Introdução aos Estudos Linguísticos - Cw1U1S1

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Unidade 1
Seção 1
Introdução aos Estudos
Linguísticos
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Unidade 1
Introdução aos estudos linguísticos
Apresentação da disciplina
Olá, estudante! Este é o início de seus estudos linguísticos. O estudo da linguagem
(inerentemente humana, como veremos nesta disciplina) tem a característica de nos fazer
refletir, a todo instante, sobre nossas palavras, nossas interações sociais e também sobre nosso
pensamento. Ao final desta disciplina, você deverá ser capaz de responder estas e outras
questões à luz de diversas áreas de estudo da Linguística.
O que estou dizendo quando digo “isso” e
não “aquilo”?
O que é da língua e o que é da
linguagem?
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Em nosso trajeto de estudo, cada unidade terá
um foco diferente, priorizando, quando
possível, uma ordem cronológica do
desenvolvimento das áreas e teorias
apresentadas.
Esperamos que essa disciplina possa ser a base
de seus estudos linguísticos, despertando uma
curiosidade pela constante pesquisa e reflexão
não só sobre a linguagem, mas sobre teorias,
metodologias, experimentação e aplicação de
conceitos.
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Unidade 1
A linguística como estudo científico
Apresentação da unidade
Convite ao estudo
Olá, estudante! Seja bem-vindo à primeira unidade da disciplina Introdução aos Estudos
Linguísticos. Nesta unidade, você conhecerá a constituição da Linguística como ciência e os
principais aspectos da natureza da língua e da linguagem.
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Para isso, propomos o seguinte contexto de
aprendizagem: Henrique é um aluno do
curso de Letras que quer fazer a diferença
na educação. Ele quer:
• Aprender por que ainda estudamos
Língua Portuguesa.
• Compreender como esse ensino deve ser
realizado a partir dos avanços históricos
pelos quais passou a língua.
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Para isso, ele se matriculou em uma disciplina optativa do
curso, cujo foco é o estudo da natureza da língua e da
constituição dos estudos linguísticos como ciência.
Vamos ajudar Henrique a alcançar seu objetivo?
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Webaula 1
Precursores dos estudos linguísticos
Experimente
No início desta unidade conhecemos
Henrique, um estudante de Letras que
deseja conhecer mais sobre a língua e os
estudos linguísticos, e, por isso, se
matriculou em uma disciplina optativa com
este foco.
Situação­problema
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Antes de começar a discutir a natureza da língua e da linguagem, o professor da disciplina faz
um apanhado histórico dos estudos linguísticos, desde a Antiguidade até o século XIX. Para que
os alunos possam entender como a língua foi percebida e estudada em diferentes momentos
da história, o professor pede que eles façam um quadro comparativo contendo as informações
sobre como a língua era estudada. Vamos ajudar Henrique a construir esse quadro?
Na Antiguidade Durante a Idade Média Nos séculos XVII, XVIII e XIX
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Conceitos fundamentais
Para resolver esta situação-problema, você deve refletir sobre:
O princípio dos estudos
linguísticos a partir dos hindus,
gregos e romanos.
A importância das gramáticas
para os latinos.
A concepção de que a língua não
é particular e que, portanto, seus
princípios de análise servem para
qualquer língua, começando,
pois, o estudo comparatista no
século XVIII até que, no século
XIX, se iniciam os estudos das
chamadas línguas vivas.
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Webaula 1
Precursores dos estudos linguísticos
Explore
Você deve saber ou imaginar quão antiga é
a linguagem humana, mas você já parou
para pensar quando o homem começou a
se debruçar sobre o seu estudo, ou seja,
quando o homem passou a ter a
necessidade de sistematizar e compreender
o funcionamento dela?
O início dos estudos sobre a linguagem
não é tão antigo quanto o aparecimento
dela, mas se deu ainda na Antiguidade.
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Os primeiros estudos linguísticos nasceram da necessidade
de se registrar os usos da língua hindu nos textos religiosos.
O estudo fonético realizado pelos hindus foi o mais
detalhado entre aqueles até o fim do século XVIII. Os
gramáticos hindus baseavam-se na observação e na
experiência para classificar os sons das palavras.
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Aristóteles Protágoras
Aristóteles foi o primeiro grego a fazer uma distinção entre classes ou categorias
gramaticais, ao tratar de “substantivos”, o que se definia como o sujeito de um predicado,
e de “verbos”, palavras que indicavam ações ou confirmavam qualidades.
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Na Roma Antiga, os estudos gregos foram
aplicados ao latim. Mantendo a busca de
pureza linguística empreendida pelos
gregos que concentraram seus estudos nos
textos literários, os romanos privilegiaram a
ideia de “certo” e “errado”. Voltados ao uso
clássico da língua latina, não se
preocupavam em analisar a língua em uso
pelo povo, mas apenas aquela eternizada
pela literatura. Por essa razão, as
gramáticas romanas são mais normativas.
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Com a queda do império romano e a ascensão do período medieval, o latim ganhou
ainda mais destaque, uma vez que era a língua da Igreja Católica, instituição dominante
na época. Durante esse período, passou-se a valorizar ainda mais a língua escrita,
especialmente aquela presente nos textos considerados clássicos e religiosos, que eram
transcritos pelos copistas com o objetivo de serem preservados.
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As línguas são instrumentos históricos e,
por isso, você precisa sempre relacionar
o que está estudando com o que
aconteceu na História da humanidade.
Como você pode perceber, desde a
Antiguidade o que vemos são linhas de
estudo que, de certa forma, abriram
caminho para um estudo prescritivo e
analítico da língua, ou seja, sob um viés de
norma e de correção. Estudar essa história
serve-nos, portanto, para compreender
que o que vemos ou fazemos, muitas vezes,
está pautado no que acontecia no passado.
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Bons estudos!
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