Buscar

processos grupais resumo para estudo - psicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

resumos
by ANDRESSA FREIRE
@estudepsi
Olá!
Espero que meus resumos ajudem nos
seus estudos! Todo o material foi
organizado cuidadosamente por mim,
Andressa Freire, e a reprodução não
autorizada deste arquivo é crime,
conforme o artigo 184 sobre direito
autoral do código penal.
 
No mais, obrigada por escolher meus
resumos, e qualquer dúvida pode me
contatar pelo instagram, @estudepsi.
 
Beijos,
Andressa Freire.
 
 
@ESTUDEPS I
PROCESSOS GRUPAIS
• H I S T Ó R I A E V I S Ã O G E R A L D O E S T U D O D E
G R U P O S
 
• C O M P O R T A M E N T O S O C I A L , C U L T U R A E
A G Ê N C I A S D E C O N T R O L E
 
• R E L A Ç Õ E S D E E X P L O R A Ç Ã O ,
C O M U N I C A Ç Ã O E H A B I L I D A D E S S O C I A I S
 
• G R U P O S O P E R A T I V O S E G R U P O S
T E R A P Ê U T I C O S
 
• R E A Ç Õ E S G R U P A I S
 
• P S I C O D R A M A
 
• P L A N E J A M E N T O E I N T E R V E N Ç Ã O E M
G R U P O S
RESUMOS.
 
 
História e visão geral dos estudos sobre grupos 
Definição de grupo 
Pichón-Rivière: conjunto de pessoas movidas por 
necessidades semelhantes que se reúnem em torno 
de uma tarefa específica (objetivo do grupo) 
↠ A noção de grupo envolve ter um objetivo em 
comum que só pode ser atingido em grupo 
↳ objetivo em comum que só pode ser 
atingindo se as pessoas estiverem nesse coletivo 
 
↠ No movimento de realizar a tarefa ou atingir o 
objetivo, as pessoas deixam de ser um agrupamento 
para tornarem-se participantes de um grupo 
↳ no grupo, cada participante comporta-se, 
fala, silencia, defende seus pontos de vista de 
forma individual, construindo sua identidade. 
↳ não deixamos de ser individuo porque 
estamos em um grupo - a individualidade vai se 
adaptar e depender do contexto que o grupo está 
inserido 
Importância de conhecer objetivos: 
↠ Ao falar de grupos, a atenção se volta para o 
objetivo do grupo, por isso é importante analisar: 
- como o objetivo foi estabelecido 
- As interações entre o objetivo grupal e os 
objetivos dos indivíduos 
↳ às vezes conflitos começam a surgir porque 
as pessoas deixam de ter aquele objetivo que é 
comum ao grupo 
 
- Como os objetivos do grupo e individuais 
influenciam na tomada de decisão e funcionamento 
do grupo 
- As insatisfações e angústias quando há 
inconsistência entre objetivos individuais e objetivo 
grupal 
↳ sensação de não pertencimento ao grupo 
(possivelmente os objetivos individuais e grupais 
estão se distanciando) 
- Que os objetivos são dinâmicos 
↳ por mais que estabeleçamos objetivos únicos, 
eles são fluidos, as coisas podem mudar, o grupo 
pode passar a pensar diferente. Essa mudança na 
forma de ver as coisas pode ser colocada em 
discussão com o grupo, podendo assim mudar os 
objetivos coletivamente 
 
↠ Há dois níveis distintos para entender como os 
objetivos afetam o funcionamento do grupo : 
(1) foco na tarefa – no objetivo em si, na questão 
mais prática, no que precisa fazer pra atingir esse 
objetivo 
(2) socio-emocional – nível interacional, como as 
pessoas se sentem nesse coletivo? Como as pessoas 
interagem? Quais as reações presentes? 
↠ A importância dos níveis se dá pelo contexto, 
algumas tarefas podem demandar de um ou de 
outro 
↳ ex: local de trabalho, o nível da tarefa 
funciona mas o nível socioemocional não é 
trabalhado (não é necessário gostar/amar as 
pessoas com quem se trabalha) ; 
 
GRUPO E EQUIPE 
equipe 
↠ Conjunto de pessoas que buscam um objetivo 
comum, claro e especificamente formulado. Cada 
um se esforça, individualmente, no cumprimento de 
sua tarefa de acordo com o objetivo maior. 
 
 
↠ Buscam um objetivo em comum que é bem 
especificado, cada um se esforça individualmente, 
cumpre sua tarefa de acordo com o objetivo maior 
↠ possui funções pré-definidas e assumidas: 
responsabilidades e atribuições são claras 
↳ cada um tem uma função e todo mundo sabe da 
função do outro 
↳ equipe é um tipo de grupo, um grupo com 
funções estabelecidas 
 
↠ As divisões de responsabilidades e atribuições 
são claras. O foco dessa definição está na 
responsabilidade pelo cumprimento das atribuições 
que levarão ao alcance dos objetivos comuns. 
↠ A definição de equipe é importante, por 
exemplo, para o contexto organizacional 
↳ às vezes há problema para atingir um objetivo 
no grupo porque não esta se definindo e assumindo 
corretamente as funções 
 
INGRESSO NO MUNDO SOCIAL 
↠ Ao nascer a criança é inserida em um mundo 
social que ela não participou da construção 
↳ quando chegou já estava tudo pronto, já havia 
uma forma de funcionar 
 
↠ O mundo social é o modo de organização 
econômica, política, judiciária, educacional de uma 
cultura – quando nascemos tudo isso já está posto 
 
↠Instituições como família, escola, igreja (refletem 
esse modo de organização) 
↠ Inserção social significa adoção das normas de 
funcionamento desses grupos 
↳se encaixar/ajustar as normas é ser um ser social 
(as normas podem ser modificadas, mas primeiro é 
preciso se inserir no grupo e assumir as normas) 
 
↠ O grupo é o lócus de ação das determinações e 
normas sociais sobre o comportamento dos 
indivíduos 
↳ é dentro do grupo que as normas sociais atuam 
INSTITUCIONALIZAÇÃO: sempre que há uma 
padronização de um determinado hábito na 
sociedade de forma a garantir sua reprodução entre 
os demais indivíduos. 
↳ quando todos seguem a mesma regra, quando 
todos estão padronizados, há uma institucionalização 
↳ estudantes da UNIVASF são institucionalizads: há 
uma forma especifica de se comportar que estão 
relacionados com a universidade; 
↳ É uma padronização mais ampla - quando uma 
quantidade maior de indivíduos seguem a mesma 
regra, e essa institucionalização é reproduzida 
(estudantes saem e outros vão entrando e se 
comportando de acordo com a padronização) as 
normas permanecem relativamente inalteradas 
 ↳ são relativamente estáveis e se mantém ao 
longo do tempo 
↳ quanto mais duradouras as instituições, mais 
forte a institucionalização que ela promoveu na 
sociedade 
TIPOS DE GRUPO 
Primário – primeiro grupo que a criança interage 
↳Família (biológica ou adotiva) 
 
Secundário 
↳ Grupos de trabalho, de estudo, instituições 
* Importante saber com quais grupos irá intervir 
↠ Normalmente (não é regra) os grupos primários 
tendem a gerar normas e formas de 
funcionamento/comportamento mais arraigadas que 
grupos secundários – devido ao maior tempo de 
convivência 
 
 
↠ Os grupos secundários com o passar do tempo 
tendem a assumir uma importância maior do que o 
grupo primário 
↠ É normal que os grupos se alternem em termos 
de importância 
↠ Em cada um deles desempenhamos diferentes 
papéis que constituem nossa identidade – postura 
que assumimos em um determinado contexto (que 
pode não funcionar da mesma forma em outro) 
↳ Aquele que suporta situações difíceis 
↳ Aquele que sempre diverge 
↳ Aquele que se deixa levar por reações emocionais 
↳ Aquele que faz a mediação de conflitos 
 
↠ Pode ser um problema no grupo que se está 
intervindo – pessoas tendo que agir diferente do 
papel cristalizado que possui 
COESÃO 
↠ Desejo ou pressão sobre os membros de um 
grupo para permanecerem nesse grupo. 
↳ pode ser percebida pelo indivíduo enquanto 
membro do grupo, e pode ser percebida na pressão 
que os outros exercem em relação ao individuo 
 
↠ A coesão afeta a satisfação dos membros, a 
influência exercida sobre os membros, a 
comunicação e produtividade do grupo 
 ↳ há mais satisfação em grupos que o individuo 
percebe maior coesão – se sente pertencente 
↠ A coesão afeta algumas variáveis, mas também 
é afetada por outras 
↳ Importante conhecer as variáveis que afetam a 
coesão, caso esta esteja sendo problemática no 
grupo 
↳ É afetada pelo sucesso do grupo e também pela 
quantidade e qualidade das interações 
↳ grupo bem sucedido > coesão se torna maior 
 
↠ A coesão é maior quando existem mais valores 
em comum entre os membros.↠ Tamanho do grupo e sexo: grupos menores e 
com membros do mesmo sexo tendem a maior 
coesão 
↳ grupos muito grandes > menor coesão 
↳ grupos menores > maior coesão 
 
↠ Desvantagem da coesão: pensamento grupal 
↳ Intensa união no grupo faz com que eles se 
tornem pouco críticos 
 
COOPERAÇÃO 
↠ Associação de pessoas trabalhando juntas em 
prol dos objetivos 
↠ Ação conjunta de dois ou mais indivíduos afim 
de influir nos resultados de uma ou mais pessoas 
 
FORMAÇÃO DE NORMAS 
↠ Todo grupo precisa estabelecer normas para 
poder funcionar adequadamente 
 
 
↠ As normas não são necessariamente explícitas, 
mas são partilhadas e seguidas pelo grupo 
 
↠ Grupos com pouca coesão: dificuldade para 
estabelecer normas, devido a multiplicidade de 
interesses 
 
LIDERANÇA 
↠ Fenômeno decorrente da interação entre os 
participantes e dependente dos objetivos e do clima 
do grupo 
↳ Liderança autocrática: centralização do 
poder por coerção 
↳ Liderança democrática: decisão se dá pela 
maioria, o líder é apenas um representante 
 
 
↳ Liderança permissiva: não há 
efetivamente ação de liderança 
 
STATUS 
↠ Prestígio desfrutado por um membro do grupo 
↳ Status subjetivo: como a pessoa percebe 
 ↳ Status social: como o grupo percebe 
 Podem não ser correspondentes 
 
PAPEL SOCIAL 
↠ Modelo de comportamento definido pelo grupo 
↠ Não há um bom funcionamento sem estabelecer 
papeis para seus integrantes 
 
O estudo dos processos grupais 
↠ O interesse pelos processos grupais inicia-se nas 
primeiras décadas do século XX. Os pioneiros nestes 
estudos foram os americanos, seguidos dos 
europeus. No Brasil o interesse só é formalizado 
(ensino formal) em poucos grupos nas últimas 
décadas do século XX.. 
principais autores 
↠ John Pratt, registrou a utilização, pela primeira 
vez, do recurso de agrupar pessoas para tratamento 
em instituições, o método de “classes coletivas” 
↳ Consistia em uma aula sobre higiene e os 
problemas da tuberculose seguida de perguntas dos 
pacientes e discussão com o médico. Os pacientes 
mais interessados na aplicação das medidas 
poderiam sentar-se nas primeiras fileiras. 
↳ Este modelo serve de referência a diversas 
organizações similares, a exemplo dos “Alcoólicos 
Anônimos”, fundada em 1935 
 
↠ Floyd Allport (1920) se preocupava com os 
efeitos dos grupos nos comportamentos individuais. 
Expoente da psicologia social cognitiva, investigava o 
comportamento, pensamento e sentimento dos 
indivíduos no contexto social 
↳ Disciplina objetiva de base experimental e focada 
no indivíduo em contextos sociais – Propunha 
experimentos pra investigar como o contexto social 
interfere nos comportamentos individuais 
 
↠ Freud não realizou nenhum trabalho 
diretamente com grupos, mas previa que as normas 
sociais e os aspectos culturais têm influências 
sobre os indivíduos e seus grupos 
 
* Em 1905: Totem e Tabu – questões culturais que 
atravessam o individuo 
* Em 1921: Psicologia das massas e análise do ego 
↳ Revisão sobre a psicologia das multidões: 
comportamentos em grupo podem não acontecer 
isoladamente 
↳ Processos identificatórios (projetivos e 
introjetivos) que vinculam as pessoas 
↳ Lideranças e forças que influem na coesão e 
disrupção dos grupos 
↠ Moreno (1930) criou a expressão “terapia em 
grupo” 
↳ Propiciou o desenvolvimento do psicodrama: 
conflitos interpessoais são dramatizados 
 
↠ Kurt Lewin (1936) iniciou os estudos sobre o 
campo social 
↳ para ele o grupo é um campo de forças cuja 
dinâmica resulta da interação entre os 
componentes em um campo ou espaço psicossocial 
↳ forças que atuam na coesão e da disrupção 
(como as pessoas se separam) 
↳ influenciado pelos princípios da Gestalt – todos 
os indivíduos por mais ignorados influenciam seu 
grupo e são por ele influenciados; composição do 
grupo assuma uma identidade grupal (o todo é 
diferente da soma das partes) 
 
 
 
↠ Enriquez (1990) e Pichon-Riviére (1998): 
propõem a diferença entre grupo e somatório, 
reunião ou grupamento de pessoas. 
 
↠ Zimmerman e Osório (1997) classificaram o 
grupo quanto à finalidade: 
o Grupo operativo: Educativo ou 
psicoeducativo: objetivos variados e pré-
definidos com metodologia estruturada. 
Atividades mais planejadas com inicio e fim 
determinados. 
o Grupo psicoterápico – mais livre, e o 
conteúdo a ser trabalhado depende do que 
o individuo leva no encontro. Muito mais 
imprevisível que os grupos operativos que já 
possuem atividades propostas. 
É menos estruturado e pode ser embasado 
em abordagens diferentes. 
↠ Minicucci: Técnicas de dinâmica de grupo em 
diversos contextos. 
↳ Técnicas grupais ou trabalho de grupo: meios, 
métodos ou processos utilizados para alcançar os 
objetivos propostos pelo grupo 
 
↠ Skinner dedicou grande parte das suas 
produções para fenômenos sociais (comportamento 
humano no contexto social) e estudou temas como: 
↳ O comportamento das pessoas em grupo 
↳ Agências controladoras: governo e lei, religião, 
psicoterapia, controle econômico, educação 
↳ Controle do comportamento por meio da cultura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo feito por @estudepsi (Andressa Freire) 
 
 
Comportamento social, cultura e agências de controle 
 
▸ Falar de processos grupais é falar de fenômenos 
sociais. 
▸ Fenômenos sociais afetam um grande numero 
de pessoas e não são resolvidos pela mudança de 
comportamento de apenas uma pessoa. 
▸ Problemas sociais envolvem: violência, corrupção, 
descaso por poder público, desmatamento, crise 
hídrica, guerras, terrorismo 
▸ Tentativas de resolver: novas leis, fóruns, acordos 
internacionais, cassação de mandatos de políticos, 
etc. 
↪ Tentativas tem caráter mais reativo do que 
proativo – caráter mais imediatista, tentar resolver o 
problema de uma forma rápida, mesmo que seja 
paliativo, mesmo que em longo prazo continue da 
mesma forma ou só piore 
 
▸ Os problemas sociais apenas mudam de 
configuração/apresentação, mas em termos 
funcionais são os mesmos de anos atrás 
 
▸ Os problemas sociais derivam de nossas práticas 
culturais – como aprendemos a ser, a agir, a pensar 
▸ A psicologia fracassa no enfrentamento desses 
problemas 
↪ foco nos impactos desses problemas sobre a 
subjetividade do ser (não é suficiente para realizar 
mudança, é necessário ampliar as mudanças para o 
contexto sociocultural) 
↪ pouca aplicação de conhecimento sobre 
comportamento humano (como a gente funciona, 
com a gente aprende, como tomamos decisão) para 
melhorar convivência e garantir nossa sobrevivência 
e do planeta 
↪ tentativas incluem muito discurso e pouca 
prática 
exemplo: declaração dos direitos humanos da ONU, 
é garantido na prática mas não acontece na 
realidade. 
↪ Sabemos exatamente como seria um mundo 
melhor, mas não sabemos como colocar em prática 
▸ As mudanças são tão grandes que não sabemos 
pode onde começar - o que fazer para separar 
nosso lixo? respeitar o limite de velocidade? agir em 
benefício da sociedade e não próprio (no caso de 
políticos por exemplo.)? incluir pessoas que são 
segregadas da sociedade (pessoas com transtornos 
mentais, população carcerária, etc)? usar transporte 
coletivo? 
▸ Mudar realidade social requer mudança de 
comportamento e não só de discurso! 
↪ primeiro devemos entender o que é que 
fazemos, porque fazemos e como podemos mudar 
isso 
 
▸ Necessidade de conhecer como práticas culturais 
surgem, são fortalecidas, modificadas ou extintas é 
o início da mudança 
↪ entender para lidar com aquilo e tentar 
promover uma mudança. 
 práticas culturais 
▸ Praticamente tudo o que fazemos tem influencia 
de práticas culturais e os grupos fortalecem as 
práticas culturais. 
 
 
 
▸ Envolvem interações de comportamentos de 
diversas pessoas e processos que perduram no 
tempo mesmo com a total substituição das pessoas 
 ↪ É mantido pelo entrelaçamento de 
contingências individuais e pelo produto agregado 
 
▸ Envolve aprendizagem social que influencia na 
nossaforma de se comportar. 
 
▸ Exemplos de práticas culturais: 
↪ Produzir um artefato / produto - Aprendemos 
com os outros, com o que os outros fazem. 
 ↪ Querer saber quem é o novo namorado, de qual 
família ele é, onde ele mora, etc, é um resquício da 
prática familiar de constituição de família, dos 
casamentos arranjados, por exemplo. 
↪ Barganha e pechincha varia de cultura para 
cultura 
 
▸ Práticas culturais envolvem comportamentos 
verbais: regras, crenças e valores sociais: 
↪ Não roubar, ajudar a quem precisa, respeitar os 
mais velhos 
▸ Podem ser aprendidos desde a infância pelas 
histórias infantis 
▸ Envolvem não só controle antecedente (regras, 
relatos, opiniões), mas também controle 
consequente, a reação do grupo ou sociedade: 
quando a gente age ou não de acordo com as 
regras, crenças e a valores 
 Controle antecedente: saber o que o grupo 
está dizendo que é correto 
 Controle consequente: é muito importante! 
Não adianta ensinamos algo se o que está 
sendo valorizado é diferente do que foi 
ensinado. 
↪ ensinar que devemos nos amar da forma que 
somos, mas na realidade existe um padrão de 
beleza que é supervalorizado. 
 controle social 
▸ Quando pessoas manipulam variáveis que afetam 
o comportamento de outro indivíduo 
↪ nosso comportamento é uma variável que afeta 
o comportamento do outro: uma postura corporal, 
uma fala 
↪ isso acontece o tempo inteiro dentro dos grupos. 
SITUAÇÕES DE CONTROLE SOCIAL MAIS 
PROBLEMÁTICAS 
▸ Situações de competição: em que membros de 
um grupo competem por recursos limitados (o que 
é reforçador para um, é aversivo para o outro – 
quando um ganha, o outro perde) 
↪ exemplo - competição por vagas em 
universidades, situações de guerra entre países 
 
CONTROLE SOCIAL PELO GRUPO 
▸ Controle social pelo grupo = grupo controlando o 
individuo 
▸ Comportamento do indivíduo é punido ou 
reforçado pelo grupo dependendo da produção de 
reforço ou punição para o grupo, contingente ou 
acidental. 
 acidental: as vezes acontecem coisas que 
não foram nossa responsabilidade. Quando 
algo que o grupo reforça ou pune na gente 
aconteceu por outros motivos e não pelo 
nosso comportamento. 
 Contingente: quando é 
dependente/influenciado pelo nosso 
comportamento 
▸ O grupo pune ou reforça o comportamento dos 
indivíduos a depender do que é reforçador ou 
aversivo para o grupo. 
 
 
▸ Exemplo: uma pessoa de um grupo religioso que 
orienta alguém a casar com uma pessoa 
↪ se ela não se casa, isso vai contra a 
orientação/norma/regra do grupo religioso > é 
aversivo para o grupo, então o grupo vai puir de 
alguma forma o comportamento do sujeito. 
↪ se ela se casa, seguindo a orientação da igreja, 
esse comportamento vai fornecer aprovação do 
grupo religioso. 
 
▸ Um comportamento tradicionalmente reforçado 
ou punido pelo grupo pode permanecer assim 
mesmo tempos depois de perder seu poder 
reforçador ou punidor para o grupo 
▸ Algo que foi importante para o grupo lá atrás 
não é mais!! Possibilidade de intervenção. 
▸ Controles que foram importantes em algum 
momento no passado, mas que quebra-los 
atualmente pode não produzir estimulação aversiva 
pra ninguém. – mas não quebramos, aprendemos 
que é de tal jeito 
▸ Outro exemplo de controle pelo grupo: 
situações que podem produzir reforços no curto 
prazo mas punição no longo prazo, como grupo de 
amigos que desenvolve uso abusivo de substâncias 
 agências de controle 
▸ Dentro do grupo, agências de controle manipulam 
conjuntos de variáveis específicas e são mais bem 
sucedidas em controlar o comportamento dos 
indivíduos: avaliam e liberam consequências para 
comportamentos individuais. 
↪ são muito mais fortes para controlar o 
comportamentos dos indivíduos nos pequenos 
grupos [maior eficácia na gerência do 
comportamento] 
↪ cada agencia faz um julgamento diferente, que 
representa sua forma se controlar o comportamento 
 Governo: legal/ilegal 
 Religião: bem/mal 
 Psicoterapia: prejuízo/benefício 
 Economia: ganhos/perdas 
 Educação: certo/errado 
▸ Agências de controle diferentes estarão lidando 
com questões e com julgamentos diferentes 
▸ As agências de controle atuais são 
presumivelmente versões evoluídas de práticas 
culturais cujos efeitos foram benéficos para as 
culturas que as promoveram 
▸ Importância em saber a forma que agências 
exercem seus controles e quais os efeitos desse 
controle no comportamento dos controlados 
(contingências). 
↪ as decisões das agencias de controle sempre 
vão interferir/afetar nos pequenos grupos. 
▸ Práticas culturais de agências controladoras 
produzem reforçadores para comportamentos que, 
por sua vez, produzem reforçadores para a agência 
↪ Exemplo: estimular a jogar na loteria 
 
▸ Práticas culturais vão produzir consequências 
imediatas (de curto prazo) e consequências a longo 
prazo (própria sobrevivência da prática) 
↪ Professores universitários ensinam alunos 
[consequência imediata] e assim fortalecem 
importância e credibilidade da profissão (entre 
outros reforçadores) [longo prazo] 
* Para manter as praticas culturais, as 
consequências imediatas são mais importantes!!! 
 
GOVERNO 
▸ A principal função das agências governamentais 
atualmente, é a restrição do comportamento dos 
membros de grupos sociais. 
 
 
▸ A principal forma de controle pelo governo se dá 
por punição ou reforçamento negativo 
▸ Exemplos: 
• Apresentação de punidores: multas 
• Remoção de reforçadores: restrição de liberdade 
• Remoção de punidores: isenção de impostos para 
atrair investimentos 
 
▸ Entretanto, eventualmente, os governos recorrem 
ao controle por reforçamento positivo – geralmente 
relacionados a noção de justiça social e programas 
sociais 
 
MÍDIA 
▸ Controla comportamento divulgando informações 
e produzindo o conhecimento socialmente produzido 
 ↪ o que sabemos dos fatos é proveniente do que 
é divulgado 
Os controlados são os consumidores da informação 
que ficam sob controle de uma realidade 
construída, sem contato direto com o ambiente, 
sendo passíveis de manipulação. 
▸ Algumas informação não chegam ate nós! 
↪ Através do que é selecionado para ser veiculado, 
da censura e da veiculação de informações 
distorcidas [forma de controle da mídia] 
 ↪ essa seleção do que é divulgado também 
define a construção do saber social – o que temos 
acesso em termos de informação 
↪ o poder da mídia é potencializado quando não 
há como o indivíduo verificar a informação (por 
meio de outra fonte de informações ou por meio do 
contato direto com o ambiente) 
 ↪ dificilmente temos essa informação e que algo 
realmente aconteceu 
▸ O controle da mídia envolve tatos acurados (1) , 
tatos distorcidos (2) e intraverbais (3) 
1. Observa algo e descreve de forma acurada, 
o que de fato aconteceu. 
2. Uma informação que vai distorcer a 
situação que foi vivenciada (não recorda ou 
intencional) 
3. Resposta verbal sobre controle de outra 
resposta verbal e não por algum fato que 
aconteceu. 
▸ A mídia é uma grande formadora de opinião, 
ditando padrões, comportamentos, regras... 
INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA 
▸ Para Skinner, é mais uma forma de exercer 
controle social. 
▸ Controle pelo grupo social: ao longo da vida, os 
grupos restringem alguns comportamentos que são 
necessários de serem restringidos, mas, esse 
controle é tão intenso que acaba restringindo 
comportamentos que não são necessários de serem 
restringidos. 
▸ Esse processo de restrição gera alguns 
subprodutos (que não é intenção do grupo gerar 
aquilo), . 
↪ alguns prejudiciais para o indivíduo e para o 
grupo quando o controle é excessivo ou 
inconsistente 
↪ controle social equilibrado é fundamental nos 
grupos, o problema são os extremos. 
 
* Exemplos: 
• Fuga: descrença como fuga do controle religioso 
• Revolta: vandalismo e destruição da escola como 
fuga do controle educacional 
• Resistência passiva: greve de empregados como 
fuga do controle do empregador▸ Formas de reagir ao controle da agencia 
controladora – contracontrole. 
 
 
 
▸ Campo da intervenção psicológica envolve esses 
produtos do controle social que incapacitam o 
indivíduo ou que sejam perigosos para ele ou para 
outros > é com isso que o psicólogo lida 
▸ O controle social produz efeitos no campo da 
emoção enquanto respondente e no campo do 
comportamento operante. 
e m o ç ã o: 
▸ Ansiedade: estímulos pré-aversivos presentes ou 
relacionados com situação aversiva 
▸ Vergonha, culpa ou sentimentos de pecado: 
variáveis motivacionais que reduzem probabilidades 
de comportamentos de contracontrole. 
▸ Ira e raiva: emoções que acompanham a revolta 
▸Variável motivacional para agir agressivamente 
contra o agente controlador ou outras pessoas e 
coisas 
▸Depressão: emoções presentes na resistência 
passiva 
▸ Mal humor, indiferença e tédio 
* Grande maioria de emoções desagradáveis são 
geradas por controle social do grupo ou das 
agências controladoras religiosas ou governamentais 
(quando ocorre de modo intenso) 
c o m p o r t a m e n t o o p e r a n t e 
 
Controle por estímulos deficiente 
▸Após punição severa o indivíduo pode emitir 
respostas discriminativas deficientes ou inexatas 
▸ Pode se recusar a encarar a situação, mesmo 
sem se dar conta disso 
▸ Pode reagir de forma atípica a uma situação 
como evitação do controle 
 
 
Autoconhecimento deficiente 
 ▸ Não consegue perceber o quanto seu 
comportamento está sendo prejudicial pra si mesmo 
▸ O indivíduo pode reagir de forma deficiente aos 
estímulos gerados pelo seu próprio comportamento 
▸ Interpreta como competência e bravura algumas 
atitudes para fugir dos efeitos da punição por 
incompetência e covardia (se julgar como 
competente para encobrir algo que não conseguiu 
fazer) 
▸ Delírios de grandeza (pensamentos 
extremamente reforçadores) podem ser eficientes 
em disfarçar a estimulação aversiva advinda de 
sentimentos de culpa e vergonha 
▸ Autoestimulação aversiva - o indivíduo se 
prejudica ou contribui para que outro o prejudique 
▸ Autoestimulação aversiva é menos aversiva que 
a culpa, vergonha ou ansiedade provocados pela 
sinalização da punição iminente 
proposta da psicoterapia 
▸ Lidar com subprodutos do controle social 
extremo – não é atuar sobre os sintomas 
diretamente e sim sobre as contingências das quais 
o comportamento é função. 
↪ Controle muito frouxo: intensifica o controle 
para a pessoa aprender a lidar com alguns limites 
 
▸ Promove novas contingencias para o individuo 
aprender o que a historia de vida não ensinou 
 ▸ Função de intervenções psicológicas: reconhecer 
controle nas interações entre pessoas e entre 
pessoas e grupos 
▸ Amplia conhecimento sobre situações sociais – é 
necessário conhecer para além do que acontece 
 
 
dentro do grupo, pois afetam na forma que o grupo 
funciona 
▸ Contribui para relações mais saudáveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•Função do psicólogo que trabalha com 
grupos 
▸ Gerar oportunidade para que o autoconhecimento 
aconteça, tanto a nível individual como grupal. 
▸ Levar o grupo a conhecer seus processos de 
funcionamento: relações estabelecidas, formas de 
resolver problemas, etc 
▸ Ensinar grupo a realizar análises dos 
comportamentos comuns no grupo, aprendidos em 
grande parte por modelação e modelagem dentro 
ou fora do grupo 
▸ Explicitar formas de controle prejudiciais aos 
objetivos do grupo 
▸ Explicitar controles exercidos por outros grupos 
(educação, governo, diferentes setores em uma 
organização, religião, cultura) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÕES DE EXPLORAÇÃO, 
COMUNICAÇÃO E HABILIDADES SOCIAIS 
n a s r e l a ç õ e s g r u p a i s 
 
▸ Somos seres altamente sociais e culturais 
▸ Nas relações sociais, muito de nossa 
estimulação, reforço e punição provêm uns dos 
outros: assim como em outras espécies. 
↪ muito do que mantém nosso comportamento 
vem de outras pessoas (mediadas socialmente). 
 
▸ A cultura nos diferencia de outras espécies 
↪ nós aprendemos e ensinamos por meio de 
arranjo de contingências, por modelação e 
reforçamento social. 
 
 ▸Gerenciamento e governo reflete uma forma 
social do comportamento humano. 
RELACIONAMENTO OU RELAÇÃO 
▸ Existe quando há interações frequentemente 
repetidas. 
↪ Relações familiares 
↪ Frequentar sempre o mesmo bar, conhecer 
garçons e frequentadores 
 
▸ As relações podem classificadas em mais 
amplas ou mais restritas 
↪Mais amplas: na medida que se percebe mais 
variação, mais diversificação nas ações e nos 
reforçadores (o que mantém a relação) 
 
▸ Quanto mais ampla a relação, mais qualidade 
ela possui. A maior diversidade de reforçadores 
(de qualidade, não apenas de quantidade) 
favorece maiores vínculos. 
▸ Baixa qualidade e quantidade dos reforçadores 
diminui a probabilidade da manutenção das 
relações. 
 
Comprar pão sempre na mesma padaria, mas as 
interações envolverem só cumprimentos e algumas 
trocas de palavras – variação menor em termos de 
comportamentos e reforçadores 
≠ 
Relacionamento conjugal, que envolve vários 
comportamentos e interações necessárias para o 
casal. (contato sexual, cuidar dos filhos, ter 
objetivos em comum, sair juntos, etc) 
 
 
igualdade ou desigualdade 
 
▸ Relações de igualdade: quando interações 
incluem atos e reforçadores de mesmo tipo para 
ambas as partes. 
↪ Irmãos afetuosos que tomam emprestado e 
emprestam um para o outro 
▸ Relações de desigualdade: sobreposição de atos 
e reforçadores não existe ou é pequena. Troca de 
reforçadores é diferenciada. 
↪ O legislador faz leis, o cidadão as segue▸ 
Essas análises das relações se aplicam a: 
 
 
 
 Indivíduos > indivíduos 
 Indivíduos > instituições (cidadão e 
legislação) 
 Instituições > instituições (governo e 
universidade) 
▸ Quaisquer que sejam as pessoas que 
desempenham papéis institucionais, as relações de 
reforço permanecem as mesmas. - existe uma 
regularidade nas funções 
 
reforço mútuo 
▸O reforço mútuo é a chave para todo o 
relacionamento – é o que mantém a relação 
▸ Em qualquer relação, por mais injustas que 
sejam, existem reforçamento mútuo. 
↪ Se está no relacionamento, existe 
reforçamento. Qualquer comportamento que 
ocorre está sendo mantido de alguma forma. 
 
▸ Em qualquer relação, inclusive entre indivíduos 
e instituições, todos os envolvidos devem se 
beneficiar de seu funcionamento para que seja 
mantida 
↪ envolve reforços que afetam comportamento 
do indivíduo e reforços que afetam 
comportamento da instituição 
↪ exemplo: pessoa que faz empréstimo em banco 
é beneficiada porque precisa do dinheiro, mas 
também beneficia ao banco por meio do 
pagamento de juros 
↪ nessa situação envolve igualdade em termos de 
reforço (o reforço nos dois casos é o dinheiro), 
mas envolve iniquidade, pois a pessoa sai mais 
prejudicada 
 
exploração 
▸ A relação de exploração é necessariamente 
uma relação de iniquidade 
▸ Iniquidade só é contactada quando alguém sai 
muito prejudicada daquele tipo de arranjo da 
situação. 
* Desigualdade não implica iniquidade: 
desigualdade é diferença no tipo de reforçador, 
iniquidade é na quantidade e qualidade de 
reforçador. 
▸ Exploração é uma Interação com reforço 
mútuo, porém com iniquidade de reforços > uma 
pessoa é muito mais favorecida do que a outra, há 
uma injustiça de benefícios dos reforçadores. 
▸ A relação de exploração é uma relação de 
iniquidade intensa, que envolve prejuízos em longo 
prazo. 
▸ Governo pode implementar medidas para 
proteger cidadãos dessas situações de exploração 
↪ Carga horária para o trabalhador, leis contra 
trabalho infantil 
▸ Envolve reforçamento para ambas as partes 
▸ Para o explorado, o reforçamento é maior no 
curto prazo e a punição é maior no longo prazo 
↪Punição é postergada e gradualmente 
cumulativa: torna difícil a identificação 
↪ envolveconsequências atrasadas > que não 
controlam o comportamento 
↪ exemplo: trabalho infantil - Situação vantajosa 
para a criança no curto prazo, mas desvantajosa 
no longo prazo pois impede acesso a brincar e 
estudar, importante para inserção social e no 
mercado posteriormente 
▸ Na exploração, em curto prazo há reforçadores 
que mantém a relação. No longo prazo o prejuízo 
vai se acumulando para o explorado. 
▸ Um bom explorador fornece reforçadores para 
que o explorado não se perceba em uma relação 
de exploração > situação do escravo feliz. 
 
 
↪ Escravo feliz: se compara consigo mesmo em 
uma situação anterior, mas não se compara com o 
patrão que tá ganhando lucros absurdos naquela 
situação. 
↪ pior que coerção, pois a pessoa pode se sentir 
contente a curto prazo e só descobrir a exploração 
muito tempo depois quando já está muito 
prejudicada (e se descobrir!) 
▸ O contexto maior permite identificar que a 
pessoa está numa relação de exploração. 
↪A comparação com outras pessoas e 
experiências permite identificar as relações de 
exploração. (muito melhor para o outro do que pra 
você). 
 
REVERTER-RELAÇÕES-DE-eXPLORAÇÃO 
1º passo: identificar uma relação de exploração – 
fazendo com que a pessoa se compare, compare 
seus relacionamentos com outros, inclusive com 
quem está hierarquicamente acima. 
2° passo: identificar quais as habilidades sociais 
que a pessoa precisa para sair da relação de 
exploração 
 
HABILIDADES SOCIAIS 
▸ Repertório que inclui diferentes classes de 
comportamentos emitidos para completar com 
sucesso tarefas sociais 
↪para melhorar os vínculos que estabelecemos 
▸ Nas relações de exploração - usar habilidades 
sociais para exercer contracontrole 
▸ No cotidiano, muitas das pequenas violações aos 
direitos das pessoas não recebem acolhimento nas 
instâncias de justiça e precisam ser resolvidas no 
âmbito das relações, o que requer um 
desempenho socialmente competente. 
 
 
 
Comportamento socialmente competente ou 
habilidoso 
▸ Dentre as possibilidades de reforçamento 
disponíveis, opção que gera melhor distribuição de 
reforçadores para si e para os outros 
↪que os ganhos do relacionamento sejam mais 
comparáveis, mais próximos 
 
▸ Esse desempenho pode incluir habilidades 
específicas de expressar opinião ou desagrado, 
fazer pedidos, protestar, solicitar mudança de 
comportamento do outro, especificar 
consequências para a situação atual e para o 
equilíbrio pretendido na relação. 
 
▸ Comportamento socialmente habilidoso gera 
reforçadores para si e para outros na interação. É 
importante identificar os: 
 Estímulos discriminativos que evocam 
comportamentos reforçadores para indivíduo – 
autoconhecimento 
 Estímulos discriminativos que evocam 
comportamentos reforçadores para outros na 
interação – conhecimento do ambiente 
↪ é preciso saber o que é reforçador pra o outro, 
mas também o que é reforçador pra mim – 
identificar os estímulos discriminativos 
relacionados a esses reforçadores para buscar 
uma distribuição igualitária 
↪ Comportamento socialmente habilidoso gera a 
possibilidade de prever o comportamento do outro 
▸ Importante se atentar aos estados emocionais 
- atuam como operações estabelecedoras 
aumentando probabilidade de reforçamento ou 
punição para comportamentos de ambos 
↪motivação nos leva a encarar as situações de 
forma diferenciada 
 
 
 
Importância das habilidades sociais 
▸Desempenhos socialmente competentes estão 
correlacionados com: 
↪ relações pessoais e profissionais mais 
produtivas, satisfatórias e duradouras 
↪ Melhor desempenho acadêmico e profissional 
principalmente nas profissões que envolvem 
contato com outras pessoas (Área de saúde e 
educação), e no trabalho em equipe 
↪ Melhor saúde física e psicológica 
 
▸Habilidades de assertividade e enfrentamento 
são um fator de proteção e resiliência diante de 
fatores de risco à saúde psicológica 
 
Desempenhos deficitários em HS – 
o que não é comportamento socialmente 
habilidoso 
▸ Agressivos: atendem apenas aos próprios 
interesses 
↪faz valer apenas os próprios direitos e 
interesses, se prioriza em detrimento do outro 
▸ Passivos: atendem apenas aos interesses dos 
outros 
↪abrem mão de si 
▸ Esses desempenhos estão relacionados com 
dificuldades e conflitos nas relações com outros, 
pior qualidade de vida e transtornos psicológicos 
Déficits de aquisição 
▸ Quando a pessoa não sabe o que fazer, nunca 
fez aquilo, é uma situação totalmente nova 
▸ Falta de conhecimento sobre como agir em 
determinada situação 
▸ Inabilidade em apresentar sequência de 
comportamentos 
▸ Dificuldade em reconhecer qual habilidade 
social é requerida 
↪ Quando há déficit de aquisição, pode recorrer a 
modelagem de um comportamento – cria uma 
situação onde a pessoa precise desempenhar 
aquele papel 
Déficits de desempenho 
▸ Acontece quando o individuo sabe o que deveria 
fazer e como deveria fazer, mas não executa 
naquela situação específica 
▸ Falha no desempenho de uma habilidade social 
quando o indivíduo sabe o quê e como fazer 
▸ Pessoa pode apresentar comportamentos em 
seu repertório mas este não ocorrer em situação 
específica: 
▸ Respondentes que interagem e bloqueiam 
operantes – sentir muita raiva, alegria, tristeza 
▸ Autorregras – princípios que foram ensinados 
que é errado fazer algo 
▸ Controle insuficiente dos estímulos ambientais, 
internos ou externos ao organismo, sobre o 
comportamento 
↪ na hora a pessoa não consegue perceber que 
deveria ter falado, só depois que passou 
 
↪ não requer modelagem, a pessoa já sabe o que 
fazer, é só se expor a situação. 
 
* Importante conhecer qual o tipo de déficit para 
planejar a intervenção e se realmente é 
necessário uma intervenção. Não há necessidade 
de usar habilidades sociais sempre, apenas quando 
há algum prejuízo. 
 
 
 
Critérios de avaliação 
▸ Critérios para saber se comportamentos sociais 
são efetivos/competentes 
▸ Os critérios não são extremamente objetivos. 
Não é necessário ter todos eles. 
↪ Objetivos da interação são atingidos 
↪ Autoestima é mantida ou melhorada: atende a 
interesses do indivíduo 
↪ Qualidade da relação é mantida ou melhorada: 
atende a interesses de outros envolvidos 
↪ Maior equilíbrio de ganhos e perdas entre 
parceiros na interação 
↪ Respeito e ampliação dos direitos humanos 
básicos 
 
Tipos de habilidades sociais 
 
 Automonitoramento/autoconhecimento: 
▸ Processo pelo qual as pessoas observam e 
registram pensamentos sobre si mesmas em suas 
interações com o meio. 
↪ envolve conhecer e descrever contingências 
que afetam o próprio individuo 
 
▸ Reduzido repertório de automonitoria pode 
produzir menos reforços e está relacionado com 
dificuldade em descrever o próprio 
comportamento 
▸ Pessoas com bom repertório de automonitoria: 
↪Conhecem seu repertório de comportamentos 
públicos e privados e as contingências que os 
controlam – sei o que me afeta, sei o que me 
chateia, sei quando perco o controle 
↪ Conhecem seus recursos (potencialidades e 
vulnerabilidades) e planejam metas de acordo 
 
 
 
 
Habilidades sociais de comunicação 
▸ Verbais: Utilização de termos (adequação dos 
termos ao ambiente em que está), ordem de 
exposição de ideias 
▸ Não verbais (aprendidas por modelagem e 
ensaio comportamental): complementam, ilustram 
ou se opõem à verbal. Adquirem significados 
diferentes a depender do contexto que ocorrem: 
↪Tom de voz, contato visual, expressão facial, 
postura, gestos 
 
▸Fazer e responder perguntas: importante na 
maioria das situações e essencial para algumas 
atividades, como fazer entrevistas. 
↪ Perguntar envolve discriminação e flexibilidade 
para formular perguntas em diferentes momentos 
da interação (conhecer a hora de perguntar) 
↪Componentes como entonação e volume da voz, 
expressão facial e gesticulação podem determinar 
funções de perguntas – perguntas podem 
funcionar como pedido, sugestão,ordem 
 
▸ Dar e receber feedback: 
↪ Feedbak: Descrição verbal sobre o desempenho 
de outra pessoa 
↪ Essencial para modelagem tanto do 
comportamento do cliente/usuário quanto do 
estagiário 
 
 ▸ Gratificar e elogiar: ingrediente relevante nas 
relações sociais satisfatórias e equilibradas. 
↪ A eficiência do instrutor/professor/pais/agentes 
educativos em geral, cresce com essa habilidade. 
↪ O elogio pode ser sincero e pertinente ou 
manipulador 
↪ Receber elogio pode ser aversivo para pessoas 
tímidas devido a reações fisiológicas condicionadas 
 
 
a partir da atenção do outro ou por não acreditam 
no elogio 
 
▸ Iniciar, manter e encerrar conversação: 
• Aproximar-se no momento apropriado 
• Apresentar-se 
• Ouvir o outro e discriminar seus interesses 
• Fazer perguntas 
• Demonstrar senso de humor 
• Pedir e expressar opinião 
• Expressar sentimentos positivos 
• Fazer pedidos ou propostas 
• Apresentar feedback 
• Elogiar 
• Encerrar diálogo 
* Pessoas com dificuldades podem deixar 
encerramento por conta do outro e situações 
constrangedoras podem surgir 
 
Habilidades sociais assertivas de 
enfrentamento: direitos e cidadania 
 
▸ No cotidiano, muitas violações são resolvidas no 
nível das relações o que requer desempenho 
socialmente competente. 
 
▸ O exercício da cidadania requer: 
• Conhecimento de desequilíbrios e desigualdades 
de oportunidades (ex., relações de exploração) 
• Habilidades de organização para definir e buscar 
objetivos coletivos 
• Renunciar ao comodismo e individualismo 
• Respeito à decisão da maioria 
• Coordenação de grupos 
• Relacionamento com autoridades 
• Ações coletivas para reparar prejuízos e 
desequilíbrios nas relações entre categorias sociais 
Assertividade: Afirmação dos próprios direitos e 
expressão de pensamentos, sentimentos e crenças 
de maneira direta, honesta e apropriada que não 
viole o direito das outras pessoas. 
↪ É usualmente aplicada às situações que 
envolvem algum risco de consequências negativas. 
↪ Caracteriza um tipo de enfrentamento que 
requer autocontrole de sentimentos negativos 
despertados pela ação do outro ou a expressão 
apropriada desses sentimentos. 
↪ Defender os próprios direitos ou de outro; 
discordar; solicitar mudança de comportamento 
 
▸ Fazer, aceitar e recusar pedidos: 
↪ Mostrar ao outro o que necessita (exposição 
para o outro saber o que eu quero) 
↪Importante discriminar forma, ocasião e a 
quem é dirigido o pedido 
↪Recusar ou atender a pedidos depende também 
da avaliação da necessidade do outro, da ocasião e 
forma do pedido 
 ↪ Atender a pedidos pertinentes expressa 
solidariedade e cooperação; 
↪ Atender a pedidos abusivos expressa 
dificuldade de recusa. 
 
▸ Desculpar-se e admitir falhas: 
↪Inclui desfazer mal entendidos, diminuir 
ressentimentos e superar divergências no 
relacionamento 
↪Não inclui justificativa ou promessa de mudança 
 
▸ Expressar raiva e pedir mudança de 
comportamento 
↪ expressar emoções negativas sem alterar 
qualidade dos relacionamentos é difícil e controlar 
e reprimir sentimentos pode intensificá-los 
↪ a expressão dos sentimentos negativos deve 
ser feita de forma adequado 
↪ não se confunde com um mero desabafo e 
deve ser acompanhado de pedido de mudança de 
comportamento 
 
▸ Lidar com críticas: 
↪ receber críticas envolve: aceitar, rejeitar ou 
ignorar 
 
 
↪ avaliação para fazer ou receber críticas envolve 
-veracidade, forma, ocasião, objetivo (desabafo, 
vingança) 
↪ fazer críticas: apenas ao que é criticado, 
orientada ao comportamento e não à pessoa, 
controlar emoção excessiva 
 
Habilidades sociais empáticas 
 
▸ São exercidas como reação às demandas 
afetivas do outro 
▸ Compreender e sentir o que o outro sente, 
comunicando-lhe tal compreensão 
▸ A comunicação verdadeiramente empática pode: 
• Validar o sentimento do outro 
• Reduzir tensão 
• Fortalecer vínculos e disposição para 
partilhar 
• Recuperar autoestima 
• Intensificar comunicação 
• Predispor à análise do problema e à 
busca de solução 
 
▸ É diferente de prescrição ou conselho (reações 
pró-empáticas – atitudes conformistas) 
▸ Essencial para o trabalho do psicólogo 
 
 
Conclusão 
 
▸ Habilidades sociais são diversas e amplas 
▸ Dependentes de contexto 
▸ Pessoas normalmente apresentam algumas 
habilidades e não outras 
▸ Depende de história de aprendizagem 
▸ Não tê-las não é necessariamente é um 
problema [tudo depende da situação] 
 
 
 
 
Grupos operativos 
▸ “Todo grupo operativo é terapêutico, mas nem 
todo grupo terapêutico é operativo” ➞ os grupos 
operativos são terapêuticos por promoverem 
mudanças nos indivíduos que os compõem. 
▸ Os grupos operativos foram introduzidos por 
Pichon Rivière na década de 40. 
▸ Para Pichon, o individuo não pode ser 
considerado um ser isolado, e sim incluído dentro 
de um grupo, pois ele é resultado dos vínculos 
que estabelece com os outros. 
▸ Um grupo é o resultado da dialética entre: 
↪ a história do grupo/denominador comum 
compartilhado pelo grupo (movimento horizontal) 
↪ e a história dos indivíduos com seus mundos 
internos, suas projeções e transferências 
(movimento vertical) no suceder da história da 
sociedade em que estão inseridos. 
 
ESTRUTURA 
Depositado: Algo (conteúdo) que o grupo ou o 
indivíduo não pode assumir e o coloca em 
alguém que por suas características o aceita e 
assume 
Depositário: é aquele no qual é projetado esse 
conteúdo, aquele que recebe o que é depositado: 
bode expiatório, radar, porta voz, condensador 
Depositante: são aqueles que projetaram e 
colocaram no depositário (aquele que deposita) 
DEFINIÇÃO E OBJETIVO 
▸ Definição de grupo operativo: conjunto restrito 
de pessoas, que, ligadas por constantes de tempo 
e espaço e articuladas por sua mútua 
representação interna, propõe-se (implícita ou 
explicitamente) a uma tarefa que constitui sua 
finalidade. 
▸ Objetivo: realização da tarefa e aquisição do 
processo de aprendizagem 
↪Aprendizagem: mudança, apreensão da 
realidade de forma transformadora tanto do 
contexto como de si próprio 
↪Ocorre a partir da comunicação e interação 
entre os membros 
 
▸ A tarefa vai depender do campo operativo do 
grupo. Trata de resolver o denominador comum 
de ansiedade do grupo. 
↪ se for um grupo ensino-aprendizagem, a 
tarefa vai envolver ansiedades ligadas à 
aprendizagem. 
 
 Fatores fundamentais: 
 ▸ Vínculo: representação subjetiva de cada um 
dos membros sobre si e sobre os outros, 
construída na interação 
↪ Existe vínculo quando o outro deixa de ser 
ignorado e passa a fazer parte do nosso 
pensamento, preocupação, lembrança, fala e 
interesse 
 
 
 
Momentos de um grupo operativo 
▸ É a trajetória percorrida pelo grupo para 
alcançar seus objetivos. 
▸ Pré-tarefa: grupo trabalha resistências ao novo 
e às mudanças necessárias 
↪ É onde predomina as ansiedades e medos 
frente ao desconhecido que são obstáculos para 
“entrar na tarefa”. 
↪ Há também a dissociação entre agir, sentir e 
pensar. 
 
▸ Tarefa: Constitui no organizador dos processos 
de pensamento, comunicação e ação entre os 
membros. 
↪ É o momento onde os medos que alicerçam 
as resistências são trabalhados. 
 
▸ Projeto: A tarefa leva a construção do projeto, 
que é o propósito original do grupo, motivo para 
início da interação. 
↪ Tem o objetivo de mudar as formas 
estereotipadas de funcionamento e a integração 
entre o agir, o sentir e o pensar. 
↪ Nessa fase o grupo planeja suas ações 
futuras com base nas aprendizagens advindas do 
grupo 
 
Composição: 
▸ Facilitador ou coordenador: 
• Cria condições que facilitem o processo e a 
tarefa, cuidando da comunicação e da superação 
das dificuldades na realização da tarefa 
• Pensa junto com o grupo, integra o pensamento 
grupal, facilitando a comunicação 
• Indaga e problematiza, estabelecendo algumas 
articulações entre as falas e os integrantes, 
sempre direcionando o grupo para a tarefa 
comum• Explicita reações grupais para flexibilizar o 
grupo 
• Observa os estados e climas do grupo para uso 
de suas reflexões e interpretações. 
• Conduz grupo à coerência entre atitudes e 
relatos 
▸ Observador ou relator: observa, sistematiza e 
registra falas e ocorrências 
▸ Integrantes: protagonistas na realização da 
tarefa 
 
▸ Diferenças individuais e falta de recursos para 
lidar com as diferenças pode dificultar a 
comunicação entre os membros 
↪ É importante que o facilitador desempenhe 
bem o seu papel para facilitar o processo. 
 
▸ O enquadramento ou contrato é importante 
para manter a coesão do grupo. 
↪ Pontos importantes para a convivência são 
levantados pelos membros: respeito à fala e 
opiniões, tempo de duração, dias e horários dos 
encontros 
 
 
 
Grupos terapêuticos 
 
▸ Diferente dos grupos operativos, nos grupos terapêuticos não existe uma tarefa/objetivo delimitada a 
priori na formação do grupo – trabalha-se com toda a demanda que aparece no grupo e tem uma 
perspectiva terapêutica (discutir e compartilhar questões pessoais e aliviar sintomas). 
▸ Objetivos são formulados na interação grupal 
↪Critérios de inclusão precisam ser definidos para garantir coesão 
 
▸ Conteúdos abordados nos encontros relacionam-se à maior amplitude de experiências vividas pelos 
membros 
↪ Dependendo da abordagem, terapeuta pode introduzir conteúdo 
 
▸ Pode ter embasamento em abordagens diferentes. 
↪ Em qualquer abordagem, a validação e expressão saudável de sentimentos é trabalhada 
↪ O papel do psicólogo é de fortalecer a expressão dos sentimentos 
 
▸ É um grupo de organização mais livre, e o conteúdo trabalhado depende do que cada individuo leva 
para o grupo. 
 
▸ É muito mais imprevisível do que o grupos operativos, vistos que estes já possuem atividades pré-
estruturadas. 
▸ A função do grupoterapeuta envolve fazer perguntas que provoquem reflexões nos integrantes, 
assinalar contradições nas falas trazidas, possibilitar aos membros novas alternativas de posicionamento e 
promover insights que resultem em mudanças internas e na conduta exterior. 
▸ Além disso, o psicólogo em um grupo terapêutico precisa gostar do grupo, ser verdadeiro, ter empatia, 
saber se comunicar, não ter medo de se envolver afetivamente – sem no entanto, ficar envolvido, 
respeitar a maneira de cada um ser como é, e sobretudo, ter a capacidade de síntese e integração. 
 
 
 R e a ç õ e s G r u p a i s 
▸ Ao longo das atividades, os membros do grupo 
assumem e atribuem papéis uns aos outros, que 
dependem das expectativas que se tem sobre 
cada integrante. 
↪ Exemplo: Líder de mudança ou resistência, 
bode expiatório, pessimistas, otimistas, 
oportunistas 
 
▸ Quanto mais plásticos forem os papeis, mais 
saudável é o grupo. E quanto mais estereotipados 
os papeis, mais patológico ele se torna. 
↪ Grupos com papéis rígidos podem encontrar 
dificuldades na saída de um membro. 
↪ Quando há plasticidade de papéis eles podem 
ser inter-cambiados entre os membros, portanto 
enfrentamento e vínculos são maiores 
 
▸ A vivência no grupo mobiliza sentimentos e 
atitudes, chamadas de Reações G (reações 
grupais) 
↪ elas podem acontecer em qualquer tipo de 
grupo, terapêutico ou não. 
↪ são formas de defesa que o grupo possui na 
tentativa de manter a sua homogeneidade 
 
▸ Ao facilitador, enquanto líder do grupo, exige-
se a habilidade de lidar com as mudanças e de 
estar atento as reações grupais (explicitá-las e 
trabalhá-las) 
 
Homeostase 
▸ Equilíbrio sempre buscado e muitas vezes 
resultante nas reações G 
↪ o grupo busca sempre atingir um equilíbrio 
entre as ansiedades, desejos e expectativas dos 
membros 
↪ quando o grupo atinge um certo grau de 
homeostase, surge um forte sentimento de 
pertencimento, criando um forte grau de coesão 
 
Transferência múltipla 
▸ Transferência de sentimentos arcaicos, vividos 
pelos membros do grupo em relação a membros 
de sua família e convívio e dirigidos a pessoas no 
grupo. 
↪ primariamente é dirigido a facilitador mas se 
dilui entre os membros do grupo 
↪ quando o individuo se move em direção a 
uma pessoa, contra ela, para longe dela, ou 
percebendo uns aos outros de forma distorcida, 
de modo a atender suas necessidades. 
 
Ataque ao facilitador 
 
▸ O facilitador é constantemente contestado, 
contrariado, agredido pelo grupo de forma verbal 
direta ou indireta 
↪ pode ser movido por ciúme de um 
participante por achar que o facilitador se dedica 
apenas à algumas pessoas 
 
Teorização 
 
▸ Discussão sem ligação lógica com a realidade 
do grupo, evitando envolvimento emocional com a 
 
 
tarefa. Pode refletir resistência ou aquecimento 
do grupo para discutir a temática 
↪ Apresenta-se com maior intensidade nos 
inícios dos grupos, onde a atmosfera fria é pouco 
propícia para o individuo se expor em sua 
intimidade.. 
↪ É necessário que o facilitador esteja atento a 
natureza da teorização, se é uma resistência, um 
momento de recarga de energias após uma 
experiência emocional muito forte, ou um 
aquecimento para uma situação emocional 
emergente. 
 
Ressonância 
▸ Respostas dos indivíduos dependem de seu 
nível de maturação 
↪ um fato, uma experiência, um sentimento 
vivido ou revivido por um participante atinge a 
cada membro de forma e intensidade diferentes. 
↪ A experiência ressoa na “estrutura de 
referência” de cada um 
 
Desconfiança 
▸ Quando as pessoas se mantém reservadas, 
preservando sua intimidade. Pode acontecer 
devido a fantasias ou experiência prévia. 
↪ É uma reação constante quando as pessoas 
não se conhecem o suficiente para se sentirem 
seguras 
↪ Pode vir camuflado em conteúdos de forte 
agressividade 
 
Apoio 
▸ Necessidade dos membros de se ajudarem. 
↪ A exposição de um membro pode levar ao 
apoio dos demais, por perceberem que também 
compartilham de situações semelhantes 
↪ Reflexo da necessidade de manter a coesão 
grupal, de criar um sentimento de pertencimento 
↪ o grupo como um todo se ajudando – não é 
só um apoio assistencialista, pode envolver 
sentimentos de compreensão pelos membros por 
partilharem da mesma situação 
 
Permissividade e socialização 
▸ O indivíduo precisa estar à vontade no grupo 
para se expor, porém respeitando os limites da 
convivência e os direitos dos demais. 
↪ Oferece a oportunidade do individuo 
realisticamente viver o seu aqui e agora, com 
plena consciência de suas responsabilidades, de 
seus limites, respeitando o limite do outro. 
↪ Está ligada a aceitação e tolerância 
 
Subgrupos 
▸ Ao longo do tempo, as pessoas se agrupam de 
modos distintos nos grupos 
▸ Pode ser ocasionado por empatia, identificação, 
reciprocidade, etc. 
▸ Podem surgir devido a problemas ou para 
fazer oposição a alguém 
 
Fragmentação e saturação 
▸ Quando o grupo já não busca mais os mesmos 
objetivos e se veem como indivíduos isolados, não 
constituintes de um grupo. 
▸Inexistência de coesão, perda do senso de 
grupo. 
▸ Pode levar o grupo a sua desintegração 
▸ Quando o grupo tem muito tempo de vida, 
pode surgir a saturação: pessoas se sentem 
saturadas; sensação de ineficácia do grupo, o que 
pode ocasionar evasão. 
 
 
 
Bode expiatório 
▸ Membro do grupo que assume o papel de 
depositário dos aspectos negativos do grupo. 
▸ Caracteriza-se pela concentração e liberação 
de agressividade ou culpa em um individuo 
▸ Em grupos homogêneos, raramente acontece. 
É mais fácil de acontecer em grupos imaturos, 
competitivos, heterogêneos ou recém formados. 
 
Reação ao estrangeiro 
▸ A entrada de novos elementos em um grupo 
causa reações que dependerá do próprio grupo, 
da natureza do grupo, do grau de 
homogeneidade, da maturidade e da preparação 
para a chegada do estrangeiro. 
 
Espelho 
▸ Fenômeno que permite que o individuo entre 
em confronto consigo mesmo, em aspectos da 
sua imagem social e psicológica. 
▸ Indivíduo percebe suas característicasrefletidas no grupo. Pode acontecer apoio quando 
características são compartilhadas pelo grupo. 
 
Condensador 
▸ Explosão de sentimentos agressivos contra 
facilitador ou membro. 
 
Fenômeno de cadeia 
▸ Subsequente ao condensador 
▸ O condensador leva a criação de uma cadeia 
de sentimentos que se espalha por todos no 
grupo 
 
Associação reativa 
▸ Acontecimento no grupo que remete ao 
passado de um dos membros 
 
Historiador 
▸ Membro que está constantemente comparando 
o passado com o presente e buscando 
argumentos do passado que possam servir de 
apoio para resistir a uma nova ideia. – e apoiar 
seu próprio posicionamento 
 
Saída de um participante 
▸ Gera uma tensão no grupo: medo da 
desintegração do grupo e sentimentos de perda, 
aflorados por essa situação 
 
Mudanças significativas em um 
membro do grupo 
▸ Mudanças expressivas em um membro do 
grupo (ex: perda de emprego, doença grave, 
divórcio) repercute seriamente na atmosfera do 
grupo. 
 
Sensação de chegar a um planalto 
▸ Sentimento de paralisação que ocorre 
geralmente com a saída de um membro e o 
grupo se sente exausto de buscar objetivos que 
não consegue alcançar – estagnação 
 
O acordo 
▸ Negociação de expectativas para proceder a 
interação. 
▸ Quando há rupturas, haverá desequilíbrios nas 
relações interpessoais. 
 
Sensação de plenitude 
 
 
▸ Alto nível de prazer e fortes emoções 
vivenciadas pelo grupo. 
 
Ritmo e tensão 
▸ Movimentos de forças favoráveis e contrárias 
ao desenvolvimento do grupo 
 
Radar 
▸ Expressão de sentimento do grupo por parte 
de um dos membros na forma de atitudes sem 
muita clareza sobre as causas da reação 
 
Batalha entre os sexos 
▸Disputa entre as partes do valor da potência 
que cada um dos sexos apresenta 
▸Inicialmente se dá de forma velada, por 
piadinhas, por exemplo 
 
Disputa entre classes sociais 
▸Geralmente quando há um membro que possui 
uma condição financeira acima do nível do grupo. 
Este é visto de forma diferente até que se prove 
que é igual ao grupo. 
 
Desintegração 
▸ Morte, encerramento do grupo. 
▸ Pode ser ocasionada por vários motivos, como 
resistência a mudanças, perda de objetivos e 
quebra de sigilo. 
 
Provocação 
▸ Comportamento típico de estar 
constantemente provocando alguém do grupo. 
Geralmente disputando liderança. 
 
Coalizões 
▸ Quando as pessoas não mais se articulam em 
torno de um objetivo. 
 
Traidor 
▸ Depositário das forças que se opõem a 
construção da tarefa. 
 
Verticalidade e horizontalidade 
▸ V: história pessoal do sujeito 
▸ H: processo que ocorre no aqui e agora, com 
todos os membros do grupo 
 
Caos ou desorganização 
▸ Objetivos individuais se sobrepõem aos 
coletivos. Grupo requer estruturação por parte do 
facilitador 
 
Silêncio 
▸ Pode refletir dificuldade do grupo diante de 
uma temática, hostilidade diante da fala de 
algum membro, reflexão ou expectativa da fala 
do outro 
 
Sobre o facilitador 
▸ O Facilitador também tem suas reações ao 
grupo e precisa ficar atento a elas para cumprir 
sua função 
▸ Podem ser reações provocadas pelo grupo ou 
por membros do grupo também em outras 
pessoas 
▸ Deve explicitar reações no grupo para facilitar 
a comunicação e resolução de conflitos no grupo 
▸ Proporcionar autoconhecimento e 
autogerenciamento 
 
 
P S I C O D R A M A 
▸ É uma forma de intervir em grupos muito 
influenciada pela fenomenologia e gestalt, e 
uma breve influência da psicanálise. 
▸ Pode se aplicar na terapia familiar, nos 
grupos operativos ou mesmo na terapia 
individual verbal 
histórico 
▸ Moreno foi o fundador do psicodrama. 
↪ Possivelmente, sua vivência nas brincadeiras 
infantis em “ser Deus” influenciou sua obra, 
ocasionando reflexões posteriores 
↪ Notou que na criança a espontaneidade é 
natural, sem censuras e sem referências 
sociais que comprometem o adulto. 
▸ A criança é espontânea naturalmente, até 
uma certa idade, que depois passa a se limitar 
devido a regras sociais, fica mais tímida, tem 
menos liberdade pra fazer certas coisas. 
↪ Isso embasa toda a compreensão de 
problema psicológico a partir do psicodrama 
 
▸ A teoria de moreno foi desenvolvida ao 
longo de alguns momentos históricos 
diferentes, onde cada um dos períodos 
influenciou no desenvolvimento de sua teoria 
 
Religioso e filosófico: até 1920 
▸ Tema: as filosofias da existência 
▸ Fé e crença religiosa, perplexidade e dor 
diante da Primeira Guerra, necessidade pessoal 
das relações fraternais, simplicidade, 
despojamento. 
▸ Espontaneidade e criatividade como 
superação da doença 
Teatral e terapeutico: 1921 a 1924 
▸ Tema: o teatro 
▸ Funda o Teatro da Espontaneidade: intenção 
de quebrar a “conserva cultural” (padrões, 
papeis tipicamente representados) do teatro 
da época (ainda não era usado como 
intervenção) 
▸ Preconizava o poder da catarse (expressar 
suas emoções) do teatro, mas discordava do 
uso de textos decorados 
↪ a proposta era de ir pra cena sem ter um 
texto pré-definido, que ele emergisse durante 
a cena. 
↪ o que falar, o que fazer, acontece na 
espontaneidade, a medida que vão 
acontecendo 
 
Sociológico e grupal: 1925 a 1941 
▸ Emigra para os EUA 
▸ Tema: preocupação com o social e com a 
dinâmica dos grupos 
▸ Influenciado pela fenomenologia e pelo 
existencialismo, vinha de uma cultura européia 
decepcionada com a guerra, questionando 
valores e duvidando da superioridade das 
ciências para a superação dos problemas 
humanos 
↪ a ciência ate então não estava dando conta 
do que estava acontecendo 
 
 
▸ Criação da sociometria: medidas das 
relações no grupo – foco no que está 
acontecendo no grupo e como medir e avaliar 
esses processos. 
↪ forma de medir a dinâmica do grupo 
 
Organização e consolidação: 1942 a 1974 
▸ Tema: estruturação de suas ideias como 
método de psicoterapia válido e aceito pela 
comunidade científica 
↪ proposta de ser utilizada como intervenção, 
não só no contexto teatral, artístico, mas 
também como forma de intervir e gerar 
mudança e aprendizagem dentro do grupo 
 
* A questão da mensuração está muito 
presente no psicodrama, é uma preocupação 
enquanto intervenção 
▸ Interesse pelo trabalho psicoterápico e pela 
formação de um grupo de doutrina, chamado 
Socionomia 
↪ interesse em formar uma escola em que 
esses aprendizados fossem sendo repassados 
 
Recursos inatos 
▸ Propõe que a espontaneidade e criatividade 
são essenciais para existência saudável 
↪ Indivíduo espontâneo amplia sua 
capacidade criadora 
 
▸ Toda essa questão do enrijecimento, o fato 
de não ser espontâneo está relacionado com 
essa questão do social que vai tolher a 
espontaneidade. 
↪ É um processo que precisa acontecer a 
partir do momento em que se começa a se 
socializar. 
↪ Processo de socialização que gera os 
problemas psicológicos (frutos do controle 
social) 
▸ Maioria das pessoas é despojada de 
espontaneidade e criatividade por estar 
cercada de valores e regras sociais (conservas 
culturais) 
↪ a proposta não é quebrar todas as regras 
sociais e romper totalmente com o processo 
de socialização 
Recuperar a espontaneidade: romper com os 
comportamentos estereotipados (conservas 
culturais) 
Teoria Socionômica 
▸ Socionomia: estudo da leis que regem o 
comportamento social e grupal influenciados 
pela matriz de identidade 
↪ A forma de entender o mundo é muito 
influenciada pela matriz de identidade, suas 
primeiras relações 
↪ é como se a forma de se relacionar que a 
pessoa aprendeu nas primeiras relações 
também se refletisse dentro do grupo 
 
▸ Sociodinâmica: estuda o funcionamento ou 
dinâmica das relações interpessoais 
↪como as relações acontecem? 
 
▸ Indivíduo concebido e estudado por meio 
de suas relações interpessoais 
↪ Forma de entender o individuo a partir do 
que ele sente diante das relações 
 
▸ Essa compreensão do individuo depende da 
Matriz de identidade e átomosocial: primeiras 
relações que o individuo vai estabelecer 
 
 
▸ Primeiro ego-auxiliar: mãe, por meio da qual 
a criança vivencia a sociedade iniciando seu 
processo de socialização 
Sobre o psicodrama 
▸ Psicodrama: tratamento do indivíduo e do 
grupo por meio da ação dramática 
▸ Método: role-playing, jogo de papéis que 
permite ao indivíduo atuar dramaticamente em 
diversos papéis com espontaneidade e 
criatividade 
↪ Esse desempenho de papeis tem o objetivo 
de tratar questões psicológicas 
 
▸ Dramatização e compromisso dos membros 
em viver algo que os comove, que os envolve 
num conflito 
↪ há uma mobilização emocional – algo que 
as pessoas não estão conseguindo lidar e que 
no cenário dramático vai acontecer e ser 
passível de intervenção 
 
▸ A pessoa deve estar relaxada para 
dramatizar 
↪ Ampliam-se as possibilidades de relações 
que permitem a resolução do conflito pelo 
indivíduo 
↪ Se abrir mais pra perceber as estimulações 
do ambiente – quanto mais tenso, mais rígido: 
não só fisicamente, mas há uma rigidez 
psicológica também 
↪ Diante de grupos tensos, é importante 
iniciar com jogos lúdicos para relaxar, 
aumentando a disposição dos participantes 
para jogar e diminuindo suas resistências para 
o trabalho de dramatizar (aquecimento) 
 ↪ necessário pra que a pessoa se engaje na 
atividade de dramatizar] 
 
▸ Pode-se utilizar a comunicação não verbal 
para compreender melhor os indivíduos 
↪ Diferente do que comumente é preconizado 
no cotidiano (comunicação verbal) – acaba 
sendo uma quebra de conserva cultural 
. 
Características do jogo dramático 
▸ Atividade voluntária que pode inclusive ser 
interrompida 
▸ Regras específicas devem ser estabelecidas 
e aceitas pelo grupo 
↪ contrato que permite o desenvolvimento da 
atividade posteriormente 
 
▸ Tem tempo delimitado que varia de acordo 
com objetivos ou necessidades do diretor 
▸ Tem espaço delimitado: contexto 
↪ não é uma sessão psicoterápica que se 
trabalha com qualquer tema levantado, há um 
acordo dentro do grupo para delimitar 
determinado tema a se trabalhar 
 
▸ Proposta lúdica: envolve desprendimento da 
vida real 
↪ abstração! Uma garrafa pode fazer papel 
de uma pessoa 
 
▸ Objetivo: catarse, identificação e possível 
resolução de conflitos 
↪ O foco primário da dramatização é a 
catarse: que a pessoa realmente se expresse, 
sinta tudo que tinha que sentir ali naquele 
momento 
↪ não há um objetivo direto de resolução de 
conflitos 
 
 
 
Tipos 
▸ Psicodrama de grupo: protagonista pode ser 
um indivíduo ou o grupo 
↪ situação de vida de uma pessoa do grupo é 
dramatizada 
 
 ▸ Sociodrama: protagonista é sempre o grupo 
e as pessoas estão reunidas enquanto mantém 
alguma tarefa ou objetivo em comum, como 
estudar, trabalhar, viver juntos 
↪ não há uma questão individual a ser 
trabalhada, e sim uma situação vivenciada pelo 
grupo 
↪ exemplo: intervenção em família, é uma 
realidade vivida pelo grupo que está ali 
 
Princípios 
▸ Recursos inatos do homem: espontaneidade, 
criatividade e sensibilidade 
↪ entender que esses recursos vão sendo 
tolhidos durante o processo de socialização e 
que é responsável pelos problemas psicológicos 
↪ fatores favoráveis ao desenvolvimento que 
podem ser perturbados por sistemas ou 
ambientes sociais constrangedores 
 
▸ A possibilidade de recuperação desses 
fatores se dá pela renovação das relações 
afetivas e pela ação transformadora sobre o 
meio. 
▸ Revolução criadora: recuperação da 
espontaneidade e criatividade por meio do 
rompimento com padrões estereotipados 
(conservas culturais) 
↪ indica uma aprendizagem 
 
Conceitos 
▸ Espontaneidade: capacidade de agir de modo 
“adequado” diante de situações novas, criando 
uma resposta inédita, renovadora ou ainda 
transformadora de situações preestabelecidas 
↪ “adequado”: a si mesmo, presente nas 
situações afetivas e sociais 
↪ adequado como menos prejudicial 
 
▸ Conservas culturais: comportamento, usos, 
costumes e formas de se relacionar que se 
mantém idênticos em uma cultura 
↪ quando muda, é muito pouco e mantém a 
mesma função - o que gera estereotipia, 
impede a pessoa de fazer algo inovador, 
criativo e espontâneo 
 
Fator tele 
▸ Tele: capacidade de se perceber de forma 
objetiva, perceber o que ocorre nas situações e 
o que se passa entre as pessoas 
↪ perceber a mim: como é que eu afeto as 
pessoas o ambiente; me perceber e perceber o 
outro] 
↪ envolve empatia mas tbm envolve se 
perceber na situação de forma acurada 
↪ autoconhecimento e conhecimento do 
contexto 
↪ quando se tem clareza da realidade 
interpessoal 
 
▸ A tele nem sempre acontece! Não 
predomina todo o tempo nas relações: existem 
distorções e equívocos. 
↪ Experiências anteriores podem influenciar 
na vivência de uma situação como se ambas 
fossem semelhantes 
 
 
▸ Transferência: embotamento da Tele 
↪ quando sua história interfere tanto no 
grupo em que está vivendo que a pessoa 
distorce a realidade presente por não percebê-
la 
↪no psicodrama evita-se a transferência 
↪ Transferência causa equívoco e sofrimento 
nas relações 
 Pessoa A pode ter percepção de B que 
corresponde à realidade (utiliza tele 
sensibilidade). Porém, B pode não 
realizar a relação télica devido a 
transferência sobre A. 
▸ A medida que as distorções télicas 
diminuem e que a comunicação flui, criam-se 
condições para a recuperação da criatividade e 
da espontaneidade. 
 
▸ Medida do fator Tele: capacidade de cada 
elemento do grupo em captar sentimentos e 
expectativas dos outros em relação a ele e em 
relação aos outros 
↪ é uma via de mão dupla 
↪ medir o quanto esses aspectos estão 
distorcendo as relações e o quanto está 
dificultando o processo dramático 
 
O aqui e agora 
▸ Interação humana deve ser entendida 
considerando apenas o presente e não o 
passado dos indivíduos 
↪ investigação das características do 
interrelacionamento dos indivíduos envolvidos 
na situação tal como está ocorrendo. 
↪ não significa que as pessoas não vão trazer 
coisas do que já viveram pro contexto, mas a 
vivencia do presente é mais importante. 
↪ É importante trazer as pessoas pra 
vivenciar esse presente 
 
▸ Averiguar na relação presente, o ódio, o 
amor, a inveja que A tem em relação à B 
enquanto estão ocorrendo 
 
Contexto: 
▸ Social: realidade social tal como ela é, com 
suas leis, normas e condutas 
▸ Grupal: grupo de pessoas que dramatiza, 
papéis e regras do grupo 
▸ Dramático: realidade dramática, mundo 
imaginário e fantasia. Configura-se o “como-se” 
Composição 
▸ Diretor: (terapeuta que coordena a sessão) 
↪ Seleciona jogos e estratégias de acordo 
com objetivos 
↪ Inicia o jogo dramático - conduz a prática 
↪ Sugere modificações para ampliar visão e 
proporcionar insight do protagonista 
↪pode sugerir mudanças na cena pra 
que pessoa tenha um insight e possa agir de 
forma diferente 
↪ Conduz o estabelecimento das regras 
↪Dirige o ego auxiliar 
↪ o diretor vai dizer ao ego auxiliar o 
que e como ele precisa fazer 
↪ Analisa situações e expressa suas opiniões 
↪ como terapeuta, ele expressa o que 
está percebendo - é uma forma do diretor 
intervir 
 
 
 
 
▸ Ego auxiliar: 
↪ Tem contato direto com o protagonista, e é 
intermediário entre protagonista e diretor (é 
auxiliar do diretor e do protagonista) 
↪ Representa papéis determinados pelo 
diretor ou protagonista 
↪ Mantém protagonista no contexto 
dramático e facilita insights 
↪a atuação do ego auxiliar faz com o que o 
protagonista tenha uma percepção ampliada do 
que está acontecendo na situação 
↪ Observa e registra dados relatando-os ao 
diretor 
▸ Protagonista: Centraliza o jogo e constrói o 
contexto dramático 
↪quem traz sua vivencia para a dramatização 
(desenvolve o tema) 
↪ Desempenha papéis (às vezes o dele, às 
vezes do outro, depende da técnica utilizada 
↪ Expressa sentimentos e conflitos 
▸ Cenário: 
↪Onde se constrói o contexto,projetado de 
acordo com as necessidades terapêuticas. 
↪ Campo de trabalho 
 
▸ Auditório: 
↪ Assiste à dramatização 
↪ Colabora nos comentários objetivos ou 
subjetivos 
 
Teoria dos papéis 
▸ Para Moreno o conceito de papel era mais 
apropriado do que o de personalidade, cujas 
formulações vagas impediam que fossem 
relacionadas a fatos observáveis e mensuráveis 
↪ desempenhar papeis é o que as pessoas 
fazem quando se relacionam em determinado 
contexto 
▸ Papel: menor unidade observável de conduta 
↪ Forma de funcionamento que o indivíduo 
assume diante de uma situação específica com 
outras pessoas ou objetos 
↪ Começam a surgir na matriz de identidade 
 
Papéis psicodramáticos no psicodrama 
▸ Personificações de coisas imaginadas, reais e 
irreais 
↪qualquer coisa que afete o protagonista 
pode ter seu papel desempenhado 
 
▸ Ação dramática terapêutica leva a algo mais 
que a mera repetição de papéis como 
desempenhados no cotidiano. 
↪ o diretor tem que fazer as pessoas saírem 
dos seus papeis tradicionais 
 
▸ Permite insights profundos a respeito do 
significado dos papéis assumidos 
Instrumentos e técnicas 
▸ Visam oportunizar que o protagonista 
encontre os papéis que vem evitando ou 
mesmo desempenhando sem convicção ou 
espontaneidade. 
↪ Na dramatização pode encontrar um modo 
inovador de lidar com esses papéis 
 
▸ Moreno propunha a utilização do corpo 
(Aspectos não verbais) para desempenhar os 
papéis: um jeito de andar, uma postura, um 
baixar de ombros podem ser iniciadores físicos 
 
 
utilizados no aquecimento para o desempenho 
de papéis 
↪ pra que a cena seja representada de forma 
mais real 
 
Etapas 
▸ Aquecimento: preparação para clima de 
proximidade entre as pessoas, favorecedor da 
ação dramática. Superação das resistências. 
↪Surge a proposta de tarefa e a definição do 
que o grupo deseja protagonizar 
 
▸ Aquecimento inespecífico: escolha do 
protagonista, que representa o sentimento 
predominante no grupo 
↪ não é algo pré-estrutrado, o diretor elabora 
uma atividade pra que o grupo eleja alguém a 
ser protagonista naquele dia 
↪essa escolha do que vai ocorrer depende do 
que é mais representativo do sentimento 
predominante no grupo naquele dia 
▸ Exemplos de atividade pra fazer durante o 
aquecimento inespecífico que pode chegar a 
escolha do protagonista 
↪ Teatro espontâneo: o grupo busca através 
de técnicas de aquecimento, o tema condutor 
do espetáculo 
↪ Jornal vivo: tema é encontrado a partir de 
manchetes de jornais escolhidas durante o 
aquecimento 
▸ Aquecimento específico: preparação do 
protagonista para a dramatização dos temas já 
mobilizados e identificados no aquecimento 
inespecífico. 
↪ pode ser de forma conversada, onde 
protagonista vai dizer o que está sentindo, qual 
cena deseja dramatizar, quem vai ser o ego 
auxiliar e qual o papel a ser desempenhado 
 
▸ Dramatização: distribuição dos papéis, 
preparação dos atores, armação do cenário e 
ação dramática propriamente dita.. 
▸ Compartilhar - Finalização da dramatização 
↪ Compartilha-se emoções vivenciadas - 
pessoas que observaram a cena também 
participam, falam como se sentiram 
↪ Comentários com manutenção da tele-
sensibilidade dos atores com predomínio de 
reflexão intelectual 
↪ Elaboração: com finalidade terapêutica, 
diretor retoma o que foi vivenciado auxiliando 
a compreensão por parte do protagonista 
Técnicas 
Técnica do duplo 
 ▸ Ego auxiliar ou diretor expressa o que o 
protagonista não consegue expressar em dado 
momento 
↪ o ego ou diretor por ver a cena e ter 
empatia, começa a sentir o que o outro sentiria 
naquela situação e expressa isso 
↪ o protagonista continua em seu papel e o 
duplo começa a executar junto com ele 
▸ Adota-se a postura do protagonista e 
expressa questões, sentimentos e ideias, 
fazendo com que ele se identifique com este 
duplo. 
↪pra que ele veja no outro exercendo seu 
papel, aquilo que não consegue ver nele 
 
▸ Pode ser apenas verbal: “Eu no seu lugar 
sinto que...” 
 
 
↪ se colocar no lugar do protagonista e 
expressar aquilo que ele não está conseguindo 
 
▸ Possibilita insight do protagonista 
↪ a respeito de como ele se sente e de como 
ele age na situação 
 
 Técnica do espelho: 
▸ Ego auxiliar assume papel do protagonista 
que apenas observa 
▸ variação: gravação da cena em vídeo 
[protagonista se assistindo] 
▸ Espelho porque a pessoa está vendo a si 
mesma - ou através de vídeo, ou em outra 
pessoa fazendo seu papel 
Técnica da inversão de papéis: 
▸ Protagonista troca de papel com outro ator 
↪ percebe como a pessoa se sente, vivencia 
outra dimensão do relacionamento interpessoal 
Demais técnicas 
▸ Desenvolvidas a partir dessas 3 básicas 
▸ Solilóquio: fala do ator consigo mesmo em 
cena - como se o duplo fosse o próprio 
protagonista 
▸ Interpolação de resistências: No caso de 
protagonista que sempre desempenha e 
solicita dos egos auxiliares os mesmos papéis, 
o diretor pode solicitar aos atores que 
modifiquem os papéis de forma a possibilitar 
inovação por parte do protagonista 
↪ possibilita que o protagonista aja de forma 
diferente, coloca o protagonista em uma 
situação diferente da que ele sempre está 
desempenhando 
 
Matriz de identidade 
▸ É o lugar onde a criança se insere desde o 
nascimento, relacionando-se com objetos e 
pessoas dentro de um determinado clima. 
↪ Estabelece a comunicação entre a criança 
e o sistema social 
↪ Herança cultural que a prepara para a vida 
em sociedade. 
▸ Identifica-se 3 fases que as crianças 
desempenha papeis - que acontece também 
dentro do grupo 
 Identidade do eu 
▸ Indiferenciação entre eu e o outro 
▸ Mãe atua como ego auxiliar agindo como se 
fosse seu duplo (a criança não percebe que a 
mãe é outra pessoa) 
Reconhecimento do eu 
▸ Criança começa a se perceber enquanto 
indivíduo (apesar de ainda não conseguir 
reconhecer o outro) 
Reconhecimento do tu 
▸ Criança pode se colocar no lugar do outro 
(mãe) 
↪ percebe que ela é um individuo e que a 
mãe é outro 
 
Aplicações 
▸ Não só na clínica, mas também há o uso em 
instituições e organizações 
 
 
▸ Objetivos específicos e grupos situados em 
um contexto delimitado por regras e valores 
instituídos [que grupo é esse e como vou 
trabalhar com ele? 
▸ Permite avaliar e desenvolver 
espontaneidade e criatividade de indivíduos por 
meio de suas emoções e ações na resolução 
de conflitos relacionados aos objetivos e 
contexto específicos 
▸ Delimitação dos objetivos, dos temas, das 
estratégias, de tudo o que vai ser trabalhado 
dentro do grupo precisa ficar restrito ao que 
foi demandando, ao que é de fato, demanda do 
grupo 
 
 
 
 
 
 
Matriz de identidade e desenvolvimento no grupo 
▸ As técnicas básicas do psicodrama se baseiam nas fases da Matriz de identidade. 
Fase da Matriz Fase do individuo 
no grupo 
Características Estratégias recomendadas 
Identidade do 
Eu 
Eu-comigo Indivíduo se localiza no grupo. 
Ego auxiliar capta emoções do 
protagonista e as representa para 
que o protagonista as identifique. 
Visa descoberta de si mesmo. 
Aquecimento, apresentação, 
relaxamento, sensibilização 
Reconhecimento 
do Eu 
Eu e o outro Indivíduo identifica o outro no 
Grupo. Protagonista pode se 
reconhecer quando ego auxiliar 
representa seu papel (espelho) 
Percepção de si mesmo, 
percepção do outro e pré-
inversão 
Reconhecimento 
do Tu 
Eu com o outro Indivíduo percebe a si e ao outro, 
estabelece relação com todos 
buscando identidade e coesão. 
Ocorre inversão de papéis entre 
protagonista e ego auxiliar 
Jogos de papéis, inversão de 
papéis e identidade grupal. 
Jogos sócio-psicodramáticos ou 
jogos grupais 
 
▸ Fase eu-comigo: o individuo acabou de 
chegar no grupo, não conhece ninguém ainda, 
e não sabe qual papel vai desempenhar. 
↪ Estratégias que visam a descoberta de si 
mesmo: quem é você naquele grupo, qual sua 
identidade 
↪ A técnica do duplo tem

Outros materiais