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GRAMÁTICA Livro Eletrônico Presidente: Gabriel Granjeiro Vice-Presidente: Rodrigo Calado Diretor Pedagógico: Erico Teixeira Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente. CÓDIGO: 230815116807 BRUNO PILASTRE Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas de Língua Portuguesa (Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online, atua na área de desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: http://lattes.cnpq.br/1396654209681297). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre SUMÁRIO Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 PDF Sintético de Gramática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1. Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2. Estrutura e Formação de Palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3. Emprego das Classes de Palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3.1. Substantivo, Adjetivo, Artigo, Pronome e Numeral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.2. Emprego de Tempos e Modos Verbais; Advérbios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 3.3. Preposição e Conjunção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 3.4. Interjeição e Palavras e Locuções Denotativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 4. Domínio da Estrutura Morfossintática do Período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 5. Relações de Coordenação entre Orações e entre Termos da Oração . . . . . . . . . . 43 6. Relações de Subordinação entre Orações e entre Termos da Oração . . . . . . . . . 45 7. Funções do QUE e do SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 8. Sintaxe de Concordância, de Regência e de Colocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 8.1. Concordância Verbal e Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 8.2. Regência Verbal e Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 8.3. Colocação Pronominal – Próclise, Mesóclise e Ênclise . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 9. Emprego do Sinal Indicativo de Crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 10. Emprego dos Sinais de Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 4 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna a tarefa ainda mais árdua. Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções de áreas variadas. No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder! Foi pensando nisso que esta obra nasceu. Você tem em suas mãos um material sintético! Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova e garantir a aprovação que tanto busca! Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos. Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante muito tempo. Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência, e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um jeito mais fácil, mais didático. Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de justiça e juiz de direito. Usei toda essa experiência, de 16 anos como concurseiro, e de outros tantos ensinando centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa efetivamente te atender. A Coleção PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação! Professor Aragonê Fernandes APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR Olá! Sou o professor Bruno Pilastre, autor do PDF Sintético de Gramática. Meu objetivo, ao longo desta aula, é simples: ser sintético, relevante e preciso na abordagem do conteúdo de Gramática em concursos públicos. Para atingir esse objetivo, utilizarei os meus 15 anos de experiência na elaboração obras didáticas preparatórias para processos seletivos e toda a minha trajetória acadêmica (Graduação, Mestrado e Doutorado). Espero atender todas as suas demandas. É isso. Feita essa rápida apresentação, podemos iniciar os trabalhos! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 5 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre PDF SINTÉTICO DE GRAMÁTICAPDF SINTÉTICO DE GRAMÁTICA 1 . ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA1 . ORTOGRAFIAOFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA A ortografia oficial em Língua Portuguesa é estabelecida pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em dezembro de 1990 pelos países signatários (no Brasil, a obrigatoriedade de se adotar o Acordo teve início em 1º de janeiro de 2016). O documento apresenta 21 bases, as quais estabelecem normas sobre a grafia correta de vocábulos e locuções. Busca-se, então, uma unificação do registro escrito, o qual tem por finalidade reproduzir graficamente os sons da fala. Nem sempre é simples ensinar ortografia. O conhecimento da grafia correta das palavras está relacionado ao hábito de leitura e escrita. Para fins de concurso público, alguns padrões de cobrança surgem da análise de questões anteriores. Observe os exemplos a seguir (questões dos últimos 4 anos): Banca Enunciado da questão sobre ortografia FUMARC Ocorre erro de ortografia em: FUNDATEC São palavras escritas de acordo com sistema ortográfico oficial vigente na língua portuguesa: VUNESP Assinale a alternativa em que a frase está em conformidade com a norma-padrão de ortografia e acentuação. FEPESE Assinale a alternativa correta quanto à ortografia e acentuação gráfica. FGV Assinale a opção ortograficamente correta. CEBRSPE Assinale a opção em que a palavra apresentada está corretamente grafada. O primeiro padrão é a necessidade de se identificar a grafia correta. O segundo padrão, por oposição, é identificar as grafias incorretas. O terceiro padrão é o do tipo “preenchimento de lacuna”, no qual a banca exige que você selecione a alternativa em que todas as palavras são adequadas para figurar em determinado contexto. Consultando a Plataforma Gran Questões, observamos a existência de 1.034 questões específicas sobre ortografia oficial. Eu estou seguro de que a maioria dessas questões versam sobre grafia correta/grafia incorreta de palavras da Língua Portuguesa. Sobre o sistema ortográfico da Língua Portuguesa, há 4 padrões para memorizar: Padrão Descrição Exemplo Dígrafos Combinações de letras que representam um só fonema. Chave Quilo Diferentes letras representam o mesmo som Letras (e dígrafos) diferentes que podem representar o mesmo fonema. Exato/Rezar/Pesar O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 6 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Padrão Descrição Exemplo Uma letra representa diferentes sons A mesma letra pode representar fonemas distintos. Xícara Exame Letra que não representa som Uma letra não representa nenhum fonema. Hotel Hora Um outro ponto fundamental em ortografia é o fenômeno de paronímia. Quando observamos palavras que são quase homônimas, mas que se diferenciam ligeiramente na grafia e na pronúncia, estamos diante da paronímia. O “alto”/”auto” pode ilustrar esse fenômeno: o termo “alto” caracteriza algo de grande extensão vertical; a palavra “auto”, por sua vez, denomina um ato público, um registro escrito de um ato ou uma peça processual. O que pega mesmo em provas é o danado do hífen. De modo geral, esse sinal é utilizado para unir os elementos de palavras compostas, separar sílabas em final de linha e marcar ligações enclíticas e mesoclíticas (na colocação pronominal). Em ortografia, o desafio é saber se uma palavra é ou não grafada com hífen. Veja quando o hífen é sempre empregado (casos de vocábulos compostos): Sempre se usa o hífen Exemplos Nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas abóbora-menina erva-doce feijão-verde bem-te-vi Nos compostos com os elementos além | aquém | recém | sem além-mar aquém-mar recém-casado sem-número Nas combinações históricas ou ocasionais de topônimos Áustria-Hungria Angola-Brasil Como regra geral, NÃO se emprega o hífen nos seguintes casos: NÃO se usa o hífen Exemplos Nas locuções substantivas cão de guarda fim de semana sala de jantar Nas locuções adjetivas cor de açafrão cor de café com leite cor de vinho Nas locuções pronominais cada um ele próprio nós mesmos quem quer que seja O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 7 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre NÃO se usa o hífen Exemplos Nas locuções adverbiais à parte à vontade de mais depois de amanhã em cima por isso Nas locuções prepositivas abaixo de acima de a fim de a par de à parte de apesar de aquando de debaixo de quanto a Nas locuções conjuncionais a fim de que ao passo que contanto que por conseguinte Para os prefixos, adoto o quadro proposto por Azeredo (2008): Na prefixação, USA-SE o hífen quando: O 1º elemento for: E o 2º elemento: aero agro alfa ante anti arqui auto beta bi bio contra di entre extra foto gama geo giga hidro hipo homo infra intra iso lacto lipo macro maxi mega meso micro mini mono morfo multi nefro neo neuro paleo peri pluri poli proto psico retro semi sobre supra lete tetra tri ultra a) for iniciado por vogal igual à vogal final do 1º elemento; b) for iniciado por h. ab ob sob sub for iniciado por b, h, r co (“com”) for iniciado por h (sugere-se eliminar essa letra, passando-se a grafar, assim, coerdar, coerdeiro etc.) ciber inter super nuper hiper for iniciado por h, r ad for iniciado por d, h, r pan a) for iniciado por vogal; b) for iniciado por h, m, n (diante de b e p passa a pam) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 8 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Na prefixação, USA-SE o hífen quando: O 1º elemento for: E o 2º elemento: circum a) for iniciado por vogal; b) for iniciado por h, m, n (aceita formas aglutinadas como circu e circum). além aquém ex recém sem sota soto vice qualquer (sempre) pós pré pró sempre que conservem autonomia vocabular. Nos casos em que não ocorre o emprego do hífen na formação de palavras por prefixação, proponho a tabela a seguir: Na prefixação, NÃO se usa hífen quando O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s” antissemita infrassom microssistema microrradiografia O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente antiaéreo extraescolar autoaprendizagem plurianual Ocorrem formações que contêm em geral os prefixos “des-“ e “in-“ e nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial Desumano (humano) Inábil (hábil) Inumano (humano) Ótimo, finalizamos esse primeiro tópico. Agora seguiremos com o resumo sobre acentuação gráfica. Apenas uma breve introdução: na fonologia, há dois grupos de sons, as consoantes (em que o ar que sai dos pulmões encontra algum obstáculo no aparelho fonador) e as vogais (em que o ar que sai dos pulmões não encontra obstáculo no aparelho fonador). Em estrutura mais complexa, encontramos as sílabas, as quais sempre possuem uma vogal como núcleo. Amparadas pelas vogais, observa-se a existência de semivogais. Vogais e semivogais na mesma sílaba dão origem aos ditongos e aos tritongos. Quando duas vogais de sílabas diferentes se encontram, observamos um hiato. Em estruturas silábicas, também observamos o fenômeno de acento tônico, o qual expressa uma maior força, uma maior intensidade na cadeia falada. As regras de acentuação gráfica buscam justamente marcar onde ocorrea tonicidade, considerando, é claro, certos parâmetros, organizados no quadro esquemático a seguir. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 9 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Posição da sílaba tônica Quando a palavra é acentuada Exemplos Última sílaba - oxítona – Terminada em -a(s) Pará Terminada em -e(s) Café Terminada em -o(s) Cipó Terminada em -em/-ens Armazém/Armazéns Penúltima sílaba - paroxítona – Terminadas em ditongo História Terminadas em tritongo Águem Terminadas em -ão(s) e -ã(s) Órgão Qualquer outra terminação que não seja: -a(s) -e(s) -o(s) -em(ns) Fácil Glúten Quórum Caráter Tórax Júri Tênis Vênus Fórceps Antepenúltima sílaba - proparoxítona – TODAS são acentuadas Cômodo Econômico Estávamos Lâmpada Músico Elétrico Página No caso da acentuação pela regra dos hiatos, temos o seguinte: as vogais tônicas grafadas em i e u das palavras oxítonas e paroxítonas LEVAM ACENTO quando são antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo (isto é, com a qual formam hiato) e desde que não constituam sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s. Exemplos: país, atraí, saúde, juízes, raízes, saída. Em relação às mudanças advindas do Acordo de 1990, não se empregam mais os seguintes acentos gráficos: Não se emprega mais o acento circunflexo na primeira vogal das terminações -eem nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos Crer: creem/descreem Dar: deem/desdeem Ler: leem/releem Ver: veem/anteveem Não são mais acentuadas as palavras paroxítonas com os ditongos abertos -ei e -oi: Assembleia Ideia Heroico O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 10 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Há também os acentos diferenciais e os casos de dupla grafia: R e c e b e m a c e n t o s diferenciais Flexões distintas da forma verbal “poder”: pôde x pode pôr (verbo) x por (preposição) Aceitam dupla grafia Forma ou Fôrma Por fim, e talvez o tópico mais avaliado em concursos públicos, observamos a distinção entre “tem” e “têm” (e derivados). Aqui, estamos diante de uma marcação morfológica: “tem” marca a concordância com sujeito na terceira pessoa do SINGULAR; “têm” marca a concordância com sujeito na terceira pessoa do PLURAL. Aplica-se o mesmo padrão para o par “vem”/”vêm” (e derivados). Note que, quando houver forma derivada, o padrão de acentuação das oxítonas deve ser aplicado: “ele detém” e “eles detêm”. Professor, e nas provas? Como esse assunto é abordado?Professor, e nas provas? Como esse assunto é abordado? Na Plataforma Gran Questões, encontramos 3.044 questões sobre acentuação gráfica. Na maioria das bancas, os enunciados se apresentam da seguinte forma: Banca Enunciado da questão sobre acentuação gráfica SELECON A palavra “câncer” é acentuada pela mesma razão da palavra: INSTITUTO AOCP Assinale a alternativa em que os termos destacados sejam acentuados pela mesma norma gramatical. FGV A frase abaixo em que as duas palavras sublinhadas mostram acento gráfico devido à mesma regra, é: IDECAN Assinale a alternativa que contém palavras acentuadas pela mesma regra. CEBRASPE O emprego de acento agudo nas palavras “elétricos”, “pálidas” e “móveis” justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica. QUADRIX Justifica-se, com base na mesma regra de acentuação gráfica, o emprego do acento nas palavras Podemos observar claramente um padrão emergindo: as bancas solicitam em especial a identificação de padrões de acentuação. Deve-se encontrar o grupo de palavras que são acentuadas pela mesma regra. Outra abordagem é a identificação de desvios ortográficos em reescritas. Finalizamos aqui os tópicos de Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica. Passaremos direto para um novo nível de análise, o morfológico. 2 . ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS2 . ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS A morfologia estuda a estrutura e os processos de formação de palavras. O objeto de análise é o morfema, a menor unidade portadora de significado. Os morfemas podem ser raízes ou afixos. As raízes são elementos morfológicos que tipicamente formam a base O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 11 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre de uma palavra quando os afixos são retirados. Os afixos, por sua vez, são elementos não autônomos (não ocorrem isoladamente em uma frase) que se unem às raízes. Em uma palavra como “desleal”, o morfema “des-“ é um afixo e o morfema “leal” é a raiz. É comum que a raiz expresse o significado descritivo de entidades do mundo biossocial (coisas, eventos, emoções etc.). Dois conceitos são centrais na análise mórfica: a flexão e a derivação. A flexão é caracterizada por mudanças na forma do vocábulo que expressam noções gramaticais. Já a derivação se caracteriza por ser um processo que cria novas palavras. Em “casa” | “casas”, há flexão, pois há a inserção de uma noção gramatical (número plural), sem que isso crie um novo vocábulo. Em “casa” | “casebre”, observamos uma derivação, pois se cria uma nova palavra a partir de um elemento primitivo. Na flexão, as estruturas mais importantes são as flexões nominais e verbais, como esquematizado a seguir (e ilustrado pela forma verbal cantássemos): RAIZ + VOGAL TEMÁTICA + MORFEMA DE MODO-TEMPO + MORFEMA DE NÚMERO-PESSOA Cant- -á -sse -mos Para os nomes (substantivos e adjetivos), o padrão é mais simples: RAIZ + VOGAL TEMÁTICA + MORFEMA DE GÊNERO + MORFEMA DE NÚMERO Os morfemas que expressam as noções gramaticais da flexão são denominados desinências. Os padrões de formação de novas palavras estão organizados a seguir. Note que a flexão ocorre sempre por sufixação (as desinências são afixadas após a raiz). Na derivação, os processos são mais dinâmicos. Processos de derivação por afixação (adição de afixo(s)) Prefixação União de prefixo + RAIZ infeliz (in- + feliz) Sufixação União de RAIZ + Sufixo felizmente (feliz + -mente) Prefixação e sufixação União não simultânea de Prefixo + RAIZ + Sufixo Infelizmente (in- + feliz + -mente) Parassíntese União simultânea de Prefixo + RAIZ + Sufixo Emporcalhar (em- + porco + -alhar) Para identificar os processos de derivação por afixação, um teste deve ser aplicado: observe a palavra e pergunte se é possível retirar o afixo. Esse “retirar o afixo” significa mais ou menos o seguinte: a palavra existe na língua sem aquele afixo? Em “infeliz”, podemos tirar o “in-” porque sabemos da existência autônoma de “feliz”. Isso também vale para “felizmente”. Na parassíntese, há um fato adicional: a palavra só vai existir se os afixos forem retirados simultaneamente, já que não existem as formas “emporco” ou “porcalhar”. Esse raciocínio é muito exigido em questões sobre morfologia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 12 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICOGramática Bruno Pilastre Em concursos, também é exigido o conhecimento sobre quais palavras são criadas a partir de outras - por exemplo, você deve saber que “tranquilamente” é uma forma adverbial derivada de um adjetivo. Os mapas mentais a seguir sintetizam esses processos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 13 de 159gran.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br 14 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Além da derivação por inserção (soma) de afixo(s), ocorre também a formação de palavras por supressão de sufixo, a derivação regressiva. É o que ocorre em “abalo”, formado a partir do verbo “abalar”. Nesse processo, há a perda da morfologia verbal (o sufixo de infinitivo). Por fim, pode ocorrer derivação sem a mudança de forma da palavra (sem adição ou redução de afixos). Esse é o caso da derivação imprópria (também denominada conversão). Nela, ocorre mudança de categoria gramatical a partir da posição sintática ocupada pelo vocábulo, como em “O não é uma forma adverbial que denota negação”, em que o advérbio “não” passa a substantivo (é núcleo de um sintagma nominal sujeito). Além dos processos de formação de palavras por afixação, as palavras podem ser formadas pela junção de raízes. É o caso de “passatempo”. Quando uma palavra é formada a partir da combinação de raízes, temos um processo de composição, o qual pode ocorrer de duas formas: Composição por justaposição Composição por aglutinação Ocorre quando as raízes se unem e NÃO HÁ perda fonológica (e gráfica) Ocorre quando as raízes se unem e HÁ perda fonológica (e gráfica) Socioeconômicas (sócio+econômica) Qualquer (qual+quer) Aguardente (água+ardente) Pernalta (perna + alta) Quando as raízes têm origem em outras línguas, como em “sambódromo” (samba (grupo linguístico banto) + dromo (língua grega)), estamos diante de um hibridismo. Outros processos, menos recorrentes em provas de concurso, também merecem uma apresentação em nossa síntese. Observe as características do neologismo e do estrangeirismo. Neologismo É o emprego de novas palavras, derivadas ou formadas de outras já existentes (incluindo morfemas), na mesma língua ou não (ou seja, podem ocorrer com elementos de outras línguas). Um exemplo ilustrativo é o caso de novos nomes d e e s t a b e l e c i m e n t o s comerciais, como açaiteria e esmalteria. Estrangeirismo É a incorporação de um termo estrangeiro a uma língua receptora. Um bom exemplo é o verbo tuitar, derivado de Twitter. Na Plataforma Gran Questões, encontramos 1.874 questões sobre estrutura e formação de palavras. Na maioria das bancas, os enunciados se apresentam da seguinte forma: Banca Enunciado da questão sobre estrutura e formação de palavras CEBRASPE A palavra “paulatinamente” (segundo período do primeiro parágrafo) é formada por derivação parassintética. SELECON Do ponto de vista morfológico, o elemento destacado na palavra “reestruturação” tem a mesma função verificada em: FUNDATEC Há o mesmo tipo de sufixo em “tristemente” e “eloquente”. IDECAN Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha, em seu processo de formação, sofrido parassíntese. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 15 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Banca Enunciado da questão sobre estrutura e formação de palavras FCC A palavra que possui o mesmo processo de formação de “descuidoso” é: FUNDEP A palavra destacada (evapotranspiração) foi criada pela junção de duas palavras, sendo que a primeira delas passou por um outro processo, conhecido como: IDIB Assinale a alternativa em que a palavra, extraída do texto, tenha sido formada por derivação parassintética. O padrão parece ser o da identificação do tipo de processo de formação da palavra em análise. Finalizamos mais um capítulo. Agora iniciaremos os trabalhos sobre as classes de palavras. 3 . EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS3 . EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS Em português, há 10 classes gramaticais: substantivo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Para classificar os vocábulos da língua em cada uma dessas classes, adotam-se os seguintes critérios: CRITÉRIO ESSE CRITÉRIO LEVA EM CONSIDERAÇÃO EXEMPLO MORFOLÓGICO A característica dos morfemas e do modo como eles se associam em nível vocabular. A palavra cordialmente possui o morfema -mente, o qual forma advérbios a partir de adjetivos. SINTÁTICO A posição (distribuição) do item lexical ao longo da sentença. Na sequência A Maria chegou”, o artigo A precede o substantivo Maria. SEMÂNTICO: O significado lexical, o qual pode corresponder a algo do mundo extralinguístico (mundo biossocial) ou a noções gramaticais (como número). A palavra inteligente, em A Maria é inteligente, atribui uma qualidade a um ser. Outros critérios, menos cobrados em concursos, estão sintetizados a seguir: Classes abertas x Classes fechadas Nas classes abertas, os itens lexicais podem ser renovados com relativa facilidade (fazem parte de um “clube aberto”, em que novos membros podem ingressar). Nas classes fechadas, os itens lexicais não são renovados com facilidade (fazem parte de um “clube fechado”, em que raramente novos membros podem ingressar). Classes variáveis x Classes invariáveis Nas classes variáveis, os itens lexicais podem sofrer mudança morfológica (em nível de flexão). Nas classes invariáveis, os itens lexicais não podem sofrer mudança morfológica (em nível de flexão). Classes lexicais x Classes gramaticais (funcionais) Na classes lexicais, há palavras que possuem significado descritivo, significado esse que denota entidades ou situações exteriores à linguagem. Nas classes gramaticais (ou funcionais), há itens que têm função estruturadora, quase como uma “cola” que une as palavras em sentenças. Para finalizar esse tópico, indico o comportamento de cada uma das classes a partir dos critérios supracitados (renovação lexical, mudança morfológica e significado): O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 16 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre CRITÉRIO RENOVAÇÃO LEXICAL MUDANÇA MORFOLÓGICA SIGNIFICADO TIPO ABERTAS FECHADAS VARIÁVEL INVARIÁVEL LEXICAL GRAMATICAL CLASSES INTEGRANTES substantivos adjetivos verbos numerais preposições artigos pronomes conjunções advérbios substantivos adjetivos verbos artigos pronomes preposições conjunções advérbios substantivos adjetivos verbos preposições advérbios artigos pronomes numerais conjunções É a partir dos critérios morfológico, sintático e semântico que apresentaremos as principais características de cada classe gramatical. O padrão de nossa síntese será seguido: focarei nas propriedades mais abordadas em concursos públicos. 3 .1 . SUBSTANTIVO, ADJETIVO, ARTIGO, PRONOME E NUMERAL3 .1 . SUBSTANTIVO, ADJETIVO, ARTIGO, PRONOME E NUMERAL Os substantivospodem denotar classes de entidades (coisas), como substâncias, qualidades, estados e processos. Na tradição gramatical, adotam-se as seguintes classificações (estabelecidas a partir do critério semântico): Divisão Concretos Abstratos Propriedade semântica O substantivo designa ser de existência independente O substantivo designa ser de existência dependente Exemplos casa, mar, sol, automóvel prazer, beijo, trabalho Divisão Próprios Comuns Propriedade semântica O substantivo denomina um objeto ou um conjunto de objetos, sempre tomados individualmente O substantivo tem a propriedade de denominar um ou mais objetos particulares que reúnem características comuns inerentes a dada classe Exemplos João, Jonas, Açores homem, mesa, livro Divisão Contáveis Não contáveis Propriedade semântica Os objetos denominados pelo substantivo existem isolados, como partes individualmente consideradas Os objetos denominados pelo substantivo não são separados em partes individuais Exemplos homem, mulher, casa oceano, vinho, bondade Divisão Coletivos Nomes de grupos Propriedade semântica São substantivos que fazem referência a uma coleção ou conjunto de objetos São substantivos que nomeiam conjuntos de objetos contáveis Exemplos vinhedo, arvoredo bando, rebanho, cardume O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 17 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Quando se aplica o critério morfológico, observa-se que substantivos, adjetivos e artigos partilham uma estrutura semelhante: todos flexionam em gênero e número: Substantivo Adjetivo Artigo Gênero Masculino Cantor Bonito Um Feminino Cantora Bonita Uma Número Singular Carro Caro O Plural Carros Caros Os É claro que existem especificidades na formação do plural. Observe as três possibilidades a seguir: Acréscimo de -s, como em troféu troféus Acréscimo de -es, como em mar mares Acréscimo de -is, como em papel papeis Há também a formação do plural que se manifesta apenas nos determinantes e modificadores, como em “lápis”: o lápis (singular); os lápis (plural). Por fim, devem-se observar as palavras que terminam com ditongos nasais, como compreensão compreensões, cidadão cidadãos, pão pães, capitão capitães e cristão cristãos. Em nomes compostos (aqueles formados por mais de uma raiz, como dissemos há pouco na síntese sobre o conteúdo de morfologia), há quatro padrões: 1º padrão Em compostos cujo primeiro elemento é invariável quanto a número: beija-flor beija-flores alto-falante alto-falantes 2º padrão Somente o primeiro elemento varia Em compostos onde haja preposição (clara ou oculta): mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça pé de moleque pés de moleque Em compostos de dois substantivos, onde o segundo exprime a ideia de fim, semelhança, ou limita a significação do primeiro: público-alvo públicos-alvo peixe-boi peixes-boi 3º padrão Ambos os elementos variam Nos compostos formados por: substantivo-substantivo substantivo-adjetivo adjetivo-substantivo carta-bilhete cartas-bilhetes amor-perfeito amores-perfeitos segunda-feira segundas-feiras Nos compostos verbais repetidos corre-corre corres-corres O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 18 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre 4º padrão Nenhum elemento varia (e o plural é indicado por determinantes ou modificadores) Em frases substantivas o disse-me-disse os disse-me-disse Nos compostos tema verbal + palavra invariável o ganha-pouco os ganha-pouco Para a noção de gênero GRAMATICAL, a flexão para o feminino ocorre tipicamente pela adição do sufixo -a (cantor + -a = cantora). Há também outras manifestações, como bom/boa, leão/leoa, valentão/valentona, órfão/órfã e europeu/europeia. Em português, também há os substantivos de gênero único, os substantivos de dois gêneros sem flexão e os substantivos de dois gêneros, com flexão redundante, conforme descrito a seguir: Substantivo de gênero único: (a) rosa (a) flor (a) tribo (a) juruti (o) planeta (o) amor (o) livro Substantivo de dois gêneros sem flexão: (o), (a) artista (o), (a) intérprete (o), (a) mártir Substantivos de dois gêneros, com flexão redundante: (o) lobo; (a) loba (o) mestre; (a) mestra (o) autor; (a) autora Para além dos casos de flexão, observam-se os seguintes casos relacionados à noção de gênero: A mudança de gênero gera mudança de significado a cabeça (parte do corpo) - o cabeça (o chefe) a rádio (a estação) - o rádio (o aparelho) O processo de derivação também indica gênero (novo item lexical que compartilha a mesma raiz) abade - abadessa barão - baronesa conde - condessa embaixador - embaixatriz imperador - imperatriz Heteronímia no gênero (a indicação de gênero é determinada por substantivos semanticamente opositivos) homem - mulher cavaleiro - amazona marido - mulher genro - nora boi - vaca cavalo - égua A noção de grau também é abordada em concursos. A tabela a seguir sintetiza cada um dos tipos de variação de grau: Sintético (morfológico) Analítico (adjetivação) Grau aumentativo Homenzarrão Homem grande Grau diminutivo Homenzinho Homem pequeno O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 19 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Na sintaxe, os substantivos são núcleos de sintagmas nominais, os quais podem exercer as seguintes funções sintáticas: Função sintática Exemplo (em destaque, o substantivo) Sujeito O rapaz comprou o presente da noiva. Objeto direto Ele viu o futuro. Aposto Pedro é marcado por um defeito: a preguiça. Predicativo Ele é um político. Objeto indireto Eu entreguei o cheque ao gerente. Agente da passiva O bilhete foi comprado pela irmã. Adjunto adnominal Ele bateu na velha com a bengala. Complemento nominal A destruição de Roma pelos Bárbaros Adjunto adverbial Pedro caminhava com atenção. Em um sintagma nominal, o núcleo substantivo pode ser modificado por outros termos, como numerais, artigos, adjetivos, pronomes etc. Em sintaxe, as funções sintáticas exercidas por esses termos podem ser duas: adjunto adnominal ou complemento nominal. Na síntese sobre as funções sintáticas do período simples, abordarei essas noções. Passemos agora à classe dos adjetivos, os quais também se flexionam em gênero e número. Essa flexão é condicionada pelo fenômeno de concordância nominal, o qual será visto na seção 8.2 de nossa aula. Há algumas bancas (como a FGV) que avaliam a classificação dos adjetivos conforme Cunha & Cintra (2008). Há dois grandes grupos, apresentados a seguir. No primeiro, temos os adjetivos que caracterizam os seres, objetos ou as noções nomeadas pelos substantivos. Esses adjetivos podem indicar: Qualidade (ou defeito) inteligência lúcida homem perverso Modo de ser pessoa simples rapaz delicado Aspecto ou aparência céu azul vidro fosco Estado casa arruinada laranjeira florida No segundo grupo, há os adjetivos que estabelecem uma relação de tempo, de espaço, de finalidade, de propriedade etc. São os chamados adjetivos de relação. nota mensal nota relativa ao mês movimento estudantil movimento feito por estudantes casa paterna casa onde habitam os pais vinhoportuguês vinho proveniente de Portugal O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 20 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Em termos de colocação dos termos, o adjetivo tipicamente fica APÓS o substantivo, como em “homem corajoso”. É possível, entretanto, que o adjetivo ocorra antes do substantivo (posição mais marcada, em especial para efeitos estilísticos ou literários). A mudança de posição do adjetivo em relação ao substantivo pode gerar alteração de sentido original, como em “O bravo comandante foi entrevistado” e “O comandante bravo foi entrevistado.” Na sintaxe, o adjetivo pode exercer três funções centrais: Função Exemplo Adjunto adnominal O vidro fosco acabou. Predicativo do sujeito O seu jardim é lindo. Predicativo do objeto Ontem eu vi minha vizinha muito preocupada. Observe que o adjunto adnominal é uma função interna ao sintagma nominal; o predicativo do sujeito ocorre em predicados nominais (com verbos de ligação); e o predicativo do objeto ocorre em predicados verbo-nominais (predicação dupla, com núcleo verbal lexical e adjetivo). O grau dos adjetivos expressa uma espécie de medição escalar, a qual pode ser expressa das seguintes formas: Grau comparativo (comparação feita em relação a uma mesma entidade) Comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que estudioso. Comparativo de igualdade João é tão inteligente quanto estudioso. Comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que estudiosa. Grau comparativo (comparação feita em relação a entidades distintas) Comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que Paulo. Comparativo de igualdade João é tão inteligente como (ou quanto) Maria. Comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que Pedro. Grau superlativo absoluto (o adjetivo atinge o grau máximo de determinada qualidade) Sintético (formado morfologicamente) Paulo é inteligentíssimo. Analítico (formado sintaticamente) Paulo é muito inteligente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 21 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Grau superlativo relativo (o adjetivo atinge o grau máximo de determinada qualidade em comparação à totalidade dos seres que representam a mesma qualidade) Superlativo relativo de SUPERIORIDADE Paula é a estudante mais estudiosa do colégio. Superlativo relativo de INFERIORIDADE Carlos é o estudante menos estudioso do colégio. Pronto, falamos o suficiente sobre as principais características dos adjetivos. Agora é o momento de falarmos dos artigos, dos numerais e dos pronomes. Como os substantivos e os adjetivos, os artigos também podem ser flexionados em gênero e número. Nesse caso, a flexão ocorre por concordância nominal (com o núcleo substantivo). Em termos sintáticos, os artigos são adjuntos adnominais (em relação ao núcleo substantivo). Uma característica importante dos artigos é a capacidade de substantivar toda e qualquer expressão que o suceder (em sintagmas nominais, o núcleo será substantivo). Assim, se houver artigo, a possibilidade de o termo ser um substantivo é bem grande. Ah, importante também destacar que, afora os casos de substantivação de uma outra classe gramatical, os artigos não antecedem verbos ou pronomes retos/pessoais. Sobre as classes de artigos, há duas: os definidos (quando o artigo denota particularização, ou expressa algo de conhecimento prévio entre falante e ouvinte ou refere-se a algo já mencionado) e os indefinidos (não particularização, não conhecido previamente, algo não mencionado anteriormente). A tabela a seguir expressa claramente a classe dos artigos em português. Artigo definido Artigo indefinido Singular Plural Singular Plural Masculino o os um uns Feminino a as uma umas Os artigos podem estar combinados com preposições. É importante, então, identificá- los nesses contextos (basta combinar o item da coluna [PREPOSIÇÃO] ao item da coluna [ARTIGO DEFINIDO] ou [ARTIGO INDEFINIDO]: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 22 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre ARTIGO DEFINIDO PREPOSIÇÃO o a os as a ao à aos às de do da dos das em no na nos nas por (per) pelo pela pelos pelas ARTIGO INDEFINIDO PREPOSIÇÃO um uma uns umas de dum duma duns dumas em numa numa nuns numas O destaque à classe dos artigos certamente vai para o fenômeno de crase, destacado na penúltima tabela. Para identificar a necessidade ou não de emprego do sinal indicativo de crase, é muito importante verificar se o termo precedido pelo [à] é (i) interpretado de forma particularizada; (ii) expressa algo de conhecimento prévio entre falante e ouvinte; ou (iii) refere-se a algo já mencionado. A explicação é simples: somente haverá a crase se o termo for precedido pelo artigo feminino definido a(s) (ou pelo pronome demonstrativo aquele(a)(s)). Para os numerais, as provas de concursos públicos avaliam em especial ortografia dos tipos de numerais. Por isso, listo, a seguir, a grafia de cada um deles: CARDINAL (expressam quantidades inteiras) ORDINAL (expressam ordem, posição em uma série) MULTIPLICATIVO (denotam múltiplos) FRACIONÁRIO (denotam quantidade fracionária) um primeiro - - dois segundo dobro, duplo meio três terceiro triplo, tríplice terço quatro quarto quádruplo quarto cinco quinto quíntuplo quinto seis sexto sêxtuplo sexto sete sétimo sétuplo sétimo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 23 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre CARDINAL (expressam quantidades inteiras) ORDINAL (expressam ordem, posição em uma série) MULTIPLICATIVO (denotam múltiplos) FRACIONÁRIO (denotam quantidade fracionária) oito oitavo óctuplo oitavo nove nono nônuplo nono dez décimo décuplo décimo onze décimo primeiro - onze avos doze décimo segundo - doze avos treze décimo terceiro - treze avos catorze décimo quarto - catorze avos quinze décimo quinto - quinze avos dezesseis décimo sexto - dezesseis avos dezessete décimo sétimo - dezessete avos dezoito décimo oitavo - dezoito avos dezenove décimo nono - dezenove avos vinte vigésimo - vinte avos trinta trigésimo - trinta avos quarenta quadragésimo - quarenta avos cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos sessenta sexagésimo - sessenta avos setenta septuagésimo - setenta avos oitenta octogésimo - oitenta avos noventa nonagésimo - noventa avos cem centésimo cêntuplo centésimo duzentos ducentésimo - ducentésimo trezentos trecentésimo - trecentésimo quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo quinhentos quingentésimo - quingentésimo seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo setecentos septingentésimo - septingentésimo oitocentos octingentésimo - octingentésimo novecentos n o n g e n t é s i m o o u noningentésimo - nongentésimo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITOSANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 24 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre CARDINAL (expressam quantidades inteiras) ORDINAL (expressam ordem, posição em uma série) MULTIPLICATIVO (denotam múltiplos) FRACIONÁRIO (denotam quantidade fracionária) mil milésimo - milésimo milhão milionésimo - milionésimo bilhão bilionésimo - bilionésimo Sintaticamente, os numerais são adjuntos adnominais de núcleos substantivos (duas salas). Certo, estamos indo bem até agora. Seguiremos nosso PDF Sintético de Gramática com a classe dos pronomes. Os pronomes são formas linguísticas capazes de fazer referência (seja textual, espacial ou discursiva). Os pronomes se flexionam em pessoa, gênero e número. Em termos de classificação, a tradição gramatical descreve os pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. Veja, no mapa mental a seguir, a esquematização sobre a classificação e a flexão dos pronomes em Língua Portuguesa: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 25 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Como a nossa aula prima pela epítome (palavra chique para “síntese”, “resumo”) do conteúdo de gramática, vamos organizar cada tipo de pronome em tabelas. Para todas elas, as noções de PESSOA (1º - quem fala; 2º - com quem se fala; 3ª - de quem se fala), de NÚMERO (singular; plural) e de GÊNERO (masculino; feminino) estão organizadas conforme a tradição gramatical. Pronomes pessoais (fazem referência aos participantes dos eventos e a elementos textuais prévios (como nomes e eventos)) Retos Oblíquos átonos Oblíquos tônicos eu tu ele/ela nós vós eles/elas me te o, a, lhe, se nos vos os, as, lhes, se mim ti ele/ela/si nós vós, eles/elas/si Lembrando que o pronome “lhe”, no âmbito nominal, denota posse (é o chamado “genitivo”). Pronomes possessivos (denotam posse e exercem função semelhante à dos adjetivos) meu, minha/meus, minhas teu, tua/teus, tuas seu, sua/seus, suas nosso, nossa/nossos, nossas vosso, vossa/vossos, vossas seu, sua/seus, suas Pronomes demonstrativos (indicam seres ou coisas referidas no momento da enunciação, seja textual, seja espacial) Masculino Feminino Invariável (sempre pronome substantivo) Este Esta Isto Esse Essa Isso Aquele Aquela Aquilo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 26 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Pronomes indefinidos (referem-se à terceira pessoa de modo indeterminado; na sintaxe, ocorrem como núcleos de sintagma nominal, desencadeando, na flexão verbal, concordância na 3ª pessoa) Algum(a)(s) Alguém Nenhum(a)(s) Ninguém Outro(a)(s) Outrem Muito(a)(s) Pouco(a)(s) Certo(a)(s) Vários(as) Tanto(a)(s) Quanto(a)(s) Qualquer Quaisquer Nada Cada Algo Pronomes interrogativos (utilizados em frases interrogativas, diretas ou indiretas) Que (ou quê, acentuado, quando em final de período) Qual Quem Quanto Pronomes relativos (retomam um termo antecedente e, sintaticamente, exercem função sintática na subordinada adjetiva) Que Quem Onde O(s) qual(is) A(s) qual(is) Cujo(a)(s) Quando Como Os pronomes de tratamento, por fim, são formas de referência ao interlocutor. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República (3ª Edição, 2018), “Tradicionalmente, o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira indireta, para referenciar atributos da pessoa à qual se dirige. [...] Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala), levam a concordância para a terceira pessoa.” Na Plataforma Gran Questões, encontramos o seguinte quantitativo de questões sobre as classes gramaticais substantivo, adjetivo, artigo, numeral e pronome: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 27 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Classe gramatical Quantitativo (últimos 4 anos, todas as bancas) Adjetivos 1164 Substantivos 1134 Pronome 868 Artigo 317 Numeral 178 Em provas, os enunciados das questões que avaliam essas classes expressam as formulações a seguir: Banca Enunciado da questão sobre substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes IBFC Assinale a alternativa correta, em que o termo “vencedor” é um substantivo. VUNESP O termo destacado atribui sentido de indefinição ao substantivo em: IDECAN Assinale a alternativa em que a palavra indicada, no texto, desempenhe papel adjetivo. FGV Nesse fragmento estão destacados vários adjetivos que, segundo as gramáticas, podem expressar estados, características, qualidades e relações. Os dois adjetivos abaixo que expressam qualidades são: CEBRASPE No sétimo período do texto, o pronome “cujas” remete a “mecanismo”. IADES O pronome “lhe” (linha 17) foi empregado no texto com valor possessivo. FUNDATEC No trecho “Agora, mais de cem anos depois, esse tema vem à tona novamente”, retirado do texto, qual palavra é um numeral? Conseguimos! Finalizamos essa seção. Agora vamos seguir para a classe dos verbos (e advérbios). 3 .2 . EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS; ADVÉRBIOS3 .2 . EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS; ADVÉRBIOS Para a classe dos verbos, a tabela a seguir sintetiza a descrição gramatical preconizada pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (e adotada pela maioria das bancas examinadoras). As explicações e as ilustrações, bastante sintetizadas, estão entre parênteses: VERBOS Formação Primitivo (formas irredutíveis a partir das quais se criam outros verbos) Derivado (formas derivadas da primitiva, formadas a partir de afixação, como “ler”>”reler”) Simples (um único radical) Composto (mais de um radical, como em “tremeluzir”). 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Auxiliar (fica anteposto ao principal; é funcional) Formas nominais Infinitivo (comprar) Particípio (comprado) Gerúndio (comprando) Conjugações 1ª (tema em -a) (viajar) 2ª (tema em -e) (perceber) 3ª (tema em -i) (dormir) Categorias gramaticais Modo Indicativo Subjuntivo Imperativo Tempo Presente Pretérito Perfeito (evento concluso) Imperfeito (evento não concluso) Mais-que-perfeito (passado do passado) Futuro Do presente Do pretérito Número Singular Plural Pessoa Primeira (quem fala) Segunda (com quem se fala) Terceira (de quem se fala) Voz Ativa (Eu abracei o Pedro) Passiva (O Pedro foi abraçado por mim) Reflexiva (Abraçamo-nos) A tabela de conjugação de umverbo regular (CANTAR) pode ser conferida a seguir: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 29 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Indicativo Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito Pretérito mais-que- perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito canto cantas canta cantamos cantais cantam cantei cantaste cantou cantamos cantastes cantaram cantava cantavas cantava cantávamos cantáveis cantavam cantara cantaras cantara cantáramos cantáreis cantaram cantarei cantarás cantará cantaremos cantareis cantarão cantaria cantarias cantaria cantaríamos cantaríeis cantariam Subjuntivo Imperativo afirmativo Formas nominais Presente Pretérito imperfeito Futuro Infinitivo flexionado Gerúndio cantando cante cantes cante cantemos canteis cantem cantasse cantasses cantasse cantássemos cantásseis cantassem cantar cantares cantar cantarmos cantardes cantarem - canta cante cantemos cantai cantem cantar cantares cantar cantarmos cantardes cantarem Particípio cantado Em termos sintáticos, um verbo pode realizar duas funções centrais: (i) ser centro da predicação (núcleo de um predicado verbal ou verbo-nominal) ou ligar um sujeito a um predicado nominal (nesse caso, é um verbo de ligação). Na predicação verbal, observamos o fenômeno da transitividade, o qual está relacionado ao modo como um núcleo verbal seleciona ou não complementos (se seleciona, é transitivo; se não seleciona, é intransitivo). Os complementos, quando selecionados, podem ser diretos (sem presença de preposição) ou indiretos (com presença de preposição, exigida pelo verbo). Quando se analisa o modo como um verbo pode se comportar em termos de transitividade, estamos diante da chamada sintaxe de regência. Outro fenômeno muito relevante é a relação do verbo com seu sujeito. Se o verbo predica algum sujeito, haverá a relação de concordância verbal. Se o predicado não está vinculado a um sujeito, a manifestação dessa não vinculação será mais neutra (na terceira pessoa do singular, sempre) – como ocorre, por exemplo, com os verbos impessoais. Em termos semântico-discursivos, a escolha da forma verbal pode expressar distintos valores, como estes: Forma verbal Valor Exemplo Presente do indicativo Continuidade Recorrência O Pedro fuma. Futuro do pretérito Hipótese Conjectura Incerteza Eu cantaria na casa da Carla. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 30 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Forma verbal Valor Exemplo Imperativo Ordem Comando Desejo Cantemos o hino! Auxiliares modais Ordem Urgência Certeza Hipótese Etc. O Rafael deveria ouvir a Ana. O Rafael poderia ouvir a Ana. Para encerrar esta subseção sobre verbos, vamos falar sobre a correlação entre tempos e modos verbais. Quando o primeiro verbo da correlação estiver em um tempo-modo específico, o outro verbo (de uma subordinada, tipicamente) deve estar em um tempo- modo que se harmonize com o primeiro. As correlações mais avaliadas são estas: Correlação verbal Quando o tempo-modo 1 for: O tempo-modo 2 deve ser: Exemplo presente do indicativo presente do subjuntivo Não é adequado que você desrespeite seu chefe. futuro do subjuntivo futuro do presente do indicativo Quando o governo resolver investir em educação, acreditarei em um futuro melhor. pretérito perfeito do indicativo pretérito imperfeito do subjuntivo Orei durante dias para que você se convertesse. pretérito imperfeito do subjuntivo futuro do pretérito do indicativo Se corrêssemos mais, seríamos mais saudáveis. Ótimo. Agora podemos ir à classe dos advérbios, definida pelo gramático Evanildo Bechara (2017) como como a classe que, semanticamente, denota uma circunstância (de lugar, de tempo, de modo, de intensidade, de condição etc.). Sintaticamente, um advérbio funciona como um termo adjunto. Morfologicamente, os advérbios são invariáveis (não flexionam). A posição ocupada pela forma advérbio na sentença pode alterar os sentidos da oração, como na sequência a seguir: Provavelmente a coordenadora atendeu um aluno do sétimo ano. A coordenadora provavelmente atendeu um aluno do sétimo ano. A coordenadora atendeu provavelmente um aluno do sétimo ano. A coordenadora atendeu um aluno provavelmente do sétimo ano. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 31 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre As tabelas a seguir (de Hauy, 2014) ilustram com clareza os tipos de advérbios em português. Tipo Lugar Tempo Modo Dúvida Intensidade Exemplo abaixo acima além aquém aqui ali dentro detrás longe perto nunca agora ainda hoje amanhã cedo já jamais sempre outrora antigamente assim bem depressa devagar mal levemente suavemente acaso porventura possivelmente provavelmente quiçá talvez assaz bastante bem demais mais menos muito pouco quão tão meio Principais locuções adverbiais (introduzidas por preposição) a cavalo a pé a prazo à q u e i m a - roupa a sangue frio à vista a esmo à escuta a princípio a reboque a sete chaves à vontade a granel a postos a propósito à revelia à toa ao vivo aos poucos às cegas às claras às pressas às vezes de leve de manhã de propósito de repente de súbito em geral em vão em verdade por vezes sem dúvida em resumo de noite de improviso Observe que se emprega o acento indicativo de crase nas locuções com preposição a e núcleo substantivo feminino. Na Plataforma Gran Questões (últimos 4 anos), encontramos 920 questões para a classe gramatical verbo e 743 questões que citam a classe gramatical advérbio. Em provas de concursos, os enunciados das questões que avaliam verbos e advérbios possuem tipicamente a seguinte forma: Banca Enunciado da questão sobre verbos e sobre advérbios IBFC Assinale a alternativa que apresenta qual das palavras abaixo representa uma ação, um verbo. VUNESP A alternativa em que os verbos estão corretamente conjugados é: FCC Chegara até a pensar, não digo em concertos, mas num brilhante recital de caridade em que aparecesse de vestido comprido (teria então uns doze anos) e, num belo contralto, cantasse ao violão certo tango argentino da minha preferência. Consideradas as relações de sentido estabelecidas pelo contexto, substituindo “Chegara” por “Cheguei”, os verbos destacados assumirão as seguintes formas: CEBRASPE Assinale a opção que contém um trecho do texto em que as formas verbais foram empregadas no mesmo tempo verbal. No primeiro período do último parágrafo, o vocábulo ‘bem’ intensifica o sentido do termo ‘provável’. FGV A frase abaixo que mostra correto emprego do gerúndio é: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 32 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre 3 .3 . PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO3 .3 . PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO Em concursos, cobram-se os valores semânticos das conjunções e das preposições. No caso das conjunções,aborda-se em especial a possibilidade de se substituir uma forma por outra equivalente, como em conquanto/embora/apesar de. No caso das preposições, a abordagem é referente à semântica (tipicamente posicional/direcional) da preposição. Sintaticamente, as conjunções estabelecem relações de coordenação entre termos, além de também estabelecer subordinação (conjunções subordinativas). As preposições, por sua vez, são subordinantes (em nível sintagmático e em nível oracional). Em minha exposição para as conjunções e para as preposições, utilizarei basicamente mapas mentais. Conjunções coordenativas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 33 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Conjunções subordinativas (parte 1) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 34 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Conjunções subordinativas (parte 2) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 35 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Preposições O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 36 de 159gran.com.br Traços semânticos das preposições O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br 37 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre As preposições mais avaliadas em provas de concursos são o “a”, o “para”, o “de” e o “por”. As conjunções mais comuns em provas são as adversativas, as explicativas, as conclusivas, as integrantes, as concessivas, as causais, as finais e as condicionais. Na plataforma Gran Questões, encontramos 2.705 questões sobre conjunções e 1.898 questões sobre as preposições. Em provas, os enunciados das questões que avaliam as preposições e as conjunções possuem comumente estas formulações: Banca Enunciado da questão sobre preposições e sobre conjunções CEBRASPE Seria mantida a correção gramatical do texto caso a conjunção “pois”, no último período do primeiro parágrafo, fosse substituída por por que. No trecho “análise da evolução de experiências alternativas de resolução de conflitos” (início do último parágrafo), a preposição de, em suas quatro ocorrências, introduz argumentos que assumem o mesmo papel temático: o de paciente. FGV Na frase “A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade o corrompe e torna-o miserável”, a conjunção destacada pode ser adequadamente substituída por: Indique a frase em que a preposição COM tem o significado de “companhia”. VUNESP A conjunção “embora” substitui corretamente a expressão destacada em: Em relação aos termos destacados em –... sofrendo com a problemática das mudanças climáticas que tanto aflige, principalmente, os agricultores e agricultoras de base familiar. (1º parágrafo) –, é correto afirmar que a preposição “com” expressa sentido de QUADRIX A conjunção “portanto” (linha 19) conclusão no período em que aparece. É correto afirmar que, no título do texto — “Aprenda a chamar a polícia” —, os dois vocábulos “a” têm a mesma classificação gramatical. 3 .4 . INTERJEIÇÃO E PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS3 .4 . INTERJEIÇÃO E PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS Modernamente, os gramáticos e os linguistas classificam um grupo de palavras e expressões muito utilizadas na oralidade e na escrita: as palavras e expressões denotativas (expletivas). Para Hauy, essas palavras acrescentam ao discurso a participação crítica ou emocional do falante (HAUY, 2014). Essas palavras não exercem função sintática, à semelhança das interjeições, formas linguísticas que denotam estados emocionais do falante. A lista a seguir é proposta por Hauy (2014): Palavras e expressões denotativas Afirmação Sim Certamente Com efeito Negação Não Qual nada Exclusão Só Apenas Exclusive Somente Unicamente O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 38 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Palavras e expressões denotativas Inclusão Também Mesmo Outrossim Inclusive Avaliação Quase Mais ou menos Casualmente Designação Eis Explicação Isto é A saber Por exemplo Como Retificação Aliás Ou melhor Ou antes Realce Que Se Lá Cá É [...] que Afetividade Felizmente Ainda bem Situação Afinal Mas Então Agora Fiz um destaque especial às formas que e se. Sobre as interjeições (manifestam estados emocionais do enunciador), os principais exemplares são estes (note a presença de pontuação exclamativa): VALOR DA INTERJEIÇÃO EXEMPLOS exclamação Viva! admiração/susto Ah! Oh! alívio Ah! Eh! animação Eia! Coragem! apelo ou chamamento Olá! Alô! Psiu! aplauso Bravo! desejo Oxalá! Tomara! dor física Ai! Ui! impaciência Arre! Finalizamos aqui o trabalho do capítulo mais extenso de nossa síntese. Na sequência, abordarei a estrutura morfossintática do período. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 39 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre 4 . DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO 4 . DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODOPERÍODO Para este capítulo, elaborei esquemas (mapas mentais) que sintetizam com clareza as relações morfossintáticas mais importantes do período simples. Para revisar esse conteúdo, é importante seguir cada um dos ramos com atenção, em especial nas partes em que há contrastes de funções (por exemplo, adjunto adnominal e complemento nominal). Os tópicos centrais versam sobre: a relação fundamental da oração, com os tipos de sujeito e os tipos de predicado; os complementos verbal e nominal, o agente da passiva, as funções adjuntas, o aposto e o vocativo. Também abordo a construção passiva. Começamos com as noções básicas de sintaxe, distinguindo as noções de frase, oração e período. Observe também a caracterização do vocativo, bastante exigido em pontuação. Para os termos essenciais, destaco as funções de sujeito (identificada pela pergunta dirigida ao predicado: quem é que [predicado]?) e os tipos de predicado. Em provas, avaliam- se os tipos de sujeito (você deve identifica-los corretamente) e os tipos de predicado (em especial, a transitividade dos verbos na frase em análise). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciadopara ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 40 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Para os termos integrantes e acessórios, destaco a distinção entre complemento nominal e adjunto adnominal. A identificação dos valores semânticos e da pontuação aplicada aos adjuntos adverbiais também é destaque em provas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 41 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Sobre as vozes verbais, a distinção entre voz reflexiva e voz recíproca pode ser importante na interpretação de textos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 42 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Para a voz passiva, as bancas exigem a transformação ativa<>passiva. Também se exige a transformação passiva analítica<>passiva sintética. Por fim, a diferença entre o SE apassivador e o SE índice de indeterminação do sujeito também é bastante avaliada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 43 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Encerramos, de forma sintética, a sintaxe do período simples. Passemos agora à sintaxe do período composto. 5 . RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE 5 . RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃOTERMOS DA ORAÇÃO Há dois tipos de coordenadas: as sindéticas (com conectivo manifesto) e as assindéticas (sem conectivo manifesto). É importante, aqui, lembrar que a coordenação pode ocorrer O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 44 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre dentro de um sintagma, entre sintagmas e entre orações. Em concursos, a coordenação entre orações prevalece (e, em especial, prevalecem as coordenadas sindéticas). As bancas avaliam o seu conhecimento sobre a possibilidade ou não de mudar uma conjunção (das orações coordenadas). A expressão típica utilizada pelo examinador é a seguinte: “No trecho X é possível, sem prejuízo sintático-semântico, substituir a conjunção y pela conjunção z”. Vejamos as principais orações coordenadas sindéticas (com conectivo): Sentido Conectivos Exemplo Aditiva Denotam soma, acréscimo entre o que se apresenta nas orações. e nem (= e não) mas (precedido de não só) bem... como não só... mas (também) não só... mas (ainda) bem... como não só... como (ainda) tanto... como tanto... quanto O Rafael lê e escreve muito bem. Adversativas D e n o t a m o p o s i ç ã o , contraste, quebra de expectativa, compensação, restrição, adversidade. mas porém contudo todavia entretanto no entanto O novo filme do Star Wars teve sucesso nas bilheterias, mas não agradou os fãs da franquia. Alternativas Veiculam a ideia de uma opcionalidade (escolha) ou oposição (dessemelhança) entre o que se informa na oração 1 e o que se informa na oração 2. ou ou... ou quer... quer já... já ora... ora O aluno ora se comportava, ora bagunçava. Conclusivas Denotam consequência, conclusão, ilação (ação de inferir). pois [após o verbo] portanto logo por conseguinte Ele sempre fo i muito mentiroso, por isso ninguém acredita nele. Explicativa Manifestam a semântica de que a oração 2 explica/ justifica o que se afirma na oração 1. pois [antes do verbo] porque que porquanto Não fume perto de postos de combustível, porque é perigoso. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 45 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre 6 . RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE 6 . RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃOTERMOS DA ORAÇÃO Nas subordinadas, as relações entre termos e entre orações é do tipo hierárquica: há o termo subordinante e o termo subordinado. Em nível oracional, há três classes de subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as adverbiais. Vejamos cada uma delas nas tabelas a seguir: Subordinadas substantivas Subjetiva Função de sujeito. É claro que não tenho medo. Objetiva direta Função de objeto direto. O Matias disse que você chegaria um pouco mais tarde. Objetiva indireta Função de objeto indireto. Lembrou-se de que a classe estava atrasada. Completiva nominal Função de complemento nominal. Tenho a sensação de que me furam os tímpanos. Predicativa Função de predicativo. A conclusão é que a vida e a morte são heterogêneas. Apositiva Função de aposto. Ele descobriu a verdade: que escolhera o pior candidato nas eleições. Nas subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas e objetivas indiretas, a subordinada pode ser substituída pela forma ISSO (ou, se houver preposição, [PREPOSIÇÃO] ISSO). Subordinadas adjetivas Adjetiva restritiva (sem vírgula) STF pode julgar ação que questiona proibição às piadas na eleição. Adjetiva explicativa (com vírgula) Os professores, que sempre aderem à greve, tiveram o ponto cortado. Aqui, é importante diferenciar as subordinadas substantivas das subordinadas adjetivas: Oração subordinada substantiva Oração subordinada adjetiva Exercem função de substantivo. Exercem função de adjetivo. A forma “que”, quando presente, é simples conector (conjunção integrante), não exercendo função sintática. A forma “que” é pronome relativo (ao (pro)nome a que se refere) e exerce função sintática na oração subordinada. A forma “que” não pode ser substituída por formas variantes. A forma “que”, pronome relativo, pode ser substituída por forma equivalente, a qual manifestará os traços de gênero e número: o(s) qual(is), a(s) qual(is). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 46 de 159gran.com.br PDF SINTÉTICO Gramática Bruno Pilastre Subordinadas adverbiais Condicionais A subordinada contém uma hipótese ou uma condição necessária para que se cumpra a asserção da oração principal. Se o Brasil for campeão da Copa, poderemos comemorar o Hexa! Concessivas A subordinada exprime uma oposição ao que é dito na oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o fato mencionado. Embora ele corra algum risco, concordo que o investimento possa dar retorno. Conformativas A subordinada expressa uma noção de acordo, de conformidade
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