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resumos by ANDRESSA FREIRE @estudepsi Olá! Espero que meus resumos ajudem nos seus estudos! Todo o material foi organizado cuidadosamente por mim, Andressa Freire, e a reprodução não autorizada deste arquivo é crime, conforme o artigo 184 sobre direito autoral do código penal. No mais, obrigada por escolher meus resumos, e qualquer dúvida pode me contatar pelo instagram, @estudepsi. Beijos, Andressa Freire. @ESTUDEPS I PROCESSOS GRUPAIS • H I S T Ó R I A E V I S Ã O G E R A L D O E S T U D O D E G R U P O S • C O M P O R T A M E N T O S O C I A L , C U L T U R A E A G Ê N C I A S D E C O N T R O L E • R E L A Ç Õ E S D E E X P L O R A Ç Ã O , C O M U N I C A Ç Ã O E H A B I L I D A D E S S O C I A I S • G R U P O S O P E R A T I V O S E G R U P O S T E R A P Ê U T I C O S • R E A Ç Õ E S G R U P A I S • P S I C O D R A M A • P L A N E J A M E N T O E I N T E R V E N Ç Ã O E M G R U P O S RESUMOS. História e visão geral dos estudos sobre grupos Definição de grupo Pichón-Rivière: conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes que se reúnem em torno de uma tarefa específica (objetivo do grupo) ↠ A noção de grupo envolve ter um objetivo em comum que só pode ser atingido em grupo ↳ objetivo em comum que só pode ser atingindo se as pessoas estiverem nesse coletivo ↠ No movimento de realizar a tarefa ou atingir o objetivo, as pessoas deixam de ser um agrupamento para tornarem-se participantes de um grupo ↳ no grupo, cada participante comporta-se, fala, silencia, defende seus pontos de vista de forma individual, construindo sua identidade. ↳ não deixamos de ser individuo porque estamos em um grupo - a individualidade vai se adaptar e depender do contexto que o grupo está inserido Importância de conhecer objetivos: ↠ Ao falar de grupos, a atenção se volta para o objetivo do grupo, por isso é importante analisar: - como o objetivo foi estabelecido - As interações entre o objetivo grupal e os objetivos dos indivíduos ↳ às vezes conflitos começam a surgir porque as pessoas deixam de ter aquele objetivo que é comum ao grupo - Como os objetivos do grupo e individuais influenciam na tomada de decisão e funcionamento do grupo - As insatisfações e angústias quando há inconsistência entre objetivos individuais e objetivo grupal ↳ sensação de não pertencimento ao grupo (possivelmente os objetivos individuais e grupais estão se distanciando) - Que os objetivos são dinâmicos ↳ por mais que estabeleçamos objetivos únicos, eles são fluidos, as coisas podem mudar, o grupo pode passar a pensar diferente. Essa mudança na forma de ver as coisas pode ser colocada em discussão com o grupo, podendo assim mudar os objetivos coletivamente ↠ Há dois níveis distintos para entender como os objetivos afetam o funcionamento do grupo : (1) foco na tarefa – no objetivo em si, na questão mais prática, no que precisa fazer pra atingir esse objetivo (2) socio-emocional – nível interacional, como as pessoas se sentem nesse coletivo? Como as pessoas interagem? Quais as reações presentes? ↠ A importância dos níveis se dá pelo contexto, algumas tarefas podem demandar de um ou de outro ↳ ex: local de trabalho, o nível da tarefa funciona mas o nível socioemocional não é trabalhado (não é necessário gostar/amar as pessoas com quem se trabalha) ; GRUPO E EQUIPE equipe ↠ Conjunto de pessoas que buscam um objetivo comum, claro e especificamente formulado. Cada um se esforça, individualmente, no cumprimento de sua tarefa de acordo com o objetivo maior. ↠ Buscam um objetivo em comum que é bem especificado, cada um se esforça individualmente, cumpre sua tarefa de acordo com o objetivo maior ↠ possui funções pré-definidas e assumidas: responsabilidades e atribuições são claras ↳ cada um tem uma função e todo mundo sabe da função do outro ↳ equipe é um tipo de grupo, um grupo com funções estabelecidas ↠ As divisões de responsabilidades e atribuições são claras. O foco dessa definição está na responsabilidade pelo cumprimento das atribuições que levarão ao alcance dos objetivos comuns. ↠ A definição de equipe é importante, por exemplo, para o contexto organizacional ↳ às vezes há problema para atingir um objetivo no grupo porque não esta se definindo e assumindo corretamente as funções INGRESSO NO MUNDO SOCIAL ↠ Ao nascer a criança é inserida em um mundo social que ela não participou da construção ↳ quando chegou já estava tudo pronto, já havia uma forma de funcionar ↠ O mundo social é o modo de organização econômica, política, judiciária, educacional de uma cultura – quando nascemos tudo isso já está posto ↠Instituições como família, escola, igreja (refletem esse modo de organização) ↠ Inserção social significa adoção das normas de funcionamento desses grupos ↳se encaixar/ajustar as normas é ser um ser social (as normas podem ser modificadas, mas primeiro é preciso se inserir no grupo e assumir as normas) ↠ O grupo é o lócus de ação das determinações e normas sociais sobre o comportamento dos indivíduos ↳ é dentro do grupo que as normas sociais atuam INSTITUCIONALIZAÇÃO: sempre que há uma padronização de um determinado hábito na sociedade de forma a garantir sua reprodução entre os demais indivíduos. ↳ quando todos seguem a mesma regra, quando todos estão padronizados, há uma institucionalização ↳ estudantes da UNIVASF são institucionalizads: há uma forma especifica de se comportar que estão relacionados com a universidade; ↳ É uma padronização mais ampla - quando uma quantidade maior de indivíduos seguem a mesma regra, e essa institucionalização é reproduzida (estudantes saem e outros vão entrando e se comportando de acordo com a padronização) as normas permanecem relativamente inalteradas ↳ são relativamente estáveis e se mantém ao longo do tempo ↳ quanto mais duradouras as instituições, mais forte a institucionalização que ela promoveu na sociedade TIPOS DE GRUPO Primário – primeiro grupo que a criança interage ↳Família (biológica ou adotiva) Secundário ↳ Grupos de trabalho, de estudo, instituições * Importante saber com quais grupos irá intervir ↠ Normalmente (não é regra) os grupos primários tendem a gerar normas e formas de funcionamento/comportamento mais arraigadas que grupos secundários – devido ao maior tempo de convivência ↠ Os grupos secundários com o passar do tempo tendem a assumir uma importância maior do que o grupo primário ↠ É normal que os grupos se alternem em termos de importância ↠ Em cada um deles desempenhamos diferentes papéis que constituem nossa identidade – postura que assumimos em um determinado contexto (que pode não funcionar da mesma forma em outro) ↳ Aquele que suporta situações difíceis ↳ Aquele que sempre diverge ↳ Aquele que se deixa levar por reações emocionais ↳ Aquele que faz a mediação de conflitos ↠ Pode ser um problema no grupo que se está intervindo – pessoas tendo que agir diferente do papel cristalizado que possui COESÃO ↠ Desejo ou pressão sobre os membros de um grupo para permanecerem nesse grupo. ↳ pode ser percebida pelo indivíduo enquanto membro do grupo, e pode ser percebida na pressão que os outros exercem em relação ao individuo ↠ A coesão afeta a satisfação dos membros, a influência exercida sobre os membros, a comunicação e produtividade do grupo ↳ há mais satisfação em grupos que o individuo percebe maior coesão – se sente pertencente ↠ A coesão afeta algumas variáveis, mas também é afetada por outras ↳ Importante conhecer as variáveis que afetam a coesão, caso esta esteja sendo problemática no grupo ↳ É afetada pelo sucesso do grupo e também pela quantidade e qualidade das interações ↳ grupo bem sucedido > coesão se torna maior ↠ A coesão é maior quando existem mais valores em comum entre os membros.↠ Tamanho do grupo e sexo: grupos menores e com membros do mesmo sexo tendem a maior coesão ↳ grupos muito grandes > menor coesão ↳ grupos menores > maior coesão ↠ Desvantagem da coesão: pensamento grupal ↳ Intensa união no grupo faz com que eles se tornem pouco críticos COOPERAÇÃO ↠ Associação de pessoas trabalhando juntas em prol dos objetivos ↠ Ação conjunta de dois ou mais indivíduos afim de influir nos resultados de uma ou mais pessoas FORMAÇÃO DE NORMAS ↠ Todo grupo precisa estabelecer normas para poder funcionar adequadamente ↠ As normas não são necessariamente explícitas, mas são partilhadas e seguidas pelo grupo ↠ Grupos com pouca coesão: dificuldade para estabelecer normas, devido a multiplicidade de interesses LIDERANÇA ↠ Fenômeno decorrente da interação entre os participantes e dependente dos objetivos e do clima do grupo ↳ Liderança autocrática: centralização do poder por coerção ↳ Liderança democrática: decisão se dá pela maioria, o líder é apenas um representante ↳ Liderança permissiva: não há efetivamente ação de liderança STATUS ↠ Prestígio desfrutado por um membro do grupo ↳ Status subjetivo: como a pessoa percebe ↳ Status social: como o grupo percebe Podem não ser correspondentes PAPEL SOCIAL ↠ Modelo de comportamento definido pelo grupo ↠ Não há um bom funcionamento sem estabelecer papeis para seus integrantes O estudo dos processos grupais ↠ O interesse pelos processos grupais inicia-se nas primeiras décadas do século XX. Os pioneiros nestes estudos foram os americanos, seguidos dos europeus. No Brasil o interesse só é formalizado (ensino formal) em poucos grupos nas últimas décadas do século XX.. principais autores ↠ John Pratt, registrou a utilização, pela primeira vez, do recurso de agrupar pessoas para tratamento em instituições, o método de “classes coletivas” ↳ Consistia em uma aula sobre higiene e os problemas da tuberculose seguida de perguntas dos pacientes e discussão com o médico. Os pacientes mais interessados na aplicação das medidas poderiam sentar-se nas primeiras fileiras. ↳ Este modelo serve de referência a diversas organizações similares, a exemplo dos “Alcoólicos Anônimos”, fundada em 1935 ↠ Floyd Allport (1920) se preocupava com os efeitos dos grupos nos comportamentos individuais. Expoente da psicologia social cognitiva, investigava o comportamento, pensamento e sentimento dos indivíduos no contexto social ↳ Disciplina objetiva de base experimental e focada no indivíduo em contextos sociais – Propunha experimentos pra investigar como o contexto social interfere nos comportamentos individuais ↠ Freud não realizou nenhum trabalho diretamente com grupos, mas previa que as normas sociais e os aspectos culturais têm influências sobre os indivíduos e seus grupos * Em 1905: Totem e Tabu – questões culturais que atravessam o individuo * Em 1921: Psicologia das massas e análise do ego ↳ Revisão sobre a psicologia das multidões: comportamentos em grupo podem não acontecer isoladamente ↳ Processos identificatórios (projetivos e introjetivos) que vinculam as pessoas ↳ Lideranças e forças que influem na coesão e disrupção dos grupos ↠ Moreno (1930) criou a expressão “terapia em grupo” ↳ Propiciou o desenvolvimento do psicodrama: conflitos interpessoais são dramatizados ↠ Kurt Lewin (1936) iniciou os estudos sobre o campo social ↳ para ele o grupo é um campo de forças cuja dinâmica resulta da interação entre os componentes em um campo ou espaço psicossocial ↳ forças que atuam na coesão e da disrupção (como as pessoas se separam) ↳ influenciado pelos princípios da Gestalt – todos os indivíduos por mais ignorados influenciam seu grupo e são por ele influenciados; composição do grupo assuma uma identidade grupal (o todo é diferente da soma das partes) ↠ Enriquez (1990) e Pichon-Riviére (1998): propõem a diferença entre grupo e somatório, reunião ou grupamento de pessoas. ↠ Zimmerman e Osório (1997) classificaram o grupo quanto à finalidade: o Grupo operativo: Educativo ou psicoeducativo: objetivos variados e pré- definidos com metodologia estruturada. Atividades mais planejadas com inicio e fim determinados. o Grupo psicoterápico – mais livre, e o conteúdo a ser trabalhado depende do que o individuo leva no encontro. Muito mais imprevisível que os grupos operativos que já possuem atividades propostas. É menos estruturado e pode ser embasado em abordagens diferentes. ↠ Minicucci: Técnicas de dinâmica de grupo em diversos contextos. ↳ Técnicas grupais ou trabalho de grupo: meios, métodos ou processos utilizados para alcançar os objetivos propostos pelo grupo ↠ Skinner dedicou grande parte das suas produções para fenômenos sociais (comportamento humano no contexto social) e estudou temas como: ↳ O comportamento das pessoas em grupo ↳ Agências controladoras: governo e lei, religião, psicoterapia, controle econômico, educação ↳ Controle do comportamento por meio da cultura Resumo feito por @estudepsi (Andressa Freire) Comportamento social, cultura e agências de controle ▸ Falar de processos grupais é falar de fenômenos sociais. ▸ Fenômenos sociais afetam um grande numero de pessoas e não são resolvidos pela mudança de comportamento de apenas uma pessoa. ▸ Problemas sociais envolvem: violência, corrupção, descaso por poder público, desmatamento, crise hídrica, guerras, terrorismo ▸ Tentativas de resolver: novas leis, fóruns, acordos internacionais, cassação de mandatos de políticos, etc. ↪ Tentativas tem caráter mais reativo do que proativo – caráter mais imediatista, tentar resolver o problema de uma forma rápida, mesmo que seja paliativo, mesmo que em longo prazo continue da mesma forma ou só piore ▸ Os problemas sociais apenas mudam de configuração/apresentação, mas em termos funcionais são os mesmos de anos atrás ▸ Os problemas sociais derivam de nossas práticas culturais – como aprendemos a ser, a agir, a pensar ▸ A psicologia fracassa no enfrentamento desses problemas ↪ foco nos impactos desses problemas sobre a subjetividade do ser (não é suficiente para realizar mudança, é necessário ampliar as mudanças para o contexto sociocultural) ↪ pouca aplicação de conhecimento sobre comportamento humano (como a gente funciona, com a gente aprende, como tomamos decisão) para melhorar convivência e garantir nossa sobrevivência e do planeta ↪ tentativas incluem muito discurso e pouca prática exemplo: declaração dos direitos humanos da ONU, é garantido na prática mas não acontece na realidade. ↪ Sabemos exatamente como seria um mundo melhor, mas não sabemos como colocar em prática ▸ As mudanças são tão grandes que não sabemos pode onde começar - o que fazer para separar nosso lixo? respeitar o limite de velocidade? agir em benefício da sociedade e não próprio (no caso de políticos por exemplo.)? incluir pessoas que são segregadas da sociedade (pessoas com transtornos mentais, população carcerária, etc)? usar transporte coletivo? ▸ Mudar realidade social requer mudança de comportamento e não só de discurso! ↪ primeiro devemos entender o que é que fazemos, porque fazemos e como podemos mudar isso ▸ Necessidade de conhecer como práticas culturais surgem, são fortalecidas, modificadas ou extintas é o início da mudança ↪ entender para lidar com aquilo e tentar promover uma mudança. práticas culturais ▸ Praticamente tudo o que fazemos tem influencia de práticas culturais e os grupos fortalecem as práticas culturais. ▸ Envolvem interações de comportamentos de diversas pessoas e processos que perduram no tempo mesmo com a total substituição das pessoas ↪ É mantido pelo entrelaçamento de contingências individuais e pelo produto agregado ▸ Envolve aprendizagem social que influencia na nossaforma de se comportar. ▸ Exemplos de práticas culturais: ↪ Produzir um artefato / produto - Aprendemos com os outros, com o que os outros fazem. ↪ Querer saber quem é o novo namorado, de qual família ele é, onde ele mora, etc, é um resquício da prática familiar de constituição de família, dos casamentos arranjados, por exemplo. ↪ Barganha e pechincha varia de cultura para cultura ▸ Práticas culturais envolvem comportamentos verbais: regras, crenças e valores sociais: ↪ Não roubar, ajudar a quem precisa, respeitar os mais velhos ▸ Podem ser aprendidos desde a infância pelas histórias infantis ▸ Envolvem não só controle antecedente (regras, relatos, opiniões), mas também controle consequente, a reação do grupo ou sociedade: quando a gente age ou não de acordo com as regras, crenças e a valores Controle antecedente: saber o que o grupo está dizendo que é correto Controle consequente: é muito importante! Não adianta ensinamos algo se o que está sendo valorizado é diferente do que foi ensinado. ↪ ensinar que devemos nos amar da forma que somos, mas na realidade existe um padrão de beleza que é supervalorizado. controle social ▸ Quando pessoas manipulam variáveis que afetam o comportamento de outro indivíduo ↪ nosso comportamento é uma variável que afeta o comportamento do outro: uma postura corporal, uma fala ↪ isso acontece o tempo inteiro dentro dos grupos. SITUAÇÕES DE CONTROLE SOCIAL MAIS PROBLEMÁTICAS ▸ Situações de competição: em que membros de um grupo competem por recursos limitados (o que é reforçador para um, é aversivo para o outro – quando um ganha, o outro perde) ↪ exemplo - competição por vagas em universidades, situações de guerra entre países CONTROLE SOCIAL PELO GRUPO ▸ Controle social pelo grupo = grupo controlando o individuo ▸ Comportamento do indivíduo é punido ou reforçado pelo grupo dependendo da produção de reforço ou punição para o grupo, contingente ou acidental. acidental: as vezes acontecem coisas que não foram nossa responsabilidade. Quando algo que o grupo reforça ou pune na gente aconteceu por outros motivos e não pelo nosso comportamento. Contingente: quando é dependente/influenciado pelo nosso comportamento ▸ O grupo pune ou reforça o comportamento dos indivíduos a depender do que é reforçador ou aversivo para o grupo. ▸ Exemplo: uma pessoa de um grupo religioso que orienta alguém a casar com uma pessoa ↪ se ela não se casa, isso vai contra a orientação/norma/regra do grupo religioso > é aversivo para o grupo, então o grupo vai puir de alguma forma o comportamento do sujeito. ↪ se ela se casa, seguindo a orientação da igreja, esse comportamento vai fornecer aprovação do grupo religioso. ▸ Um comportamento tradicionalmente reforçado ou punido pelo grupo pode permanecer assim mesmo tempos depois de perder seu poder reforçador ou punidor para o grupo ▸ Algo que foi importante para o grupo lá atrás não é mais!! Possibilidade de intervenção. ▸ Controles que foram importantes em algum momento no passado, mas que quebra-los atualmente pode não produzir estimulação aversiva pra ninguém. – mas não quebramos, aprendemos que é de tal jeito ▸ Outro exemplo de controle pelo grupo: situações que podem produzir reforços no curto prazo mas punição no longo prazo, como grupo de amigos que desenvolve uso abusivo de substâncias agências de controle ▸ Dentro do grupo, agências de controle manipulam conjuntos de variáveis específicas e são mais bem sucedidas em controlar o comportamento dos indivíduos: avaliam e liberam consequências para comportamentos individuais. ↪ são muito mais fortes para controlar o comportamentos dos indivíduos nos pequenos grupos [maior eficácia na gerência do comportamento] ↪ cada agencia faz um julgamento diferente, que representa sua forma se controlar o comportamento Governo: legal/ilegal Religião: bem/mal Psicoterapia: prejuízo/benefício Economia: ganhos/perdas Educação: certo/errado ▸ Agências de controle diferentes estarão lidando com questões e com julgamentos diferentes ▸ As agências de controle atuais são presumivelmente versões evoluídas de práticas culturais cujos efeitos foram benéficos para as culturas que as promoveram ▸ Importância em saber a forma que agências exercem seus controles e quais os efeitos desse controle no comportamento dos controlados (contingências). ↪ as decisões das agencias de controle sempre vão interferir/afetar nos pequenos grupos. ▸ Práticas culturais de agências controladoras produzem reforçadores para comportamentos que, por sua vez, produzem reforçadores para a agência ↪ Exemplo: estimular a jogar na loteria ▸ Práticas culturais vão produzir consequências imediatas (de curto prazo) e consequências a longo prazo (própria sobrevivência da prática) ↪ Professores universitários ensinam alunos [consequência imediata] e assim fortalecem importância e credibilidade da profissão (entre outros reforçadores) [longo prazo] * Para manter as praticas culturais, as consequências imediatas são mais importantes!!! GOVERNO ▸ A principal função das agências governamentais atualmente, é a restrição do comportamento dos membros de grupos sociais. ▸ A principal forma de controle pelo governo se dá por punição ou reforçamento negativo ▸ Exemplos: • Apresentação de punidores: multas • Remoção de reforçadores: restrição de liberdade • Remoção de punidores: isenção de impostos para atrair investimentos ▸ Entretanto, eventualmente, os governos recorrem ao controle por reforçamento positivo – geralmente relacionados a noção de justiça social e programas sociais MÍDIA ▸ Controla comportamento divulgando informações e produzindo o conhecimento socialmente produzido ↪ o que sabemos dos fatos é proveniente do que é divulgado Os controlados são os consumidores da informação que ficam sob controle de uma realidade construída, sem contato direto com o ambiente, sendo passíveis de manipulação. ▸ Algumas informação não chegam ate nós! ↪ Através do que é selecionado para ser veiculado, da censura e da veiculação de informações distorcidas [forma de controle da mídia] ↪ essa seleção do que é divulgado também define a construção do saber social – o que temos acesso em termos de informação ↪ o poder da mídia é potencializado quando não há como o indivíduo verificar a informação (por meio de outra fonte de informações ou por meio do contato direto com o ambiente) ↪ dificilmente temos essa informação e que algo realmente aconteceu ▸ O controle da mídia envolve tatos acurados (1) , tatos distorcidos (2) e intraverbais (3) 1. Observa algo e descreve de forma acurada, o que de fato aconteceu. 2. Uma informação que vai distorcer a situação que foi vivenciada (não recorda ou intencional) 3. Resposta verbal sobre controle de outra resposta verbal e não por algum fato que aconteceu. ▸ A mídia é uma grande formadora de opinião, ditando padrões, comportamentos, regras... INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA ▸ Para Skinner, é mais uma forma de exercer controle social. ▸ Controle pelo grupo social: ao longo da vida, os grupos restringem alguns comportamentos que são necessários de serem restringidos, mas, esse controle é tão intenso que acaba restringindo comportamentos que não são necessários de serem restringidos. ▸ Esse processo de restrição gera alguns subprodutos (que não é intenção do grupo gerar aquilo), . ↪ alguns prejudiciais para o indivíduo e para o grupo quando o controle é excessivo ou inconsistente ↪ controle social equilibrado é fundamental nos grupos, o problema são os extremos. * Exemplos: • Fuga: descrença como fuga do controle religioso • Revolta: vandalismo e destruição da escola como fuga do controle educacional • Resistência passiva: greve de empregados como fuga do controle do empregador▸ Formas de reagir ao controle da agencia controladora – contracontrole. ▸ Campo da intervenção psicológica envolve esses produtos do controle social que incapacitam o indivíduo ou que sejam perigosos para ele ou para outros > é com isso que o psicólogo lida ▸ O controle social produz efeitos no campo da emoção enquanto respondente e no campo do comportamento operante. e m o ç ã o: ▸ Ansiedade: estímulos pré-aversivos presentes ou relacionados com situação aversiva ▸ Vergonha, culpa ou sentimentos de pecado: variáveis motivacionais que reduzem probabilidades de comportamentos de contracontrole. ▸ Ira e raiva: emoções que acompanham a revolta ▸Variável motivacional para agir agressivamente contra o agente controlador ou outras pessoas e coisas ▸Depressão: emoções presentes na resistência passiva ▸ Mal humor, indiferença e tédio * Grande maioria de emoções desagradáveis são geradas por controle social do grupo ou das agências controladoras religiosas ou governamentais (quando ocorre de modo intenso) c o m p o r t a m e n t o o p e r a n t e Controle por estímulos deficiente ▸Após punição severa o indivíduo pode emitir respostas discriminativas deficientes ou inexatas ▸ Pode se recusar a encarar a situação, mesmo sem se dar conta disso ▸ Pode reagir de forma atípica a uma situação como evitação do controle Autoconhecimento deficiente ▸ Não consegue perceber o quanto seu comportamento está sendo prejudicial pra si mesmo ▸ O indivíduo pode reagir de forma deficiente aos estímulos gerados pelo seu próprio comportamento ▸ Interpreta como competência e bravura algumas atitudes para fugir dos efeitos da punição por incompetência e covardia (se julgar como competente para encobrir algo que não conseguiu fazer) ▸ Delírios de grandeza (pensamentos extremamente reforçadores) podem ser eficientes em disfarçar a estimulação aversiva advinda de sentimentos de culpa e vergonha ▸ Autoestimulação aversiva - o indivíduo se prejudica ou contribui para que outro o prejudique ▸ Autoestimulação aversiva é menos aversiva que a culpa, vergonha ou ansiedade provocados pela sinalização da punição iminente proposta da psicoterapia ▸ Lidar com subprodutos do controle social extremo – não é atuar sobre os sintomas diretamente e sim sobre as contingências das quais o comportamento é função. ↪ Controle muito frouxo: intensifica o controle para a pessoa aprender a lidar com alguns limites ▸ Promove novas contingencias para o individuo aprender o que a historia de vida não ensinou ▸ Função de intervenções psicológicas: reconhecer controle nas interações entre pessoas e entre pessoas e grupos ▸ Amplia conhecimento sobre situações sociais – é necessário conhecer para além do que acontece dentro do grupo, pois afetam na forma que o grupo funciona ▸ Contribui para relações mais saudáveis •Função do psicólogo que trabalha com grupos ▸ Gerar oportunidade para que o autoconhecimento aconteça, tanto a nível individual como grupal. ▸ Levar o grupo a conhecer seus processos de funcionamento: relações estabelecidas, formas de resolver problemas, etc ▸ Ensinar grupo a realizar análises dos comportamentos comuns no grupo, aprendidos em grande parte por modelação e modelagem dentro ou fora do grupo ▸ Explicitar formas de controle prejudiciais aos objetivos do grupo ▸ Explicitar controles exercidos por outros grupos (educação, governo, diferentes setores em uma organização, religião, cultura) RELAÇÕES DE EXPLORAÇÃO, COMUNICAÇÃO E HABILIDADES SOCIAIS n a s r e l a ç õ e s g r u p a i s ▸ Somos seres altamente sociais e culturais ▸ Nas relações sociais, muito de nossa estimulação, reforço e punição provêm uns dos outros: assim como em outras espécies. ↪ muito do que mantém nosso comportamento vem de outras pessoas (mediadas socialmente). ▸ A cultura nos diferencia de outras espécies ↪ nós aprendemos e ensinamos por meio de arranjo de contingências, por modelação e reforçamento social. ▸Gerenciamento e governo reflete uma forma social do comportamento humano. RELACIONAMENTO OU RELAÇÃO ▸ Existe quando há interações frequentemente repetidas. ↪ Relações familiares ↪ Frequentar sempre o mesmo bar, conhecer garçons e frequentadores ▸ As relações podem classificadas em mais amplas ou mais restritas ↪Mais amplas: na medida que se percebe mais variação, mais diversificação nas ações e nos reforçadores (o que mantém a relação) ▸ Quanto mais ampla a relação, mais qualidade ela possui. A maior diversidade de reforçadores (de qualidade, não apenas de quantidade) favorece maiores vínculos. ▸ Baixa qualidade e quantidade dos reforçadores diminui a probabilidade da manutenção das relações. Comprar pão sempre na mesma padaria, mas as interações envolverem só cumprimentos e algumas trocas de palavras – variação menor em termos de comportamentos e reforçadores ≠ Relacionamento conjugal, que envolve vários comportamentos e interações necessárias para o casal. (contato sexual, cuidar dos filhos, ter objetivos em comum, sair juntos, etc) igualdade ou desigualdade ▸ Relações de igualdade: quando interações incluem atos e reforçadores de mesmo tipo para ambas as partes. ↪ Irmãos afetuosos que tomam emprestado e emprestam um para o outro ▸ Relações de desigualdade: sobreposição de atos e reforçadores não existe ou é pequena. Troca de reforçadores é diferenciada. ↪ O legislador faz leis, o cidadão as segue▸ Essas análises das relações se aplicam a: Indivíduos > indivíduos Indivíduos > instituições (cidadão e legislação) Instituições > instituições (governo e universidade) ▸ Quaisquer que sejam as pessoas que desempenham papéis institucionais, as relações de reforço permanecem as mesmas. - existe uma regularidade nas funções reforço mútuo ▸O reforço mútuo é a chave para todo o relacionamento – é o que mantém a relação ▸ Em qualquer relação, por mais injustas que sejam, existem reforçamento mútuo. ↪ Se está no relacionamento, existe reforçamento. Qualquer comportamento que ocorre está sendo mantido de alguma forma. ▸ Em qualquer relação, inclusive entre indivíduos e instituições, todos os envolvidos devem se beneficiar de seu funcionamento para que seja mantida ↪ envolve reforços que afetam comportamento do indivíduo e reforços que afetam comportamento da instituição ↪ exemplo: pessoa que faz empréstimo em banco é beneficiada porque precisa do dinheiro, mas também beneficia ao banco por meio do pagamento de juros ↪ nessa situação envolve igualdade em termos de reforço (o reforço nos dois casos é o dinheiro), mas envolve iniquidade, pois a pessoa sai mais prejudicada exploração ▸ A relação de exploração é necessariamente uma relação de iniquidade ▸ Iniquidade só é contactada quando alguém sai muito prejudicada daquele tipo de arranjo da situação. * Desigualdade não implica iniquidade: desigualdade é diferença no tipo de reforçador, iniquidade é na quantidade e qualidade de reforçador. ▸ Exploração é uma Interação com reforço mútuo, porém com iniquidade de reforços > uma pessoa é muito mais favorecida do que a outra, há uma injustiça de benefícios dos reforçadores. ▸ A relação de exploração é uma relação de iniquidade intensa, que envolve prejuízos em longo prazo. ▸ Governo pode implementar medidas para proteger cidadãos dessas situações de exploração ↪ Carga horária para o trabalhador, leis contra trabalho infantil ▸ Envolve reforçamento para ambas as partes ▸ Para o explorado, o reforçamento é maior no curto prazo e a punição é maior no longo prazo ↪Punição é postergada e gradualmente cumulativa: torna difícil a identificação ↪ envolveconsequências atrasadas > que não controlam o comportamento ↪ exemplo: trabalho infantil - Situação vantajosa para a criança no curto prazo, mas desvantajosa no longo prazo pois impede acesso a brincar e estudar, importante para inserção social e no mercado posteriormente ▸ Na exploração, em curto prazo há reforçadores que mantém a relação. No longo prazo o prejuízo vai se acumulando para o explorado. ▸ Um bom explorador fornece reforçadores para que o explorado não se perceba em uma relação de exploração > situação do escravo feliz. ↪ Escravo feliz: se compara consigo mesmo em uma situação anterior, mas não se compara com o patrão que tá ganhando lucros absurdos naquela situação. ↪ pior que coerção, pois a pessoa pode se sentir contente a curto prazo e só descobrir a exploração muito tempo depois quando já está muito prejudicada (e se descobrir!) ▸ O contexto maior permite identificar que a pessoa está numa relação de exploração. ↪A comparação com outras pessoas e experiências permite identificar as relações de exploração. (muito melhor para o outro do que pra você). REVERTER-RELAÇÕES-DE-eXPLORAÇÃO 1º passo: identificar uma relação de exploração – fazendo com que a pessoa se compare, compare seus relacionamentos com outros, inclusive com quem está hierarquicamente acima. 2° passo: identificar quais as habilidades sociais que a pessoa precisa para sair da relação de exploração HABILIDADES SOCIAIS ▸ Repertório que inclui diferentes classes de comportamentos emitidos para completar com sucesso tarefas sociais ↪para melhorar os vínculos que estabelecemos ▸ Nas relações de exploração - usar habilidades sociais para exercer contracontrole ▸ No cotidiano, muitas das pequenas violações aos direitos das pessoas não recebem acolhimento nas instâncias de justiça e precisam ser resolvidas no âmbito das relações, o que requer um desempenho socialmente competente. Comportamento socialmente competente ou habilidoso ▸ Dentre as possibilidades de reforçamento disponíveis, opção que gera melhor distribuição de reforçadores para si e para os outros ↪que os ganhos do relacionamento sejam mais comparáveis, mais próximos ▸ Esse desempenho pode incluir habilidades específicas de expressar opinião ou desagrado, fazer pedidos, protestar, solicitar mudança de comportamento do outro, especificar consequências para a situação atual e para o equilíbrio pretendido na relação. ▸ Comportamento socialmente habilidoso gera reforçadores para si e para outros na interação. É importante identificar os: Estímulos discriminativos que evocam comportamentos reforçadores para indivíduo – autoconhecimento Estímulos discriminativos que evocam comportamentos reforçadores para outros na interação – conhecimento do ambiente ↪ é preciso saber o que é reforçador pra o outro, mas também o que é reforçador pra mim – identificar os estímulos discriminativos relacionados a esses reforçadores para buscar uma distribuição igualitária ↪ Comportamento socialmente habilidoso gera a possibilidade de prever o comportamento do outro ▸ Importante se atentar aos estados emocionais - atuam como operações estabelecedoras aumentando probabilidade de reforçamento ou punição para comportamentos de ambos ↪motivação nos leva a encarar as situações de forma diferenciada Importância das habilidades sociais ▸Desempenhos socialmente competentes estão correlacionados com: ↪ relações pessoais e profissionais mais produtivas, satisfatórias e duradouras ↪ Melhor desempenho acadêmico e profissional principalmente nas profissões que envolvem contato com outras pessoas (Área de saúde e educação), e no trabalho em equipe ↪ Melhor saúde física e psicológica ▸Habilidades de assertividade e enfrentamento são um fator de proteção e resiliência diante de fatores de risco à saúde psicológica Desempenhos deficitários em HS – o que não é comportamento socialmente habilidoso ▸ Agressivos: atendem apenas aos próprios interesses ↪faz valer apenas os próprios direitos e interesses, se prioriza em detrimento do outro ▸ Passivos: atendem apenas aos interesses dos outros ↪abrem mão de si ▸ Esses desempenhos estão relacionados com dificuldades e conflitos nas relações com outros, pior qualidade de vida e transtornos psicológicos Déficits de aquisição ▸ Quando a pessoa não sabe o que fazer, nunca fez aquilo, é uma situação totalmente nova ▸ Falta de conhecimento sobre como agir em determinada situação ▸ Inabilidade em apresentar sequência de comportamentos ▸ Dificuldade em reconhecer qual habilidade social é requerida ↪ Quando há déficit de aquisição, pode recorrer a modelagem de um comportamento – cria uma situação onde a pessoa precise desempenhar aquele papel Déficits de desempenho ▸ Acontece quando o individuo sabe o que deveria fazer e como deveria fazer, mas não executa naquela situação específica ▸ Falha no desempenho de uma habilidade social quando o indivíduo sabe o quê e como fazer ▸ Pessoa pode apresentar comportamentos em seu repertório mas este não ocorrer em situação específica: ▸ Respondentes que interagem e bloqueiam operantes – sentir muita raiva, alegria, tristeza ▸ Autorregras – princípios que foram ensinados que é errado fazer algo ▸ Controle insuficiente dos estímulos ambientais, internos ou externos ao organismo, sobre o comportamento ↪ na hora a pessoa não consegue perceber que deveria ter falado, só depois que passou ↪ não requer modelagem, a pessoa já sabe o que fazer, é só se expor a situação. * Importante conhecer qual o tipo de déficit para planejar a intervenção e se realmente é necessário uma intervenção. Não há necessidade de usar habilidades sociais sempre, apenas quando há algum prejuízo. Critérios de avaliação ▸ Critérios para saber se comportamentos sociais são efetivos/competentes ▸ Os critérios não são extremamente objetivos. Não é necessário ter todos eles. ↪ Objetivos da interação são atingidos ↪ Autoestima é mantida ou melhorada: atende a interesses do indivíduo ↪ Qualidade da relação é mantida ou melhorada: atende a interesses de outros envolvidos ↪ Maior equilíbrio de ganhos e perdas entre parceiros na interação ↪ Respeito e ampliação dos direitos humanos básicos Tipos de habilidades sociais Automonitoramento/autoconhecimento: ▸ Processo pelo qual as pessoas observam e registram pensamentos sobre si mesmas em suas interações com o meio. ↪ envolve conhecer e descrever contingências que afetam o próprio individuo ▸ Reduzido repertório de automonitoria pode produzir menos reforços e está relacionado com dificuldade em descrever o próprio comportamento ▸ Pessoas com bom repertório de automonitoria: ↪Conhecem seu repertório de comportamentos públicos e privados e as contingências que os controlam – sei o que me afeta, sei o que me chateia, sei quando perco o controle ↪ Conhecem seus recursos (potencialidades e vulnerabilidades) e planejam metas de acordo Habilidades sociais de comunicação ▸ Verbais: Utilização de termos (adequação dos termos ao ambiente em que está), ordem de exposição de ideias ▸ Não verbais (aprendidas por modelagem e ensaio comportamental): complementam, ilustram ou se opõem à verbal. Adquirem significados diferentes a depender do contexto que ocorrem: ↪Tom de voz, contato visual, expressão facial, postura, gestos ▸Fazer e responder perguntas: importante na maioria das situações e essencial para algumas atividades, como fazer entrevistas. ↪ Perguntar envolve discriminação e flexibilidade para formular perguntas em diferentes momentos da interação (conhecer a hora de perguntar) ↪Componentes como entonação e volume da voz, expressão facial e gesticulação podem determinar funções de perguntas – perguntas podem funcionar como pedido, sugestão,ordem ▸ Dar e receber feedback: ↪ Feedbak: Descrição verbal sobre o desempenho de outra pessoa ↪ Essencial para modelagem tanto do comportamento do cliente/usuário quanto do estagiário ▸ Gratificar e elogiar: ingrediente relevante nas relações sociais satisfatórias e equilibradas. ↪ A eficiência do instrutor/professor/pais/agentes educativos em geral, cresce com essa habilidade. ↪ O elogio pode ser sincero e pertinente ou manipulador ↪ Receber elogio pode ser aversivo para pessoas tímidas devido a reações fisiológicas condicionadas a partir da atenção do outro ou por não acreditam no elogio ▸ Iniciar, manter e encerrar conversação: • Aproximar-se no momento apropriado • Apresentar-se • Ouvir o outro e discriminar seus interesses • Fazer perguntas • Demonstrar senso de humor • Pedir e expressar opinião • Expressar sentimentos positivos • Fazer pedidos ou propostas • Apresentar feedback • Elogiar • Encerrar diálogo * Pessoas com dificuldades podem deixar encerramento por conta do outro e situações constrangedoras podem surgir Habilidades sociais assertivas de enfrentamento: direitos e cidadania ▸ No cotidiano, muitas violações são resolvidas no nível das relações o que requer desempenho socialmente competente. ▸ O exercício da cidadania requer: • Conhecimento de desequilíbrios e desigualdades de oportunidades (ex., relações de exploração) • Habilidades de organização para definir e buscar objetivos coletivos • Renunciar ao comodismo e individualismo • Respeito à decisão da maioria • Coordenação de grupos • Relacionamento com autoridades • Ações coletivas para reparar prejuízos e desequilíbrios nas relações entre categorias sociais Assertividade: Afirmação dos próprios direitos e expressão de pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, honesta e apropriada que não viole o direito das outras pessoas. ↪ É usualmente aplicada às situações que envolvem algum risco de consequências negativas. ↪ Caracteriza um tipo de enfrentamento que requer autocontrole de sentimentos negativos despertados pela ação do outro ou a expressão apropriada desses sentimentos. ↪ Defender os próprios direitos ou de outro; discordar; solicitar mudança de comportamento ▸ Fazer, aceitar e recusar pedidos: ↪ Mostrar ao outro o que necessita (exposição para o outro saber o que eu quero) ↪Importante discriminar forma, ocasião e a quem é dirigido o pedido ↪Recusar ou atender a pedidos depende também da avaliação da necessidade do outro, da ocasião e forma do pedido ↪ Atender a pedidos pertinentes expressa solidariedade e cooperação; ↪ Atender a pedidos abusivos expressa dificuldade de recusa. ▸ Desculpar-se e admitir falhas: ↪Inclui desfazer mal entendidos, diminuir ressentimentos e superar divergências no relacionamento ↪Não inclui justificativa ou promessa de mudança ▸ Expressar raiva e pedir mudança de comportamento ↪ expressar emoções negativas sem alterar qualidade dos relacionamentos é difícil e controlar e reprimir sentimentos pode intensificá-los ↪ a expressão dos sentimentos negativos deve ser feita de forma adequado ↪ não se confunde com um mero desabafo e deve ser acompanhado de pedido de mudança de comportamento ▸ Lidar com críticas: ↪ receber críticas envolve: aceitar, rejeitar ou ignorar ↪ avaliação para fazer ou receber críticas envolve -veracidade, forma, ocasião, objetivo (desabafo, vingança) ↪ fazer críticas: apenas ao que é criticado, orientada ao comportamento e não à pessoa, controlar emoção excessiva Habilidades sociais empáticas ▸ São exercidas como reação às demandas afetivas do outro ▸ Compreender e sentir o que o outro sente, comunicando-lhe tal compreensão ▸ A comunicação verdadeiramente empática pode: • Validar o sentimento do outro • Reduzir tensão • Fortalecer vínculos e disposição para partilhar • Recuperar autoestima • Intensificar comunicação • Predispor à análise do problema e à busca de solução ▸ É diferente de prescrição ou conselho (reações pró-empáticas – atitudes conformistas) ▸ Essencial para o trabalho do psicólogo Conclusão ▸ Habilidades sociais são diversas e amplas ▸ Dependentes de contexto ▸ Pessoas normalmente apresentam algumas habilidades e não outras ▸ Depende de história de aprendizagem ▸ Não tê-las não é necessariamente é um problema [tudo depende da situação] Grupos operativos ▸ “Todo grupo operativo é terapêutico, mas nem todo grupo terapêutico é operativo” ➞ os grupos operativos são terapêuticos por promoverem mudanças nos indivíduos que os compõem. ▸ Os grupos operativos foram introduzidos por Pichon Rivière na década de 40. ▸ Para Pichon, o individuo não pode ser considerado um ser isolado, e sim incluído dentro de um grupo, pois ele é resultado dos vínculos que estabelece com os outros. ▸ Um grupo é o resultado da dialética entre: ↪ a história do grupo/denominador comum compartilhado pelo grupo (movimento horizontal) ↪ e a história dos indivíduos com seus mundos internos, suas projeções e transferências (movimento vertical) no suceder da história da sociedade em que estão inseridos. ESTRUTURA Depositado: Algo (conteúdo) que o grupo ou o indivíduo não pode assumir e o coloca em alguém que por suas características o aceita e assume Depositário: é aquele no qual é projetado esse conteúdo, aquele que recebe o que é depositado: bode expiatório, radar, porta voz, condensador Depositante: são aqueles que projetaram e colocaram no depositário (aquele que deposita) DEFINIÇÃO E OBJETIVO ▸ Definição de grupo operativo: conjunto restrito de pessoas, que, ligadas por constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua representação interna, propõe-se (implícita ou explicitamente) a uma tarefa que constitui sua finalidade. ▸ Objetivo: realização da tarefa e aquisição do processo de aprendizagem ↪Aprendizagem: mudança, apreensão da realidade de forma transformadora tanto do contexto como de si próprio ↪Ocorre a partir da comunicação e interação entre os membros ▸ A tarefa vai depender do campo operativo do grupo. Trata de resolver o denominador comum de ansiedade do grupo. ↪ se for um grupo ensino-aprendizagem, a tarefa vai envolver ansiedades ligadas à aprendizagem. Fatores fundamentais: ▸ Vínculo: representação subjetiva de cada um dos membros sobre si e sobre os outros, construída na interação ↪ Existe vínculo quando o outro deixa de ser ignorado e passa a fazer parte do nosso pensamento, preocupação, lembrança, fala e interesse Momentos de um grupo operativo ▸ É a trajetória percorrida pelo grupo para alcançar seus objetivos. ▸ Pré-tarefa: grupo trabalha resistências ao novo e às mudanças necessárias ↪ É onde predomina as ansiedades e medos frente ao desconhecido que são obstáculos para “entrar na tarefa”. ↪ Há também a dissociação entre agir, sentir e pensar. ▸ Tarefa: Constitui no organizador dos processos de pensamento, comunicação e ação entre os membros. ↪ É o momento onde os medos que alicerçam as resistências são trabalhados. ▸ Projeto: A tarefa leva a construção do projeto, que é o propósito original do grupo, motivo para início da interação. ↪ Tem o objetivo de mudar as formas estereotipadas de funcionamento e a integração entre o agir, o sentir e o pensar. ↪ Nessa fase o grupo planeja suas ações futuras com base nas aprendizagens advindas do grupo Composição: ▸ Facilitador ou coordenador: • Cria condições que facilitem o processo e a tarefa, cuidando da comunicação e da superação das dificuldades na realização da tarefa • Pensa junto com o grupo, integra o pensamento grupal, facilitando a comunicação • Indaga e problematiza, estabelecendo algumas articulações entre as falas e os integrantes, sempre direcionando o grupo para a tarefa comum• Explicita reações grupais para flexibilizar o grupo • Observa os estados e climas do grupo para uso de suas reflexões e interpretações. • Conduz grupo à coerência entre atitudes e relatos ▸ Observador ou relator: observa, sistematiza e registra falas e ocorrências ▸ Integrantes: protagonistas na realização da tarefa ▸ Diferenças individuais e falta de recursos para lidar com as diferenças pode dificultar a comunicação entre os membros ↪ É importante que o facilitador desempenhe bem o seu papel para facilitar o processo. ▸ O enquadramento ou contrato é importante para manter a coesão do grupo. ↪ Pontos importantes para a convivência são levantados pelos membros: respeito à fala e opiniões, tempo de duração, dias e horários dos encontros Grupos terapêuticos ▸ Diferente dos grupos operativos, nos grupos terapêuticos não existe uma tarefa/objetivo delimitada a priori na formação do grupo – trabalha-se com toda a demanda que aparece no grupo e tem uma perspectiva terapêutica (discutir e compartilhar questões pessoais e aliviar sintomas). ▸ Objetivos são formulados na interação grupal ↪Critérios de inclusão precisam ser definidos para garantir coesão ▸ Conteúdos abordados nos encontros relacionam-se à maior amplitude de experiências vividas pelos membros ↪ Dependendo da abordagem, terapeuta pode introduzir conteúdo ▸ Pode ter embasamento em abordagens diferentes. ↪ Em qualquer abordagem, a validação e expressão saudável de sentimentos é trabalhada ↪ O papel do psicólogo é de fortalecer a expressão dos sentimentos ▸ É um grupo de organização mais livre, e o conteúdo trabalhado depende do que cada individuo leva para o grupo. ▸ É muito mais imprevisível do que o grupos operativos, vistos que estes já possuem atividades pré- estruturadas. ▸ A função do grupoterapeuta envolve fazer perguntas que provoquem reflexões nos integrantes, assinalar contradições nas falas trazidas, possibilitar aos membros novas alternativas de posicionamento e promover insights que resultem em mudanças internas e na conduta exterior. ▸ Além disso, o psicólogo em um grupo terapêutico precisa gostar do grupo, ser verdadeiro, ter empatia, saber se comunicar, não ter medo de se envolver afetivamente – sem no entanto, ficar envolvido, respeitar a maneira de cada um ser como é, e sobretudo, ter a capacidade de síntese e integração. R e a ç õ e s G r u p a i s ▸ Ao longo das atividades, os membros do grupo assumem e atribuem papéis uns aos outros, que dependem das expectativas que se tem sobre cada integrante. ↪ Exemplo: Líder de mudança ou resistência, bode expiatório, pessimistas, otimistas, oportunistas ▸ Quanto mais plásticos forem os papeis, mais saudável é o grupo. E quanto mais estereotipados os papeis, mais patológico ele se torna. ↪ Grupos com papéis rígidos podem encontrar dificuldades na saída de um membro. ↪ Quando há plasticidade de papéis eles podem ser inter-cambiados entre os membros, portanto enfrentamento e vínculos são maiores ▸ A vivência no grupo mobiliza sentimentos e atitudes, chamadas de Reações G (reações grupais) ↪ elas podem acontecer em qualquer tipo de grupo, terapêutico ou não. ↪ são formas de defesa que o grupo possui na tentativa de manter a sua homogeneidade ▸ Ao facilitador, enquanto líder do grupo, exige- se a habilidade de lidar com as mudanças e de estar atento as reações grupais (explicitá-las e trabalhá-las) Homeostase ▸ Equilíbrio sempre buscado e muitas vezes resultante nas reações G ↪ o grupo busca sempre atingir um equilíbrio entre as ansiedades, desejos e expectativas dos membros ↪ quando o grupo atinge um certo grau de homeostase, surge um forte sentimento de pertencimento, criando um forte grau de coesão Transferência múltipla ▸ Transferência de sentimentos arcaicos, vividos pelos membros do grupo em relação a membros de sua família e convívio e dirigidos a pessoas no grupo. ↪ primariamente é dirigido a facilitador mas se dilui entre os membros do grupo ↪ quando o individuo se move em direção a uma pessoa, contra ela, para longe dela, ou percebendo uns aos outros de forma distorcida, de modo a atender suas necessidades. Ataque ao facilitador ▸ O facilitador é constantemente contestado, contrariado, agredido pelo grupo de forma verbal direta ou indireta ↪ pode ser movido por ciúme de um participante por achar que o facilitador se dedica apenas à algumas pessoas Teorização ▸ Discussão sem ligação lógica com a realidade do grupo, evitando envolvimento emocional com a tarefa. Pode refletir resistência ou aquecimento do grupo para discutir a temática ↪ Apresenta-se com maior intensidade nos inícios dos grupos, onde a atmosfera fria é pouco propícia para o individuo se expor em sua intimidade.. ↪ É necessário que o facilitador esteja atento a natureza da teorização, se é uma resistência, um momento de recarga de energias após uma experiência emocional muito forte, ou um aquecimento para uma situação emocional emergente. Ressonância ▸ Respostas dos indivíduos dependem de seu nível de maturação ↪ um fato, uma experiência, um sentimento vivido ou revivido por um participante atinge a cada membro de forma e intensidade diferentes. ↪ A experiência ressoa na “estrutura de referência” de cada um Desconfiança ▸ Quando as pessoas se mantém reservadas, preservando sua intimidade. Pode acontecer devido a fantasias ou experiência prévia. ↪ É uma reação constante quando as pessoas não se conhecem o suficiente para se sentirem seguras ↪ Pode vir camuflado em conteúdos de forte agressividade Apoio ▸ Necessidade dos membros de se ajudarem. ↪ A exposição de um membro pode levar ao apoio dos demais, por perceberem que também compartilham de situações semelhantes ↪ Reflexo da necessidade de manter a coesão grupal, de criar um sentimento de pertencimento ↪ o grupo como um todo se ajudando – não é só um apoio assistencialista, pode envolver sentimentos de compreensão pelos membros por partilharem da mesma situação Permissividade e socialização ▸ O indivíduo precisa estar à vontade no grupo para se expor, porém respeitando os limites da convivência e os direitos dos demais. ↪ Oferece a oportunidade do individuo realisticamente viver o seu aqui e agora, com plena consciência de suas responsabilidades, de seus limites, respeitando o limite do outro. ↪ Está ligada a aceitação e tolerância Subgrupos ▸ Ao longo do tempo, as pessoas se agrupam de modos distintos nos grupos ▸ Pode ser ocasionado por empatia, identificação, reciprocidade, etc. ▸ Podem surgir devido a problemas ou para fazer oposição a alguém Fragmentação e saturação ▸ Quando o grupo já não busca mais os mesmos objetivos e se veem como indivíduos isolados, não constituintes de um grupo. ▸Inexistência de coesão, perda do senso de grupo. ▸ Pode levar o grupo a sua desintegração ▸ Quando o grupo tem muito tempo de vida, pode surgir a saturação: pessoas se sentem saturadas; sensação de ineficácia do grupo, o que pode ocasionar evasão. Bode expiatório ▸ Membro do grupo que assume o papel de depositário dos aspectos negativos do grupo. ▸ Caracteriza-se pela concentração e liberação de agressividade ou culpa em um individuo ▸ Em grupos homogêneos, raramente acontece. É mais fácil de acontecer em grupos imaturos, competitivos, heterogêneos ou recém formados. Reação ao estrangeiro ▸ A entrada de novos elementos em um grupo causa reações que dependerá do próprio grupo, da natureza do grupo, do grau de homogeneidade, da maturidade e da preparação para a chegada do estrangeiro. Espelho ▸ Fenômeno que permite que o individuo entre em confronto consigo mesmo, em aspectos da sua imagem social e psicológica. ▸ Indivíduo percebe suas característicasrefletidas no grupo. Pode acontecer apoio quando características são compartilhadas pelo grupo. Condensador ▸ Explosão de sentimentos agressivos contra facilitador ou membro. Fenômeno de cadeia ▸ Subsequente ao condensador ▸ O condensador leva a criação de uma cadeia de sentimentos que se espalha por todos no grupo Associação reativa ▸ Acontecimento no grupo que remete ao passado de um dos membros Historiador ▸ Membro que está constantemente comparando o passado com o presente e buscando argumentos do passado que possam servir de apoio para resistir a uma nova ideia. – e apoiar seu próprio posicionamento Saída de um participante ▸ Gera uma tensão no grupo: medo da desintegração do grupo e sentimentos de perda, aflorados por essa situação Mudanças significativas em um membro do grupo ▸ Mudanças expressivas em um membro do grupo (ex: perda de emprego, doença grave, divórcio) repercute seriamente na atmosfera do grupo. Sensação de chegar a um planalto ▸ Sentimento de paralisação que ocorre geralmente com a saída de um membro e o grupo se sente exausto de buscar objetivos que não consegue alcançar – estagnação O acordo ▸ Negociação de expectativas para proceder a interação. ▸ Quando há rupturas, haverá desequilíbrios nas relações interpessoais. Sensação de plenitude ▸ Alto nível de prazer e fortes emoções vivenciadas pelo grupo. Ritmo e tensão ▸ Movimentos de forças favoráveis e contrárias ao desenvolvimento do grupo Radar ▸ Expressão de sentimento do grupo por parte de um dos membros na forma de atitudes sem muita clareza sobre as causas da reação Batalha entre os sexos ▸Disputa entre as partes do valor da potência que cada um dos sexos apresenta ▸Inicialmente se dá de forma velada, por piadinhas, por exemplo Disputa entre classes sociais ▸Geralmente quando há um membro que possui uma condição financeira acima do nível do grupo. Este é visto de forma diferente até que se prove que é igual ao grupo. Desintegração ▸ Morte, encerramento do grupo. ▸ Pode ser ocasionada por vários motivos, como resistência a mudanças, perda de objetivos e quebra de sigilo. Provocação ▸ Comportamento típico de estar constantemente provocando alguém do grupo. Geralmente disputando liderança. Coalizões ▸ Quando as pessoas não mais se articulam em torno de um objetivo. Traidor ▸ Depositário das forças que se opõem a construção da tarefa. Verticalidade e horizontalidade ▸ V: história pessoal do sujeito ▸ H: processo que ocorre no aqui e agora, com todos os membros do grupo Caos ou desorganização ▸ Objetivos individuais se sobrepõem aos coletivos. Grupo requer estruturação por parte do facilitador Silêncio ▸ Pode refletir dificuldade do grupo diante de uma temática, hostilidade diante da fala de algum membro, reflexão ou expectativa da fala do outro Sobre o facilitador ▸ O Facilitador também tem suas reações ao grupo e precisa ficar atento a elas para cumprir sua função ▸ Podem ser reações provocadas pelo grupo ou por membros do grupo também em outras pessoas ▸ Deve explicitar reações no grupo para facilitar a comunicação e resolução de conflitos no grupo ▸ Proporcionar autoconhecimento e autogerenciamento P S I C O D R A M A ▸ É uma forma de intervir em grupos muito influenciada pela fenomenologia e gestalt, e uma breve influência da psicanálise. ▸ Pode se aplicar na terapia familiar, nos grupos operativos ou mesmo na terapia individual verbal histórico ▸ Moreno foi o fundador do psicodrama. ↪ Possivelmente, sua vivência nas brincadeiras infantis em “ser Deus” influenciou sua obra, ocasionando reflexões posteriores ↪ Notou que na criança a espontaneidade é natural, sem censuras e sem referências sociais que comprometem o adulto. ▸ A criança é espontânea naturalmente, até uma certa idade, que depois passa a se limitar devido a regras sociais, fica mais tímida, tem menos liberdade pra fazer certas coisas. ↪ Isso embasa toda a compreensão de problema psicológico a partir do psicodrama ▸ A teoria de moreno foi desenvolvida ao longo de alguns momentos históricos diferentes, onde cada um dos períodos influenciou no desenvolvimento de sua teoria Religioso e filosófico: até 1920 ▸ Tema: as filosofias da existência ▸ Fé e crença religiosa, perplexidade e dor diante da Primeira Guerra, necessidade pessoal das relações fraternais, simplicidade, despojamento. ▸ Espontaneidade e criatividade como superação da doença Teatral e terapeutico: 1921 a 1924 ▸ Tema: o teatro ▸ Funda o Teatro da Espontaneidade: intenção de quebrar a “conserva cultural” (padrões, papeis tipicamente representados) do teatro da época (ainda não era usado como intervenção) ▸ Preconizava o poder da catarse (expressar suas emoções) do teatro, mas discordava do uso de textos decorados ↪ a proposta era de ir pra cena sem ter um texto pré-definido, que ele emergisse durante a cena. ↪ o que falar, o que fazer, acontece na espontaneidade, a medida que vão acontecendo Sociológico e grupal: 1925 a 1941 ▸ Emigra para os EUA ▸ Tema: preocupação com o social e com a dinâmica dos grupos ▸ Influenciado pela fenomenologia e pelo existencialismo, vinha de uma cultura européia decepcionada com a guerra, questionando valores e duvidando da superioridade das ciências para a superação dos problemas humanos ↪ a ciência ate então não estava dando conta do que estava acontecendo ▸ Criação da sociometria: medidas das relações no grupo – foco no que está acontecendo no grupo e como medir e avaliar esses processos. ↪ forma de medir a dinâmica do grupo Organização e consolidação: 1942 a 1974 ▸ Tema: estruturação de suas ideias como método de psicoterapia válido e aceito pela comunidade científica ↪ proposta de ser utilizada como intervenção, não só no contexto teatral, artístico, mas também como forma de intervir e gerar mudança e aprendizagem dentro do grupo * A questão da mensuração está muito presente no psicodrama, é uma preocupação enquanto intervenção ▸ Interesse pelo trabalho psicoterápico e pela formação de um grupo de doutrina, chamado Socionomia ↪ interesse em formar uma escola em que esses aprendizados fossem sendo repassados Recursos inatos ▸ Propõe que a espontaneidade e criatividade são essenciais para existência saudável ↪ Indivíduo espontâneo amplia sua capacidade criadora ▸ Toda essa questão do enrijecimento, o fato de não ser espontâneo está relacionado com essa questão do social que vai tolher a espontaneidade. ↪ É um processo que precisa acontecer a partir do momento em que se começa a se socializar. ↪ Processo de socialização que gera os problemas psicológicos (frutos do controle social) ▸ Maioria das pessoas é despojada de espontaneidade e criatividade por estar cercada de valores e regras sociais (conservas culturais) ↪ a proposta não é quebrar todas as regras sociais e romper totalmente com o processo de socialização Recuperar a espontaneidade: romper com os comportamentos estereotipados (conservas culturais) Teoria Socionômica ▸ Socionomia: estudo da leis que regem o comportamento social e grupal influenciados pela matriz de identidade ↪ A forma de entender o mundo é muito influenciada pela matriz de identidade, suas primeiras relações ↪ é como se a forma de se relacionar que a pessoa aprendeu nas primeiras relações também se refletisse dentro do grupo ▸ Sociodinâmica: estuda o funcionamento ou dinâmica das relações interpessoais ↪como as relações acontecem? ▸ Indivíduo concebido e estudado por meio de suas relações interpessoais ↪ Forma de entender o individuo a partir do que ele sente diante das relações ▸ Essa compreensão do individuo depende da Matriz de identidade e átomosocial: primeiras relações que o individuo vai estabelecer ▸ Primeiro ego-auxiliar: mãe, por meio da qual a criança vivencia a sociedade iniciando seu processo de socialização Sobre o psicodrama ▸ Psicodrama: tratamento do indivíduo e do grupo por meio da ação dramática ▸ Método: role-playing, jogo de papéis que permite ao indivíduo atuar dramaticamente em diversos papéis com espontaneidade e criatividade ↪ Esse desempenho de papeis tem o objetivo de tratar questões psicológicas ▸ Dramatização e compromisso dos membros em viver algo que os comove, que os envolve num conflito ↪ há uma mobilização emocional – algo que as pessoas não estão conseguindo lidar e que no cenário dramático vai acontecer e ser passível de intervenção ▸ A pessoa deve estar relaxada para dramatizar ↪ Ampliam-se as possibilidades de relações que permitem a resolução do conflito pelo indivíduo ↪ Se abrir mais pra perceber as estimulações do ambiente – quanto mais tenso, mais rígido: não só fisicamente, mas há uma rigidez psicológica também ↪ Diante de grupos tensos, é importante iniciar com jogos lúdicos para relaxar, aumentando a disposição dos participantes para jogar e diminuindo suas resistências para o trabalho de dramatizar (aquecimento) ↪ necessário pra que a pessoa se engaje na atividade de dramatizar] ▸ Pode-se utilizar a comunicação não verbal para compreender melhor os indivíduos ↪ Diferente do que comumente é preconizado no cotidiano (comunicação verbal) – acaba sendo uma quebra de conserva cultural . Características do jogo dramático ▸ Atividade voluntária que pode inclusive ser interrompida ▸ Regras específicas devem ser estabelecidas e aceitas pelo grupo ↪ contrato que permite o desenvolvimento da atividade posteriormente ▸ Tem tempo delimitado que varia de acordo com objetivos ou necessidades do diretor ▸ Tem espaço delimitado: contexto ↪ não é uma sessão psicoterápica que se trabalha com qualquer tema levantado, há um acordo dentro do grupo para delimitar determinado tema a se trabalhar ▸ Proposta lúdica: envolve desprendimento da vida real ↪ abstração! Uma garrafa pode fazer papel de uma pessoa ▸ Objetivo: catarse, identificação e possível resolução de conflitos ↪ O foco primário da dramatização é a catarse: que a pessoa realmente se expresse, sinta tudo que tinha que sentir ali naquele momento ↪ não há um objetivo direto de resolução de conflitos Tipos ▸ Psicodrama de grupo: protagonista pode ser um indivíduo ou o grupo ↪ situação de vida de uma pessoa do grupo é dramatizada ▸ Sociodrama: protagonista é sempre o grupo e as pessoas estão reunidas enquanto mantém alguma tarefa ou objetivo em comum, como estudar, trabalhar, viver juntos ↪ não há uma questão individual a ser trabalhada, e sim uma situação vivenciada pelo grupo ↪ exemplo: intervenção em família, é uma realidade vivida pelo grupo que está ali Princípios ▸ Recursos inatos do homem: espontaneidade, criatividade e sensibilidade ↪ entender que esses recursos vão sendo tolhidos durante o processo de socialização e que é responsável pelos problemas psicológicos ↪ fatores favoráveis ao desenvolvimento que podem ser perturbados por sistemas ou ambientes sociais constrangedores ▸ A possibilidade de recuperação desses fatores se dá pela renovação das relações afetivas e pela ação transformadora sobre o meio. ▸ Revolução criadora: recuperação da espontaneidade e criatividade por meio do rompimento com padrões estereotipados (conservas culturais) ↪ indica uma aprendizagem Conceitos ▸ Espontaneidade: capacidade de agir de modo “adequado” diante de situações novas, criando uma resposta inédita, renovadora ou ainda transformadora de situações preestabelecidas ↪ “adequado”: a si mesmo, presente nas situações afetivas e sociais ↪ adequado como menos prejudicial ▸ Conservas culturais: comportamento, usos, costumes e formas de se relacionar que se mantém idênticos em uma cultura ↪ quando muda, é muito pouco e mantém a mesma função - o que gera estereotipia, impede a pessoa de fazer algo inovador, criativo e espontâneo Fator tele ▸ Tele: capacidade de se perceber de forma objetiva, perceber o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas ↪ perceber a mim: como é que eu afeto as pessoas o ambiente; me perceber e perceber o outro] ↪ envolve empatia mas tbm envolve se perceber na situação de forma acurada ↪ autoconhecimento e conhecimento do contexto ↪ quando se tem clareza da realidade interpessoal ▸ A tele nem sempre acontece! Não predomina todo o tempo nas relações: existem distorções e equívocos. ↪ Experiências anteriores podem influenciar na vivência de uma situação como se ambas fossem semelhantes ▸ Transferência: embotamento da Tele ↪ quando sua história interfere tanto no grupo em que está vivendo que a pessoa distorce a realidade presente por não percebê- la ↪no psicodrama evita-se a transferência ↪ Transferência causa equívoco e sofrimento nas relações Pessoa A pode ter percepção de B que corresponde à realidade (utiliza tele sensibilidade). Porém, B pode não realizar a relação télica devido a transferência sobre A. ▸ A medida que as distorções télicas diminuem e que a comunicação flui, criam-se condições para a recuperação da criatividade e da espontaneidade. ▸ Medida do fator Tele: capacidade de cada elemento do grupo em captar sentimentos e expectativas dos outros em relação a ele e em relação aos outros ↪ é uma via de mão dupla ↪ medir o quanto esses aspectos estão distorcendo as relações e o quanto está dificultando o processo dramático O aqui e agora ▸ Interação humana deve ser entendida considerando apenas o presente e não o passado dos indivíduos ↪ investigação das características do interrelacionamento dos indivíduos envolvidos na situação tal como está ocorrendo. ↪ não significa que as pessoas não vão trazer coisas do que já viveram pro contexto, mas a vivencia do presente é mais importante. ↪ É importante trazer as pessoas pra vivenciar esse presente ▸ Averiguar na relação presente, o ódio, o amor, a inveja que A tem em relação à B enquanto estão ocorrendo Contexto: ▸ Social: realidade social tal como ela é, com suas leis, normas e condutas ▸ Grupal: grupo de pessoas que dramatiza, papéis e regras do grupo ▸ Dramático: realidade dramática, mundo imaginário e fantasia. Configura-se o “como-se” Composição ▸ Diretor: (terapeuta que coordena a sessão) ↪ Seleciona jogos e estratégias de acordo com objetivos ↪ Inicia o jogo dramático - conduz a prática ↪ Sugere modificações para ampliar visão e proporcionar insight do protagonista ↪pode sugerir mudanças na cena pra que pessoa tenha um insight e possa agir de forma diferente ↪ Conduz o estabelecimento das regras ↪Dirige o ego auxiliar ↪ o diretor vai dizer ao ego auxiliar o que e como ele precisa fazer ↪ Analisa situações e expressa suas opiniões ↪ como terapeuta, ele expressa o que está percebendo - é uma forma do diretor intervir ▸ Ego auxiliar: ↪ Tem contato direto com o protagonista, e é intermediário entre protagonista e diretor (é auxiliar do diretor e do protagonista) ↪ Representa papéis determinados pelo diretor ou protagonista ↪ Mantém protagonista no contexto dramático e facilita insights ↪a atuação do ego auxiliar faz com o que o protagonista tenha uma percepção ampliada do que está acontecendo na situação ↪ Observa e registra dados relatando-os ao diretor ▸ Protagonista: Centraliza o jogo e constrói o contexto dramático ↪quem traz sua vivencia para a dramatização (desenvolve o tema) ↪ Desempenha papéis (às vezes o dele, às vezes do outro, depende da técnica utilizada ↪ Expressa sentimentos e conflitos ▸ Cenário: ↪Onde se constrói o contexto,projetado de acordo com as necessidades terapêuticas. ↪ Campo de trabalho ▸ Auditório: ↪ Assiste à dramatização ↪ Colabora nos comentários objetivos ou subjetivos Teoria dos papéis ▸ Para Moreno o conceito de papel era mais apropriado do que o de personalidade, cujas formulações vagas impediam que fossem relacionadas a fatos observáveis e mensuráveis ↪ desempenhar papeis é o que as pessoas fazem quando se relacionam em determinado contexto ▸ Papel: menor unidade observável de conduta ↪ Forma de funcionamento que o indivíduo assume diante de uma situação específica com outras pessoas ou objetos ↪ Começam a surgir na matriz de identidade Papéis psicodramáticos no psicodrama ▸ Personificações de coisas imaginadas, reais e irreais ↪qualquer coisa que afete o protagonista pode ter seu papel desempenhado ▸ Ação dramática terapêutica leva a algo mais que a mera repetição de papéis como desempenhados no cotidiano. ↪ o diretor tem que fazer as pessoas saírem dos seus papeis tradicionais ▸ Permite insights profundos a respeito do significado dos papéis assumidos Instrumentos e técnicas ▸ Visam oportunizar que o protagonista encontre os papéis que vem evitando ou mesmo desempenhando sem convicção ou espontaneidade. ↪ Na dramatização pode encontrar um modo inovador de lidar com esses papéis ▸ Moreno propunha a utilização do corpo (Aspectos não verbais) para desempenhar os papéis: um jeito de andar, uma postura, um baixar de ombros podem ser iniciadores físicos utilizados no aquecimento para o desempenho de papéis ↪ pra que a cena seja representada de forma mais real Etapas ▸ Aquecimento: preparação para clima de proximidade entre as pessoas, favorecedor da ação dramática. Superação das resistências. ↪Surge a proposta de tarefa e a definição do que o grupo deseja protagonizar ▸ Aquecimento inespecífico: escolha do protagonista, que representa o sentimento predominante no grupo ↪ não é algo pré-estrutrado, o diretor elabora uma atividade pra que o grupo eleja alguém a ser protagonista naquele dia ↪essa escolha do que vai ocorrer depende do que é mais representativo do sentimento predominante no grupo naquele dia ▸ Exemplos de atividade pra fazer durante o aquecimento inespecífico que pode chegar a escolha do protagonista ↪ Teatro espontâneo: o grupo busca através de técnicas de aquecimento, o tema condutor do espetáculo ↪ Jornal vivo: tema é encontrado a partir de manchetes de jornais escolhidas durante o aquecimento ▸ Aquecimento específico: preparação do protagonista para a dramatização dos temas já mobilizados e identificados no aquecimento inespecífico. ↪ pode ser de forma conversada, onde protagonista vai dizer o que está sentindo, qual cena deseja dramatizar, quem vai ser o ego auxiliar e qual o papel a ser desempenhado ▸ Dramatização: distribuição dos papéis, preparação dos atores, armação do cenário e ação dramática propriamente dita.. ▸ Compartilhar - Finalização da dramatização ↪ Compartilha-se emoções vivenciadas - pessoas que observaram a cena também participam, falam como se sentiram ↪ Comentários com manutenção da tele- sensibilidade dos atores com predomínio de reflexão intelectual ↪ Elaboração: com finalidade terapêutica, diretor retoma o que foi vivenciado auxiliando a compreensão por parte do protagonista Técnicas Técnica do duplo ▸ Ego auxiliar ou diretor expressa o que o protagonista não consegue expressar em dado momento ↪ o ego ou diretor por ver a cena e ter empatia, começa a sentir o que o outro sentiria naquela situação e expressa isso ↪ o protagonista continua em seu papel e o duplo começa a executar junto com ele ▸ Adota-se a postura do protagonista e expressa questões, sentimentos e ideias, fazendo com que ele se identifique com este duplo. ↪pra que ele veja no outro exercendo seu papel, aquilo que não consegue ver nele ▸ Pode ser apenas verbal: “Eu no seu lugar sinto que...” ↪ se colocar no lugar do protagonista e expressar aquilo que ele não está conseguindo ▸ Possibilita insight do protagonista ↪ a respeito de como ele se sente e de como ele age na situação Técnica do espelho: ▸ Ego auxiliar assume papel do protagonista que apenas observa ▸ variação: gravação da cena em vídeo [protagonista se assistindo] ▸ Espelho porque a pessoa está vendo a si mesma - ou através de vídeo, ou em outra pessoa fazendo seu papel Técnica da inversão de papéis: ▸ Protagonista troca de papel com outro ator ↪ percebe como a pessoa se sente, vivencia outra dimensão do relacionamento interpessoal Demais técnicas ▸ Desenvolvidas a partir dessas 3 básicas ▸ Solilóquio: fala do ator consigo mesmo em cena - como se o duplo fosse o próprio protagonista ▸ Interpolação de resistências: No caso de protagonista que sempre desempenha e solicita dos egos auxiliares os mesmos papéis, o diretor pode solicitar aos atores que modifiquem os papéis de forma a possibilitar inovação por parte do protagonista ↪ possibilita que o protagonista aja de forma diferente, coloca o protagonista em uma situação diferente da que ele sempre está desempenhando Matriz de identidade ▸ É o lugar onde a criança se insere desde o nascimento, relacionando-se com objetos e pessoas dentro de um determinado clima. ↪ Estabelece a comunicação entre a criança e o sistema social ↪ Herança cultural que a prepara para a vida em sociedade. ▸ Identifica-se 3 fases que as crianças desempenha papeis - que acontece também dentro do grupo Identidade do eu ▸ Indiferenciação entre eu e o outro ▸ Mãe atua como ego auxiliar agindo como se fosse seu duplo (a criança não percebe que a mãe é outra pessoa) Reconhecimento do eu ▸ Criança começa a se perceber enquanto indivíduo (apesar de ainda não conseguir reconhecer o outro) Reconhecimento do tu ▸ Criança pode se colocar no lugar do outro (mãe) ↪ percebe que ela é um individuo e que a mãe é outro Aplicações ▸ Não só na clínica, mas também há o uso em instituições e organizações ▸ Objetivos específicos e grupos situados em um contexto delimitado por regras e valores instituídos [que grupo é esse e como vou trabalhar com ele? ▸ Permite avaliar e desenvolver espontaneidade e criatividade de indivíduos por meio de suas emoções e ações na resolução de conflitos relacionados aos objetivos e contexto específicos ▸ Delimitação dos objetivos, dos temas, das estratégias, de tudo o que vai ser trabalhado dentro do grupo precisa ficar restrito ao que foi demandando, ao que é de fato, demanda do grupo Matriz de identidade e desenvolvimento no grupo ▸ As técnicas básicas do psicodrama se baseiam nas fases da Matriz de identidade. Fase da Matriz Fase do individuo no grupo Características Estratégias recomendadas Identidade do Eu Eu-comigo Indivíduo se localiza no grupo. Ego auxiliar capta emoções do protagonista e as representa para que o protagonista as identifique. Visa descoberta de si mesmo. Aquecimento, apresentação, relaxamento, sensibilização Reconhecimento do Eu Eu e o outro Indivíduo identifica o outro no Grupo. Protagonista pode se reconhecer quando ego auxiliar representa seu papel (espelho) Percepção de si mesmo, percepção do outro e pré- inversão Reconhecimento do Tu Eu com o outro Indivíduo percebe a si e ao outro, estabelece relação com todos buscando identidade e coesão. Ocorre inversão de papéis entre protagonista e ego auxiliar Jogos de papéis, inversão de papéis e identidade grupal. Jogos sócio-psicodramáticos ou jogos grupais ▸ Fase eu-comigo: o individuo acabou de chegar no grupo, não conhece ninguém ainda, e não sabe qual papel vai desempenhar. ↪ Estratégias que visam a descoberta de si mesmo: quem é você naquele grupo, qual sua identidade ↪ A técnica do duplo tem
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