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241-Texto do artigo-836-1-10-20180731

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ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO 
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 
COM SÍNDROME DE DOWN: 
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PHYSIOTHERAPY IN THE DEVELOPMENT OF THE CHILD WITH DOWN SYNDROME: A 
BIBLIOGRAPHICAL REVIEW
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 02-14
Juliana Hasegawa 
Acadêmica de Fisioterapia - Faculdades São José
Daniele Gouvea Von Haeling Lima 
Mestre em Docência do Ensino Superior-IBECC. Docente das Faculdades São José
Frederico Augusto Vieira de Castro 
Doutor em Bioquímica-UFRJ. Docente das Faculdades São José
Gabriela Barbieri da Silva Torres 
Mestranda em Ciências da Atividade Física- UNIVERSO. Docente das Faculdades São José
Thiago Bezerra Pereira 
Mestre em Neurologia-UNIRIO. Docente das Faculdades São José
Thiago Manchester de Mello 
Mestre em Ciências Biológicas-UFRJ. Docente das Faculdades São José
Revista Científica
Multidisciplinar das
 Faculdades São
 
José
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 03-14
RESUMO
Crianças portadoras da síndrome de Down (SD) apresentam um déficit de desenvolvimento quando comparadas 
a crianças sem qualquer tipo de síndrome ou patologia associada. Diante disso, faz-se necessário o acompan-
hamento da criança com SD por um fisioterapeuta, mas para que isso ocorra o profissional precisa conhecer a 
síndrome e suas características. Objetivo: Abordar a atuação da fisioterapia no desenvolvimento da criança com 
síndrome de Down. Metodologia: O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica na qual foram utilizados como 
base artigos científicos que relataram a intervenção fisioterapêutica em crianças portadoras da síndrome, bem 
como artigos que discorriam sobre a necessidade da intervenção fisioterapêutica nessa população. Livros que 
acrescentaram ao estudo por abordar o tema tratado também foram utilizados como fonte. Resultados: Os resul-
tados demonstraram que de fato a criança portadora da síndrome de Down precisará de suporte fisioterapêutico, 
devido a diversas alterações advindas da síndrome. Conclusão: Ao final da pesquisa, concluiu-se que a atuação 
da fisioterapia é essencial para um bom desenvolvimento dessa população, proporcionando através do estudo da 
síndrome, uma melhor qualidade de vida a essas crianças. Um indivíduo bem estimulado de fato terá mais chances 
de atingir objetivos impostos. 
Palavras-Chave: Síndrome de Down, Fisioterapia na síndrome de Down, desenvolvimento em crianças com sín-
drome de Down.
ABSTRACT
Children with Down syndrome (SD) have a developmental deficit when compared to children without any syn-
drome or associated pathology. Therefore, it is necessary to follow the child with DS by a physiotherapist, but 
for this to happen the professional needs to know a syndrome and its characteristics. Objective: To address the 
performance of physical therapy in the development of children with Down syndrome. Methodology: This study 
is a bibliographical review of the quality of the methods used as the basis for scientific articles that reported a 
physiotherapeutic intervention in children with the syndrome, as well as articles discussing the need for phys-
iotherapeutic intervention in this population. Books that added study to the topic were also used as a source. 
Results: The results showed that in fact a child with Down syndrome had a precision of physiotherapeutic support 
due to several changes resulting from the syndrome. Conclusion: At the end of the research, it was concluded 
that a physiotherapy action is essential for a good development of the population, providing, through the study 
of the syndrome, a better quality of life for children. A well-stimulated individual is in fact more likely to achieve 
tax goals.
Keywords: Down Syndrome, physiotherapeutic intervention in Down syndrome, development in children with 
Down syndrome.
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 04-14
INTRODUÇÃO
Determinada por Jérôme Lejeune a Síndrome de Down (SD) foi a primeira alteração cromossômica identificada 
pelo homem e é a mais comum dentre todas elas. Essa alteração cromossômica é caracterizada pela desordem 
genética que causa deficiência mental em diferentes graus. A SD pode ser referida também como “trissomia 21”. 
A explicação para tal nome encontra-se no erro da distribuição dos cromossomos das células. Esse erro é encon-
trado no par 21 (em maior parte dos casos), onde é encontrado um cromossomo extra para esse par. Esse excesso 
de carga genética está presente desde o desenvolvimento intrauterino e caracterizará o indivíduo ao longo de 
sua vida (MUSTACCHI; ROZONE, 1990; BATSHAW, 1998; SCHWARTZMAN, 1999; FIDLER, 2005; MOELLER, 
2006).
“O desenvolvimento motor é o processo de mudanças no desempenho motor que engloba tanto o amadureci-
mento do sistema nervoso central, quanto a conexão com o ambiente e estímulos dados durante o desenvolvim-
ento da criança.” (OLIVEIRA et al., 2006).
O desenvolvimento motor pode ser caracterizado como uma ininterrupta alteração no comportamento ao decor-
rer da vida, que acontece devido à constante necessidade de tarefa, da fisiologia do ser humano e o âmbito em 
que vive (FONSECA, 1988). Ao nascer, a criança não possui seu Sistema Nervoso Central (SNC) completamente 
desenvolvido. Como consequência desse fato a criança terá a necessidade de perceber o mundo pelos sentidos, 
criando assim uma interação que se modifica no decorrer do seu desenvolvimento. Deste modo, em condições 
fisiológicas normais, por meio de sua relação com o meio, o SNC tende a se manter em constate evolução, em um 
processo de aprendizagem que permite adaptação no meio em que vive (SILVA et.al, 2004).
Portadores da síndrome comumente apresentam atraso nas aquisições de marcos motores básicos, como sentar, 
engatinhar e deambular, mostrando assim, dificuldades para formação e seleção de programas motores. As alte-
rações expressas por crianças portadoras de SD podem se manifestar funcionalmente, estorvando na capacidade 
destas crianças de desempenhar de forma independente diversas atividades e tarefas da rotina diária. Dentre as 
inúmeras patologias que afetam a infância, a Síndrome de Down (SD) destaca-se por provocar alterações globais 
no processo de desenvolvimento. Devido à alta incidência na população (cerca de 1 para cada 800 indivíduos 
nascidos vivos) e a facilidade de um diagnóstico precoce, a síndrome é potencialmente relevante assim como o 
estudo do seu desenvolvimento em fases iniciais (SCHWARTZMAN, 2003).
Com isso, torna-se notável a importância do acompanhamento da criança com SD. Se concomitante a outros 
profissionais esta receber o devido tratamento, a expectativa de um desenvolvimento mais próximo do normal 
possível será alta. Devido à necessidade de informação no tema abordado esta pesquisa discute acerca da atuação 
do fisioterapeuta no processo de desenvolvimento da criança portadora da síndrome de Down, expondo assim a 
importância da fisioterapia para esse público.
METODOLOGIA
Este artigo trata-se de uma revisão bibliográfica com estudos encontrados nas bases de dados eletrônicos PubMed, 
Scielo, Lillacs e BVS, assim como livros que abordam o tema, fazendo uma análise reflexiva e interpretativa dos 
mesmos, extraindo assim tópicos importantes, a fim de conceder a esta pesquisa caráter explicativo, por elucidar 
a atuação do fisioterapeuta na síndrome de Down. Os artigos utilizados para enriquecimento dos resultados da 
pesquisa encaixam-se na maioria entre os anos de 2001 e 2013, foi aberta uma exceção para o estudo de Shum-
way-Cook (1985) devido à importância que o autor tem nos estudos sobre a síndrome. O critério de inclusão foi 
a seleção de estudos científicos onde fosse encontrada menção à atuação da fisioterapia na síndrome de Down 
bem como desenvolvimento motor em crianças com a SD, com intuito de expor a necessidade deintervenção 
profissional por parte das mesmas. Artigos que não discorreram acerca do tema bem como estudos que se en-
caixaram em período desigual, conforme predito, foram excluídos da pesquisa. Adotaram-se para o estudo as 
seguintes palavras-chave: Síndrome de Down, Fisioterapia na síndrome de Down, desenvolvimento em crianças 
com síndrome de Down.
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 05-14
RESULTADOS
O objetivo do estudo é de grande valia visto que expõe uma síntese dos dados encontrados em diferentes pes-
quisas.
Tabela 1: Síntese dos resultados encontrados sobre o tema.
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 06-14
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DISCUSSÃO
O bebê que tem a SD necessita de alguns cuidados especiais após seu nascimento, visto isso, é de suma importân-
cia que o profissional responsável pela criança tenha consciência das condições que lhes serão impostas. Tomada 
essa visão o estudo irá transcorrer desde a fisiopatologia da SD, até a abordagem do fisioterapeuta a essa criança 
e seus benefícios.
1. A Síndrome de Down
A SD é uma desordem genética que ocorre na formação do feto que advém especificamente no estágio de divisão 
celular durante a meiose. Em maior parte dos casos, a trissomia 21 é dada pela não-disjunção, tendo como resul-
tado o cromossomo extra para o par 21. Contudo, existem também dois outros tipos de alterações cromossômicas 
que resultam na SD, apesar da rara ocorrência a SD por translocação e mosaicismo devem ser citadas. Diferente-
mente da forma mais comum, na translocação o cromossomo extra se ligará a outro par, já no mosaicismo, caso 
ainda mais raro, algumas células possuem cariótipo normal, visto isso somente algumas células serão dotadas de 
um cromossomo extra (THOMPSON, 1993).
Pouco se conhece a respeito das causas reais que levam ao desenvolvimento da síndrome, porém um dos fatores 
endógenos que frequentemente estão associados a SD é a idade da mãe, partindo do fato que mulheres já nascem 
com certa quantidade de óvulos e os mesmos envelhecem à medida do tempo. Visto isso, quanto mais idade em 
anos tiver a mãe maior será a probabilidade de incidência da SD (teoria do ovócito velho). Apesar da associação 
idade x incidência ser frequente, é necessário ressaltar que mãe jovens em anos de idade também podem conce-
ber um bebê portador da SD, o fato da mulher ser jovem não é dado com exclusão, a literatura apenas mostra 
menor incidência em mães mais jovens (SCHWARTZMAN, 1999; FRASER, 1991). Alguns fatores extrínsecos 
como exposição excessiva à radiação e uso de drogas também podem ser citados como possíveis causas, uma vez 
que esses induzem as quebras cromossômicas (OSÓRIO, 2002).
Existem algumas formas de diagnosticar a Síndrome de Down, sendo possível obter diagnóstico até mesmo antes 
do nascimento. Esse diagnóstico pode ser feito através dos exames realizados para acompanhamento do desen-
volvimento do feto, malformações fetais são comumentes diagnosticadas por ultrassom, porém outros exames 
como amniocentese, coleta de vilo corial e exame de sangue podem determinar a presença da síndrome. O diag-
nóstico pós-natal é feito com base em uma série de sinais e sintomas, pode ser confirmado, posteriormente, pelo 
estudo cromossômico. Segundo Schwartzman, se os exames pré-natais fossem realizados com rotina, 60% das 
gestações afetadas poderiam ser identificadas o mesmo ressalta a necessidade da ampliação e redução de custos 
dos exames para que maior parte da população possa fazer uso desses recursos.
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 09-14
1.1 Manifestações clínicas advindas da Síndrome de Down
Os pacientes portadores da SD, na maioria dos casos, possuem características claras, evidenciando um fenótipo 
divergente, tais como pregas epicânticas, aumento da distância entre o primeiro e o segundo pododáctilos, al-
terações no pavilhão auricular como estreitamento do meato e hipotonia generalizada, dentre outras. Sendo a 
hipotonia, uma das manifestações mais abordada pela fisioterapia. De fato, este indivíduo possui muitas mani-
festações clínicas e mesmo algumas sendo meramente estéticas é necessário que o profissional saiba reconhecê-
las. Na tabela abaixo foi exposta uma síntese das manifestações clínicas, a fim de discorrer sobre todo tópico de 
forma clara e direta. 
Tabela 2: Alterações clínicas.
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 10-14
Quadro 2: Resumo das alterações clínicas. Legendas: SD- Síndrome de Down.
Fontes: Adaptado de Thompson & Thompson Genética Médica (1988) e 
Schwartzman JS Síndrome de Down (2003)
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 11-14
2. Desenvolvimento motor
O desenvolvimento motor é ponto de partida do estudo, é a partir desse ponto que de fato a fisioterapia irá 
ganhar espaço para assim trazer benefícios para criança. Em seu estudo, Haywood (1986) referiu-se ao desen-
volvimento motor como um desenvolvimento gradativo de aperfeiçoamento e integração das habilidades e dos 
princípios biomecânicos do movimento, de modo que o resultado seja uma conduta motora arraigada e eficaz. A 
eficácia é alcançada na prática de um comportamento. De encontro à ideia proposta por Haywood, Schwartzman 
(2007) diz em seu estudo que o desenvolvimento físico normal tem como característica a maturação gradativa do 
controle postural pelo desaparecimento dos reflexos primitivos, como exemplo, o reflexo de moro em torno do 
4º ao 6º mês de idade.
 Algumas diferenças em relação ao desenvolvimento são oriundas de características hereditárias, enquanto outras 
da diferença na maturação do sistema nervoso e fisiológico. Os movimentos dependem de um feedback eficaz 
para serem eficientes (AYRES, 1995). Sendo assim as diferentes respostas ao desempenho dependem muitas vezes 
da eficiência dos sistemas de feedback sensitivo motor.
O desenvolvimento da criança com SD acontece com retardo em relação ao padrão da criança sem qualquer pa-
tologia ou síndrome associada, diversos resultados ressaltam isso, como estudo de caso de Campos (2010), que 
avaliou o desempenho motor e sensorial em lactentes com e sem SD e como resultado obteve o que normalmente 
é encontrado na literatura, o grupo com SD apresentou, em média, maior frequência de comportamentos de 
não responder a estímulos sensoriais comparado ao grupo chamado “típico”, livre que qualquer patologia, além 
disso, constatou que quanto ao desempenho motor os lactentes com SD apresentaram pontuação inferior aos 
lactentes típicos na postura prona, associando essa diferença ao déficit no controle postural e antigravitacional 
dos lactentes com SD.
3. Intervenção profissional 
A alteração cromossômica em questão é atualmente incurável, porém, diversos profissionais podem auxiliar esse 
paciente, levando em consideração problemas orgânicos, como exemplo, malformações congênitas. Com prog-
nóstico adequado a criança poderá conquistar progressos consideráveis no grau de deficiência metal e desenvolvi-
mento motor. Acessar os profissionais capacitados o mais cedo possível irá fazer grande diferença no desenvolvi-
mento da criança, nos primeiros meses de vida a defasagem no desenvolvimento não é tão evidente, por isso, é 
de grande importância que a criança comece a ser estimulada imediatamente (PIERÓ, et. al 1987).
Uma das manifestações clínicas que afetam diretamente o desenvolvimento psicomotor é a hipotonia general-
izada, estando presente desde onascimento. O tônus muscular corresponde ao estado de tensão permanente 
dos músculos, visto isso, a hipotonia afetará diretamente na execução efetiva e correta dos movimentos, todavia 
vale ressaltar que tônus é uma condição individual, com isso apesar de todas as crianças com SD apresentarem 
algum grau de hipotonia haverá variação entre crianças com síndrome. No caso da síndrome de Down a hipotonia 
é generalizada, como já mencionado, ou seja, está presente em todos os músculos do corpo como exemplo os 
músculos da língua, como consequência tem-se a protrusão da língua. A hipotonia é originária do SNC e afeta 
toda musculatura e ligamentos da criança, com o tempo essa condição tende a diminuir, porém, estará presente 
em toda vida do indivíduo.
A criança portadora da SD costumeiramente é muito amável depois que conquistada sua confiança o que torna 
o trabalho muito gratificante para o profissional. Antes da aplicação de qualquer técnica deve-se priorizar a con-
vivência saudável com a criança, pois é a partir desse ponto que ocorrerá o desenvolvimento.
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 12-14
É importante que a criança tenha espaço para brincar para que assim possa exercitar sua motricidade global, na 
pediatria a brincadeira deve estar sempre presente nas propostas de conduta, pois é a partir dela que a criança 
vai explorar conceitos, juntamente a movimentação do corpo. Se não estimulada, a criança com SD tende a não 
gerar interesse pelo trabalho proposto (LAUTESLAGER, 2000). O uso de brinquedos é um grande aliado para o 
ganho da motricidade, se tornando um bom suporte para estimulação quando é solicitada a execução de alguma 
tarefa. Através de atividade com jogos e brincadeiras, a criança tende a se entregar mais, com desejo de desco-
brir algo novo, essa motivação desperta vontade de movimento, tornando esses mais espontâneos e prazerosos 
(PUESCHEL, 1999).
A criança portadora muito provavelmente terá contato com diversos profissionais, dentre eles estão o médico neu-
rologista, fisioterapeuta, assistente social, dentista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e pedagogo.
O bebê com SD já pode iniciar com a fisioterapia logo após o nascimento, caracterizando as atividades de caráter 
precoce. Essas terão grande papel no desenvolvimento motor inicial do bebê (MUSTACCHI, 2008). A criança 
submetida à estimulação precoce apresenta maior estabilidade no desenvolvimento comparada à criança não 
submetida. Exemplos como os estudos de caso realizado por Godzicki (2010) onde foi comprovado que crianças 
estimuladas precocemente conseguiram sentar-se independente antes do tempo descrito pela literatura e Toble 
(2013) que evidenciou ganho no desempenho motor em posturas antigravitacionais, prona e sentada através da 
hidroterapia aplicada a lactentes com SD, contribuem de forma a comprovar a eficácia da estimulação precoce 
através das técnicas fisioterapeuticas. 
O uso de brinquedos sonoros e com cores vibrantes estimulam a visão, a audição e a coordenação do bebê. Outro 
tópico importante a ser colocado em pauta é o equilíbrio, exercícios usando a bola de Bobath e prancha ortostática 
são interessantes por contribuírem com resultado satisfatório (LAUTESLAGER, 2000). O movimento de balanço 
da bola de Bobath estimula reações de cabeça e tronco. O uso de redes, balanço e brincadeiras com o corpo de-
vem ser sempre estimulados e orientados à família (FLINKERBUSCH, 1993)
Afecções respiratórias são a principal causa de morte dessa população, acompanhada ou não de doença cardíaca 
congênita. Infecções pulmonares e hipertrofia das tonsilas e adenoides podem ser problemas decorrentes (RO-
MANO, 2007). Grande parte das crianças com SD apresentam constantemente resfriados e pneumonias, devido 
à imunodepressão e hipotonia da musculatura do trato respiratório. Na maioria dos casos o problema se torna 
crônico, com isso, o uso de antibióticos é desaconselhável, logo a fisioterapia respiratória se torna ideal na pre-
venção das afecções respiratórias, através da prática de atividades que aumentem a resistência cardiorespiratória 
e fortalecimento da musculatura acessória, promovendo higiene brônquica e prevenindo complicações advindas 
da hipersecreção que podem trazer prejuízo a ventilação da criança. Dentre as manobras utilizadas estão a tapo-
tagem, vibração e drenagem postural. Além disso, massagem com vibrador ou com as mãos ajudam na tonicidade 
da musculatura orofacial.
A hidroterapia como já citado, pode ser útil aos portadores da SD. Dotadas dos efeitos físicos da água a hidrotera-
pia pode trazer diversas vantagens para reabilitação neurológica. Segundo Toble (2013) estão entre essas vanta-
gens o ajuste do tônus, melhora da sensibilidade, noção do esquema corporal e da propriocepção, facilitação das 
reações de endireitamento e da aquisição das habilidades motoras, promoção de suporte e auxílio no desenvolvi-
mento da coordenação dos movimentos e facilitação das reações de equilíbrio e de proteção, quando associadas 
com técnicas apropriadas de manuseio. A hidroterapia promove liberdade dos movimentos e facilita a sociabiliza-
ção, já que é considerado um ambiente agradável e rico em estímulos, o uso do lúdico é sempre indicado obtendo 
assim, as vantagens desse estímulo na piscina, o que vem a facilitar a acomodação da criança no meio (CAMPION, 
2000). Dentre as propriedades físicas da água que são utilizadas como aliadas estão densidade relativa, flutuação, 
resistência do fluido e pressão hidrostática. 
A hidroterapia também pode ser benéfica para reeducação dos padrões respiratórios, fornecendo desta forma 
métodos alternativos. Para estimular a musculatura orbicular da boca e assim favorecer sua oclusão é possível 
adotar brincadeiras lúdicas como realização de bolhas na água, utilizando canudos e diversos objetivos de sopro. 
Outro fato benéfico é que ao adentrar na piscina a musculatura respiratória é estimulada pela pressão hidrostática 
(GUIMARÃES, 1996).
 Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 11, Nº 1 • 2018 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 13-14
Um dos recursos que vem sendo adotado com opção de conduta é a equoterapia, que utiliza o cavalo como facil-
itador para obter-se resultados. Através desse recurso, há melhora da coordenação motora já que permanecer em 
equilíbrio nesse caso é um obstáculo considerável (FERREIRA, 2008). Segundo Meneghetti (2008), a equoterapia 
é um método terapêutico educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de 
saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiências 
e/ou com necessidades especiais.
CONCLUSÃO
Apesar da alta incidência, o diagnóstico de síndrome de Down pode gerar uma reação inesperada nas famílias. 
Além disso, e a aceitabilidade de pais e parentes de crianças com a síndrome ainda é baixa. Algumas famílias 
desconhecem totalmente a síndrome e suas características, por consequência, desconhecem da mesma forma os 
profissionais que podem acompanhar a criança com SD. Com a evolução da ciência, esses pacientes vêm se ben-
eficiando, alcançando assim melhor qualidade de vida e como consequência a longevidade.
No portador da síndrome de Down, o estímulo pode se processar de forma mais lenta. De início a atenção forne-
cida é escassa, a criança pode necessitar de mais tempo para fazer associações. A fadiga é alcançada mais rapida-
mente. Visto isso, ter um profissional que tenha domínio sobre tais características é indispensável. Considerando 
o exposto, o presente estudo apresentou de forma notória características relativas à SD, aclarando com resultados 
a importância do acompanhamento fisioterapêutico a essa população, sendo essas informações destinadas aos 
profissionais da área da saúde, mais especificamente os fisioterapeutas, bem como a cuidadores e pessoas que 
possam levar as informações aqui expostasadiante. A criança com SD não precisa ser uma criança isolada da 
sociedade, devidamente estimulada ela se tornará confiante de suas capacidades, se tornando um adulto ativo 
contribuindo para sociedade como qualquer outro.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA et al. Motor development of the Child and Precocious Stimulation. 2006. 5 f. Revisão de literatura 
(Graduando do 7º Período do Curso de Fisioterapia ) - Centro Universitário Hermínio Ometto, SP, 2006.
ANDRADE, Alexandre et al. The motor development, maturation of the cortical areas and the role of attention in 
the motor learning El desarrollo motor, maduración de las áreas corticales y el papel de la atención en el apren-
dizaje motor. 2004. 8 f. Revisão de literatura (Prof. LAPE/CEFID/UDESC)- UDESC, Revista Digital - Buenos Aires, 
2004.
COPPEDE, Aline Cirelle et al. Desempenho motor fino e funcionalidade em crianças com síndrome de Down. 
2012. 6 f.Estudo de caso (Doutoranda em Educação Especial na UFSCar – São Carlos (SP) Brasil;)- UFSCar, SP, 
2012.
OSÓRIO, Maria R. Borge et al. Genética Humana. 3ª. ed. [S.l.]: Editora Artmed, 2013. 765 p.
LAUTESLAGER, Peter E.M et al. Children with Down’s Syndrome: Motor Development and Intervention. Thesis 
University Utrecht, The Netherlands: ‘s Heeren Loo Zorggroep, 2000. 368 p.
MUSTACCHI et al. Guia do bebê com síndrome de Down. SP: Companhia Editorial Nacional: Associação Mais 1, 
2009.112 p.
SHEPHERD, RB. Fisioterapia em pediatria. 3ª ed. São Paulo: Santos, 1995.
MANCINI, MC. Comparação do desempenho funcional de crianças portadoras de Síndrome De Down e crianças 
com desenvolvimento normal aos 2 e 5 anos de idade. Arq Neuropsiquiatr.2003; 61(2-B):409-415.

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