Buscar

Cw2 - Psicologia Aplicada À Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 1/18
Imprimir
INTRODUÇÃO
Nesta aula, falaremos sobre o ambiente de trabalho em saúde. Você já pensou que um ambiente de trabalho
pode ou não ser saudável? 
Hoje, abordaremos o que compõe um ambiente de trabalho saudável e o que o diferencia em relação a um
ambiente não saudável.
Para isso, precisaremos introduzir conceitos de cultura organizacional, ética, motivação e qualidade de vida.
Esses conceitos são fundamentais para entendermos como funcionam e quais são os processos necessários
para um ambiente de trabalho saudável. Com certeza, você já ouviu falar a respeito deles, não é mesmo?
Porém, será que você conhece e compreende todos eles de fato? E sabe como aplicá-los na prática? 
Vamos lá aprender um pouco sobre isso?
AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL 
Acredito que você já saiba o que é um ambiente de trabalho. Mas, caso nunca tenha pensado nisso, vamos lá?
Ambiente de trabalho é o lugar onde estamos quando estamos trabalhando, seja em algum hospital,
escritório, em casa (o que tem ocorrido muito ultimamente, o chamado home o�ce).
Você saberia dizer o que é um ambiente de trabalho saudável? Você consegue imaginar como isso poderia ser
reconhecido? Se pensou na qualidade desse ambiente, acertou. Entretanto, você sabe dizer a que se refere
esta qualidade?
Um ambiente saudável de trabalho tem a ver com a condição desse espaço, como um todo, para o trabalho,
por exemplo:
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
AMBIENTE DO TRABALHO
Nesta aula, falaremos sobre o ambiente de trabalho em saúde.
30 minutos
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO
 Aula 1 - Ambiente do trabalho
 Aula 2 - Relações interpessoais
 Aula 3 - O trabalho em equipe 
 Aula 4 - Estresse e trabalho
 Referências
131 minutos
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 2/18
Espaço físico:
•  Iluminação.
•  Ruídos.
•  Temperatura.
•  Ferramentas necessárias (mobiliário, material de escritório etc.).
Recursos Humanos:
•  Benefícios (alimentação, saúde, transporte).
•  Salário.
•  Carga horária.
Espaço relacional (colegas, che�a, usuário):
•  Bons relacionamentos interpessoais.
•  Boa comunicação.
•  Sensação de pertencimento.
•  Regras das relações.
Aqui, focaremos mais na questão dos relacionamentos para compreender esta qualidade do ambiente de
trabalho e ampliar os conceitos que interferirão nesses aspectos. Para isso, utilizaremos os conceitos de
cultura organizacional, ética, motivação e qualidade de vida.
Acredito que nesse momento você deve estar se perguntando o que é a cultura organizacional. Ela pode ser
chamada de cultura organizacional, empresarial ou corporativa e diz respeito aos termos que de�nirão o
conjunto de hábitos e crenças, por meio de normas, valores, expectativas e atitudes compartilhadas entre
todos os integrantes de uma empresa.
Com isso, estamos pensando também no conceito de ética. Você já deve ter ouvido diversas vezes esta
palavra, mas você sabe de�ni-la?
A ética tem origem no grego ethos, que signi�ca, “morada”, “habitat”, “refúgio”, ou seja, o ambiente das
pessoas. Segundo o dicionário, ética é um “conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta de
um indivíduo ou de grupo social ou de uma sociedade” (ÉTICA, 2022, [s. p.]).
Logo, entendemos que a ética tem a ver com os valores regidos pelas normas do ambiente no qual estamos
inseridos, por exemplo, a sociedade. São as regras de relação estabelecidas por meio das normas sociais, o
que é considerado correto e o que não é, e o que se deve ou não fazer dentro de determinado espaço.
Até o momento entendemos sobre ambiente de trabalho, cultura organizacional e ética, mas será que
entendemos como mantê-lo saudável? Para isso, precisamos pensar na motivação dos funcionários.
Motivação é o ato ou efeito de motivar, de despertar o interesse por algo (MOTIVAÇÃO, 2022), ou seja, os
funcionários precisam se sentir interessados, motivados, para responderem bem ao ambiente de trabalho. E
você consegue compreender o que isso gerará? Se pensou em qualidade de vida, acertou!
Portanto, quando pensamos em um ambiente saudável de trabalho, estamos imaginando um espaço pautado
pelos princípios da ética, sempre visando a maior motivação dos funcionários e, por tabela, uma melhor
qualidade de vida.
O QUE É NECESSÁRIO SABER PARA UM AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL?
Para compreendermos mais a fundo o que seria um ambiente de trabalho saudável, precisamos entender
melhor sobre cultura organizacional, ética, motivação e qualidade de vida.
A cultura organizacional deriva do comportamento organizacional, já que as organizações são compostas por
pessoas, e o modo como essas pessoas se comportam pode afetar diretamente as organizações. Para uma
relação saudável, precisamos que esses comportamentos e a organização estejam em sintonia, assim, ambas
as partes se bene�ciam (CHIAVENATO, 2010).
Como essa cultura é constituída?
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 3/18
Quem começa uma organização (os fundadores dela, por exemplo) traz para a empresa seus valores e o tipo
de trabalho em que acredita. Por conta desses valores, começa a escolher qual tipo de pro�ssional contratará
e, ainda, como enxerga a relação da organização com o mundo externo. Logo, essas escolhas de novos
pro�ssionais trazem mais crenças e valores que serão somados à organização inicial. E assim começa a
construção da rede de escolhas e interações dentro da organização, formando uma cultura singular daquela
organização, que será o retrato dessa empresa. Portanto, pessoas fazem a organização, e pessoas mudam a
organização (FREITAS, 1991).
E onde entra a ética nesse processo? A ética é peça central no processo da composição e manutenção da
cultura organizacional, uma vez que é o comportamento pautado na ética que construirá princípios e valores
institucionais.
Quando os valores, as crenças e os modelos �cam claros em uma organização, isso faz com que os
pro�ssionais que trabalham nela sintam-se melhor, pois sabem o que é esperado para que possam conduzir
seu trabalho. Esse fato tende a gerar maior motivação por conta da segurança, porém a motivação do
trabalhador vai além disso.
Você consegue imaginar quais fatores geram maior nível de motivação?
Em um ambiente organizacional, uma equipe motivada re�ete dedicação, criatividade e engajamento.
Abraham Harold Maslow foi um psicólogo norte-americano muito conhecido por sua proposta de hierarquizar
as necessidades humanas. Com essa teoria, ele percebe que a necessidade de satisfazer as necessidades é o
que de fato motiva as pessoas.
Figura 1 | Pirâmide de Maslow
Fonte: acervo dos autores.
Ele elencou na pirâmide as seguintes necessidades (MASLOW, 1943):
• Fisiologia: respiração, comida, água, sono, sexo, homeostase, excreção.
• Segurança: do corpo, do emprego, de recursos, da moralidade, da saúde, da família, da prosperidade.
• Social: amizade, família, intimidade relacional e sexual.
• Estima: autoestima, con�ança, conquista, respeito dos outros, respeito aos outros.
• Autorrealização: moralidade, criatividade, espontaneidade, solução de problemas, ausência de preconceitos,
aceitação dos fatos.
Para ele, as necessidades que estão na base precisam ser saciadas para que se possa saciar as próximas
necessidades. Se uma destas necessidades não está saciada, ocorre uma incongruência, que tende a
desequilibrar o indivíduo. Quando todasas necessidades estiverem de acordo, acontece a autorregulação,
que é um aspecto de felicidade do indivíduo (MASLOW, 1943), que poderia ser compreendida também como
qualidade de vida.
Mas, a�nal, o que é qualidade de vida?
Esse termo se tornou conhecido na década de 1990, momento em que as pessoas começam a entender que
suas vidas vão além do trabalho e que tem que haver um equilíbrio entre todas suas necessidades. Com isso,
começam a aparecer os programas de reconhecimento e valorização da qualidade da organização, por conta
não somente de resultados �nanceiros mas também da satisfação e motivação dos funcionários de
determinada organização. Embora fazendo parte do cotidiano, os parâmetros para a de�nição do que é viver
com qualidade são múltiplos e resultam das características, das expectativas e dos interesses individuais.
COMO PODEMOS TORNAR UM AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL? QUAL NOSSO PAPEL NISSO
TUDO?
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 4/18
A partir do momento que conseguimos aceitar as possibilidades e os limites de cada um dentro de um grupo,
podemos compreender melhor o que esperar em relação aos outros e a nós mesmos.
Condutas saudáveis dentro de um ambiente de trabalho:
•  Gestão compartilhada: comprometer as pessoas aos seus objetivos no trabalho é fundamental.
•  Respeito ao ritmo de cada um.
•  Não constranger ninguém, pois isso fere a autoestima e pode gerar mágoas.
•  O discurso da empresa tem que condizer com a prática dela.
•  Solidariedade.
•  Empatia.
Ter prazer no que fazemos é o que gera maior motivação, e isso re�etirá em equipes mais dedicadas,
espontâneas e criativas, gerando maior comprometimento com a organização e tornando o ambiente mais
saudável.
Como podemos fazer isso?
Para isso, precisamos entender melhor o que é qualidade de vida no trabalho. Seguem alguns fatores
(ALBUQUERQUE; FRANÇA, 1998):
•  Satisfação com o trabalho realizado.
•  Possibilidades de crescimento dentro da organização.
•  Validação e reconhecimento por resultados alcançados.
•  Salário percebido como adequado.
•  Benefícios.
•  Relacionamento humano saudável dentro do grupo e da organização.
•  Boas condições psicológicas do trabalho.
•  Ambiente físico do trabalho agradável.
•  Liberdade de poder discutir e se posicionar.
•  Vida emocional satisfatória.
•  Autoestima.
•  Imagem da empresa junto à opinião pública.
•  Equilíbrio entre trabalho e lazer.   
•  Horários e condições de trabalho sensatos. 
•  Respeito aos direitos.   
•  Justiça nas recompensas. 
Quando juntamos as questões motivacionais e de qualidade de vida no trabalho, podemos perceber se elas
estão acontecendo e se o ambiente organizacional está saudável ou não.
Com isso, conseguimos compreender também sinais de que um ambiente de trabalho não está saudável:
•  Ruídos de comunicação (as pessoas não se escutam e não conseguem falar).
•  Con�itos.
•  Procrastinação.
•  Apatia.
Quando nos deparamos com algo que não vai bem no ambiente de trabalho, devemos prestar atenção se
essa sensação é individual ou coletiva.
Se for individual, é necessário procurar um supervisor ou alguém em quem se con�a para orientação de como
cuidar dessas sensações, além de buscar apoio psicoterápico, se necessário, fora do ambiente de trabalho. Se
for coletiva, é uma questão do grupo e dos seus membros. Nesse caso, cabe pensar qual o seu papel nesse
grupo e como é possível mudar esse ambiente. 
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 5/18
Você já deve ter percebido que em uma equipe nem todos estão ou se mantêm motivados da mesma forma,
não é mesmo? Esse fato ocorre porque temos necessidades individuais, diferentes, pautadas em nossos
valores, desejos, interesses e percepções. Nossas histórias de vida são distintas, e todos esses aspectos
podem in�uenciar nossa motivação.
O principal motivador é o sentido que o trabalho tem para este pro�ssional em um dado momento da sua
vida, e esse sentido, sem dúvida alguma, variará de indivíduo para indivíduo e de momento para momento,
criando motivações diferentes.
Então, como motivar?
Buscando o signi�cado no trabalho. Sabemos que as pessoas que têm paixão por aquilo que fazem são
pessoas mais felizes. Porém, para encontrar esse signi�cado, é necessário que o indivíduo conheça a si
mesmo e saiba quais são suas necessidades e seus desejos e de que forma ele pode satisfazê-los em seu
trabalho. Além de lembrar que necessidades e desejos podem mudar ao longo de nossas vidas. 
A liderança tem um papel fundamental em relação à questão da motivação. O líder deve facilitar essa busca
pelo signi�cado no trabalho, por meio do desenvolvimento da sua equipe. Os líderes precisam ter uma
postura motivadora e identi�car as ferramentas necessárias que os auxiliem nesse processo.
Para isso, os valores e as crenças predominantes na cultura organizacional devem estar alinhadas às pessoas
que trabalham nessa organização, e vice-versa. Isso gerará maior motivação por parte dos funcionários e,
consequentemente, melhor qualidade de vida.
VÍDEO RESUMO
Estudante, no vídeo de hoje, você conseguirá compreender o que é um ambiente saudável de trabalho e o
que o diferencia de um ambiente não saudável. Para isso, utilizaremos os conceitos de cultura organizacional,
ética, motivação e qualidade de vida. Entenderemos também como cada um, dentro do contexto do grupo,
pode contribuir para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável. 
 Saiba mais
Deixamos aqui duas dicas de livros da biblioteca virtual, caso você queira aprofundar mais sobre o tema.
1. Cultura organizacional (Seção 1, Cultura, p. 52):
2. Psicologia e qualidade de vida no trabalho (Seção 3, A motivação, p. 143):
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Hoje, abordaremos temas importantes sobre as relações interpessoais. Falaremos sobre a competência
interpessoal de cada pro�ssional e como ela pode ser avaliada. Além disso, trataremos do relacionamento
interpessoal no trabalho e como ele é construído, para isso, precisamos entender mais sobre qual tipo de
comportamento é esperado no ambiente de trabalho e, ainda, como funciona nossa percepção sobre este
comportamento. Aprofundaremos dois pontos fundamentais – empatia e feedback –, para compreender
melhor esse ambiente de trabalho permeado pelas relações interpessoais.
Esperamos que esse tema seja interessante e útil para você. 
Aula 2
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Falaremos sobre a competência interpessoal de cada pro�ssional e como ela pode ser avaliada.
25 minutos
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/1268-cultura-organizacional.pdf
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/154-psicologia-e-qualidade-de-vida-no-trabalho.pdf
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 6/18
INTERPESSOALIDADE: CONCEITOS
Hoje, começaremos pela de�nição de interpessoalidade. Você consegue imaginar do que se trata? Inter +
pessoal, por de�nição, refere-se ao que ocorre entre duas ou mais pessoas: relação interpessoal,
comunicação interpessoal (INTERPESSOAL, 2022).
E competência, você sabe o que é?
Essa palavra pode ter vários sentidos, seja no âmbito pessoal ou pro�ssional, mas, aqui, iremos usá-la com o
sentido de: aptidão; capacidade de fazer alguma coisa (COMPETÊNCIA, 2022).
Logo, conseguimos compreender que a competência interpessoal é a aptidão ou a capacidade que temosde
nos relacionarmos com uma ou mais pessoas, correto? Correto, porém podemos ampliar ainda mais o
conceito e dizer que competência interpessoal é a habilidade de tratar de forma e�caz (que gera resultados,
benefícios) as nossas relações interpessoais, ou seja, conseguir lidar de forma adequada às necessidades de
cada indivíduo dentro do que é demandado em determinado contexto, aqui, no caso, no ambiente de
trabalho.
De forma geral, as pessoas passam boa parte do seu tempo no ambiente de trabalho e, por conta disso,
necessitam conviver com outras pessoas e rotinas que fazem parte desse ambiente. Portanto, pensar sobre o
relacionamento interpessoal no trabalho é de suma importância.
Se compreendemos que a convivência humana é difícil e desa�ante todos os dias, podemos entender que são
esperados alguns padrões de comportamento nos relacionamentos interpessoais, e que esses
comportamentos podem, ou não, gerar con�itos. Por outro lado, o ambiente de trabalho também favorece a
construção de relações, o contato com pessoas diferentes, a aprendizagem e a troca afetiva (DANTAS;
HENRIQUES, 2020).
Você consegue perceber que no ambiente pro�ssional o bom relacionamento é de extrema importância?
Dessa forma, teremos mais colaboração e trocas, e com isso melhores resultados de produtividade e
qualidade de vida no trabalho. Talvez, esse seja o comportamento esperado no trabalho, não?
Para conseguirmos ter essa percepção de um comportamento esperado, precisamos de duas ferramentas
básicas: a empatia e o feedback.
Empatia é de�nida como a habilidade de se colocar no lugar de outra pessoa, compreender e buscar agir ou
pensar da forma como ela pensaria ou agiria, o famoso "se colocar no lugar" (EMPATIA, 2022).
Feedback tem algumas variações de de�nição. Aqui, podemos compreender o termo como qualquer tipo de
resposta, comentário, retorno ou ponto de vista de alguém sobre os aspectos do seu desempenho,
funcionamento ou atitude no trabalho (FEEDBACK, 2022). Por exemplo: no trabalho, seu gestor deu um
feedback sobre seus relacionamentos com os colegas. Ele pode ter feito elogios, críticas construtivas,
levantando alguns pontos importantes, portanto ele trouxe seu ponto de vista de frente a uma habilidade
necessária do trabalhador.
Você consegue imaginar como esses conceitos de empatia e feedback podem bene�ciar seu ambiente de
trabalho?
O QUE AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS PODEM GERAR NO AMBIENTE DE TRABALHO?
Você já deve ter percebido a importância dos relacionamentos interpessoais no ambiente de trabalho. Todo
ambiente de trabalho é composto por seres humanos, e esses, por sua vez, são seres que se relacionam com
outros, certo? Daí já é possível imaginar o papel central do relacionamento interpessoal no trabalho. 
No ambiente de trabalho, existe um olhar diferenciado para as mais variadas formas de comunicação, e isso
se deve ao dinamismo que existe no ambiente em que as pessoas estão inseridas e os motivos que as levam a
interagir. 
Sabemos, hoje em dia, que esses relacionamentos, quando harmoniosos, apresentam resultados efetivos e
satisfatórios. Porém, será que é fácil conseguir essa harmonia?
Pensar em muitas pessoas ao mesmo tempo nos traz questões individuais e diversas, suas crenças, tradições,
hábitos, atitudes etc. No entanto, se pensarmos em cultura organizacional, podemos compreender que cabe à
empresa saber acolher e administrar essas diferenças e extrair o melhor de cada colaborador. 
As relações interpessoais e a valorização do indivíduo são tendências que vêm ganhando cada vez mais
espaço dentro das empresas, apontando para a importância de olhar para as questões de qualidade de vida
no trabalho.
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 7/18
Atualmente, existem métodos que podem ser analisados e aplicados pela área de Gestão de Pessoas ou de
Recursos Humanos de cada organização, os quais permitirão avaliar se o ambiente de trabalho é satisfatório
ou não e o que está acontecendo para gerar tal resultado. Saber como são estabelecidas as relações entre os
colaboradores, gestores e a empresa como um todo é central nesse processo.
As diferenças são comuns entre as pessoas e devem ser aceitas e tratadas de forma aberta. Quando a
comunicação se torna mais fácil, as pessoas começam a enxergar melhor as outras, quebrando eventuais
bloqueios e barreiras que possam existir entre elas (DANTAS; HENRIQUES, 2020).
A escuta, a empatia e a consideração geram experiências pessoais e pro�ssionais positivas que resultam em
maior motivação e aumento da qualidade produtiva. E esse é um objetivo desejado por qualquer organização
e seus colaboradores, pois assim o trabalho pode gerar melhores resultados. 
Você sabia que o relacionamento interpessoal tem fases? Saberia nomeá-las?
Como já dissemos, todo relacionamento é dinâmico e passa por constantes mudanças, mas ele também
ocorre dentro de um determinado intervalo de tempo, ou seja, tem começo, meio e �m. O tempo de cada
relação variará de acordo com a importância, a relevância e o tempo de contato que essa pessoa terá em
nossas vidas. No ambiente de trabalho, essa linha do tempo �ca ainda mais clara. Um paciente, por exemplo,
tende a ter uma relação interpessoal mais curta com um determinado agente de saúde, enquanto um gestor
terá um tempo mais longo de convivência com seu colaborador. 
Aqui, é importante frisar que, independentemente do tempo de cada relação, sejam minutos ou anos, quando
ela é relevante, terá a mesma estrutura de continuidade, ou seja, começo, meio e �m.
Temos, de forma geral, cinco etapas nas relações:
1.  Conhecimento: primeiro contato.
2.  Construção: laços de con�ança.
3.  Continuação: compromisso mútuo.
4.  Deterioração: diminuição da comunicação, afastamento (pode acontecer ou não).
5.  Finalização: término, morte ou distanciamento.
Nossa competência em relacionamentos interpessoais no trabalho depende de aprendermos a lidar com
essas etapas da melhor maneira possível, para que a gente consiga estabelecer vínculos saudáveis e, com
isso, melhorar as trocas e os ganhos de todos ao redor.
COMO APLICAR OS CONCEITOS DE COMPORTAMENTOS INTERPESSOAIS NO AMBIENTE DE
TRABALHO?
Você já vivenciou, de alguma forma, um erro causado em algum projeto, trabalho, tarefa, jogo ou brincadeira,
primeiramente por conta de uma falha na comunicação entre os participantes? Imagino que sim!
Você consegue compreender se esse "erro" foi seu ou de alguém com quem você estava se relacionando?
Inicialmente, precisamos ter clareza do nosso papel nesses erros. Em uma inter-relação, não existe um só
lado, já que ela é resultado da soma das pessoas que a constroem. Portanto, no mínimo, também somos
corresponsáveis, não é mesmo?
Por conta disso, precisamos nos preocupar em desenvolver nossa habilidade de comunicação. Uma boa
comunicação é uma comunicação efetiva. Não é apenas trocar informações. É ser empático e compreender as
emoções e intenções por trás de uma informação. É, também, ser capaz de transmitir uma mensagem com
clareza, compreender os sentidos explícitos e implícitos, mostrar interesse e escutar o outro. Ou seja, um
processo de troca efetiva.
Para isso, é preciso estar atento a alguns pontos importantes que são fundamentais para uma boa
comunicação e, consequentemente, para um bom relacionamento interpessoal no trabalho:
•  Exercitar a con�ança: ter clareza sobre suas habilidades de comunicação e desenvolvê-las quando não as
tiver.
•  Praticar a escuta ativa: escuta focada, interpretando com atenção as informações recebidas.
•  Atitude positiva: empatia, comunicação efetiva, cooperação e respeito.
•  Respeito mútuo: respeitar-se e respeitar qualquer pessoa, mesmo em suas diferenças e divergências de
valores – ser tolerante.
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid…8/18
•  Compreender as críticas e os feedbacks: conseguir receber outras perspectivas do modo como te enxergam
e buscar melhorar as oportunidades, entendendo os pontos fortes e fracos – autoconhecimento e
autodesenvolvimento.
•  Estabelecer limites: entender as diferenças entre o que é pessoal e pro�ssional, isso garante melhor foco e
produtividade nas relações pro�ssionais.
•  Reconhecer seus colegas de trabalho, gestores e colaboradores.
Com esses pontos conseguimos desenvolver nossa competência de comunicação e o relacionamento
interpessoal no trabalho. Quando falamos sobre comportamento esperado no ambiente de trabalho,
podemos ir ainda mais além. Precisamos pensar em nossas atitudes e devemos respeitar as normas da
organização em que estamos. Normalmente, essas normas aplacarão questões de pontualidade, disciplina,
linguagem adequada na comunicação interpessoal e nas mensagens escritas, aparência adequada ao
ambiente, respeito aos demais colegas da organização, responsabilidade no desenvolvimento e cumprimento
das tarefas e funções, proatividade etc.
Devemos estar atentos aos feedbacks de nossos gestores, colegas e outros colaboradores para compreender
o que ainda podemos desenvolver e melhorar em nós mesmos e no ambiente como um todo. 
Percebeu a importância desse assunto? Bons estudos!
VÍDEO RESUMO
Você já deve ter percebido como é importante a comunicação dentro de um ambiente de trabalho, não é
mesmo? E essa comunicação diz respeito às nossas competências interpessoais e a como nos relacionaremos
no ambiente de trabalho. Na aula de hoje, abordaremos esse tema e ilustraremos quais os comportamentos
esperados no ambiente de trabalho, além de explicar duas ferramentas fundamentais para todo esse
processo: empatia e feedback.
 Saiba mais
Trouxemos a dica de um livro interessante, disponível na Biblioteca Virtual, Construindo relacionamentos
no contexto organizacional, para que você possa aprender mais a como melhorar a sua forma de
relacionar em ambiente de trabalho
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Estudante, bem-vindo à nossa aula! Hoje, falaremos do conceito e das características de uma equipe. Você
sabe o que compõe uma equipe? Como uma equipe de saúde pode ser compreendida e con�gurada?
Falaremos também dos modelos de equipe. Com certeza, você já ouviu esses termos: interdisciplinar,
multipro�ssional e transdisciplinar. Vamos aprofundar esse conhecimento? Esses conteúdos são muito
importantes quando pensamos em trabalho na saúde e em como podemos fazer para atuar da melhor forma
possível em nossas equipes.
CONCEITO DE EQUIPE E SUAS VARIÁVEIS
Aula 3
O TRABALHO EM EQUIPE 
Falaremos do conceito e das características de uma equipe.
29 minutos
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/177825/pdf
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/177825/pdf
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 9/18
Com certeza, você já ouviu falar do termo equipe, não é mesmo? Mas, você sabe explicar o que é uma equipe?
Muitos falarão que é um grupo ou agrupamento de pessoas. E você, como de�ne equipe?
Quando buscamos no dicionário, achamos a seguinte de�nição: "Grupo de pessoas organizado para um
serviço determinado" (EQUIPE, 2022, [s. p.]).
Então, será que equipe e grupo são a mesma coisa? Não, grupo é um conjunto de indivíduos que coordenam
os seus esforços, enquanto equipe é um grupo de pessoas que compartilham um propósito em comum.
O conceito de equipe é mais amplo que o de agrupamento de pessoas. Equipe se refere a um objetivo
comum, um propósito reconhecido por todos e que exige o envolvimento dos seus membros.
Será que você consegue imaginar quais características tem uma equipe? É um grupo de pessoas com
quali�cação técnica para executar determinados serviços, ou seja, com habilidades especí�cas adequadas ao
propósito do trabalho e, evidentemente, comprometidas em alcançá-los. Isso, em teoria, faz com que uma
equipe possa funcionar bem. A relação de con�ança entre os membros deve ser boa, pois todos estão
assumindo riscos em relação ao todo. Deve haver respeito, compreensão das diferenças e limites dos outros
(e de si próprio) e, obviamente, cooperação entre todos. Para isso, as informações e a comunicação devem ser
claras, ou seja, todos os membros da equipe sabem exatamente o que o outro está fazendo e todos são
responsáveis pelas atividades, tanto aquelas que dão certo quanto as que não dão (SOARES, 2015).
Será que agora você consegue imaginar a de�nição de equipe de saúde? Uma equipe de saúde é um conjunto
de pessoas com habilidades técnicas na área da saúde e que têm um propósito em comum dentro do espaço
onde atuam.
A atuação dos pro�ssionais de saúde em equipe garante melhora na qualidade da assistência, pois ela �ca
mais integrada, e o paciente pode ser cuidado em sua totalidade. Sem contar que se diminui a necessidade de
refazer trabalhos, já que a equipe tem acesso às habilidades técnicas de cada um dos seus membros. Somam-
se olhares que multiplicam os resultados.
Você sabia que essa equipe pode ser composta de diferentes formas? Pensaremos em cada uma delas:
interdisciplinar, multipro�ssional e transdisciplinar.
Uma equipe interdisciplinar pode ser de�nida pela intersecção de disciplinas, que gerará uma troca de
saberes diversos entre seus membros e que sai enriquecida desse momento.
Uma equipe multipro�ssional pode ser compreendida como aquela em que há múltiplas áreas, múltiplos
pro�ssionais, com pouca ou nenhuma comunicação entre todos os participantes, mas, sim, com o responsável
pelo caso. O foco é em uma mesma demanda, uma construção comum, porém com coordenação e decisão de
um responsável.
Uma equipe transdisciplinar pode ser entendida como um coletivo de pessoas de diferentes
áreas/especialidades/disciplinas, que atuam e desenvolvem atividades diferentes e que agem com igualdade
em seus saberes, sem hierarquia de especialidades ou áreas.
PENSANDO EM EQUIPE DE FORMA AMPLIADA
Como você viu, uma equipe é um grupo de pessoas que tem um objetivo ou propósito comum e que
trabalham em harmonia. Aprofundaremos esse conceito dentro do ponto de vista de uma equipe de saúde, já
que esse é nosso enfoque principal aqui.
"Uma equipe de trabalho gera uma sinergia positiva por meio do esforço coordenado.” (ROBBINS, 2005, p.
213). Isso quer dizer que os esforços individuais geram melhor desempenho em uma equipe do que de forma
individualizada. "As equipes permitem que as organizações potencializem seus resultados, porque as pessoas
atuam com responsabilidade mútua e têm habilidades complementares." (ESCORSIN; WALGER, 2017, p. 135).
Devemos compreender que uma equipe não é permanente, é uma estrutura dinâmica, já que pessoas
mudam de cargos e funções, ou até mesmo de instituições. Com isso, as equipes necessitam de constante
reestruturação, ou seja, organizar, iniciar o trabalho, de�nir e rede�nir o foco e se desfazer (ROBBINS, 2005).
Para melhor atenção, cuidado e continuidade de atendimento em saúde de pessoas e comunidades, nada
mais importante do que uma equipe. Para esse objetivo, é importante pensar nos processos de trabalho,
como o acompanhamento e o tratamento, a partir de uma visão mais ampla, em que o paciente é visto de
forma integral pela equipe, lembrando sempre da importância da sua participação nesse processo.
Para pensar melhor nessas equipes, é preciso aprofundar o modo como funcionam as equipes que
conhecemos hoje em saúde.
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativi… 10/18
Equipe interdisciplinar
Busca transformar as práticas corriqueiras em novas formas de saber, o quepode trazer criatividade para as
equipes. Utilizam muito o diálogo, pois é nele que as decisões são tomadas em conjunto.
O objetivo da equipe interdisciplinar é criar uma visão mais abrangente, a �m de superar a visão biomédica
fragmentada do indivíduo, que pode ser reducionista. Objetiva uma visão mais estratégica do ambiente e do
contexto em que vive o indivíduo e busca suprir as necessidades de saúde a partir dessa visão, buscando a
integração biopsicossocial. É a ampliação do modelo centrado na doença para o modelo centrado na saúde,
por meio de articulação dos diferentes saberes e campos de conhecimento técnico em saúde.
Foco na promoção, na prevenção, no tratamento e na reabilitação na saúde, visando às necessidades
individuais e sociais ou coletivas.
Equipe multipro�ssional
Busca fazer a avaliação do paciente de forma independente. É como se fosse uma avaliação com camadas
adicionais, por exemplo: o médico avalia e solicita avaliações complementares, como psicologia, enfermagem,
fonoaudiologia etc. Portanto, o trabalho não é coordenado, e com isso não tem uma identidade grupal. O
médico, ou o responsável pelo caso, é também aquele que toma a decisão �nal sobre o tratamento, e os
outros pro�ssionais se encaixarão sob a demanda do paciente e as orientações desse responsável (BRUSCATO
et al., 2004).
É fundamental que cada pro�ssional contribua e que esteja interessado na função do colega, o que pode
gerar algum nível de interação.
Equipe transdisciplinar
Busca atuação em conjunto, sem divisão de conhecimento, nem mesmo de hierarquia entre os pro�ssionais.
Logo, todos os saberes e conhecimentos técnicos fazem parte do todo, e nenhum deles é superior ao outro.
O objetivo é a transformação, de fato, de integração do sujeito frente às possibilidades, a �m de encontrar
melhores possibilidades para o prognóstico dos pacientes.
COMO FAZER PARTE DE UMA EQUIPE?
Será que você consegue pensar em alguma referência sobre equipe em sua vida pessoal e pro�ssional? E
como seria trabalhar em uma equipe de saúde na prática? Vamos pensar juntos!
Para se estruturar uma equipe, precisamos focar em um desenvolvimento integrativo, ou seja:
• Vivências que possibilitem o desenvolvimento de autoavaliação e autopercepção.
• Experiências que permitam a avaliação do outro e a oferta de feedback construtivo.
• Criar espaços de escuta empática.
• Trabalhar a relação de con�ança entre os participantes.
• Comunicação clara, sem armadilhas.
• Valorização do trabalho individual e em conjunto.
• Percepção da integralidade de construção, visando à integração das habilidades (SOARES, 2015).
Claro que temos um grande desa�o ao transformar um agrupamento de pessoas em uma equipe. Existe uma
resistência natural das pessoas em transformar algo já estabelecido em algo "desconhecido". Sim, seres
humanos são resistentes a mudanças, e isso pode ser um obstáculo inicial.
Além disso, para apresentar bom desempenho como membro de uma equipe, é necessário que a pessoa seja
capaz de se comunicar de forma clara, direta e honesta, confrontando diferenças e revendo con�itos. Em
saúde, podemos entender que este desa�o �ca ainda maior, uma vez que muitos grupos são estabelecidos na
base de autoridade e com cultura individualista.
Para avançar, precisamos, primeiro, desenvolver a capacidade dos indivíduos para transformar um grupo em
uma equipe. Existem ferramentas que podem ser aplicadas. Já que esse não é um processo fácil, é preciso
cautela da gestão e disponibilidade de todos. Em serviços de saúde, algumas atividades mais lúdicas, ou seja,
fora da esfera da racionalização, podem ajudar nessa construção. Para isso, precisamos de alguém habilitado
para questões de vivências em grupo, como um psicodramatista (terapeuta que trabalha com o referencial do
psicodrama).
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativid… 11/18
Pensando que uma determinada equipe já está estabelecida, será que você consegue compreender as
diferenças entre os modelos de equipes em saúde?
Sabemos que, na prática, a diferença entre uma equipe interdisciplinar, multidisciplinar (ou multipro�ssional)
e transdisciplinar tem a ver com a maneira como ocorrem as interações entre os diferentes pro�ssionais e as
diferentes áreas do saber, durante o processo de construção dessa atuação.
Figura 1 | Equipe interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar
Fonte: acervo dos autores.
Para integrar uma equipe de saúde, é preciso que os pro�ssionais conheçam suas habilidades técnicas e
repensem as relações de hierarquia e os padrões já instituídos (e, muitas vezes, viciados) em cada atividade
ou em cada grupo pro�ssional.
É necessário que o trabalho supere a inércia burocrática de muitos serviços de saúde para deixar de lado a
divisão vertical de trabalho e partir para uma divisão mais horizontal e cooperativa, que pode levar a uma
melhor resolutividade da equipe.
INTERDISCIPLINARIDADE
1. Colaboração entre os pro�ssionais de diferentes áreas.
2. Interação entre esses pro�ssionais.
3. Cada um é responsável por sua função, porém a decisão e a responsabilidade cabem ao especialista
da área em questão.
MULTIDISCIPLINARIDADE
1. Cooperação dos pro�ssionais de diferentes áreas.
2. Pouca ou nenhuma interação entre esses pro�ssionais.
3. Cada um é responsável apenas por sua função, sob demanda do responsável pelo caso.
TRANSDISCIPLINARIDADE 
1. Interdependência dos pro�ssionais de diferentes áreas.
2. Interação entre os pro�ssionais de forma sistematizada.
3. Todos são responsáveis pelo processo, inclusive, partilhando decisões e responsabilidades.
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativi… 12/18
VÍDEO RESUMO
Estudante, no vídeo de hoje, falaremos sobre equipes. Explicaremos como elas são constituídas e de�nidas e
como podemos transformar um agrupamento de pessoas em uma equipe. Como isso funciona dentro de um
serviço de saúde? Ainda, como elas podem ser divididas em função da sua forma de atuação? 
Espero que você goste, porque essa compreensão é fundamental para todo pro�ssional de saúde. Vem com a
gente!
 Saiba mais
Estudante, temos o livro Liderança e desenvolvimento de equipes, de Ana Paula Escorsin e Carolina
Walger (2017), no acervo da biblioteca que traz mais informações para quem quer se aprofundar nas
questões da formação de equipes.
Sugestão extra:
Pensamos em dois �lmes para você compreender de forma lúdica como funcionam as equipes.
1. A fuga das galinhas – Animação, 2000, Comédia/Infantil, 1h35m: no galinheiro de uma fazenda inglesa
dos anos 1950, galinhas cumprem sua função e vivem pacatamente, sonhando com uma vida melhor.
Uma delas, Ginger, sonha com a liberdade e planeja sair voando dali junto com suas companheiras. A
animação traz a organização das galinhas como forma de protesto ao sistema no qual vive. (Disponível
no Net�ix).
2. Top Gun: Maverick – 2022, Ação, 2h11min: depois de mais de 30 anos de serviço como um dos
principais aviadores da Marinha, Pete "Maverick" Mitchell está de volta, rompendo os limites como um
piloto de testes corajoso. No mundo contemporâneo das guerras tecnológicas, Maverick enfrenta drones
e prova que o fator humano ainda é essencial. O �lme traz situações importantes das interações
humanas. Maverick tem a necessidade de formar uma equipe, isso ilustra parte do que mostramos aqui.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Estudante, bem-vindo! Nesta aula, falaremos mais sobre o comportamento humano nas organizações de
trabalho. Você consegue imaginar como �cam as questões de ansiedade do trabalhador e quais seriam as
estratégias de enfrentamento para essesintoma? Será que isso gera estresse? E será esta a única fonte de
estresse, ou temos outros fatores que funcionam como estressores em um ambiente de trabalho de saúde?
Você sabia que pro�ssionais de saúde têm maior probabilidade de adoecimento mental? Agora você consegue
entender a importância de estudar o estresse dos pro�ssionais de saúde e, ainda mais importante, quais
seriam as principais fontes desse estresse no ambiente de trabalho? Isso tudo nos ajuda a pensar em
prevenção!
ANSIEDADE, ESTRESSE E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
Você sabe o que é ansiedade? Pelo senso comum, ansiedade é uma a�ição, angústia ou perturbação causada
por uma relação com qualquer contexto de perigo. Mas, você se lembra que aqui evitamos o senso comum,
não é mesmo?
Aula 4
ESTRESSE E TRABALHO
Nesta aula, falaremos mais sobre o comportamento humano nas organizações de trabalho.
32 minutos
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/49425
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativi… 13/18
Para a psicologia, a de�nição de ansiedade tem a ver com uma resposta natural do nosso corpo (uma
emoção) frente a uma determinada situação interpretada como ameaça ou perigo. Ela funciona como um
mecanismo de adaptação ou ajuste para lidarmos com situações em que reconhecemos algum tipo de risco
ou mudança, por exemplo, a expectativa criada frente a um grande evento que está para acontecer e pode
virar nossa vida de ponta-cabeça (VIANA, 2010).
Então, será que podemos entender a ansiedade como algo positivo também? Sim, a ansiedade em um
"tamanho" ou intensidade manejável é o que nos faz ir atrás do que queremos, o que nos movimenta. O
problema é quando ela vem em excesso e desregula todo o organismo a ponto, inclusive, dele �car sem
reação nenhuma (DALGALARRONDO, 2008). Quando a ansiedade atinge um nível que pode ser prejudicial,
temos que pensar em estratégias de enfrentamento.
Estratégia nos remete a um método, um plano, e enfrentamento, por sua vez, ao ato de lidar com algum
obstáculo. Portanto, para lidar com questões de ansiedade, por exemplo, devemos pensar em formas de lidar
com tal di�culdade.
Um anglicismo (termo que vem do inglês para descrever algo) que se refere à estratégia de enfrentamento
muito utilizada hoje em dia por psicólogos e psiquiatras é "coping strategies", que também pode ser usado
para descrever táticas e ferramentas mentais e de comportamento para lidar com a ansiedade (técnicas
cognitivo-comportamentais) (RAMOS et al., 2015).
Mas, será que estratégias de enfrentamento podem ser usadas em outras situações além da ansiedade? Sim,
elas podem ser empregadas em qualquer situação que gera desgaste e impossibilita a ação, como em
momentos de estresse.
Esta aí uma palavra que você também já ouviu muito, não é? Você sabe de�nir estresse? Por de�nição,
estresse é uma resposta do nosso organismo ao acúmulo de tensões e sentimentos quando vivenciamos
situações que exigem muito de nós. É também o resultado de experiências e vivências acumuladas que nos
deixam em estado de alerta, o que pode levar a alterações físicas e emocionais (ESTRESSE, 2022).
Temos dois tipos de estresse: o agudo e o crônico. O estresse agudo é mais intenso e curto, causado por
situações passageiras, como perda do emprego ou de um ente querido. Já o estresse crônico, que hoje afeta a
maioria das pessoas, ocorre de uma forma mais suave e constante, como em atividades que exigem
desempenho e avaliação periódicos, por exemplo, trabalho, estudos, maternidade etc. (DALGALARRONDO,
2008).
O estresse em pro�ssionais de saúde é muito comum. Isso porque o ambiente de trabalho em saúde costuma
ser mais suscetível e vulnerável a mudanças que impactam a equipe e sobrecarregam os pro�ssionais, tanto
de forma objetiva, como falta de material ou de condições de trabalho, quanto de forma mais subjetiva, como
uma situação difícil com algum colega ou paciente (SANTOS et al., 2019).
Quando o estresse está associado ao local de trabalho, tratamos da vulnerabilidade ao estresse no trabalho, e
precisamos compreender melhor quais as fontes desse processo. Isso tudo para pensarmos em estratégias de
prevenção do estresse e da ansiedade do pro�ssional de saúde no seu ambiente de trabalho (SILVA;
MOREIRA, 2019).
Vale lembrar aqui a de�nição de prevenção para conseguirmos aprofundar, não é mesmo? Ela é um "conjunto
de medidas ou preparação antecipada de (algo) que visa prevenir (um mal)" (PREVENÇÃO, 2022, [s. p.]).
COMO SE CARACTERIZA A ANSIEDADE E O ESTRESSE NO TRABALHO?
Agora que já temos as de�nições de ansiedade, estresse e estratégias de enfrentamento, vamos aprofundar
um pouco mais para compreender melhor esses pontos?
Você saberia dizer o que diferencia ansiedade normal de um transtorno, de um adoecimento? Quando a
ansiedade transborda o sentimento, apresentando outros impactos para quem é afetado, e isso passa a
trazer algum tipo de prejuízo para a vida da pessoa. Remete, em geral, a quando a intensidade da ansiedade e
a ocorrência dela estão muito maiores do que estamos acostumados, sem uma possibilidade de controle ou
manejo, por um período prolongado. Ou seja, quando a situação que gera ansiedade já passou e, mesmo
assim, o estado de estresse continua. O alerta �ca "ligado". Este é o tipo de ansiedade que pode levar ao
adoecimento, e é ele que nos preocupa.
As estratégias de enfrentamento devem ser encaradas não apenas para essas situações em que o
adoecimento já se instalou mas também para prevenir esse processo e para podermos pensar em promover
saúde. Quanto mais essas estratégias estão incorporadas na prática das pessoas e das organizações, melhor,
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativi… 14/18
pois em momentos de crise, além do sofrimento, os indivíduos, muitas vezes, não conseguem responder de
uma maneira que já não tenha sido aprendida antes.
Quais sintomas podemos observar quando uma pessoa está tendo uma crise de ansiedade ou um pico de
estresse? Em ambos, podemos destacar sintomas físicos, como:
•  Taquicardia.
•  Falta de ar.
•  Sudorese.
•  Dores.
•  Alterações intestinais.
•  Náuseas.
Além de sintomas psíquicos, como:
•  Cognitivos (di�culdade de concentração ou para tomar decisões).
•  Culpa.
•  Catastro�zação (achar que tudo dará errado).
•  Sintomas neurovegetativos (como insônia).
•  Alterações de pensamento (principalmente acelerado).
•  Prejuízo da memória.
Quando esses sintomas acontecem por tempo prolongado, podemos pensar em adoecimento, como um
transtorno de ansiedade. Os transtornos de ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela
ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como: 
•  Medo extremo de algum objeto ou situação particular.
•  Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim acontecerá.
•  Preocupações, tensões ou medos exagerados: a pessoa não consegue relaxar.
•  Preocupações excessivas com saúde, dinheiro, família ou trabalho.
•  Medo de ser humilhado ou desmoralizado publicamente.
•  Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da
vontade.
•  Pavor depois de uma situação muito difícil (DALGALARRONDO, 2008).
Aqui, devemos pensar em estratégias rápidas para lidar com essa ansiedade, mas elas podem não ser
su�cientes para cuidar da questão no longo prazo. Para isso, precisamos de tratamentos com técnicas
especializadas em ansiedade, com psicólogos e psiquiatras. 
Além disso, essas estratégias apagam o "fogo", porém não endereçam a razão do problema, e o incêndio pode
recomeçar. Então, precisamos compreender a origem para poder pensar na prevenção desses sintomas, não
é mesmo? 
Quandofocamos nos pro�ssionais de saúde, observamos que eles estão muito mais expostos a inúmeras
situações que favorecem o surgimento do estresse. Pensando nas fontes desse estresse, encontramos
diversos fatores das condições de trabalho que não são favoráveis à saúde mental. Sabemos que esse é um
setor sobrecarregado, com alta demanda de trabalho. Há uma questão de acúmulo de responsabilidades
associada à precariedade da estrutura dos serviços e às redes que não se comunicam.
Além disso, esses pro�ssionais estão mais expostos à perda, à dor e ao sofrimento humano. Trabalham
constantemente com a ideia de limite, impotência frente ao adoecimento e à morte de pacientes. E, de base,
muitos têm a tendência a tomar para si um dever de tentar evitar qualquer sofrimento dos outros, não dando
a devida atenção às suas próprias di�culdades. Esses eventos somados e não cuidados podem gerar
ansiedade e estresse.
Uma síndrome muito comum em pro�ssionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades
constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, entre outros, é o Burnout. Burnout
é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo de situações de
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativi… 15/18
trabalho que são emocionalmente estressantes, que demandam muita competitividade ou desempenho,
especialmente nas áreas de educação e saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu essa síndrome
na nova Classi�cação Internacional de Doenças (CID-11), em vigor desde o início de 2022 (WHO, 2021).
Devemos pensar em métodos preventivos para diminuir o adoecimento das equipes de saúde e de seus
pro�ssionais. Lembre-se de que, quando falamos em prevenção, estamos falando daquilo que pode ser feito
antes do adoecimento, e isso é tão importante quanto cuidar da doença em si. Se só cuidarmos da doença e
não das suas causas, ela continuará acontecendo.
O QUE FAZER EM CASOS DE ANSIEDADE E ESTRESSE NO TRABALHO? PREVENÇÃO
Imagino que você esteja se perguntando: como podemos cuidar dos pro�ssionais de saúde? Como podemos
cuidar de quem cuida? Como cuidar de nós mesmos?
Pensando no enfrentamento dos sintomas de ansiedade e estresse, temos algumas estratégias e
possibilidades:
•  Compreender a causa: entender o que está desencadeando esses sintomas, avaliar o que nos deixa
ansiosos. Reconhecer as causas nem sempre é tarefa fácil, mas devemos lembrar que são elas que
desencadeiam emoções e sensações negativas.
•  Traçar um plano de ação: entender o que ajuda a relaxar dentro do ambiente de trabalho ou diante de uma
situação de estresse. Algumas técnicas de meditação e relaxamento, por exemplo, têm resultados positivos.
•  Buscar apoio: na percepção de que não está bem, busque ajuda. Seja de familiares, amigos, redes ou
pro�ssionais especializados. Falar sobre o que sentimos é o início do processo de melhora.
•  Desfocar: em momentos de crise, é importante não focar somente nos sintomas. Tente lembrar que as
crises são agudas e que elas passam a partir do momento que conseguimos relaxar.
•  Investir: buscar atividades mais simples, com começo, meio e �m, nos dá a sensação de controle e bem-
estar, o que pode diminuir a ansiedade. Por exemplo: atividade física, trabalhos manuais, estudo de línguas ou
algum assunto prazeroso etc.
•  Manter uma rotina: uma rotina minimamente organizada auxilia nessa sensação de controle.
•  Estabelecer limites: compreender quando algo está ultrapassando seu limite, quando você tem que falar
não para alguma tarefa ou solicitação, porque aquilo pode te causar mal.
Quando tentamos empregar essas estratégias e elas não geram diminuição de sintomas, é sinal de que
precisamos procurar ajuda especializada, para um cuidado especial. Psicólogos e psiquiatras podem auxiliar
no tratamento da ansiedade e do estresse, tanto de forma pontual quanto no longo prazo. Para isso, podem
ser consideradas três formas de tratamento: medicação, psicoterapia e associação de medicação com
psicoterapia. A última forma é a mais e�caz, por diminuir os sintomas (medicação) e nos ajudar a
compreender as causas e formas para lidar com situações-limite (psicoterapia).
Agora que falamos de possibilidade de cuidado, vamos focar em como podemos fazer para prevenir essas
situações? Você já pensou o quão contaminado pode estar seu ambiente de trabalho e como ele pode gerar
adoecimento?
Falar sobre adoecimento em equipe de saúde é um grande passo para começarmos a lidar com uma
realidade preocupante. Esse tema é um tabu. Muita gente tem di�culdade em imaginar um médico doente,
um psicólogo estressado, ou uma fonoaudióloga sem voz. Mas, eles estão aí, à nossa volta. Quem cuida
também �ca doente. 
Os índices de adoecimento da equipe de saúde sempre foram acima da média da população em geral, mas
isso se agravou ainda mais após a pandemia. Dados mostram que, após a pandemia de Covid-19, os sintomas
físicos aparecem nos pro�ssionais de saúde de forma moderada a severa, destacando-se a ansiedade (28,8%),
a depressão (16,5%) e o estresse (8,1%), respectivamente (SCHMIDT et al., 2020).
"O coronavírus está afetando a saúde mental de muitas pessoas. Estudos recentes mostram um aumento da
angústia, ansiedade e depressão, especialmente entre os pro�ssionais de saúde." (OPAS, 2020, [s. p.]).
Precisamos falar sobre saúde mental dos pro�ssionais de saúde, sem que isso pareça como uma fraqueza
deles. Aliás, saúde mental não tem nada a ver com fraqueza.
Agora você consegue compreender como é necessário pensar não somente em cuidados de saúde mas
também em prevenção. E como podemos prevenir o adoecimento dos pro�ssionais de saúde? Precisamos
fazer uma análise dos estressores no ambiente de trabalho e pensar em como controlá-los, a �m de minimizá-
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativi… 16/18
los. A ideia é ter uma prevenção contínua, para que a melhora seja consistente, buscando sempre reduzir o
estresse no ambiente de trabalho.
Pensar na qualidade de vida do trabalhador em saúde tem relação direta com o falar e ser ouvido, dividir as
angústias em relação a todos os eventos que ocorrem no ambiente de trabalho e ouvir os colegas, para que
todos possam compartilhar sensações. Isso gera maior noção de pertencimento. Além disso, é necessário
avaliar instalações e ambiente físico para favorecer as condições de trabalho. Focar nas relações dentro da
equipe, promover saúde por meio de palestras, o�cinas e recursos oferecidos aos colaboradores, pensar em
escalas menos desgastantes e melhorar interações entre che�a e subordinados são algumas possibilidades.
VÍDEO RESUMO
Olá, pessoal! No vídeo a seguir, você entenderá como podem surgir ansiedade e estresse relacionados ao
ambiente de trabalho, em especial, na área da saúde. Compreenderá o que são estratégias de enfrentamento
e como prevenir essas situações. 
Esse é um tema essencial para quem é pro�ssional da saúde. Vem com a gente!
 Saiba mais
Hoje, temos duas dicas de leitura.
Ideia para você conseguir entender a questão do estresse em sua vida e como manejar esses sintomas.
Isso, com certeza, lhe ajudará a pensar na sua qualidade de vida e, consequentemente, melhorar o
ambiente ao seu redor. Sobre isso, a indicação é o livro O estresse está dentro de você, de Marilda Lipp.
Esta é uma revisão bibliográ�ca bem interessante, que traz dados relevantes sobre os pro�ssionais de
saúde. Caso você queira saber mais sobre isso, leia o artigo: O estresse nos pro�ssionais de saúde: uma
revisão de literatura.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
ALBUQUERQUE, L. G.;FRANÇA, A. C. L. Estratégias de recursos humanos e gestão da qualidade de vida no
trabalho: o stress e a expansão do conceito de qualidade total. Revista de Administração, v. 33, n. 2, abr./jun.
1998. Disponível em:
https://web.archive.org/web/20141019220904/http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=144.
Acesso em: 4 jun. 2022.
CHIAVENATO, I. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 2. ed. Rio de
Janeiro, RJ: Elsevier, 2010.
ÉTICA. Dicio, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/etica/. Acesso em: 4 jun. 2022.
FREITAS, M. E. Cultura organizacional: formação, tipologias e impacto. São Paulo, SP: Makron Books, 1991.
MASLOW, A. A theory of human motivation. Psychological Review, v. 50, n. 4, p. 370-396, 1943. Disponível
em: https://motivationalmagic.com/library/ebooks/motivation/maslow_a-theory-of-human-motivation.pdf.
Acesso em: 4 jun. 2022.
MASLOW, A. Introdução à Psicologia do Ser. Trad. A. Cabral. Rio de Janeiro, RJ: Eldorado, 1970.
MOTIVAÇÃO. Dicio, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/motivacao/. Acesso em: 4 jun. 2022.
REFERÊNCIAS
15 minutos
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/201984/pdf/0?code=P7IP2UHHadjaDqyLeVf1kH1bdI/Q4u/qgFp7nPc6f1V3oPL9xTgngPiNNEyn18pWFEnppAiRd8/QXggtGkWt7A==
https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/25645/19599
https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/25645/19599
https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/25645/19599
https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/25645/19599
https://web.archive.org/web/20141019220904/http:/www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=144
https://www.dicio.com.br/etica/
https://motivationalmagic.com/library/ebooks/motivation/maslow_a-theory-of-human-motivation.pdf
https://www.dicio.com.br/motivacao/
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativi… 17/18
PAVÃO, A. C. Psicologia e qualidade de vida no trabalho. Londrina, PR: Editora e Distribuidora Educacional S.
A., 2015. Disponível em: https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/154-
psicologia-e-qualidade-de-vida-no-trabalho.pdf. Acesso em: 4 jun. 2022.
SANTOS, M. F. S. dos. Cultura organizacional. Londrina, PR: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014.
Disponível em: https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/1268-cultura-
organizacional.pdf. Acesso em: 4 jun. 2022.
VASCONCELOS, A. F. Qualidade de vida no trabalho: origem, evolução e perspectivas. Caderno de Pesquisas
em Administração, São Paulo, v. 8, n. 1, jan./mar. 2001.
Aula 2
COMPETÊNCIA. Dicio, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/competencia/. Acesso em: 9 jun. 2022.
CZAJKOWSKI, A; MÜLLER, R; OLIVEIRA, V. S. Construindo relacionamentos no contexto organizacional. 1 ed.
Curitiba: Editora Intersaberes, 2020. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/177825/pdf. Acesso em: 13 set. 2022.
DANTAS, A. A.; HENRIQUES, F. R. Relacionamento Interpessoal no ambiente de trabalho. Rev. Cientí�ca
Integrada, Ribeirão Preto, v. 4, ed. 5, 2020 Disponivel em: https://www.unaerp.br/revista-cienti�ca-
integrada/edicoes-anteriores/volume-4-edicao-5/4171-rci-relacionamento-interpessoal-122020/�le. Acesso
em: 9 jun. 2022.
EMPATIA. Dicio, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/empatia/. Acesso em: 9 jun. 2022.
FEEDBACK. Dicio, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/interpessoal/. Acesso em: 9  jun. 2022.
INTERPESSOAL. Dicio, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/feedback/. Acesso em: 9 jun. 2022.
MOSCOVIA, F. Competência interpessoal no desenvolvimento de gerentes. Rev. adm. Empresa, v. 21, n. 2, jun.
1981. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rae/a/5vh7nSfHQvPXYy8RvSTt5Ht/?format=pdf&lang=pt. Acesso
em: 6 jun. 2022.
Aula 3
BRUSCATO, W. L. et al. O trabalho em equipe multipro�ssional na saúde. In: BRUSCATO, W. L.; BENEDETTI, C.;
LOPES, S. R. A. A prática da psicologia hospitalar na Santa Casa de São Paulo: novas páginas em uma
antiga história. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo, 2004. p. 33-41.
EQUIPE. Michaelis, 2022. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/equipe/. Acesso em: 14 jun. 2022.
ESCORSIN, A. P.; WALGER, C. Liderança e Desenvolvimento de Equipes. Curitiba, PR: InterSaberes, 2017.
Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/49425/pdf . Acesso em: 13 set. 2022.
ROBBINS, S. P. Fundamentos do comportamento individual. In: ROBBINS, S. P. Comportamento
organizacional. 11. ed. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall, 2005. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/316/pdf/7?keep=True . Acesso em: 13 set. 2022.
SOARES, M. T. R. C. Liderança e Desenvolvimento de Equipes. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil,
2015.
Aula 4
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. Porto Alegre, RS:
Artmed, 2008.
ESTRESSE. Dicio, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/estresse/ . Acesso em: 28 jun. 2022
ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE. Pandemia de COVID-19 aumenta fatores de risco para suicídio.
OPAS, 2020. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/10-9-2020-pandemia-covid-19-aumenta-fatores-
risco-para-suicidio . Acesso em: 6 jun. 2022.
PREVENÇÃO. Dicio, 2022. Disponível em: https://www.dicio.com.br/prevencao/. Acesso em: 28 jun. 2022.
RAMOS F. P.; ENUMO, S. R. F.; PAULA, K. M. P. Teoria Motivacional do Coping: Uma proposta
desenvolvimentista de análise do enfrentamento do estresse. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 32, n. 2, p.
269-280, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/estpsi/a/jYzJ8xNQfvYcbbdyr4PvsgD/. Acesso em: 7 jul.
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/154-psicologia-e-qualidade-de-vida-no-trabalho.pdf
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/154-psicologia-e-qualidade-de-vida-no-trabalho.pdf
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/1268-cultura-organizacional.pdf
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/1268-cultura-organizacional.pdf
https://www.dicio.com.br/competencia/
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/177825/pdf
https://www.unaerp.br/revista-cientifica-integrada/edicoes-anteriores/volume-4-edicao-5/4171-rci-relacionamento-interpessoal-122020/file
https://www.unaerp.br/revista-cientifica-integrada/edicoes-anteriores/volume-4-edicao-5/4171-rci-relacionamento-interpessoal-122020/file
https://www.dicio.com.br/empatia/
https://www.dicio.com.br/interpessoal/
https://www.dicio.com.br/feedback/
https://www.scielo.br/j/rae/a/5vh7nSfHQvPXYy8RvSTt5Ht/?format=pdf&lang=pt
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/equipe/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/equipe/
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/49425/pdf
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/316/pdf/7?keep=True
https://www.dicio.com.br/estresse/
https://www.paho.org/pt/noticias/10-9-2020-pandemia-covid-19-aumenta-fatores-risco-para-suicidio
https://www.paho.org/pt/noticias/10-9-2020-pandemia-covid-19-aumenta-fatores-risco-para-suicidio
https://www.dicio.com.br/prevencao/
https://www.scielo.br/j/estpsi/a/jYzJ8xNQfvYcbbdyr4PvsgD/
01/04/2024, 11:31 wlldd_222_u2_psi_apl_sau
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=leticiamazurmaia%40gmail.com&usuarioNome=LETICIA+DE+ARAUJO+MAZUR+MAIA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931440&ativi… 18/18
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
2022.
SANTOS, É. K. M. O estresse nos pro�ssionais de saúde: uma revisão de literatura. HU Rev., v. 45, n, 2, p. 203-
211, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/25645.Acesso em: 6 jun.
2022.
SCHMIDT B. et al. Impactos na saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia do novo
coronavírus (Covid-19). Estudos de Psicologia, Campinas, p. 1-26, 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 166X2020000100501 . Acesso em: 6 jun.  2022.
SILVA, R. M. B.; MOREIRA, S. N. T. Estresse e residência multipro�ssional em saúde: compreendendo
signi�cados no processo de formação. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 43, n. 4, p. 157-166, 2019.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v43n4RB20190031. Acesso em: 11 ago. 2022.
VIANA, M. B. Freud e Darwin: ansiedade como sinal, uma resposta adaptativa ao perigo. Natureza Humana, v.
12, n. 1, p. 163-196, jan.-jun. 2010.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. ICD-11 Reference Guide. WHO, 2021. Disponível em:
https://icd.who.int/browse11/l-m/en  Acesso em: 28 jun. 2022.
https://storyset.com/
https://www.shutterstock.com/pt/
https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/25645
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-%20166X2020000100501
http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v43n4RB20190031
https://icd.who.int/browse11/l-m/en

Outros materiais