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Cestoides_Taenia_Echinococcus

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Cestóides: 
Taenia e Echinococcus
Arthur Gruber
BMP0222 – Introdução à Parasitologia Veterinária
Instituto de Ciências Biomédicas 
Universidade de São Paulo
AG-ICB-USP
AG-ICB-USP
ClassificaClassificaççãoão
dos dos helmintoshelmintos
Bilateria
Acoelomata
Platyhelminthes (vermes chatos)
Cestoda (vermes em fita)
Monogenea
Trematoda
Turbellaria
Coelomata
Deuterostomia
Chaetognatha
Chordata (cordados)
Echinodermata (equinodermas)
Hemichordata (hemicoordados)
Xenoturbellida
Protostomia
Annelida/Echiura/Pogonophora (anelídeos)
Brachiopoda
Bryozoa
Entoprocta
Mollusca (moluscos)
Myzostomida
Nemertea
Panarthropoda
Priapulida
Sipuncula
Pseudocoelomata
Acanthocephala (vermes com cabeça
espinhosa)
Cycliophora
Gastrotricha
Kinorhyncha
Loricifera
Micrognathozoa
Nematoda (vermes redondos)
Nematomorpha
Rotifera
Organismos celulares
Eukaryota
Grupo dos Fungi/Metazoa
Metazoa
Eumetazoa
Bilateria
Fonte: NCBI Taxonomy Browser
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/Taxonomy/Browser/
Cestóides - Classificação
Platyhelminthes
Cestoda
Cestodaria
Eucestoda
Classe 
Sub-classe 
Cyclophyllidea
Ordem 
Taeniidae
Família 
Taenia spp.
Gênero 
Filo
Echinococcus
Taenia solium
AG-ICB-USP
AG-ICB-USP
Cestóides – características
• Ciclo indireto – digenéticos
• Cada proglote possui um conjunto completo de 
órgãos reprodutivos
• Adultos – parasitam tubo digestivo, dutos biliares e 
pancreáticos de vertebrados
• Larvas – parasitam tecidos de vertebrados e 
invertebrados – cistos de diferentes tipos:
• Cisticerco
• Cisto hidático
• Cenuro, etc.
AG-ICB-USP
Cestóides – características
• Corpo muito elongado -
comprimento de centenas de 
vezes maior do que a largura
• Parte anterior – escólex com 
4 ventosas com ou sem 
ganchos
• Colo ou pescoço – origina 
as proglotes
• Estróbilo – cadeia de 
segmentos (proglotes)
• Adultos parasitam o intestino delgado de vertebrados
• Após a fertilização � liberação dos ovos: rompimento da proglote
dentro do hospedeiro ou por sua desintegração no meio ambiente. 
• Os ovos contém no seu interior um embrião hexacanto (possuem 6 
ganchos) ou oncosfera que está protegido por uma casca estriada, 
escura e espessa denominada embrióforo. 
• Os ovos são ingeridos por hospedeiros intermediários. 
• No tubo digestivo a casca é digerida liberando o embrião 
hexacanto. 
• Em seguida há a formação das larvas que variam em função da 
espécie do cestódeo. 
• As larvas podem invadir a mucosa intestinal, atingir a circulação 
linfática ou venosa e migrar para outros órgãos.
Ciclo biológico dos cestóides
AG-ICB-USP
• Larva cisticerco � vesícula cheia de líquido contendo um único 
escólex invaginado fixado, às vezes denominado proto-escólex. 
• É a forma larvar encontrada no gênero Taenia e ocorre apenas em 
hospedeiros vertebrados. 
Tipos de estágios larvais
AG-ICB-USP
Nomenclatura dos cestódeos
Formas adultas e larvais
 
Adulto Larva infectante 
Taenia pisiformis (cão) Cysticercus pisiformis (coelho) 
Taenia hydatigena (cão) Cysticercus tenuicollis (ovelha, bi, porco) 
Taenia krabbei (cão) Cysticercus tarandi (rena) 
Taenia solium (homem) Cysticercus cellulosae (porco, homem) 
Taenia ovis (cão) Cysticercus ovis (ovelha) 
Taenia saginata (homem) Cysticercus bovis (boi) 
Hydatigera taeniaeformis (gato) Cysticercus fasciolaris (roedores) 
Taenia multiceps (cão) Coenurus cerebralis (ovelha) 
Taenia serialis (cão) Coenurus serialis (coelho) 
Echinococcus granulosus (cão, lobo) Cisto hidático (homem, ovelha, e outros) 
Echinoccocus multilocularis (cão, gato, 
raposa) 
Hidátide alveolar (homem, rato silvestre, 
e outros) 
AG-ICB-USP
• Larva cenuro � semelhante a um cisticerco, mas com numerosos 
escólices invaginados. Ex. Taenia multiceps
Tipos de estágios larvais
AG-ICB-USP
• Cisto hidático � grande cisto cheio de líquido, revestido por epitélio 
germinativo, a partir do qual são produzidos escólices invaginados 
que ficam livres ou em cachos, cercados de vesículas prolígeras, o 
que é denominado “areia hidática”. O cisto é coberto por uma cápsula 
fibrosa.
• Ocorre em hospedeiros vertebrados, é a larva característica do 
Echinococcus granulosus. 
Tipos de estágios larvais
AG-ICB-USP
AG-ICB-USP
A. Coracídio
B. Larva procercóide
C. Larva pré-cercóide
D. Cisticerco
E. Cenuro
F. Estrobilocerco
G. Cisticercóide
H. Cisto hidático
Tipos de estágios larvais
• Cisticercóide � vesícula quase sem líquido com um único escólex
invaginado. 
• Ocorre em hospedeiros invertebrados, é a forma larval de Moniezia e 
Anoplocephala. 
Tipos de estágios larvais
AG-ICB-USP
• Formas larvais � ingeridas pelo hospedeiro definitivo. 
• No tubo digestivo � digestão dos tecidos do hospedeiro 
intermediário e liberação da larva.
• Os escólice fixa-se por meio das ventosas e acúleos � crescimento e 
diferenciação das proglotes � adulto. 
Ciclo evolutivo dos cestóides 
Taenia taeniformis
AG-ICB-USP
Classe Cestoda
Fazem parte da Classe Cestoda quatro ordens:
• Cyclophyllidea � cestódeos com 4 ventosas parasitas do homem e dos 
animais domésticos, tem 5 famílias de interesse veterinário:
• Taeniidae
• Anoplocephalidae
• Dilepididae
• Davaineidae
• Hymenolepididae
• Pseudophyllidea � cestódeos com 2 pseudobotrias, parasitos do homem e 
dos animais domésticos; tem uma família de interesse veterinário: 
Diphyllobothriidae
• Tetraphyllidea � cestódeos com 4 botrias, parasitos de peixes, anfíbios e 
répteis
• Trypanoryncha � cestódeos com 4 botrias e 4 tentáculos espiníferos, 
parasitos de peixes.
AG-ICB-USP
Cestóides da família Taeniidae de importância médica veterinária
Hidátide ou
Cisto hidático
Pulmões,fígado
Cav.peritoneal
Ovinos, bovinos, 
caprinos, cervideos, 
Primatas,suinos,coelho
Até 6mmInt. delgadoCanídeosEchinococcus
granulosus
Cysticercus
fasciolaris
Fígado,cav.peritonealRatos,camundongos
Morcegos (raro)
0,15 a 0,6mInt. delgadoGato
Cão (raro)
T. taeniformis
Coenurus
serialis
Subcutâneo,tec.conjunt
ivo intermuscular
CoelhosAté 0,7mInt. delgadoCanídeosT. serialis
Cysticercus
pisiformis
Fígado,cav.peritonealCoelhos,lebres
Ratos (raro)
0,3 a 1mInt. delgadoCanídeosT. pisiformis
Cysticercus
ovis
MusculaturaOvinosAté 2mInt. delgadoCanídeosT. ovis
Cysticercus
tenuicollis
Fígado,cav.peritoneal
Pleura,pericárdio (raro)
Ovinos,bovinos, suínos Até 5mInt. delgadoCanídeosT. hydatigena
Coenurus
cerebralis
EncéfaloBovino, ovino, caprino, 
suíno, homem (raro)
0,4 a 1mInt. delgadoCanídeosT. multiceps
Cysticercus
cellulosae
Musculatura
SNC
Suínos, cão, gato
bovinos, equino (raro)
homem (zoonose)
Até 8mInt. delgadoHomemT. solium
Cysticercus
bovis
MusculaturaBovinos, ovinos 
caprinos,homem (raro)
Até 15mInt. delgadoHomemTaenia
saginata
FORMA 
LARVAR
LOCALIZAÇÃOHIMORFOLOGIALOCALIZAÇÃOHDESPÉCIE
AG-ICB-USP
A forma larvar 
determina 
achados 
clínicos e 
patológicos no 
fígado de 
roedores.
Nos HIs leva a 
descarte de 
vísceras com 
as formas 
infectantes
A presença da 
forma larvar na 
musculatura do 
animal leva a 
liberação parcial 
da carcaça ou 
até seu descarte 
total
suínos 
infectados com 
cysticercus: 
sinais clínicos 
inaparentes.
Humano se 
ingerir o ovo 
pode se tornar 
HI. 
Importância 
Coenurus
cerebralis
Cysticercus
fasciolaris
Cysticercus
tenuicollis
Cysticercus bovisCysticercus
celullosae
Forma larvar
cérebrofígado e 
cavidades 
abdominais
serosasmusculatura 
esquelética e 
cardíaca
musculatura 
esquelética e 
cardíaca
Local forma larvar
HerbívorosroedoresRuminante, 
suíno
bovinoSuínoHospedeiro 
intermediário
carnívoros 
(cão)
Felinos cãohomem Homem Hospedeiro definitivo
Taenia
multiceps
Taenia
taeniformis
Taenia
hydatigena
Taenia saginataTaenia soliumEspécie
Tênias de importância médica veterinária 
AG-ICB-USP
• Adultos medem 2 a 3 metros 
em média, podendo chegar a 8 
metros. 
• Apresentam um escólex
globoso, medindo 1 mm de 
diâmetro, com rostelo e 4 
ventosas arredondadas. 
• O escólex possui um rostelo 
com duas fileiras concêntricas 
de ganchos. 
Taenia solium – morfologiaVentosas
Rostelo com
ganchos
AG-ICB-USP
• O colo é curto e delgado, o estróbilo possui 700 a 1.000 proglotes, 
as papilas genitais dispõem-se de forma alternada, o útero do 
segmento grávido possui 7 a 12 ramos laterais e cada proglote tem 
cerca de 30.000 a 40.000 ovos. 
Taenia solium – morfologia
AG-ICB-USP
Taenia solium - escólex
Ventosas Rostelo com
ganchos
AG-ICB-USP
AG-ICB-USP
Taenia spp. - proglote
1. Ovo
2. Útero
3. Canal deferente
4. Átrio (poro) genital
5. Vagina
6. Ovário
7. Canal excretor 
longitudinal
8. Vitelária
9. Canal excretor 
transversal
10.Testículos
11.Canal eferente
12.Receptáculo seminal
13.Oótipo
14.Glândulas de Mehlis
• Hospedeiro definitivo: homem.
• Hospedeiro intermediário: suíno, raramente o cão, o gato, os 
ruminantes, os eqüinos e o próprio homem. 
• Localização: 
• adultos → intestino delgado do homem
• larvas (cisticercos) → Cysticercus celullosae observado no tecido 
conjuntivo interfascicular dos músculos sublinguais, mastigadores, 
diafragma, músculo cardíaco e no cérebro.
• Distribuição: maior prevalência na América Latina, Índia, África e em 
determinadas regiões do Oriente Médio. 
• Na América Latina: quase 0,5 milhão de pessoas são acometidas pela 
cisticercose. 
Taenia solium
AG-ICB-USP
Taenia solium
Verme adulto no
Intestino delgado 
do homem
Proglotes grávidas 
se destacam e 
passam pelas fezes
Homem ingere 
carne suína crua 
ou mal passada
Oncosfera se 
desenvolve 
em cisticerco 
no músculo
Cisticerco 
no 
músculo
Cisticerco se 
transforma em 
verme adulto
Oncosfera no intestino migra 
para os músculos no suíno
Ovo
Após ingestão, 
oncosfera eclode, 
migra para algum 
sítio e se 
transforma em 
cisticerco
Particularidades do ciclo biológico: 
• O homem pode apresentar a teníase (parasitismo com vermes 
adultos) ou a cisticercose (presença de formas larvais formando 
cisticercos).
• O homem pode desenvolver a cisticercose pela ingestão acidental 
de ovos de T. solium ou por retroperistaltismo até o estômago 
(auto-infecção) de oncosferas liberadas após a digestão de 
proglote grávida. 
• Após três meses da infecção: proglotes grávidas eliminadas nas 
fezes, geralmente em número de 3 a 6 por vez. 
• Os ovos podem permanecer viáveis no ambiente por até 12 
meses. 
• O cisticerco demora 3 meses para se formar a partir da infecção 
do suíno. 
• Infecção crônica (após 8 meses): o cisticerco pode sofrer 
calcificação. 
Taenia solium
AG-ICB-USP
Cisticercos isolados de carne
AG-ICB-USP
Taenia solium - cisticerco
AG-ICB-USP
• Hospedeiro definitivo: tênias adultas podem causar anorexia ou 
apetite exagerado, náuseas, vômitos, diarréias alternadas com 
constipação, dores abdominais, perda de peso, manifestações 
alérgicas e neurológicas.
• Muitas destas perturbações digestivas podem ser decorrentes de 
irritações nas terminações nervosas do plexo nervoso simpático 
provocadas pela movimentação do rostro. 
• Hospedeiro intermediário: 
• Suínos infectados com cisticerco os sinais clínicos são inaparentes
• Cisticercose em humanos: forma larvar � olhos, cérebro e tecido 
subcutâneo podendo levar a alterações patológicas como 
cegueira, nódulos no olho, transtornos neurológicos... 
Taenia solium - sintomas
AG-ICB-USP
• Suínos podem se infectar com água, alimentos contaminados 
com ovos. 
• Tipos de infecção no homem:
• Teníase – pela ingestão de carne crua ou mal passada 
contendo cisticercos
• Cisticercose – pela ingestão de ovos presentes em 
alimentos contaminados com ovos, ou por re-infecção 
com a oncosfera por retroperistaltismo.
Taenia solium - epidemiologia
AG-ICB-USP
Diagnóstico: 
• Exame de fezes: pesquisa de proglotes (hospedeiro definitivo) 
• Verificação de cisticerco na carcaça (hospedeiro intermediário). 
• Detecção de cisticerco no homem (tomografia, pesquisa de 
anticorpos). 
Tratamento:
• Suíno: não há tratamento eficaz que elimine os cisticercos. 
• Homem: cirúrgico, praziquantel e o metrifonato podem ser 
empregados. 
Taenia solium
Diagnóstico e tratamento
AG-ICB-USP
• “Profilaxia do Complexo Teníase-Cisticercose”, que baseia-se nos 
seguintes procedimentos:
• Inspeção das carcaças � localização dos cisticercos 
• Carcaças parasitadas devem ser tratadas ou um destino 
adequado, levando-se em consideração o grau de infecção: 
• Tratamento pelo frio. 
• Tratamento pelo calor (carne industrial)
• Salga
• Destruição da carcaça quando são encontrados 
mais de 25 cisticercos
• Educação sanitária � orientar a população para o consumo de 
carne inspecionada, diminuir consumo de carne crua ou mal 
passada, esclarecer sobre a importância do destino adequado das 
excretas.
Taenia solium - controle
AG-ICB-USP
• Hospedeiro definitivo: Homem
• Hospedeiro intermediário: Bovino, raramente ovinos e 
caprinos e excepcionalmente o homem. Não há
cisticercose no homem. 
• Localização: 
• Adulto: intestino delgado do homem
• Larvas (cisticercos): Cysticercus bovis � musculatura 
esquelética e cardíaca, pulmões e fígado do 
hospedeiro intermediário. 
Taenia saginata – introdução
AG-ICB-USP
• Distribuição: mundial
• Importância na Medicina Veterinária: 
• Cisticerco na musculatura do animal � condenação 
parcial ou total da carcaça (prejuízo econômico). 
• Países em desenvolvimento: 30 a 60% de animais 
infectados detectados durante a inspeção das carcaças. 
• Países desenvolvidos: menos de 1%
Taenia saginata – introdução
AG-ICB-USP
• Adultos medem entre 5 a 15 m, o escólex é cubóide, SEM rostelo nem 
ganchos, o colo é longo e delgado. 
Taenia saginata – morfologia
AG-ICB-USP
• O estróbilo é composto por 1.200 a 2.000 proglotes
• Primeiro terço: proglotes mais largas que longas
• Terço médio: proglotes quadradas
• Terço posterior: proglotes mais longas que largas. 
Taenia saginata – morfologia
AG-ICB-USP
• Papilas genitais irregularmente alternadas
• Útero da proglote grávida tem 15 a 30 ramos laterais de cada lado.
• Cada proglote grávida contém 80.000 a 250.000 ovos, que podem 
resistir por vários meses nas pastagens. 
Taenia saginata – morfologia
AG-ICB-USP
• Forma larvar, o Cysticercus bovis, é branco-acinzentado de 
aproximadamente 1 cm de diâmetro, cheio de líquido, no qual pode-se 
encontrar o escólex. 
• Geralmente observado no coração, língua e músculos masseter e 
intercostais. Em infecções maciças pode acometer demais músculos 
esqueléticos. 
Taenia saginata – morfologia
AG-ICB-USP
• Semelhante aos demais ciclos dos cestóides
• Particularidades:
• Proglotes grávidas destacam-se do estróbilo individualmente, 
possuem movimentos próprios, podem atingir o ânus e o 
exterior independentemente do ato da defecação. 
• O cisticerco somente é infectante ao homem após 12 semanas 
de seu desenvolvimento, quando atinge aproximadamente 1 cm 
de diâmetro. 
• O cisticerco pode continuar infectivo por semanas a anos no 
hospedeiro intermediário.
• Após a infecção, o período de patência no homem inicia-se 
dentro de 2 a 3 meses. 
Taenia saginata – ciclo biológico
AG-ICB-USP
Sintomas: 
• Semelhantes ao causados pela T. solium. 
Diagnóstico:
• Hospedeiro definitivo: 
• Exame visual (presença de proglotes nas fezes, cama, 
roupas íntimas). 
• Exame parasitológico de fezes.
• Hospedeiro intermediário: não é feito na prática in vivo
• Necroscópico � inspeção rotineira das carcaças.
Taenia saginata
Sintomas e diagnóstico
AG-ICB-USP
• Tratamento: não há tratamento efetivo através das 
drogas contra os cisticercos.
• Controle 
• Semelhante ao da Taenia solium
• Evitar que bovinos tenham acesso à água 
contaminada com esgoto de origem humana. 
• Ingerir carne bovina bem passada
• Inspeção sanitária em abatedouros
Taenia saginata – tratamento
AG-ICB-USP
• Hospedeiro definitivo: cão e canídeos silvestres
• Hospedeiro intermediário: ruminantes, suínos 
• Forma larvar: Cysticercus tenuicollis, vulgarmente conhecido como 
"bolha d'água".
• Localização: 
• Adulto: intestino delgado do cão• Forma larvar nas serosas, fígado, cavidade peritoneal e mais 
raramente na pleura e no pericárdio do hospedeiro intermediário. 
• Importância na Medicina Veterinária: perdas econômicas pelo descarte 
das vísceras contendo cistos em abatedouros
Taenia hydatigena – introdução
AG-ICB-USP
• Adultos com até 5 m de comprimento. 
• Escólex com duas fileiras de acúleos de 1 mm de diâmetro, colo com a 
largura do escólex.
Taenia hydatigena – morfologia
AG-ICB-USP
• Típico de cestóides, com as seguintes particularidades:
• Oncosferas migram pelo fígado por aproximadamente 4 semanas 
antes de emergirem e se fixarem no peritôneo. 
• Após a fixação, cada oncosfera se desenvolve em um cisticerco.
Taenia hydatigena – ciclo biológico
AG-ICB-USP
• Migração das oncosferas pode causar “hepatite cisticercosa”, que 
pode ser fatal. 
• A resposta imune do hospedeiro é capaz de destruir os cisticercos 
em desenvolvimento com a formação de nódulos esverdeados de 
aproximadamente 1 cm de diâmetro na superfície do órgão.
Taenia hydatigena – ciclo biológico
AG-ICB-USP
Taenia hydatigena – lesões
AG-ICB-USP
• Clínico: sintomatologia, presença de proglotes nas fezes, às vezes 
se observa um emaranhado de tênias pendentes no ânus. 
• Laboratorial: pesquisa de ovos nas fezes pelo método de 
sedimentação espontânea (Hoffmann).
• ELISA e imunofluorescência indireta podem ser usados
• Tratamento: praziquantel
• Controle: não alimentar cães com vísceras
Taenia hydatigena
Diagnóstico e tratamento
AG-ICB-USP
Echinococcus granulosus – introdução
• Cepas ou subespécies:
• Echinococcus granulosus granulosus
• Echinococcus granulosus equinus
• Hospedeiro definitivo: 
• E. g. granulosus: cão e canídeos silvestres (menos a raposa 
vermelha)
• E. g. equinus: cão e raposa vermelha
• Hospedeiro intermediário: 
• E g. granulosus: ruminantes domésticos e silvestres, homem, 
primatas, suínos, coelhos.
• E. g. equinus: eqüinos e asininos
AG-ICB-USP
• HD � cão doméstico
• HI � ovino
• O homem pode adquirir a infecção pela ingestão de oncosferas da 
pelagem dos cães ou de alimentos contaminados com fezes de cães �
hidatidose (zoonose). Os cistos hidáticos tem crescimento lento e só
são percebidos alguns anos após a infecção. Há citações de cistos de 
até 50 litros de líquido em humanos. A ruptura pode causar choque 
anafilático e morte. 
• Ciclo silvestre � entre canídeos e ruminantes selvagens, se baseia na 
predação ou ingestão de cadáveres.
• Importância econômica: condenação nos abatedouros. 
Echinococcus granulosus
Ciclo biológico
AG-ICB-USP
Localização:
• Adultos: intestino delgado do cão
• Larvas (cistos hidáticos): fígado e pulmões (principalmente) do 
HI.
Distribuição: 
• E. g. granulosus: mundial
• E. g. equinus: Europa, principalmente.
Echinococcus granulosus
Localização e distribuição
AG-ICB-USP
• Adulto: tem cerca de 6 mm de 
comprimento, sendo uma das menores 
espécies de tenídeos conhecidas, quase 
invisível a olho nú. 
• Escólex típico de tenídeo de 0,3 mm de 
largura, com rostro e dupla coroa de 
acúleos, colo curto, estróbilo constituído 
por 3 ou 4 segmentos, sendo que o último 
é grávido e ocupa cerca de metade do 
seu comprimento, cada segmento possui 
uma única abertura genital. 
Echinococcus granulosus – morfologia
AG-ICB-USP
Ventosas
Poro genital
Poro genital
Testículos
Ovário
Glândulas 
vitelogênicas
Útero
Echinococcus granulosus – morfologia
• Cisto hidático ou hidátide: tem 
até 20 cm de diâmetro, 
presentes no fígado e pulmões 
ou cavidade abdominal. 
• Formado por membrana 
externa e epitélio germinativo 
interno, do qual se originam 
vesículas-filhas. 
• Vesículas-filhas ou cistos 
secundários podem se formar 
por brotamento externo 
podendo atingir outras partes 
do organismo do hospedeiro. 
Echinococcus granulosus – morfologia
Cisto hidático
Cápsula fibrosa (origem do 
hospedeiro)
Cápsula fibrosa 
(origem do parasita)
Cistos 
filhos
Camada
germinativa
Proto-escólex
AG-ICB-USP
• O HD se infecta ao ingerir vísceras do HI com cisto hidático � larvas 
�adultos no tubo digestivo do cão � as proglotes grávidas se 
destacam e vão ao meio ambiente com as fezes. 
• Os ovos se disseminam � HI se infecta ingerindo ovos nas pastagens 
ou em alimentos contaminados � larvas hexacanto � sistema porta �
fígado ou pela circulação vão ao pulmão e cérebro. 
• Oncosferas (embrião hexacanto) são resistentes e podem sobreviver no 
ambiente por cerca de 2 anos. 
• Cisto hidático ou hidátide atinge a maturidade em seis a doze meses.
• Em ovinos: Maior parte das hidátides se formam nos pulmões, também 
se formam no fígado. 
• Eqüinos e bovinos: maioria se forma no fígado. 
Echinococcus granulosus – ciclo biológico
AG-ICB-USP
Echinococcus granulosus – ciclo biológico
AG-ICB-USP
• Hospedeiro definitivo: geralmente é assintomático. Em infecções maciça 
pode ocorrer episódios de diarréia catarral hemorrágica. 
• Hospedeiro intermediário: sintomas relacionados ao local e ao tamanho 
da hidátide, pode ocorrer compressões de outros órgãos. 
• hidatidose hepática � hiporexia, ruminação alterada, diarréia, 
emagrecimento progressivo e hepatomegalia. 
• hidatidose pulmonar � tosse sibilante, pode ocorrer taquipnéia e 
dispnéia. 
• Pode ocorrer degeneração da hidátide com calcificação. 
• Se um cisto hidático se romper pode ocorrer choque anafilático e 
desenvolvimento de cistos secundários em outras regiões do corpo.
Echinococcus granulosus – patogenia
AG-ICB-USP
Echinococcus granulosus – lesões
AG-ICB-USP
Echinococcus granulosus – lesões
AG-ICB-USP
• Clínico: pouco elucidativo, sintomatologia pouco evidente 
• Laboratorial: pesquisa de proglotes nas fezes dos cães (difícil, 
proglotes pequenas e escassas). 
• ELISA – coproantígenos em fezes de canídeos
• Outros testes sorológicos – reatividade cruzada com Taenia
• Necroscópico: encontro dos pequenos cestóides no intestino delgado 
(HD), presença do cisto hidático (HI). 
• Humanos - diagnóstico por imagem (cisto hidático), ELISA
Echinococcus granulosus
Diagnóstico
AG-ICB-USP
• Cães: praziquantel ou arecolina (aumenta a eliminação dos 
parasitas adultos).
• Animais hospedeiros intermediários - desenecessário
• Homem: excisão cirúrgica dos cistos hidáticos, 
albendazol.
Echinococcus granulosus
Tratamento
AG-ICB-USP
• Canídeos silvestres – controle pouco viável 
• Cães: tratamento preventivo, impedir acesso às vísceras, 
destruição das vísceras parasitadas. 
• Humanos - educação sanitária e medidas de higiene
Echinococcus granulosus – controle
AG-ICB-USP
AG-ICB-USP
Bibliografia
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Parasitism: The Diversity and Ecology of Animal Parasites.
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• Roberts, L.S.; Janovy Jr, J. & Schmidt, P. (2004). Foundations of 
Parasitology. Seventh Edition. McGraw-Hill 
Science/Engineering/Math, USA.
• Soulsby, E.J.L. (1982). Helminths, Arthropods and Protozoa of 
Domesticated Animals. 7th Edition. Lea & Febiger, Philadelphia, 
USA.

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