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Rochas Sedimentares GEOLOGIA - ROCHAS SEDIMENTARES Profª Me. Daniela Kunz Grandes Grupos de Rochas na Crosta Rochas Sedimentares Definição originadas do acúmulo e consolidação de materiais provenientes da desagregação de sedimentos de rochas pré-existentes (clásticas); formadas por precipitação de minerais por processos inorgânicos ou orgânicos (não-clásticas ou químicas). Rochas Sedimentares Características Gerais Geralmente pouco resistentes (moles) e porosas Constituintes não imbricados Clastos geralmente fragmentados e arredondados; alguns cristalinos e geométricos Comum a presença de estratificações Podem conter fósseis Predomínio de quartzo, carbonatos (calcita e dolomita) e argilominerais Rochas Sedimentares Terminologia Rochas Sedimentares Clásticas Arenito Conglomerado Siltito Argilito Folhelho Rochas Sedimentares não-Clásticas (ou Rochas Sedimentares Químicas) Calcáreos Evaporitos Fosforitos Silexitos Folhelho Acamadamento plano-parelelo fino (laminação) Arenito estratificação plano-paralela Brecha fragmentos angulosos Conglomerado fragmentos arredondados Rochas Sedimentares – Clásticas Calcário Evaporito (halita) Chert Rochas Sedimentares – Não-Clásticas (Químicas) Coquina Tipos de Sedimentos Rochas Sedimentares Clásticas : Constituição Estratificação - estrutura sedimentar típica formada pela superposição de camadas (ou estratos) durante a deposição. Estratificação Plano-Paralela Rochas Sedimentares Clásticas: Estruturas Típicas Estratificação Cruzada Gretas de Contração Marcas Onduladas Fósseis Estágios sedimentares no ciclo das rochas Processos envolvidos na Formação de Rochas Sedimentares Intemperismo Erosão Transporte Deposição (sedimentação) Soterramento Diagênese Intemperismo Processos que modificam as rochas originais ao aflorar na superfície da Terra, por conta da exposição à ação da atmosfera, hidrosfera e biosfera. Modificações : física (desagregação) química (decomposição) biológica. Produtos dos intemperismo: rocha alterada solo sedimento Intemperismo físico Todos os processos que causam desagregação das rochas separação dos grãos minerais fragmentação dos grãos minerais material coeso material fraturado, friável, incoerente Fatores: Variações de Temperatura Congelamento de água Cristalização de sais Alívio de pressão Crescimento de raízes Intemperismo físico Intemperismo químico Condições superficiais são diferentes das condições que os minerais se formaram temperatura pressão H2O e O2 Ocorrem reações para formação de minerais mais estáveis em superfície Principal agente: água pH ácido (CO2 atm e ácidos orgânicos) Intemperismo químico Fase solúvel: constituintes mais solúveis são transportados (água rica em Ca2+, Na+, Mg2+, K+, etc.) Fase residual: permanecem no perfil de alteração minerais primários residuais (quartzo) minerais secundários que se formaram no perfil (oxi-hidróxidos de Fe e Al e minerais de argila) Reações: Hidrólise Acidólise Oxidação Hidratação Dissolução Reações do Intemperismo Químico Hidrólise pH entre 5 e 9 Reações do Intemperismo Químico Acidólise similar à hidrólise pH <5 (participação de ácidos orgânicos) forma solos ricos em SiO2 Oxidação Reações do Intemperismo Químico Hidratação Dissolução CaCO3 = Ca2+ + CO3 2- NaCl = Na+ + Cl- Intemperismo biológico Microorganismos liquens (toleram temperaturas extremas): seus ácidos dissolvem os minerais da rocha, formando solo vida microbiana vivendo abaixo da terra, na superfície dos minerais Plantas (liberam ácidos orgânicos que atacam as rochas) O intemperismo biológico deve ter um papel mais importante na alteração dos minerais que o reconhecido anteriormente Fatores que controlam o intemperismo material progenitor clima topografia biosfera tempo Material progenitor tipo de rocha/conteúdo mineral circulação de água (fraturamento, porosidade) Fatores que controlam o intemperismo – Material Progenitor Fatores que controlam o intemperismo – Material Progenitor Fatores que controlam o intemperismo – Material Progenitor Fatores que controlam o intemperismo - Clima Fatores que controlam o intemperismo - Topografia Solo O solo é o produto do intemperismo, remanejamento e organização das camadas superiores da crosta terrestre in situ, sob ação da atmosfera, da hidrosfera, da biosfera e das trocas de energia envolvidas. O solo é mais do que detritos intemperizados, é uma combinação de minerais e matéria orgânica, água e ar. o perfil do solo possui diferentes horizontes. Pedologia: ciência que estuda os solos. Sedimento Definição: Sedis (latim) = assento, deposição Sedimento = o que é passível de se depositar ou que se depositou Pressupõe movimento, transporte. Partículas e íons que sofrem erosão, transporte e sedimentação nos vários ambientes da superfície da Terra. A força da gravidade é a variável básica em todos os fenômenos de sedimentação. Classificação dos Sedimentos por granulometria Erosão, transporte e deposição A erosão é a remoção do material intemperizado. Sem a erosão, as partículas resultantes do intemperismo das rochas se acumulariam onde foram formadas. O transporte está intimamente relacionada com a erosão, levando as partículas (sedimentos) para outras localidades. Quando o transporte cessa, ocorre a deposição do sedimento, numa forma característica do agente que o transportou. Transporte Químico: não há matéria sólida, só íons em solução (precisa de água) Mecânico: há matéria sólida (partículas): Transporte de grãos livres ou fluxo pouco denso: os grãos apresentam suficiente liberdade de movimento em um fluido pouco viscoso (rio), ou sem fluido. Transporte gravitacional ou fluxo denso: grãos estão muito próximos uns dos outros, em alta concentração em relação ao fluido (deslizamento). Intemperismo, erosão, transporte e deposição Três principais domínios: predomina intemperismo: interior da serra, planície litorânea; predomina erosão/transporte: a escarpa da serra; predomina a deposição: planície litorânea e em grande parte do oceano. Intemperismo, erosão, transporte e deposição Área-fonte: denominação dada aos dois primeiros domínios, responsáveis pelo fornecimento de sedimentos. Bacia sedimentar: denominação dada ao domínio onde a deposição predomina. Nível de base: nível horizontal imaginário abaixo do qual a deposição predomina sobre a erosão e o intemperismo Intemperismo, erosão, transporte e deposição Erosão e transporte Ação de: rios ventos geleiras deslizamentos de encostas correntes oceânicas. Cada modo de transporte irá produzir depósitos sedimentares com características distintas. Fluxo gravitacional Definição: fluxo de sedimentos cujo movimento depende da ação direta da gravidade. Morro do Bumba (abril/2010) Ilha Grande (janeiro/2010) Rios e processos aluviais Rios são cursos naturais de água doce, com canais definidos e fluxo permanente ou sazonal São os principais agentes de transformação da paisagem Processos aluviais compreendem a erosão, transporte e sedimentação em leques aluviais, rios e leques deltáicos. Formam depósitos aluviais, com sedimentos essencialmente clásticos e granulação muito variável. Medial Moraines Ação geológica do gelo Lateral Moraines Ação geológica do gelo Processos eólicos Quanto maior a velocidade do vento, maior a capacidade de transporte. Processos eólicos As tempestade de areia do Saara podem transportar partículas a centenas de quilômetros de distancia sobre o oceano Processos eólicos Dunas: formadas pelo transporte e deposição de partículas pelo vento Processos oceânicos A maioria das partículas geradas pelo intemperismo e erodidas nos continentes é depositada nas áreas oceânicas. os sedimentos marinhos podem ser: terrígenos: de origem continental autigênicos: precipitados à partir da água do mar biogênicos: conchas e matéria orgânica derivada da vida marinha e terrestre outros(vulcanogênicos, cosmogênicos) Processos oceânicos Plataforma continental Cânion submarino Talude continental Elevação Planície abissal Ambientes de Sedimentação Ambientes de Sedimentação Diagênese Processo – físico e químico – que transforma os sedimentos em rochas sedimentares Cimentação – diagênese química – minerais são precipitados nos poros dos sedimentos, formando o cimento que liga os clastos e os fragmentos de rocha entre si (decréscimo na porosidade). Compactação – diagênese física – clastos são comprimidos pelo peso dos sedimentos sobrepostos (decréscimo no volume e na porosidade) Diagênese Grau de Seleção Grau de Arredondamento Estudo de Paleoambientes Tamanho do sedimento: energia do agente transportador viscosidade do agente sedimentos depositados quando a energia do agente diminui: ar ⇒ água ⇒ (lama) ⇒ gelo Estudo de Paleoambientes Sedimentos Vulcanoclásticos – Rochas Piroclásticas ou Vulcanoclásticas sedimentação e litificação de cinza vulcânica, púmice, fragmentos de rocha, de minerais e de vidro velocidade de fluxo pode ser >100 km/h, T >500°C tufo, Resting Springs Pass, Death Valley, CA tufo com shards em seção delgada Precipitação química de minerais (processo inorgânico), a partir dos íons dissolvidos em solução (intemperismo) devido à evaporação, mudanças de Temperatura, Eh ou pH do sistema. Precipitação bioquímica (processo orgânico), a partir de organismos que secretam carbonato e outros compostos fosfatos e sulfatos), como parte de seu processo de crescimento – conchas e esqueletos (corais, algas, foraminíferos) Rochas mais comuns: Calcário (carbonato de cálcio - calcita) Dolomito (carbonato de magnésio - dolomita) Evaporito (halita, gipsita) Rochas Sedimentares Não-Clásticas Precipitação a partir de soluções saturadas Cristalização a partir de Soluções Aquosas a Baixas T (<100oC) Típicas em: Evaporitos Plataformas carbonáticas marinhas À medida que ocorrer a evaporação de uma solução saturada.... Inicialmente: formação de cristais microscópicos Posteriormente: coalescência de cristais Revista Planeta, abril de 2010 Mar Morto http://www.blogger.com/feeds/3044589629577692890/posts/default Classificação Rochas Sedimentares Função de: composição química e mineralógica dimensão dos grãos características texturais Classificação Rochas Sedimentares Clásticas A classificação destes sedimentos e rochas é feita apenas pelo TAMANHO do clasto (em mm). Classificação Rochas Sedimentares Clásticas Tamanho (mm) Nome do clasto Nome do sedimento Rocha sedimentar > 256 Matacão Cascalho (de matacões, seixos, etc.) Conglomerado (grãos arrendodados) ou Brecha (grãos angulares) 64-256 Bloco 4-64 Seixo 2-4 Grânulo 0,25-2 Grão Areia Grossa Arenito (grosso, etc.) 0,062-0,25 Grão Areia fina 0,005-0,062 Partícula de silte Silte Siltito < 0,005 Partícula de argila Argila Argilito (folhelho se laminado) Mineralogia – Rochas Sedimentares Clásticas Principais Minerais Fomadores: Quartzo Feldspato Micas e Argilominerais Fragmentos de Rocha Exemplos: Conglomerados: fragmentos maiores de minerais e rochas Arenitos: grãos de quartzo, também feldspatos, micas, opacos Siltitos: grãos menores de quartzo, etc., com proporções variáveis de grãos de fração areia e argila Argilitos: principalmente, argilominerais Classificação Rochas Sedimentares Clásticas Químicas: calcários e dolomitos (constituídos por calcita e dolomita); evaporitos (halita, gipsita) Biogênicas: carvão, recifes (com estruturas de crescimento; coquina (fragmentos de conchas) Classificação Rochas Sedimentares Químicas Mineralogia – Rochas Sedimentares Químicas Calcário: calcita e dolomita Evaporito: halita, silvita, gipso, anidrita Silexito ou cherts: quartzo, calcedônia, opala Fosforito: apatita Carvão mineral: compostos carbonosos Recifes (bioherme): calcita, aragonita 76 Recursos Minerais em Rochas Sedimentares Hidrocarbonetos (gás, petróleo): transformação de biomassa em bacias sedimentares; acumulação em rochas sedimentares (trapps ou armadilhas). Carvão Mineral: camadas de biomassa transformada em bacia sedimentar, em ambiente redutor. Calcários e Dolomitos: matéria prima para siderúrgia e calagem de solos para a agricultura. Águas Subterrâneas: os aqüíferos mais importantes são sedimentos e rochas sedimentares clásticas de granulação média a grossa. Evaporitos (sal gema): obtenção de sal de cozinha. 78 Rochas Sedimentares e Sedimentos na Construção Civil Areias e cascalhos: agregado graúdo e miúdo para concreto. Argilitos, calcários: matéria prima para a produção de clínquer (cimento) e cal. Solos argilosos: materiais para aterros e impermeabilização em barragens. Rochas químicas evaporíticas: gipsita (fabricação de gesso). Arenito: pedras de revestimento. REFERÊNCIAS TEIXEIRA, W., FAIRCHILD, T., TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2009) Decifrando a Terra. 2º Edição, São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional. 623 p. PRESS, F., SIEVER, R. GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2006) Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 4ª Edição, Porto Alegre, RS: Bookman. 656p. image5.jpeg image6.jpg image7.jpg image8.jpg image9.jpg image10.jpg image11.jpg image12.jpg image13.jpg image14.jpg image15.jpg image16.jpg image17.jpg image18.jpg image19.jpg image20.jpg image21.jpg image22.jpg image23.jpg image24.jpg image25.jpg image26.jpg image27.jpg image28.png image29.jpg image30.jpg image31.jpg image32.jpg image33.jpg image34.jpg image35.jpg image36.jpg image37.jpg image38.jpg image39.png image40.jpg image41.jpg image42.jpg image43.png image44.jpg image45.jpg image46.png image47.jpg image48.jpg image49.jpg image50.jpg image51.jpg image52.jpg image53.jpg image54.jpg image55.jpg image56.png image57.png image58.jpg image59.jpg image60.jpg image61.jpg image62.jpg image63.jpg image64.jpg image65.jpg image66.jpg image67.jpg image68.jpg image69.jpg image70.jpg image71.jpg image72.jpg image73.jpg image74.jpg image75.jpg image76.jpg image77.jpg image78.png image79.png image80.png image81.png image82.jpg image83.jpg image84.jpg image85.jpg image86.jpg image87.jpg image88.jpg image89.jpg image90.jpg image91.png image92.png image93.jpg image94.jpg image95.png image96.png image97.jpg image98.jpg image99.jpg image4.png image1.png image2.png image3.png
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