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SLIDE A nova retorica - Chaim Perelman

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A nova retórica: Chaim
Perelman
Prof. Dra. Mariana De-Lazzari
Direito e argumentação
§ Na prática do Direito argumentar é tarefa fundamental. A argumentação
jurídica surge por volta dos anos 50 em uma série de obras, mas todas
elas tinham um ponto em comum que era a rejeição da lógica formal
como instrumento para analisar raciocínios jurídicos.
§ Dentre os estudiosos que se dedicaram a pesquisa da argumentação
jurídica, está Chaïm Perelman, nascido em 1912 na Polônia, viveu
desde criança na Bélgica, onde estudou Direito e Filosofia na
Universidade de Bruxelas.
§ Perelman chama sua teoria de Nova Retórica, pela importância que
atribui ao auditório, ou seja, os destinatários de um discurso.
§ A teoria defendida pelo filósofo é uma retomada da antiga
retórica concebida por Aristóteles, mas com uma nova visão.
A lógica jurídica tem um lugar de destaque na Nova retórica,
rejeitando o positivismo lógico e fugindo da lógica formal.
Teoria da argumentação jurídica
§ A argumentação faz parte da prática do Direito e todo bom
jurista deve possuir uma capacidade de construir
argumentos e sustentá-los.
§ A argumentação integra o conteúdo da retórica. Argumentar
significa oferecer um conjunto de razões a favor da
conclusão.
§ As teorias da argumentação jurídica têm como objeto de
estudo as argumentações que são produzidas na seara
jurídica e, segundo os ensinamento de Manuel Atienza,
dividem-se em três campos diferentes:
1. produção ou estabelecimento de normas jurídicas: nesse
caso é necessário fazer uma diferenciação entre as
argumentações que ocorrem em uma fase pré-legislativa e
nas que são produzidas na fase legislativa. No primeiro caso
se verifica que é uma consequência de um problema social e
que acredita-se que a solução está na criação da legislação,
como exemplo pode-se citar discussões sobre eutanásia,
legalização ou não do aborto etc. Quanto à fase legislativa
propriamente dita, considera-se que o problema é do Poder
Legislativo ou de algum órgão do Governo, independente se
foi discutido ou não pela população.
2. o segundo campo no qual se efetuam os argumentos
jurídicos é o da de normas jurídicas à solução de casos. Pode-
se distinguir entre argumentação relacionada aos fatos ou ao
Direito, sendo que a argumentação jurídica dominante se
centra nas questões de difíceis interpretação e que são
levadas aos órgão superiores da administração da Justiça.
3. por fim, o terceiro campo diz respeito à dogmática jurídica,
que possui as seguintes funções: fornecer critérios para a
produção do Direito nas diversas instâncias em que ele
ocorre; ordenar e sistematizar um setor no ordenamento
jurídico; oferecer critérios para a aplicação do Direito.
ATIENZA, Manuel. As razões do Direito. Teorias da
Argumentação Jurídica. 3. ed. Tradução de Maria Cristina
Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2003.
"A argumentação jurídica (como, aliás, qualquer
argumentação) visa criar uma convicção num destinatário.
Aquela argumentação provém de um interessado e tem, pelo
menos, um destinatário – o contrainteressado ou contraparte -,
mas, muito frequentemente, ela tem ainda um outro
destinatário – o juiz com competência para a decisão do caso
concreto. Nesta hipótese, os interessados procuram
influenciar a construção da decisão, recorrendo a argumentos
que possam levar a formar no julgador a convicção de que o
caso deve ser resolvido pela regra jurídica que pretendem que
seja aplicada e da forma como pretendem que ela seja
aplicada”.
SOUSA, Miguel Teixeira de Sousa. Introdução ao Direito.
Coimbra: Almedina, 2012. p. 412.
A neoretórica
§ Durante a ocupação nazista, Perelman se dedicou a realizar
um estudo sobre a Justiça.
§ Afirma Perelman que o seu trabalho trata de uma visão
acerca da antiga retórica concebida por Aristóteles,
mantendo com relação a ela, basicamente a ideia de
auditório.
§ Assevera que o discurso é compreendido como
argumentação.
§ Para ele, o objetivo fundamental é ampliar o campo da razão
para além dos confins das ciências dedutivas e das ciências
indutivas, a fim de poder dar conta, também, dos raciocínios
que ocorrem das ciências humanas.
§ A preocupação é com o caráter racional da adesão:
convencer é importante. Então, define-se como convincente
a argumentação que busca atingir a todos os racionais e a
persuasiva, aquela que busca somente um auditório
particular.
§ A proposta da nova retórica é reformular o pensamento
jurídico e demonstrar que o aplicador da lei não deve se ater
apenas ao texto da lei, mas também pensar nos fatos como
situações de valor (juízo de valor).
§ É Importante ressaltar, também, que a nova retórica não
abrevia a atividade do convencimento e da persuasão à
argumentação, ela dispõe a argumentação como forma de
produzir o convencimento e a persuasão.
Os pressupostos da argumentação
§ Na argumentação pode-se distinguir três elementos: o
discurso, o orador e o auditório, sendo que esse último é o
predominante e ainda pode-se dizer que orador e auditório
são elementos em profunda e constante ligação.
§ O orador tem a importância da constante adaptação do
discurso aos destinatários; ao auditório fica o papel de
determinar a qualidade da argumentação e o comportamento
dos oradores.
§ O conceito de auditório pode ser dividido a partir de três
formas distintas: o primeiro é o auditório universal; o
segundo formado apenas pelo interlocutor a quem se dirige,
e o terceiro abrange o próprio sujeito, hipótese em que
coincidem os elementos auditório e orador.
§ Persuadir x Convencer: "uma argumentação persuasiva,
para Perelman, é aquela que só vale para um auditório
particular, ao passo que uma argumentação convincente é a
que se pretende válida para todo ser dotado de razão”
(ATIENZA, 2003, p. 63).
§ Se for o caso de uma argumentação perante um único
ouvinte (auditório particular), a estratégia argumentativa
adotada deve ser a persuasiva. Porém, se a tratar-se de
auditório universal, a estratégia escolhida deve ser pautada
no convencimento.
As técnicas argumentativas: 
argumentos quase-lógicos
§ Trata-se de técnica na qual o raciocínio formal ou
matemático deve ser reduzido a esquemas formais
específicos.
§ Os argumentos quase-lógicos possuem determinada força
de convicção, mas são desprovidos de qualquer valor
conclusivo. É da relação de associação que mantêm com o
argumento convincente que surge o poder de convencimento
desses argumentos.
§ Exemplo:
1. Caso uma decisão judicial venha a violar a aludida norma
infra-constitucional, pode-se concluir que ela também viola a
Constituição, ainda que reflexamente ou de forma indireta.
As técnicas argumentativas: 
argumentos baseados na estrutura 
do real
§ Têm seu fundamento na ligação que pode ser feita entre o
real e os juízos admitidos (ou que se busca admitir), como
ocorre na relação de causa e efeito.
§ Exemplos:
1. o Ministro do Supremo Tribunal Federal que fundamenta
sua decisão nos efeitos benéficos que a lei ou a Constituição
preceituam, utiliza de um argumento baseado na estrutura do
real (argumento pragmático).
2. Quanto mais importante for uma autoridade, mais
indiscutíveis serão suas palavras (argumento de autoridade).
Valor coercitivo é limitado e falível: a própria autoridade, em si,
pode ser questionada
As técnicas argumentativas: 
argumentos que dão base para a 
estrutura do real
§ Chamar para uma argumentação um exemplo que lhe
fundamente, que lhe dê forças.
§ Reforçar a adesão a uma regra conhecida e aceita.
§ Exemplo:
Interpretar a lei em conformidade com os precedentes, com
uma decisão anterior ou com uma doutrina usualmente
admitida.
Quadro didático dos tipos de 
argumentos
ARGUMENTO FUNÇÃO 
Pró-tese Razoabilidade e coerência
De autoridade Invocar o prestígios dos atos ou juízos
De oposição Tornar incompatível o argumento da outra parte
De analogia Estabelecer semelhanças
De causa e efeito Evidenciar consequências imediatas
De senso comum Representar consenso geral
Ad hominem Desqualificar o homem, não a ideia
A fortiori Orientar uma conduta com base em um parâmetroPor absurdo Demonstrar a invalidade de uma ideia
De fuga Buscar sensibilização
De prova Elencar elementos probatórios
Considerações acerca da 
argumentação para Perelman
§ A argumentação preocupa-se mais com a adesão do que
com a verdade.
§ Ela não procura determinar se uma tese é verdadeira ou
falsa, mas influenciar outra pessoa, logo, ela nunca será
automática ou obrigatoriamente aceitável, como o é a
demonstração matemática.
§ Diz-se que ela é bem sucedida não quando atinge a verdade
(que não é seu objeto), mas quando convence o destinatário.
§ Na nova retórica não há como falar em argumentação sem
adesão.
§ A adesão de que fala Perelman é aquela visada pelo próprio
orador quando formula seus argumentos com o objetivo de
convencer o seu auditório.
§ Todo discurso possui um contexto e, consequentemente, um
auditório para o qual ele é elaborado e amoldar-se àquele
auditório é a condição para que exista a persuasão.
§ Argumentar e persuadir são conceitos distintos, porém
interligados: a argumentação é a via pela qual se alcança a
persuasão (convencimento).

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