto a moderado mostram-se mais acessíveis ao tratamento, uma vez que há inserção remanescente suficiente para responder às demandas funcionais DIMENSÃO INTERRADICULAR Raízes muito próximas ou fusionadas podem impedir uma adequada instrumentação durante a raspagem, o alisamento radicular e a cirurgia. Ou seja, são mais dificéis de tratar. Raízes mais separadas facilita o tratamento, a raspagem é mais facil e também tem mais área de nutrição se eu quiser fazer um enxerto na região. Estas apresentam um maior número de opções terapêuticas, bem como maior facilidade de tratamento. Observações: A combinação entre envolvimento de furca + proximidade radicular com um dente adjacente representa o mesmo problema existente em furcas com separação radicular inadequada Risco de remoção do dente mais severamente afetado ou da remoção de uma ou mais raízes. TRAUMA OCLUSAL Diagnóstico: Mobilidade dental aumentada, áreas radiolucidas na radiografia, porém a lesão não consegue ser identificada por sondagem (existe perda óssea, mas não na área de furca) A lesão de furca pode não ser decorrente só da doença periodontal, mas ela pode ser potencializada pelo trauma oclusal. Após o ajuste oclusal o dente se estabilizara e os defeitos desaparecerãodentro de algumas semanas após a eliminação da sobrecarga oclusal que estava potencializando a perda óssea. COMPROMETIMENTO ENDODÔNTICO Lesões endoperiodontais Fazer o teste de sensibilidade porque podemos ter uma lesao endo perio. Se num exame o dente apresenta no raio x perda ossea na região de furca, mas não existe profundidade de sondagem temos que desconfiar da questão endodontica e segundo do aspecto oclusal. Sem o diagnóstico correto do fator etiológico não consigo criar um plano de tratamento eficaz. DIAGNÓSTICO A opção de tratamento escolhida para o tratamento de um dente com lesão de furca dependerá da profundidade da lesão. A partir do diagnóstico formularemos o Plano de tratamento, que dependerá: Presença e extensão do envolvimento de furca Nível de inserção com relação a furca Extensão e configuração do defeito de furca Como fazemos o diagnóstico? Sondagem transgengival – a partir da sondagem com a sonda de Nabers conseguimos identificar: Morfologia do dente Presença de defeito ósseo Anatomia do osso alveolar Posição do dente no arco (se está girovertido ou fora do plano oclusal): dependendo do posicionamento do dente no arco podemos ter uma dificuldade ou uma facilidade para realizar a sondagem Alterações dentárias (pérola de esmalte, PCE) Muitas vezes é necessario realizar a anestesia do paciente para conseguir observar esses detalhes porque a sondagem de furca não é simples. Objetivo da sondagem: Identificar e classificar a extensão do envolvimento de furca e identificar fatores que possam ter contribuído para o desenvolvimento do defeito, ou ainda que possam influenciar no resultado do tratamento. Como realizar? Na furca vestibular entramos com a sonda pela vestibular. Na furca interproximal entramos com a sonda pela lingual. CLASSIFICAÇÃO DA DESTRUIÇÃO HORIZONTAL Com a sondagem da lesão de furca definimos em: Grau I – perda horizontal não excedendo 1/3 da largura do dente: A sonda irá enroscar e prender dentro da lesão Grau II – perda horizontal excede 1/3 da largura do dente, mas não toda extensão: Não transpassa toda a largura do dente Grau III – destruição horizontal lado a lado Grau IV – semelhante ao grau III, porém com recessão gengival eu consigo ver a furca: Perda óssea + perda tecidual. DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO Com a radiografia devemos analisar: A localização do osso interproximal, bem como a altura óssea dentro do complexo radicular, deve ser examinada Inconsistências entre os achados da sondagem clínica e aqueles das radiográfias, pode ser devido a Jennifer Klabunde – Periodontia Aula 11- Lesão de Furca: diagnóstico e tratamento 4 sobreposição da raiz palatina e das estruturas ósseas remanescentes. Para diagnóstico de lesão de furca utilizamos duas radiograficas: Periapical: Importante para observar o comprimento radicular e observar a quantidade de raiz inserida no osso Interproximal: O mais importante, verifica a existencia de perda óssea na região de furca TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Objetivos: Facilitar a manutenção da higienização: promover ao pacientes condições para realizar uma higienizaçãoa dequada Estabelecimento de uma arquitetura óssea e tecidual saudável: Pois o tecido gengival acompanha o tecido ósseo Prevenir perda adicional de inserção: Se não tratar a lesão aumenta Fechar os defeitos de furca: Obejtivo principal e mais difícil De acordo com o grau de envolvimento terei uma terapia para ser feita. Graus de envolvimento menores de furca necessitará de tratamentos menos complexos e menos invasivos, e sua possibilidade de resolução é maior (prognóstico mais favorável). No Grau 1 podemos tratar o paciente apenas com RAR, ou plastica de furca associada a RAR. O Grau 2 pode ser quase um Grau 1 ou quase um Grau 3. Por isso, dependendo da complexidade do Grau 2 determinamos um tratamento mais conservador ou não. A técnica regenerativa é o enxerto ósseo (será visto na Integrada 2) O QUE CONSIDERAR PARA REALIZAR O TRATAMENTO? Grau de envolvimento do dente – quanto maior o grau de envolvimento menor é o prognóstico. Ex: grau 4, menor a chance de salvar o dente Moforlogia dos defeitos (a extensão da perda óssea) – É possivel de ser tratado? Qual sua extensão? Atinge outros dentes também? Proporção de coroa e raíz inserida no osso alveolar – dependendo da proporção é biomecanicamente inviável a manutenção do dente. A proporção precisa ser 1:1 Comprimento e morfologia das raízes (se estão fusionadas) – Dependendo do tipo de raiz a gente não consegue instrumentar de maneira adequada e nem o paciente consegue higienizar aquela região. Grau de divergência das raízes - raízes mais unidas traz dificuldades de acesso, raízes mais separadas traz mais facilidade para um tratamento mais favorável Mobilidade dentária – não é porque tem mobilidade que está condenado, no entanto, se após o tratamento inicial não reduzir a mobilidade, avalia-se o grau de mobilidade. Mobilidade em molar acende uma luz na cabeça, é um dente com 2 ou 3 inserções no osso, se ele está com mobilidade é porque tem um comprometimento severo. Posição do dente no arco e seu valor estratégico no plano de tratamento – avaliar caso a caso. Necessidades endodônticas e restauradoras – será que vale a pena tratar a furca se eu não tenho possibilidade de restaurar a coroa. Dependendo do grau de destruição do dente a gente não consegue intervir na região de furca. Condição periodontal dos dentes adjacentes – se outros dentes estiverem comprometidos as vezes é necessário indicar tratamento não tão conservadores. Qualidade de controle de placa promovido pelo paciente – Será que o paciente vai higienizar com o passa fio? Será que ele vai conseguir? Porque se não todo tratamento estar perdido. Ponderar pra ver se vale a pena salvar o dente ou não. Interesse e condição financeira do paciente – Se o paciente já vai fazer um tratamento reabilitador é interessante manter um dente que já tem o prognóstico desfavoravel?? Se o paciente tem condição financeira para remover e já por o implante quando tiver a indicação precisa. O implante deve ser utilizado para reabilitar áreas edentulas e não para reabilitar um processo patológico. Qualidade/quantidade óssea para colocação de implantes – algumas pessoas acham que quando o dente tem lesão de furca já deve extrair e por o implante porque quanto mais demora, mais se perde osso. No entanto a perda de osso estar relacionado a doença, se você tratar Jennifer Klabunde – Periodontia Aula 11- Lesão de Furca: diagnóstico e tratamento 5 a doença o paciente não vai perder osso. A qualidade e qauntidade de osso precisa ser ponderada pra sabermos se é suficiente para uma futura colocação de implante se necessário. Prognóstico a longo prazo – Quanto maior o grau de comprometimento menor será as chances de salvar o dente. TERAPIAS NÃO CIRÚRGICAS É basicamente a instrução de higiene + Raspagem e Alisamento Radicular. Para casos de grau I o tratamento não cirúrgico é efetivo dependendo da cooperação do paciente. Indicação: Associado a todas as terapias periodontais, no entanto somente no Grau I de lesão de furca podemos ter uma resolução do problema. Isso se deve à anatomia favorável para o controle da placa. Os graus II, III e IV não resolvem apenas com a terapia periodontal não cirúrgica. Com a terapia cirúrgica conseguimos redução da profundidade de sondagem, do índice de sangramento, evitar a perda de inserção depois de 2 anos após RAR. TERAPIAS CIRÚRGICAS PLASTIA DE FURCA Modalidade de tratamento ressectivo que pode levar a eliminação do defeito inter radicular. O tecido dentário é removido e a crista óssea alveolar é remodelada no nível da entrada da furca. Realiza uma cirurgia, descola o tecido e rebateo retalho total. Esse tratamento remodela a região de furca. Fazemos um desgaste da estrutura dentária propriamente dita porque é como se existisse um degrau entre o dente e a furca, então entramos com uma ponta diamantada e uma broca para regularizá. Remove principalmente o tecido dentário e podemos regularizar um pouco do tecido ósseo na região de furca. É um tratamento conservador para furca grau I e em alguns casos grau II, o envolvimento da furca tem que ser pequeno. Passo a passo: 1. Incisão 2. Descolamento da mucosa 3. Abre-se retalho 4. Com uma ponta diamantada alisamos a região de furca no dente 5. Desgastar até verificar que a sonda de narbers não enrosca mais na região (dessa forma não terá mais retenção de cálculo e biofilme na furca) Complicações Recontorno exagerado Hipersensibilidade radicular – pode-se desgastar muito e gerar sensibilidade, por isso sempre que fizer a plastia de furca tem que fazer o polimento e aplicação de flúor. TUNELIZAÇÃO OU RESSECÇÃO ÓSSEA Esse trataramento é feito para transformar furcas grau II e III em grau (classe) IV, isso melhora a condição de higiene para o paciente. Isso é feito apenas quando terapias conservadoras não deu certo. É um procedimento cirúrgico periodontal que cria acesso para limpeza e manutenção pelo paciente dentro da área de furca de um molar que tenha perda de inserção severa devido a doença periodontal. Cria um tunel entre as raizes porque a anatomia permite isso e assim o pc pode conseguir higienizar com uma escova interdental oi fio dental. Como realizar? Com uma ponta diamantada ou uma tronco cônica fazendo uma osteoplastia e uma osteotomia. Osteoplastia – refere-se a plastia óssea, sem remoção de tecido de suporte. Você só vai remodelar Osteotomia – inclui a remoção de tecido de suporte Devo considerar para a tunelização: Raizes mesial e distal divergentes Um tronco de raiz curta – significa que a inserção radicular é maior Suporte ósseo proximal Uma coroa pre cirurgica adequada: raiz, maior que 1:1 Minima mobilidade dentária ou nenhuma que não possa ser controlada por pequeno ajuste oclusal HEMISSECÇÃO RADICULAR Na hemissecção a coroa do dente é seccionada e uma raiz pode ou não ser removida. Usualmente indicada nos molares inferiores. Ex: num molar inferior está com a raiz mesial toda destruída, pode ser dar mais uma chance desse dente antes de partir para uma extração, pode-se seccionar a coroa bem na região da furca e transformar esse molar em dois “pré-molares”. Realizados principalmente em pacientes sem condição financeira. Já na ressecção temos secção e remoção de uma ou mais raízes de um dente multiradicular, normalmente o molar superior, sem comprometer a coroa. Ex: diferente do outro, remove-se uma ou duas das raízes, mas não corta a coroa Como realizar hemissecção radicular? Entra com a broca e separa o molar ao meio e ele fica como se fosse 2 pré molares. Faz o tratamento Jennifer Klabunde – Periodontia Aula 11- Lesão de Furca: diagnóstico e tratamento 6 endodontico e reabilita protéticamente. Isso cria o espaço para que o paciente possa higienizar. Devo considerar para a hemissecção: Altura do tronco radicular Divergência das raízes Comprimento e forma dos cones de raiz Fusão entre as raizes é contra indicação a separação Quantidade de suporte remanescente entre as raizes Estabilidade das raizes (mobilidade é indesejada na reavaliação) Acesso para dispositivo de higiene oral, anatomia que facilite a limpeza RESSECÇÃO RADICULAR Necessariamente precisa-se ter o tratamento endodôntico já realizado no dente em questão. Corta uma das raizes sem tocar na coroa. Leva em consideração a raiz que tem o maior comprometimento Mais comum: raiz distovestibular do primeiro molar superior porque a raiz palatina é a que tem maior inserção. Realiza-se o retalho total vestibular e palatino: visualização para instrumentação e cirurgia. Avalia oclusão Do ponto de vista biomecanico quando operamos o molar inferior que só tem duas raizes é melhor remover a raiz mesial porque se remover a distal durante a mastigacao teremos um movimento contra o elemento dentario, anti natural. Todo cantilever (apoio) voltado para região mesial tem um prognóstico melhor do ponto de vista biomecanico porque evita braço de alavanca. Essa relação é entre arcos e não somente com o dente vizinho, temos que ter uma estabilidade oclusal com o dente antagonista. Técnica: Após rebater o retalho total inicia a remoção de osso na vestibular na distovestibular com exposição de furca para instrumentação. Expondo a raiz faz secção oblíqua separando a raiz distal das raizes mesial e palatina do molar que já esta com tratamento endodontico realizado. Com alavancas apropriadas remove a raiz, faz o cortono final da ressecção removendo o tronco radicular para que o paciente consiga higienizar a área. Nessa região põe um material restaurador para selar (CIV, resina). Podemos fazer o cantilever da raiz distal no superior porque ele tem o suporte da raiz palatina. Qual raiz devo extrai? Não tem regra, tem que avaliar a que tem maior comprometimento e os fatores associados. CONSIDERAÇÕES ENDODÔNTICAS Possibilidade do tratamento endodôntico. Tato para a tunelização como ressecção é necessario fazer a endo Relação de proporção coroa raiz se é adequada Estabilidade oclusal O tratamento endodontico deve ser prévio a hemissecção ou ressecção A integridade da estrutura da raiz deve ser mantida Restauração direta antes da cirurgia – se a coroa não tiver restaurada e bem adequada a gengiva durante a cicatrização vai cobrir-la. Entao essa restauracao tem que está feita. EXODONTIA É uma possibilidade de tratamento. Indicado para pc que tenham alto comprometimento, classe III e IV, pc que não copera com higienização. Paciente sem controle de placa, alto nivel de cárie, problemas socioeconomicos. Sempre que possivel é bom postergar a exodontia, se tem duvida quanto ao prognostico do dente posterga, lemrando sempre do que é ideal e o que é viavel para o paciente. IMPLANTES É uma modalidade reabilitadora e não de tratamento. Para dentes que tem problemas avançados de lesão de furca conseguimos usar os implantes porque tem alto nivel de previsibilidade da osseointegração. É realizado uma avaliação cuidadosa do prognostico periodontal, endodôntico e restaurador. Se o pc perdeu o dente por lesão de furca, será que ele vai manter a higiene para não perder o implante que tem menos defesas que o dente. Sempre que possivel tentar manter o dente, o implante pode ser considerado, mas não é a primeira opção. Implante não é tratameto para doença periodontal nem lesão de furca. A ressecção radicular em pc com problemas de envolvimento de furca otimiza a longevidade do dente. Temos uma taxa de sobrevivencia variando de 40 a 100%. Por isso tirar e por implante não é a melhor alternativa. PROGNÓSTICO A grande maioria dos dentes perdidos durante a terapia periodontal de suporte são molares com envolvimetno de furca, onde a doença periodontal progrediu. Diagnostico detalhado – antes de condenar o dente Pacientes com boa higiene oral Sucesso na terapia nao cirurgico Procedimentos cirurgicos e restauradores cuidadosos