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REFLEXO APRENDIDO E CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO

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REFLEXO APRENDIDO E CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO
Reflexo aprendido
· Aprendemos novos reflexos devido a limitação do comportamento inato que gera limitação na aptidão. Ter novos reflexos amplia a nossa possibilidade de vida mediante principalmente a mudanças que ocorrem no ambiente.
· Muitos medos são aprendidos. Exemplo disso, o medo de dentista; não nascemos com esse medo inato, houve um processo de aprendizagem, onde passamos a ter medo a partir de um condicionamento 
Experimento de Pavlov
a. O experimento clássico de Pavlov sobre a aprendizagem de novos reflexos foi feito utilizando um cão como sujeito experimental – sua cobaia, carne e o som de uma sineta como estímulos, e a resposta observada foi a de salivação.
b. Basicamente o que Pavlov fez foi emparelhar (apresentar um estímulo e logo seguido o outro), para o cão, a carne (estímulo que naturalmente eliciava a resposta de salivação) e o som da sineta (estímulo que não eliciava a resposta de salivação), medindo a quantidade de gotas de saliva produzidas (respostas) quando o estímulos eram apresentados.
c. Após cerca de 60 emparelhamentos dos estímulos (carne e som da sineta), Pavlov apresentou para o cão apenas o som da sineta e mediu a quantidade de saliva produzida – o cão então aprendeu um novo reflexo – salivar o ouvir a sineta. 
d. Se os organismos podem aprender novos reflexos, podem também aprender a sentir novas emoções ou respostas emocionais que não estão presentes em seu repertório comportamental quando nascem. John Watson, em 1920 fez um experimento que ficou conhecido como o caso do pequeno Albert e o rato
Experimento do pequeno Albert 
a. O objetivo de Watson foi verificar se o condicionamento pavloviano teria utilidade para os estudos das emoções, o que se provou ser verdadeiro. 
b. Watson pegou um bebê (Albert de 10 meses + ou_) e partiu para a experimentação controlada, ou seja, buscou na prática suas respostas em ambiente controlado (no qual é possível ter domínio sobre as variáveis relevantes para o experimento), respostas sobre as suas dúvidas acerca do aprender a ter medo
c. Um reflexo é condicionado a partir de outro existente, então Watson procurou primeiro no repertório comportamental do bebê um reflexo inato, apenas para efeito de teste. 
d. Watson identificou um reflexo conhecido – som estridente (estímulo) e susto ou medo (resposta), então ele posicionou perto da cabeça do bebê uma haste de metal e bateu nela com um martelo, produzindo um som alto e estridente.
e. Após ouvir o som das marteladas o bebê contraiu os músculos do corpo e da face e começou a chorar. Com o barulho estridente Watson criou no bebê uma resposta incondicionada de medo, assim sucessivamente ele foi apresentando estímulos para Albert emparelhando o rato e o som estridente, gerando assim o sentimento de medo no bebê
f. Nesse experimento com Albert, Watson descobriu que a aprendizagem de um novo reflexo envolve respostas emocionais. Agora é possível compreender como algumas pessoas passam a ter algumas emoções (ou sensações), como ter medo de rato, barata, pena de cães ou ficar sexualmente excitadas com estímulos estranhos
Emparelhamento
· Pavlov investigou e começou a colocar o som de uma sirene junto com a apresentação da comida. Pouco tempo depois, bastava tocar a sirene para obter aumento da salivação sem apresentação do alimento. Foi então descoberto o emparelhamento de estímulos.
· Todos nós passamos por diferentes emparelhamentos de estímulos em nossa vida, e esse diferentes emparelhamentos produzem nosso jeito característico de sentir as emoções hoje.
· Alguém por exemplo, pode passar a sentir medo de dirigir após ter sofrido um acidente em um dia chuvoso, pois no dia do acidente houve um emparelhamento de estímulos incondicionados para a resposta medo – barulho, dor, impacto súbito – com um estímulo neutro para resposta de medo: dirigir na chuva. 
Generalização respondente 
· Após o condicionamento, estímulos semelhantes ao estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada.
· Na generalização responder a magnitude da resposta varia de acordo com o grau de semelhança com o estímulos já condicionado.
· A variação na magnitude da resposta em função das semelhanças físicas entre os estímulos é chamada de gradiente de generalização
Extinção respondente 
· Pode ocorrer que uma resposta reflexa condicionada, pode desaparecer se um estímulo condicionado for apresentado repetidas vezes sem a presença do estímulo incondicionado, pois o estímulo condicionado começa a perder a função de eliciar a resposta condicionada até não mais eliciar tal resposta, fazendo desta forma que ocorra uma extinção respondente.
· Para que um reflexo condicionado perca a força, o estímulo condicionado deve ser apresentado sem novos emparelhamentos com estímulos incondicionados. 
· Isso significa que da mesma forma que uma pessoa aprendeu a ter medo de ave, pode desaprender a não ter mais medo.
Recuperação espontânea
· Na extinção respondente pode ocorrer que, após a extinção ter ocorrido, ou seja, um determinado estímulo condicionado não eliciar mais uma resposta condicionada, esse venha a ganhar força outra vez após ter sido extinto, sendo conhecido esse fenômeno como recuperação espontânea.
· Na recuperação espontânea, o medo pode ganhar força novamente, após ser extinto, mas a sua força será menor que o medo que sentiu antes da extinção.
Dessensibilização sistemática
· É uma técnica muito eficiente e utilizada para se suavizar o processo de extinção de um reflexo, tendo como base a generalização respondente.
· Ela consiste em dividir o procedimento de extinção em pequenos passos. Construir uma escala crescente de hierarquia de ansiedade ou intensidade de estímulo – descobrir quais são os estímulos
relacionados a cães que eliciam na pessoa maior ou menor medo – tocar em cães de pelúcia, observar de longe e de perto, tocar…
Contradicionamento 
· Nesse caso, como sugere o próprio nome, consiste em condicionar uma resposta contrária àquela produzida pelo estímulo condicionado
· Ex: Se um determinado estímulo condicionado elicia uma resposta de ansiedade, o contracondicionamento consistiria em emparelhar esse estímulo condicionado a um outro estímulo que elicie o relaxamento (música, massagem, etc) 
Condicionamento pavloviano de ordem superior
· É um processo em que um estímulo previamente neutro passa a eliciar uma resposta condicionada como resultado do emparelhamento a um estímulo condicionado que já elicia a resposta condicionada em questão, portanto, é um emparelhamento CS-CS (estímulo condicionado – estímulo condicionado
· Ex: casal que ao ouvir uma música em especial, associam a sentimentos agradáveis que eles experimentaram quando se encontraram pela primeira vez – música pode ter sido emparelhada a beijos e carícias do primeiro encontro amoroso, tornou-se estímulo condicionado para respostas semelhantes às eliciadas pelos beijos e carícias.
Aplicações do condicionamento Pavloviano 
· Robert Ader e Nicholas Cohen (1982) mostraram que o condicionamento pavloviano se estende a resposta imunológica. Eles deram a ratos água com açúcar e uma droga supressora do sistema imunológico, depois emparelharam droga-água com açúcar (US-NS), a supressão ocorreu apenas com a ingestão de água com açúcar
· Esse fato é importante para os pacientes transplantados, pois o organismo por vezes rejeita o órgão que o considera como e para combater a interpretação equivocada do sistema imunológico, os médicos costumam receitar aos pacientes remédios que têm efeito de supressão do sistema.
· Se emparelhar os remédios com determinados cheiros, é possível que o paciente ao sentir esse cheiro específico venha criar o mesmo efeito do medicamento supressor, evitando assim os efeitos colaterais.
· Os produtores de propaganda também utilizam o tempo todo, às vezes sem saber, o condicionamento pavloviano, para tornar mais atrativos os seus produtos.
· Pavlov descobriu uma maneira mais eficaz de se estabelecer o condicionamento é apresentar o estímulo-neutro,e logo em 0,5 segundo depois, apresentar o estímulo incondicionado, ou seja apresentar o produto, logo em seguida, pessoas bonitas ou situações agradáveis. 
 
matheus serejo

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