Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Rízi� Xav��� - Med����a 6 se���t�� SP 1.3 "Mundo Estranho" Estudar epidemiologia, fatores de risco, fisiopatologia, quadro clínico (classificação), diagnóstico e diagnóstico diferencial dos transtornos psicóticos. Manifestam-se pela psicose O espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos inclui esquizofrenia, outros transtornos psicóticos e transtorno (da personalidade) esquizotípica. Esses transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a seguir: delírios, alucinações, pensamento (discurso) desorganizado, comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo catatonia) e sintomas negativos. Epidemiologia Transtornos psicóticos são um agrupamento de transtornos psiquiátricos, classicamente representados pela esquizofrenia, considerada um protótipo de uma doença psicótica, que é também a principal patologia desse grupo cobrada nas provas de Residência Médica. Apesar de representarem um grupo de transtornos que, somados, afetam mais de 4% da população mundial, com enorme relevância para nossa prática clínica, são pouco abordados nas provas pelas bancas organizadoras, representando apenas entre 7% a 10% dos temas em Psiquiatria nos últimos anos. Fatores de risco Quadro clínico / Classificação / Diagnóstico De acordo com o DSM-IV existem vários tipos de perturbações psicóticas, que apresentam características distintas e quadros clínicos diferentes, sendo a principal psicose a esquizofrenia que vai ser abordada mais aprofundadamente. Esquizoafectiva A principal característica desta perturbação consiste num período sem interrupção de doença durante o qual, em algum momento, existe um episódio depressivo major ou um episódio maníaco ou misto. Caracteriza-se também por ideias delirantes ou alucinações pelo menos durante duas semanas, sendo o tipo de esquizofrenia menos comum. Esta pode-se dividir em dois tipos, o tipo bipolar (aplica-se quando existe um episódio maníaco ou misto) e o tipo depressivo (aplica-se quando existe um episódio depressivo maior). Esquizofreniforme As características principais são idênticas às da esquizofrenia, a diferença reside na duração total da perturbação, pois esta tem ummínimo de um mês, mas menos de seis meses Delirante A particularidade desta perturbação é a presença de uma ou mais ideias delirantes não bizarras que persistem pelo menos durante um mês. Psicótica Breve É uma perturbação psicótica que dura pelo menos um dia mas menos de um mês. Envolve um inicio súbito de pelo menos um dos seguintes sintomas psicóticos: ideias delirantes, alucinações, discurso ou comportamento desorganizado Psicótica Devida a Um Estado Físico Geral Esta caracteriza-se por alucinações ou ideias delirantes devidas aos efeitos fisiológicos directos de um estado físico geral. Psicótica Induzida por Substâncias Nesta perturbação, os sintomas psicóticos são devido a efeitos fisiológicos directos de abuso de uma droga, medicação ou exposição a outra substância Psicótica Partilhada Esta psicose é marcada fundamentalmente por uma idéia delirante que se desenvolve numa pessoa que tem um relacionamento próximo com outra pessoa que já sofre de uma perturbação psicótica com ideias delirantes dominantes. Psicótica Sem Outra Especificação Rízi� Xav��� - Med����a 6 se���t�� Esta perturbação inclui os sintomas psicóticos (ideias delirantes, alucinações, discurso e comportamento desorganizado) mas não existe informação suficiente necessária para preencher os critérios para as perturbações psicóticas específicas. Psicoses Agudas Caracterizam-se pela perda abrupta do contato com a realidade, tornando se clinicamente perceptíveis em minutos, horas ou dias.¹ São síndromes que se manifestam na forma de alucinações, delírios, pensamento desorganizado, comportamento pouco usual, inquietação, agitação psicomotora e, algumas vezes, na forma catatônica. Podem estar presentes nas seguintes condições médicas: 1. Esquizofrenia: na fase aguda ou produtiva da doença, através de delírios de grandeza, paranoides ou místicos. Apresentam também alucinações auditivas, como vozes de comando, alucinações visuais e comportamento bizarro, catatônico ou agitação psicomotora. Rízi� Xav��� - Med����a 6 se���t�� 2. Transtornos de Humor: em episódios maníacos com sintomas de euforia, aceleração do pensamento, delírios de grandeza e agitação. Em episódios depressivos com sintomas de tristeza profunda, irritação, anedonia, pensamentos de ruína e lassidão. 3. Psicoses induzidas por intoxicação de substâncias psicoativas: euforia, aceleração do pensamento, comportamento inadequado, podendo ocorrer delírios e alucinações. 4. Delirium: caracterizado por flutuação do nível de consciência, alternando sonolência profunda com alucinações e delírios. Comuns em situações pós-operatórias, ou em pessoas debilitadas por outras doenças. 5. Síndromes de abstinência: pacientes em abstinência de substâncias psicotrópicas podem apresentar psicose. Delirium tremens, causado por abstinência alcoólica, é a mais grave. Instala-se em 24h-48h após abstinência e pode levar à morte em até 30% dos casos. 6. Psicose orgânica ou Síndrome cerebral orgânica: causada por condições médicas não-psiquiátricas, como doenças da tireoide, encefalites, insuficiência hepática, traumas ou processos expansivos cranioencefálicos e doenças autoimunes. A maior chance de erro médico em emergência psiquiátrica é tratar um paciente com uma doença não psiquiátrica como caso puramente psiquiátrico. Psicoses Transitórias Breves São dinâmicas, reativas e podem durar horas ou dias, geralmente mais brandas, sem alucinações. Comuns em pacientes com organização de personalidade limítrofe, quando enfrentam dificuldades nas relações interpessoais. Podem fracassar no teste de realidade, na capacidade de pensar e descarregam seus impulsos diretamente na área motora. Ficam propensos a atos suicidas, homicidas, agressões verbais e/ou físicas. São comuns também o autoflagelo como cortes na pele ou o bater a cabeça na parede, respondendo até com agitação psicomotora. Pessoas consideradas saudáveis e sem diagnóstico psiquiátrico prévio, diante de situações de estresse de grande magnitude, podem apresentar sintomas psicóticos transitórios ou desenvolver distúrbios de estresse pós-traumáticos. Psicoses crônicas Psicoses crônicas geralmente são caracterizadas por sintomas residuais crônicos de doenças mentais tais como esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo ou transtorno afetivo bipolar. Também podem estar presentes em pacientes com déficit cognitivo grave, como no retardo mental e nas demências. Tais pacientes apresentam um deterioramento global das funções mentais, com incapacidade de se autogerir e pensamento desorganizado. Geralmente os delírios e alucinações são constantes e, muitas vezes, perturbam menos estes pacientes do que aqueles com quadros agudos. Costumam vir à emergência trazidos por seus cuidadores devido à exaustão familiar. Em alguns casos, são internados para ajuste de medicação ou para a família poder se reabilitar da exaustão. Diagnóstico Diagnóstico diferencial Identificar quais os tipos de personalidade pré-mórbidas. Estudar epidemiologia, fatores de risco, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico e diagnóstico diferencial da esquizofrenia. Epidemiologia Fatores de risco Fisiopatologia Quadro clínico Rízi� Xav��� - Med����a 6 se���t�� Diagnóstico Diagnóstico diferencial Compreender como se conduz o tratamento não medicamentosos dos transtornos psicóticos. Estudar o tratamento medicamentoso dos transtornos psicóticos (classe, mecanismo de ação e efeitos adversos). Os antipsicóticos representam as medicações de escolha para o tratamento farmacológico da esquizofrenia e devem ser usados tanto na fase aguda, para o controle dos sintomas durante crises, quanto na de manutenção, com o objetivo de prevenir recaídas. Desde a descoberta da clorpromazina, em 1950, diversos antipsicóticos foram sintetizados, com diferentesperfis farmacológicos; porém, até o momento, antipsicóticos antagonistas dopaminérgicos permanecem como o único tratamento aprovado para a esquizofrenia, sendo o bloqueio de receptores dopaminérgicos D2 em via mesolímbica o seu principal mecanismo de ação. Os antipsicóticos são agrupados em duas classes: primeira geração (ou típicos) e segunda geração (atípicos). Os antipsicóticos de primeira geração (APGs) têm em comum uma alta afinidade por receptores D2 e, em relação aos de segunda geração (ASGs), apresentam maior potencial para induzir SEPs (p. ex., tremores, rigidez e bradicinesia), como resultado do bloqueio dopaminérgico em via nigroestriatal. Os ASGs, por sua vez, têm perfis de ligação muito heterogêneos, envolvendo, também, antagonismo serotonérgico (5-HT2A , principalmente), entre outros mecanismos, e se associam mais frequentemente com maior ganho de peso e alterações metabólicas. Em geral, diretrizes e manuais clínicos dão preferência à prescrição de ASGs,42,43 principalmente nos casos de primeiro episódio psicótico, devido a maior risco de aparecimento de SEPs nesses pacientes. No entanto, a maior recomendação de ASGs em relação à de APGs está ligada a diferenças de tolerabilidade – um importante preditor de adesão ao tratamento medicamentoso – e não à eficácia.44 Os APGs apresentam menor custo e são as únicas medicações disponíveis em diversos contextos clínicos no Brasil, sendo indicado, nessas situações, o seu uso em doses baixas para reduzir o risco de SEPs. Rízi� Xav��� - Med����a 6 se���t�� A escolha do medicamento e de sua posologia, portanto, deve ser individualizada de acordo com as características clínicas do paciente, história pregressa, tolerabilidade aos efeitos colaterais, rede de suporte disponível e contexto do tratamento. Antipsicóticos mais sedativos, por exemplo, podem ser utilizados para pacientes com quadros de agitação psicomotora mais intensa, assim como a associação de benzodiazepínicos. Pacientes em primeiro surto psicótico devem receber, inicialmente, doses mais baixas, pois, em geral, apresentam melhora de sintomas com dosagens menores que pacientes com múltiplos episódios. Além disso, antipsicóticos injetáveis de longa duração devem sempre ser considerados para pacientes com histórico de baixa adesão. Identificar as principais complicações dos transtornos psicóticos. Compreender o impacto biopsicossocial na vida dos pacientes com transtornos psicóticos (esquizofrenia). referencias https://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0171.pdf https://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0171.pdf
Compartilhar