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13º Salário: Conceitos e Regras

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ROTINAS DE PESSOAL
NA PRÁTICA
ETAPA 4
13º SALÁRIO
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Curso de Rotinas de Pessoal na Prática
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Daniele de Lourdes Curto da Costa Martins
Autora
Estelamaris Reif
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Bianca Suliee Korc Correa
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta etapa, você será capaz de:
•	 estudar sobre o adiantamento do 13º salário, bem como suas regras e prazos para 
pagamentos;
•	 aprender sobre o 13º salário, bem como suas regras e prazos para pagamentos;
•	 calcular o recibo de pagamento 13º salário (1ª e 2ª Parcela); 
•	 estudar os motivos que influenciam na perda do direito ao 13º salário.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudos encontra-se dividida em quatro tópicos de conteúdos. 
Ao longo da etapa, você encontrará sugestões e dicas que visam potencializar os temas 
abordados, e ao final está disponível um resumo e autoatividades que visam fixar os 
temas estudados.
TÓPICO 1 – CONCEITOS PRINCIPAIS SOBRE O 13º SALÁRIO
TÓPICO 2 – ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO (1ª PARCELA)
TÓPICO 3 – 13º SALÁRIO INTEGRAL (2ª PARCELA)
TÓPICO 4 – PERDA DO DIREITO AO 13º SALÁRIO
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TÓPICO 1
CONCEITOS PRINCIPAIS SOBRE O 13º SALÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Olá, bem-vindo à Etapa 4 do Curso de Rotinas de Pessoal. Entraremos agora no 
assunto 13º salário.
Sua instituição se deu pelo presidente João Goulart com a Lei nº 4.090, de 13 de 
julho de 1962, de autoria do senador Aarão Steinbruch. 
Vale lembrar que este benefício, diferente das férias, estudada na etapa anterior, 
é um direito também dos aposentados e pensionistas do INSS, o qual fi ca incumbido 
de pagar o mesmo a estes benefi ciários.
2 CONCEITOS PRINCIPAIS SOBRE O 13º SALÁRIO
O 13º salário também é chamado de gratifi cação natalina, e é uma verba devida 
a todos os empregados, sejam eles urbanos, rurais ou domésticos. Seu pagamento deve 
ser feito em 2 parcelas, sendo a 1ª entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, 
e a 2ª até o dia 20 de dezembro (MACHADO; SANTOS, 2016).
O valor do 13º salário corresponde a 1/12 avos da remuneração do empregado 
devida no mês de dezembro de cada ano, por mês de serviço. Será considerado um 
mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho no mês civil (MACHADO; 
SANTOS, 2016).
Machado e Santos (2016) complementam que compreendem a remuneração 
do empregado para fi ns de cálculo do 13º salário a importância referente: gorjetas, 
comissões, percentagens, gratifi cações, insalubridade, periculosidade, horas extras etc.
UNI
Você sabia? A decisão de quando será pago o 13º salário é da empresa, e não do funcionário 
ou do sindicato, porém ela deve respeitar o prazo máximo permitido na legislação
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LEITURA COMPLEMENTAR
Instituída no nosso ordenamento jurídico pela Lei nº 4090/62, a gratificação 
natalina, mais conhecida como décimo terceiro salário, tornou obrigatório um costume, 
típico de diversas empresas no país, e que era caracterizado, até então, pela liberalidade 
dos empregadores.
Salienta o doutrinador José Augusto Rodrigues Pinto que o 13º salário é fruto 
das antigas relações trabalhistas, de cunho paternalista, em que os empregados eram, 
na grande maioria das empresas, parentes ou afins dos empregadores Havia, nestas 
relações, uma gratificação para os trabalhadores com uma cesta de alimentos típicos 
dos festejos natalinos.
Com o passar dos anos, houve uma alteração na maneira de gratificar os 
trabalhadores, sendo a cesta de alimentos substituída por moeda e com equivalência 
progressiva ao valor do ganho mensal do beneficiado.
É de se imaginar que este benefício concedido a alguns trabalhadores ocasionaria 
um anseio por parte daqueles que não o recebiam, bem como expectativa em relação 
àqueles que dele já usufruíam. Com o intuito de apaziguar as manifestações dos 
trabalhadores que pleiteavam igualdade de tratamento, surgiu a referida Lei nº 4090/62, 
que instituiu a gratificação de Natal, que passou a ser compulsória e não mais facultativa.
A referida lei, todavia, estabelecia em seu artigo 3º, que a gratificação somente 
seria devida nos casos de rescisão sem justa causa. Desta maneira, o empregado que 
pedisse a rescisão do seu contrato de trabalho não teria direito ao benefício.
Foi criado então, o Decreto nº 57.155/65, que regulamentou a supracitada lei 
de 1962, estabelecendo em seu artigo 7º, que o 13º salário seria devido, salvo em caso 
de rescisão com justa causa, ampliando-se, desta forma, as hipóteses de concessão da 
gratificação natalina.
Nesta trilha de entendimento, o Tribunal Superior do Trabalho pacificou a questão 
por meio da Súmula nº 157, garantindo a gratificação nos casos de resilição contratual 
de iniciativa do empregado.
A primeira Constituição Federal a tutelar a matéria objeto de análise do presente 
trabalho foi a de 1988, atualmente em vigor. A Lei Fundamental, em seu artigo 7º, inciso 
VIII, estipulou a necessidade de pagamento do 13º salário com base na remuneração 
integral ou no valor da aposentadoria, ressaltando que a remuneração integral será a 
do mês de dezembro, compreendendo salário mais gorjetas.
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Acerca das proteções constitucionais, o renomado Sérgio Pinto Martins entende: 
"todo empregado tem direito ao 13º salário. É devido não só ao empregado urbano, 
como ao rural (S. 34 do TST), ao doméstico (parágrafo único do art. 7º da CF) e ao avulso 
(art. 7º, XXXIV, da CF)".
Do pagamento em duas parcelas
No que tange ao pagamento do décimo terceiro salário, os empresários reclamavam 
que no mês de dezembro tinham de realizar dois salários para os empregados faltando, 
consequentemente, recursos para tanto. 
A fim de pacificar a situação, a Lei nº 4749/65 parcelou em duas vezes o pagamento 
do 13º, sendo a primeira entre os meses de fevereiro e novembro, ou seja, até o dia 30/11, 
e a segunda até o dia 20 de dezembro ou no mês da extinção contratual. 
Ressalta-se uma proteção legal do empregador com relação ao pagamento da 
primeira parcela do 13º: o empregador, de acordo com o artigo 2º, §1º, da Lei nº 4749/65, 
não está obrigado a efetuar o pagamento a todos os empregados no mesmo mês, mesmo 
que estes o exijam.
A primeira parcela poderá ser paga também, quando o empregado sair em 
férias, desde que ele a requeira no mês de janeiro do correspondente ano. Frise-se que 
pela legislação primitiva, o valor do pagamento era o da remuneração de dezembro. 
Atualmente, a primeira parcela deverá ser igual à metade do salário recebido pelo 
empregado no mês anterior. Já a parcela final, compensará a primeira, paga a título 
de adiantamento, sem nenhuma correção monetária, incidindo sobre a respectiva 
remuneração.
Entende Rodrigues Pinto, ser criticável a diferença de critério sobre a base do 
pagamento, de salário para remuneração: "só podemos atribuí-la à inadvertência do 
legislador ou à falta de noção da diferença entre remuneração e salário em nosso direito 
Individual do Trabalho”.
Sérgio Pinto Martins defende que não se pode dividir o 13º salário em mais 
de duas parcelas, em virtude de um sensível prejuízo ao empregado, podendo-se, 
entretanto, antecipar o pagamento das duas parcelas, caso assim deseje o trabalhador. 
Contudo, caso sejam pagas com atraso as parcelas da gratificação, o empregador 
deverá sofrer as penalidades do artigo 3º, I, da Lei nº 7855/89, que impõe a aplicação de 
uma multa de 160 BTN, por trabalhador prejudicado,dobrada em caso de reincidência, 
se comprovada qualquer infração ao disposto na Lei nº 4090/62.
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Da redução e da forma de pagamento
Apesar de existirem doutrinadores defendendo que o 13º salário é irredutível – 
baseados no artigo 7º, inciso VI, da Magna Carta que fala da irredutibilidade do salário 
e de o mesmo artigo 7º, no inciso VIII, dispor sobre o 13º sem mencionar causas de 
redução – a orientação que aparenta ser a mais coerente é a de que o 13º salário pode 
ser reduzido por convenção ou acordo coletivo.
Isto se dá em razão de o décimo terceiro ter natureza salarial, uma vez que, nos 
moldes do artigo 457, §1º da Consolidação das Leis do Trabalho, integram o salário não 
só a importância fixa estipulada, como também as gratificações ajustadas.
Com relação ao pagamento do décimo terceiro salário, deverá ser feito em 
dinheiro. Reza o artigo 463 da Consolidação, que o salário deverá ser pago em moeda 
corrente nacional, e o pagamento que for realizado de outra maneira, será considerado 
como não feito.
Não obstante, o artigo 462, §2º, explica que a empresa não pode exercer qualquer 
tipo de coação ou induzimento a fim de que o empregado receba parte do salário em 
mercadorias – o chamado salário in natura, ou seja, em utilidades.
Neste diapasão, o conceituado Sérgio Pinto Martins, em sua já mencionada obra, 
preleciona que: "o salário tem natureza alimentar e visa comprar os artigos de que o 
obreiro e sua família necessitam para sobreviver. Não pode, portanto, o trabalhador 
comer brinquedos ou panela, daí porque o 13º salário deve ser pago em dinheiro e não 
em utilidades".
Da aquisição ou não da gratificação
Quanto à aquisição do direito ao benefício, Rodrigues Pinto tece elucidativo 
comentário: "o empregado o adquire desde a admissão na empresa, por exercício anual, 
contado de janeiro a dezembro. Essa aquisição, todavia, não se dá por inteiro nem 
instantaneamente, mas por frações mensais progressivas, correspondendo cada mês 
efetivamente à disposição do empregador à fração de 1/12 (um doze avos) do direito 
anual".
Insta salientar que é considerado como um mês integral, para efeito do cálculo 
do 13º, o trabalho prestado por fração igual ou superior a quinze dias.
Se o empregado, no entanto, for demitido por ter praticado alguma das condutas 
elencadas no artigo 482 da CLT, ou seja, se for demitido por justa causa, não fará jus 
à gratificação natalina. Nos casos em que o empregado tenha, antes da demissão por 
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justa causa, recebido a primeira parcela da gratificação, poderá a empresa compensar 
este valor com qualquer crédito trabalhista, como por exemplo, as férias vencidas, em 
razão de não ter o empregado direito ao benefício.
Contrapondo-se a não aquisição da gratificação pelo empregado demitido por 
justa causa, o ilustre Rodrigues Pinto defende que: "[...] não há razão jurídica plausível 
para vincular o direito à gratificação natalina, que é salário, ao aspecto disciplinar da 
extinção contratual. Subtrair do empregado a fração já adquirida do direito seria o 
mesmo que puni-lo com a perda de parte do salário, por sua falta disciplinar”.
Caso reste configurada a culpa recíproca, ou seja, se a culpa para a rescisão do 
contrato for tanto do empregado quanto do empregador, o 13º é devido pela metade, 
conforme entendimento da Súmula nº 14 do TST: "reconhecida a culpa recíproca na 
rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% 
(cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias 
proporcionais".
Além de ter direito ao 13º proporcional aos meses trabalhados no ano pela 
despedida indireta, pela despedida sem justa causa, pelo pedido de demissão e pela 
aposentadoria (artigo 201, §6º da Constituição Federal), terá ainda, direito ao benefício 
o empregado se houver extinção da empresa ou quando findar o seu contrato por prazo 
determinado, como por exemplo, o contrato de experiência.
Caso o empregado permaneça afastado durante o ano, gozando de benefício 
previdenciário, a empresa deverá pagar o 13º salário proporcional ao período trabalhado, 
mais o referente aos 15 primeiros dias do afastamento. O INSS é obrigado a pagar o 
restante, na forma de abono anual.
A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo 
da gratificação natalina, ao contrário das faltas decorrentes de acidente de trabalho, que 
não o integram, conforme Súmulas 45 e 46 do TST. Para efeito de cálculo de indenização, 
é computada a gratificação (Súmula nº 148 da mesma Corte).
Conclusão
Em apertada síntese, o décimo terceiro salário é uma gratificação compulsória 
e irredutível, devida pelos empregadores a todos os seus empregados, salvo aos 
que tenham sido demitidos por justa causa, paga em duas parcelas e em dinheiro, 
correspondente ao número de meses trabalhados pelo obreiro no ano, segundo o critério 
de duodécimos.
FONTE: Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/gratificacao-natalina-
13-salario/26407/>. Acesso em: 11 abr. 2017.
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TÓPICO 2
ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO (1ª PARCELA)
1 INTRODUÇÃO
Como vimos no Tópico 1, o 13º salário também é conhecido ou chamado de 
gratificação natalina. Esta complementação salarial, além de contribuir muito nas contas 
do trabalhador, influencia diretamente na economia, principalmente local. 
A primeira parcela do 13º salário deve ser paga até 30 de novembro do ano em 
curso, salvo exceção quando for paga no ensejo de férias. Nesse caso, o empregado 
deve efetuar um requerimento no mês de janeiro do ano corrente (OLIVEIRA, 2015).
Vamos entender como calcular o adiantamento do 13º salário?
2 ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO (1ª PARCELA)
O 13º salário é uma verba devida a todos os empregados, sejam eles urbanos, 
rurais ou domésticos, e deve ser paga em 2 parcelas. Sendo a 1ª, o adiantamento do 13º 
salário até 30 de novembro (podendo ser entre os meses de fevereiro e novembro) e a 
2ª parcela, até o dia 20 de dezembro (MACHADO; SANTOS, 2016).
Machado e Santos (2016) complementam escrevendo que o empregador não está 
obrigado a pagar a 1ª parcela no mesmo mês a todos os empregados, porém o pagamento 
a todos os empregados deve ocorrer até o prazo de 30 de novembro.
Além disso, o empregador também não é obrigado a efetuar o pagamento do 
13º salário em 2 parcelas, porém neste caso deverá efetuá-lo no prazo máximo até 30 
de novembro.
Na tabela abaixo, podemos entender melhor os prazos de pagamento que o 
empregador pode seguir estando dentro da legislação:
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Opção Forma de Pagamento Prazo para Pagamento
1ª opção 50% dos funcionários.
Demais 50% dos funcionários.
Meses de fev. a out.
Até 30/novembro.
2ª opção 1ª Parcela.
2ª Parcela.
Até 30/novembro.
Até 20/dezembro.
3ª opção Em uma única Parcela. Até 30/novembro.
QUADRO 1 – PRAZOS DE PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO
FONTE: A autora
Vejamos também o modelo de um recibo de pagamento que contempla somente 
a 1ª parcela do 13º salário:
FIGURA 1 – MODELO DE RECIBO DE PAGAMENTO (1ª PARCELA)
FONTE: Disponível em: <http://conhecimento.alterdata.com.br/ar/kblive.php?action=showEntry&da
ta=1867>. Acesso em: 11 abr. 2017.
Você reparou que nesta primeira parcela não teve retenção de impostos? Apenas 
o pagamento do FGTS sobre o adiantamento do 13º salário?
Pois é, sobre a 1ª parcela temos a seguinte situação:
INSS – Não há incidência.
IRRF - Não há incidência.
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FGTS – O cálculo é feito normalmente, ou seja, 8% sobre o valor da remuneração, 
devendo ser pago até o dia 7 do mês subsequente.
Assim como nas Férias, no 13º salário também temos a incidência dos adicionais 
sobre seu cálculo. Ou seja, quando houver remuneração variável faz-se uma média 
mensal para que se possa pagar esta remuneração junto no recibo do 13º salário (tanto 
na 1ª parcela, como na 2ª parcela) (OLIVEIRA, 2015).
Adicional Incide sobre 13º?
Insalubridade Sim
Periculosidade Sim
Adicional Noturno Sim
Horas Extras Sim
Agora vamos aos cálculos! Considerando as seguintes informações, calcule a 1ª 
parcela do 13º salário de cada empregado em novembro de 2016:
Nome Data de Admissão Salário
Guilherme da Silva 01/03/2014 1.200,00
João Pereira 01/03/2016 1.600,00
José Ewald 18/05/2016 1.000,00
Rubens Manoel 01/05/2015 1.100,00
Guilherme da Silva Admissão: 01/03/2014 – Salário R$ 1.200,00
Evento Provento Desconto
Adiantamento 13º Salário 600,00 - 
INSS - 
IRRF - 
Totais 600,00 - 
Líquido R$ 600,00 
FGTS – 8% Base= 600,00 Valor = 48,00
Para empregados que tenham mais de um ano de serviço, o cálculo é simples. 
Utiliza-se a remuneração integral (1.200,00) e divide-se por 2 = 600,00.
João Pereira Admissão: 01/03/2016 – Salário R$ 1.600,00
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Retângulo
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Competência Fração
mar/16 1/12 avos
abr/16 2/12 avos
mai/16 3/12 avos
jun/16 4/12 avos
jul/16 5/12 avos
ago/16 6/12 avos
set/16 7/12 avos
out/16 8/12 avos
nov/16 9/12 avos
Evento Provento Desconto
Adiantamento 13º Salário 600,00 - 
INSS - 
IRRF - 
Totais 600,00 - 
Líquido R$ 600,00 
FGTS – 8% Base= 600,00 Valor = 48,00
Para empregados que tenham menos de um ano de serviço, é necessário primeiro 
saber quanto tempo (meses) de 13º terceiro ele terá direito. 
Na tabelinha acima, para cada mês trabalhado, consideramos 1/12 avos, isso até 
o mês de novembro, pois é o mês em que ocorre o pagamento da 1ª parcela.
Identificado que ele tem direito a 9 meses, utilizaremos a seguinte fórmula:
Remuneração/12 x 9 = 1200,00/2 (porque estou pagando só a 1ª parcela) = 600,00
José Ewald Admissão: 18/05/2016 – Salário R$ 1.000,00
Competência Fração
jun/16 1/12 avos
jul/16 2/12 avos
ago/16 3/12 avos
set/16 4/12 avos
out/16 5/12 avos
nov/16 6/12 avos
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Evento Provento Desconto
Adiantamento 13º Salário 250,00 - 
INSS - 
IRRF - 
Totais 250,00 - 
Líquido R$ 250,00 
FGTS – 8% Base= 250,00 Valor = 20,00
Mesmo caso que o exemplo anterior, porém observe que a data de admissão dele 
é 18/05, ou seja, no mês de maio ele teve apenas 13 dias trabalhados, e a legislação prevê 
que para se ter direito a 1/12 avos de 13ª, você deve ter pelo menos 15 dias trabalhados 
dentro do mês. Neste caso, começamos a contagem somente em junho/16.
Identifi cado que ele tem direito a 6 meses, utilizaremos a seguinte fórmula:
Remuneração/12 x 6 = 500,00/2 (porque estou pagando só a 1ª parcela) = 250,00
Rubens Manoel Admissão: 01/05/2015 – Salário R$ 1.100,00
Evento Provento Desconto
Adiantamento 13º Salário 550,00 - 
INSS - 
IRRF - 
Totais 550,00 - 
Líquido R$ 550,00 
FGTS – 8% Base= 550,00 Valor = 44,00
Mesmo caso do 1º exemplo. Para empregados que tenham mais de um ano, 
utiliza-se a remuneração integral (1.100,00) e divide-se por 2 = 550,00.
A data de admissão é o fator determinante para o cálculo do 13º salário (seja a 1ª ou a 2ª 
parcela).
ATENÇÃO
A data de admissão é o fator determinante para o cálculo do 13º salário (seja a 1ª ou a 2ª 
parcela).
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TÓPICO 3
13º SALÁRIO INTEGRAL (2ª PARCELA)
1 INTRODUÇÃO
E aí, está conseguindo acompanhar a legislação do 13º salário? Acreditamos que 
sim! Pois apesar de também utilizar vários cálculos, a lógica dela é bem simples de 
entender.
Neste tópico, vamos continuar a aprender sobre o 13º salário, porém agora 
compreendendo a 2ª parcela.
Para o cálculo da segunda parcela, utiliza-se o mesmo critério adotado na primeira. 
Considera-se como salário fi xo o de dezembro, e quando houver remuneração variável 
faz-se uma média mensal para que se possa pagar esta remuneração junto no recibo do 
13º salário (OLIVEIRA, 2015).
2 13º SALÁRIO INTEGRAL (2ª PARCELA)
Aprendemos no tópico anterior, que na 1ª parcela do 13º salário não ocorrem os 
descontos de INSS e IRRF, apenas o pagamento do FGTS (por parte da empresa).
Já na 2ª parcela esses descontos incidirão sobre o montante total do 13º pago ao 
funcionário, ou seja: 1ª parcela + 2ª parcela do 13º salário, o que signifi ca que via de 
regra, a 2ª parcela terá um valor líquido menor que a 1ª. 
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Na 2ª parcela a incidência do FGTS é somente sobre o valor da 2ª parcela, pois o valor do 
FGTS da 1ª parcela já foi recolhido anteriormente.
Exemplo: R$ 495,00 (total da remuneração)
R$(247,50) (desconto da 1ª parcela)
R$ 247,50 (base de cálculo do FGTS da 2ª Parcela).
Vejamos um modelo de Recibo de pagamento da 2ª parcela do 13º salário:
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FIGURA 2 – MODELO DE RECIBO DE PAGAMENTO (2ª PARCELA)
FONTE: Disponível em: <http://conhecimento.alterdata.com.br/ar/kblive.php?action=showEntry&da
ta=1867>. Acesso em: 11 abr. 2017.
Para calcularmos o recibo da 2ª parcela do 13º salário, novamente teremos que 
utilizar a tabela do INSS e do IRRF, já apresentada em tópicos anteriores.
FIGURA 3 – TABELA DE CONTRIBUIÇÃO MENSAL DO INSS
FONTE: Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/gps/
tabela-contribuicao-mensal/>. Acesso em: 13 mar. 2017.
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FIGURA 4 – TABELA DE INCIDÊNCIA MENSAL DE IR
FONTE: Disponível em: <https://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/irpf-
imposto-de-renda-pessoa-fisica#calculo_mensal_IRPF>. Acesso em: 13 mar. 2017.
QUADRO 2 – FÓRMULA MANUAL PARA CÁLCULO DO IR
FONTE: A autora
Vamos aos cálculos, utilizando os mesmos exemplos que usamos no tópico 
anterior para cálculo da 1ª parcela do 13º salário.
Considerando as seguintes informações, calcule a 2ª parcela do 13º salário de 
cada empregado em dezembro de 2016:
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Nome Data de Admissão Salário
Guilherme da Silva 01/03/2014 1.200,00
João Pereira 01/03/2016 1.600,00
José Ewald 18/05/2016 1.000,00
Rubens Manoel 01/05/2015 1.100,00
Guilherme da Silva Admissão: 01/03/2014 – Salário R$ 1.200,00
Evento Provento Desconto
13º Salário 1.200,00 
Adiantamento 13º Salário 600,00
INSS 8% 96,00 
IRRF - 
Totais 1.200,00 696,00 
Líquido R$ 504,00 
Para empregados que tenham mais de um ano de serviço o cálculo é simples.
Utiliza-se a remuneração integral (1.200,00), desconta-se a parte dada como adiantamento 
salarial.
Para fins de cálculo de FGTS, utiliza-se os 1.200,00 x 8% = 96,00.
João Pereira Admissão: 01/03/2016 – Salário R$ 1.600,00
Competência Fração
mar/16 1/12 avos
abr/16 2/12 avos
mai/16 3/12avos
jun/16 4/12 avos
jul/16 5/12 avos
ago/16 6/12 avos
set/16 7/12 avos
out/16 8/12 avos
nov/16 9/12 avos
dez/16 10/12 avos
Evento Provento Desconto
13º Salário 1.333,33 
Adiantamento 13º Salário 600,00 
INSS 8% 106,67 
IRRF - 
Totais 1.333,33 706,67 
Líquido R$ 626,66 
16 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA
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Para empregados que tenham menos de um ano de serviço, é necessário primeiro 
saber quanto tempo (meses) de 13º terceiro ele terá direito. 
Na tabelinha acima, para cada mês trabalhado consideramos 1/12 avos, isso até 
o mês de dezembro, pois é o mês em que ocorre o pagamento da 2ª parcela.
Identificado que ele tem direito a 10 meses, utilizaremos a seguinte fórmula:
Remuneração/12 x 10 = 1.333,33. Desconta-se a parte dada como adiantamento salarial.
Para fins de cálculo de FGTS utilizam-se os 1.333,33 x 8% = 106,67.
José Ewald Admissão: 18/05/2016 – Salário R$ 1.000,00
Competência Fração
jun/16 1/12 avos
jul/16 2/12 avos
ago/16 3/12 avos
set/16 4/12 avos
out/16 5/12 avos
nov/16 6/12 avos
dez/16 7/12 avos
Evento Provento Desconto
13º Salário 583,33 
Adiantamento 13º Salário 250,00 
INSS 8% 46,67 
IRRF - 
Totais 583,33 296,67 
Líquido R$ 286,66 
Mesmo caso que o exemplo anterior, porém observe que a data de admissão dele 
é 18/05, ou seja, no mês de maio ele teve apenas 13 dias trabalhados, e a legislação prevê 
que para se ter direito a 1/12 avos de 13º, você deve ter pelo menos 15 dias trabalhados 
dentro do mês. Neste caso começamos a contagem somente em junho/16.
Identificado que ele tem direito a 7 meses, contando até 12/2016 – mês de 
pagamento da 2ª parcela do 13º salário.
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ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA
Remuneração/12 x 7 = 583,33. Desconta-se a parte dada como adiantamento salarial.
Para fins de cálculo de FGTS utilizam-se os 583,33 x 8% = 46,67.
Rubens Manoel Admissão: 01/05/2015 – Salário R$ 1.100,00
Evento Provento Desconto
13º Salário 1.100,00 
Adiantamento 13º Salário 550,00 
INSS 8% 88,00 
IRRF - 
Totais 1.100,00 638,00 
Líquido R$ 462,00 
Mesmo caso do 1º exemplo. Utiliza-se a remuneração integral (1.100,00), desconta-
se a parte dada como adiantamento salarial.
Para fins de cálculo de FGTS utilizam-se os 1.200,00 x 8% = 96,00.
Vamos ver como fica o cálculo quando o empregado recebe algum adicional?
Nome Salário Adicional Qtde. Meses 13º
Sabrina Kelvin 1.200,00 Periculosidade 12 meses
Maiara Santos 1.000,00 Insalubridade (20%) 8 meses
Nome Salário + Adicional
Sabrina Kelvin 1.200,00 + 360,00 = 1.560,00
Evento Provento Desconto
Adiantamento 13º Salário 780,00 
INSS - 
IRRF - 
Totais 780,00 - 
Líquido R$ 780,00 
1ª Parcela
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Evento Provento Desconto
13º Salário 1.560,00 
Adiantamento 13º Salário 780,00 
INSS 8% 124,80 
IRRF - 
Totais 1.560,00 904,80 
Líquido R$ 655,20
2ª Parcela 
Para fins de cálculo de 13º salário integrou-se no salário o adicional de 
periculosidade, que corresponde a 30% sobre o salário base do empregado.
Para fi ns de cálculo de FGTS, utilizam-se os 1.560,00 x 8% = 124,80.
Nome Salário + Adicional
Maiara Santos 1.000,00 + 187,40 = 1.187,40
Evento Provento Desconto
Adiantamento 13º Salário 395,80 
INSS - 
IRRF - 
Totais 395,80 - 
Líquido R$ 395,80
Evento Provento Desconto
13º Salário 791,60
Adiantamento 13º Salário 395,80
INSS 8% 63,33
IRRF -
Totais 791,60 459,13
Líquido R$ 332,47 
2ª Parcela 
1ª Parcela
Para fins de cálculo de 13º salário integrou-se no salário o adicional de 
insalubridade, que corresponde a 20% sobre o salário mínimo. 
IMPORTANTE
na folha de pagamento, o valor referente aos adicionais (insalubridade, periculosidade, 
horas extras etc.) são tratados em verbas separadas como “média”, uma vez que esses valores 
irão variar sempre que houver reajuste salarial no decorrer do ano.
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TÓPICO 4
PERDA DO DIREITO AO 13º SALÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Este último tópico abordará em que situações de afastamento da empresa o 
empregado perde o direito ao 13º salário.
Perda ao direito do 13º salário não necessariamente está ligada às faltas 
injustificadas do empregado, pode estar ligada a outros motivos de afastamento, como 
auxílio doença, acidente de trabalho e até mesmo, serviço militar.
Vamos estudar, motivo por motivo, para entender melhor o que compreende 
cada um destes afastamentos. Bons estudos!
2 PERDA DO DIREITO AO 13º SALÁRIO
Para ter direito a 1/12 avos de 13º salário, é necessário que o empregado tenha 
trabalhado pelo menos 15 dias no mês. Desta forma, torna-se necessário apurar 
mensalmente as faltas não justificadas do empregado, a fim de verificar se houve no 
mínimo 15 dias de trabalho, para que o empregado faça jus a 1/12 avos de 13º naquele 
mês (MACHADO; SANTOS, 2016).
Machado e Santos (2016) escrevem que as faltas legais e justificadas não serão 
computadas para esse efeito. O mesmo se aplica aos dias de descanso, de repouso 
semanal remunerado que não tenham sido pagos ao empregado em decorrência de 
falta injustificada, isso acontece para que não haja a ocorrência da dupla penalidade.
Vejamos o que são consideradas as faltas legais ao serviço. Existem faltas que 
são consideradas justificadas e que, portanto, não geram perda de 13º Salário. São elas:
a) até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, 
irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, 
viva sob sua dependência econômica;
b) até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;
c) por 5 dias, em caso de nascimento de filho;
d) por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue 
devidamente comprovada;
e) até 2 dias consecutivos ou não para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei 
respectiva;
Azevedo
Destacar
20 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA
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f) no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar;
g) nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular 
para ingresso em estabelecimento de ensino superior;
h) pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer em juízo;
i) quando for arrolado ou convocado para depor na justiça;
j) ausência por motivo de acidente do trabalho, desde o dia do acidente até o dia da 
alta;
k) ausência por motivo de doença atestada pelo INSS, relativa aos primeiros 15 (quinze) 
dias de afastamento;
l) o tempo de suspensão por motivo de inquérito administrativo, quando julgado 
improcedente;
m) afastamento por licença remunerada;
n) os dias em que, por conveniência da empresa, não tenha havido trabalho;
o) afastamento por licença-maternidade;
p) faltas que a empresa, a seu critério, considere justificadas e sem desconto do salário;
q) para os professores, no decurso de 9 dias, as faltas verificadas por motivo de 
casamento ou de luto, em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, 
ou de filho.
2.1 AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO
Quando um empregado se afasta por motivo de doença por mais de 15 dias, o 
contrato com a empresa fica suspenso a partir do 16º dia. O 13º salário sobre os primeiros15 dias fica sob responsabilidade da empresa, e a partir do 16º dia em diante, ela estará 
isenta do pagamento. A responsabilidade do pagamento 13º salário da empresa ficará 
então do período antes e posterior ao afastamento do empregado (OLIVEIRA, 2015).
Vejamos o exemplo:
Período em que o empregado esteve em auxílio-doença: 
06/02/2014 a 25/06/2014 (retornando ao trabalho dia 26/06/2014).
Competência Responsável Pelo Pagamento
Janeiro Empresa
Fevereiro INSS
Março INSS
Abril INSS
Maio INSS
Junho INSS
Julho Empresa
Agosto Empresa
Azevedo
Destacar
Azevedo
Destacar
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Setembro Empresa
Outubro Empresa
Novembro Empresa
Dezembro Empresa
Neste caso, ele receberia 7 meses pela empresa e 5 meses pelo INSS. 
2.2 AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTE DE TRABALHO
No caso de um empregado ficar afastado pela Previdência Social, recebendo 
benefício de auxílio-doença por motivo de acidente de trabalho, o 13º salário daquele 
ano será pago da seguinte forma:
1º) a empresa efetuará o pagamento proporcional ao período efetivamente trabalhado 
(anterior e posterior ao afastamento), incluindo-se nessa apuração os primeiros 15 
dias de afastamento (conforme arts. 1º e 2º da Lei nº 4.090/62);
2º) a Previdência Social efetuará o pagamento proporcional ao período de afastamento, 
a contar do 16º dia até a data do retorno ao trabalho, com denominação de “Abono 
Anual” (art. 5º da Lei nº 8.114/90 e art. 120 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99); 
3º) a empresa deverá adicionar a importância paga pela Previdência Social ao valor pago 
por ela. Se o valor recebido pelo empregado (no total) for inferior ao que perceberia se 
houvesse trabalhado durante todo o ano, caberá ao empregador efetuar o pagamento 
da diferença como “Complementação do 13º Salário”.
Vejamos o exemplo:
Data do Afastamento 05/05/2016
Data do Retorno 19/07/2016
Salário R$ 1.200,00
Abono recebido pelo INSS 3 meses
13º Devido pela empresa 9 meses
Cálculo do valor devido pela empresa:
R$ 1.200,00/12 x 9 = R$ 900,00
1ª Parcela = 450,00 (Líquido)
2ª Parcela = 378,00 (Líquido com retenção no INSS)
2.3 AUXÍLIO-MATERNIDADE
A empresa deverá pagar à sua empregada, em virtude de parto ou aborto não 
criminoso, o valor correspondente ao salário-maternidade, inclusive a parcela do 13º 
22 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA
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salário pelo tempo que a empregada esteve no período da licença-maternidade. Tais 
valores poderão ser deduzidos das contribuições sociais previdenciárias devidas, exceto 
das destinadas a outras entidades e fundos (terceiros) (MACHADO; SANTOS, 2016), 
ou seja, tanto o valor mensal do auxílio-maternidade quanto o 13º salário são pagos 
pela empresa de forma integral.
Quanto a dedução nas contribuições do INSS, acontecem da seguinte forma:
Exemplo: quando as empresas não são optantes pelo Simples Nacional elas 
pagam 26,8% a mais de INSS, sendo 20% INSS parte patronal, 5,8% Sesi, Sesc, Senai e 
Outros, e 1%, 2% ou 3% de RAT. Parte deste valor deve ser lançado no campo “outras 
entidades”, conforme podemos observar na figura a baixo:
FIGURA 5 – MODELO DE GPS PARA EMPRESAS NÃO OPTANTES DO SIMPLES
FONTE: Disponível em: <http://laerciojsilva.blogspot.com/2012_08_01_archive.html>. Acesso em: 13 
abr. 2017.
Caso a empresa tenha uma empregada que recebe mensalmente o salário a título 
de auxílio-maternidade de R$ 1.300,00, ela poderá abater este valor somente do “campo 
6”, e nunca do total, que seria a soma do “ campo 6” + o “ campo 9”.
Percebe-se que mensalmente a empresa ficará com um crédito de R$ 21,34. Este 
crédito é cumulativo e a empresa ficará abatendo de suas guias de INSS até os valores 
zerarem.
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2.4 SERVIÇO MILITAR
Machado e Santos (2016, p. 221) escrevem que “o empregado não tem direito 
ao 13º salário relativo ao período de afastamento para prestação do serviço militar 
obrigatório”. O período de ausência é computado apenas para fins de indenização e 
estabilidade, não gerando qualquer outro direito. 
Porém, as autoras Machado e Santos (2016) ressaltam que o cargo anterior deve 
ficar à disposição do empregado afastado para que ele cumpra as exigências do serviço 
militar. Para o exercício do direito do retorno ao seu trabalho, deverá apresentar-se à 
empresa dentro do prazo de 30 dias, contados da baixa do serviço militar.
RESUMO DA ETAPA 4
O 13º salário também é chamado de gratificação natalina e é uma verba devida 
a todos os empregados, sejam eles urbanos, rurais ou domésticos. Seu pagamento deve 
ser feito em 2 parcelas, sendo a 1ª entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, 
e a 2ª até o dia 20 de dezembro.
O valor do 13º Salário corresponde a 1/12 avos da remuneração do empregado 
devida no mês de dezembro de cada ano, por mês de serviço. Será considerado um 
mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho no mês.
A primeira parcela do 13º salário deve ser paga até 30 de novembro do ano em 
curso, salvo exceção quando for paga no ensejo de férias. Nesse caso, o empregado 
deve efetuar um requerimento no mês de janeiro do ano corrente.
Sobre a 1ª parcela não há incidência de INSS e IRRF, já o FGTS é calculado 
normalmente, ou seja, 8% sobre o valor da remuneração, devendo ser pago até o dia 7 
do mês subsequente.
Assim como nas Férias, no 13º salário também temos a incidência dos adicionais 
sobre seu cálculo.
Na 2ª parcela, os descontos incidirão sobre o montante total do 13º pago ao 
funcionário, ou seja: 1ª parcela + 2ª parcela do 13º salário, o que significa que via de 
regra, a 2ª parcela terá um valor líquido menor que a 1ª. 
Para ter direito a 1/12 avos de 13º salário é necessário que o empregado tenha 
trabalhado pelo menos 15 dias no mês. Desta forma, torna-se necessário apurar 
Azevedo
Destacar
Azevedo
Destacar
Azevedo
Destacar
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mensalmente as faltas não justificadas do empregado, a fim de verificar se houve no 
mínimo 15 dias de trabalho para que o empregado faça jus a 1/12 avos de 13º naquele mês.
Em relação à perda ao direito do 13º salário, aprendeu-se que não necessariamente 
ela está ligada às faltas injustificadas do empregado, podendo estar ligado a outros 
motivos de afastamento, como auxílio-doença, acidente de trabalho e até mesmo serviço 
militar, por isso é necessário avaliar caso a caso.
AUTOATIVIDADES
1. O 13º salário deve ser pago de que forma?
a) Obrigatoriamente em uma única parcela até 20/12.
b) Em até 2 parcelas, sendo a 1ª até 30/11 e a 2ª até 20/12.
c) Em até 2 parcelas, sendo a 1ª até 30/08 e a 2ª até 20/12.
d) Obrigatoriamente em uma única parcela até 30/11.
2. Para ter direito a 1/12 avos de 13º salário é necessário que o empregado tenha 
trabalhado pelo menos quantos dias na empresa?
a) 30 dias.
b) 16 dias.
c) 15 dias.
d) 14 dias.
3. Calcule o valor da 1ª parcela do 13º salário em 2016 para os seguintes empregados e 
assinale a opção que compreende a resposta correta:
Nome Data de Admissão Salário
Guilherme da Silva 18/02/2016 990,00
João Pereira 01/03/2015 1.200,00
Azevedo
Lápis
Azevedo
Lápis
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ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA
Evento Provento Desconto
Adiantamento 13º Salário 
INSS 
IRRF 
Totais 
Líquido R$ - 
Evento Provento Desconto
Adiantamento 13º Salário 
INSS 
IRRF 
Totais 
Líquido R$ - 
a) 412,50 e 600,00.
b) 330,00 e 600,00.
c) 352,25 e 600,00.
d) 371,25 e 600,00.
4. Calcule o valor da 2ª parcela do 13º salário em 2016 para os seguintes empregados e 
assinale a opção que compreende a resposta correta:
Nome Data de Admissão Salário
Guilherme da Silva 18/02/2016 990,00
João Pereira 01/03/2015 1.200,00
Utilize como basede valores de 1ª parcela os apurados na questão 3.
Evento Provento Desconto
13º Salário 
Adiantamento 13º Salário 
INSS 
IRRF 
Totais 
Líquido 
Evento Provento Desconto
13º Salário 
Adiantamento 13º Salário 
INSS 
IRRF 
Totais 
Líquido 
a) 387,75 e 504,00.
b) 453,75 e 600,00.
c) 379,50 e 492,00.
d) 386,90 e 502,70.
Azevedo
Lápis
Azevedo
Máquina de escrever
371,25
Azevedo
Máquina de escrever
825
Azevedo
Máquina de escrever
66,00
Azevedo
Máquina de escrever
437,25
Azevedo
Máquina de escrever
825,00
Azevedo
Máquina de escrever
387,75
Azevedo
Máquina de escrever
1200,00
Azevedo
Máquina de escrever
600,00
Azevedo
Máquina de escrever
96,00
Azevedo
Máquina de escrever
1200,00
Azevedo
Máquina de escrever
504,00
Azevedo
Lápis
26 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA
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5. A seguinte funcionária entrou em auxílio-doença do período de 17/03/2016 a 
05/08/2016. Calcule quantos meses serão pagos pela empresa e quantos meses serão 
pagos pelo INSS. Assinale a alternativa que condiz com a alternativa correta:
a) 8 meses (empresa) e 4 meses (INSS).
b) 7 meses (empresa) e 5 meses (INSS).
c) 9 meses (empresa) e 3 meses (INSS).
d) 5 meses (empresa) e 7 meses (INSS).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei no 4.090, de 13 de julho de 1962. Institui a Gratificação de Natal para 
os Trabalhadores. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4090.
htm>. Acesso em: 29 maio 2017. 
BRASIL. Decreto-lei nº 57.155/1965, de 3 de novembro de 1965. Institui a gratificação 
de Natal para os trabalhadores. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto/1950-1969/d57155.htm>. Acesso em: 29 maio 2017.
BRASIL. Receita Federal do Brasil. 2016. Dispõe sobre IRPF (Imposto sobre a renda 
das pessoas físicas). Disponível em: <https://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/
tributos/irpf-imposto-de-renda-pessoa-fisica#calculo_mensal_IRPF>. Acesso em: 13 
mar. 2017.
CONHECIMENTO ALTERDATA. PACK - Departamento Pessoal: Décimo Terceiro 
(13º) - Gerando o recibo da primeira e segunda parcela de décimo terceiro. 2012. 
Disponível em <http://conhecimento.alterdata.com.br/ar/kblive.php?action=showEntr
y&data=1867>. Acesso em: 11 abr. 2017.
FILHO, João Luiz Vieira. Gratificação Natalina “13º” salário. Administradores.Com.. 
Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/gratificacao-
natalina-13-salario/26407/>. Acesso em: 11 abr. 2017.
GABARITO DAS AUTOATIVIDADES
1 - B
2 - C
3 - D
4 - A
5 - A
Azevedo
Lápis
27
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ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA
MACHADO, Mariza Abreu de Oliveira; SANTOS, Milena Sanches Tayano dos. 
Departamento de pessoal modelo. 6. ed. São Paulo: IOB, 2016. 
OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos trabalhistas. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
PREVIDÊNCIA SOCIAL (2017). Tabela de contribuição mensal de INSS. Disponível 
em: <http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/gps/
tabela-contribuicao-mensal/>. Acesso em: 13 mar. 2017.
SILVA, Laercio J. 2012. Dispõe sobre Afixação de Documentos. Disponível em: 
<http://laerciojsilva.blogspot.com/2012_08_01_archive.html>. Acesso em: 13 abr. 2017.
Centro Universitário Leonardo da Vinci
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