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Se eu te amo, por que os seus atos me irritam

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Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Edson Santos
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Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Edson Santos
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Copyright © Edson Santos, 2010
Todos os direitos reservados pelo autor.
Permitida a reprodução.
Primeira edição - 2010
Impresso no Brasil
Revisão
Pollyana Vidigal
pollyvidigal@hotmail.com
Capa e Diagramação
Filipe Araújo
www.filipearaujo.com.br
Composição
Gráfica Betânia
www.graficabetania.com.br
Contatos com a Autor Edson Santos
Telefone: (62) 3375-1000
www.igrejabatistanacional.com
E-mail: edson_motouniao@hotmail.com
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Sumário
Agradecimentos ..................................... 07
Introdução .............................................. 11
Capítulo I ............................................... 17
Capítulo II .............................................. 25
Capítulo III ............................................ 31
Capítulo IV ............................................ 33
Capítulo V .............................................. 39
Capítulo VI .............................................. 51
Capítulo VII ........................................... 55
Conclusão ............................................... 77
Bibliografia ............................................ 81
Sobre o Autor ........................................ 83
Edson Santos
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Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Agradecimentos
À Tânia Cristina dos Santos, esposa e amiga.
Edson Santos
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Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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 “Não ameis o mundo, nem o que no 
mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do 
Pai não está nele. 
 Porque tudo o que há no mundo, os de-
sejos da carne, o desejo dos olhos e a soberba da 
vida, não são do Pai, mas do mundo. 
 E o mundo passa, e os seus desejos; mas 
aquele que faz a vontade de Deus permanece 
para sempre”. 
 Apóstolo João¹.
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Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Introdução
 O processo de adaptação a dois a cada 
dia se torna mais difícil, é mais fácil abrir mão 
do outro do que abrir mão de nossas razões e 
aceitar um ao outro no sentido de conseguir 
construir lares equilibrados e estruturados, 
onde os filhos vejam os pais em uma união 
sólida e os tenham como exemplo a ser se-
guido, oferecendo uma proposta diferente do 
mundo em que vivemos onde os valores se 
perdem a cada dia. 
 A família, base da sociedade, tem se 
tornado a cada dia mais difícil de ser cons-
truída fortemente e estabelecida ao longo dos 
anos. Problemas conjugais como a infidelida-
de, a falta de diálogo, a impaciência, o assédio 
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da mídia para vivermos uma vida de fanta-
sias, o modelo de beleza exigido, o mundo 
das drogas e da bebida e até mesmo a rotina 
do dia-a-dia desencadeiam cada vez mais fa-
cilmente o fim dos valores familiares.
 O fato de muitas vezes não termos 
uma base sólida dentro do casamento, situa-
ções simples do cotidiano como juntar meias 
sujas ou revistas jogadas, tendem a tornar o 
ambiente familiar em um lugar muitas vezes 
estressante.
 Aqui, você encontrará uma história 
real de decadência conjugal, suas causas e o 
rumo que estas causas deram ao relaciona-
mento.
 Mais adiante lhe darei importantes en-
sinamentos pautados em minha experiência 
de vida e com referências da Palavra de Deus 
que com certeza, darão a você, pontos a se-
rem analisados e refletidos para a transforma-
ção de seu relacionamento.
 Seguindo estes pontos você poderá 
desfrutar de uma vida conjugal plena, rele-
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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vando os problemas cotidianos que podem 
levar um relacionamento à decadência.
 Espero que sua leitura seja proveitosa e 
que você tenha sucesso em seu casamento.
 Com carinho,
 Edson Santos.
Edson Santos
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 “Dizem que num culto o pastor perguntou:
 - Alguém aqui conhece um marido per-
feito?
 Alguém lá no fundo da Igreja ergueu as 
mãos e respondeu:
 - “O primeiro marido de minha esposa.”
 
 (Gary Chapman)
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, 
longanimidade, benignidade, bondade, fé, 
mansidão, temperança”. 
Apóstolo Paulo²
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Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Capítulo I
Nossas razões, muitas vezes impedem 
a nossa felicidade
 Eu e Tânia, minha querida esposa, nos 
convertemos em uma pequena Igreja do inte-
rior. Quando isto aconteceu, rapidamente fi-
zemos alguns amigos, principalmente casais. 
Entre estes casais, houve dois que marcaram 
nossas vidas, de uma forma especial, pelo 
amor, carinho e paciência com que nos rece-
beram. Eles nos discipularam, sempre orien-
tando, tirando dúvidas e orando por nós. 
 Abriram suas casas para nos receber. 
Nesta época os convites para almoços, janta-
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res e cafés da tarde eram comuns entre nós. 
Faziam visitas constantes em nossa casa, gas-
tavam o seu precioso tempo conosco.
 Ao que vejo, estas atitudes foram es-
senciais naquele começo de vida cristã, para 
que nossa fé fosse fortalecida e pudéssemos 
então criar raízes profundas que permitissem, 
não só o amadurecimento de nossa fé, mas 
também de nosso casamento. 
 Quero destacar um destes casais, utilizan-
do nomes fictícios para não comprometê-los. 
 Pedro e Maria eram do tipo de pessoas 
que você ama logo que conhece e, após algu-
mas horas de conversa, você se sente como se 
já os conhecesse a longos anos. Foi assim que 
nos sentimos ao conhecê-los.
 Criamos com eles um laço de amiza-
de, amor e companheirismo; sabíamos que 
eram pessoas que sempre poderíamos contar. 
Tinham um filho, uma bela criança. Tem-
pos depois chegou uma filha, um lindo bebê, 
cabelos e olhos da mesma cor: negros, mais 
pareciam duas jabuticabas maduras a fitarem 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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você. Uma graça de menina que cativou a to-
dos e encheu a casa de harmonia e alegria, 
parecia dizer que marcava uma época de ouro 
em suas vidas e que esse tempo nunca iria 
acabar. 
 Para nós eles eram o modelo de famí-
lia de sucesso: bom emprego, família bonita, 
casa, carro e estabilidade financeira, ou seja, 
o padrão que nos é imposto como um bom 
exemplo a ser seguido e que todos buscam 
construir dentro de seus lares.
 Ofereciam aos filhos um lar harmonio-
so. Quando alguém chegava para visitá-los já 
sentia o cheiro de boa comida, uma mistura 
de aromas das cozinhas mineira e goiana. 
 Maria cozinhava muito bem, tinha 
prazer em cozinhar, mas tinha mais prazer 
ainda em receber elogios pelas delícias que 
desenvolvia na pequena cozinha, onde era de 
costume, estar apinhada de pessoas querendo 
sempre degustar alguma coisa. 
 Parecia tudo perfeito, aliás, era perfei-
to, mas o casamento deu errado.
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 E o que deu errado?
 O tempo ia passando, as coisas cor-
riam bem pra todos, menos para eu e minha 
esposa, tivemos que nos mudar de cidade. 
 Foi uma época difícil, financeiramente 
falando, mas que conduziu meu casamento 
para melhor. Aprendemos a compartilhar to-
das as coisas, não só no sentido financeiro, 
mas que enriquecem ou empobrecem e que 
fazem parte do casamento. 
 O sexo ficou melhor, a comunicação 
era saudável e clara, um ajudava o outro. Tor-
namo-nos cúmplices lutando em busca de 
um objetivo comum, foi ruim, mas foi bom.
 Sei, é contraditório, entendo, foi ruim 
o momento vivido, mas foi exatamente este 
momento que permitiu o amadurecimento 
da relação. A porta chamada divórcio nunca 
foi uma opção, sempre ficou fechada; desen-
volvemos uma forma de viver harmônica, e 
isso foi muito bom.
 Morando em outra cidade, de impro-
viso resolvemos e fomos visitar Pedro e Ma-
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ria, matar a saudade. As coisas haviam mu-
dado, os filhos haviam crescido, dois belos 
jovens, meio acanhados, envoltos nas tarefas 
escolares, com cumprimentos meio sem gra-
ça, sorrisos amarelos, meias respostas, um olá 
rápido e uma fuga mais rápida ainda.
 Os cabelos brancos haviam chegado aPedro e as rugas em Maria, traços marcantes 
e que pareciam dar olá a um novo tempo em 
suas vidas, demonstravam que o desgaste e o 
cansaço haviam chegado e agora eram visíveis 
em ambos. 
 A vida havia passado, a meia idade 
chegou e junto com ela trouxe toda a carga 
que foi se acumulando ao longo dos anos: a 
falta de diálogo, a impaciência, o excesso de 
trabalho, o comportamento capitalista em 
busca do ter que desencadeou o enfraqueci-
mento do relacionamento e da cumplicidade 
que tinham. 
 Não conseguiram, diante das pressões 
da vida, desenvolver uma base sólida para a 
relação, ao contrário disso, tinham a impres-
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são que caminhavam em cima de um fio e 
que este, a qualquer momento poderia arre-
bentar.
 Já não mais existia a alegria, o romance 
havia acabado e os sonhos haviam desapare-
cido. Não possuíam mais o desejo de estar 
um ao lado do outro. Maria não mais fazia 
esforços no sentido de se sentir bela, pelo 
contrário, os elogios eram tão escassos da par-
te de Pedro que Maria não mais sentia prazer 
algum em ao menos maquiar-se. Pedro por 
sua vez não conseguia vislumbrar em Maria a 
bela esposa com quem havia se casado.
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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“A alma farta pisa o favo de mel, mas para a 
alma faminta todo amargo é doce.”
Provérbios. ³
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Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Capítulo II
Aparece um bonitão
 Era um belo homem e bem sucedido, 
tinha um sorriso cativante no rosto, os olhas 
eram meigos, os cabelos revoltos parece que 
pediam para serem acariciados, apareceu no 
ambiente de trabalho de Pedro e Maria. Aos 
poucos, sutilmente, começou a se aproximar 
e a fortalecer a amizade com ambos; seu foco 
era Maria, isso ficou claro para Pedro, desde 
o inicio.
 Maria estava cansada daquela vida, 
queria novas experiências, os filhos eram 
uma benção, já estavam crescidos e ela ainda 
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se sentia viva, porém, não vivendo como de-
sejava dentro de si. Queria algo novo e aquele 
homem representava pra ela uma nova vida, 
ou melhor, representava voltar a viver como 
queria em seu coração.
 Era tudo o que ela sonhava.
 Os elogios saíam facilmente dos lábios 
daquele estranho, os presentes se tornavam 
cada vez mais constantes. Quando ele chega-
va, seu coração disparava e ela se sentia nova-
mente uma adolescente.
 Não havia por que continuar com 
aquela vida sem graça ao lado de Pedro. Ha-
via suportado tantas coisas, era tempo de 
mudanças. Decidiu dentro de si: precisava de 
algo novo, viver novamente, amando e sen-
tindo-se amada.
 Pedro sabia que as coisas não estavam 
bem no casamento, mas o problema era: 
como mudar?
 As coisas tinham ficado difíceis, abriu 
mão de seus sonhos para ao lado da esposa, 
Maria, construir algo, pois não queria para 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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seus filhos a vida que tinha vivido. Queria 
algo diferente e, para isso, junto com Maria 
decidiram trabalhar, trabalhar e trabalhar.
 O casamento estava mal, o sexo acon-
tecia esporadicamente e não havia prazer 
como no começo, antes bastava um olhar 
para acontecer, agora, precisava haver um es-
forço. 
 Maria não estava feliz, e deixava cla-
ramente isso transparecer. O brilho havia se 
apagado, o sorriso que ele tanto amava era 
raro e as vezes que ocorria, nunca era para ele, 
pelo contrário, com ele, ela demonstrava-se 
sempre irritada.
 Para Pedro, o comportamento de Ma-
ria não era emocional. Ele acreditava que ela 
estava doente, cansada, estressada e que se 
aceitasse ir ao médico, os problemas iriam ser 
resolvidos.
 Maria discordava, não havia diálogo 
nesse sentido, um acusava e o outro rebatia.
 Pedro não tinha mais forças para lutar, 
sentia-se fraco, diante das constantes críticas 
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e do comportamento negativo de Maria, não 
mais se sentia estimulado, o desejo no seu co-
ração, também era, mesmo amando Maria, o 
de abrir mão do casamento.
 No meio daquilo que eles chamavam 
de vida, se perderam e perderam um ao ou-
tro, todos os esforços pareciam em vão, acon-
selhamento, livros, encontro de casais, ora-
ções, nada resolvia.
 Maria havia se tornado uma pessoa 
amarga, depressiva e difícil de conviver. As 
conversas não eram como antes, cheias de 
compreensão e recheadas de palavras cari-
nhosas; agora eram carregadas de sarcasmo, 
críticas e acusações. Ao lado dela Pedro se 
sentia um fracassado, eram tantas acusações, 
tantas críticas que aos poucos foi perdendo 
a coragem, a vontade de vencer, de fazer a 
diferença. Sentia-se um homem inseguro em 
todas as áreas de sua vida. 
 Pedro não sabia mais comemorar as 
vitórias que conseguia, mesmo as pequenas. 
Afinal, celebrar o quê? Sempre que fazia algo 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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era criticado.
 Então chegou aquele homem, se di-
zia amigo, Pedro notou o encanto de Maria, 
quando ele chegava, ela se transformava. Os 
sentimentos de derrota e frustração em Pedro 
aumentaram.
 Não teve jeito, o que estava ruim ficou 
pior, o casamento que antes era o sonho de 
ambos, agora parecia sem sentido e opressor. 
Conseguiram transformar uma linda relação 
em uma prisão emocional. 
 Os diálogos praticamente deixaram de 
existir e aos poucos o casamento acabou. Na 
seqüência veio a separação e por fim o divór-
cio.
 
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“Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que 
fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas 
estão em flor.”
Cantares de Salomão
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Capítulo III
E por que acabou?
 Porque uma relação não é destruída 
por uma única atitude ou um único momen-
to, ela é destruída pelos pequenos detalhes 
diários ao longo dos anos.
 Nós permitimos e contribuímos para a 
destruição de nossa relação.
 Pequenas mentiras, sarcasmo, críticas, 
falte de apoio, fuga, sentimentos depressivos, 
acusações, comunicação ruim, brigas, abusos 
verbais, valorizar situações que podem ser 
deixadas de lado, falta de carinho e compre-
ensão.
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 Talvez você esteja vivendo justamente 
esse momento e não sabe o que fazer. 
 O suicídio, o divórcio, o homicídio, a 
violência, o abuso moral, a fuga através de 
bebidas, amigos, festas ou orgias, a indiferen-
ça ou o abandono não resolvem o problema.
 O importante é você entender neste 
momento que existe uma saída. É possível 
reconstruir sua relação, não desista.
 Podemos abrir portas que se fecharam 
ao longo da caminhada, podemos fechar por-
tas que permitimos serem abertas e o melhor, 
podemos abrir novas portas, que gerem a es-
perança de uma mudança real.
 O segredo para isso? Simples, reconhe-
ça que você também tem culpa no fato de sua 
relação estar assim, comece imediatamente a 
buscar uma solução que resolva o problema, 
entenda o valor que possui a sua relação pra 
você. 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Capítulo IV
Atos que IRRITAM!!!
 Este capítulo é para a sua diversão, são 
coisas simples, mas que complicam uma re-
lação, o ideal é que seja um exercício prati-
cado a dois, marque nos parênteses, sem bri-
gas, por favor, comecem a reconhecer o que 
precisa ser mudado, use pra servir como uma 
janela de diálogo que se abriu em sua relação:
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Quem faz?
( ) Ele ( ) Ela
Não conversa, só sabe gritar.
( ) Ele ( ) Ela
Não conversa mesmo, sempre calado e emburrado.
( ) Ele ( ) Ela
Gosta de deixar a toalha molhada em cima da 
cama, ou toda embolada.
( ) Ele ( ) Ela
Quando toma banho deixa o banheiro todo mo-
lhado.
( ) Ele ( ) Ela
Aperta o creme dental no meio ou deixa ele aberto.
( ) Ele ( ) Ela
Deixa cabelo na pia, na escova de pentear e no 
banheiro.
( ) Ele ( ) Ela
Deixa a tampa da privada erguida e não da descarga.
( ) Ele ( ) Ela
Deixa o espelho do banheiro sujo. 
( ) Ele ( ) Ela
Nunca arruma a cama pela manhã, ou após o 
almoço.
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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( ) Ele ( ) Ela
Ronca quando dorme.
( ) Ele ( ) Ela
Baba quando dorme.
( ) Ele( ) Ela
Não gosta de atividades físicas.
( ) Ele ( ) Ela
Nunca desliga o telefone
( ) Ele ( ) Ela
Vive no computador.
( ) Ele ( ) Ela
Nunca fecha as portas ou as gavetas.
( ) Ele ( ) Ela
Vive quebrando a louça.
( ) Ele ( ) Ela
Quando usa o carro desrregula o banco e não 
coloca de volta, que raiva.
( ) Ele ( ) Ela
Tem horas que me trata como se a minha opi-
nião não importasse.
( ) Ele ( ) Ela
Não me trata com carinho
( ) Ele ( ) Ela
Nunca dá presentes, flores então, nem pensar
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( ) Ele ( ) Ela
Não gosta de fazer massagens
( ) Ele ( ) Ela
Nunca trata as crianças com amor e carinho
( ) Ele ( ) Ela
Nunca tem tempo para mim
( ) Ele ( ) Ela
Não me ouve
( ) Ele ( ) Ela
Não me elogia
( ) Ele ( ) Ela
Só coloca o papel higiênico do lado errado; “Você 
não sabia que tem lado”? Pergunta pro outro pra 
você ver?!”
( ) Ele ( ) Ela
Nunca abastece o carro e quando usa deixa tudo 
sujo.
( ) Ele ( ) Ela
Ao invés de ajudar com as tarefas fica na frente 
da televisão.
( ) Ele ( ) Ela
Como gosta de deixar roupa íntima pendurada 
no banheiro.
( ) Ele ( ) Ela
Nunca lava a louça suja, se pelo menos ajuda-se.
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( ) Ele ( ) Ela
Não deixa o outro tomar as próprias decisões.
( ) Ele ( ) Ela
Vive me controlando.
( ) Ele ( ) Ela
Nossa, como é relaxado.
( ) Ele ( ) Ela
Nunca apaga as luzes (tem 15 anos, não vai mudar).
( ) Ele ( ) Ela
Não ajuda a cuidar do cachorro.
( ) Ele ( ) Ela
Sempre tem uma desculpa pra não ir a igreja.
( ) Ele ( ) Ela
Sempre faz a gente chegar atrasado aos eventos.
( ) Ele ( ) Ela
Vive perdendo as chaves, e ainda liga bravo.
( ) Ele ( ) Ela
Gasta demais, não tem jeito, ninguém consegue 
controlar.
( ) Ele ( ) Ela
Nunca ajuda a tirar o lixo.
( ) Ele ( ) Ela
O controle do controle que nunca para num ca-
nal de TV.
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 As sensações chegam ao extremo de 
achar que a casa é uma bagunça e a vida é 
uma desorganização total.
 Ou seja, sabe qual o sentimento que 
desenvolvemos:
 Quem consegue viver com uma pessoa 
ou em uma casa desse jeito?
“É melhor morar numa terra deserta do que 
com a mulher rixosa e irritadiça.”
Provérbios
“O homem perverso instiga a contenda, e o 
intrigante separa os maiores amigos.”
Provérbios
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Capítulo V
Por que?
 Porque desenvolvemos em nós esse 
sentimento de ira onde qualquer coisa é mo-
tivo pra explodir, gritar ou até mesmo atacar 
o outro fisicamente? 
 O nervosismo sempre “a flor da pele” 
gera continuamente discussões. E como se 
tornam freqüentes esses momentos de explo-
sões, logo se transformam em hábitos. 
 O que nos leva a isso são sentimentos 
egoístas, penso e me preocupo mais comigo 
do que com o outro.
 Quando questionados, nossas respostas 
Edson Santos
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são sempre as mesmas: E eu? Preciso pensar 
também em mim. Abro mão de tantas coisas... 
 É verdade, mas o amor é assim, nos casa-
mos pra fazer o outro feliz e não para ser feliz.
 Mas, tenho uma boa notícia para 
você: esses sentimentos podem ser trabalha-
dos e modificados dando lugar a um lar onde 
a atmosfera de paz e amor se sobreponha à de 
guerras e conflitos.
 Então, é preciso entender as razões que 
levam a isso, corrigir os desvios e implantar 
em nossas relações o ciclo do amor.
 Antes de falarmos sobre o ciclo do 
amor, quero mostrar para você alguns pon-
tos para, juntos, podermos entender por que 
essas coisas acontecem conosco, por que de-
senvolvemos em nós sentimentos contraditó-
rios e acabamos por causa de nossas reações 
irritadas, machucando aqueles a quem mais 
amamos.
 Após as brigas é comum falar em se-
paração, alguns vêem na volta para a casa dos 
pais a solução para seus problemas, outros por 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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medo da reação do outro, por medo de pas-
sar dificuldades financeiras não se separam, 
passam a viver com medo, a relação tornar-se 
uma prisão. Neste caso, é hora de buscar aju-
da e apoio, uma instituição séria, com pro-
pósitos definidos pode e deve ajudar, ou um 
conselheiro com sabedoria para orientá-los.
 Após a briga vem as lágrimas, a vonta-
de de desistir, o silêncio, muitas vezes dias e 
dias calados, o ambiente do lar fica tenso, aos 
poucos, sensivelmente vai voltando ao nor-
mal e fazem as pazes, até o próximo conflito. 
 Por que isso acontece?
Edson Santos
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1º Desenvolvemos um sentimento 
de propriedade sobre a outra pessoa
 Gostamos de controlar, queremos 
sempre ter a razão, mandar é com a gente 
mesmo, só serve se for do nosso jeito, pois 
este é o certo. Portanto a manipulação, que é 
perigosíssimo, é a nossa arma número um.
 Olha, se você não fizer isso, eu vou...
 Sabe amor, gosta tanto de você, se você 
me amasse como diz que me ama, iria...
 Ela nunca vai me trair. 
 Eles nunca vão sair de casa.
 Sem mim, o que eles vão fazer?
 Acreditamos que somos a única opção 
e que nossos familiares dependem de nós e 
nunca irão conseguir fazer as coisas sozinhos.
 Não conseguimos entender que somos 
importantes, amados e realmente precisam 
de nós, mas que não somos insubstituíveis
 Com o convívio diário, desenvolve-
mos um sentimento de propriedade, acredi-
tamos que podemos mandar e o outro deve 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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obedecer, gostamos de controlar e quando as 
coisas não acontecem do nosso jeito nos es-
tressamos. 
 Alguns chamam isso de incompatibilida-
de de gênios. Geralmente pessoas com esse com-
portamento tem o temperamento forte e posições 
irredutíveis. Não aceitam ser submissas a alguém 
que acreditam ser igual ou inferior a elas. 
 Até o dia em que o outro, cansado dessa 
situação, começa a ter atitudes diferentes, começa 
a agir, a mudar e deixa de ser uma pessoa passiva.
 Está errado?
 Não! 
 Não está errado, está correto. 
 No entanto, se observarmos esses si-
nais, passamos a administrá-los para o suces-
so e não para o fracasso da relação.
 Precisamos aprender a desenvolver um 
equilíbrio saudável dentro da relação, alguns 
brigam, outros brincam, uns fogem, outros 
enfrentam, independente do caso, precisamos 
amadurecer nesta área de nossa vida. 
 Ficamos com uma pessoa por opção, 
Edson Santos
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porque amamos e queremos estar ao lado 
dela. Pense, porque essa pessoa está com 
você? Ela não é propriedade sua.
 É, isso mesmo, ela está com você so-
mente por que ela te ama. 
 Você tem feito por merecer esse amor?
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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2º Mesmo demonstrando que nunca 
estamos satisfeitos com o outro 
ele não muda
 Começamos de maneira errada, acha-
mos que o outro sabe como nos sentimos. 
Não é verdade, a comunicação clara é a chave 
para o sucesso da relação.
 Gosto muito de uma história que 
ouvi, parabéns ao autor, pois reflete o quanto 
a comunicação clara é importante em todas 
as áreas de nossa vida:
 Depois dos terremotos ocorridos na Ásia, 
o Governo de um determinado país, resolveu 
instalar um sistema de medição e controle de 
abalos sísmicos, com cobertura nacional.
 O então recém-criado Centro Sísmico, 
poucos dias após entrar em funcionamento, já 
detectou que haveria um grande terremoto no 
Nordeste do país.
 Assim, enviou um telegrama à delegacia 
de polícia de uma pequena cidade no interior 
do Estado.
Edson Santos
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 Teor da mensagem:
— Intenso movimento telúrico em sua região. 
— Provável abalo sísmico superior ao nível 6 
da escala Richter. 
— Epicentro em sua zona, a 3 km da cidade. 
— Tomem medidas urgentes e nos mantenham 
informados dos acontecimentos.
 Somente uma semana depois, o Centro 
Sísmico recebeu um telegrama-resposta.
 Teor da Resposta:
 "Aqui é da Polícia de nossa cidade e in-
formamos que: 
— O movimento telúrico foi totalmente desba-
ratado. 
— O tal de Richter tentou fugir a galope no 
cavalo sísmico, mas foi abatido a tiros. 
— As zonas foram todas fechadas e as moças 
estão presas.— O Epicentro, bem como, seus irmãos Epifânio 
e Epicleison foram detidos para interrogação.
 Não respondemos antes porque houve 
um baita terremoto por aqui.
 (Autor desconhecido)
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Escrever é melhor!
 Que tal começar fazendo um rascunho 
daquilo que você acredita que o outro precisa 
mudar? Da mesma forma peça ao outro pra 
fazer um rascunho também.
 Quando escrevemos memorizamos 
melhor, não ficam pontos obscuros e mais 
tarde não nos esquecemos ou negamos, pois 
está escrito. Após isso é preciso sentar e con-
versar a respeito, uma conversa franca e sin-
cera, recheada de compreensão e amor.
 É difícil escrever, não é mesmo? Sabe 
por que?
 Por que temos facilidade em perder o 
controle com quem convivemos, mas temos 
um bloqueio em desenvolver um diálogo 
saudável.
 Quando não conversamos sobre os fa-
tos, sobre as atitudes e comportamentos, va-
mos aos poucos, perdendo a sensibilidade e 
morrendo dentro da relação. 
Edson Santos
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 Precisamos entender o poder do amor, 
quando temos uma comunicação clara e sau-
dável, ele gera a vida em nós.
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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“Nós sabemos que passamos da morte para a 
vida, porque amamos os irmãos. Quem não 
ama a seu irmão permanece na morte.”
Apóstolo João
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Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
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Capítulo VI
Por que é tão difícil mudar?
 Deus ama você do jeito que você é. 
 Nós gostamos de mudar os outros por 
que queremos que sejam do jeito que somos; 
felizmente não somos iguais. Você já pensou 
em comer somente batata todos os dias de 
sua vida? Que horrível seria! Pois é, as pessoas 
são diferentes.
 Quando queremos mudar os outros, 
precisamos entender que os outros vão exigir 
mudanças em nós também e temos que estar 
preparados para mudar.
 E por que é tão difícil mudar?
Edson Santos
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 Pela simples razão de que não sabemos 
comunicar de forma adequada o desejo de 
mudança no outro.
 Quando queremos ver mudanças no 
outro, devemos conversar claramente sobre o 
que queremos e principalmente, elogiá-lo. 
 Porém só criticamos, só acusamos, 
acreditamos que se cobrarmos uma postu-
ra diferente dele todos os dias, um dia ele se 
cansa e muda. 
 Mas isto acontece exatamente de for-
ma contrária ao que queremos; ao invés da 
mudança tão desejada, o outro fica irritado, 
magoado, frustrado e transforma o relaciona-
mento em um campo de guerra.
 Quando foi a última vez que você fez 
um elogio sincero à pessoa que você ama?
 Decida hoje a aceitar o outro como 
é, aprenda a amar aquilo que no outro irrita 
você.
 Você prefere ter razão ou ser feliz?
 Quando o outro tossir, diga pra você 
mesmo: eu amo essa tosse, como ela é linda!
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
53
 Quando o outro espirrar, diga pra você 
mesmo: que espirro lindo!
 Quando observar o outro caminhan-
do, pense: que andar mais charmoso!
 Passe a valorizar com amor aquilo que 
hoje está machucando você.
 Você descobrirá que atitudes como es-
tas fazem muito bem a você mesmo.
“Tendo cuidado de que ninguém se prive da 
graça de Deus, e de que nenhuma raiz de 
amargura, brotando, vos perturbe, e por ela 
muitos se contaminem.”
Autor de Hebreus
Edson Santos
54
Você deve estar se perguntando, 
e o ciclo do amor?
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
55
Capítulo VII
Processo do Ciclo do Amor
 É possível amarmos, sermos amados e 
felizes.
 Então ame.
 Para isso quero apresentar a você uma 
ferramenta que chamo de ciclo do amor.
 Quando entendemos que nossos rela-
cionamentos precisam ser cultivados todos os 
dias, compreendemos como nos comportar 
em cada etapa no processo do amor.
Edson Santos
56
1. Nos Conhecemos!
 Busque na memória o momento em 
que conheceu a pessoa que você ama. Lembra 
como foi lindo? O medo da primeira conver-
sa, horas e horas no telefone, a ansiedade pelo 
primeiro beijo, a curiosidade com os amigos 
pra saber o que o outro pensava. Foram se 
envolvendo e se apaixonando. 
 O desejo era sempre de estar perto um 
do outro, quando juntos parecia até que o 
tempo não existia.
 Começaram então a sonhar com uma 
vida a dois, com o próximo passo, começa-
ram a desenvolver projetos. 
 Os planos, a vontade de formar uma 
família, um lar de vocês, um lar diferente, 
feliz, um lar com pessoas de sucesso, um 
ambiente saudável onde seus filhos iriam ter 
oportunidades que vocês não tiveram e vocês 
dois juntos iriam envelhecer sempre um se 
preocupando com o outro.
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
57
 Nesse momento não pensavam nas 
práticas diárias da vida, nas gordurinhas em 
excessos que viriam, nas rugas que surgiriam, 
na lei da gravidade que com o tempo iria pu-
xar algumas coisas para baixo.
 Eram somente juras eternas de amor.
 Parece que você não conhece mais a 
pessoa que está ao seu lado?
 De uma chance para vocês dois nova-
mente, reconquiste ela.
Edson Santos
58
2. Erramos!
 Todos erram não se engane, só não er-
ramos quando não tentamos. 
 O medo de errar, jamais pode ser um 
obstáculo, creio que devemos tentar sempre, 
é entre erros e acertos que nós vamos cons-
truindo a nossa história. 
 Não existe faculdade para casamento 
ou formação de família, temos que aprender 
com as nossas experiências e com as experiên-
cias dos outros.
 Contudo, nessa vontade de acertar, aca-
bamos errando. Queremos tanto ser feliz, bus-
camos tanto o sucesso, queremos o apoio, a aju-
da do outro, queremos vencer, porém, muitas 
vezes os ânimos se exaltam, e então erramos, 
machucamos o outro com palavras, com atitu-
des e com comportamentos agressivos. 
 A mágoa, o rancor e o ódio, sentimen-
tos destrutivos, começam a abrir feridas na 
alma, que passam a sangrar todas as vezes que 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
59
trazemos à memória os fatos acontecidos e 
infelizmente, passamos a utilizar esses fatos 
para alimentar nossas feridas e continuarmos 
sofrendo.
 O caminho para a mudança começa 
quando reconhecemos nossos erros, enquan-
to você não reconhecer que algo está errado 
em sua relação e precisa ser mudado, você 
não terá sucesso.
 Gosto muito da história da jovem mu-
lher que procura o psicólogo. Seus dias estavam 
difíceis e ela já cansada chega ao consultório:
 - Doutor, eu não aguento mais, tem uma 
mulher que está me tirando do sério nesses dias.
 O doutor, muito concentrado em seu tra-
balho de psicologia, olhando de forma profunda 
e tentando descobrir o que estava acontecendo 
com a jovem mulher pergunta:
 - Certo, e o que essa “mulher” tem feito 
para te tirar do sério?
 - Veja bem doutor, ela come demais, 
fala demais, gasta compulsivamente, nunca 
tem tempo para o marido e para os filhos, ela se 
Edson Santos
60
acha, doutor, se acha, eu não aguento mais ela.
 O doutor curioso pergunta novamente:
 - E quem é essa mulher?
 - Eu doutor, essa mulher sou eu doutor, 
respondeu a jovem mulher.
 Reconheça seus erros e comece a mu-
dar a partir de hoje. É tempo de mudanças.
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
61
3. Confrontamos!
 Falar sobre os fatos é necessário. Mui-
tos erram nesse ponto, não conversam e acre-
ditam que o problema vai se resolver sozinho.
 Problemas não se resolvem sozinhos, 
pelo contrário, podem aumentar.
 Os problemas devem ser enfrentados, 
confrontados, sem agressividade. Os proble-
mas, quando surgem, devem ser resolvidos.
 Conversar sobre os fatos é o melhor 
remédio, abrir o coração, sem ofensas. 
 Não ataque a pessoa. Fale sobre seus 
sentimentos e como você se sente todas as ve-
zes que a pessoa que você ama tem esse com-
portamento. 
 Concentre-se na solução e não no pro-
blema. Discutir não resolve, trate o outro 
com respeito e não altere o tom da voz, mas 
com firmeza exponha o seu ponto de vista: 
— O que você quer;
— O que você acha e;
Edson Santos
62
— O que você sente. 
 Talvez o outro prefira fugir desse tipo 
de conversa, prefere as piadas, fazer de con-
tas que nada esta acontecendo e isso deixa 
você ainda mais irritado,neste ponto, talvez 
seja importante procurarem a ajuda de um 
especialista, um conselheiro pode ajudar, no 
entanto, antes de confiar neste profissional, 
procure referências sobre ele.
 Uma boa conversa resolve a maior 
parte de nossos problemas, não tenha medo 
de conversar e expressar de forma clara, sem 
ofensas, o que você sente.
“Produzi, pois, frutos dignos 
de arrependimento.”
 Jesus Cristo
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
63
4. Arrependemos!
 O remorso adoece e mata; o arrepen-
dimento cura e gera vida.
 O remorso é o sentimento de culpa 
de alguém que não quis voltar atrás. Quando 
aceitamos que estamos errados e reconhece-
mos o erro é fácil irmos para o próximo passo.
 O arrependimento genuíno tem um 
significado:
“Errei e desejo não cometer 
o mesmo erro novamente.”
Edson Santos
64
5. Confessamos!
 Reconhecermos os fatos e assumirmos 
o erro, quando confrontados, é a melhor for-
ma de corrigirmos o que está errado.
 Ficarmos negando o que aconteceu, 
inventando desculpas esfarrapadas, irritam 
mais do que resolvem.
 Em um relacionamento saudável á éti-
ca é fundamental, então falhas de caráter não 
ajudam.
 Quando confessamos, estamos nos ex-
pondo para o perdão e estabelecendo um pa-
drão de comportamento no relacionamento 
onde a base é a confiança.
 Tanto para quem confessa como para 
quem ouve, o momento é muito importante, 
delicado, mas importante, nesta hora é ne-
cessário muito cuidado, uma cascata de sen-
timentos podem surgir, dor, raiva, amargura, 
sentimento de ter sido traído, vergonha, um 
pouco de culpa e a vontade de deixar tudo e 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
65
sumir.
 Você não pode permitir que seus senti-
mentos o dominem ou que o ambiente onde 
você está o transforme, a confissão trás à tona 
aquilo que estava machucando tanto o que 
errou por ter feito, quanto o que foi afetado, 
pela incerteza ou dúvida.
 Neste momento, é importante enten-
der o que levou o outro a isso. Não desista da 
relação, não desista da pessoa que você ama, 
não desista de você e de sua família, é possível 
e você merece ser feliz.
Edson Santos
66
6. Pedimos perdão e Perdoamos!
 Perdão é um ato de fé, é acreditar que a 
partir daquele momento, as coisas vão mudar.
 Quando perdoamos ficamos livres do 
sentimento que nos prendia e gerava um sen-
timento mau em nós.
 Pedir perdão e perdoar é o caminho 
que nos leva de volta para a felicidade.
 Quando você perdoa, libera-se do sen-
timento de raiva, libera-se das mágoas e volta 
a viver.
 Quando você pede perdão, libera-se do 
sentimento de culpa e do peso que o aprisiona.
 Perdoar não muda os fatos, não apaga 
o passado, mas abre o seu coração para uma 
nova perspectiva em relação ao seu futuro.
 Faz com que você volte a ter esperança.
 O perdão é essencial para a cura e res-
tauração daquilo que estava se perdendo
 Precisamos entender que o pedido de 
perdão é um ato, no qual o outro pode ter 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
67
diversos tipos de reações, como gritar, chorar, 
quebrar objetos ou optar pelo silêncio.
 E o perdão é um processo, onde dia-
a-dia vamos aceitando o fato, permitindo a 
mudança em nós e vendo a mudança no ou-
tro, você precisa aprender a esperar. 
 O que irá sarar a ferida é o tempo.
 Você pode nestes momentos escolher 
algumas formas de lidar com isso.
 Nunca acuse, mas sempre fale como 
você se sente em relação ao fato, procure uma 
pessoa que você confia para conversar a res-
peito.
 Ao invés de se vingar, o que pode agra-
var o problema, resolva perdoar e estimule os 
seus sentimentos com coisas positivas, seja 
você o agente de mudanças no seu relaciona-
mento, seja o construtor da sua saúde física, 
mental e espiritual.
 Fatos como o seu acontecem em diver-
sas relações, me lembro de Ana.
 Quando conheci Ana, ela foi elegante-
mente fria comigo, seus olhos me acusavam, 
Edson Santos
68
havia a pouco tempo feito amizade com seu 
esposo Paulo, e ela não aceitou muito o fato 
de sermos amigos, naquele tempo achei um 
pouco estranho, mas fiquei calado, eu sei por 
experiência que boas amizades surgem ao 
longo dos anos e do esforço das pessoas, não 
em um único dia. 
 O tempo passou e um dia Ana me 
procurou, estava desesperada, Paulo havia 
decidido pelo divórcio, até aquele momento 
tinham uma relação estável, equilibrada. 
 Os filhos eram crianças saudáveis e 
alegres, todos tinham na família de Paulo e 
Ana um exemplo para ser seguido, bons pais, 
jovens, bem sucedidos, bonitos, envolvidos 
com as atividades da Igreja local, a vida fi-
nanceira em ascensão, ou seja, tudo certo, 
aparentemente. 
 O dia havia amanhecido como um 
outro qualquer, a rotina fazia parte da vida 
de Ana, levantar cedo, fazer café para a fa-
mília, levar os filhos a escola, correr de um 
lado para o outro o dia inteiro, afinal, tantas 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
69
contas para pagar, a noite ir para faculdade, 
o diploma de curso era um sonho que com 
certeza iria realizar.
 À tarde, após a chegada do banco, Pau-
lo chamou Ana para conversar, estava com a 
fisionomia fechada, aquilo assustou Ana.
 - Deve ser algum problema com clien-
tes. Pensou Ana.
 - Ana, tenho pensado muito sobre nós 
nestes dias, essa conversa não vai ser fácil nem 
pra mim e nem pra você. Disse Paulo. Após 
respirar fundo, Paulo continuou. – Amo as 
crianças e durante todos esses anos, sempre 
fui fiel a você, mas não dá mais, pensei bem e 
quero o divórcio.
 Aquilo foi como uma bomba na cabe-
ça de Ana e os pensamentos explodiram em 
confusão procurando respostas. 
 - Meu Deus, lutei tanto pra fazer uma 
história diferente daquela dos meus pais, 
nunca quis isto pra minha vida, por que? 
Pensava.
 Ana não conseguia falar, as lágri-
Edson Santos
70
mas rolavam pela face. O desespero, a dor, 
o medo, a revolta, enfim, e uma mistura de 
sentimentos tomaram conta de sua cabeça.
 Desta forma foi que Ana me procurou, 
queria respostas, pois, não conseguia enten-
der, Paulo era um bom marido, ela fazia de 
tudo para ser uma esposa perfeita e agradá-lo, 
o que estava acontecendo? Ana queria saber.
 - Olha Edson. Dizia Ana.
 - Eu me anulei por eles, não compro 
roupas, perfumes, não vou nem ao salão para 
que eu possa dar uma vida melhor para o 
Paulo e para as crianças, eu não sei o que está 
acontecendo.
 Procurei Paulo, a conversa não foi das 
mais agradáveis, realmente ele estava disposto 
a separar, os motivos: 
 - Sabe Edson, ela só pensa em traba-
lho, não se cuida, não tem tempo pra mim, 
eu estou cansado, ela fez de nossa vida uma 
rotina, todo dia é a mesma coisa, quero viver.
 Eu não tenho uma esposa, mais pa-
rece a minha mãe, vive me controlando, eu 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
71
e as crianças somos tratados da mesma for-
ma, isso esta me sufocando, me matando aos 
poucos, sou novo ainda, tenho uma vida pela 
frente, não dá, eu não agüento mais.
 Ao longo do casamento, Paulo e Ana 
se machucaram com palavras, com atitudes, 
com comportamentos. Achando que estavam 
fazendo o melhor um para o outro, foram aos 
poucos destruindo a relação.
 As sessões de aconselhamento eram 
longas, nada fazia Paulo mudar de idéia, e 
Ana começava a perder a esperança. Paulo 
havia saído de casa, e Ana com os filhos co-
meçavam a ocupar suas vidas com outras ati-
vidades.
 A dor ainda era insuportável, ao mes-
mo tempo que Ana queria Paulo de volta, 
queria que ele sumisse de um vez por todas.
 A reaproximação foi lenta, decidiram 
tentar novamente, em meio ao furacão que 
passaram, aprenderam a conversar, respeitar 
um ao outro, impor limites, se aceitarem e 
entenderem que, precisavam equilibrar todas 
Edson Santos
72
as áreas de suas vidas.
 Ana queria construir uma família, mas 
o modelo mental que havia desenvolvido não 
se encaixava naquilo que Paulo queria para 
sua vida, precisaram então, como muita pa-
ciência corrigirem as distorções e reconstruí-
rem a relação, com um modelo que agradava 
os dois.
 No processo de reconstrução, o tempo 
foiessencial, tiveram que se conhecer nova-
mente, falar abertamente sobre os erros e se 
confrontarem com harmonia para entende-
rem a necessidade real de mudanças de am-
bos. 
 Com isso descobriram os desvios com-
portamentais na relação e veio o arrependi-
mento das atitudes tomadas e das palavras 
faladas.
 Paulo confessou para Ana tudo aquilo 
que ao longo dos anos foi machucando e for-
mando uma bagagem que estava pesada de-
mais para carregar sozinho, Ana por sua vez, 
abriu seu coração para Paulo, falou de seus 
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
73
medos e suas necessidades, da insegurança 
que tinha como mulher e de como precisava 
de um marido real, carinhoso, compreensivo 
e companheiro ao seu lado, de um homem 
que tomasse decisões e que não ficasse espe-
rando por ela.
 Com o perdão e tempo, ambos foram 
sarados em suas emoções e Deus permitiu e 
direcionou-os na reconstrução de suas vidas.
 Uma nova vida, um novo horizonte 
surgia para Paulo e Ana.
 O dia havia amanhecido diferente, 
Ana saiu sorridente do consultório médico, 
não via à hora de encontrar Paulo, dirigiu as 
pressas para casa.
 - Paulo. Gritou Ana! – Paulo, cadê 
você. Paulo saiu às pressas, pensando que ha-
via acontecido algo grave com Ana, depois 
de tudo o que tinha feito e agora, sabendo 
o quanto a amava e que poderia ter pedido 
aquela mulher maravilhosa que era Ana. 
 - Estou aqui, o que aconteceu Ana? Per-
guntou Paulo, ofegante por causa da correria.
Edson Santos
74
 - O que aconteceu? Com um sorriso 
nos lábios, braços em volta do pescoço de 
Paulo, Ana o beijou e falou ao seu ouvido. 
 - Aconteceu que estou grávida, do me-
lhor marido do mundo.
 Paulo e Ana, não permitiram o fim de 
sua relação, mas reconstruíram daquilo que 
parecia o fim, uma relação saudável e feliz, 
estruturada e equilibrada.
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
75
“Ser feliz, é um direito seu, 
não abra mão disso.”
 Edson Santos
Edson Santos
76
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
77
Conclusão
 É possível desenvolvermos relacio-
namentos saudáveis, onde temos prazer em 
desfrutar da presença um do outro, apoiar, 
ajudar e desejar sinceramente o melhor para 
o outro. 
 Então, tenho algumas boas notícias 
para você.
 Todo mundo precisa mudar alguma 
coisa, comece com o seu 1%!
 Mude primeiro você, suas fraquezas e 
seus erros, pare de querer ficar mudando os 
outros.
Edson Santos
78
 Converse com Deus
 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu co-
ração; prova-me, e conhece os meus pensamen-
tos. 
 E vê se há em mim algum caminho mau, 
e guia-me pelo caminho eterno.”
 Rei Davi
 Como está o seu diálogo diário com 
Deus? Você tem conversado com Ele? 
 Deus conhece você, suas necessidades, 
seus sonhos e seus desejos. 
 Falar com Deus é a melhor arma que 
você tem a seu favor.
 Fale com Ele.
 Um abraço enorme no seu coração e 
que você se sinta preenchido pela doce paz do 
Espírito Santo de Deus. 
 Que Ele possa inundar você e lhe bom-
bardear com tudo o que Ele tem de melhor e 
que, eu creio, já está reservado para você.
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
79
 Que essa pessoa especial que você é, 
possa ter encontrado nesta leitura o que tanto 
necessita pra ser e sentir-se feliz.
 Minha oração é:
 Pai, em nome de Jesus Cristo, derrame 
agora de sua graça sobre essa vida.
 Que ela possa se sentir no Senhor, trans-
formada, perdoada, capacitada para amar no-
vamente e ser feliz.
Edson Santos
80
“Quem ama é paciente e bondoso. 
Quem ama não é ciumento, 
nem orgulhoso, nem vaidoso. 
Quem ama não é grosseiro nem egoísta; 
não fica irritado, nem guarda mágoas. 
Quem ama não fica alegre quando alguém 
faz uma coisa errada, mas se alegra 
quando alguém faz o que é certo. 
Quem ama nunca desiste, 
porém suporta tudo com fé, 
esperança e paciência”.
Apóstolo Paulo
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
81
Bibliografia
 A Bíblia Sagrada
 1 João 2.15-17
 Gálatas 5.22
 Provérbios 27.7
 Cantares 2.15
 Provérbios 21:19
 Provérbios 16:28
 1 João 3.14
 Hebreus 12:15
 Mateus 3.8
 Salmo 139.24
 1 Corintios 13.4-7 (NVI)
Edson Santos
82
Se eu te amo, porque seus atos me irritam?
83
Sobre o Autor
 Edson Santos é casado com Tânia 
Santos, tem dois filhos, Ângela Anjos e Ha-
niel Habacuque.
 Bacharel em Teologia e Administração 
de Empresas. 
 Empresário e Pastor auxiliar da Igre-
ja Batista Nacional do Cristo Rei - Várzea 
Grande - MT.
 Autor dos livros:
 “ATITUDE - O Caminho para o Su-
cesso” e “O QUE FAZER COM AS PEDRAS 
- Como transformar situações negativas em re-
sultados positivos”.
Edson Santos
84
Este livro foi composto em Adobe Garamond 13
e impresso em papel Chamois 80, na Gráfica Betânia
Belo Horizonte, março de 2010.

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