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Ensinador Cristão 25

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b i b h ü u
M issionários levam 
a Palavra de Deus aos índios
Escola Dominical
Ncpp paradigma para a administração 
da’
Comentarista 
aborda questões 
sobre os pilares 
da vida cristã
Dinâmicas de 
grupo
Subsídio semanal 
para Salvação e 
Justificação
Pastor Antonio 
Gilberto fala 
sobre regras de 
estudo da Bíblia
BRINDE
Calendário de 
planejamento 
2006
* * * * * E Z » f l i
Ano 7 - n° 25 - ensinador@cpad.com.br - R$ 6,50
Entrevista com a 
professora Joane 
Bentes
Potencial, experiência e 
exemplos a serem seguidos
mailto:ensinador@cpad.com.br
OS
 
56
69
3
n i In i,\ i . f B S T l'D O
■ j c u p a o -
, j / j jgaH
Bíblia de Estudo Pentecostal
M a is de 7 00 m il 
e xe m p la re s ve n d id o s
C apa Couro S im ulado 
Luxo G rande Preta - Form ato: 17 x 23,5cm 
Luxo M édia - Form ato: 13,5 x 21 cm 
Preta, V inho e Azul
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Aplicação Pessoal
M a is de 180 m il e xe m p la re s ve n d id o s
Luxo / Form ato: 17 x 23,5cm
Capa Couro Sim ulado: Preta, V inho e Azul
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Aplicação Pessoal
A lé m do te x to b íb lico , e la 
vem com h is tó ria s 
d iv e rs a s e se ç õ e s q ue 
fa la m a lin g u a g e m do 
p ré -a d o le s ce n te 
e do a d o le sce n te .
Bíblia de Estudo 
Devocional Max Lucado
A g ra n d e o b ra e s p e ra d a de 
M a x L ucad o a c o m p a n h a d a de 
te x to s d e v o c io n a is e e s tu do s 
q u e irão a ju d á -lo n ão a p e n a s a 
e n te n d e r m e lh o r a B íb lia , m as 
ta m b é m a e x p e r im e n ta r e 
e n x e rg a r a lib e rd a d e , a g ra ça e 
a fe lic id a d e q ue C ris to p rovê .
C apa Dura Ilustrada
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Form ato: 17,1 x 23,7 cm
Bíblia do Estudante 
Aplicação Pessoal
V em com e s tu d o s e d ic a s p a ra 
jo v e n s so b re lazer, n am o ro , 
p ro fis sã o , re la c io n a m e n to 
fa m ilia r, e vo lu c io n is m o , é tica 
p e sso a l e m u ito m a is .
Luxo - Capa Preta Couro S im ulado 
P opular - C apa Dura Ilustrada 
Form ato: 13,5 x 20,5cm
Luxo - Preta - C ouro Sim ulado 
Form ato: 13,5 x 20,5cm 
NTLH - Nova tradução 
na L inguagem de Hoje
Nas livrarias evangélicas ou pelo
0 3 0 0 -7 8 9 -7 1 7 2
Bíblia de Estudo
Pentecostal
na versão pequena
Todo c o n te ú d o da B íb lia 
de E s tu d o P e n te co s ta l 
em fo rm a to m enôr.
Luxo - Pequena Preta 
Form ato: 11,5 x 16,5cm 
C apa Couro S im ulado Preta
Ano 7 - n° 25 - jan-fev-m ar/2005
Presidente da Convenção Geral
José Wellington Bezerra da Costa 
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Costa Júnior 
Diretor-executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza 
Gerente Financeiro
Walter Alves de Azevedo
“Da, .̂ed<%çâ&
ABERTO PARA BAIANÇO
0 INÍCIO DE UM NOVO ANO É SEMPRE 0 MOMENTO PROPÍCIO PARA UM BAIANÇO. ÉA ÉPOCA EM QUÊ 
COSTUMAMOS TRAÇAR METAS E OBJETIVOS PESSOAIS E TAMBEM OBSERVAMOS 0 QUE CONQUISTAMOÍ 
NO ANO QUE PASSOU. TODOS NÓS SABEMOS COMO É PRAZEROSO COLOCAR UM OK DO LADO DE CADA m 
DESTACADO COMO ALVO PARA AQUELE ANO. É GRATIFICANTE VERMOS QUANTAS BÊNÇÃOS ALCANÇAMOS.
POR ISSO. ACREDITO SER ESSE TAMBÉM 0 MOMENTO IDEAL PARA QUE VOCÊ FAÇA UM BAIANÇO NÃO SÓ DE \ 
SUA VIDA, MAS DE SEU OFÍCIO NA OBRA DOSENHOR. PERGUNTE A SI MESMO:"SERÁ QUE TENHO DADO 0 
SUFICIENTE DE MIM PARA A OBRA?"; "SERÁ QUE TENHO FEITO, DEFATO, 0 MEU MELHOR PARA DEUS?"; 
“SERÁ QUE TENHO SIDO USADO COMO UM INSTRUMENTO EFICAZ NAS MÃOS DO MESTRE?".
AO RESPONDER ESTAS QUESTÕES, VOCÊ TERÁ DIANTE DE SI DUAS OPÇÕES: CONTINUAR SUA LIDA DA MESMA 
FORMA OU SE EMPENHAR PARA REALIZAR, NÃO SÓ EM2006, MAS NOS PRÓXIMOS ANOS, UM TRABALHO 
DE EXCELÊNCIA PARA 0 SENHOR. AFINAL, COMO 0 PRÓPRIO VERSÍCULO-BASEDA ENSINADOR DIZ,
“SE É ENSINAR, HAJA DEDICAÇÃO AO ENSINO", RMI2.7.
INÍCIO DE ANO TAMBÉM É UM BOM MOMENTO PARA IMPLEMENTAR MUDANÇAS NA ESCOLA DOMINICAL. SE 
SEU OBJETIVO É MOTIVAR ALUNOS PROFESSORES E FAZER COM QUE ISSO SE REFUTA NO AUMENTO DA 
FREQÜÊNCIA NAS AULAS, VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE LER O ART/GO DE CAPADESTA EDIÇÃO. 0 AUTOR 
MOSTRA COMO APLICAR TÉCNICAS DE MARKETING NA ESCOIA DOMINICAL E CONSEGUIR, COM ISSO, 
RESULTADOS POSITIVOS PARA TODAS AS CIASSES.
PARA AQUELES QUE TÊM 0 COSTUME DE RECLAMAR DA ESTRUTURA DA ED EM SUAS IGREJAS,
A REPORTAGEM DESTA EDIÇÃO VEIO EM BOM MOMENTO. NELA, VOCÊ CONHECERÁ AS DIFICULDADES 
ENFRENTADAS POR MISSIONÁRIOS PARA LEVAR 0 ENSINO DA PALA VRA ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS. EM 
ALGUMAS DESSAS COMUNIDADES, AS ÁRVORES. FOLHAS E DEMAIS ELEMENTOS DA NATUREZA SÃO OS j 
ÚNICOS RECURSOS UTILIZADOS PELOS PROFESSORES PARA A REALIZAÇÃO DAS AUIAS. UMA PROVA DE QUE | 
CRIATIVIDADE FUNCIONA EM QUALQUER SITUAÇÃO ÉA FREQÜÊNCIA DOS ALUNOS. MESMO COM TODAS 
AS DIFICULDADES, ELES NÃO PERDEM AS AULAS. NÃO DEIXE DE CONFERIR!
QUE2006 SEJA REPLETO DE BÊNÇÃOS PARA VOCÊ E SUA CIASSE!
------- -- EVEUNEVENTUR
Gerente de Produção
Ruv Bergsten 
Gerente de Publicações
Claudionor Corrêa de Andrade 
Gerente de Vendas 
Cícero da Silva 
Editor-chefe 
Antônio Pereira de Mesquita 
Editora 
Eveline Ventura 
Pauta 
Gilda Júlio 
P ro je to G rá fico 
Rafael Paixão
Design & Editoração
A lexan der Diniz 
Fotos
Sol mar Garcia
Atendimento a igrejas e livrarias
A lian Viana, A lexander Costa, Leise Laina, G lauco 
Leonardo, Lucim ar Rangel, M arcela Fernandes, 
O sm an Bernardo, Renata M eirelles e N élio A lves 
Fones 21-2406.7385 / 2406-7439/2406-7445
Televendas
0300-789.7172
Atendimento para assinaturas
Francis Reni Hurtado e Sebastião Peçanha de Souza 
Fones 21-2406.7416 é 2406-7418 
assinaturas@ cpad .com .br
SAC - Serviço de atendimento ao consumidor
Andréia Célia Dionísio 
Fone 0800-701.7373 
Ouvidoria
ou vi dori a@ cpad .com . br
Número avulso: R$ 6,50 
Assinatura bianual: R$ 46,00
Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, lançada em 
novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assem­
bléias de Deus.
Correspondência para publicação deve ser endereçada ao 
Departamento de Jornalismo. As remessas de valor (paga­
mento de assinatura, publicidade etc.) exclusivamente à 
CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda ma­
téria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são 
de responsabilidade de seus autores, não representando 
necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a pu­
blicação, apenas, das colaborações solicitadas. O mesmo 
princípio vale para anúncios.
Casa Publicadora das Assembléias de Deus
Av. Brasil, 34.401 - Bangu - CEP 21852-000'
Rio de Janeiro - RJ - Fone 21-2406.7403 - Fax 21-2406.7370 
en sina dor@cpad.com.br
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Assinatura
R eclam ação, 
crítica e sugestão 
ligue
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2406.7418
S etor de C irculação
Artigos
06 Marketing na Escola Dominical
l ) 14 Santificação e justificação pela fé 
Ä %27 Superintendente eficaz 
30 O professor-psicólogo 
48 O professor de ED na Terceira Idade
Seções
05 Espaço do Leitor
10 ED em Foco
11 Conversa Franca 
17 Exemplo de Mestre 
22 Reportagem
29 Sala de Leitura 
33 Boas Idéias 
44 Professor em Ação 
46 Em evidência
Lições Bíblicas
A L U N O
Lições * 
Bímieas m
Subsídios para
Salvação e Justificação - 
Os pilares da vida cristã
Atendimento a todos 
os nossos periódicos
Mensageiro da Paz 
Obreiro • GeraçãoJC 
M ulher, Lar & Família 
Cristã • Resposta Fiel 
Ensinador Cristão
assinaturas@cpad.com.br
Divulgue as 
atividades do 
Departamento 
de Ensino 
de sua igreja
Entre em contato com 
Ensinador Cristão
Avenida Brasil, 34.401, Bangu 
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Por carta: Av.Brasil,34.401,Bangu^l^-OCO.KodtOaneiro/RJ 
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D ev id o às lim ita çõ e s d e esp a ç o , as ca r ta s serão 
selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos 
considerados m ais significativos. Serão publicadas as 
correspondências assinad as e que contenham nom e e 
endereço com pletos e legíveis. No caso de uso de fax 
ou e-m ail, só serão publicadas as cartas que inform a­
rem tam bém a cidad e e o Estado onde o leitor reside.
mailto:ensinador@cpad.com.br
Novo paradigma 
para a administração 
educação cristã
J á é por muitos conheci­
da a urgência de se re­
pensar em um progra­
ma de (re)in tegração 
dos alunos à ED. A primeira percep­
ção dessa realidade veio da CPAD, 
quando, após constatar que cerca de 
70% da membresia não participava 
da ED, lançou, em 1996/1997, o 
Biênio da Escola Dominical, que teve 
como lema "Achei o Livro da Lei na 
Casa do Senhor" (2Cr 34.15). Desde 
então, os avanços experimentados 
pelo principal departamento da igre­
ja tem sido de proporções conside­
ráveis. Entretanto, estamos em um 
outro momento pendular. Naquele 
o "Livro da Lei", a Bíblia, livro tex­
to da ED, estava "perdido". Neste, 
a metáfora mais adequada é a ana­
log ia dos alunos com a décim a 
dracma que foi perdida dentro da 
própria casa (Lc 15.8-9). Assim, de­
vemos "ach ar" os alunos "perd i­
dos" dentro da igreja. Os novos 
tempos exigem uma postura dife­
rente. E um novo paradigma que 
desponta e devemos nos adequar à 
nova dinâmica. A gestão educacio­
nal da ED precisa, urgentemente, 
ser mudada.
O que é um paradigma
Segundo o Dicionário de Sociologia, 
o termo paradigma vem da lingüísti­
ca. Ele aparece a partir dos estudos 
do lingüista suíço Saussure nos anos 
20 e nos demais que se seguiram. 
Saussure estabeleceu a teoria do sig­
no lingüístico. O que são signos 
lingüísticos? São os elementos cons­
tituintes de uma língua, os quais se 
relacionam.
Segundo o mesmo dicionário, a 
denominação de paradigma passou 
da lingüística para a gramática, de­
signando o modelo de uma classe 
gramatical. Daí, o termo paradigma 
passou para a linguagem em geral e 
entrou nas Ciências Sociais, no qual 
tem igualmente a acepção de mode­
lo ou matriz, algo que serve de refe­
rência.
Novo paradigma 
educacional
As mudanças com suas ondas de 
transformações determinam as no­
vas dinâmicas organizacionais. Es­
sas mudanças criam o paradigma. E 
esse, por seu turno, cristaliza o mo­
delo que vem com a nova onda.
Em tese, a escola laica se adequou 
aos novos tempos, ao novo paradigma 
educacional, e a ED não. Ela perma­
nece sendo aquela instituição cente­
nária que todos amam, mantida pela 
força da tradição. Porém, mudou mui­
to pouco no sentido administrativo, pe­
dagógico, didático, recepcionai e em 
outras dimensões que fazem parte do 
bojo organizacional e estrutural da ED.
Estamos cientes de que é inad­
missível permanecer na postura pas­
siva e resistente do paradigma de vi­
são educacional tradicional. Levan­
do em conta que a nossa tarefa 
educativa é gigantesca, pois deve­
mos ensinar "todas as coisas" que 
Jesus ensinou a "todas as nações" 
(Mt 28.19-20), é imprescindível pen­
sar em como realizarmos o nosso tra­
balho de maneira cristã em moldes 
contemporâneos.
O novo paradigm a educacional 
em vigência é o do hum anism o, 
da prevalecência do hom em , do 
pragmatismo, sendo que a ênfase 
desse último aspecto, conforme pos­
tulou John Dewey, recai na tese fun­
damental de que "a verdade de uma 
doutrina consiste rio fato de que ela
seja útil e propicie alguma espécie de 
êxito ou satisfação". Excetuando os 
elementos narcisistas e hedonistas 
desse pensamento, podemos extrair 
dele boas coisas. Por exemplo, nes­
sa nova dinâmica a compreensão 
da utilidade do que se está apren­
dendo é fundamental para cativar 
alunos.
Analisando esse paradigma com 
as "lentes do cristianismo", ou seja, 
passando a encará-lo do ponto de 
vista da cosmovisão cristã, é possí­
vel aproveitar esse m omento em 
vez de ingenuam ente negá-lo ou 
querermos resisti-lo. Persistir em 
um ensino homogêneo, que consi­
dera todos iguais, que não respeita 
as individualidades cognitivas e 
meramente informa é escancarar as 
portas da ED e obrigar os alunos a 
se evadirem.
Implicações para a ED
As implicações que subentende­
mos como mudanças a serem imple­
mentadas na ED estão situadas em 
pelo menos quatro níveis:
Mudança estrutural: Esse ponto se 
refere não apenas à questão física, 
predial e mobiliária, mas, principal­
m ente, à questão organizacional, 
administrativa, pedagógica e grupai. 
A descentralização de poder deverá 
ocorrer de fato e de direito. Mais do 
que nunca o conselho de Jetro está 
em voga (Ex 18.13-26);
Mudança tecnológica: Se tem dito 
com propriedade que o analfabeto do 
século 21 é quem não sabe lidar com 
a tecnologia. E, diga-se de passagem, 
nesse ponto nossos filhos (e alunos) 
estão alguns anos luz a nossa frente. 
Mas isso não tem que ser necessari-
am ente as­
sim. É indispensável 
que aprendamos a utilizar 
toda a parafernália tecnológica 
podermos nos aproximar do 
"mundo" deles;
Mudança comportamental: Isso 
deve ocorrer em todos os aspec­
tos. No relacionamento intra e 
interpessoal, no tratamento com 
os colegas da equipe e principal­
mente com a clientela discente. 
Essa mudança comportamental 
deverá iniciar com os recepcionis­
tas. Todos, sem exceção, deverão 
trabalhar no sentido de atrair, con­
quistar e manter alunos na ED.
Mudança de valores: Também 
conhecida como "cultura educa­
cional". Esse aspecto é o mais 
importante, pois, sem mudança 
pessoal e interior dos valores do 
superintendente, não podemos 
esperar mudanças na adminis­
tração ou gestão da Escola Do­
minical. Só para exemplificar: O 
que o superintendente imagina 
seja a ED? Uma extensão do 
cu lto? Um cu lto com outro 
nome? A Escola Dominical pode 
e deve glorificar a Deus, mas ela 
não é um culto, é aula, atendi­
mento informal e personalizado 
visando aproximar os alunos de 
Deus, com vistas a formá-los, 
tendo como modelo valorativo 
e transcendental o Senhor Jesus 
4.11-16).
O que as pessoas 
esperam da ED
A "nova" visão do que é ED, 
na verdade, é uma readequação 
ao que ela sempre foi, mas que, 
de um tempo para cá deixou de 
ser. A ED é a continuidade da 
missão educativa que Deus 
outorgou ao seu povo (Gn 
18.18-19; Dt 4.1-9; 6.1- 
25; Mt 28.19-20 
e Ef 4.11-
16), visando formá-lo e satisfazer à 
sua necessidade de conhecimento. 
Nessa readequação, devemos saber 
que sem aluno não se tem ED. Por 
isso, entender a missão e a visão de 
Deus para a educação cristã é o 
ponto crucial para podermos esta­
belecer uma "política de qualida­
de" pela qual a equipe da ED de­
verá se pautar.
A célebre pergunta do marketing 
não é "O que queremos vender?", 
mas "Quem é o nosso cliente?" E 
preciso saber quem são os nossos 
alunos potenciais, qual o seu perfil, 
e assim, sem modificarmos a Verda­
de, readequarmos nossos métodos 
de atração, conquista, atendimento
“Os novos 
tempos exigem 
uma postura 
diferente (...)
A gestão 
educacional 
da ED precisa, 
urgentemente, 
ser mudada”
e manutenção dos mesmos. É preci­
so, a exemplo de Jesus, oferecer res­
postas ao que as pessoas buscam (Jo 
3.1-21; 4.1-30). É fato que elas pode­
rão não gostar de todas as respostas, 
mas a satisfação proporcionada nas 
ocasiões anteriores assegurará a fre­
qüência e d irão , p arafrasean d o 
Pedro: "Para onde iremos nós? Só a 
ED tem as Palavras de vida eterna" 
(Jo 6.68).
O que aquelas crianças e adoles­
centes precisavam para viver bem e 
se sentirem humanas e encontraram 
no trabalho de Robert Raikes há 225
•* ■*,.V , r - - - :
8 j
-
anos, são as mesmas necessidades 
que motivam as pessoas pós-moder- 
nas a buscarem uma ED:
• Um propósito para o qual viver;
• Pessoas com quem viver;
• Princípios pelos quais viver;
• Força para seguir vivendo.
Uma ED que não oferece satis­
fação e repostas para essas quatro 
necessidades básicas não está à al­
tura de represen tar o Reino de 
Deus como agência de educação 
cristã . Evid entem ente que cada 
p esso a , de acord o com a fa ixa 
etária, maturação biológica e men­
tal, e condição social, possui carên­
cias de diferentes matizes e formas 
de manifestar diante das quatro ne­
cessidades acim a elencadas. Um 
exemplo típico do que está sendo 
colocado pode ser visto na diferen­
ça que existe entre lecionar para 
uma classe de ad u ltos na faixa 
etária dos 25 aos 40 anos e para 
p esso a s da T erceira Id ad e. Os 
anseios e m otivos podem ser os 
quatro enunciados acima, no en­
tanto a forma pela qual irá se ma­
nifestar a necessidade bem como a 
sua satisfação serão diferentes. Os 
interesses de ambos os grupos são 
distintos.
A administração ou a gestão des­
sa demanda é o que deverá orientar 
o trabalho da equipe da ED. A mis­
são educativa da Igreja está determi­
nada há dois mil anos. Devemos en­
sinar e educar. A pergunta inquiétan­
te é: Como atrair as pessoas pós- 
m odernas para a ED, quando a 
mídia, o estresse e outras coisas ofe­
recem a 'tentação' de prendê-las ao 
conforto do sofá aos domingos? A 
resp osta é sim ples: Precisam os 
m otivá-las. E isso representa um 
duplo desafio: criar ou identificar a 
necessidade e apresentar um ele­
mento adequado para satisfazer essa 
carência.
Macketing ̂ a ra a ED
É sabido por todos nós que du­
rante m uitos anos m arketing foi 
confundido com propaganda, ven­
da etc. No entanto, m arketing é 
uma atividade central das institui­
ções modernas visando atender efi­
cazmente alguma área de necessi­
dade humana. Ele é um conjunto 
de ações que pressupõe entendi­
mento de todos os fatores que in­
fluenciam o comportamento das pes­
soas e não simplesmente o mero ato 
de propagandear ou vender. Uma 
definição de marketing, na visão de 
Philip Kloter, uma das maiores au­
toridades da área, pode nos oferecer 
uma boa visão.
"M arketing é análise, planeja­
mento, implementação e controle de 
programas cuidadosamente formu­
lados para causar trocas voluntárias 
de valores com mercados-alvo e al­
can çar o b jetivo s in stitu c io n a is . 
M arketing envolve program ar as 
ofertas da instituição para atender às 
necessidades e aos desejos de mer­
cados-alvo, usando preço, comuni­
cação e distribuição eficazes para 
informar, motivar e atender a esses 
mercados".
Essa definição nos possibilita en­
tender que marketing não é algo re­
alizado sem conhecimento de quem 
seja o nosso público-alvo. Mostra- 
nos também que não devemos reali­
zar ações por acaso. Elas devem ser 
vislumbradas em todas as suas di­
mensões anteriormente. Aprende­
mos também que o propósito do 
marketing é estabelecer uma relação 
de trocas voluntárias de valores. Isso 
significa que a nossa oferta da ED 
deve ser compatível com as respos­
tas que esperamos de nossos alunos, 
ou seja, a freqüência deles. Para isso, 
é necessário proporcionar satisfação 
e temos condições de fazer isso na 
ED. Basta apenas um planejamento 
eficaz e a "simples" necessidade que 
as pessoas têm do sagrado propor­
cionará um bom motivo para que 
elas venham à Escola Dominical.
As necessidades que foram cita­
das também constituem uma ótima 
fonte de estímulo à ED. Administrar 
essa demanda é a função principal 
do marketing, daí o porquê de o uti­
lizarmos como ferramenta de ação. 
Essa relação não é nova. O que você 
acha desse pensamento: "Bem-aven- 
turada a Escola Dominical adminis­
trada como um banco, pois os seus 
negócios serão bem dirigidos e terão 
o respeito de todos". Parece liberal 
demais essa comparação? Mas ela 
não foi dita agora. Ela faz parte das 
"Bem-aventuranças da Escola Domi­
nical", escritas na extinta revista Se­
ara (CPAD), número 61, de outubro 
de 1967.
O que ultimamente vem sendo 
utilizado pelas instituições secula­
res, denominado de marketing educa­
cional, deve ser encarado por nós 
como uma ferramenta que tornará 
mais dinâmico o nosso trabalho, sem 
nenhuma correlação com liberalismo 
ou mercantilismo.
Para finalizar, cabe dizer que o 
principal responsável pelo atendi­
mento de necessidades discentes é o 
professor da ED, pois as aulas po­
dem ser elementos satisfatórios na
busca de respostas 
espirituais. No entanto, 
toda a equipe de educação 
cristã pode atender parte das 
n e ce ss id a d e s com ap en as um 
pouco de cordialidade, ed u cação ,' 
boa vontad e e esp on tan eid ad e. 
B a sta que essa m eta se ja i 
estab elecid a e im p lantad a uma 
política de qualidade visando al­
cançar excelência nesse aspecto.
O superintendente e toda a equi­
pe da Escola Dominical deverão sej 
conscientizar de que o propósito da! 
ED é educar as pessoas cristãmente! 
e isso só pode acontecer se elas vie-j 
rem para o educandário. Isso só vail 
ocorrer se forem bem atendidas, en- j 
contrarem respostas, se puderem] 
interagir com a comunidade e obti-j 
verem força para continuar vivendo.! 
Fazendo assim, com certeza estare­
mos administrando segundo o poder J 
que Deus nos deu, e em tudo o Senhor 1 
será glorificado (lPd 4.11b).
Césa.r--Moisés--Carttalho-é--miiii»tia-do-E¥a.n.- 
gelho, articulista, superintendente de ED e 1 
2o vice-presidente da AD em Goioerê (PR)
Chamada secundária:
Escola Dominical
Q2
Sa<Uwid<n'
A AD em A breu e Lim a 
(PE), liderada pelo pastor 
Roberto José dos Santos, 
investe na qualificação de 
seus professores de Escola Domini­
cal. Com organização e uma excelen­
te estrutura, a superintendência de 
ED realiza constantemente cursos, 
palestras e treinamento para o seu 
corpo docente.
Um dos mais interessantes e con­
corridos é o curso de Hebraico e Gre­
go do Novo Testamento ministrado 
pelo pastor Altair Germano. Instala­
do há dois anos, o curso já formou 
mais de 2 mil alunos. Nas aulas, os 
professores de ED aprendem o alfa­
beto, noções de gramática e interpre­
tação b íb lica - h erm en êu tica e 
exegese - nas língu as grega e 
hebraica. Na última aula, é passada 
uma orientação prática sobre a apli­
cação do que foi aprendido. "Uma 
das razões de se implementar o cur­
so foi a grande incidência dessas lín­
guas nas Lições Bíblicas", justifica 
pastor Altair Germano.
O curso tem carga horária total de 16 
horas e é realizado em quatro sábados. 
O presbítero Carlos Alberto Olivei­
ra de Souza, que já participou de 
uma das turmas, destaca a facilida­
de no entendimento do texto bíbli­
co. "Nós podemos explicar a origem 
da palavra e a exegese do texto. Po­
demos exemplificar dizendo o que 
determinada palavra significa no 
grego e no hebraico, fazendo uma
contextualização histórica e cultu­
ral", explica.
Para a irmã Gardênia Geordana 
Viana da Silva Leitão, que atua como 
auxiliar de professor na classe para 
as moças, o curso foi fundamental 
para sua maior compreensão dos ter­
mos bíblicos. "Aprendi na prática a 
procurar palavras no seu sentido 
original, o que para mim acrescen­
tou mais subsídios no ensino da Pa­
lavra de Deus", destaca.
Além do curso de idioma, os pro­
fessores da ED contam com um ou­
tro auxílio. Trata-se do Curso de Aper­
feiçoamento Básico da Escola Domi­
nical em Abreu e Lima (Cabedal), ide­
alizado pelo pastor Roberto José dos 
Santos. O curso é obrigatório a to­
dos os interessados em lecionar. E 
uma espécie de treinamento inten­
sivo antes de "encarar" uma classe. 
O Cabedal foi criado Dara atualizar
o corpo docente e a ,direção 
nas áreas administrativa, pedagógi­
ca, psicológica e teológica.
A qualificação do professor é uma 
das prioridades da superintendência 
de ED em Abreu e Lima. "O professor 
qualificado é essencial para fidelizar 
os alunos. Mesmo com uma boa es­
trutura logística, é preciso estar cons­
ciente de que quem faz o trabalho são 
as pessoas", destaca pastor Altair, que 
também é o superintendente geral. 
Prova disso é a Assessoria Pedagógi­
ca, um dos braços do Departamento 
de Ensino. Criada recentemente, ela 
visa atender e solucionar dúvidas dos 
professores da ED.
O resultado de todo investimen­
to na área do ensino bíblico pode ser 
visto no dinamismodas aulas e fia 
igreja, que, segundo pastor Altair, 
cresce em qualidade, em quantida­
de e espiritualidade.
Dinamismo
----------------------------- em ---------------------------
sala de aula
* Por Eveline Ventura
E la é dinâmica, criativa e tem uma enorme 
facilidade para interpretar personagens. 
Mas não é só isso. Joane Bentes tem se des­
tacado em todo país por meio das pales­
tras a professores de criança nas conferências de Es­
cola Dominical, promovidas pela CPAD. Além de co­
ordenar o Departamento Infantil da AD em Camboriú 
(SC), liderada pelo pastor Cesino Bernadino, Joane 
também é responsável por um grupo de adolescen­
tes, apresenta um programa infantil na televisão, 
outro na rádio, e prega em congressos de crianças 
por todo Brasil. Nesta entrevista, ela conta um 
pouco de sua trajetória, alerta sobre a influência 
da televisão na educação das crianças e dá di­
cas práticas para tornar as aulas mais criativas 
e dinâmicas. Vale a pena conferir!
■ Há quanto tempo você trabalha com o pú­
blico infantil?
Diretamente há 12 anos. A primeira vez que 
ministrei na Escola Dominical eu tinha 9 anqp. 
Ainda morava no Amazonas, minha terra na­
tal. Devido a carência de recursos da região, 
meu pai me ensinava a Lição Bíblica du­
rante a semana e, no domingo, eu dava 
aula para as crianças menores que eu.
O que mudou na sua agenda 
e no seu ritmo de vida desde 
que passou a fazer parte do 
círculo de palestrantes das 
conferências de EDs, orga­
nizadas pela CPAD?
Eu sem pre tive uma 
li* agenda bem ex ten sa 
|& por causa do traba­
lho de crianças e 
com adolescen-
tes, mas a CPAD
me levou para um outro lado do Brasil, 
ao qual eu ainda não era conhecida. 
Principalmente nas regiões Norte e Nor­
deste. Mesmo sendo do Norte, só agora 
meu trabalho tem se tornado mais co­
nhecido naquela região. Os comutes são 
inúmeros. E foram portas abertas por 
meio das conferências.
M Qual a importância dos métodos 
criativos para a eficácia no processo 
de aprendizagem ?
Para mim é total! Todo professor, 
pastor, líder, até pai, que quiser provo­
car alguma formação cristã para seu fi­
lho ou aluno, tem de entender que o 
método criativo é a eficácia da apresen­
tação. Sem dúvida nenhum a, sem 
criatividade, você não atrai a atenção 
dele, você não consegue deixar guarda­
do dentro dele o que você quer passar, a 
lição que quer ensinar. Você não atinge 
o objetivo completo. Sem criatividade, 
nós perderemos para a internet, para os 
gam es, para os jogos do computador. 
Como é que a criança vai doar uma hora 
dela numa sala da Escola Dominical sem 
algo que atraia a sua atenção? Ela vai 
preferir ficar em casa jogando no com­
putador, brincando, assistindo a um fil­
me, fazendo outra coisa que para ela seja 
mais interessante. A criatividade é tudo!
B Em suas palestras, podemos ve­
rificar que você se caracteriza de al­
guns personagens. Qual é a sua in­
tenção com isso? M ostrar aos pro­
fessores que eles podem e devem 
fazer o mesmo em sala ou é apenas 
uma forma de atrair a atenção de­
les no momento da palestra?
É mostrar que eles podem e devem! 
Porque eles têm dentro de si uma 
criatividade nata que precisa ser desen­
volvida. Com uma simples roupa ou 
com um simples objeto na mão, eu pos­
so dar uma aula eficaz trazendo a aten­
ção dos meus alunos para mim. Por 
isso, uso roupas e objetos diferentes nas 
conferências. É, para despertar dentro 
deles o dom nato que já existe e que fa l­
ta ser só acordado!
Tem professor que usa a voz, que sabe 
os atalhos, os timbres, tem uma dicção
variada. Ele pode simplesmente com a 
própria voz dar uma aula maravilhosa, 
contar uma história interessante, tra­
zendo para si a atenção dos alunos. Ou­
tros, colocando uma roupa diferente, 
dentro do personagem que vai estar 
estudando com a classe, levando as cri­
anças para a época, para o momento da 
história. Tudo isso tem um efeito mui­
to especial.
■ A facilidade de interpretação é 
uma característica m arcante em sua 
personalidade. De onde veio esse 
talento?
“ Sem 
criatividade, 
nós perderemos 
para a internet, 
para os games, 
para os jogos 
do computador”
Eu tive um grande professor na mi­
nha vida que é meu pai, João Batista 
Bentes. Ele me fazia decorar poesias, 
poemas, pregar para ele, ensinava-me 
Lições B íblicas para eu interpretar 
para ele etc. Também fiz um curso bá­
sico de teatro, de seis meses, no Ama­
zonas, há muito tempo, com uma equi­
pe de norte-americanos. Mas além dis­
so, me esforcei muito. Treinei várias 
vezes na frente do espelho, e continuo 
treinando até hoje as novas lições an­
tes de ministrar. Uma grande dica para 
os professores é: grave sua voz ou peça 
para alguém lhe filmar. Depois, obser­
ve o resultado e faça uma autocrítica. 
Veja o que precisa ser corrigido e em 
que precisa se policiar. Eu gravei mui­
tas vezes e ainda gravo. Se não tá bom, 
eu tenho que melhorar, porque as coi­
sas para Deus tem de ser sempre o 
melhor possível.
B Você acha que a interpretação de 
personagens é um recurso inovador 
na dinâmica das aulas?
Chegamos agora no ponto áureo da 
eficácia dos métodos criativos. Com os 
meus próprios alunos posso form ar uma 
peça teatral. Posso passar uma lição 
usando as crianças, descobrindo e des­
pertando na vida delas o dom nato de 
cada unia e usando recursos que, com 
certeza, vão me colocar além do que se 
fosse apenas um visual, um cartaz, um 
gesto ou a voz. O teatro pode tanto cons­
truir, quanto destruir. A igreja que não 
se envolve com arte cênica, com certeza 
pára no tempo, hipoteca o seu futuro. 
Porque o teatro chama muita atenção. 
Ele tem um poder tão grande de persua­
dir, de levar e até mudar o comportamen­
to da pessoa. Muitas vezes as pessoas se 
identificam tanto com determinado ar­
tista que mudam o cabelo, roupa, fala 
etc. Esse é o poder que o teatro exerce 
sobre as pessoas, tanto para o bem, quan­
to para o mal.
■ Qual a m elhor forma de se ensi­
nar ao público infanto-juvenil?
Com muito amor e falando a lingua­
gem dele. E necessário você conhecer seu 
aluno por completo. Você precisa saber
o nome, o temperamento, a família e fa ­
lar a linguagem dele. É impossível pas­
sar qualquer ensinamento para uma cri­
ança sem falar a linguagem dela. Então, 
eu tenho que ser adequado. Os meus 
métodos têm de estar adequados à faixa 
etária deles, sem dúvida nenhuma.
H No caso dos adolescentes, perce- 
be-se que hoje em dia que, assim 
como as crianças, eles estão sendo 
m uito in flu en ciad o s pela m ídia 
com conceitos totalm ente contrári­
os aos ensinam entos bíblicos. Qual 
seria a form a eficaz de trabalhar 
com eles? Que tipo de recursos os 
p rofessores podem u tilizar para 
atingir os adolescentes?
É uma idade que requer uma aten­
ção muito especial e as nossas igrejas, a 
meu ver, têm dado pouca importância. 
Muitas vezes o adolescente sai do grupo 
de crianças direto para a mocidade. E um
pulo muito grande. Com isso, descuidam 
muito dessa fase, que é a época dele se apai­
xonar por Deus, de conhecer ao Senhor e 
fazer compromissos com Ele.
Torna-se em vão você chegar numa sala 
de adolescentes e, sem nenhuma preparação 
prévia, dizer: "Nós vamos tirar 30 minutos 
de oração". Eles não vão ficar porque a ida­
de deles não corresponde a isso. O adoles­
cente é inquieto, quer atividade constante. 
Não podemos levá-lo afazer uma coisa que 
está além do que a sua fase suporta. Isso não 
quer dizer que eles não vão orar. O que eu 
faço? Como ensiná-los a orar? Comecei fa ­
zendo muitos grupos de oração. Determi­
nava cinco minutos para cada grupo in­
terceder por um motivo especial. Exem­
plo: o pastor da igreja, missões etc. Eles 
tinham uma responsabilidade que era orar 
aqueles minutos. Depois, ampliei esse tem­
po para 10 minutos. Hoje, conseguimos 
fazer consagrações das 9 horas até o meio- 
dia. E todos eles vão. Só que essa consa­
gração é intercalada com testemunhos, lou­
vor e períodos de oração não tão longos.
É importante deixar o adolescente se 
expor, fazer o seupedido de oração. Ele 
deve se sentir valorizado. Eu não posso 
impor uma situação que ele não vai con­
seguir realizá-la.
■ Quais os maiores desafios enfren­
tados pelos professores de criança?
Falta de apoio das lideranças da igre­
ja é o número um. Isso reflete na carên­
cia em material didático, pouco recurso 
financeiro, privação de recursos físicos, 
sala de aula, móveis etc. Em segundo, a 
falta de apoio dos pais, que na maioria 
das vezes não fazem um acompanhamen­
to com seus filhos. Vemos hoje que é 
muito difícil o pai corrigir a revista da 
Escola Dominical da criança, procurar 
saber o que ele fez no domingo ou no 
culto infantil. E mais fácil ele corrigir o 
livro do colégio. Aqui, em nossa igreja 
adotamos um método para melhorar essa 
participação dos pais no ensinamento das 
crianças. A revista do aluno vai para a casa 
com ele e tem que voltar com a assinatura 
do pai e a seguinte observação: “Eu li e 
participei da aula do meu filho”.
Muitos pais acreditam que a salva­
ção de seus filhos está entregue nas mãos
do professor da ED e do pastor. Mas rião 
é bem assim. A maior parte do tempo a 
criança passa com os pais. Por isso é tão 
importante o culto doméstico.
Nas conferências e congressos sem­
pre cobro dos pais a realização dele em 
família. Ele é a base. Pelo menos cinco 
minutos diários deveriam ser dedicados 
a essa finalidade.
M Como surgiu o convite para apre­
sentar o programa infantil na tevê?
Uma emissora da região propôs um 
horário de programa que caberia no or­
çamento financeiro da igreja. Esse ho­
rário fo i dividido para o Setor de Mis­
sões e o Departamento Infantil. Como 
já era coordenadora do departamento e 
tinha experiência em tevê (ela já havia 
apresentado um programa infantil na 
Rede Boas Novas, no Amazonas), pas­
tor Cesino me convidou. Entramos para 
participar durante um ano, mas o Se­
nhor aprovou e estamos há quatro.
H De que form a a televisão tem 
sido usada com o coadjuvante no 
processo de formação das crianças?
A influência da televisão é muito gran­
de. Ela dá bons e maus conselhos. No meio 
evangélico infantil, nós temos tido um re­
sultado ímpar, único. Recebo inúmeros
emails de crianças não-evangélicas. Recen­
temente, estive em Navegantes (SC), e 
conheci um garoto que havia ido à igreja 
para me ver, pois me conhecia da televi­
são. Ele tem 13 anos e estava desengana­
do pelos médicos com uma doença chama­
da de "coração grande". Durante o culto, 
Jesus o curou e batizou no Espírito Santo. 
Isso tudo aconteceu porque ele me viu na 
televisão, quis me conhecer pessoalmente 
e, chegando na igreja, viu alguém acima 
da "tia ]ô" - Jesus. Ele era proibido de ter 
qualquer emoção. A mãe dele dizia: "O 
médico disse que se você chorar, você vai 
morrer". E ele não chorava, berrava, e di­
zia: "Mãe, uma mão entrou no meu peito e 
arrancou meu coração. Eu senti dor". Gló­
ria a Deus! Nós que somos espirituais, en­
tendemos as coisas espirituais.
I Isso é uma prova de que a televi­
são pode, com certeza, ser um gran­
de instrumento na evangelização de 
crianças. Você acha que ela ainda é 
pouco explorada pela igreja?
Sim. Ela tem que ser olhada com os 
bons olhos por nossas lideranças. Eu sou 
uma pessoa que prego contra o mau uso 
da televisão. Ela é minha pior inimiga em 
relação as crianças. Nós precisamos de um 
programa infantil com abrangência naci­
onal urgentemente, para combateras men­
tiras e as falsas propagandas que a mídia 
tenta incutir na cabeça das nossas crian­
ças. A televisão é muito mal explorada e 
ainda não é vista como um veículo qíie 
pode transformar vidas e salvá-las.
■ Como um professor de crianças 
pode dar uma aula criativa sem gas­
tar muito?
Primeiro, ele precisa ter um compro­
misso com Deus, uma paixão pelo cha­
mado. Eu tenho uma frase, que é meu tex­
to áureo: "Deus não chama os capacita­
dos, mas capacita os escolhidos". Se você 
é escolha de Deus, tem um compromisso 
real com o Senhor e está trabalhando para 
a salvação dessas crianças, sem dúvida 
nenhuma, Deus lhe dará métodos incrí­
veis. E eu sempre digo que o recurso prin­
cipal para uma boa aula é o professor. Ele 
tem de aprender a usar a voz e o gesto. O 
professor é o recurso principal..
çao
A carta aos Romanos gira 
em torno de um tema 
central, o Evangelho de 
Deus (Rm 1.15). Tudo so­
bre o que Paulo discorre 
na carta visa "dissecar" a Boa-Nova 
do Evangelho: a salvação é dom de 
Deus, não vem de nenhum esforço 
humano. Deus imputa ao homem (por 
meio de Jesus) a justiça de Cristo.
O primeiro grande tema desenvol­
vido é o da degeneração total do ser 
humano: todos, sem exceção, preci­
sam desta justiça divina, tanto genti­
os (Rm 1.18-32) quanto judeus (Rm 2), 
mesmo tendo vivido debaixo da Lei.
Tudo leva a crer que Paulo teve a 
intenção de mostrar a total degrada­
ção do homem sem Deus para, então, 
colocar a contrastante graça divina. 
Sem corretos dim ensionam ento e 
compreensão do pecado humano, tor­
na-se impossível valorizar adequada­
mente a salvação. O apóstolo traz à 
luz, então, o estado deplorável do ho­
mem caído:
• Não dá glória a Deus, ou seja, 
quer ser seu próprio Deus
A essência do pecado tem sido 
esta: o ego no lugar de Deus (Ez 28.2, 
15-18). Em geral, todo o pecado se 
origina do egoísmo humano.
• Rejeita a sabedoria
Embora o homem natural não 
tenha percepção correta de coisa al­
guma (Jr 17.9), seu pensamento tem 
se degenerado, principalmente no 
campo espiritual, em seu conceito de 
divindade. As coisas espirituais es­
tão completamente fora do alcance 
da mente humana, o homem não tem 
como chegar a Deus sozinho. Ao re­
jeitar a sabedoria divina, afasta-se 
ainda mais do caminho do Céu.
e justificação
• Ignora o conhecimento de Deus
E mais cômodo para o homem ig­
norar Deus e sua santidade porque, ao 
considerar a existência de um Deus 
justo e santo, precisa considerar tam­
bém seu pecado e degradação moral, 
sua injustiça, sua condenação.
• Segue a vontade de seu próprio 
coração
O deus do homem caído é seu 
próprio ego, que o levará, sempre, à 
destruição.
Igualdade diante de Deus
Por tudo isso, Paulo continua sua 
explanação: "Deus os entregou às suas 
concupiscências, os abandonou às suas 
paixões infames", Rm 1.24, 26. Isto de­
monstra não só a justiça de um Deus 
santo, que não suporta o pecado e re­
quer castigo para o erro, mas também 
seu amor: o homem é entregue à sua de­
pravação para que possa almejar uma 
vida diferente, uma vida ao lado do Se­
nhor (situação semelhante a do Filho 
Pródigo que, em seu estado mais críti­
co, lembrou-se de seu pai - Lc 15.17).
Mas não só os gentios necessitam 
da graça de Deus, os judeus também 
(Rm 2.1,17-23). Eles estão inescusáveis 
diante do Senhor. Os judeus pensa­
vam que toda a humanidade era réu 
de Juízo, com exceção deles, que ti­
nham a linhagem de Abraão, que 
guardavam a Lei mosaica (Rm 2.3). 
Para mostrar-lhes que também eles 
estavam sob a ira de Deus, Paulo ex­
põe algo sobre o Juízo divino.
Embora esteja se dirigindo aos ju­
deus em Roma, naquela época, Paulo 
atinge a todos os que se consideram 
livres do juízo divino por não terem 
uma vida pecaminosa explícita, pes­
soas que se auto-investem do direito 
de julgar aos demais.
O juízo divino leva em conta, en­
tre outras coisas:
O conhecimento que a pessoa tem 
Dele e seus princípios
Os que conhecem a Deus e não vi­
vem o padrão estabelecido pela Pala­
vra terão um julgamento mais severo 
(Lc 12.47).
A verdade
Quando o homem julga, nunca o 
faz conforme a essência da verdade. 
O julgamento de Deus, no entanto, é 
conforme a verdade, como tudo o que 
faz (Rm 3.4; 9.14).
“Não só os 
gentios 
necessitam da 
graça de Deus, 
os judeus 
também.
Eles estão 
inescusáveis 
diante do Senhor ”
A culpa
O homem tem acumulado culpa 
por uma vida inteira de total despre­
zo à bondade divina (Rm 2.5).
A obra de cada um
A Bíblia é clara ao colocar que cada 
ação do homem será julgada (Jr 17.10 e 
Mt 16.27.)
A imparcialidade
Deus é imparcial. Julgou e conde­
nou aLúcifer, o ser mais esplêndido
que Ele criou (Is 14.12-15). Deus não 
faz acepção de pessoas, quem quer 
que seja, será julgado e condenado, 
caso não tenha recebido a justificação 
pela fé em Cristo.
O motivo das ações
Deus é aquele que sonda os cora­
ções. Diante Dele todos se mostram 
com seu verdadeiro caráter. Aquele 
que vive uma vida de aparência, re­
ceberá seu justo juízo.
Após demonstrar que tanto genti­
os quanto judeus são dignos de juízo 
divino, Paulo mostra o caminho que 
leva à justificação todo o homem que 
aceita Jesus. É algo tão simples, e ao 
mesmo tempo tão grandioso, que não 
se pode entender seu alcance (Rm 
11.33). Deus, por causa do que Cristo 
fez na cruz, declara justo o homem que 
o aceita como Salvador. Essa justiça não 
exige do homem nenhum esforço (G1 
6.14). Custou o sangue de Cristo para 
que nada fosse exigido do homem; 
para o ser humano, é gratuita. Há um 
único requisito para o homem: crer em 
Cristo como seu Salvador (Rm 1.16-17;
3.21-22). Deste modo, conclui que o 
homem é justificado pela fé em Cristo, 
sem as obras de Lei (Rm 3.28).
Assim como o pecado, e seu 
consequente juízo, são universais, isto 
é, atingem a toda humanidade, a justi­
ficação pela fé em Cristo também está 
ao alcance de todos (Tt 2.1 e Jo 3.16).
Paulo disse: "Pela graça, sou o 
que sou", ICo 15.10. À graça divina 
se atribui não só a salvação do ho­
mem mas também a provisão de to­
dos os meios para se viver uma vida 
santa e justa, é algo gratuito e ime­
recido. Esta graça tirou o homem do 
poder do pecado (Rm 6.1-11). Con­
siderando que morreu para o peca­
do (v 2,5-8,11), o cristão é também
_____________________ZHàituwOvisJJjjlli
livre (Jó 3.18-19 - na morte, o servo 
fica livre do seu senhor).
Viver em comunhão
Expondo a condição do cristão de 
morto para o pecado, crescendo em co­
munhão com Cristo, de modo que viva 
para Deus, Paulo mostra que a vida aqui 
é de uma constante batalha contra o 
próprio pecado. Deve-se assim não per­
mitir que ele reine, pois agora, vive-se 
sob o senhorio de Cristo. E a graça pro­
vê as condições para isso, para que se 
viva uma vida agradável a Deus. Paulo 
se mostra como exemplo desta transfor­
mação que a graça opera na vida do ho­
mem (lTm 1.13-14).
Em vista de tudo o que já havia 
explicado aos romanos, Paulo coloca 
a necessidade de viver uma "vida no 
Espírito". Agora que eles são de Cris­
to, têm uma nova natureza e devem 
viver de acordo com ela.
A grande maravilha da salvação é 
que ela não depende de nós em ne­
nhum aspecto. Ela foi planejada e pre­
parada por Deus, é sua ação do come­
ço ao fim: o Deus que salva é o mesmo 
que guarda o homem. Seu Espírito ope­
ra no homem produzindo santificação 
(Gl. 5.22-23). Esta santificação é uma 
condição de vida, mantida pelo viver 
em comunhão com Cristo - não há 
como frutificar se o ramo não está li­
gado à videira 0o 15.4). Santificação é, 
portanto, viver a nova vida em Cristo, 
andar em consonância com a nova na­
tureza que foi implantada quando se 
aceitou Jesus como Salvador. Não mais, 
nem menos que isso.
Quando o apóstolo fala de "carne", 
fala de tudo que diz respeito ao mun­
do, à natureza humana caída, a tudo o 
que se opõe à vida no Espírito. Àquele 
impulso que está no mundo, contrário 
a Deus e à própria vida, Paulo chama 
de "carne" (Rm 8.7). Os que andam 
segundo a carne, priorizam o "eu", têm 
uma vida egocêntrica, voltada para 
seus próprios interesses e deleites. Os 
que vivem no Espírito, buscam a Deus 
em primeiro lugar (Mt 10.37) e procu­
ram fugir do pecado (Hb 12.1).
“Santificação é 
viver nova vida 
em Cristo, 
andar em 
consonância 
com a nova 
natureza”
Esta vida "no Espírito" só é viável 
para aquele que está em Cristo. Em­
bora a santificação demande algum 
esforço humano (Operai - Fp 2.12-13, 
buscai - 2Ts 3.1, mortificai - Cl 3.5, andai
- lTs 4.1-5, fiigi - 2Tm 2.22), a vida cris­
tã não existe fora de Cristo, e o cristia­
nismo se baseia inteiramente no que 
Deus realizou e realiza Nele e por 
meio Dele (Jo 15.5).
A prática do cristianismo
Paulo diz que o Evangelho não é 
algo apenas para se crer, mas para se 
praticar. O cristianismo é uma prática 
de vida. A Bíblia engloba todas as re­
lações humanas, inclusive a relação 
com o Estado e suas autoridades. Ela 
mostra que os governos humanos fo­
ram constituídos por Deus, e é Ele que 
os mantêm; Ele determinou que assim 
seja. O próprio Jesus fez alusão a isto 
0o 19.11). Assim, temos certeza de que 
não há poder independente do Se­
nhor.
O apóstolo segue a carta exortan­
do os irmãos a terem uma vida condi­
zente à de filhos de Deus, nascidos de 
novo, amando-se uns aos outros, ten­
do em vista sua nova natureza adqui­
rida quando aceitaram Cristo e a vol­
ta iminente do Senhor Jesus. Os roma­
nos são encorajados a buscarem a 
santificação, uma vida cristã em cons­
tante aperfeiçoamento, que procura 
agradar a Deus em tudo. Ele enfatiza a 
diferença entre a vida passada e a nova 
vida por meio do antagonismo de­
monstrado entre a luz e as trevas. Não 
há como continuar vivendo nas trevas 
se agora somos da luz (Ef 5.6-8; lTs 5.1-
6 e Fp 2.15). Quando o cristão vive 
como se ainda pertencesse à noite, cor­
re perigos (lTm 6.8-12).
Sobre algumas questões que sur­
giram entre os irm ãos rom anos 
(como comer ou não carne, guardar 
ou não dias santos etc), Paulo escla­
rece que cada um esteja inteiramen­
te seguro em seu próprio ânimo. Isto 
significa primeiro que nunca se deve 
agir sem pensar, e segundo, que se 
deve agir de acordo com sua própria 
consciência, assegurando-se que esta 
consciência esteja educada e ilumi­
nada pelo Espírito. Como o objetivo 
maior da vida de cada salvo é o cres­
cimento do Reino e a edificação da 
igreja, tudo o que fizer, seu modo de 
agir e de ser, deve servir para o de­
senvolvimento do Corpo de Cristo, 
nunca para tropeço. Toda sua con­
duta deve ser guiada pelo amor aos 
demais.
A Bíblia mostra claramente que 
na igreja convivem crentes em vári­
os níveis de aperfeiçoamento na vida 
cristã. Há os bebês, os meninos, os 
maduros (Ef 4.14), os carnais, os es­
pirituais (ICo 3.1), os fortes, os fra­
cos... (ICo 8.7). Todos são cristãos, 
nascidos de novo, filhos de Deus, 
mas cada grupo tem um modo di­
ferente de enfrentar as situações, 
uma reação diferente diante das 
mesmas circunstâncias. O escritor 
aos H ebreus gostaria de dar um 
ensino mais substancial, mas não 
pôde devido à falta de desenvolvi­
mento de seus leitores (Hb 5.11-14). A 
Bíblia esclarece que os cristãos fortes 
são aqueles que têm entendimento, co­
nhecimento (ICo 8.7). Tantos os for­
tes, quanto os fracos, estão expostos 
ao perigo de pecar. Os fortes correm o 
risco de se tornar arrogantes e orgu­
lhosos (Lc 18.11) e irmão mais fraco, o 
risco de julgar os demais^^SS®
Eliezer Lira é pastor na Assembléia de 
Deus em Curitiba, articulista, conferencista, 
escritor e comentarista das Lições Bíblicas 
deste trimestre para Jovens e Adultos, que 
traz o tema Salvação e Justificação - Os 
pilares da Vida Cristã.
m
Por Silas Daniel
João Gonsalves 
Melchior Francisco
Os primeiros educadores cristãos brasileiros
Os primeiros educadores 
cristãos brasileiros foram 
os índios pernambucanos 
João Gonsalves e Melchior 
Francisco, que ingressaram no magis­
tério cristão e na história do protes­
tantismo no Brasil em 1641. Suas his­
tórias, desconhecidas pela maioria, 
são exemplos para educadores de to­
das as épocas.
A Igreja Cristã Reformada veio ao 
Brasil com os holandeses e foi expul­
sa com eles pelos portugueses católi­
cos romanos. A história dessa missão 
está guardada em arquivos em Ams­
terdã e Haia, na Holanda. Detalhes 
dela são conhecidos hoje devido a 
pesquisas como a do pastor Frans 
Leonard Schalkwijk.
No período do domínio holandês, 
havia tolerância religiosa. Os judeus 
e os portugueses católicos romanos 
realizavam seus cultos sem impedi­
mento. Os missionários procuravam 
evangelizar os portugueses, mas, por 
mais gentis que fossem, sua mensa­
gem eravista como "a religião dos in­
vasores". O evangelismo só encontrou 
bom solo entre os índios, que viam os 
holandeses como libertadores.
Um dos ministérios mais desenvol­
vidos foi o da educação. O primeiro 
professor evangélico entre os índi­
os fo i o p ro te sta n te esp an h o l 
Dionísio Biscareto, que trabalhou 
em Itapecerica, a maior aldeia da re­
gião de Goiana (PE). O professor para 
as aldeias paraibanas foi o inglês 
Thomas Kemp. Foi quando surgiram 
dois professores nativos, que empol­
garam a igreja no Brasil. Schalkwijk 
conta a história:
"Como o ano de 1640 foi de suma 
importância na área da pregação com 
a primeira Santa Ceia, assim também 
no setor de ensino foi feito um grande 
progresso: iniciou-se neste trabalho a 
brasilianização. Durante a segunda 
reunião do Presbitério naquele ano, 
Soler observou que na aldeia de 
Nassau, perto da casa de campo do 
conde, havia 'um brasiliano (índio) ra­
zoavelmente experimentado nos prin­
cípios da religião, no ler e escrever', e 
capaz de instruir os índios. O pastor 
Eduardus, então, lembrou que havia 
alguns outros assim também em 
Goiana. Decidiu-se sugerir ao gover­
no que tais índios fossem nomeados 
professores nas aldeias, solicitando 
para eles um salário de 12 florins men­
sais, como um cabo do exército [... ] N a 
Holanda, alegraram-se muito ao ou­
vir que brasilianos podiam instruir a 
sua própria nação 'no conhecimento 
do verdadeiro Deus e do caminho reto 
da salvação'".
Assim, em 1641, dois índios foram 
designados para trabalhar ao lado dos 
obreiros espanhóis, holandeses e ingle­
ses: João Gonsalves e Melchior Fran­
cisco. Segundo relatos da época, o tra­
balho desses dois índios produziu um 
resultado impressionante. Eles foram 
os primeiros professores indígenas da 
igreja evangélica da América do Sul.
Gonsalves é descrito nos registros 
holandeses como "muito honesto e fiel 
no seu ministério". Depois de traba­
lhar cinco anos numa das aldeias da
Paraíba, por sugestão do missionário 
Kemp foi promovido a evangelista e o 
Presbitério pediu maior salário para ele.
O sucesso dos primeiros professo­
res foi tão grande que o Presbitério 
nomeou mais dois professores índios: 
Álvaro Jacó e seu colega Bento da Cos­
ta. Muitos índios entregaram-se a 
Cristo. Porém, anos depois, os holan­
deses foram expulsos, e os índios mar­
tirizados. Mas o exemplo ficou, para 
todas as gerações. Schalkwijk afirma: 
"Os poucos documentos do lado de­
les revelam uma grande confiança nos 
obreiros reformados, uma sincera le­
aldade à causa evangélica abraçada e 
uma profunda gratidão por terem co­
nhecido melhor a Cristo".
Como lembra o historiador, não é 
à toa que, ao serem perguntados pelo 
índio João Gonsalves "Qual é a tua 
única consolação na vida e na morte?", 
seus alunos respondiam: "E que, de 
corpo e alma, na vida e na morte, não 
pertenço a mim mesmo, mas sim ao 
meu fiel Salvador Jesus C r is to
ras de estudo
pitai importância, o estudo sério, sistemáti­
co e diuturno das Santas Escrituras. E suma­
mente compensador em todos os sentidos.
Apresentaremos 13 regras ao todo. Umas 
são criadas por nós, outras não. Tendo sido ex­
perimentadas estas regras, podemos garantir 
que elas funcionam eficazmente onde quer que 
forem observadas, como vai aqui descrito. Pas­
semos, pois a considerá-las.
N
ão vamos tratar aqui de regras de in­
terpretação da Bíblia; isso é domínio 
de Hermenêutica. Trataremos de re­
gras de estudo da Bíblia. Elas nos per­
mitem tirar o máximo proveito espiritual da lei­
tura e estudo das Santas Escrituras. São ora apre- 
isentadas, considerando os leitores como crentes sal- 
fvos e desejosos de aprenderem a verdade contida 
.na revelação divina. Quanto aos descrentes, imper­
tinentes, indiferentes e escarnecedores, só temos a 
considerar ICoríntios 2.14 e 2Coríntios 3.16.
Os títulos das regras que vamos dar, se consi­
derarmos isoladamente, não oferecem muito sen­
tido, porém, se considerados após a explanação 
da matéria que se lhes seguem, ver-se-á que eles 
ficam bem, resumidos como estão, facilitando, 
assim, o trabalho da memória.
Qualquer crente no Senhor Jesus Cristo pode 
estudar a Bíblia, uma vez que satisfaça certas re­
gras de estudo, seja qual for o método utilizado 
pelo estudante. O estudo bíblico não é reserva­
ndo a uns poucos favorecidos. Também, para tal, 
H t não há qualquer iniciação secreta. Deus
I nunca tencionou tornar difícil ou inacessí-
I vel o estudo de sua Palavra, posto que o 
H mesmo nos leva a conhecê-lo cada vez mais.
I Considere, pois, amado leitor, coisa de ca-
1) A regra do autor
A prim eira regra para o êxito no estu­
do da Bíblia é conhecer o seu autor. O au­
tor é Deus. Você o conhece? Conhecer, no 
sentido estrito da palavra, não é apenas 
ter contato, ser apresentado ou cum pri­
mentado por alguém; é ter intim idade, $n- 
dar ou conviver, enfim , com ungar com 
este alguém. Perguntamos mais uma vez: 
você conhece o autor da Bíblia? É Ele o seu 
Salvador, Senhor e M estre? Se não conhe­
cem os o a u to r da B íb lia , es ta re m o s 
desqualificados para o estudo e com pre­
ensão da revelação divina. Sem conhecer 
o autor tudo é difícil na Bíblia. De fato, a 
real com preensão da Palavra depende do 
nossó crescimento espiritual diante do Se-
nhor (Mc 4.33; Jo 16.12 e Hb 5.13- 
14). Textos sobre a regra do autor: Lc 
24.27,45 e At 16.14.
2) A regra da leitura 
sistemática
Queremos dizer com isso: leitura 
seguida e total da Bíblia. Se o irmão 
não vem lendo a Bíblia de modo se­
guido e total, não se queixe de não 
compreendê-la. Como o leitor pen­
sa compreender um livro que nem 
sequer o leu todo ainda? Não 
estamos falando, aqui, da leitura bí­
blica devocional, esta que se faz em 
nossos momentos a sós com Deus, 
dedicados exclusivamente à devoção 
e comunhão especial com Ele. Em se 
tratando de leitura da Bíblia como 
tal, dois métodos de estudo bíblico 
lhe estão afetos: o sintético e o ana­
lítico. O método sintético considera 
cada livro ou a Bíblia inteira como 
um todo. E por meio de tal método 
que se vê as divisões naturais de 
^cada livro, bem como o seu desígnio 
especifico. O estudante da Bíblia 
deve ler cada livro várias vezes, sem 
interrupção, afim de se assenhorar 
de sua síntese. O método sintético 
não é tão laborioso, porque os livros 
da Bíblia são todos pequenos; mes­
mo os maiores podem ser lidos em 
poucas horas. No método sintético 
não se faz pausa para estudos pro­
longados. Faz-se esboços somente. O 
estudo bíblico, segundo este método, 
abrange a Bíblia como um todo, e de 
igual modo cada livro dela, e cada ca­
pítulo dentro de cada livro.
você uma hora certa para leitura sis­
temática da Bíblia. A meditação diá­
ria nela é o segredo da vitória (Js 1.8).
O outro m étodo fundam ental 
para o estudo bíblico é o analítico. É 
o inverso do anterior. Você não irá 
longe no estudo analítico, se não cui­
dar antes no método sintético. Na 
forma analítica dividimos o estudo 
em partes para uma análise minu­
ciosa, que pode ser de temas varia­
dos, inclusive doutrinas, persona­
gens, tipos etc. Não há quem esgo­
te a Bíblia, pois ela é infinita. Quan­
to mais a estudamos mais nos hu­
milhamos, vendo a nossa pequenez 
e incapacidade ante a imponência, 
grandiosidade, profundeza e as ri­
quezas da revelação divina em todos 
os seus múltiplos aspectos. Este é o 
nosso testemunho.
A regra de leitura sistem ática 
pode parecer simples, mas é produ­
tiva e surge efeitos maravilhosos. 
Jamais será vã. Já que estamos tra­
tando da le itu ra b íb lica , é 
confortante saber que a Bíblia é o 
único livro cujo autor está sempre 
presente, quando se o lê. Sim, o au­
tor da Bíblia é onipresente. Textos 
sobre regra da leitura sistemática: Dt 
17.19; SI 119.130; lTm 4.13 e Is 34.16.
3) A regra da oração
Você não irá muito longe no es­
tudo da Bíblia enquanto não come­
çar aprender a orar. Pedras precio­
sas podem ser encontradas na super­
fície da terra. Porém, geralmente, é
preciso cavar. A oração evidencia a 
nossa dependênciado Pai Celestial, 
nossa vontade, fome, amor à verda­
de e humildade. Orar é falar com 
Deus, sendo assim um diálogo, não 
um monólogo. Na oração e medita­
ção diante de Deus, Ele revela as 
suas grandezas. Temos exemplos na 
Bíblia. Bastam estas palavras sobre 
oração, porque a melhor maneira de 
aprendermos a orar é praticando. 
Textos sobre a regra da oração: Tg 1.5; 
Pv 2.3-5; SI 119.18 e Ef 1.16-17.
4) A regra do Mestre
O mestre que nos ensina a Palavra 
de Deus é o Espírito Santo. Não há 
outro. Se não tiverm os o M estre
Acompanhe, na próxima edi 
ção, a segunda parte deste artig* 
na qual pastor Antonio Gilbert' 
traz a conclusão do assunto.
conosco, nada aprenderemos. Ele é o 
Santo Espírito revelador (Ef 1.17). Só 
Ele conhece as coisas profundas de 
Deus (Rm 8.27). Deixe o Espírito San­
to fluir livremente em sua vida e terá
o Mestre consigo, para guiá-lo "em 
toda a verdade" (Jo 16.13). Textos para 
regra do Mestre: ICo 2.10-12 e Jo 10.25.
5) A regra da obediência
Deus não revela a sua verda- 
aos que são apenas curiosos, 
sem qualquer propósito de lhe obe­
decerem, mas aos humildes que se 
quedam aos seus pés e lhe obedecem 
gratidão e amor. A humildade e 
são virtudes essenciais no 
das Escrituras (Lc 12.47-48). 
espírito da desobediência paira 
tes dias por toda a parte: nos 
domésticos, eclesiásticos, es- 
tis, etc. A obediência à verda- 
divina, revelada nas Escrituras, é 
fato de progresso para o seu co- 
. A desobediência contu- 
à Deus, à sua vontade, suas leis, 
fecha a porta às suas bênçãos. Textos 
sobre a regra da obediência: Ed 7.10; Jo 
7.17-18 e SI 25.14.
6) A regra da fé
A Bíblia é aceita primeiro pela fé 
e depois pela razão. Noutras pala­
vras: a revelação divina transcende 
os limites intelectuais do homem. 
Por exemplo: o fato de a criação do 
universo (confronte Gn 1.1 com Hb 
11.3). Se o leitor não aceitar, pela fé, a 
autoridade das Santas Escrituras neste 
e em inúmeros outros passos bíblicos 
semelhantes, está desqualificado para 
compreender a verdade divina. É pre­
ciso que o leitor tenha a Bíblia como a 
autoridade final, infalível e perfeita nos 
assuntos por ela tratados.
Deus declara um fato e você 
cuida em crer nisso, porque Ele 
não se inclinará, para satisfazer a 
sua curiosidade, ou por outra, 
para revelar coisas que você não 
pode comportar, ou para as quais 
você e eu não estamos preparados. 
Textos sobre a regra da fé: Lc 24.25;
2Pd 1.21 e 2Tm 3.16-17.
jm f. t .
7) A regra do 
crescimento espiritual
Nunca pare de crescer no sentido 
espiritual. O conhecimento das coisas 
de Deus vem de acordo com a nossa 
capacidade de recebê-lo, contê-lo, e 
assimilá-lo. O crescimento espiritual 
vem, em parte, pela obediência a ver­
dade revelada. Privilégios implicam 
responsabilidade. Somos responsáveis 
pela verdade a nós revelada. Paulo não 
pôde ensinar verdades bíblicas mais 
profundas aos crentes de Corinto, por­
que os mesmos não queriam deixar de 
ser "crianças" (ICo 3.1).
Em Marcos 4.33, Jesus ensinou 
aos seus, conforme a capacidade dos 
mesmos em receberem o seu ensino. 
É o que vemos também em Hebreus 
5.13-14; a falta do crescimento espi­
ritual é um entrave no conhecimen­
to das coisas divinas. Os textos sobre 
a regra do crescimento espiritual são os 
mesmos da regra anterior.
8) A regra dos meios 
auxiliares
Esses meios auxiliares são três, os 
quais provêem material de estudo, 
consulta e referência. O texto de 2Ti- 
móteo 4.13 nos leva para o campo 
das fontes de consulta. Aí, se fala de 
livros. Por certo, os da Bíblia e ou­
tros que o apóstolo possuía.
A) Livros
Há livros bons (2Tm 4.13). Há mui­
to mais livros maus, perniciosos, ve­
nenosos como os de Atos 19.19. Resis­
ta também à tentação de levar mais 
tempo com os livros do que com a Bí­
blia. Quem fica todo o tempo só com 
os livros, torna-se um teórico e autên­
tico refletor de seus autores.
Aqui está uma sugestão de alguns 
livros que o estudante da Bíblia deve 
possuir:
•Uma boa e atualizada versão da 
Bíblia;
• Demais versões em vernáculo 
para estudo comparativo;
Uma boa Concordância e 
um Atlas Bíblico;
• Um Manual de Síntese Bíblica ou 
Chave Bíblica;
• Um Dicionário Bíblico de con­
fiança;
• Um bom dicionário da língua 
portuguesa;
• Um Manual de Doutrinas Fun­
damentais (Teologia Sistemática);
• Um ou mais comentários gerais 
sobre a Bíblia (busque conselho do seu 
pastor quanto à indicação destes).
B) Apontamentos individuais.
Esses podem ser de três maneiras:
• Apontamentos de estudos indi­
viduais;
• Apontamentos de estudos ou­
vidos;
• Apontamentos de estudos lidos;
A memória falha com o tempo. O
melhor é tomar notas. Isso não sig­
nifica perder a confiança na opera­
ção do Espírito Santo. Se fosse assim, 
não seria preciso Deus ter-nos pro­
vido a Bíblia em forma escrita. Ha­
bitue-se a tomar notas de seus estu­
dos individuais, distribuindo-os por 
assuntos previamente escolhidos. Se 
você tem livros, organize um índice 
analítico de assuntos, o qual poderá 
prestar bons serviços na elaboração 
de seus estudos.
Apontamentos enriquecem o 
cabedal de conhecimentos do estudan­
te da Bíblia. A "memória" do aponta­
mento feito nunca falha, se feita e eon- 
servada de modo organizado.-.
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coração pode encontrar a 
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■ m i • Cultivando Contentamento
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8 d e M a r ç o / l n / 7 
Não deixe esta data passar em branco!
Dialetos, distâncias e falta de recursos são 
algumas barreiras enfrentadas pelos missionários 
para levar a Palavra aos índios
A diferença cultural e as 
longas d istân cias não 
im pedem que m uitos 
missionários brasileiros 
desenvolvam projetos e levem a Pa­
lavra de Deus a povos indígenas. Em 
várias tribos, espalhadas por diver­
sas regiões do Brasil, o trabalho das 
igrejas evangélicas é uma realidade 
para milhares de índios. A cada ano,
o número de índios convertidos ao 
Evangelho aumenta.
Já com os trabalhos instalados, a 
Escola Dominical, assim como nas 
cidades, passa a fazer parte da pro­
gramação das igrejas localizadas em 
tribos. Apesar de algumas dificulda­
des, missionários e professores, con­
seguem ministrar os ensinamentos 
bíblicos, seja na língua portuguesa 
ou nos dialetos falados em cada tri­
bo. Com materiais didáticos apropri­
ados ou usando a natureza como 
exemplo, o objetivo é sempre o mes­
mo: levar a Palavra de Deus ao povo 
indígena.
No Brasil, existem 285 comunida­
des indígenas, com uma população 
de 655 mil habitantes. De acordo 
com o pastor Henrique Terena, pre­
sidente nacional de pastores e líde­
res evangélicos indígenas (Conplei), 
cerca de 90 etnias, ou seja, 30% dos 
índios são evangélicos. Ele trabalha 
há 23 anos em treinamento com in­
dígenas e, há 11, atua entre os 
terenas, o quarto maior grupo indí­
gena do Brasil, na Chapada dos Gui­
marães (MS). Na região, cerca de 
45% das igrejas têm Escola Domini­
cal. "A maneira de ensinar é por
meio de histórias orais. Quando não 
temos material didático traduzido 
para o povo indígena, os pastores 
retiram aslições da própria Bíblia", 
explica, reiterando que uma das 
maiores dificuldades é adequar os 
materiais que recebem à questão cul­
tural dos índios. "Todo material que 
recebemos é monitorado pelo Conplei. 
Dividimos os grupos em classes de 
adultos e crianças e, em alguns casos, 
senhoras e senhores", diz.
Pastor Henrique destaca que a 
Escola Dominical é realizada em 80 
com unidades no lado norte da 
Chapada dos Guimarães, onde exis­
te cerca de 2,3 mil pessoas. No lado 
sul, a presença dos evangélicos é 
maior. "Entre 27 mil Terenas, 95% 
são evangélicos, e a estrutura de tra­
balho é bem melhor", testemunha. 
Para desenvolver o trabalho, pastor 
Henrique lidera cerca de 1,2 mil pas­
tores, entre eles, líderes indígenas. 
Além da busca por materiais que 
atendam as necessidades da cultura 
do povo indígena, os pastores e lí­
deres recebem treinam ento para 
aprenderem a língua e os costumes 
de cada região.
Ensinamento bíblico
No extrem o norte do país, no 
Oiapoque, o trabalho de Escola Do­
minical entre as comunidades indí­
genas existe há 40 anos. Pastor Pau­
lo Cruz e sua esposa, missionária 
Luana Cruz, estão no local há três 
anos. Segundo a missionária, os ín­
dios gostam de ouvir a Palavra de 
Deus e têm muitas curiosidades acer­
ca da Bíblia. "Conseguimos tirar mui­
tas dúvidas. Os adultos ficam em clas­
se única e a cada semana separamos 
um texto bíblico para ser discutido. 
Eles não utilizam a revista de ED. Eles 
têm a Bíblia traduzida para o Palikur, 
a língua deles", explica.
O grande diferencial da Escola 
Dominical na Aldeia Kumenê, no 
Oiapoque, é que ela é realizada aos 
sábados. "O domingo é dia comum 
de trabalho e eles vão para a roça", 
conta a missionária Luana, reiteran­
do que apenas as crianças são divi­
didas em classes. "Assim que chega­
mos aqui, não havia o trabalho com 
as crianças. Hoje, percebemos que foi 
muito bom, o retorno foi positivo. A 
cada sábado, o número aumenta".
De acordo com a missionária, que 
é professora da classe das crianças, 
as aulas são ministradas com a aju­
da de um tradutor, pois os alunos 
não entendem o português. "Uso 
apenas a revista do professor e pro­
curo utilizar muitas gravuras para 
ilustrar as histórias bíblicas. As cri­
anças gostam muito e o trabalho tem 
gerado muitos resultados", comen­
ta destacando que, no início, o tra­
balho foi bem mais com plicado. 
"Quando chegamos, muitas dessas 
crianças estavam ingressando no 
mudo dos vícios, da bebida, e algu­
mas eram bastante violentas. São 
experiências que marcam a nossa 
vida. E permanecemos fiéis, pois 
Deus é fiel conosco".
O desejo de melhorar o trabalho 
e alcançar mais vidas para Cristo é 
um dos p rin cip ais ob jetivos da 
missionária Luana e do pastor Pau­
lo. Eles já conseguiram estruturar a 
Escola Dominical e mostrar aos ín­
dios como ela funciona. A divisão de 
classes, as chamadas e a freqüência, 
já fazem parte da realidade do povo 
da Aldeia Kumenê. "Para as crian­
ças, pretendemos diversificar as nos­
sas aulas com algo mais inovador. Já 
trouxemos filmes e percebemos que 
eles gostaram muito. Tentamos me­
lhorar isso a cada dia e estamos sem­
pre trazendo as histórias 
para a realidade deles", 
afirma a missionária.
Na fronteira 
dos países
No Estado do Amazo 
nas, a Assembléia de Deus 
trabalha com comunida­
des indígenas em duas re­
giões, Saterê Mawé, que 
abrangem Parintins, Mau 
e Barreirinhas, e São Gabriel da 
Cachoeira. De acordo com o pas­
tor Valri Ramos da Silva, São 
Gabriel da Cachoeira, que fica 
na fronteira com a Venezuela 
e a Colômbia, é o último mu­
nicípio do Rio Negro e o 
quarto maior do mundo em 
extensão geográfica. Na re­
gião, existem cerca de 428 
comunidades indígenas re­
conhecidas pelo governo fe 
deral. "Dessas, somente 38 
foram alcançadas. Mas te­
mos cerca de 500 alunos 
m atriculados na Escola 
Dominical", afirma o pas­
tor, lembrando que todos os 
alunos usam as Lições 
Bíblicas. Para o pastor, "a 
ED é a base da igreja e por 
meio dela nôvos traba­
lhos serão abertos".
Na com unidade 
Saterê Mawé, pastor 
Rubens A gu ilera e 
sua esposa Maria Lú­
cia estão há 11 anos e
“Alguns índios 
já foram 
treinados 
para dar 
continuidade ao 
trabalho da ED”
por meio da Es­
cola D om inical 
evangelizam os 
índios da região.
Morando na Al­
deia Umirituba, 
eles lideram 14 
congregações. O 
trabalho da ED 
tem crescido de 
tal forma que em 2003 foi criado o 
Centro de Aperfeiçoamento Cristão 
Antiokia para formação de professo­
res. No início de 2005, foi realizado 
o primeiro Curso de Aperfeiçoamen­
to para Professores de Escola Domi­
nical (Caped) formando professores 
das próprias aldeias.
Apesar de alguns dificuldades 
de adaptação, o trabalho vem se de­
senvolvendo e tem toda a estrutura 
que uma Escola Dominical precisa. 
Superintendentes, professores de 
adultos, jovens e crianças, e secre­
tários foram escolhidos entre os ín­
dios e preparados para levar o tra­
balho adiante. "Apesar de não falar­
mos o idiom a d eles, fom os nos 
adaptando e explicando a eles como 
se dirigia uma Escola Dominical. 
Fazíamos acompanhamento junto 
aos nativos e, a partir de 1996, eles 
passaram a atuar diretamente no 
trabalho", conta.
As classes são divididas em se­
nhores, senhoras, jovens e crianças. 
Maria Lúcia explica que as crianças 
não falam o português, por isso, os 
professores ministram as aulas no 
dialeto Saterê Mawé. "Nós não te­
mos muitos recursos, mas vamos 
adaptando de acordo com a necessi­
dade e utilizando materiais da pró­
pria aldeia", diz. Com os adultos, os 
professores utilizam as revistas, a 
Bíblia e um dicionário secular.
Em Boa Vista (RR), próximo à 
Guiana Inglesa, o principal alvo 
dos m issionários são as crianças. 
Apesar das dificuldades e da falta 
de recursos didáticos, a Escola Do­
minical é realizada embaixo de ár­
vores, às margens do rio ou em ca­
banas. "Tudo é motivo para levar
£ ?] Stu im dv tf_________________ _
ao coração de cada criança 
amor de nosso Deus C riador", 
testifica pastor Marconi Pereira, 
secretário de Missões no Estado.
E o trabalho já tem 
o objetivo desejado. Nas 
dades indígenas da região, 
de 450 crianças estão 
das. São 36 congregações, em 
comunidades. O pastor explica 
que por meio do trabalho desenvolvido com as cri­
anças, os missionários conseguiram atingir os pais. 
"No evangelismo infantil, tentamos resgatar a lín­
gua materna para que as crianças aprendam ou não 
esqueçam suas raízes. Assim, conquistamos os 
pais, que confiam no trabalho", comenta pastor 
Marconi, destacando que nas classes, eles utilizam 
os dialetos Macuxi, Wapixana e Tauperang, além 
do inglês e do português. Pastor Marconi relata que 
40% dos alunos índios só conheceram o pãozinho 
feito em padaria depois que passaram a freqüen­
tar a ED, na qual recebem também uma refeição.
Dificuldades no trabalho
Para levar o trabalho adiante, a secretaria de 
Missões tem uma parceria com o Departamento de 
Educação Cristã, que vai até as bases missionárias 
oferecer treinamento e aperfeiçoamento aos pro­
fessores. "Temos 18 missionários, com suas famí­
lias, e cerca de 30 professores", relata, destacando 
que, apesar do material didático simples, eles bus­
cam aplicar a Palavra de Deus de acordo com a 
realidade cultural de cada comunidade. "Utiliza­
mos o material da CPAD. Nem sempre as revistas 
são as atuais, pois aproveitamos as edições anti­
gas. Assim temos conseguido levar a mensagem 
àquele povo".
Devido às dificuldades naturais, como rios, la­
gos, lamas e estradas brutas, e também a falta de 
transportes, o acesso às congregações é bastante 
complicado. Pastor Marconi conta que alguns pro­
fessores e missionários caminham de dois a três dias 
para chegar nas loca­
lidades. "G raças a 
Deus, nossos missio­
nários não se intimi­
dam com as dificul­
dades e contratem ­
pos. Pelo contrário, 
fazem deles, desafios 
a serem conquistados 
e aprendem o valor 
que cada alma tem 
para Deus", conclui
D tem todo o material que você
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in teressantes utilizando m apas que 
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professor da ED
na Terceira Idade
luidos
Entrevista co m a 
professora Jo a n e j 
Bentes
C o m a p ro p o s ta d e a ju d a r n a fu n ç ã o d e e d u ca d o r, re n o v a n d o a 
fo rm a d e e n s in o d a E s c o la D o m in ic a l d a ig re ja , a re v is ta tra z m a té r i­
a s s o b re d id á tic a s q u e d e ra m ce rto , s u g e s tõ e s d e c o m o d e s p e rta r o 
in te re s s e d o s a lu n o s e m u ito m a is . Id e a l p a ra q u e m é p ro fe s s o r de 
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Por Maurício Ferreira Brito
Superintendent
EFICAZ
Erros que dificultam 
o ensino-aprendizagem na ED
T ! odos sabemos que o en­
sino é a prioridade da igre­
ja, mas ele só acontece, de 
fato, quando o aluno apren­
de. Muitas vezes, esse processo de 
aprendizagem é interrompido por uma 
série de questões. Neste artigo, procu­
ramos selecionar fatores que podem 
atrapalhar o ensino na Escola Domini­
cal. É importante cada professor ou 
superintendente verificar se as dificul­
dades aqui mencionadas estão aconte­
cendo em suas ED's para corrigir er­
ros, alinhar o prumo e seguir firme no 
propósito de ensinar a Palavra de Deus.
Superintendentes
despreparados
O pastor da igreja deve ter muito 
cuidado na nomeação do superin­
tendente da Escola Dominical. Não 
é aconselhável nomear para a fun­
ção determinada pessoa só porque 
ela é amiga ou coisa parecida. Ami­
zade, neste caso, não se confunde 
com ministério eclesiástico. Quando 
o superintendente é nomeado sim­
plesmente porque tem um relaciona­
mento amigável com o pastor da 
igreja, mas não tem os qualificativos 
para exercer a função, provoca mui­
tas dificuldades na aprendizagem, 
pois a igreja observa o despreparo 
da pessoa para a função. Em 
algum as escolas dom inicais, 
a figura do superintendente 
despreparado pode ser di­
vidida em três dimensões.
Despreparo teológico 
No mundo moderno contemporâneo, cha­
mado de "sociedade do conhecimento", o mer­
cado de trabalho é muito exigente e cada vez 
mais cobra profissionais capacitados intelec­
tual e cognitivamente especializados, quali­
ficados e preparados para exercer diversas 
funções. Portanto, na igreja, e em es­
pecial na Escola Dominical, a 
do superintendente 
pode ser despreparada.
Um superintenden­
te despreparado teologica­
mente inibe a
Despreparo espiritual 
Para exercer essa valorosa função é 
necessário que o candidato seja altamen­
te espiritual. É preciso haver uma verifi­
cação por parte dos membros da igreja e 
do diretor da escola se o candidato ao car-
go tem qualidades espirituais. Preparo es­
piritual a que me refiro é a devoção diária 
compromissada com Deus, na oração, no 
testemunho, nas obrigações gerais para com 
a igreja e a sociedade e o padrão ético de 
moralidade. A espiritualidade é uma exigên­
cia dessa função, aliás, de todas as funções na 
igreja. Se tal supervisor não for espiritual, não 
pode ser superintendente.
“O superinten­
dente ciumento 
bloqueia o 
desenvolvimento 
de outros 
professores”
e provoca descontentamento na valo­
rização do magistério cristão. Ele 
pode até fazer parte da ED, mas 
como aprendiz e não como superin­
tendente. O curso teológico, mesmo 
que seja básico, é um fator de suma 
importância para o superintendente. 
O ideal seria que ele fosse bacharel em 
Teologia, mas isso não é regra geral. 
Cada diretor de ED deve se adequar 
à sua realidade, sem com isso dispen­
sar o integral preparo teológico dos 
supervisores e/ou superintendentes. 
O preparo teológico é sempre moti­
vado pela leitura sistemática das Sa­
gradas Escrituras.
Despreparo acadêmico
Não quero dizer que para ser um 
superintendente é preciso ser um 
pedagogo, psicólogo, ou um espe­
cialista em educação. Não é isto que 
a Bíblia requer na sua essência. Exis­
tem supervisores altamente prepara­
dos que não são graduados em cur­
sos seculares. Porém, eles sabem que 
a Pedagogia e a Psicologia Educacio­
nal podem ajudar no desenvolvimen­
to educacional nas escolas domini­
cais. Portanto, os supervisores devem 
ter conhecimento básico em Pedago­
gia, Psicopedagogia, Psicologia Edu­
cacional, além do conhecimento teo­
lógico. Esse último poderá ser adqui­
rido por meio de bons livros.
Erros que os 
superintendentes 
não devem cometer
Há alguns erros que se não forem 
corrigidos a tempo poderão refletir
negativamente na educação e afetar 
diretamente a aprendizagem. O en­
sino só tem valor quando a apren­
dizagem está sendo construída pelo 
aluno. Eis alguns dos erros que afe­
tam a aprendizagem:
Ciúme
O ciúme age como se fosse um ví­
rus, provocando um mal

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