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PROCESSOS GRUPAIS – ARA1059 Prof.ª JANETE ALVES ARAUJO 2024.1 Tema 1: Bases Históricas, Epistemológicas e Conceituais Modulo:2 ✓ Distinção entre grupos psicológicos e agrupamentos ✓ Pilares dos estudos de processos grupais no século XX ✓ Revisão Distinção entre grupos psicológicos e agrupamentos A distinção entre grupos psicológicos e agrupamentos é pautada, em geral, na ideia de que autênticos grupos psicológicos são marcados por interações face a face e compartilhamento de interesses Distinção entre grupos psicológicos e agrupamentos Os agrupamentos podem envolver proximidade física, como em filas, ou vizinhanças, porém sem interações duradouras. Distinção entre grupos psicológicos e agrupamentos Agrupamentos podem se transformar em grupos psicológicos na medida em que indivíduos que não estão interagindo passam a fazê-lo em torno de algum projeto ou vínculo importante. Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Estudou medicina e biologia, tendo concluído seu doutorado em Berlim, em 1914. Ele foi mandado para lutar na primeira guerra mas foi dispensado por ter sido ferido. Em seu retorno, resolveu se dedicar a sua área de interesse, a Psicologia. Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Ligado ao gestaltismo, transplantou os conceitos dessa escola de pensamento para o estudo dos processos grupais. Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Gestalt é uma palavra alemã que significa “forma” ou “conjunto”. Logo, o gestaltismo alemão se refere a uma soma ou conjunto de elementos mentais, comportamentais ou sociais. Assim, Lewin propõe que um grupo, tal como uma melodia, é uma totalidade de interações e valores com propriedades que não estão presentes nos seus elementos de forma isolada. Pilares dos estudos de processos grupais no século XX O espaço vital ✓ Conceito importante na ciência dos grupos ✓ Representa graficamente o lugar e a dinâmica dos valores do pertencimento de um indivíduo aos grupos aos quais pertencia. ✓ Nessa representação gráfica da hierarquia dos valores dos grupos aos quais o indivíduo se sente vinculado, podem aparecer grupos, como: •Família •Amigos de infância •Colegas de trabalho •Relacionamentos afetivos Pilares dos estudos de processos grupais no século XX O espaço vital Em seus estudos sobre a dinâmica dos grupos, Lewin buscava constantemente esclarecer o espaço vital dos indivíduos, isto é, os diversos grupos com os quais alguém sente-se compartilhando valores e projetos existenciais. Pilares dos estudos de processos grupais no século XX O espaço vital Um espaço de vital na Teoria de Lewin contém o próprio indivíduo, os objetivos que ele busca (valência positiva) ou evita (valência negativa), as barreiras que restringem os movimentos do indivíduo e o caminho que ele deve seguir para alcançar seu objetivo. São as forças do ambiente que levam indivíduos diferentes a reagirem de forma diferente ao mesmo tipo de estimulo. A influência dessas forças sobre o indivíduo dependeria das próprias necessidades, atitudes, sentimentos e expectativas do mesmo. Questão 1 - Agrupamentos e grupos são geralmente confundidos pelo senso comum. No campo da psicologia social interessada nos processos grupais, esses termos têm significado distinto, apresentando dinâmicas e características, tais como: A) interações face a face entre indivíduos que compartilham valores e projetos (agrupamentos), e grandes massas que se organizam através do contágio emocional (grupo psicológico). B) personalidade semelhante (grupo psicológico), e não semelhantes (agrupamentos). C) agrupamentos podem ser compostos por muitas ou poucas pessoas, enquanto grupos psicológicos são compostos apenas por poucas pessoas. D) propensão ao comportamento violento (agrupamento); comportamento previsível e obediência a normas (grupo psicológico). E) quando grupos psicológicos possuem indivíduos que não estão interagindo, passam a chamar agrupamentos. Nesse caso, eles passam a interagir em torno de algum projeto ou vínculo. A alternativa E está correta. Quando grupos psicológicos possuem indivíduos que não estão interagindo, passam a chamar agrupamentos. Nesse caso, eles passam a interagir em torno de algum projeto ou vínculo. Um dos pilares dos estudos sobre processos grupais no século XX é a definição de grupo psicológico. É diferente de um conjunto de pessoas com proximidade física, como em uma fila de banco, que não estão vinculadas persistentemente. Porém, a situação muda se algo coloca essas pessoas em situação e divisão de interesses. Questão 2 - A noção de espaço vital, consagrada por Kurt Lewin dentro de sua pesquisa sobre preconceitos durante a década de 1930, envolve: A) a força implacável de fatores internos da personalidade que definem padrões de comportamento de difícil mudança. B) a dinâmica da personalidade derivada do pertencimento do indivíduo a diversos grupos sociais. C) o conflito entre grupos derivado da luta pela sobrevivência. D) as pulsões sexuais estabelecidas por Freud como fatores fundamentais no processo de socialização. E) a força determinante do meio externo sobre o comportamento social. A alternativa B está correta. A dinâmica da personalidade derivada do pertencimento do indivíduo a diversos grupos sociais. Representar graficamente o vínculo de cada indivíduo a diversos grupos sociais com o valor que cada grupo ocupa em todo momento é um aspecto fundamental para a psicologia social. Esse espaço pode representar e apresentar os vínculos sociais de uma pessoa e é denominado de espaço vital. Questão 2 - A noção de espaço vital, consagrada por Kurt Lewin dentro de sua pesquisa sobre preconceitos durante a década de 1930, envolve: A) a força implacável de fatores internos da personalidade que definem padrões de comportamento de difícil mudança. B) a dinâmica da personalidade derivada do pertencimento do indivíduo a diversos grupos sociais. C) o conflito entre grupos derivado da luta pela sobrevivência. D) as pulsões sexuais estabelecidas por Freud como fatores fundamentais no processo de socialização. E) a força determinante do meio externo sobre o comportamento social. Tema 1: Bases Históricas, Epistemológicas e Conceituais Modulo:3 ✓ Relações funcionais entre dois ou mais grupos ✓ Busca por equilíbrio entre obediência a regras e criatividade ✓ Revisão Relações funcionais entre dois ou mais grupos Grupo, adaptação e democracia À medida que as sociedades industriais se organizaram em instituições que demandam desempenho e aprimoramento das capacidades dos indivíduos, a necessidade de gerir sem inibir a iniciativa foi ampliada. Não por acaso, os Estados Unidos, nação com crescimento exponencial da indústria, dos meios de comunicação e da democracia, foram palco de eclosão de pesquisas sobre pré-disposições a agir, ou seja, atitudes e opinião pública. Relações funcionais entre dois ou mais grupos Grupo, adaptação e democracia Teorias sobre atitudes, opinião e comportamento intergrupal deram origem não somente a ideias, mas também a práticas de intervenção, sobretudo voltadas para a melhoria da comunicação e distribuição da gestão entre membros de uma corporação. Relações funcionais entre dois ou mais grupos Grupo, adaptação e democracia Pesquisa em dinâmica de grupo Nesse momento histórico, Kurt Lewin criou um centro de pesquisa para investigar esse conjunto de fenômenos, compreendidos como fundamentais para a consolidação de uma atmosfera democrática não somente na administração pública, mas também em escolas, lojas e locais de trabalho em geral. Relações funcionais entre dois ou mais grupos Grupo, adaptação e democracia Pesquisa em dinâmica de grupo ✓ Na proposta encaminhada pela pesquisa em dinâmica de grupo, as associações diversas existentes dentro de instituições podemser consideradas intermediárias entre o Estado e o indivíduo. ✓ Nessa posição intermediária, o grupo apresenta a função de equilibrar demandas por obediência, sem que essas demandas comprometam a capacidade dos grupos de serem livres e criativos. Relações funcionais entre dois ou mais grupos Busca por equilíbrio entre obediência a regras e criatividade ✓ Com relação à pesquisa de grupos no contexto da busca por equilíbrio entre obediência a regras e criatividade, nota-se um desnivelamento entre as duas esferas a partir da década de 1960. ✓ O entendimento dos processos grupais passa por transformações ✓ Esse desnivelamento dá proeminência à iniciativa individual e à criatividade entendida como adaptação a transformações extremamente velozes às quais o indivíduo é obrigado a estar atento. Grupo e empreendedorismo Relações funcionais entre dois ou mais grupos Busca por equilíbrio entre obediência a regras e criatividade ✓ Em vez de o grupo ser valorizado como lugar da convivência entre indivíduos ligados por vínculos não sanguíneos, ganha valor a noção de equipe como um módulo que pode ser montado por determinado tempo e desfeito rapidamente. Grupo e empreendedorismo Os indivíduos são incitados a descobrir seus recursos interiores e a desenvolvê-los a partir de fórmulas de autoajuda, nas quais o valor mais elevado é a iniciativa e o enfretamento de crises e riscos. Relações funcionais entre dois ou mais grupos Busca por equilíbrio entre obediência a regras e criatividade ✓ as pesquisas sobre processos grupais se voltarem para o tema do conflito e da competitividade, dentre os quais se destaca o experimento de Muzafer Sherif. ✓ Pré-adolescentes formaram grupos de modo artificial e foram incitados a competir. Pesquisas sobre processos grupais Relações funcionais entre dois ou mais grupos Busca por equilíbrio entre obediência a regras e criatividade ✓ A pesquisa de Sherif refletiu a atmosfera de uma época em que a empresa, o empreendimento, a iniciativa e a adaptação a crise tomaram à frente do equilíbrio entre obediência e liberdade buscado nas pesquisas de Kurt Lewin. Pesquisas sobre processos grupais Relações funcionais entre dois ou mais grupos Busca por equilíbrio entre obediência a regras e criatividade ✓ A pesquisa de Sherif refletiu a atmosfera de uma época em que a empresa, o empreendimento, a iniciativa e a adaptação a crise tomaram à frente do equilíbrio entre obediência e liberdade buscado nas pesquisas de Kurt Lewin. Pesquisas sobre processos grupais Questão 1- Os diversos grupos existentes dentro de instituições podem ser considerados associações intermediárias entre o Estado e o indivíduo. Nessa posição intermediária, o grupo apresenta a função de: A) equilibrar as necessidades por obediência, sem vincular a capacidade dos grupos de serem livres e criativos. B) tornar-se independente do Estado e da administração pública. C) vigiar os líderes, controlar seu modo de gerir e comunicar. D) acolher passivamente regras e ordens na medida em que se torna cada vez mais organizado. E) realizar operações e procedimentos que o Estado é incapaz de realizar. A alternativa A está correta. Quando as sociedades industriais se organizaram visando ao desempenho e aprimoramento das capacidades dos indivíduos, a necessidade de conduzir sem inibir a iniciativa dos indivíduos foi estendida. Teorias sobre atitudes, opinião e intergrupal foram desenvolvidas. Questão 2 Uma importante modificação na função dos grupos aparece por volta da década de 1960 no espaço da administração de empresas, envolvendo: A) a exigência de amparo do Estado em conjunto com a diminuição de força política de entidades representativas de trabalhadores. B) o papel atribuído às emoções como fonte de decisões precisas. C) o recurso a explicações biológicas sobre o funcionamento da motivação. D) a noção do “eu” como um conjunto de recursos internos que devem ser potencializados para que se acompanhe as transformações velozes implementadas pelo aumento da competitividade no campo do trabalho. E) o enrijecimento das normas institucionais que, ao final, impedem a iniciativa e a criatividade individual A alternativa D está correta. Ao longo do século XX, o grupo foi construído como uma instância intermediária entre o espaço individual e a administração pública, passível de ser manejada de acordo com as demandas institucionais, na medida em que as esferas privadas e públicas sofriam modificações. Slide 1 Slide 2 Slide 3: Distinção entre grupos psicológicos e agrupamentos Slide 4: Distinção entre grupos psicológicos e agrupamentos Slide 5: Distinção entre grupos psicológicos e agrupamentos Slide 6: Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Slide 7: Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Slide 8: Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Slide 9: Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Slide 10: Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Slide 11: Pilares dos estudos de processos grupais no século XX Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 19: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 20: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 21: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 22: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 23: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 24: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 25: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 26: Relações funcionais entre dois ou mais grupos Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30
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