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- É uma condição clínica rara. - Deficiência na secreção e/ou ação do PTH. - Efeitos ausentes do PTH no osso e nos rins resultando em hipocalcemia e hipofosfatemia. - Causas adquiridas: cirurgia da região cervical é a mais comum -> isquemia, remoção ou destruição da paratireoide durante o ato cirúrgico; comum em tireoidectomia por câncer da tireoide (confundir linfonodo com uma das paratireoides), Doença de Graves ou Bócio Multinodular. - Decorrem da excitabilidade neuromuscular, tanto da musculatura esquelética quanto miocárdica, decorrente da hipocalcemia. - Cãibras e parestesias (periférica e perioral). Giovanna Lopes - Casos mais graves: Tetania, espasmo carpopedal, laringoespasmo, convulsões e arritmias cardíacas. - Sinal de Trousseau: Inflando-se um esfigmomanômetro 20mmHg acima da pressão sistólica por 3 minutos. Observa-se a adução do polegar seguida de flexão das articulações metacarpofalangianas e flexão do punho. - Sinal de Chvostek: Percussão sobre o nervo facial em seu trajeto resultando na contração dos músculos faciais ipsilaterais e do lábio superior. - História e Exame Físico. - Hipocalcemia, hipofosfatemia na presença de função renal normal, PTH baixo ou indetectável (exceto na resistência -> pseudohipoparatireoidismo). - Albumina sérica (40% do cálcio + albumina): uma hipoalbuminemia reduz o cálcio em 0,8mg/dl para cada 1g/dl, mas o cálcio livre (cálcio iônico) está normal. A albumina é importante porque é a proteína carreadora mais importante; se ela der baixa, pode ser que tenhamos um falso resultado de cálcio. - 1,25(OH)2D3 é baixo ou normal, fosfatase alcalina normal, calciúria de 24 horas reduzida (no hiperparatireoidismo se encontra tão elevada que chega a dar nefrolitíase). - Distúrbios relacionados a vitamina D (hipocalcemia + hipofosfatemia): o Síntese cutânea deficiente (baixa exposição ao sol). o Ingestão baixa. o Absorção intestinal reduzida. o 25-hidroxilação hepática reduzida. o Metabolização hepática aumentada. o 1-a-hidroxilação renal baixa. o Osteomalácia oncogênica. - Síndrome da Fome Óssea (retirada rápida de cálcio dos ossos): o Pós-operatório de paratireoidectomia (HPTP) -> é necessário fazer reposição de cálcio enquanto o adenoma está sendo retirado para evitar. o Hipocalcemia e hipofosfatemia. - Distúrbios do Magnésio: o Hipomagnesemia (mal absorção, alcoolismo crônico, terapia com cisplatina, nutrição parenteral, uso de aminoglicosídeo) -> depleção de cálcio. - Resistência ao PTH. - Diminui a secreção. o Hipermagnesemia (gestantes com eclâmpsia em uso de sulfato de magnésio) -> depleção do cálcio. - Diminui a secreção. - Por isso é importante pedir o ionograma: cálcio, fósforo e magnésio. - Hiperfosfatemia: o Aguda: Rabdomiólise ou lise tumoral -> frequentemente na vigência de IRS por depósito de cálcio no osso e tecidos. o Crônica: IRC -> inibição do efluxo ósseo de cálcio e da absorção intestinal de cálcio por redução do calcitriol. - Pancreatite Aguda: o Resulta do sequestro de cálcio através da saponificação de ácidos graxos produzidos no retroperitôneo por ação das lipases pancreáticas. - Metástases: o Metástases osteoblásticas. o Câncer de mama e próstata. - Drogas. - Sepse e queimaduras. - Cirurgia. - Quimioterapia. - Crise hipocalcêmica (tetania, convulsões, laringoespasmo): o 10 a 20ml de gluconato de cálcio a 10% EV em 10 a 20 minutos (diluir em 50 a 100ml de soro glicosado a 5%) seguido de infusão lenta de cálcio 0,5 a 1,5mg/kg por hora EV. - Hipocalcemia crônica: o Carbonato de cálcio (1,5 a 3g/dia de cálcio elementar, em doses divididas) + calcitriol (0,25 a 1,0mcg/dia VO) ou ergocalciferol (50.000 a 100.000 UI VO).
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