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PROFESSORA JACK PÓVOAS ANTIGUIDADE OCIDENTAL A CIVILIZAÇÃO GREGA “Sem Grécia e Roma nós não seríamos o que somos”. Michael Grant GRECIA GRÉCIA: a Terra dos Deuses NOME OFICIAL: República Helênica. CAPITAL: Atenas. IDIOMA: Grego. LOCALIZAÇÃO: sul da Europa. MOEDA: Euro CLIMA: Mediterrâneo ÁREA: 131.957 km² POPULAÇÃO: 10,96 milhões DATA NACIONAL: 25 de março (Independência). FUSO HORÁRIO: + 5 horas em relação à Brasília RELIGIÃO: cristianismo 98,1% (ortodoxos gregos 97,6%, católicos 0,4%, protestantes 0,1%), islamismo 1,5%, outras 0,4% ECONOMIA: O ponto forte da economia grega é o turismo. Produtos Agrícolas : frutas, legumes e verduras, cereais, beterraba, tabaco. Pecuária : caprinos, suínos, ovinos, aves. Mineração : bauxita, minério de ferro, linhito, pedra-pome. Indústria : alimentícia, metalúrgica, têxtil, vestuário, química. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5c/Flag_of_Greece.svg Grecia, praia de Astypalea A civilização grega tem grande importância na formação cultural e política do Ocidente. Os gregos foram os primeiros a falar em DEMOCRACIA, o “governo do povo”. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA Concentrou-se ao sul da Península Balcânica, nas ilhas do Mar Egeu e no litoral da Ásia Menor. O relevo montanhoso e o conseqüente isolamento das localidades facilitaram a organização de cidades-Estado autônomas, característica marcante da Grécia Antiga. periodização Migrações indo-européias ΩCretenses: Vindos da Ilha de Creta formavam uma civilização comercial que exerceu o domínio sobre a Grécia Continental. Possuíam uma sociedade matriarcal governada pelo Rei Minos. ΩAqueus: Vindos do Norte da Península Balcânica, invadiram e dominaram os cretenses. ΩDórios: Originários da mesma região dos aqueus, expulsaram os Jônios e Eólios da Grécia para as ilhas do Egeu e o litoral da Ásia menor. (Primeira Diáspora Grega) Ω Os refugiados da primeira diáspora grega fundaram pequenas unidades auto-suficientes baseadas no coletivismo – os genos, ou comunidades gentílicas. Ω Essas unidades eram compostas de membros de uma mesma família, sob a chefia do pater. Ω Por volta do ano 800 a.C., as disputas por terras cultiváveis e o crescimento populacional acabaram com o sistema gentílico. Ω Alguns paters se apropriaram das melhores terras, originando a propriedade privada, e muitas outras famílias se dispersaram para o sul da Itália e para outras regiões, ocasionando a segunda diáspora grega. A partir do século VIII a.C. estabeleceram colônias gregas em diversos pontos da orla do Mar Mediterrâneo, especialmente no sul da Itália, na região conhecida como Magna Grécia. PERÍODO HOMÉRICO Fontes: Ilíada (Guerra de Tróia) e Odisséia (retorno de Ulisses ao reino de Ítaca). Poemas atribuídos ao poeta Homero. Estreito de Bósforo – Possível local da Guerra de Tróia Pintura do século XIX duma cena da Ilíada no estilo de uma pintura de jarra grega. Cena do filme Tróia Odisseu e as Sereias Segundo a tradição, o canto das sereias, misto de mulheres e de pássaros, perturbava a mente dos marinheiros e os fazia naufragar; quando chegavam à praia, eram então devorados por elas. Ao passar por sua ilha, Odisseu ordenou à tripulação que tapasse o ouvido com cera e, atado ao mastro do navio, resistiu ao seu canto. Uma das sereias, despeitada, se atirou do alto do penhasco. A desintegração dos genos provocou a formação das pólis e a colonização da região correspondente ao sul da Itália e à ilha da Sicília,área denominada Magna Grécia. Com as mudanças foram reforçadas as diferenças sociais. PERÍODO ARCAICO Com o surgimento da propriedade privada,iniciaram os conflitos entre os grupos, e, para lidar com as constantes crises, os proprietários de terra passaram a formar associações, as fatrias, que formaram as tribos, que, por sua vez, se organizaram em demos. Os demos deram origem às cidades- Estados, ou pólis – a principal transformação do período Arcaico . Comunidade gentílica GENOS •propriedade comunitária •igualdade social •laços consanguíneos FRÁTRIAS TRIBOS PATER pai clãnico Chefe político e religioso PÓLIS GREGA Transformação Econômica CRISE Crescimento demográfico e falta de terras férteis PROPRIEDADE PRIVADA O pater divide as terras para os familiares mais próximos DIVISÃO SOCIAL(classes) Aristocracia rural x Despossuídos TRANSIÇÃO PARA O ESCRAVISMO Modo de Produção da Antiguidade Clássica Escravidão: •POR DÍVIDAS •POR CONQUISTAS Cidades-Estados ou PÓLIS Cada cidade-Estado grega era um centro político, social e religioso autônomo, com uma classe dominante, deuses e um sistema de vida próprios. ATENAS Conhecida como a cidade exemplar da Grécia Antiga, por sua cultura e prosperidade econômica, Atenas, se desenvolveu na Ática, região cercada de montanhas. Por causa da falta de terras férteis, os atenienses voltaram-se para a pesca, a navegação e o comércio marítimo. Origem: vários povos, principalmente os jônios Condição geográfica privilegiada: montanhas protegendo a cidade da invasão dos dórios Proximidade com o mar Egeu facilitou seu desenvolvimento comercial e a navegação ATENAS Economia Ateniense Agricultura Comércio marítimo Artesanat o História política de Atenas Passou por uma evolução política ( monarquia democracia) Período Arcaico MONARQUIA ou REALEZA Autoridade política era o Basileu (rei) Luta pelo poder político Eupátridas Nobreza Latifundiária Regime oligárquico-aristocrático ARCONTADO 9 arcontes AREÓPAGO Conselho de Nobres (Aristocracia) para elaboração de leis ECLÉSIA Assembléia formada pelos cidadãos para aprovar as leis Poder Executivo Poder Legislativo Sociedade Ateniense Eupátridas (bem nascidos) Latifundiários nobres proprietários das terras mais férteis Georgóis – pequenos agricultores proprietários das terras menos férteis (região montanhosa) Metecos – estrangeiros (artesanato e comércio) e escravos Demiurgos – artesãos e comerciantes $$$ $$ Legisladores DRÁCON - código de leis igualando juridicamente os cidadãos - retirou os eupátridas do poder jurídico SÓLON - aristocrata de nascimento e comerciante de profissão - aboliu a escravidão por dívida - limitou as grande propriedades - Incentivou a indústria e o comércio - Adotou o critério da riqueza para ascensão social CLÍSTENES- pai da democracia - ampliação da participação política - todos os cidadãos tinham os mesmos direitos políticos - ostracismo Quando os atenienses consideravam que determinado cidadão era uma ameaça para a democracia, ele era submetido a uma votação. Os eleitores escreviam o nome da pessoa num pedaço de cerâmica chamado de óstraco, do grego óstrakon. O sujeito que tinha o nome mais votado era então condenado ao ostracismo. Isso significava que ele deveria se afastar de Atenas por dez anos. Depois desse período poderia retornar com plenos direitos políticos. Hoje em dia, utilizamos a expressão “cair no ostracismo” quando uma pessoa fica esquecida por todos. Democracia Ateniense demo = povo + kratos = poder Clístenes reorganizou a população, dividindo-a em dez tribos. Cada tribo enviava 50 representantes para a Bulé, cujo número foi aumentando para 500 membros. Esses representantes exerciam o governo de Atenas por um mês, em forma de rodízio ( o ano ateniense era de 10 meses ). Todos os cidadãos atenienses participavam da assembléia popular, a eclésia. DIRETA NÃO PARTICIPATIVA ESCRAVISTA “Participação Popular” Escravos, estrangeiros e mulheres O Apogeu – Século de Péricles A crise social se equilibrou com a política de Clístenes Péricles pôde governar uma Atenas forte politicamente. Cultura Ateniense Enquanto os homens viviam para a vida política, econômica e militar, as mulheres viviam para seus maridos e filhos Os escravos e as mulheresnão dispunham de quaisquer direitos de cidadania Educação baseada na filosofia e arte Cultura aberta aos avanços A Acrópole era murada e o acesso era feito por uma escadaria que conduzia a uma porta monumental, Propileos. O Partenón, o maior dos templos, estava dedicado a Palas Atena, deusa da sabedoria e protetora da cidade. PARTHENON Teatro de Arena em Atenas Mulheres de Atenas Música: Mulheres de Atenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas Quando amadas se perfumam Se banham com leite, se arrumam suas melenas Quando fustigadas não choram, Se ajoelham, pedem, imploram Mais duras penas, Cadenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Guardam-se pros maridos, poder e força de Atenas Quando eles embarcam soldados Elas tecem longos bordados, mil quarentenas E quando eles voltam, sedentos Querem arrancar, violentos Carícias plenas, obscenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar o carinho de outras falenas Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas, Helenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade Nem defeito nem qualidade Têm medo apenas Não têm sonhos, só têm presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas, Morenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas E as gestantes abandonadas Não fazem cenas Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem Às suas novenas, Serenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas Origem –dórios Povo extremamente militarista, conservador e oligárquico: aristocrático Economia essencialmente agrária O Estado tinha a posse legal da propriedade e o cidadão, apenas seu usufruto. SOCIEDADE ESPARTANA Sociedade Espartana Hiliotas – a esmagadora maioria de escravos, descentes dos povos nativos que resistiram a invasão dória Espartanos ou Esparcíatas – descendentes dos dórios, formando a aristocracia guerreira dos cidadãos- soldados Periecos – homens livres descendentes dos povos nativos que não resistiram a invasão dória. Sem direitos políticos, se dedicavam ao comércio e ao artesanato Política Espartana DIARQUIA dois reis exerciam funções religiosas, militares e judiciárias GERÚSIA assembléia de anciões elaboração das leis ÁPELA assembléia por cidadãos eleger os membros da Gerúsia e ratificar suas decisões O EFORATO OU CONSELHO DOS CINCO ÉFOROS (“VIGILANTES”) órgão executivo do governo espartano fiscalização da obediência as leis e da vida econômica dos cidadãos Cena do filme 300 na qual membros da Gerúsia tentam impedir Leônidas de marchar contra o Império Persa. Cultura Espartana Conservadora –laconismo e a xenofobia Educação – priorizava a formação física e militar Mulheres participavam de reuniões públicas, administrando a vida cotidiana e o patrimônio familiar. Estado Totalitário Não existe a separação entre o espaço do privado e do público Esparta A militarização e o caráter coletivo estatal de Esparta fizeram com que essa cidade-Estado não conhecesse qualquer mudança estrutural significativa: ela nasceu oligárquica e assim permaneceu até sua decadência. ESPARTA Representou os valores de austeridade, espírito cívico, submissão total do indivíduo ao Estado. Sociedade conservadora, patriarcal, aristocrática, guerreira e eugênica (não se admite defeitos físicos nos cidadãos). Sistema Oligárquico. O governo era Diarquia (dois Reis). A Assembléia (Ápela) era formada por espartanos com mais de 30 anos. A Ápela era responsável pela eleição da Gerúsia e do eforato. POLÍTICA EM Esparta Cena de 300 PERÍODO CLÁSSICO • Esse período foi marcado por violentas lutas dos gregos contra os povos invasores (persas) e entre si. • Foi considerado o apogeu da antiga civilização grega, concentrando suas maiores realizações culturais. • A primeira das grandes guerras de gregos contra persas ficou conhecida como Guerras Médicas.(por causa dos Medos que habitavam o Império Persa). Guerras Médicas Causa – EXPANSIONISMO PERSA Conseqüências das Guerras Médicas: • decadência do Império Persa • desenvolvimento político, econômico, político e cultural da Grécia clássica (principalmente de Atenas ao comandar a Liga de Delos) • Democracia x imperialismo em Atenas LIGA DE DELOS Durante as guerras contra os persas, as cidades gregas, lideradas por Atenas, criaram uma confederação denominada Liga de Delos. Cada cidade-membro deveria contribuir com homens, navios e dinheiro para um fundo comum, com o objetivo de combater os persas e preparar-se para futuras invasões. Com a derrota do inimigo, Péricles passou a transferir os recursos para a realização de obras públicas em Atenas, possibilitando o desenvolvimento da arquitetura, da escultura, do teatro e das artes em geral. O fortalecimento de Atenas gerou a insatisfação das demais cidades gregas, que a acusavam de estar se apoderando de todas as riquezas da Liga. A crescente rivalidade entre Atenas e as demais cidades-Estado helênicas deu origem à Guerra do Peloponeso, que marcou o início da decadência do mundo grego. A hegemonia ateniense, com a expansão de sua influência política, foi combatida por Esparta, que não desejava que o império de Atenas colocasse em risco as alianças de Esparta com outras cidades. A formação da Liga do Peloponeso inseriu-se nesse contexto. Foram 28 anos de lutas, que terminaram com a derrota ateniense. A supremacia espartana teve curta duração, sendo seguida pelo predomínio de Tebas e por um período de perturbações generalizadas. As principais cidades gregas estavam esgotadas por décadas de guerra. Eram alvos fáceis para um inimigo exterior: a Macedônia. GUERRA DO PELOPONESO Guerra do Peloponeso Causas - RIVALIDADE • Econômica – imperialismo ateniense • Política - Atenas democrática x Esparta aristocrática-oligárquica • Militar (Atenas comandava Liga de Delos e Esparta a Liga do Peloponeso) Conseqüências • Esparta venceu, acabou com o avançado sistema político de Atenas • Enfraquecimento interno da civilização grega, abrindo espaço ao Império Macedônico. PERÍODO HELENÍSTICO • Período caracterizado pela invasão da Grécia pelos macedônios comandados por Filipe II (Batalha de Queronéia). • A política expansionista iniciada por Filipe II teve continuidade com seu filho e sucessor Alexandre Magno, que consolidou a dominação da Grécia e conquistou a Pérsia, o Egito e a Mesopotâmia. • Alexandre respeitou as instituições políticas e religiosas dos povos vencidos e promoveu casamentos entre seus oficiais e jovens das populações locais; ele próprio desposou uma princesa persa. • A fusão dos valores gregos com as tradições das várias regiões asiáticas conquistadas deu origem a uma nova manifestação cultural, o helenismo. HELENISMO • Fusão dos elementos gregos com as culturas locais. • Recebeu este nome pois os gregos chamavam a si mesmos de helenos. Império Macedônico HELENISMO Os gregos apreciavam a higiene do corpo e procuravam mantê-la com cuidados especiais, entre os quais figuravam os banhos e os exercícios físicos. Sócrates, mesmo em idade avançada , não descurava a ginástica “para reduzir seu ventre que havia ultrapassado a justa medida.” http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4b/Berlin_Painter_Ganymedes_Louvre_G175.jpg A primeira peça do vestuário grego é o quíton. Este foi usado pelos atenienses até a época das guerras pérsicas. Depois, sob um regime de igualdade que nivelava as classes, o vestuário do homem tornava-sefatalmente de uma simplicidade democrática. Os trabalhadores livres não se distinguiam mais dos escravos e a diferença de fortuna só era reconhecível para um sinal: as pessoas ricas usavam vestes brancas; as demais , em razão de economia , vestes escuras. A sociedade na antiga Grécia era patriarcal. Para as mulheres estava apenas reservado um papel de esposas e mães. As raparigas eram educadas em casa dos pais até atingirem a idade casadoira, que se situava mais ou menos quatro anos depois da primeira menstruação. O homem casava-se por volta dos 30 anos, sendo para ele o casamento um "mal necessário" (estava previsto um imposto para homens solteiros com mais de 40 anos). O casamento era acordado sem que a rapariga exprimisse a sua opinião, conhecendo o seu futuro marido, na maioria das vezes, no dia do casamento. Circe e os leões Depois da boda, a rapariga só era considerada da família do noivo quando tivesse o primeiro filho varão. Assim, a sexualidade no matrimônio tinha por objetivo a procriação, apesar de não ser frequente ter mais de dois ou três filhos. Depois de atingido esse número de filhos,os infanticídios eram frequentes, principalmente nas raparigas. A partir daí, as relações sexuais entre o casal eram esporádicas, recorrendo muitas das vezes os homens a prostitutas. Ou, procurava-se evitar a gravidez através do coito anal, que era muito generalizado. De fato, eram as "nádegas", e não os peitos, a parte da anatomia feminina mais atrativa para os homens. Nas mulheres era frequente a masturbação, havendo mesmo testemunhos acerca do apreço que se tinha a certos curtidores, por fabricarem "consoladores" de um couro bastante duro. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Pyxis_Peleus_Thetis_Louvre_L55.jpg O homem grego enfatizava repetidamente a astúcia, malícia, artimanhas, poder racional e linguagem femininos; diziam que a mente da mulher era corrompida por paixões e desejos. Um famoso poeta grego, Menendro, desencorajava a educação da mulher, pois isso equivaleria a tornar uma cobra mais venenosa. Demócrito considerava uma coisa terrível uma mulher argumentar, porque sua mente émais aguçada que a do homem em pensamentos malignos. Para Platão e Aristóteles, os homens foram feitos para dominar as mulheres,assim como os homens livres deveriam dominar os escravos e a razão deveria dominar o irracional. Esse último dizia que “as mulheres são movidas a lágrimas, ciúmes, lamúria, repreensão, violência, melancolia, menos esperança, eram seres vazios de vergonha, discursos inexatos e enganosos”. Mas nem todos tinham esse ponto de vista: cortesãs da alta sociedade grega, as betera eram mulheres poderosas,admiradas por suas qualidades intelectuais,seus atrativos e habilidades sexuais, sendo muitas vezes amigas de grandes homens (soldados, filósofos, artistas). Sócrates, que costumava começar o dia com uma prece agradecendo aos deuses por ter nascido homem, mandou embora suas mulheres na hora da sua morte para que seus últimos minutos na terra “não fossem preenchidos com suas incômodas demonstrações emocionais”. No período clássico da Grécia Antiga a pederastia era prática comum, tinha função pedagógica e a finalidade de transmissão de conhecimento de homens mais experientes aos jovens. O homem mais velho admirava o mais jovem por suas qualidades masculinas e o mais jovem respeitava o mais velho por sua experiência, sabedoria e comando. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/96/Banquet_Euaion_Louvre_G467.jpg Os gregos apreciavam muito o banquete , e o realizavam com freqüência sempre que se desse um acontecimento digno. A refeição abrangia a primeira e a segunda mesa. Na primeira serviam carne de boi, de peixe, de carneiro, de aves, e legumes. Na segunda trazem-se doces e frutas: figos secos,amêndoas, nozes, maçãs, pêras, melancias, uvas e, em seguida, queijo, pastéis com papoula e mel. Na mitologia grega, Tirésias foi sucessivamente homem e mulher. Segundo a mitologia grega, Tirésias era um profeta de Tebas que ficou cego ao ver a nudez de Atena. O Mito conta que ao ir orar sobre um monte cinturão, encontrou um casal de cobras venenosas. Tirésias matou a fêmea, e logo se transformou em mulher. Anos mais tarde, no mesmo sítio, encontrou outro casal de cobras venenosas mas desta vez Tirésias matou o macho e de seguida se transformou em homem. O Mito também conta que Tirésias era cego, o motivo foi o facto de ele ter ousado olhar Minerva enquanto esta se banhava numa fonte. Eros e Psiquê são entidades mitológicas que personificam o Amor e a Alma. Éros em grego significa “desejar ardentemente”, “inflamado de amor” e a alma forma-se a partir de Psýkhein, cujo sentido é o sopro da vida, representada por uma figura feminina, mais menina do que mulher, com asas de borboleta. As crenças gregas populares concebiam a alma como uma borboleta, sendo o significado simbólico o indício de transformação. A lenda de Eros e Psiquê é, na realidade, a história da evolução e do amadurecimento dos sentimentos, e da capacidade do indivíduo se relacionar com outra pessoa. É na aventura do amadurecimento que a pessoa consegue se realizar. CARACTERISTICAS: .... Liberdade .... Interesse pelo homem, que “é a medida de todas as coisas” .... Racionalismo .... Amor pela beleza .... Equilíbrio .... Naturalismo .... Democracia .... Alegria .... Originalidade .... Beleza .... Harmonia .... Companheirismo Na Grécia, a beleza e a racionalidade do universo eram as manifestações mais elevadas do Bem. A arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia ideal. Os arquitetos gregos demonstravam grande habilidade em seus projetos de tempos e edifícios públicos. Eles assentavam com perfeição os blocos de mármores ou de pedra calcária, sem usar argamassa e empregavam graciosas colunas para sustentar o trabalho dos tempos. Apesar do arrojo da Arquitetura Moderna que dispõe de meios materiais desconhecidos na Antigüidade , o leve e o funcional se aliam harmonicamente nas linhas arquitetônicas da Grécia Clássica com suas colunatas de sóbria majestade e com seus capitéis característicos . Estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza. Este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalment e nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular. Pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas. A pintura grega também foi muito importante nas artes da Grécia Antiga. Os pintores gregos representavam cenas cotidianas, batalhas, religião, mitologias e outros aspectos da cultura grega. Os vasos, geralmente de cor preta, eram muito utilizados neste tipo de representação artística. Estes artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios. Medicina Tocha Olímpica Filosofia Hércules Apolo Dionisio ARTE NA GRÉCIA ANTIGA http://www.goddess-athena.org/Museum/Temples/Parthenon/Parthenon_NW_from_W_rec.html As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses edeusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas) também foram abordadas pelos escultores gregos. ATENA: Deusa da inteligência e da sabedoria; APOLO: Deus do Sol, das artes e da razão AFRODITE – DEUSA DO AMOR E DA BELEZA ARTE Partenon O teatro grego surgiu a partir da evolução das artes e cerimônias gregas como, por exemplo, a festa em homenagem ao deus Dionísio (deus do vinho e das festas). Nesta festa, os jovens dançavam e cantavam dentro do templo deste deus, oferecendo-lhe vinho. Com o tempo, esta festa começou a ganhar uma certa organização, sendo representada para diversas pessoas. Durante o período clássico da história da Grécia (século V AC) foram estabelecidos os estilos mais conhecidos de teatro: a tragédia e a comédia. Ésquilo e Sófocles são os dramaturgos de maior importância desta época. A ação, diversos personagens e temas cotidianos foram representados nos teatros gregos desta época. TEATRO GREGO As Divindades podem se dividir em dois grupos: os Olímpicos e outras menos importantes, como por exemplo os centauros, as moiras, sereias, ciclopes e também heróis. Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral. A essas narrativas damos o nome de MITOLOGIA. Diz a lenda que os deuses escolheram o Monte Olimpo como seu lar. Era o ponto mais alto da Grécia, localizado em uma região conhecida por Tessália. No Olimpo, cada deus possuía o seu palácio. O mais belo e brilhante era o de Zeus. Todas as manhãs, quando a Aurora de dedos róseos abria o Céu para libertar os cavalos do Sol, todas as divindades olímpicas reuniam-se na habitação de seu chefe: "Zeus o rei dos deuses". Os deuses individuais eram associados a três domínios principais: o céu (ou paraíso), o mar e a terra. Os doze deuses chefes (chamados de olimpianos) eram Zeus, Hera, Poseidon, Deméter, Apolo, Atena, Hefestos, Hermes, Afrodite, Ares, Artemis e Dionísio. No Olimpo os deuses alimentavam- se de uma planta de sabor agradável, a ambrósia. Os deuses gregos tinham características antropomórficas, isto é, eram representados por ídolos com formas humanas. Eram considerados semelhantes aos homens, possuindo também sentimentos bons ou maus, com a única diferença de serem imortais. Os deuses ficavam irritados, se fossem esquecidos, e satisfeitos quando eram lembrados. Eles empregavam castigos severos a mortais que mostravam comportamento inaceitável, tal como orgulho, ambição extrema, blasfêmia ou desafiar os deuses, e prosperidade excessiva. Nome Atributos Zeus Rei do Olimpo e dos Deuses Poseidon Deus dos mares e da navegação Hades Deus dos infernos (tártaro) Ares Deus da guerra Afrodite Deusa da beleza Cronos Deus do tempo Hermes Deus do comércio e do roubo Ouranos Deus do Universo Hera Deusa-rainha do Olimpo Atena Deusa do saber Perséfone Deusa-rainha do Hades (tártaro ou inferno) Apolo Deus da luz e do Sol Ártemis Deusa da caça Deméter Deusa da agricultura Íris Deusa do arco-íris Hebe Deusa da juventude Hefaístos Ferreiro dos Deuses Dioniso Deus da luxúria e do vinho Eros Deus do amor Héstia Deusa do fogo e do lar Réia Deusa da Terra, esposa de Saturno Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram : - Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles. - Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade. - Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode. - Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo. - Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes. - Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa - Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas. Pégaso (em grego, Πήγασος) - cavalo alado que nasceu da mistura do sangue da Górgona Medusa (quando esta teve a cabeça cortada por Perseu) com a espuma do mar; por isso sendo filho de Poseidon, deus do mar, e de Medusa. Pégaso voou para o Olimpo e foi transformado por Zeus numa constelação (a constelação de Pégaso). Sendo assim, ele seria símbolo da imaginação e da imortalidade. Na saga de Hades, Kurumada aborda os mitos gregos a respeito da morte e do destino das almas que passavam para o "outro mundo". Segundo a mitologia, Inferno era o lugar para onde iam e permaneciam as almas dos mortos. Situava-se no interior da Terra e era banhado por 5 rios sagrados, Aqueronte, Cocito, Flegetonte, Letes e Estige. Para atingir o Inferno, as almas tinham que atravessar o rio Aqueronte, na barca de Caronte. O Portão do Inferno era guardado por Cérbero, um cão de três cabeças. Após o Julgamento feito por Hades e seus 3 juízes – Éaco (ou Aiacos), Minos e Radamento (ou Radamanthys) – as almas malignas eram lançadas no Tártaro; as almas virtuosas iam para os Campos Elísios: lugar de delícias, semelhante ao Paraíso, para onde iam os heróis e homens bondosos após a morte.
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