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1ª Edição
Indaial - 2022
UNIASSELVI-PÓS
Autoria: Beatriz Ribeiro Fragoso Carvalho
GRAMÁTICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
Copyright © UNIASSELVI 2022
Impresso por:
Reitor: Janes Fidelis Tomelin
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Tiago Lorenzo Stachon
Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: 
Tiago Lorenzo Stachon
Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
Norberto Siegel
Julia dos Santos
Ariana Monique Dalri
Jairo Martins
Marcio Kisner
Marcelo Bucci
Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
C397
 Carvalho, Beatriz Ribeiro Fragoso
 Gramática. / Beatriz Ribeiro Fragoso Carvalho. - Indaial: 
UNIASSELVI, 2022.
 182 p.; il.
 ISBN Digital 978-65-5466-131-7
1. Gramática. - Brasil. 2. Linguagens. - Brasil. II. Centro Universi-
tário Leonardo da Vinci.
CDD 469,5
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................5
CAPÍTULO 1
NOÇÕES GRAMATICAIS ................................................................ 7
CAPÍTULO 2
VERBOS NA LÍNGUA..................................................................... 67
CAPÍTULO 3
A FUNÇÃO DA GRAMÁTICA NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO ... 123
APRESENTAÇÃO
Quando pensamos em ensino de gramática, frequentemente nos remetemos 
à ideia tradicional de um estudo baseado em memorização de regras e padrões 
rígidos e, muitas vezes, fora de contexto, sobretudo quando consideramos um 
estudo da língua inglesa direcionado principalmente por conceitos gramaticais. 
Nesta disciplina, estudaremos os aspectos teóricos e metodológicos do ensino da 
gramática na perspectiva da produção de sentidos. 
No capítulo 1, abordaremos as principais metodologias para o ensino de in-
glês, considerando a trajetória do ensino de idiomas e as abordagens utilizadas 
nas aulas. Assim, vamos compreender o papel da gramática no estudo da língua 
inglesa, a partir da reflexão sobre os processos de ensino-aprendizagem utiliza-
dos por professores de língua estrangeira. Ainda nesta primeira etapa, reconhe-
ceremos as classes gramaticais da língua inglesa, apresentando suas principais 
características, de maneira que possam ser identificadas as funções e os usos 
dessas palavras na produção de sentido.
Já no capítulo 2, iremos dar enfoque aos verbos na língua inglesa, suas es-
pecificidades e contribuições para a compreensão do sistema linguístico do referi-
do idioma. Também trataremos sobre as relações existentes entre língua, território 
e cultura, diante do contexto comunicacional globalizado em que a língua inglesa 
se insere, considerando a função política por ela exercida e as suas variações dis-
tribuídas mundialmente. Trabalharemos a diversidade do inglês falado por povos 
de diferentes países e culturas com foco na inteligibilidade da comunicação.
Por fim, no capítulo 3, buscaremos compreender a função da gramática na 
construção dos textos em inglês, através dos estudos sobre coesão e coerência, 
identificando os elementos conectivos textuais e suas classes gramaticais (adjeti-
vo, conjunção, advérbio e locução adjetiva). 
A partir desta compreensão, ainda nesta etapa, estudaremos as diversas lin-
guagens (verbal, corporal, audiovisual e visual) empregadas nos gêneros textuais, 
sejam eles verbais ou híbridos, de modo a compreendermos a importância de 
trabalhar a compreensão e produção de textos e discursos no ensino de língua 
inglesa.
Ao final da disciplina, esperamos que você tenha uma visão mais ampla e 
aprofundada sobre a gramática da língua inglesa e sua relevância para a constru-
ção de sentidos no processo de ensino-aprendizagem.
Bem-vindo à disciplina Gramática e bons estudos!
Prof. Beatriz Ribeiro
CAPÍTULO 1
NOÇÕES GRAMATICAIS
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 refl etir sobre os processos de ensino-aprendizagem uti-
lizados por professores de língua inglesa;
 estudar com metodologias diversas para ensinar a língua inglesa;
 compreender a relevância do estudo da gramáti-
ca para a comunicação em língua inglesa;
 identifi car as classes das palavras em língua in-
glesa, suas funções e seus usos;
 trabalhar a partir da produção de sentido, em vez de somente reproduzida 
com frases isoladas ou memorização de regras de forma descontextualizada.
9
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O ensino de língua inglesa por muito tempo foi embasado no trabalho de 
memorização de regras gramaticais e utilização de exemplos com palavras e ex-
pressões soltas e fora de contexto, o que muitas vezes pode tornar as aulas de-
sinteressantes para os estudantes.
Os recursos e novas metodologias existentes, permitem que os professores 
de idiomas possam ampliar seu repertório e adequar o conteúdo gramatical a ser 
ensinado à realidade dos alunos, contextualizando os ensinamentos e apresen-
tando exemplos em diversos gêneros textuais que fazem parte do mundo globali-
zado em que estão inseridos os alunos da Educação Básica.
Com a língua inglesa presente em diversos espaços sociais, principalmente 
nos digitais, torna-se relevante que o professor de língua inglesa observe que 
seus estudantes já convivem com algumas realizações gramaticais do idioma em 
destaque e, ainda que não sejam capazes de reconhecê-las, as compreendem 
e reproduzem espontaneamente. Assim, o professor deve assumir um papel de 
mediador deste conhecimento, apresentando aos alunos as conexões existentes 
entre as teorias e as práticas da linguagem.
FIGURA 1 – NOÇÕES GRAMATICAIS
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/fundo-de-gramatica-
com-livros_27606581.htm>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Para compreendermos as possíveis abordagens que os professores de in-
glês podem ter em sala de aula, é importante conhecermos as diversas metodo-
logias para o ensino de língua inglesa, através das quais podemos observar as 
possibilidades de trabalho com a gramática e sua relevância para a comunicação 
em língua inglesa.
10
GRAMÁTICA
 Enquanto professor, além de compreender as metodologias de ensino, é 
fundamental que você tenha domínio quanto às classes gramaticais, compreen-
dendo as características dessas palavras e a função por elas desempenhadas na 
construção de sentidos de sentidos na comunicação.
 Neste capítulo, falaremos sobre estas noções gramaticais por essa pers-
pectiva da produção de sentidos, buscando reconhecer o papel da gramática no 
ensino de língua inglesa, através da compreensão dos diversifi cados processos 
de ensino-aprendizagem. Vamos lá?
O que é gramática? Vamos relembrar alguns conceitos?
“A system of rules governing the conventional arrangement 
and relationships of words in a sentence” (BROW, 2007, p. 347).
“[...] um conjunto de estruturas e de regras que as regem e 
que é usado por sujeitos no estabelecimento da interação social.” 
(OLIVEIRA, 2015, p. 108). 
2 ENSINO E APRENDIZAGEM EM 
LÍNGUA INGLESA
Em um mundo cada vez mais plural e globalizado, a aprendizagem de língua 
inglesa tem importante papel, pois oferece oportunidade para os alunos se enga-
jarem e participarem da sociedade. Dessa forma, estudar a língua inglesa permite 
que todos tenham acesso aos conhecimentos linguísticos fundamentais para que 
ocorra esse engajamento e participação, de modo que contribui para que os es-
tudantes tenham gerenciamento crítico e prática de cidadania ativa. Além disso, 
ao abrir novos caminhos para a construção de saberes e de prosseguimento nos 
estudos, são ampliadas as oportunidades de interação e mobilidade. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) defi ne esse aspecto da aprendi-
zagem de inglês como caráter formativo, já que esta aprendizagem é entendida 
sob o ponto de vista da educação linguística,crítica e consciente, onde as dimen-
sões políticas e pedagógicas conectam-se de forma intrínseca (BRASIL, 2018).
11
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
FIGURA 2 - DO YOU SPEAK ENGLISH?
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/voce-fala-ingles-letras-
de-fundo_2556155.htm>. Acesso em: 18 ago. 2022.
O ensino de língua inglesa com este propósito tem implicações para o cur-
rículo, já que é imprescindível rever conceitos que não se aplicam mais a essa 
perspectiva, como a defi nição de língua estrangeira e como ocorrem as relações 
entre língua, cultura e território.
O termo língua estrangeira, por exemplo, tem um viés eurocêntrico que não 
atende mais às concepções da atualidade que compreendem o inglês como uma 
língua global, dada a sua atuação internacional. Na BNCC, o idioma em estudo 
é considerado uma língua franca, pois é valorizada a sua função social e política 
(BRASIL, 2018). Apesar de não ser um conceito novo é bastante utilizada de for-
ma recontextualizada por teóricos em estudos recentes, os quais entendem que 
a língua inglesa já não é mais “do estrangeiro”, cujos falantes de países hegemô-
nicos são a referência a seguir, nem que se trata de uma variante da língua pa-
drão. Assim, nesta proposta, é questionada a ideia de que só existe um de inglês 
correto, o falado por britânicos e americanos, pois na realidade a língua inglesa 
tem diversos usos e falantes por todo o mundo, com uma grande variedade de 
repertórios culturais e linguísticos.
Entender a língua inglesa como uma língua franca também desvincula o 
idioma da ideia de que o inglês pertence a um único território e uma cultura es-
pecífi ca. A partir desta perspectiva, é incentivada a educação com foco na inter-
culturalidade, de modo que as diferenças sejam reconhecidas e respeitadas e 
compreendidas como resultado das práticas sociais da língua inglesa.
O conceito de letramento também é ampliado, sobretudo no mundo digital, 
passando a ser valorizada a percepção sobre os multiletramentos, já que enquan-
12
GRAMÁTICA
to língua franca o inglês se concretiza em usos híbridos e fl uidos, impulsionado 
por falantes de múltiplas línguas e culturas, para os quais o inglês é um bem sim-
bólico.
Dessa forma, considerando as concepções apresentadas, é necessário re-
pensar as abordagens de ensino, uma vez que já não se adequa mais a crença de 
que existe um inglês melhor a ser ensinado ou que o aluno precisa alcançar um 
determinado nível de profi ciência. O professor de língua inglesa, portanto, para 
atender às novas demandas deverá acolher e legitimar os diferentes modos de 
expressão da língua, rompendo com aspectos relacionados à correção, precisão 
e profi ciência. Assim, ao apresentar aos alunos a diversidade de usos locais, a 
cultura ganha maior valor nas aulas de inglês e é disponibilizado ao aluno um 
repertório linguístico ao qual ele possa analisar e utilizar levando em conta a inte-
ligibilidade na comunicação (BRASIL, 2018).
Ainda de acordo com a BNCC, os conhecimentos linguísticos nas aulas de 
língua inglesa devem levar em consideração as práticas de linguagem, bem como 
refl exão e análise sobre a língua. Portanto, o ensino de gramática se dará de 
forma contextualizada e associada às práticas de leitura, escrita e oralidade, com 
o objetivo de conduzir os alunos, de maneira indutiva, a descobrirem o funciona-
mento sistêmico da língua inglesa (BRASIL, 2018).
Para além da defi nição do que é certo e do que é errado, es-
sas descobertas devem propiciar refl exões sobre noções como 
“adequação”, “padrão”, “variação linguística” e “inteligibilidade”, 
levando o estudante a pensar sobre os usos da língua inglesa, 
questionando, por exemplo: “Essa forma de usar o inglês es-
taria ‘adequada’ na perspectiva de quem? Quem defi ne o que 
é o ‘correto’ na língua? Quem estaria incluído nesses usos da 
linguagem? Quem estaria silenciado?” (BRASIL, 2018, p. 245).
A BNCC ainda salienta que devem ser trabalhadas as semelhanças e dife-
renças entre a língua inglesa e a língua portuguesa, traçando um comparativo 
também com outras línguas que os alunos conheçam, com o objetivo de desen-
volver “um exercício metalinguístico frutífero”, além do fato que outras línguas te-
rão visibilidade, não somente a língua inglesa (BRASIL, 2018).
Para considerar estas questões no desenvolvimento das aulas de inglês, é 
importante a refl exão sobre as abordagens e métodos para alcançar as compe-
tências fundamentais, dessa forma, iremos conhecer as metodologias para o en-
sino da língua inglesa, seus principais fundamentos, os objetivos de ensino e as 
sugestões de aplicação. Vamos lá?
13
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
Você sabe a diferença entre método dedutivo e indutivo? De 
acordo com o dicionário Michaelis Online, o termo dedutivo vem de 
dedução que é o “modo ou processo de raciocinar, partindo de uma 
ou várias proposições consideradas verdadeiras e que encerram 
uma evidência”, no contexto de ensino de língua, signifi ca priorizar 
o ensino das regras gramaticais (proposições) de forma direta. Já 
o termo indutivo vem de indução que é a “forma de raciocínio que 
leva à conclusão de um certo caso com base na observação da re-
gularidade de uma ocorrência”, o que no ensino de gramática está 
associado a apresentação dos contextos e usos reais da língua 
para posteriormente chegar às regras gramaticais.
3 METODOLOGIAS PARA O ENSINO 
DE LÍNGUA INGLESA
De acordo com Brown (2001 apud VILAÇA, 2008, p.80), “um método de ensi-
no de língua estrangeira deve ser regido por princípios, que, devidamente planeja-
dos e organizados, devem conduzir a uma atividade docente coerente”.
 Desse modo, a forma como a gramática é trabalhada na aula de inglês irá 
variar conforme o método ou abordagem utilizada pelo professor, ou seja, a visão 
de língua que o docente adota irá infl uenciar diretamente na sua prática pedagó-
gica. 
14
GRAMÁTICA
FIGURA 3 – METODOLOGIAS
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/icone-de-operacao-da-metodologia-de-informacao-
do-fl uxograma_18092018.htm?query=metodologia>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Cada método tem características próprias e se adequam a diferentes per-
fi s de estudantes, portanto, não é necessário que o professor de língua hoje 
se atenha a apenas um destes métodos, pelo contrário, é importante que ele 
conheça os métodos que já tiveram destaque no ensino de línguas e reconheça a 
relevância de cada um deles para que possa compreender quais aspectos podem 
ser aproveitados em seu contexto de ensino-aprendizagem. 
Dividiremos os métodos em quatro grupos de acordo com alguns aspectos 
semelhantes, sendo eles: métodos primários, métodos alternativos, métodos co-
municativos e metodologias ativas.
3.1 MÉTODOS PRIMÁRIOS
Neste subtópico apresentaremos alguns dos primeiros e mais signifi cativos 
métodos de ensino de línguas: Grammar Translation Method, Direct Method e Au-
diolingual Method. Vamos conhecê-los?
3.1.1 GRAMMAR TRANSLATION METHOD
(MÉTODO DE GRAMÁTICA E TRADUÇÃO)
De 1840 até o começo do século XX (RICHARDS; RODGERS, 2001), o Mé-
todo de Gramática e Tradução tem como características a descrição detalhada da 
15
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
gramática, o ensino da estrutura e regras por meio de exercícios de gramática e 
tradução. Ao estudar a frase, a comunicação não é considerada, mas sim o sen-
tido literal, ensino de vocabulário com palavras isoladas, valorização da leitura, 
porém com foco em cada palavra e não na mensagem da frase toda. É frequente 
o uso de dicionários e textos literários nesse método, também conhecido como 
indireto, tradicional ou clássico.
FIGURA 4 – DICIONÁRIO
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/arranjo-de-livros-em-ingles-
natureza-morta_27617604.htm>. Acesso em: 18 ago. 2022.
O Método Gramática e Tradução não se sustenta em uma teoria, mas se 
baseia na valorização do uso da linguagem escrita, já que sob esta perspectiva 
o propósito de aprender uma língua estrangeira está relacionado a ler os livros 
literários deste idioma oubuscar desenvolver-se intelectualmente (RICHARDS; 
RODGERS, 2001). Este método de ensino busca valorizar a análise da língua, em 
detrimento do seu uso, o ensino de gramática é sistematizado e dedutivo e com 
foco na memorização das regras gramaticais.
3.1.2 DIRECT METHOD (MÉTODO DIRETO)
O Método Direto surge no fi nal do século XIX (RICHARDS; RODGERS, 
2001) e é caracterizado pelo uso exclusivo do inglês, sendo esta a única língua a 
ser utilizada em sala de aula, com o objetivo de ensinar a gramática por meio de 
uma prática intensa e indutiva, com perguntas e respostas em formas de diálogos. 
O vocabulário também deve ser explicado em inglês, até mesmo por mímica ou 
desenho, mas nunca por meio de tradução. Dessa forma, o ensino de vocabulário 
16
GRAMÁTICA
se faz de maneira abstrata, já que as palavras são explicadas através de associa-
ção de ideias. A leitura é sempre feita em voz alta de maneira que garanta uma 
compreensão mais direta.
FIGURA 5 – GESTUAL
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/estou-bem-obrigado-perguntando-alegre-relaxada-
sorridente-bonita-branca-mulher-mostre-ok-aneis-gesto-satisfeito-otimo-estado-recomendar-
empresa-perfeitos-servicos-stand-fundo-amarelo_16795731.htm#page=5&query=gestos%20
pergunta&position=30&from_view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
No Método Direto o enfoque está na língua falada e em desenvolver habilida-
des orais. No entanto, os livros didáticos não representam a linguagem utilizada 
no cotidiano. O ensino de gramática é indutivo, mas os textos são controlados de 
acordo com o tipo de vocabulário e estrutura a ser apresentado.
Apesar de ser direcionada para o uso funcional, o Método Direto não con-
sidera a diversidade de estruturas e usos da língua inglesa, se limita a estrutura 
formal e se desenvolve sempre no contexto artifi cial, já que se trata de uma con-
versação controlada em sala de aula.
O Alfabeto Fonético Internacional foi desenvolvido nesta mes-
ma época, por volta de 1888, o que revela o valor que era dado à 
pronúncia correta e a fonética no ensino de línguas.
17
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
3.1.3 AUDIO LINGUAL METHOD (MÉTODO 
AUDIOLINGUAL)
O Método Audiolingual surgiu nos Estados Unidos no início do século XX 
(RICHARDS; RODGERS, 2001) e tem como base o behaviorismo e a teoria estru-
turalista da língua. De acordo com este método, o aluno deverá aprender a língua 
inglesa por meio de diálogos, os quais devem ser memorizados para garantir a 
aprendizagem primeiramente pela oralidade.
FIGURA 6 - PESSOAS EM DIÁLOGO
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-jovens-com-balao-
de-pensamento_20517877.htm>. Acesso em: 18 ago. 2022.
O professor é o centro do ensino, aquele que detém o saber e deve dirigir e 
controlar as práticas linguísticas dos estudantes, os quais devem ter atitude mais 
passiva. O foco é atingir uma produção oral que se assemelhe à pronúncia do 
falante nativo, para tal são estudados também a entonação, o ritmo e o acento. A 
prática de oralidade ocorre de forma intensiva de modo a evitar erros, buscando 
sempre a precisão, se utilizando de exercícios e diálogos mecânicos.
O Método Audiolingual tem como fundamento a linguística estrutural, ou seja, 
a língua é entendida como um sistema constituído por vários sistemas (morfológi-
co, sintático, fonético, etc.) e o trabalho com a gramática é feito de forma indutiva, 
porém com a prática baseada em repetição de padrões estruturais da língua (sin-
taxe), de modo que o aluno aprenda o sistema. Não há preocupação com o signi-
fi cado, mas com a estrutura. Neste método o foco não está no uso ou na análise 
da língua, mas sim nos procedimentos que levam à aprendizagem linguística, já 
que a língua é entendida como um sistema padronizado, formal, descontextuali-
zado e regularizado.
18
GRAMÁTICA
O behaviorismo, uma das bases do método Audiolingual, é 
uma teoria da Psicologia que tem como objeto de estudo a análise 
do comportamento. Com início no século XIX, o termo tem origem 
na palavra de língua inglesa behavior, que signifi ca comportamento. 
Outro fundamento do Método Audiolingual, a Teoria Estruturalista 
Linguística surgiu no século XX e entende a língua como um con-
junto estruturado composto por elementos linguísticos com valores 
funcionais próprios e interdependentes.
3.2 MÉTODOS ALTERNATIVOS
Apresentaremos a seguir os métodos alternativos que surgiram a partir de 
estudos baseados nas experiências com os primeiros métodos e a partir de teo-
rias psicopedagógicas que nortearam o ensino de línguas na época. Veremos a 
seguir os métodos: Silent Way, Suggestopedia e Total Physical Response. Vamos 
lá?
3.2.1 SILENT WAY (MÉTODO SILENCIOSO)
Criado por Caleb Gattegno, pesquisador egípcio, nos primeiros anos da dé-
cada de 1970, este método entende que o professor deve ser um facilitador para 
a aprendizagem no ensino de língua e o aluno é o centro desta aprendizagem. 
Assim, o professor se silencia para que o estudante seja o centro das aulas, de 
modo que possam sozinhos compreender quais são as atividades, o que dá certa 
autonomia e responsabilidade aos estudantes.
19
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
FIGURA 7 - PESSOA PEDINDO SILÊNCIO
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/adolescente-segurando-balao-
de-fala-mostrando-o-gesto-de-silencio-na-camisa-cor-de-vinho-e-olhando-
sensata-vista-frontal_17463450.htm>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Baseado em teorias cognitivas, o Método Silencioso busca resolver proble-
mas através do raciocínio, pois propõe que é através dele que as pessoas conse-
guem descobrir e produzir as regras de uma língua. Dessa forma, o professor pre-
cisa incitar, de forma silenciosa, a percepção do estudante para que ele construa 
o aprendizado, seja através de sinais, cartazes, placas com desenhos e cores que 
representam as palavras ou frases estudadas.
As teorias cognitivas ou teorias da aprendizagem são aquelas 
que buscam explicar como ocorrem os processos de ensino e de 
aprendizagem. Existem diversas teorias de aprendizagem, dentre 
elas: Teoria Cognitivista, Teoria Construtivista, Teoria Sociointera-
cionista, entre outras.
20
GRAMÁTICA
3.2.2 SUGGESTOPEDIA (MÉTODO 
SUGESTOPÉDICO)
Método criado por Georgi Lozanov, pesquisador e psicólogo búlgaro, Sug-
gestopedia é um termo originado da junção das palavras suggestologia (sugesto-
logia) e pedagogy (pedagogia). Este método afi rma que a difi culdade na aprendi-
zagem do ensino de língua tem relação com questões psicológicas e emocionais 
dos alunos, além de considerar a organização do ambiente e a autoridade do 
professor.
FIGURA 8 - JOVEM RELAXANDO OUVINDO MÚSICA
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-homem-relaxando-em-casa-enquanto-ouve-
musica_13453315.htm#query=relaxing&position=42&from_view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Dessa forma, este método propõe que a aprendizagem ocorra a partir de 
um intenso relaxamento do estudante, para que assim, possa aprender a língua 
efetivamente. Para tal, são sugeridos os usos de música e ambiente confortável e 
agradável que criem momentos relaxantes.
O professor precisa ter papel de autoridade, direcionando as tarefas, que só 
se iniciam após o estado de relaxamento ser atingido, após ouvir as músicas com 
sons. Também deve fi car atento para o ambiente, de modo que o aluno não se 
sinta desconfortável ou tenso, o que difi cultaria a aprendizagem. Assim, os car-
tazes ou imagens utilizadas em sala de aula também precisam ser elaborados 
considerando estes pressupostos, de modo a causarem os estímulos adequados 
para promover o aprendizado do estudante. 
21
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
3.2.3 TOTAL PHYSICAL RESPONSE – TPR 
(MÉTODO DE RESPOSTA TOTALMENTE 
FÍSICA)
O Método de Resposta Totalmente Física foi elaborado por James Asher, psi-
cólogo estadunidense, em 1977, e utiliza movimentos corporais para promover a 
aprendizagem, gesticulando enquanto fala uma sentença em inglês para que os 
alunos compreendam o signifi cado. O método entende que quanto maior for oes-
tímulo auditivo dos alunos, maior será o aprendizado do idioma.
FIGURA 9 – ESCUTAR
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-bonita-e-alegre-com-cabelo-encaracolado-
mantem-a-mao-perto-da-orelha-enquanto-tenta-ouvir-uma-conversa-interessante-ouve-
atentamente-colegas-de-trabalho-que-conversam-em-particular-sendo-feliz-e-curiosa-fi ca-em-
casa_13406610.htm#query=listen&position=1&from_view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
O método prioriza que a aprendizagem ocorra de maneira prazerosa, por 
meio de atividades divertidas. São utilizados comandos também, visando garan-
tir a compreensão dos conteúdos apresentados, e favorecendo a aprendizagem 
através da utilização de atividades de listening (escuta) e comprehension (com-
preensão).
Neste método, o aluno é levado a compreender a língua antes de começar a 
escrever, ler ou falar o idioma. Assim, assemelha-se ao modo como aprendemos 
a língua materna, escutando (listening) as realizações linguísticas primeiro, bus-
cando compreensão (comprehension), para depois começar a falar (speaking) e 
escrever (writing).
22
GRAMÁTICA
De acordo com o método, a tradução não deve ser utilizada excessivamente 
nem deve ser considerada fundamental para o ensino.
3.3 MÉTODOS COMUNICATIVOS
Geralmente centrados no aluno e nas suas necessidades, os métodos comu-
nicativos visam atividades e estratégias para promover a comunicação em sala 
de aula, de modo que a língua possa ser desenvolvida através da interação entre 
os estudantes. Apresentaremos aqui: Communicative Language Teaching, Tasked 
Based Learning e Lexical Approach. 
Vamos conhecer cada um deles?
3.3.1 COMMUNICATIVE LANGUAGE 
TEACHING – CLT (ABORDAGEM 
COMUNICATIVA)
Na Abordagem Comunicativa, ou ensino de língua comunicativa, o principal 
fundamento diz que a língua deve ser usada com foco na comunicação. As aulas 
são voltadas para o signifi cado e o ensino de gramática prioriza o desenvolvimen-
to das competências comunicativas dos alunos, de modo que a forma está vincu-
lada ao contexto de uso da língua, ou seja, à função comunicativa.
Este método tem maior foco no signifi cado, em detrimento da forma. A con-
textualização é considerada fundamental para compreensão da forma e função, 
valorizando que o aluno utilize a língua em situações reais de fala, deixando de 
lado as memorizações ou repetições de estruturas. Nesta abordagem espera-se 
que os alunos interajam, pois acredita-se que a língua será melhor aprendida por 
meio da comunicação e visando a fl uência. Assim, o esforço dos alunos é funda-
mental e o empenho do professor ao oportunizar interação de forma continuada, 
por meio atividades que despertem o interesse e gerem engajamento dos estu-
dantes.
23
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
FIGURA 10 – COMUNICAÇÃO
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-jovens-com-balao-
de-pensamento_20517913.htm>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Nesta abordagem a fl uência é considerada tão relevante quanto a gramáti-
ca, porém a competência comunicativa é o principal objetivo de aprendizagem. 
Em relação aos outros métodos estudados é uma abordagem comunicativa mais 
fl exível. A compreensão da língua como discurso, com foco na produção de senti-
dos, é uma característica relevante dessa abordagem, de modo que os alunos ao 
terem contato com práticas de linguagem autênticas, tenham domínio da língua 
estudada.
Richards e Rodgers (2001), apresentam os princípios básicos 
da abordagem comunicativa no ensino de línguas, sendo eles:
Princípios da comunicação: atividades que envolvem comuni-
cação real promovem aprendizagem.
Princípio da tarefa: atividades nas quais a linguagem é usada 
para o desenvolvimento de tarefas signifi cativas promovem apren-
dizagem.
Princípio da signifi cação: a linguagem que é signifi cativa para 
o estudante apoia o processo de aprendizagem (RICHARDS; ROD-
GERS, 2001).
24
GRAMÁTICA
Para explicitar as diferenças existentes entre a Abordagem Comunicativa e 
os primeiros métodos de ensino de língua, vejamos a seguir um quadro compara-
tivo com os métodos Gramática e Tradução, Direto, Audiolingual e Comunicativo:
QUADRO 1 – MÉTODOS: CONCEITO DE LÍNGUA E ENSINO DE GRAMÁTICA
Método/Abordagem Conceito de língua Ensino de gramática
Gramática e Tradução Língua literária é superior à 
língua falada.
Estudo dedutivo;
Memorização de regras e paradigmas 
gramaticais;
Tradução de trechos literários e senten-
ças.
Direto Língua falada precede a lín-
gua escrita.
Gramática é aprendida indutivamente 
por meio dos exemplos e da prática;
Textos são controlados linguisticamen-
te para ensinar certas estruturas.
Audiolingual Língua é um sistema com-
partimentalizado em níveis, 
por exemplo, fonológico, 
morfológico e sintático.
Regras gramaticais não são apresen-
tadas e sim aprendidas indutivamente, 
com exemplos e drills (treinos).
Comunicativo Língua é usada para comu-
nicação;
Forma e função são indisso-
ciáveis.
Gramática é vista, geralmente, de ma-
neira indutiva após o uso de funções 
em contextos situacionais e levando-se 
em consideração os interlocutores.
FONTE: Dutra e Melo (2004, p. 13).
3.3.2 TASK BASED LEARNING – TBL 
(ABORDAGEM BASEADA EM TAREFAS)
Iniciado nos anos 70, a Abordagem Baseada em Tarefas é um método 
comunicativo que coloca o uso da língua como fator fundamental para o aprendi-
zado da língua inglesa, já que propõe que o estudante irá desenvolver tarefas que 
dependerão dos conhecimentos linguísticos dos alunos.
Assim, neste método a fl uência é fundamental para a aprendizagem. As au-
las são baseadas nas tarefas designadas pelo professor para os alunos realiza-
rem utilizando os conhecimentos adquiridos. As habilidades comunicativas dos 
25
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
alunos serão desenvolvidas ao logo do processo de realização das tarefas. Pode 
ser realizado em três etapas, sendo elas a fase da pre-task (pré-tarefa), task cycle 
(ciclo de tarefas) e language focus (foco na linguagem).
FIGURA 11 – TAREFAS
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/freelancer-feminina-tomando-notas-no-webinar-da-
escola-online-aprendendo-sobre-negocios-e-fazendo-trabalho-remoto-escrevendo-no-notebook-e-
usando-o-laptop-para-assistir-as-aulas-trabalhando-remotamente-em-casa-fechar-se_30827770.
htm#query=WRITING%20STUDENT&position=43&from_view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Na pre-task é feita uma apresentação do tema e da tarefa que deve ser reali-
zada, recapitulação de conhecimentos prévios dos alunos por meio de estruturas, 
expressões e vocabulário. É possível que sejam incluídas nesta fase a apresenta-
ção de vídeos para que alunos vejam exemplos dessas tarefas sendo realizados 
por outras pessoas.
Na etapa task cycle a tarefa é executada em pequenos grupos ou pares, 
monitorados pelo professor, que acompanha de longe o desempenho dos alunos. 
Nesta etapa estão incluídos o planning (planejamento) – quando os alunos deci-
dem como vão realizar a tarefa – e o report (relatório) - quando são apresentados 
os resultados.
Na última etapa, a language focus, os elementos linguísticos utilizados são 
analisados e discutidos, também é realizada a parte prática dessas estruturas en-
contradas e a explicação sobre elas.
26
GRAMÁTICA
3.3.3 LEXICAL APPROACH (ABORDAGEM 
LEXICAL)
Conhecida também como Lexical Syllabus, esta abordagem foi baseada em 
estudos computacionais que identifi caram as palavras mais comumente usadas e 
então direcionou o foco do ensino de línguas para a aquisição de vocabulários e 
ensino de aspectos léxicos considerando sua frequência e uso. 
FIGURA 12 – VOCABULARY
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/fundo-de-vocabulario-com-material-escolar_27606608.
htm#&position=6&from_view=detail#&position=6&from_view=detail>. Acesso em: 18 ago. 2022.
A Abordagem Lexical é comunicativa e visa tornar a aquisição do vocabulá-
rio, ou seja, do léxico, mais prática, signifi cativa e dinâmica para os alunos. Pro-
põe que o domínio de uma língua ocorre com a aprendizagem de lexical items
(itens lexicais), sendoestes não só palavras isoladas, mas também combinações 
de palavras com signifi cado.
Assim, a aprendizagem de gramática está vinculada à aprendizagem do vo-
cabulário, portanto, quanto mais itens lexicais o aluno tiver aprendido, maior será 
a sua fl uência.
3.4 METODOLOGIAS ATIVAS NO 
ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Como vimos nos tópicos anteriores, durante muito tempo o estudante assu-
mia uma postura passiva na sala de aula, mas novas formas de abordagem foram 
trazendo refl exões sobre a relevância da participação dos alunos na construção 
27
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
do conhecimento. Com o propósito de tornar o aluno mais ativo nesse processo 
de ensino-aprendizagem, surgiram as metodologias ativas de aprendizagem.
FIGURA 13 – METODOLOGIAS ATIVAS
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/icone-de-operacao-da-metodologia-de-
informacao-do-fl uxograma_18126059.htm#page=3&query=metodologia&position=5&from_
view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Aplicadas em diversas áreas do ensino, essas abordagens têm como alia-
das as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), já que o mundo 
digital é uma realidade presente no cotidiano da maioria dos estudantes. Com os 
recursos tecnológicos variados, é possível favorecer elementos relevantes para 
a educação, sobretudo para o ensino de língua inglesa, tais como: engajamento, 
interação, autonomia, comunicação, criatividade e diversidade.
Vejamos a seguir alguns exemplos de metodologias ativas que já vêm sendo 
muito utilizados em sala de aula.
3.4.1 DESIGN THINKING (PENSAMENTO 
DE DESIGN)
Metodologia de ensino que se inspira na lógica do Design para encontrar 
soluções, uma prática comum em empresas inovadoras que foi absorvida por di-
versas áreas.
O Design Thinking foca nas pessoas e o objetivo é criar soluções efi cientes 
e criativas para um determinado problema, através de inovações. Busca olhar os 
problemas com lógica, intuição e imaginação, trazendo para a realidade da sala 
28
GRAMÁTICA
de aula, assim, os estudantes assumem um papel ativo, pois terão que fazer parte 
desse processo de encontrar soluções.
FIGURA 14 – DESIGN THINKING
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/diagrama-de-ideias-de-
desenvolvimento-de-processos-criativos_17199029.htm#query=design%20
thinking&position=17&from_view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
No contexto das aulas de inglês, o uso do Design Thinking como abordagem 
de ensino favorece a construção dos conhecimentos, como a dedução das regras 
gramaticais, a partir da análise dos usos cotidianos do inglês, além de garantir 
maior engajamento e autonomia por parte dos alunos.
Para complementar a sua compreensão sobre o Design 
Thinking na Educação, assista ao vídeo a seguir: <https://youtu.
be/4ob8a7gUNis>.
3.4.2 CULTURA MAKER
Esta metodologia ativa tem como base os princípios do Do It Yourself – DIY 
(“faça você mesmo”), que é a ideia de que as pessoas podem criar e construir 
29
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
suas próprias coisas, que também é o fundamento da tendência “cultura maker”, 
estilo que prega conceitos como a sustentabilidade, a criatividade e o empodera-
mento tecnológico, entre outros. 
Os computadores, a internet e os dispositivos móveis foram importantes ele-
mentos para promoção desta cultura, já que as pessoas tiveram acesso mais fácil 
e rápido a um universo de informações sobre como elas mesmas poderiam fazer 
praticamente qualquer coisa, ampliando as possibilidades.
FIGURA 15 – DO IT YOURSELF
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-de-personagem-do-conceito-de-melhoria-
home-diy_3530055.htm#query=diy&position=7&from_view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Na educação, a Cultura Maker inspira a solução de problemas, apresentando 
aos alunos os recursos para alcançarem a solução de forma intuitiva, a partir dos 
conhecimentos adquiridos em sala. Assim, são desenvolvidas habilidades como a 
capacidade de inovar e desenvolver a criatividade, o que é muito signifi cativo para 
as diversas áreas de ensino, inclusive para o ensino de língua inglesa. Com a di-
nâmica da língua e seu caráter multicultural e dinâmico, é importante que o aluno 
seja capaz de solucionar problemas sendo protagonista, por exemplo, do fazer 
criativo para a construção textual nos mais diversos gêneros e formatos textuais, 
se utilizando dos conhecimentos linguísticos como recursos para solução dos de-
safi os propostos em sala.
30
GRAMÁTICA
Cultura maker: você sabe o que é? Assista a este vídeo pro-
duzido pela Richmond Brasil e disponibilizado no link: <https://you-
tu.be/MnOf3fRl-qI>.
3.4.3 GAMIFICAÇÃO
Trata-se de uma metodologia ativa que utiliza elementos do universo dos vi-
deogames na prática educativa, como narrativas, pontuações, desafi os, regras e 
ranking. Dessa forma os problemas se apresentam como desafi os a serem cum-
pridos, oferecendo ferramentas que podem ajudar, possibilidade de trabalho em 
equipe ou individualmente.
Não é necessário uso de games virtuais ou recursos tecnológicos, a gami-
fi cação está relacionada a transformar o ensino por meio do uso dos elementos 
dos jogos, tornando a aprendizagem mais lúdica. 
FIGURA 16 – GAMIFICAÇÃO
FONTE:<https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-de-gamifi cacao-de-design-plano-
desenhado-a-mao_22896748.htm#query=gamifi ca%C3%A7%C3%A3o&position=18&from_
view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
31
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
Para o ensino de língua inglesa é uma proposta bem interessante, já que mo-
tiva a participação dos alunos para vencer os desafi os apresentados, muitas ve-
zes favorecendo a interação entre eles, já que permite a participação de equipes. 
Os conteúdos gramaticais podem, por exemplo, funcionar como ferramentas que 
auxiliem os alunos na execução das tarefas propostas, de modo a irem construin-
do o sentido dos usos da língua em cada etapa da aprendizagem.
Quer aprender mais sobre gamifi cação? Leia o artigo “Gami-
fi cação no ensino de línguas” (LEFFA, 2020), o qual apresenta uma 
investigação sobre a infl uência dessa metodologia na aprendiza-
gem de línguas: <https://www.leff a.pro.br/textos/trabalhos/gamifi ca-
cao_ensino_linguas.pdf>.
3.4.4 SALA DE AULA INVERTIDA (FLIPPED 
CLASSROOM)
Através da tecnologia, esta metodologia propõe que qualquer ambiente pos-
sa ser utilizado para o estudo, utilizando dispositivos de acesso à internet para 
acessar as plataformas de ensino. 
Este método recebe este nome, pois há uma inversão. No modo tradicional, 
os conteúdos seriam disponibilizados em sala de aula através do professor, mas 
nesta metodologia a proposta é que o aluno tenha acesso a esses conteúdos an-
tes da aula e use o espaço da sala de aula para debates, discussões, tirar dúvidas 
e ter acesso a materiais complementares (vídeos, áudios, etc.). 
32
GRAMÁTICA
FIGURA 17 – SALA DE AULA INVERTIDA
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/freelancer-feliz-com-o-computador-em-
casa-jovem-sentado-na-poltrona-e-usando-o-laptop-conversando-online-e-sorrindo-
ilustracao-vetorial-para-trabalho-a-distancia-aprendizagem-online-freelance_10172825.
htm#query=student%20online&position=8&from_view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Nesta metodologia, o aluno mais uma vez tem a possibilidade de desenvol-
ver sua habilidade de autonomia, já que terá que gerenciar o estudo fora da sala 
de aula para que possa usar o tempo em sala de forma mais produtiva. Para o 
contexto de ensino de língua inglesa é uma proposta interessante, sobretudo no 
trabalho com regras gramaticais, enfoque deste capítulo. O aluno poderá estudar 
previamente a gramática e em sala de aula aproveitar o tempo para aprimorar as 
práticas de uso da língua, participando ativamente dos debates e demais tarefas 
propostas em sala.
Que tal conhecer uma experiência de aula invertida? Conheça 
o relato em forma de artigo intitulado “Aula invertida para aplicação 
de conteúdo de língua inglesa”, publicação do Fórum de Metodo-
logias Ativas de São Paulo:<https://cesu.cps.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2021/03/FMA-v1-2018.pdf#page=66>.33
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
3.4.5 ENSINO HÍBRIDO (BLENDED 
LEARNING)
Nesta metodologia de aprendizagem há uma mistura de ensino presencial 
com ensino à distância. Dessa forma, a tecnologia permite a criação de um con-
texto educacional dentro de um ambiente de aprendizagem virtual, onde o profes-
sor terá participação pontual, atuando mais como um mentor.
FIGURA 18 – ENSINO HÍBRIDO
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/criancas-em-idade-escolar-em-aulas-
a-distancia-monitora-nas-carteiras-da-sala-de-aula-visualizacao-da-tela_13146643.
htm#query=aulas%20online&position=6&from_view=search>. Acesso em: 18 ago. 2022.
A vantagem principal é a fl exibilização do ensino, já que o aluno poderá reali-
zar as leituras, exercícios e interagir com os colegas e com o professor através de 
recursos online (aulas interativas, fóruns, etc.) de maneira que sua construção de 
conhecimento não dependerá exclusivamente do professor nem da sala de aula 
física. 
Pensando no ensino de língua inglesa, é uma estratégia interessante, já que 
as interações continuam a ocorrer dentro do mundo digital, favorecendo o contato 
com os conteúdos e a língua inglesa para além da sala de aula, permitindo o tra-
balho com gêneros textuais digitais, por exemplo.
34
GRAMÁTICA
Para compreender melhor o funcionamento do ensino híbrido, 
leia o artigo “Ensino Híbrido: Projeto de Língua Inglesa no Ensino 
Médio Profi ssional”:
<https://ead.ifrn.edu.br/coloquio/anais/2017_old/trabalhos/
eixo2/E2A10.pdf>.
4 O PAPEL DA GRAMÁTICA NO 
ESTUDO DE LÍNGUA INGLESA
A gramática é essencial para uma língua, já que é através dela que organi-
zamos e entendemos o funcionamento dos elementos linguísticos que utilizamos 
na escrita e na fala. Ao compreender a estrutura gramatical, temos também uma 
visão mais ampla quanto às possibilidades de combinações de elementos para 
expressar os mais diversos sentidos, desenvolvendo assim a competência comu-
nicativa.
FIGURA 19 – O PAPEL DA GRAMÁTICA
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/palavras-no-quadro-negro-com-livros-de-
gramatica_27606602.htm?query=GRAMMAR>. Acesso em: 18 ago. 2022.
35
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
Porém, como vimos, o estudo de gramática limitado a um contexto controla-
do e trabalhado de forma isolada não garante o domínio adequado do idioma em 
estudo, como afi rma Paiva e Figueiredo (2007):
[...] a língua geralmente usada na sala de aula para exercitar a 
gramática da língua inglesa fi ca no nível da forma e não acio-
na, na mente dos aprendizes, nenhuma construção signifi cati-
va de signifi cado. Mas o que é ser signifi cativo? Signifi cativo é 
algo que tenha a ver com o universo dos alunos. É o professor 
levar em consideração as experiências deles. É fazer com que 
os alunos produzam língua, em vez de somente reproduzi-la. 
Enfi m, ser signifi cativo é usar a língua de forma contextualiza-
da (PAIVA; FIGUEIREDO, 2007, p. 175). 
Assim, é necessário que o professor de inglês realize um trabalho integrado 
considerando questões socioculturais e discursivas, dado o caráter político e so-
cial deste idioma, afi nal de contas a língua inglesa é dinâmica, fl uida e sem fron-
teiras. Dessa forma, para favorecer essa abordagem de ensino, é necessário que 
no processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa sejam utilizadas em sala 
de aula as situações reais de uso da língua.
Diante do exposto, é fundamental que o professor de línguas considere os 
usos contemporâneos da língua inglesa para além das regras gramaticais e pro-
mova um ensino de gramática baseado no uso, afi nal de contas: “A língua é, pois, 
um sistema dinâmico em processo contínuo de transformações. Seu uso varia de-
pendendo do contexto e nem sempre todos os seus usos são contemplados pelas 
descrições encontradas nas gramáticas” (PAIVA; FIGUEIREDO, 2007, p. 177).
Ainda sobre a gramática baseada em regras ou nos usos da língua, podemos 
observar que na verdade há uma relação entre elas, já que ao defi nir uma regra 
haverá implicação também no uso, criando uma defi nição do que é aceito como 
padrão numa comunidade:
A validade de uma regra está ligada, portanto, ao fato de uma 
forma constituir-se em um padrão. No caso da gramática, um 
padrão é uma forma linguística utilizada e sancionada por uma 
comunidade de falantes. Nessa perspectiva, uma regra grama-
tical consistentemente formulada descreve um uso linguístico 
e a ele, necessariamente, subordina-se (OLIVEIRA; CARNEI-
RO; AZEVEDO, 2016, p. 445).
Assim, de acordo com Oliveira, Carneiro e Azevedo (2016), a separação da 
regra gramatical e dos usos linguísticos não é possível, portanto, o ensino de lín-
gua inglesa precisa estar alinhado com essa compreensão a respeito da relação 
existente entre a gramática e os usos da língua no contexto atual.
Ao apresentar conceitos como a classe de palavras, o professor pode apre-
sentar algumas frases curtas para exemplifi car o conceito estudado, no entanto, 
36
GRAMÁTICA
tais frases devem ser apresentadas também em seu contexto completo, para que 
o aluno perceba o papel dessas classes na construção de sentido de realizações 
textuais reais e cotidianas. Sempre que possível, além da leitura de textos escri-
tos, é relevante que o professor apresente também relações destes conceitos na 
oralidade, apresentando recursos midiáticos como vídeos ou áudios que repre-
sentam as manifestações destas regras em situações de fala reais, de modo que 
o aluno tenha uma compreensão para além das regras, mas também observe 
outros elementos relevantes para a construção discursiva.
5 AS CLASSES GRAMATICAIS NA 
LÍNGUA INGLESA
Na língua inglesa as classes gramaticais são chamadas de grammar class
ou parts of speech. Se dividem em: determiners (determinantes), nouns (subs-
tantivos), pronouns (pronomes), adjectives (adjetivos), verbs (verbos), adverbs 
(advérbios), prepositions (preposições), conjunctions (conjunções), interjections 
(interjeições). 
FIGURA 20 – CLASSES GRAMATICAIS
FONTE: <https://pixabay.com/images/id-4647558/>. Acesso em: 18 ago. 2022.
Neste tópico vamos apresentar de maneira objetiva as principais característi-
cas das classes de palavras em língua inglesa e alguns exemplos de uso. Vamos 
lá?
37
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
5.1 DETERMINERS 
(DETERMINANTES)
São chamadas de determiners (ou determinatives) as palavras que são inse-
ridas antes do substantivo na frase para identifi cá-los ou para dizer a quantidade 
deles. 
Os determinantes podem ser específi cos ou gerais. Os específi cos são usa-
dos quando o leitor ou ouvinte sabe exatamente a que estamos nos referindo. 
São specifi c determiners (determinantes específi cos) defi nite articles (artigos de-
fi nidos), possessive pronouns (pronomes possesivos), demonstrative pronouns
(pronomes demonstrativos). 
Já os general determiners (determinantes gerais) são utilizados quando es-
tamos falando sobre coisas em geral que o ouvinte ou leitor não sabe exatamen-
te a que estamos nos referindo. São classifi cados nos seguintes tipos: articles 
(artigos), demonstrative determiners (determinantes demonstrativos), possessive 
determiners (determinantes possessivos), distributive determiner (determinantes 
distributivos), interrogative determiners (determinantes interrogativos), quantifi ers 
(quantifi cadores), cardinal numbers (números cardinais), ordinal numbers (núme-
ros ordinais).
5.1.1 ARTICLES (ARTIGOS)
São palavras funcionais que podem ser: defi nite articles (artigos defi nidos) ou 
indefi nite articles (artigos indefi nidos).
• Defi nite article “THE”: o único artigo defi nido da língua inglesa é a 
palavra “the”. Usamos o artigo defi nido antes dos substantivos quando 
acreditamos que o ouvinte ou leitor sabe ao que ou a quem estamos nos 
referindo.
38
GRAMÁTICA
Por exemplo:
I want you to know the girl in the picture.
The girl in front of the house is Julia.
She is the founder of a Brazilian startup.
Julia is the youngest person in our family.
Julia was born in the nineties.
The only juice Julialikes is orange juice.
Julia is from Brazil, but she is visiting the Philippines.
• Indefi nite article “A” AND “AN”: os artigos indefi nidos em inglês são 
utilizados quando nos referimos a algo ou a alguém pela primeira vez 
ou quando nos referimos a um membro de alguma classe ou grupo. Na 
língua inglesa temos dois artigos indefi nidos: “a” e “an”. Utilizamos “a” 
antes de nomes iniciados com consoantes (a girl, a car, a big place) e 
“an” antes de palavras que iniciam com uma vogal ou com h mudo (an 
hour, an orange, an elephant). Para palavras iniciadas com as vogais “u” 
e “eu”, com pronúncia semelhante a “you”, deve ser utilizado o antigo “a” 
(a unit, a European, a university).
Por exemplo:
This is a Brazilian beach called Copacabana.
It was an honor being there.
What a beautiful place! 
Copacabana is a very popular beach.
It’s good to go there with an umbrella and some water.
39
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
5.1.2 DEMONSTRATIVE DETERMINERS 
(DETERMINANTES DEMONSTRATIVOS)
Os demonstrative determiners são usados para demonstrar alguma coisa 
específi ca ou identifi cá-la. São as palavras: this, that, these e those.
Por exemplo:
These clothes are clean.
That dog is so cute.
5.1.3 POSSESSIVE DETERMINERS 
(DETERMINANTES POSSESSIVOS)
São chamadas de possessive determiners as palavras funcionais usadas an-
tes de um substantivo (noun) para mostrar posse ou pertencimento a algo. São 
possessive determiners: my, your, our, her, his, their, its.
This is my bag.
Your dog is lovely.
Our house is old.
Her name is Julia.
His last name is Moura.
The students called their parents. 
The cat is moving its tail.
40
GRAMÁTICA
5.1.4 DISTRIBUTIVE DETERMINERS 
(DETERMINANTES DISTRIBUTIVOS)
São palavras funcionais que se referem a coisas ou pessoas de um grupo ou 
ao grupo inteiro. São elas: every, each, all, both, either, neither, half, etc.
Por exemplo:
Every child was crying
Each day is a beautiful day.
All dogs love running.
5.1.5 INTERROGATIVE DETERMINERS 
(DETERMINANTES INTERROGATIVOS)
São as palavras funcionais que são usadas para fazer perguntas. São 
também chamadas de wh-determiner pois todas são iniciadas com “wh”. Nesta 
categoria encontramos as palavras: what, which, whatever, whichever, whoever, 
whoever, whose, etc.
Por exemplo:
What drink do you like?
Which beach did you go to?
41
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
5.1.6 QUANTIFIERS (QUANTIFICADORES)
São palavras funcionais que são usadas antes dos nouns para informar a 
quantidade de algo. São as palavras que utilizamos para responder dizer “how 
much” ou “how many”. São quantifi ers: all, no, any, many, some, few, a little, a lot, 
etc.
Por exemplo:
They have a lot of friends.
They have no money.
Would you like some water?
They don’t have any brothers.
5.1.7 NUMBERS (Números)
Também são usados para defi nir a quantidade, além da ordem ou posição de 
algo, mas são mais específi cos e representados por números cardinais ou núme-
ros ordinais. Em muitas gramáticas são classifi cados como parte dos quantifi ers. 
Quando representados por números cardinais são chamados “cardinal num-
bers”. São palavras que fazem parte desta classifi cação: one, two, three, twelve, a 
hundred, two, thousand, etc.
Quando representados por números ordinais, indicando a ordem ou posição 
de pessoas, coisas e eventos são chamados de “ordinal numbers”. São ordinal 
numbers: fi rst, second, third, etc.
42
GRAMÁTICA
Por exemplo:
You need to buy ten eggs, fi ve oranges and four bananas.
She is his fi rst wife, but he is her third husband.
Vamos complementar os estudos sobre determiners? Veja as 
descrições e exemplos complementares: <https://youtu.be/aZ3xoW-
4dD9Q>.
5.2 NOUNS (SUBSTANTIVOS)
São palavras usadas por nomear lugares, pessoas ou coisas. Podem ser no-
mes de algo concreto ou mesmo abstrato, como nomes de pessoas, nomes de 
animais, lugares, objetos, qualidades ou ações.
Os nouns são classifi cados de acordos com suas características, vamos ver 
algumas destas classifi cações.
5.2.1 PROPER AND COMMON NOUNS 
(NOME PRÓPRIO OU SUBSTANTIVO)
É um substantivo que dá nome a uma pessoa ou a um lugar específi co. São 
iniciados com letra maiúscula. Na língua inglesa, todos os dias e meses são pro-
per nouns, portanto, devem ser escritos com letras maiúsculas. Nomes de perso-
nalidades, países, oceanos são considerados também nomes próprios, por exem-
plo:
43
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
Mariana, Barra, Monday, April, October, Korea, Pakistan, Atlantic.
Common nouns são palavras usadas para designar pessoas, lugares ou coi-
sas. São escritos em letras minúsculas, a não ser que estejam no início de uma 
frase. Por exemplo: person, city, dog, car, milk, plan, sun.
5.2.2 CONCRETE AND ABSTRACT 
NOUNS (SUBSTANTIVOS CONCRETOS OU 
ABSTRATOS)
Os concrete nouns representam coisas que podem ser sentidas, vistas e to-
cadas fi sicamente. Por exemplo: tree, clothes, pen, cup, hammer.
Já os abstract nouns são o oposto, representam os substantivos abstratos, 
que não podemos ver ou tocar, e não tem existência física. Algumas vezes, em 
alguns contextos, pode ser difícil defi nir se uma palavra é abstrata ou não, mas 
podemos dizer que habilidades e emoções são abstract nouns. Por exemplo: 
royalty, bravery, joy, kindness, determination.
5.2.3 COLLECTIVE NOUN (SUBSTANTIVOS 
COLETIVOS)
São palavras que defi nem coleções ou agrupamentos de algo. São utilizadas 
no singular. Por exemplo: people, team, crew, army, family, concert.
5.2.4 COMPOUND NOUN (NOME 
COMPOSTO)
São substantivos que são formados por mais de uma palavra. Podem ser 
compostos por duas palavras separadas ou com hífen. O plural destes nomes 
compostos pode ser um ponto de atenção relevante para o estudo de língua ingle-
sa, já que podem ser realizados adicionam o s na palavra fi nal ou na palavra fi nal, 
gerando algumas dúvidas. Por exemplo: court-martial, pickpocket, water bottle, 
brother-in-law, play-off , eye-opener, peace pipe.
44
GRAMÁTICA
5.2.5 COUNTABLE AND UNCOUNTABLE 
NOUN (SUBSTANTIVO CONTÁVEL E 
INCONTÁVEL)
Countable nouns são substantivos que podem ser contados em números, 
podendo se apresentam como singular ou plural. Por exemplo: dog/dogs, girl/girls, 
place/places, pie/pies.
Já os uncountable nouns são substantivos que não tem um plural, portanto 
não são contáveis. Todos os abstract nouns fazem parte da categoria de uncoun-
table nouns. Por exemplo: coff ee, oxygen, money, patience, bread, rice.
5.2.6 GERUND NOUN (SUBSTANTIVO 
GERÚNDIO)
Gerunds são substantivos que terminam em “-ing” e que expressam ações. 
Eles têm propriedades de verbo, mas são usados na sentença com função dife-
rente, já que são modifi cados por advérbios. Diferente dos verbos no gerúndio, 
não são precedidos por um verbo auxiliar.
Por exemplo:
Ginger is singing a song (verb)
Ginger is fond of singing (gerund noun)
45
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
5.2.7 GENDER-SPECIFIC NOUNS 
(SUBSTANTIVOS ESPECÍFICOS DE 
GÊNERO)
São assim chamados pois se referem a substantivos que são utilizados ex-
clusivamente para defi nir o gênero feminino ou masculino. Por exemplo: king/
queen, vixen/fox, actress/actor, blonde/blond.
5.2.8 VERBAL NOUN (SUBSTANTIVO 
VERBAL)
São nomes derivados de verbos, mas não propriedades de verbo, mas sim 
funcionalidades de substantivos. Por exemplo: building, running, drawing, attack, 
speaking.
Para complementar os estudos sobre os substantivos (nouns) 
em inglês, sugerimos o vídeo “Types of Nouns in English”, que além 
de apresentar a classifi cação vista aqui, também disponibiliza ou-
tros exemplos para ajudar na sua compreensão: <https://youtu.be/
F0ESmyMenCQ>.
5.3 PRONOUNS (PRONOMES)
São defi nidos como palavras que substituem um substantivo em uma 
sentença. São divididos em muitos tipos, dentre os principais estão: personal 
pronoun (pronome pessoal), possessive pronoun (pronome possessivo), indefi -
nite pronoun (pronome indefi nido), relative pronoun (pronome relativo), intensive 
pronoun (pronome intensivo), demonstrativepronoun (pronome demonstrativo), 
interrogative pronoun (pronome interrogativo), e refl exive pronoun (pronome inter-
rogativo). Observe as classifi cações e os exemplos no quadro abaixo:
46
GRAMÁTICA
QUADRO 2 – PRONOUNS
PRONOUNS EXEMPLOS
PERSONAL PRO-
NOUN
Subjectives I, we, you, he, she, it, 
they
They are from Brazil.
Objective me, us, you, him, her, it, 
them
Neiva doesn’t know him. 
P O S S E S S I V E 
PRONOUN
Strong mine, yours, his, hers, 
its, ours, theirs.
This bag is mine.
Neiva is a friend of her.
Their teachers are from 
USA.
Don’t you know my sister?
Weak my, your, his, her, its, 
our, and their
INDEFINITE PRO-
NOUN
Singular someone, somebody, 
something, no one, no-
body, nothing, everyone, 
everybody, everything, 
anybody, another, anyo-
ne, each, anything, ei-
ther, other, one, neither, 
much
Someone sad they are 
coming.
Nobody was at home yes-
terday.
Nothing else is clean.
Are you going from this 
city to another?
Plural many, several, few, 
others, both
This is the solution to 
many of your problems.
I am recounting a few of 
the tales told me.
RELATIVE PRONOUN Whom, whoever, who-
mever, who, that, which, 
whose
Whom did she marry?
A concert in London which 
ended on Sunday.
INTENSIVE PRONOUN himself, myself, them-
selves, itself, herself, 
yourselves, ourselves, 
yourself
He told me himself.
Julia is kindness itself.
DEMONSTRATIVE PRONOUN these, those, such, this, 
that
This is exclusive to those 
who are members.
That’s her brother over 
there.
INTERROGATIVE PRONOUN whose, what, whom, 
which, who
What are you smelling? 
She is the Brazilian who 
married the French.
REFLEXIVE PRONOUN yourself, himself, oursel-
ves, itself, themselves, 
herself, myself, yoursel-
ves
Julia hurt herself by acci-
dent.
She had to protect herself.
FONTE: a autora.
47
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
Como vimos, existe uma variedade de pronomes e diversos 
usos, para complementarmos a compreensão assista este vídeo 
que apresenta as defi nições, tipos e exemplos: <https://youtu.be/
ztvx-TxHwj0>.
5.4 ADJECTIVES (ADJETIVOS)
São palavras que dão informações adicionais sobre um nome, pronome ou 
frase nominal, defi nindo a qualidade, tipo ou grau de um nome. São classifi cados 
em: adjectives of quality, adjectives of quantity, numeral adjectives, demonstrative 
adjectives, possessive adjectives e interrogative adjectives.
5.4.1 ADJECTIVES OF QUALITY
(ADJETIVOS DE QUALIDADE)
Descrevem o tipo, a qualidade ou grau de um nome ou pronome. 
São chamados também de descriptive adjectives. São exemplos de adje-
tives of quality: large, white, nice, beautiful, excellent, tall, kind, etc.
Por exemplos
The bear is a dangerous animal.
Mariana is a great doctor.
Ipanema is a beautiful beach.
48
GRAMÁTICA
5.4.2 ADJECTIVES OF QUANTITY 
(ADJETIVOS DE QUANTIDADE)
São adjetivos que descrevem a quantidade de um substantivo, respondendo 
à pergunta “how much?”. São eles: some, much, no, any, little, enough, great, half, 
suffi cient.
Por exemplo:
Do you need some money?
They wasted much time at the shopping mall.
There is not enough water in the refrigerator.
5.4.3 NUMERAL ADJECTIVES (ADJETIVOS 
NUMERAIS)
São adjetivos que dizem sobre quantas coisas ou pessoas se referem ou a 
ordem de posição de pessoas ou coisas. Existem três tipos de adjetivos numéri-
cos: defi nite numeral adjectives, indefi nite numeral adjectives e distributive nume-
ral adjectives.
• Defi nite numeral adjectives: representam um número exato. Podem 
ser cardinals (one, two, three, etc.) ou ordinals (fi rst, second, third, etc.).
Por exemplo:
We have six apples on the table.
She was the fi rst bestseller from his city.
49
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
• Indefi nite numeral adjectives: não representam um número preciso. Al-
guns deles são: no, all, few, many, some, several, any, etc.
Por exemplo:
All the students are present today.
My mother gave me several instructions about it.
• Distributive numeral adjectives: referem-se a um específi co ou a todas 
as coisas ou pessoas de um grupo. Alguns deles são: every, each, either, 
neither. 
Por exemplo:
Each neighbor was informed about it.
Every member of the club paid the tax.
5.4.4 DEMONSTRATIVE ADJECTIVES 
(ADJETIVOS DEMONSTRATIVOS)
São adjetivos que apontam para uma pessoa ou coisa específi ca. Eles res-
pondem à pergunta: Which? Alguns deles são: this, that, these, those, such.
50
GRAMÁTICA
Por exemplo:
This was an amazing weekend.
These are useful tools. 
5.4.5 POSSESSIVE ADJECTIVES
(ADJETIVOS POSSESSIVOS)
São adjetivos que denotam a posse de algo. Os mais comuns são: my, your, 
our, its, his, her, their.
Por exemplo:
My parents use to go to the beach once a week.
It is their favorite place.
5.4.6 INTERROGATIVE ADJECTIVES 
(ADJETIVOS INTERROGATIVOS)
São adjetivos utilizados para fazer perguntas. Quando as palavras what, 
whose and which são usadas com um substantivo (noun) para fazer perguntas, 
elas se tornam adjetivos interrogativos.
51
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
Por exemplo:
What time do you to eat?
Whose are that boys outside?
Which bag is yours?
Que tal trabalhar com adjetivos de forma mais funcional? Uti-
lize duas imagens de construções, uma com arquitetura mais anti-
ga ou histórica, outra de um edifício mais moderno, por exemplo, 
e peça aos alunos para compará-las utilizando adjetivos em inglês 
como old, modern, tall, entre outros (PAIVA; FIGUEIREDO, 2007).
5.5 PREPOSITIONS (PREPOSIÇÕES)
São palavras que colocamos depois de nomes ou pronomes. Estes denotam 
em que relação a pessoa ou coisa indicada por ele existe, em relação a outra 
coisa. São classifi cadas em: simple prepositions (preposições simples), double 
prepositions (preposições duplas), compound prepositions (preposições compos-
tas), phrasal prepositions (preposições frasais), participle prepositions (preposi-
ções particípio) e detached prepositions (preposições destacadas).
QUADRO 3 – PREPOSITIONS
PREPOSITIONS EXEMPLOS
SIMPLE PREPO-
SITIONS
In, out, on, up, at, for, 
from, by, of, off , through, 
till, etc.
She is walking at the park.
52
GRAMÁTICA
DOUBLE PREPO-
SITIONS
Onto, into, throughout, 
up till, up to, within, with-
out, upon, etc.
I can see you through the win-
dow.
Liza don’t drive without her 
driver’s license.
C O M P O U N D 
PREPOSITIONS
Above, about, across, 
along, before, behind, 
beside, inside, outside, 
etc.
She was inside the house.
All the girls are outside the 
city.
PHRASAL PREP-
OSITIONS
In addition to, by means 
of, in spite of, according 
to, owing to, in favor of, 
etc.
According to the teacher, we 
can go.
James missed his fl ight owing 
to a traffi c retention.
P A R T I C I P L E 
PREPOSITIONS
Concerning, considering, 
barring, notwithstand-
ing, touching, pending, 
during, etc.
This fairy tales concerning
fantastic places.
Notwithstanding the weather, 
he will be there.
FONTE: a autora.
Vamos praticar? Para testar seus conhecimentos a realização 
dos exercícios disponível no vídeo “English Prepositions Exercise: 
<https://youtu.be/LQjj_Jut0Ao>.
5.6 CONJUNCTIONS
(CONJUNÇÕES)
São palavras que têm como única função unir sentenças, frases e palavras. 
São defi nidas em dois tipos: correlative conjunctions (conjunções correlativas) e 
compound conjunctions (conjunções compostas). Quanto às classes podem ser: 
coordinating conjunctions (conjunções coordenativas) e subordinating conjunc-
tions (conjunções subordinadas).
53
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
QUADRO 4 – CONJUCTIONS
CONJUCTIONS EXEMPLOS
CORRELATIVE 
CONJUNCTIONS
Either -or, neither -nor, 
both -and, though-yet, 
whether -or, not only 
-but also
I don’t speak either Spanish or
Italian.
He both dances and sings.
C O M P O U N D 
CONJUNCTIONS
In order that, as if, as 
soon as, as well as, in-
asmuch as, provided 
that, even if, etc.
She studies in order that she 
be able to graduate.
Even if you don’t remember me 
anymore, I will always remem-
ber you. 
COORDINATING 
CONJUNCTION
And, but, for, nor, or, 
also,neither -nor, either 
-or
Lucas is Brazilian, but Leonar-
do is American.
He seemed neither afraid nor
sad.
S U B O R D I N AT-
ING CONJUNC-
TION
After, before, because, 
if, till, as, that, though, 
although, unless, etc.
We went home before the mo-
vie fi nished.
They went to home because
their parents were there.
FONTE: a autora.
As conjunções têm um papel relevante na construção do sen-
tido na língua, para aprimorar mais os seus conhecimentos, veja o 
vídeo a seguir: <https://youtu.be/zLeu0FQ9WAA>.
5.7 INTERJECTIONS 
(INTERJEIÇÕES)
São palavras que são usadas para expressar vários tipos de emoções como 
felicidade, surpresa, tristeza, raiva e saudações, sendo elas: Hurrah!, Alas!, Oh 
no!, Oh my God!, What!, etc. São classifi cadas de acordo com as emoções que 
expressam, como podemos ver nos exemplos abaixo:
54
GRAMÁTICA
QUADRO 5 - INTERJECTIONS
INTERJECTIONS EXEMPLOS
Interjections for 
greeting
Good morning!
Hey! Hello!
Good morning! Good to see 
you!
Hey! What is going on?
Interjections for 
happiness
Yeah!
Wow!
Yeah! She won!
Wow! What a comfortable sofa!
Interjections for at-
tention
Hey!
Look!
Listen!
Hey! Let get lunch!
Look! Bruna is late!
Listen! We are starving!
Interjections for ap-
proval
Well done!
Brilliant!
Well done! You win!
Brilliant! You are the best seller!
Interjection for sur-
prise
Oh!
Ah!
What!
Oh! What a beautiful day! 
Ah! This is an incredible place!
What! She is so smart!
Interjections for sor-
row
Oops!
Alas! 
Oops, I’m so sorry!
Alas! His mother died.
Interjections for 
shock
What! What! What are you doing?!
Interjections for an-
ger
What hell!
Excuse me
What hell! Go away!
Excuse me, who you think I 
‘am?!
FONTE: a autora.
Interjeições representam muito para a construção de sentido, 
pois revelam ou enfatizam as emoções do interlocutor. Para conhe-
cer novas interjeições e seus contextos de uso veja o vídeo a se-
guir: <https://youtu.be/iL__KkOELOM>.
55
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
5.8 ADVERBS (ADVÉRBIOS)
São palavras que modifi cam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, 
fornecendo novas informações a estas palavras, pois nos dizem de qual a ma-
neira ou qual o lugar no tempo, algo aconteceu ou está acontecendo. São clas-
sifi cados em: adverbs of time (advérbios de tempo), adverbs of place (advérbios 
de lugar), adverbs of frequency (advérbios de frequência), adverbs of degree 
(advérbios de grau), adverbs of manner advérbios de modo), adverbs of reason 
(advérbios de razão), relative adverbs (advérbios relativos), interrogative adverbs
(advérbios interrogativos) e adverbs of affi rmation and negation (advérbios de afi r-
mação e negação).
QUADRO 6 – ADVERBS
ADVERBS EXEMPLOS
ADVERBS OF TIME Ago, before, after, later, al-
ready, now, never, former-
ly, soon, since, etc.
Sometimes, she used to go out 
with friends.
They recently went to a concert.
ADVERBS OF PLACE Here, there, up, out, 
in, into, within, away, 
etc.
She jumped into the sea.
Your clothes are placed inside
the bag.
ADVERBS OF FRE-
QUENCY
Once, twice, again, 
often, seldom, rarely, 
always, frequently, 
etc.
She goes to gym twice a week.
My father is always running be-
cause he loves to run.
ADVERBS OF DE-
GREE
Too, any, almost, so, 
pretty, rather, quite, 
partly, altogether, 
enough, etc.
This soda is too cold.
My homework is almost comple-
ted.
ADVERBS OF MAN-
NER
swiftly, clearly, foo-
lishly, well, so, slowly, 
etc.
She holds his hand gently.
Please, handle the glass care-
fully.
ADVERBS OF REA-
SON
because, hence, the-
refore, so, etc.
Because of the rain, our mee-
ting was canceled.
They didn’t come, so we are still 
here waiting for them.
RELATIVE ADVERBS when, where and 
why.
Saturday is the day when she 
cleans the house.
This is the country where I’m 
from.
56
GRAMÁTICA
ADVERBS OF AFFIR-
MATION
surely, certainly, defi -
nitely, very, obviously, 
yes, indeed, etc.
Obviously, Mari is late one 
more time.
I will say it again, defi nitely I 
don’t want to go out today.
ADVERBS OF NEGA-
TION
no, never, invalidly, 
etc.
No, she never goes out on Sun-
days.
INTERROGATIVE AD-
VERBS
why, where, how, 
when
Jeff erson knows where I am 
going.
FONTE: a autora.
5.8.1 DEGREES OF ADVERBS 
(GRAUS DE ADVÉRBIOS)
Degrees Of Comparison (graus de comparação dos advérbios) podem ser: 
positive degree (grau positivo), comparative degree (grau comparativo) ou super-
lative degree (grau superlativo). Vamos ver cada um deles a seguir?
• Positive Degree: é um advérbio em sua forma simples e original. Não 
há comparação acontecendo com nada. Apenas deixa saber que alguma 
qualidade existe em algo ou alguém. Exemplo: Maria walked quickly.
• Comparative Degree: mostra que a presença de uma qualidade em 
uma coisa é maior ou maior do que sua presença no positivo. Este grau 
é usado quando há comparação de duas coisas. Exemplo: Maria walked 
more quickly than her sister.
• Superlative Degree: é usado quando alguma qualidade em uma coisa 
ou pessoa é mais alta do que qualquer coisa ou qualquer outra pessoa. 
Também é usado quando uma coisa ou pessoa está em comparação 
com mais de uma coisa ou pessoa. Exemplo: Off all the sisters, Maria 
walked the most quickly.
57
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
Como vimos, os advérbios modifi cam verbos, adjetivos ou 
até mesmo outro advérbio. Vamos entender um pouco melhor 
sobre esta classe de palavras? Veja o vídeo: <https://youtu.be/
L0USJe44yS4>.
5.9 VERBS (VERBOS)
São palavras que representam ações, defi nem o que acontece e o estado de 
algo. Considerada a parte mais importante de uma sentença, os verbs defi nem 
o sentido das sentenças. Podem ser compostos por mais de uma palavra e são 
classifi cados em: linking verbs, actions verbs, transitive verbs, intransitive verbs, 
refl exive verbs, auxiliary verbs e modal verbs.
5.9.1 LINKING VERBS (VERBOS DE 
LIGAÇÃO)
São verbos que conectam sentenças, não tem signifi cado isoladamente, mas 
fazem sentido quando utilizado em uma sentença. Sem estes verbos a sentença 
não tem sua estrutura completa. Os linking verb mais comuns são: is, am, are, 
was, were.
Por exemplo: 
That man is John.
He was a friend of mine. 
Those jackets are red.
58
GRAMÁTICA
5.9.2 TRANSITIVE VERBS (VERBOS 
TRANSITIVOS)
São os verbos que representam ação em uma sentença e exigem um objeto 
direto. 
Por exemplo: 
He drives the car.
Vivian lives on the north side of the city.
He left the documents on the sofa.
5.9.3 INTRANSITIVE VERBS (VERBOS 
INTRANSITIVOS)
São os verbos que representam ação em uma sentença e não exigem um 
objeto direto. 
Por exemplo: 
I am working.
Leonard lied.
The motorcycle appeared.
59
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
5.9.4 REFLEXIVE VERBS (VERBOS 
REFLEXIVOS)
São verbos nos quais sujeito e objetos diretos são os mesmos e se referem a 
mesma pessoa ou coisa.
Por exemplo: 
He stays home himself. 
The cat cleans itself.
5.9.5 AUXILIARY VERBS (VERBOS 
AUXILIARES)
São os verbos que ajudam o verbo principal numa sentença. Ajudam a for-
mar sentenças negativas e interrogativas. São auxiliary verbs: is, am, are, was, 
have, do, etc.
Por exemplo: 
His motorcycle was stolen from outside the shop.
She doesn’t know which shop it was.
He had seen my motorcycle outside the shop.
60
GRAMÁTICA
5.9.6 MODAL VERBS (VERBOS MODAIS)
São os verbos usados antes de outros verbos para dar signifi cado como pos-
sibilidades, permissões, certeza, etc. São modal verbs: can, could, may, might, 
will, would, shall, should, must, ought, never, dare.
They will be there at 8am.
A jacket could cost around US $200.
I must take medicine.
Existem muitas particularidades sobre os verbos em língua inglesa que en-
volvem diversos elementos e contextos que merecem maior atenção, por isso 
falaremos sobre eles no capítulo 2 desta disciplina, intitulado “Verbos na língua 
inglesa”.
Você sabe quantos tempos verbais existem em inglês? Va-
mos entender melhor no vídeo “How many verb tenses are there in 
English?”: <https://youtu.be/54prMaPn5Ls>.61
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Este capítulo teve como tema “Noções Gramaticais” e compõe a disciplina 
Gramática. Nesta etapa, abordamos alguns aspectos sobre o ensino e aprendiza-
gem de língua inglesa considerando o papel desta língua na conjuntura atual e as 
demandas deste tempo.
Apresentamos as principais metodologias para o ensino de inglês, traçando 
uma trajetória do ensino de idiomas através das abordagens utilizadas nas aulas, 
desde os métodos mais tradicionais (Grammar Translation Method, Direct Method
e Audio Lingual Method), passando pelos alternativos (Silent Way, Suggestopedia
e Total Physical Response), apresentando as propostas comunicativas (Commu-
nicative Language Teaching, Task Based Learning e Lexical Approach) e alguns 
métodos mais recentes que são as metodologias ativas (Design Thinking, Cultura 
Maker, Gamifi cação, Sala de aula invertida e Ensino híbrido). 
A partir do estudo dos processos de ensino-aprendizagem compreendemos 
como o conceito de língua e estratégias variam em cada uma destas metodolo-
gias e como conhecê-las é relevante para o planejamento das aulas de língua 
inglesa. Salientamos que de acordo com o perfi l do aluno serão variadas as abor-
dagens escolhidas pelo professor para trabalhar cada conceito, colocando o aluno 
como centro deste processo de aprendizagem e a língua como elemento vivo e 
presente na vida cotidiana dos estudantes. 
Ao longo deste capítulo, ao analisar as abordagens de ensino e os principais 
fundamento pedagógicos, compreendemos o papel da gramática no estudo da 
língua inglesa e sua relevância para a formação escolar. Ao observar as concep-
ções de língua e gramática nos mais diversos métodos e sua trajetória no ensino 
de línguas, percebemos que o trabalho com regras gramaticais deve ser realizado 
considerando os contextos e os usos da língua, de modo que os estudantes pos-
sam ter uma compreensão mais ampla e contextualizada.
Por fi m, foram apresentadas as classes gramaticais da língua inglesa: De-
terminers, Nouns, Pronouns, Adjectives, Prepositions, Conjunctions, Interjections, 
Adverbs e Verbs. Abordamos suas principais características, trazendo exemplos 
de realização destes elementos de modo a explicitar as funções e especifi cidades 
de cada classe de palavras. Algumas sugestões de aplicações práticas de traba-
lho com estas classes, bem como referências de artigos acadêmicos, também 
foram apresentadas de modo a enriquecer o trabalho em sala de aula. 
Por meio do estudo dos conceitos apresentados neste capítulo, aliados à 
compreensão sobre as metodologias que norteiam o trabalho em sala de aula, 
identifi camos a relevância da compreensão das funções dos elementos gramati-
cais associados aos usos dessas palavras, como estratégias fundamental para o 
processo da construção de sentido no ensino de língua inglesa.
62
GRAMÁTICA
1. Considere o texto abaixo:
Neste método de ensino, as regras gramaticais não são apresenta-
das e sim aprendidas indutivamente, com exemplos e drills (treinos).
A língua é um sistema compartimentalizado em níveis, por exemplo, 
fonológico, morfológico e sintático.
A partir do conceito apresentado podemos concluir que se trata da 
seguinte metodologia de ensino de língua:
a. Audiolingual.
b. Grammar Translation.
c. Task Based Learning.
d. Communicative Language Teaching.
2. A gramática é essencial para uma língua, já que é através dela 
que organizamos e entendemos o funcionamento dos elementos lin-
guísticos que utilizamos na escrita e na fala. Como afi rmam Paiva e 
Figueiredo (2007):
[...] a língua geralmente usada na sala de aula para exer-
citar a gramática da língua inglesa fi ca no nível da forma 
e não aciona, na mente dos aprendizes, nenhuma cons-
trução signifi cativa de signifi cado. Mas o que é ser signifi -
cativo? Signifi cativo é algo que tenha a ver com o univer-
so dos alunos. É o professor levar em consideração as 
experiências deles. É fazer com que os alunos produzam 
língua, em vez de somente reproduzi-la. Enfi m, ser signi-
fi cativo é usar a língua de forma contextualizada (PAIVA; 
FIGUEIREDO, 2007, p. 175).
Portanto, considerando o trecho acima e os conhecimentos adquiri-
dos neste capítulo, podemos afi rmar que:
63
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
a. O professor de inglês deve realizar um trabalho integrado conside-
rando questões socioculturais e discursivas, dado o caráter político e 
social deste idioma. 
b. O estudo de gramática deve ser realizado em contexto controlado e 
isolado, sem considerar a experiência do aluno.
c. O estudo gramatical que considera os usos da língua não é relevante 
para o ensino de língua inglesa.
d. A gramática precisa ser o cerne do ensino de língua inglesa, de modo 
que seja priorizada a memorização de regras.
3. Após a leitura do texto abaixo, responda à questão:
“THE MESSAGES THAT SURVIVED CIVILISATION’S COLLAPSE
The Sumerians, Maya and other ancient cultures created texts that 
have lasted hundreds and even thousands of years. Here’s what they 
can teach us about crafting an immortal message.”
FONTE: HARDACH, Sophie. BBC. The immortality project. 21 
ago. 2022. Disponível no link: <https://www.bbc.com/future/article/
20220818-how-to-write-a-message-to-the-future>. Acesso em: 21 
ago. 2022.
Considerando o contexto do trecho apresentado acima, selecione 
a assertiva que apresenta as palavras que podem ser classifi cadas 
como article, noun, adjective e verb, respectivamente:
a. The, cultures, immortal, teach.
b. An, teach, years, crafting.
c. That, messages, collapse, cultures.
d. The, immortal, thousands, teach.
64
GRAMÁTICA
REFERÊNCIAS
 BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 
2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_
EF_110518_versaofi nal_site.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2022.
BROWN, Douglas H. Teaching by Principles: An Interactive Approach to 
Language Pedagogy. San Francisco: Longman, 2001. 
DEDUÇÃO. In: Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São 
Paulo: Melhoramentos, 2022. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/
busca?r=0&f=0&t=0&palavra=dedu%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 24 ago. 
2022.
INDUÇÃO. In: Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São 
Paulo: Melhoramentos, 2022. Disponível em: < https://michaelis.uol.com.br/
busca?r=0&f=0&t=0&palavra=indu%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 24 ago. 
2022.
DUTRA, D. P.; MELLO, H. Os caminhos do ensino de gramática em línguas 
estrangeiras. In: DUTRA, D. P.; MELLO, H. (org.) A gramática e o vocabulário 
no ensino de inglês: novas perspectivas. Belo Horizonte: POSLIN/FALE/ 
UFMG, 2004. p. 9-15. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/site/e-livros/
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65
NOÇÕES GRAMATICAISCapítulo 1
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OLIVEIRA, Luciano, Amaral. Aula de Inglês: do planejamento à avaliação. São