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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES @elaborado por @fred.cezar 1. RELAÇÃO JURÍDICO OBRIGACIONAL .................................................................................................................................................... 4 1.1 RELAÇÃO JURÍDICA REAL x RELAÇÃO JURÍDICA OBRIGACIONAL x OBRIGAÇÃO PROPTER REM .............................................. 4 1.2 SUJEITO (SUB.) ........................................................................................................................................................................... 5 1.3 OBJETO (OBJ.) ............................................................................................................................................................................ 5 1.4 VÍNCULO JURÍDICO ENTRE CREDOR DE DEVEDOR (IDEAL/IMATERIAL) .................................................................................... 5 1.4.1 TEORIA MONISTA/UNITÁRIA x DUALISTA .......................................................................................................................... 5 1.5 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ........................................................................................................................................... 6 1.6 TUTELA DO PATRIMONIO MÍNIMO ............................................................................................................................................. 6 2. OBRIGAÇÃO PERFEITA x OBRIGAÇÃO IMPERFEITA .............................................................................................................................. 6 2.1 DÍVIDAS DE JOGOS ..................................................................................................................................................................... 7 3. TEORIA DA OBRIGAÇÃO COMO PROCESSO ......................................................................................................................................... 7 4. FONTES................................................................................................................................................................................................. 7 5. MODALIDADES OBRIGACIONAIS .......................................................................................................................................................... 7 6. OBRIGAÇÃO DE DAR............................................................................................................................................................................. 8 6.1 COISA CERTA OU OBRIGAÇÃO ESPECÍFICA ................................................................................................................................ 8 6.1.1 DA PERDA DA COISA CERTA .............................................................................................................................................. 8 6.1.2 DA DETERIORAÇÃO DA COISA CERTA ............................................................................................................................... 8 6.1.3 MELHORAMENTOS E ACRESCIDOS ................................................................................................................................... 9 6.2 DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA (DÍVIDA DE GÊNERO ou OBRIGAÇÃO GENÉRICA) ................................................. 9 6.2.1 PERDA DO OBJETO .......................................................................................................................................................... 10 6.2.2 OBRIGAÇÃO QUASE GENÉRICA ........................................................................................................................................ 10 6.3 RESTITUIÇÃO DE COISA ............................................................................................................................................................ 10 6.3.1 PERDA DO OBJETO NA RESTITUIÇÃO .............................................................................................................................. 10 7. OBRIGAÇÃO DE FAZER ....................................................................................................................................................................... 12 7.1 PERDA DO OBJETO ................................................................................................................................................................... 12 8. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER ............................................................................................................................................................... 13 8.1 PERDA DO OBJETO ................................................................................................................................................................... 13 9. OBRIGAÇÃO SIMPLES E COMPOSTAS ............................................................................................................................................... 14 10. OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS ........................................................................................................................................................ 15 10.1 DA PERDA DO OBJETO.............................................................................................................................................................. 15 11. OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS......................................................................................................................................................... 16 12. OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS ........................................................................................................................................................ 16 12.1 PERDA DO OBJETO ................................................................................................................................................................... 16 13. OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL .................................................................................................................................................................. 16 14. OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL ............................................................................................................................................................... 16 14.1 CAUSAS DE INDIVISIBILIDADE .................................................................................................................................................. 16 14.2 PLURALIDADE DE DEVEDORES ................................................................................................................................................. 16 14.3 PLURALIDADE DE CREDORES ................................................................................................................................................... 17 14.3.1 REMISSÃO ........................................................................................................................................................................ 17 14.4 PERDAS E DANOS ..................................................................................................................................................................... 17 15. OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS............................................................................................................................................................. 19 15.1 DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................................................... 19 15.2 DA SOLIDARIEDADE ATIVA ....................................................................................................................................................... 19 15.2.1 FALECIMENTO DE UM CREDOR SOLIDÁRIO .................................................................................................................... 19 15.2.2 REMISSÃO DADÍVIDA ...................................................................................................................................................... 20 15.2.3 DAS EXCEÇÕES ................................................................................................................................................................ 20 15.2.4 COISA JULGADA NA SOLIDARIEDADE ATIVA ................................................................................................................... 20 15.3 SOLIDARIEDADE PASSIVA......................................................................................................................................................... 20 15.3.1 DAS CLÁUSULAS ADICIONAIS ......................................................................................................................................... 21 15.3.2 DAS EXCEÇÕES ................................................................................................................................................................ 21 15.3.3 MORA ............................................................................................................................................................................... 21 15.3.4 FALECIMENTO DE UM DEVEDOR SOLIDÁRIO .................................................................................................................. 21 15.3.5 EXONERAÇÃO OU RENÚNCIA À SOLIDARIEDADE ............................................................................................................ 21 15.3.6 DAS PERDAS E DANOS .................................................................................................................................................... 22 15.3.7 DA SATISFAÇÃO INTEIRA DA DÍVIDA E DO DEVEDOR INSOLVENTE................................................................................ 22 15.4 PRESCRIÇÃO x SOLIDARIEDADE ............................................................................................................................................... 22 15.5 OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA x OBRIGAÇÃO IN SOLIDUM ................................................................................................................ 23 16. TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES ................................................................................................................................................ 24 17. CESSÃO DE CRÉDITO (art. 286 – 298) ........................................................................................................................................... 24 17.1 CRÉDITOS INSUCETÍVEIS DE CESSÃO ...................................................................................................................................... 24 17.2 CESSÃO DE CRÉDITO E SEUS ACESSÓRIOS ............................................................................................................................. 24 17.3 EFICÁCIA PERANTE TERCEIROS: INSTRUMENTO PÚBLICO OU REGISTRO EM CARTÓRIO ....................................................... 25 17.4 CRÉDITO HIPOTECÁRIO E O DIREITO DE AVERBAÇÃO.............................................................................................................. 25 17.5 DA NOTIFICAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 25 17.6 MÚTIPLAS CESSÕES DO MESMO CRÉDITO .............................................................................................................................. 25 17.7 PAGAMENTO AO CREDOR PRIMITIVO ANTES DO CONHECIMENTO DA CESSÃO ..................................................................... 25 17.8 ATOS DE CONSERVAÇÃO .......................................................................................................................................................... 26 17.9 EXCEÇÕES ................................................................................................................................................................................. 26 17.10 CESSÃO PRO SOLUTO x PRO SOLVENDO ............................................................................................................................ 26 17.11 DO RESSARCIMENTO DAS DESPESAS COM A COBRANÇA .................................................................................................. 27 17.12 CRÉDITO PENHORADO: IMPOSSIBILIDADE DE TRANSFERERÊNCIA .................................................................................... 27 18. ASSUNÇÃO DE DÍVIDA – CESSÃO DE DÉBITO (art. 299 – 303) ..................................................................................................... 28 18.1 DA EXTINÇÃO DAS GARANTIAS ................................................................................................................................................ 29 18.2 DAS EXCEÇÕES ......................................................................................................................................................................... 29 18.3 IMÓVEL HIPOTECADO ............................................................................................................................................................... 30 19. CESSÃO DE CONTRATO ................................................................................................................................................................. 30 20. EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES ....................................................................................................................................................... 31 21. DO PAGAMENTO (arts. 304 - 333) ................................................................................................................................................. 31 21.1 DE QUEM DEVE PAGAR ............................................................................................................................................................. 31 21.2 DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR ....................................................................................................................................... 33 21.3 DO OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA ............................................................................................................................ 34 21.4 DO LUGAR DO PAGAMENTO ..................................................................................................................................................... 35 21.5 DO TEMPO DO PAGAMENTO ..................................................................................................................................................... 36 22. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (art. 334 - 345) ......................................................................................................................... 37 23. DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (art. 346 - 351) ................................................................................................................ 38 23.1 SUB-ROGAÇÃO LEGAL .............................................................................................................................................................. 38 23.1.1 SOLIDARIEDADE E INDIVISIBILIDADE (ART. 346, III) ....................................................................................................... 39 23.2 SUB-ROGAÇÃO CONVENCIONAL ............................................................................................................................................... 40 23.3 TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS E GARANTIAS .......................................................................................................................... 40 23.4 DIFERENÇA ENTRE CESSÃO DE CRÉDITO E SUB-ROGAÇÃO (DANIEL CARNACCHIONI) ........................................................... 40 24. IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO (art. 352 - 355) ..............................................................................................................................40 25. DAÇÃO EM PAGAMENTO (art. 356 - 359) ...................................................................................................................................... 41 26. NOVAÇÃO (art. 360 - 367) ............................................................................................................................................................. 42 27. COMPENSAÇÃO (art. 368 - 380) .................................................................................................................................................... 44 28. CONFUSÃO (art. 381 - 384) ........................................................................................................................................................... 45 29. REMISSÃO (art. 385 - 388) ............................................................................................................................................................ 46 29.1 REMISSÃO NA SOLIDARIEDADE PASSIVA ................................................................................................................................ 46 29.2 REMISSÃO NA SOLIDARIEDADE ATIVA ..................................................................................................................................... 46 29.3 REMISSÃO NA OBRIGAÇÃO INDISÍVEL ..................................................................................................................................... 47 30. DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL .............................................................................................................................................. 48 31. DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES (art. 389 a 420)........................................................................................................... 50 31.1 DISPOSIÇÕES GERAIS (389 - 393) ............................................................................................................................................ 50 31.1.1 CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR ................................................................................................................................... 50 31.1.2 RUPTURA ANTECIPADA (ANTICIPATORY BREACH) – INADIMPLEMENTO ANTECIPADO ................................................. 51 31.2 DA MORA (394 - 401) ............................................................................................................................................................... 51 31.2.1 ENCARGOS ESSENCIAIS x ENCARGOS ACESSÓRIOS x MORA ........................................................................................ 53 31.3 DAS PERDAS E DANOS (402 - 405) .......................................................................................................................................... 54 31.4 DOS JUROS LEGAIS (406 – 407)............................................................................................................................................... 55 31.5 DA CLÁUSULA PENAL (408 - 416) ............................................................................................................................................ 55 31.5.1 CUMULAÇÃO DA CLÁUSULA PENAL ................................................................................................................................ 58 31.5.2 INVERSÃO DA CLÁUSULA PENAL .................................................................................................................................... 58 31.5.3 JURISPRUDÊNCIA ............................................................................................................................................................ 59 31.6 DAS ARRAS OU SINAL (417 - 420) ........................................................................................................................................... 61 31.6.1 ESPÉCIES DE ARRAS ........................................................................................................................................................ 62 1. RELAÇÃO JURÍDICO OBRIGACIONAL Entendida a obrigação, em sentido mais abrangente, como a relação jurídica pessoal por meio da qual uma parte (devedora) fica obrigada a cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação patrimonial em proveito da outra (credora), faz-se necessário analisar a sua constituição estrutural.1 RELAÇÃO OBRIGACIONAL SUBJETIVO / PESSOAL SUJEITO ATIVO (CREDOR) SUJETIO PASSIVO (DEVEDOR) OBJETIVO / MATERIAL: PRESTAÇÃO IDEAL / IMATERIAL: VÍNCULO JURÍDICO Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 322; Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze. 1.1 RELAÇÃO JURÍDICA REAL x RELAÇÃO JURÍDICA OBRIGACIONAL x OBRIGAÇÃO PROPTER REM NATUREZA DA RELAÇÃO JURÍDICA REAL Real é o direito que traduz o poder jurídico direto de uma pessoa sobre uma coisa, submetendo-a em todos (propriedade) ou em alguns de seus aspectos (usufruto, servidão, superfície etc.). Para o seu exercício, portanto, prescinde-se de outro sujeito.2 NATUREZA DA RELAÇÃO JURÍDICA PESSOAL Obrigação significa a própria relação jurídica pessoal que vincula duas pessoas, credor e devedor, em razão da qual uma fica “obrigada” a cumprir uma prestação patrimonial de interesse da outra. 3 OBRIGAÇÕES PROPTER REM Obrigações propter rem ou próprias da coisa – situam-se em uma zona intermediária entre os direitos reais e os direitos patrimoniais, sendo ainda denominadas obrigações híbridas ou ambulatórias, pois perseguem a coisa onde quer que ela esteja.4 Nas obrigações propter rem, o abandono da coisa extingue a obrigação. (errada) CESPE - 2012 - MPE-RR As obrigações ambulatórias são as que incidem sobre uma pessoa em decorrência de sua vinculação a um direito pessoal REAL, haja vista que da própria titularidade lhe advém a obrigação. (errada) CESPE - 2015 - DPE-RN A obrigação propter rem é aquela que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real, existindo em razão da situação jurídica do obrigado, de titular do domínio ou de detentor de determinada coisa. (certa) 2014 - PGE-MS O promitente comprador passa a ser responsável pelo pagamento das despesas condominiais a partir da entrega das chaves, tendo em vista ser o momento em que tem a posse do imóvel. A recusa em receber as chaves constitui, em regra, comportamento contrário aos princípios contratuais, principalmente à boa-fé objetiva, desde que não esteja respaldado em fundamento legítimo. A rejeição em tomar a posse do imóvel, sem justificativa adequada, faz com que o adquirente das unidades imobiliárias passe a ser responsável pelas taxas condominiais. STJ. 3ª Turma. REsp 1847734-SP, 29/03/2022 (Info 731).5 Ex.: A obrigação imposta aos proprietários e inquilinos de um prédio de não prejudicarem a segurança, o sossego e a saúde dos vizinhos (art. 1.277 do CC). Por se transferir a eventuais novos ocupantes do imóvel, é também denominada obrigação ambulatória.6 Ex.: A necessidade de reparação integral da lesão causada ao meio ambiente permite a cumulação de obrigações de fazer, não fazer e indenizar, que tem natureza propter rem. (certa) 2015 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA Ex.: O contrato de fornecimento de água vincula apenas a concessionária e o solicitante do abastecimento, de modo que a contraprestação pela oferta do serviço não tem natureza jurídica de obrigação propter rem, na medida em que não se vincula à titularidade do imóvel. (certa) CESPE - 2014 - TJ-DFT – JUIZ • O dever de pagar pelo serviço de fornecimento de água tem a natureza jurídica de obrigação propter rem, uma vez que se vincula a titularidade do bem. (errada) 2015 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA 1 Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 320, Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze 2 Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 1.359; Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze. 3 Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 322, Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze4 Tartuce 1.493 5 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O adquirente de imóvel deve pagar as taxas condominiais desde o recebimento das chaves ou, em caso de recusa ilegítima, a partir do momento no qual as chaves estavam à sua disposição. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8386fa112ba70c3f60b6907d3812bb9e>. Acesso em: 23/06/2022 6 (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 2: teoria geral das obrigações. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 27). https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8386fa112ba70c3f60b6907d3812bb9e 1.2 SUJEITO (SUB.) ATIVO CREDOR - direito subjetivo de receber a prestação. PASSIVO DEVEDOR - dever de cumprir com a prestação ajustada. 1.3 OBJETO (OBJ.) OBJETO DIRETO OU IMEDIATO O objeto imediato da obrigação é a própria atividade positiva ou negativa do devedor, satisfativa do interesse do credor. POSITIVA DE DAR COISA CERTA COISA INCERTA DE FAZER NEGATIVA DE NÃO FAZER OBJETO INDIRETO OU MEDIATO Trata-se, no caso, do objeto da própria prestação de dar, fazer ou não fazer, ou seja, do próprio bem da vida posto em circulação jurídica. (...) poderíamos afirmar que o caminhão e o café são os objetos indiretos da obrigação. A prestação deverá ser lícita, possível e determinável. Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 322; Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze. 1.4 VÍNCULO JURÍDICO ENTRE CREDOR DE DEVEDOR (IDEAL/IMATERIAL)7 A obrigação só poderá ser compreendida, em todos os seus aspectos, se a considerarmos como uma verdadeira relação pessoal — originada de um fato jurídico (fonte) —, por meio da qual fica o devedor obrigado (vinculado) a cumprir uma prestação patrimonial de interesse do credor. O fato jurídico, fonte da obrigação, por sua vez, não deverá integrar esse elemento ideal, uma vez que, por imperativo de precedência lógica, é anterior à relação jurídica obrigacional. Aliás, a obrigação é a própria consequência jurídica do fato, com ele não se confundindo. Assim, o contrato de compra e venda, por exemplo, é o fato jurídico determinante do vínculo obrigacional existente entre credor e devedor. É, portanto, a causa genética da obrigação em si. 1.4.1 TEORIA MONISTA/UNITÁRIA x DUALISTA8 MONISTA/UNITÁRIA A obrigação essa seria consubstanciada por um único elemento: o vínculo jurídico que une a prestação e os elementos subjetivos. DUALISTA/BINÁRIA Prevalece atualmente na doutrina contemporânea a teoria dualista ou binária, de origem alemã, pela qual a obrigação é concebida por uma relação débito/crédito. (Alois Brinz, final séc. XIX) A superação daquela velha teoria pode ser percebida a partir do estudo dos dois elementos básicos da obrigação: DÉBITO SCHULD DEBITUM RESPONSABILIDADE HAFTUNG (obligatio) *lembrar “have to” OBLIGATIO Inicialmente, o SCHULD é o dever legal de cumprir com a obrigação, o dever existente por parte do devedor. Mas, por outro lado, se a obrigação não é cumprida, surgirá a responsabilidade, o HAFTUNG. Didaticamente, pode-se utilizar a palavra Schuld como sinônima de debitum e Haftung, de obligatio.9 • Em relação ao elemento imaterial da obrigação, prevalece, atualmente, na doutrina contemporânea a teoria dualista, que a divide em dois elementos básicos, o débito (schuld) e a responsabilidade (haftung), de modo que é possível existir responsabilidade sem débito, a exemplo do que ocorre nas obrigações naturais. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL • A responsabilidade civil contratual compõe o dualismo das obrigações pois é garantia do débito. (certa) 2021 - MPDFT A Teoria Dualista, referente ao vínculo obrigacional, dispõe que a obrigação é composta por SCHULD (responsabilidade) (DÉBITO) e HAFTUNG (débito)(RESPONSABILIDADE). Contudo, a doutrina entende que é possível haver situações em que há o débito sem responsabilidade, como no caso das obrigações naturais, mas não se admite responsabilidade sem a existência do débito por ferir o elemento subjetivo da relação obrigacional. (errada) 2015 - MPE-MS 7 Manual de Direito Civil, 6ª ed. (2022), p. 333, Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze. 8 Tartuce, 9ª ed. (2019), p. 568 9 Tartuce, 9ª ed. (2019), p. 568 SCHULD SEM HAFTUNG Dívida prescrita → A dívida existe, mas não é exigível. CC. art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. HAFTUNG SEM SCHULD O fiador tem responsabilidade ainda que não haja débito de sua parte. Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade. UMA DÍVIDA PRESCRITA OBRIGAÇÃO COM SCHULD SEM HAFTUNG certa O PENHOR OFERECIDO POR TERCEIRO OBRIGAÇÃO COM HAFTUNG SEM SCHULD PRÓPRIO certa UMA DÍVIDA DE JOGO OBRIGAÇÃO COM SCHULD SEM HAFTUNG certa FIANÇA OBRIGAÇÃO COM HAFTUNG SEM SCHULD ATUAL. certa VUNESP - 2019 - TJ-RJ - JUIZ SUBSTITUTO Justamente por tais possibilidades é que se entende, como parte da doutrina, que a teoria monista ou unitária encontra-se superada, prevalecendo atualmente a teoria dualista ou binária. A última visão, mais completa, acaba sendo a mais adequada para explicar o fenômeno contemporâneo obrigacional, principalmente nos casos descritos.10 1.5 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL CF. Art. 5º LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 1.6 TUTELA DO PATRIMONIO MÍNIMO CPC. Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. 2. OBRIGAÇÃO PERFEITA x OBRIGAÇÃO IMPERFEITA PERFEITA é aquela em que existe o débito e a responsabilidade. Estes elementos recaem sobre o mesmo devedor. IMPERFEITA é aquela em que existe o débito, mas não há responsabilidade. Ou ainda, quando há responsabilidade sem o débito ou recai sobre outra pessoa que não o responsável. As obrigações naturais são exemplos de obrigações imperfeitas. Há débito, mas não responsabilidade. O CC utiliza o termo de obrigação judicialmente inexigível. O devedor pode adimplir uma obrigação natural, mas não poderá repeti-la. CC. art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. [SCHULD sem HAFTUNG] → A dívida prescrita é um exemplo onde a pretensão está extinta, mas não o direito. Logo, há o débito, mas não há responsabilidade. Uma das características da obrigação natural é a inadmissibilidade de repetição em caso de pagamento voluntário. Assim, apesar da inexistência do dever de quitar o débito, se for procedida a sua prestação de forma espontânea e por pessoa capaz, não poderá repetir o que se pagou. (certa) 2009 – MPDFT A obrigação natural é judicialmente inexigível, mas se for paga, não comporta repetição. (certa) FCC - 2015 - TJ-SC - JUIZ SUBSTITUTO O crédito resultante de mútuo a menor sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver é exemplo de uma obrigação natural. (certa) 2022 - MPE-RJ // Art. 588 CC CC. art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores. 10 Tartuce, 9ª ed. (2019), p. 568 2.1 DÍVIDAS DE JOGOS As dívidas de jogo ou aposta também são exemplos onde existe o débito, mas não há responsabilidade. O contrato de jogo é contrato típico previsto art. 814 CC. Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, SALVO SE foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. DÍVIDA DE JOGO CONTRAÍDA NO EXTERIOR PODERÁ ser cobrada no Brasil desde que o local onde foi celebrado o contrato tenha sido válido. (Art. 9 LINDB) INFO 610 STJ Conformea jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), cassino que funcione no exterior de forma legal poderá cobrar, no Brasil, por dívida de jogo contraída por brasileiro no exterior. (certa) CESPE - 2018 - MPE-PI LINDB, Art. 9º Para QUALIFICAR e REGER as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. § 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. Ex.: Fátima Aparecida, brasileira, viaja a Las Vegas, a passeio. Vai a um cassino, no qual perde no jogo valor em dólares equivalente a R$ 20.000,00. Volta ao Brasil sem pagar a dívida e é acionada judicialmente. Considerada a legalidade da cobrança no país estrangeiro, aplica-se a lei norte-americana, no tocante ao direito material, uma vez que a obrigação foi constituída nos Estados Unidos, examinando-se sua compatibilidade ou não com a lei brasileira no exame dos conceitos de ordem pública, soberania e bons costumes. (certa) FCC - 2018 - DPE-AM 3. TEORIA DA OBRIGAÇÃO COMO PROCESSO A obrigação deve ser vista como uma relação complexa, formada por um conjunto de direitos, obrigações e situações jurídicas, compreendendo uma série de deveres de prestação, direitos formativos e outras situações jurídicas. A obrigação é tida como um processo – uma série de atos relacionados entre si –, que desde o início se encaminha a uma finalidade: a satisfação do interesse na prestação. Hodiernamente, não mais prevalece o status formal das partes, mas a finalidade à qual se dirige a relação dinâmica. Para além da perspectiva tradicional de subordinação do devedor ao credor existe o bem comum da relação obrigacional, voltado para o adimplemento, da forma mais satisfativa ao credor e menos onerosa ao devedor. O bem comum na relação obrigacional traduz a solidariedade mediante a cooperação dos indivíduos para a satisfação dos interesses patrimoniais recíprocos, sem comprometimento dos direitos da personalidade e da dignidade do credor e devedor11. Dado o conceito de obrigação como processo e de acordo com os princípios da boa-fé objetiva e da função social dos negócios jurídicos, incumbe ao credor colaborar para um adimplemento menos gravoso do devedor. (certa) 2012 - TJ-MS – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO Quando o doutrinador faz menção à obrigação como um processo, está fazendo referência ao trabalho de Clóvis do Couto e Silva. Esse jurista, inspirado na doutrina alemã, ensina que a obrigação deve ser encarada como um processo de colaboração contínua e efetiva entre as partes, a conduzir ao adimplemento ou ao cumprimento da obrigação. Com tais premissas teóricas deve ser encarada a obrigação. 4. FONTES ATOS JURÍDICOS NEGOCIAIS o contrato, o testamento, as declarações unilaterais de vontade ATOS JURÍDICOS NÃO NEGOCIAIS o ato jurídico stricto sensu, os fatos materiais — como a situação fática de vizinhança etc. ATOS ILÍCITOS no que se incluem o abuso de direito e o enriquecimento ilícito . 5. MODALIDADES OBRIGACIONAIS PARTE ESPECIAL / LIVRO I: DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES / TÍTULO I: DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES DAR (CAP. I) FAZER (CAP. II) NÃO FAZER (CAP. III) ALTERNATIVAS (CAP. IV) DIVISÍVEIS E INDIVÍSIVEIS (CAP. V) SOLIDÁRIAS (CAP. VI) 11 Nelson Rosenvald citado por Tartuce 9ª ed. (2019), p. 562 6. OBRIGAÇÃO DE DAR 6.1 COISA CERTA OU OBRIGAÇÃO ESPECÍFICA O bem é delimitado quanto ao GÊNERO QUALIDADE QUANTIDADE Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 2009 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA / 2010 - PGE-GO / 2012 - AGE-MG / 2013 - TJ-SC – JUIZ • A obrigação de dar coisa certa não abrange os acessórios, ainda que resulte do título ou das circunstâncias do caso. (errada) CESPE - 2009 - PC- RN - DELEGADO DE POLÍCIA • A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, mesmo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. (errada) FCC - 2011 - MPE-CE • A obrigação de dar coisa certa sempre abrange os acessórios dela. (errada) 2013 - MPE-PR • A obrigação de dar coisa certa não abrange os acessórios da coisa, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. (errada) CESPE - 2013 - DPE-DF • Como regra geral, a obrigação de dar coisa certa não abrange os acessórios, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. (errada) FCC - 2019 - MPE-MT 6.1.1 DA PERDA DA COISA CERTA Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, SEM CULPA do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica RESOLVIDA a obrigação para AMBAS as PARTES; 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO / se a perda resultar de CULPA DO DEVEDOR, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. • Na obrigação de dar coisa certa, se a coisa se perder sem culpa do devedor antes da tradição, este fica obrigado a ressarcir ao credor as perdas e os danos, sem prejuízo da eventual restituição do preço recebido. (errada) CESPE - 2009 - MPE-RN • Se determinada coisa se perder por culpa do devedor, este responderá pelo equivalente, mais perdas e danos. (certa) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA • Se antes da tradição, a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este somente pelas perdas e danos. (errada) 2010 - PGE-GO • Se a coisa se perder, por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. (certa) 2011 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA • Em caso de obrigações de dar coisa certa, se a coisa perecer antes do cumprimento da obrigação, o devedor, ainda que não tenha concorrido para o seu perecimento, responderá pelo equivalente, mais perdas e danos. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE • Havendo perda do objeto da prestação, antes da tradição, caso em que a inutilização da coisa deu-se por circunstâncias alheias à diligência do devedor, a solução será a resolução contratual pela falta superveniente do objeto, sem ônus para a parte alienante. (certa) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA • Na obrigação de dar coisa certa, se a coisa se perder sem culpa do devedor antes da tradição resolve-se a obrigação. (certa) 2014 - PGE-AC Ex.: Antônio obrigou-se a entregar a Benedito, Carlos, Dario e Ernesto um determinado touro reprodutor, avaliado em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Embora bem guardado e bem tratado em lugar apropriado e seguro, o animal morreu afogado em inundação causada por fortes chuvas. Nesse caso, a obrigação é de dar coisa certa, indivisível, resolvida para ambas as partes com ausência de culpa do devedor, ante o perecimento do objeto. (certa) FCC - 2012 - TJ-GO – JUIZ 6.1.2 DA DETERIORAÇÃO DA COISA CERTA SEM CULPA DO DEVEDOR Art. 235. Deteriorada a coisa, NÃO sendo o DEVEDOR CULPADO, PODERÁ O CREDOR: - RESOLVER A OBRIGAÇÃO, OU - ACEITAR A COISA, ABATIDO DE SEU PREÇO O VALOR QUE PERDEU. • Deteriorada a coisa, sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. (errada) 2010 - PGE-GO • Deteriorada a coisa, sem culpa do devedor, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, nesse caso sem abatimento do preço pela referida ausência de culpa do devedor. (errada) FCC - 2019 - MPE-MT COM CULPA DO DEVEDOR Art. 236. Sendo CULPADO O DEVEDOR, 2011 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA PODERÁ O CREDOR: (com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos) - EXIGIR O EQUIVALENTE, OU - ACEITAR A COISA NO ESTADO EM QUE SE ACHA Ex.: Carlos obrigou-se a entregar uma bicicleta a Paulo. Antes da tradição, porém, Carlos se acidentou, por dirigir negligentemente, causando danos à bicicleta. Paulo poderá aceitar a bicicleta no estado em que se encontra, ou o equivalente em dinheiro,mais indenização por perdas e danos, em um ou em outro caso. (certa) FCC - 2014 - MPE-PA Ex.: Ângela firmou contrato com Ana Lúcia obrigando-se a entregar-lhe um vestido. Antes da tradição, porém, utilizou o vestido em uma festa e derrubou vinho sobre o tecido, causando manchas no bem. Ana Lúcia poderá aceitar o vestido, ou o equivalente em dinheiro, além de postular perdas e danos. (certa) FCC - 2014 - DPE-PB • Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, sendo que apenas nesta última hipótese, com direito a reclamar indenização das perdas e danos. (errada) 2010 - PGE-GO • Na obrigação de dar coisa certa, havendo deterioração da coisa por culpa do devedor, antes da tradição, poderá o credor exigir o valor equivalente à coisa ou aceitar a coisa no estado em que se achar, com direito a reclamar indenização de perdas e danos em ambos os casos. (certa) CESPE - 2021 - PGE-AL 6.1.3 MELHORAMENTOS E ACRESCIDOS Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. 2009 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA / 2009 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2009 - TJ-AP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2010 - PGE-GO / • Enquanto não ocorrer a tradição, a coisa pertencerá ao devedor, mas os melhoramentos e acrescidos pertencerão ao credor. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA • Até a tradição, pertence a coisa ao credor, com seus acréscimos, pelos quais poderá exigir aumento do preço, com ou sem anuência do devedor. (errada) FCC - 2019 - MPE-MT Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. • Até a tradição, os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. (certa) 2010 - PGE-GO Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. PERDA ANTES DE TRADIÇÃO S/ CULPA DEVEDOR FICA RESOLVIDA PARA AMBAS AS PARTES. PERDA ANTES DE TRADIÇÃO C/ CULPA DEVEDOR RESPONDE EQUIVALENTE + PERDAS E DANOS DETERIORAÇÃO S/ CULPA DEVEDOR CREDOR PODERÁ RESOLVER A OBRIGAÇÃO OU ACEITAR A COISA C/ PREÇO ABATIDO DETERIORAÇÃO C/ CULPA DEVEDOR CREDOR PODERÁ EXIGIR O EQUIVALENTE + PERDAS E DANOS OU ACEITAR A COISA NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA + PERDAS E DANOS 6.2 DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA (DÍVIDA DE GÊNERO ou OBRIGAÇÃO GENÉRICA) O bem é delimitado quanto ao GÊNERO QUALIDADE QUANTIDADE Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 2013 - MPE-PR • A coisa certa será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. (errada) 2009 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. 2010 - MPE-PB / FCC - 2011 - MPE-CE / FCC - 2012 - DPE-PR / CESPE - 2012 - DPE-SE • Nas obrigações de dar coisa incerta, determinada pelo gênero e pela qualidade, a escolha pertence ao credor. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA • Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao credor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. (errada) FCC - 2011 - MPE-CE • As obrigações de dar coisa incerta, a escolha cabe sempre ao devedor. (errada) FUNDATEC - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL Ex.: Determinada fabricante de erva-mate vende a lojista de grande porte uma tonelada do produto, sem que as partes tenham especificado no contrato qual qualidade específica de erva-mate deverá ser entregue. Com base nesses dados, a escolha da erva- mate específica caberá ao devedor, mas este não poderá dar a de pior qualidade, nem será obrigado a prestar a de melhor qualidade. (certa) 2021 - MPE-RS Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na SEÇÃO ANTECEDENTE. (OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA) A desconcentração é característica das obrigações de dar coisa incerta. É configurada pela escolha, ato pelo qual o objeto ou prestação se tornam certos e determinados, sendo necessário, para que possa produzir efeitos, que o credor seja disso cientificado. (errada) CESPE - 2015 - DPE-RN 6.2.1 PERDA DO OBJETO Se a coisa é genérica não há como o devedor alegar a perda do bem. GENUS NUNQUAM PERIT Art. 246 . Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. FCC - 2012 - MPE-AL • Tratando-se de coisas determinadas pelo gênero e quantidade, antes de cientificado da concentração, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito, salvo se o objeto da dívida for limitado. (certa) CESPE - 2009 - MPE-RN • Nas obrigações de dar coisa incerta, não poderá o devedor, antes da escolha, alegar a perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. (certa) 2015 - MPE-SP • Na obrigação de dar coisa incerta, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. (certa) 2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO “(...) não há a possibilidade de perecimento, e, portanto, subsiste a obrigação, cabendo, ao devedor, o direito de escolha, se outra coisa não for convencionada. Este seu direito, porém, não poderá ir ao ponto de preferir a coisa pior da espécie, assim como não terá o credor a faculdade de exigir o melhor, quando lhe for conferido o direito de escolha”. (Clóvis Bevilaqua. Direito das Obrigações. p. 56. 9ª ed. Livraria Francisco Alves, 1957) A conclusão a que acima se chegou pode ter como antecedente o seguinte texto: se o objeto a dar for incerto, isto é, apenas determinado pelo gênero. (certa) FCC - 2018 - PGE-AP 6.2.2 OBRIGAÇÃO QUASE GENÉRICA É também conhecida como obrigação de gênero limitado. Ex. 50 unidades do queijo minas do Serro. A doutrina que a perda do objeto na obrigação quase genérica deve ser resolvida nos termos da obrigação de dar coisa certa. 6.3 RESTITUIÇÃO DE COISA É uma obrigação de dar coisa certa. O devedor deverá restituir ao credor o exato bem que já lhe pertence. A restituição é apenas da posse direta ao credor. Não há propriamente uma tradição, apesar do CC utilizar essa terminologia. 6.3.1 PERDA DO OBJETO NA RESTITUIÇÃO Na restituição nunca houve a transmissão da propriedade, apenas transmissão da posse. Ex. Tanto no comodato, como na locação, deve se restituir o exato bem que foi objeto do contrato. Art. 238. Se a obrigação for de RESTITUIR coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. 2017 - PGE-AC • Na obrigação de restituir, deteriorada a coisa sem culpa do devedor, o credor é obrigado a recebê-la tal como se encontra, sem direito a indenização. (certa) 2012 - AGE-MG • Destruindo-se totalmente e sem culpa do devedor a coisa certa, objeto de obrigação de restituir, o credor sofrerá a perda. (certa) FUNDATEC - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL • Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. (certa) FCC - 2019 - MPE-MT Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. 2010 - MPE-PB/ 2010 - PGE-GO / 2012 – PGFN / 2012 - AGE-MG • Se determinada coisa se perder por culpa do devedor, este responderá pelo equivalente, mais perdas e danos. (certa) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA • Se determinada coisa restituível se deteriorar, o credor terá direito a indenização, mesmo sem a culpa do devedor. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA • Na obrigação de restituir coisa certa, o credor está obrigado a receber a coisa de volta, ainda que deteriorada por culpa do devedor sem direito a indenização em razão da regra “res perit domino”. (errada) 2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239. • Em relação às obrigações de dar coisa certa, é correto afirmar que, se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. (certa) FCC - 2019 - MPE-MT Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. ANTES DE TRADIÇÃO A COISA SE PERDEU (S/ CULPA DEVEDOR SOFRERÁ O CREDOR A PERDA, OBRIGAÇÃO SE RESOLVERÁ, RESSALVADOS OS SEUS DIREITOS ATÉ O DIA DA PERDA. COISA SE PERDEU (C/ CULPA DEVEDOR DEVEDOR RESPONDERÁ ESTE PELO EQUIVALENTE + PERDAS E DANOS. DETERIORAÇÃO (S/ CULPA DEVEDOR RECEBÊ-LA-Á O CREDOR SEM DIREITO A INDENIZAÇÃO DETERIORAÇÃO (C/ CULPA DEVEDOR DEVEDOR RESPONDERÁ ESTE PELO EQUIVALENTE + PERDAS E DANOS. 7. OBRIGAÇÃO DE FAZER As obrigações de fazer são, pela natureza da prestação, sempre fungíveis. (errada) FUNDATEC - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL FUNGÍVEL Pode ser executada por qualquer devedor. Ex.: As obrigações de fazer fungíveis reclamam o adimplemento pessoal do devedor. (errada) 2016 - PGE-MS INFUNGÍVEL Atributos especiais do devedor. O próprio contrato pode atribuir essa qualidade de infungibilidade. Obrigação personalíssima. Ex.: A celebração de contrato oneroso, no qual a arquiteta Marina, contraiu obrigação intuitu personae de decorar o imóvel de Celeste é exemplo de uma obrigação de fazer infungível. (certa) 2014 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. FCC - 2009 - DPE-PA / CESPE - 2012 - DPE-SE / 2016 - MPE-SC / 2017 - PGE-AC • Aquele que se recusar ao cumprimento de uma obrigação de fazer instituída em caráter personalíssimo, incorre na obrigação de indenizar perdas e danos. (certa) 2015 - PGE-RS • Não incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. (errada) 2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO 7.1 PERDA DO OBJETO S/ CULPA DO DEVEDOR Retorna-se ao “STATUS QUO” C/ CULPA DO DEVEDOR PERDA E DANOS Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 2009 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO • O credor pode exigir o desfazimento de obrigação realizada por devedor a cuja abstenção se obrigou. (certa) 2015 - PGE-RS Parágrafo único. Em caso de URGÊNCIA, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. • Nas obrigações de não fazer, quando praticado pelo devedor o ato a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos; e em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, ainda que sem autorização judicial, e sem prejuízo do ressarcimento devido. (certa) 2013 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO 8. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER Abstenção voluntária por parte do devedor em relação a uma atividade que a lhe permitia executar. Ex. cláusula de exclusividade. Professor que não poderá lecionar em outro curso. SEMPRE TERÁ CARATER DE INFUNGIBILIDADE. Uma pessoa não pode cumprir a abstenção por outra. A mora é INCOMPATÍVEL com a obrigação de não fazer. É TUDO OU NADA. Se o devedor fizer aquilo que se comprometeu em se abster já é inadimplente. Nas obrigações negativas, o devedor é considerado inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. (certa) 2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO • Nas obrigações de não fazer a mora ocorrerá pelo simples descumprimento da obrigação. [adaptada] (errada) FCC - 2009 - MPE-CE 8.1 PERDA DO OBJETO Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. • Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato que se obrigou a não praticar. (certa) 2017 - PGE-AC Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Parágrafo único. Em caso de URGÊNCIA, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. 2015 - PGE-RS • Nas obrigações de não fazer se descumprida, em caso de urgência poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. (certa) FCC - 2009 - MPE-CE • Em se tratando de obrigações de não fazer, caso o devedor pratique o ato a cuja abstenção se tenha obrigado, o credor poderá exigir que ele o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, obrigando-se o culpado a ressarcir perdas e danos. (certa) CESPE - 2012 - DPE-SE • Se o devedor que assumiu obrigação de abster-se da prática de determinado ato vier a praticá-lo, o credor poderá exigir que ele o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. No entanto, extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato que se obrigou a não praticar. (certa) CESPE - 2013 - DPE-DF • O credor pode, em caso de urgência, desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, ato, a cuja abstenção se obrigara, praticado pelo devedor. (certa) FUNDEP - 2014 - DPE-MG 9. OBRIGAÇÃO SIMPLES E COMPOSTAS SIMPLES: Unicidade de sujeito e objeto. COMPOSTA/COMPLEXA/MÚLTIPLA: Pluralidade de sujeitos e/ou objetos. A obrigação pode ser objetiva ou subjetivamente composta. OBRIGAÇÃO COMPOSTA OBJETIVA CUMULATIVA OU CONJUNTIVA Na obrigação composta objetiva cumulativa ou conjuntiva (ou tão somente obrigação cumulativa) o sujeito passivo deve cumprir todas as prestações previstas, sob pena de inadimplemento total ou parcial. A obrigação composta cumulativa ou conjuntiva não está tratada pelo Código Civil. As obrigações conjuntivas possuem múltiplas prestações ou objetos, de tal modo que seu cumprimento será dado como efetivado quando todas as obrigações forem realizadas. (certa) CESPE - 2015 - DPE-RN OBRIGAÇÃO COMPOSTA OBJETIVA ALTERNATIVA OU DISJUNTIVA Normalmente, a obrigação alternativa é identificada pela conjunção ou, que tem natureza disjuntiva, justificando a outra nomenclatura dada pela doutrina. Para Tartuce, o exemplo típico em que está presente a obrigaçãoalternativa envolve o contrato estimatório, também conhecido como contrato de venda em consignação, negócio que recebeu tipificação pelo atual Código Civil. Tartuce, p. 604 Ex.: João e Maria firmaram contrato de compra e venda, nos moldes do Código Civil. Ficou estipulado, em uma das cláusulas do referido contrato, que João pagará a dívida perante Maria, mediante a entrega de R$ 400.000,00 ou um apartamento devidamente cientificado nesse valor. Assim, tem-se que a categoria das obrigações plurais ou compostas é formada pelas obrigações cumulativas, facultativas e alternativas, no caso do exemplo acima, tem-se um exemplo típico da modalidade das obrigações facultativas ALTERNATIVAS. (errada) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA ELEMENTO OBJETIVO (PRESTAÇÃO) ALTERNATIVAS Aquelas que têm por objeto duas ou mais prestações, sendo que o devedor exonera-se cumprindo apenas uma delas. FACULTATIVAS Aquelas que têm um único objeto e o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa. CUMULATIVAS Aquelas que têm por objeto uma pluralidade de prestações a serem cumpridas conjuntamente. DIVISÍVEIS Aquelas que admitem o cumprimento fracionado ou parcial da prestação. INDIVISÍVEIS Aquelas que só podem ser cumpridas por inteiro. LÍQUIDAS Aquelas certas quanto à existência e determinadas quanto ao objeto. ILÍQUIDAS Não há especificação do quantum para o seu cumprimento. Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 401; Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze . ELEMENTO SUBJETIVO (SUJEITOS) FRACIONÁRIAS Pluralidade de devedores ou credores, cada um deles responde apenas por parte da dívida. CONJUNTAS Pluralidade de devedores ou credores, impondo-se a todos o pagamento conjunto de toda a dívida, não se autorizando aos credores exigi-la individualmente. DISJUNTIVAS Devedores se obrigam alternativamente ao pagamento da dívida. Se um cumpre a obrigação, os demais são exonerados. SOLIDÁRIAS Solidariedade ativa: pluralidade de credores, cada um com direito à dívida toda. Solidariedade passiva: pluralidade de devedores, cada um obrigado à dívida por inteiro. Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 385; Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze Ex.: A doação de determinado bem a mais de uma pessoa é denominada conjuntiva. (certa) CESPE - 2019 - TJ-SC - JUIZ SUBSTITUTO 10. OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS Art. 252. Nas obrigações ALTERNATIVAS, a escolha cabe ao DEVEDOR, se outra coisa não se estipulou. 2011 - TJ-PR – JUIZ / CESPE - 2012 - DPE-SE / 2012 - AGE-MG / FCC - 2014 - TJ-AP – JUIZ / 2014 - MPE-SC / CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO / 2016 - PGE-MS / 2017 - PGE-AC • Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, mesmo se outra coisa se estipulou. (errada) FCC - 2009 - DPE-PA • Diante de uma obrigação alternativa, deve-se respeitar a vontade dos contratantes e, na falta de estipulação ou de presunção contrária, a escolha entre as alternativas caberá ao credor. (errada) CESPE - 2012 - TJ-AC - JUIZ SUBSTITUTO • Em se tratando de obrigação alternativa, silente o contrato, cabe ao credor determinar o modo de cumprir a obrigação. (errada) CESPE - 2014 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO § 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. FCC - 2014 - TJ-AP - JUIZ § 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. 2010 - MPE-SC / 2014 - MPE-SC § 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o JUIZ, findo o prazo por este assinado para a deliberação. • Em obrigação alternativa, no caso de pluralidade de optantes, havendo divergência entre estes, prevalecerá a deliberação da maioria quanto à concentração da prestação que vai ser adimplida. (errada) 2012 - PGE-PA • Nas obrigações alternativas, não poderá haver pluralidade de optantes, cabendo a escolha a apenas uma pessoa. (errada) FCC - 2014 - TJ-AP - JUIZ § 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, CABERÁ AO JUIZ a escolha se não houver acordo entre as partes. • Nas obrigações alternativas, se o título deferir a opção a terceiro e este não quiser, ou não puder exercê-la, a escolha passará automaticamente ao devedor. (errada) CESPE - 2013 - TJ-RN - JUIZ 10.1 DA PERDA DO OBJETO Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. FCC - 2014 - TJ-AP - JUIZ • Nas obrigações alternativas, caso uma das prestações torne-se inexequível antes da concentração, sem culpa do devedor, este poderá escolher entre adimplir com a prestação restante ou pagar em dinheiro o valor daquela que pereceu. (errada) FCC - 2015 - DPE-SP Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, EXTINGUIR-SE-Á A OBRIGAÇÃO. • Nas obrigações alternativas, se todas as prestações se tornarem impossíveis em razão de força maior, ainda assim subsistirá a obrigação pactuada originariamente. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2015-dpe-sp-defensor-publico 11. OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS É também conhecida como obrigação aditiva. O devedor somente se desobriga se ele cumprir todas as obrigações. Não está expressamente prevista no CC. 12. OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS12 Também não está expressamente prevista no CC. A obrigação é considerada facultativa quando, tendo um único objeto, o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa, prevista subsidiariamente. Exemplo: o devedor “A” obriga-se a pagar a quantia de R$ 10.000,00, facultando-se-lhe, todavia, a possibilidade de substituir a prestação principal pela entrega de um carro usado. 12.1 PERDA DO OBJETO Note-se que se trata de obrigação com objeto único, não obstante se reconheça ao devedor o poder de substituição da prestação. Por isso, se a prestação inicialmente prevista se impossibilitar sem culpa do devedor, a obrigação extingue-se, não tendo o credor o direito de exigir a prestação subsidiária. 13. OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. 2010 - PGE-GO • A obrigação é divisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. (certa) FCC - 2011 - MPE-CE Nas obrigações divisíveis no que tange ao pagamento o recebimento é a regra do princípio do CONCURSUS PARTS FIUT . (certa) 2011 - TJ-PR - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO Obs.: As obrigações INDIVISÍVEIS e SOLIDÁRIAS são as EXCEÇÕES e assim devem ser interpretadas RESTRITIVAMENTE. 14. OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. 2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2009 - DPE-PA / 2010 - PGE-GO / 2017 - PGE-AC • Entre os critérios utilizados pela lei para definir o bemindivisível encontra-se o do valor econômico. (certa) CESPE - 2009 - PGE-AL 14.1 CAUSAS DE INDIVISIBILIDADE NATUREZA (física) Alguns bens se divididos sob pena de perder sua essência. LEI (legal/jurídica) Art. 1.421 (Garantias reais); art. 1.358-D (Condomínio em Multipropriedade); art. 1.791 (Massa patrimonial) CONTRATO É possível que partes pactuem a indivisibilidade. O bem naturalmente divisível só pode se tornar indivisível por disposição legal. (errada) 2009 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO 14.2 PLURALIDADE DE DEVEDORES Havendo mais de um devedor, cada um deles será responsável pela dívida toda se o objeto da prestação for indivisível, mesmo que não estipulada a solidariedade passiva no contrato. (certa) 2014 - DPE-PR Quando a obrigação é indivisível os devedores são solidários. (errada) 2009 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. • Havendo pluralidade de devedores na obrigação indivisível, cada um deles se obriga por toda a dívida, não havendo sub-rogação nos direitos do credor, em relação aos demais coobrigados, para o devedor que paga a totalidade do débito. (errada) FCC - 2011 - DPE-RS 12 Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 395; Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze • Na obrigação indivisível, o devedor que paga a dívida se sub-roga no direito do credor em relação aos demais coobrigados, porém só poderá cobrar dos coobrigados a quota-parte de cada um destes. (certa) FCC - 2014 - DPE-RS • Se uma prestação não for divisível e houver dois ou mais devedores, cada um será obrigado pela dívida toda. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. (certa) 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO • Nas obrigações indivisíveis, o codevedor só deve a sua cota-parte, mas poderá ser obrigado pela dívida toda. (certa) CESPE - 2017 - PGE-SE Marcos foi contratado, em um mesmo instrumento, para prestar serviços de manutenção de máquinas agrícolas durante o período de colheita, simultaneamente, nas fazendas de Lourenço e Sérgio, comprometendo-se estes conjuntamente a pagar os serviços, parte em dinheiro e parte com um equino. Não tendo Lourenço e Sérgio cumprido a obrigação assumida e achando-se eles em mora, Marcos poderá cobrar a parte de cada um na dívida em dinheiro e a entrega do animal de qualquer dos devedores. (certa) FCC - 2015 - TJ-PI - JUIZ SUBSTITUTO 14.3 PLURALIDADE DE CREDORES Havendo pluralidade de credores de obrigação indivisível, cada um deles pode exigir a totalidade da obrigação, exceto se convertida em perdas e danos. (certa) FCC - 2012 - PGE-SP // Conforme o art. 263, a obrigação passa a ser divisível. Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: I - a TODOS CONJUNTAMENTE; II - A UM, DANDO ESTE CAUÇÃO DE RATIFICAÇÃO DOS OUTROS CREDORES • Havendo pluralidade de credores de obrigação indivisível, o devedor pode se exonerar pagando a um dos credores, dispensada a ratificação dos demais. (errada) FCC - 2012 - PGE-SP Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. Havendo mais de um credor, é vedado a apenas um deles receber a prestação por inteiro. (errada) 2018 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO 14.3.1 REMISSÃO Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão. • A remissão da dívida feita por um dos credores em obrigação indivisível extingue esta para com os demais credores. (errada) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO • Sobre as obrigações indivisíveis: A remissão da dívida por um dos credores não extingue a dívida para com os demais. 2018 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO 14.4 PERDAS E DANOS Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 2012 - AGE-MG • Na obrigação indivisível, subsiste a indivisibilidade ainda que a obrigação se converta em perdas e danos. (errada) CESPE - 2009 - PC-PB - DELEGADO DE POLÍCIA • Ainda que a obrigação se resolva em perdas e danos, persistirão a solidariedade e a indivisibilidade da obrigação. (errada) CESPE - 2017 - PGE-SE • Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. (certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO • As obrigações indivisíveis podem se configurar mesmo quando o objeto seja prestação consistente em fazer, e ainda que a obrigação de fazer posteriormente se resolva em perdas e danos. (errada) 2018 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO § 1º Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais. § 2º Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros DAS PERDAS/DANOS, respondendo só esse pelas perdas e danos. Ex.: Marcela e Renata contraíram obrigação indivisível cujo cumprimento se tornou impossível por culpa exclusiva da primeira. Nesse caso, de acordo com o Código Civil, resolve-se a obrigação em perdas e danos, pelas quais apenas Marcela responderá, ficando Renata exonerada. (certa) FCC - 2021 - PGE-GO • No inadimplemento de obrigação indivisível, se for de um só devedor a culpa, ficarão os demais codevedores exonerados do cumprimento das suas quotas na dívida PERDAS E OS DANOS, ressalvadas as perdas e os danos SUAS QUOTAS NA DÍVIDA. (errada) CESPE - 2009 - MPE-RN • Na obrigação indivisível com pluralidade de devedores, ocorrendo o inadimplemento, o credor poderá demandar o cumprimento da obrigação por inteiro de qualquer dos devedores, porém pela indenização em dinheiro dos prejuízos que lhe foram causados, responderá somente o devedor culpado pela inadimplência. (certa) 2009 - MPDFT • Quando uma obrigação indivisível se converte em perdas e danos, ela se torna uma obrigação divisível. Pelo equivalente em dinheiro devido em razão do inadimplemento respondem todos os devedores, assim como pelas perdas e danos. (errada) FCC - 2015 - DPE-SP NÃO CONFUNDIR Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. • Convertendo-se a prestação em perdas e danos subsiste para todos os efeitos a solidariedade, mas quando a obrigação é indivisível, perde esta qualidade. [adaptada] (certa) FCC - 2009 - TJ-GO - JUIZ • Convertendo-se a prestação em perdas e danos subsistem para todos os efeitos a solidariedade e a indivisibilidade da obrigação. (errada) FCC - 2009 - TJ-GO - JUIZ • Quando convertida em perdas e danos, a obrigação solidária conserva sua natureza, enquanto a obrigação indivisível torna-se divisível. (certa) FCC - 2014 - DPE-RS • Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. (certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO • Ainda que a obrigação se resolva em perdas e danos, persistirão a solidariedade e a indivisibilidade da obrigação. (errada) CESPE - 2017 - PGE-SE https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2015-dpe-sp-defensor-publico 15. OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS Para o Código Civil, a solidariedade não se presume, resulta de lei ou da vontade das partes. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cadaum com seu direito, ou obrigação, à dívida toda. (certa) 2014 - MPE-SC A solidariedade pode ser ativa ou passiva, mas não se identifica com a indivisibilidade, pois, nesta, a fim de que os devedores se exonerem para com todos os credores, exige-se o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto naquela não se exige tal cautela; a obrigação indivisível, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto a obrigação solidária conserva sua natureza; a remissão de dívida não extingue a obrigação indivisível para com os outros credores, entretanto, extingue-a a solidariedade até o montante do que foi pago, e pode a obrigação ser solidária e divisível ou indivisível e não solidária. (certa) VUNESP - 2018 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO 15.1 DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 2010 - MPE-SC / FCC - 2010 - TJ-MS – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2011 - MPE-CE Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. FCC - 2009 - DPE-MA / CESPE - 2009 - DPE-PI / 2010 - MPE-SC / 2010 - TJ-SC - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2011 - MPE-CE / 2011 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA / 2013 - PGE-GO / CESPE - 2014 - TJ- DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO / CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO / • A solidariedade não se presume; resulta sempre da lei, jamais da vontade das partes. (errada) 2010 - PGE-GO • A solidariedade entre os devedores não pode ser presumida, devendo resultar da lei ou da vontade das partes. (certa) FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA • Na hipótese de pluralidade de devedores obrigados ao pagamento de objeto indivisível, presume-se a existência de solidariedade passiva. (errada) [adaptada] CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. FCC - 2009 - DPE-PA / 2009 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2011 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA / 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL Havendo vários credores ou vários devedores não significa que ela é idêntica, sendo possível o estabelecimento de termos e/ou encargos distintos, por exemplo. • Nas obrigações solidárias, é vedada a estipulação de modalidades diversas para algum dos codevedores. (errada) CESPE - 2017 - PGE-SE • A solidariedade pode gerar obrigação pura para um dos devedores e condicional para outro. (certa) FUNDATEC - 2021 - PGE-RS 15.2 DA SOLIDARIEDADE ATIVA Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. 2013 - MPE-PR • O pagamento feito a um dos credores solidários só extingue a dívida, até o montante do que foi pago, se os demais firmarem conjuntamente a prova da quitação. (errada) 2014 - DPE-PR 15.2.1 FALECIMENTO DE UM CREDOR SOLIDÁRIO Art. 270 . Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. 2012 - AGE-MG Ex13: A, B e C são credores solidários de D. Como se sabe, qualquer deles pode cobrar toda a soma devida pelo devedor. Pois bem. B morre, deixando os seus filhos, E e F, como herdeiros. Nesse caso, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, isto é, a metade (1/2) da quota de B (R$ 50.000,00). Entretanto, se a obrigação for indivisível, um cavalo de raça, por exemplo, o herdeiro poderá exigi-lo por inteiro (dada a impossibilidade de fracioná- lo), respondendo, por óbvio, perante todos os demais pela quota-parte de cada um. • Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir a quota do crédito correspondente ao seu quinhão hereditário, exceto quando a obrigação for indivisível. (certa) CESPE - 2009 - DPE-ES • Na solidariedade ativa, se um dos credores falecer deixando herdeiros, cada um destes terá direito a receber a integralidade do crédito do finado. (errada) FCC - 2010 - TJ-MS – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO • Se um dos credores solidários falecer, deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, ainda que se trate de obrigação indivisível. (errada) 2012 – PGFN 13 Manual de Direito Civil, 6ª ed., 2022, p. 377; Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2018-tj-sp-juiz-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2018-tj-sp-juiz-substituto • Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, o mesmo acontecendo se a obrigação for indivisível. (errada) VUNESP - 2012 - TJ-RJ - JUIZ • Na solidariedade passiva, qualquer dos herdeiros do devedor falecido será obrigado a pagar a dívida toda. (errada) 2015 - MPE-MS • Caso um credor solidário faleça e seu crédito seja destinado a três herdeiros, cada um destes poderá exigir, por inteiro, a dívida do devedor comum, já que a morte não extingue a solidariedade anteriormente estabelecida. (errada) CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO • Se um dos credores solidários falecer, cada qual dos herdeiros só terá direito de exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão, salvo se a obrigação for indivisível. (certa) 2018 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO 15.2.2 REMISSÃO DA DÍVIDA Art. 272. O CREDOR que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros (credores) pela parte que lhes caiba. 2011 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO / VUNESP - 2018 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO • Na solidariedade ativa, a remissão da dívida concedida por um dos credores não exonera o devedor da obrigação, ficando este responsável quanto às quotas dos outros credores. (errada) 2011 – MPDFT • Na solidariedade ativa, extinta a obrigação, quer pelo meio direto do pagamento, quer pelos indiretos, como novação, compensação, transação e remissão, responde o credor favorecido, perante os demais, pelas quotas que lhes couberem. (certa) 2012 - MPE-RJ • A remissão da dívida feita por um dos credores solidários extingue a obrigação com relação ao devedor, devendo aquele credor responder aos outros pela parte que lhes caiba. (certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO 15.2.3 DAS EXCEÇÕES Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. 2013 - PGE-GO ▪ EXCEÇÕES PESSOAIS: apresentadas contra um credor específico. ▪ EXCEÇÕES COMUNS: apresentadas contra qualquer credor. Ex prescrição. 15.2.4 COISA JULGADA NA SOLIDARIEDADE ATIVA Júlia ajuizou ação contra Ana para cobrar. Se o pedido for julgado procedente gerará um efeito ultra partes. Do contrário, se o pedido for julgado improcedente o efeito é inter partes. Isto é, as co-credoras ainda poderão cobrar da devedora. Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. Contudo, a doutrina explica que se uma credora conseguiu vencer com uma exceção pessoal, provar que teve alguma causa especial de suspensão da prescrição, por exemplo. As co-credoras não poderiam se aproveitar desse resultado benéfico. • Enquanto o julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge
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