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Fundação Educacional Dom André Arcoverde
Centro de Ensino Superior de Valença
Curso de Medicina Veterinária
Estudos Antropológicos e Sociológicos 
Prof. Ms. Cyro Guimarães
cyroguimaraes@uol.com.br
WhatsApp: (24) 99258-8345
	AULA Nº9
Interação social e relações sociais
Centro de Ensino Superior de Valença – CESVA/FAA
Objetivos da Aula
Reconhecer a importância das normas de conduta para a sociedade;
Conhecer como funciona as relações sociais;
Conhecer o que vem a ser o processo de socialização;
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Centro de Ensino Superior de Valença – CESVA/FAA
Somos todos seres sociais. A convivência com outras pessoas fez o ser humano compreender que vive em dependência com o outro. Assim, acabou desenvolvendo a capacidade de se comunicar e interagir com outros indivíduos – SOCIABILIDADE. Portanto, um aspecto fundamental da existência do homem, é sua vida social, os aspectos relacionados a coletividade.
Para viver em sociedade os homens desenvolveram diversos padrões de entendimento e compreensão dos eventos sociais e naturais:
• Moral;
• Valores;
• Costumes; 
• Regras;
• Leis;
• Sentimentos.
 
As relações entre os seres humanos que vivem em sociedade são chamadas de relações sociais. Elas constituem a base da sociedade. Vale dizer que sem elas a sociedade não existiria. Essas relações supõem a existência de pessoas que interagem reciprocamente. 
As relações entre os seres humanos não são relações fixas e imutáveis. São relações dinâmicas que se transformam com as mudanças na sociedade, ao mesmo tempo que as estimulam e interferem nelas. A socialização é o processo pelo qual ao longo da vida a pessoa aprende e interioriza os elementos socioculturais do seu meio, integrando-os na estrutura da sua personalidade sob a influência de experiências de agentes sociais significativos, adaptando-se assim ao ambiente social em que vive.
Na Sociologia, a interação social é um conceito que determina as relações sociais desenvolvidas pelos indivíduos e grupos sociais. Trata-se, portanto, de uma condição indispensável para o desenvolvimento e constituição das sociedades. Por meio dos processos interativos, o ser humano se transforma num sujeito social.
É a partir da interação social que os seres humanos desenvolvem a comunicação, estabelecendo o contato social e criando redes de relações as quais resultam em determinados comportamentos sociais.
De acordo com o tipo de relação estabelecida, a interação social pode ser: 
• Interação Social Recíproca: quando há interação entre as partes que irão interagir, que pode ser, pessoas ou grupos. Nesse caso, ambos se influenciam e determinam os comportamentos sociais, tal qual numa conversa com os amigos;
• Interação Social Não-Recíproca: nesses tipos de interação, a principal característica é a unilateralidade, ou seja, quando não ocorre a interação social de ambas as partes, por exemplo, quando estamos vendo televisão (somente nós que somos influenciados por ela e não o contrário).
O homem é um animal que depende de interação para receber afeto, cuidados e até mesmo para se manter vivo. Somos animais sociais, pois o fato de ouvir, tocar, sentir, ver o outro fazem parte da nossa natureza social. O ser humano precisa se relacionar com os outros por diversos motivos: por necessidade de se comunicar, de aprender, de ensinar, de dizer que ama o seu próximo, de exigir melhores condições de vida, bem como de melhorar o seu ambiente externo, de expressar seus desejos e vontades.
Instituições sociais
Nenhum papel social existe isoladamente. Cada um deles está relacionado a outros, uma vez que as expectativas do comportamento humano padronizado que caracterizam um determinado papel partem necessariamente de indivíduos que desempenham papéis complementares ao papel considerado. Assim, por exemplo, só existe o papel de filho porque há o de pai; o de professor porque há o aluno e vice-versa. 
Em Sociologia é bastante generalizada a ideia de que os indivíduos ocupam tantas posições quantos sejam os grupos dos quais eles participem, equivalendo a dizer que desempenham um igual número de papéis. Além disso, podem ocupar posições e desempenhar papéis em número superior aos dos grupos aos quais pertencem. 
Pensemos na família, na religião, na economia e na educação. Nossa vida gira em torno disso. Estamos falando de instituições sociais. Elas podem ser definidas como um conjunto de ideias, valores, regras e comportamentos destinados a garantir a estabilidade e a ordem em uma sociedade. Em suma, elas sustentam uma sociedade. Constituem sua base de apoio e a garantia de continuidade de vida para todos os cidadãos.
FAMÍLIA E CASAMENTO 
Em qualquer local do mundo a família estará invariavelmente presente. Afirma-se, em função disso, que ela é uma instituição universal. Hoje em dia o seu conceito tende a se expandir, existindo diferentes tipos dela em todo o planeta. 
 Algumas funções específicas da família
1. Função biológica – é a principal função da família. Consiste na procriação, garantindo a continuidade da sociedade e da própria espécie. A reprodução pode ser feita por homens e mulheres fora do âmbito do casamento;
2. Função econômica – ou de sustento. Este não inclui apenas a alimentação, mas ainda o vestuário, a moradia e os cuidados com a saúde. Durante muito tempo essa função coube ao homem mas, hoje em dia, a mulher contribui cada vez mais para ela, trabalhando fora;
3. Função de socialização – ocorre primeiro no interior da própria família e, depois, no âmbito do grupo social em que a mesma esteja inserida. As relações íntimas entre pais e filhos contribuem para a formação da personalidade básica;
4. Função de transmissão cultural – a família constitui, de uma maneira geral, uma síntese dos valores da sociedade em que está inserida e nas quais acredita. Em consequência, os filhos assimilam esses valores, que serão repassados às gerações futuras. É essa função que garante a permanência e a continuidade dos valores de uma sociedade;
5. Função de controle social – é também importante na evolução das sociedades. Desde pequenos, os filhos aprendem a respeitar aquilo que é dos outros, a atravessar na faixa de pedestres, a seguir horários, por exemplo. Assimilam o valor e a importância das regras, sem as quais não existe ordem social.
RELIGIÃO
Para entendermos o sentido da religião devemos tentar entender o sentido da própria natureza humana. Foi em busca deste sentido que os sociólogos formularam explicações para a existência da religião.
As principais explicações para a existência da religião
Dar um sentido à vida; 
Entender a origem do mundo; 
Superar o medo;
Justificar o sofrimento e garantir a salvação; 
Superar a condição humana; 
Escolha divina; 
Validar as leis morais.
EDUCAÇÃO
A escola é, sem dúvida, o segundo fator em ordem de importância para a manutenção dos valores de uma sociedade. 
A educação desempenha diversas funções:
1. Transmissão cultural – além da língua pátria, também transmite valores como a ética, a cidadania, o respeito à diversidade étnica, social, a preservação dos bens públicos, etc., além dos valores tradicionais;
2. Controle social – durante o período que permanece na escola, a criança segue regras, horários, normas gerais de convivência. A permanência no recinto escolar é regulamentada e, por meio do estudo e das orientações dos professores, aprende-se a internalizar regras e normas;
3. Integração social – a diversidade étnica, social e religiosa do Brasil é bastante grande. A escola pública deve receber todas as crianças e jovens da comunidade, sem discriminação. Mas não se fale em uniformização mas sim em assimilação dessas individualidades, fazendo com que cada criança se integre à sociedade;
4. Transmissão de conhecimentos – além das funções já detalhadas, a transmissão de conhecimentos é a mais explícita e também em geral a mais valorizada. Hoje, além de transmissão, a escola também tem a tarefa de ajudar a criar conhecimento, valorizando a criatividade de cada alunoe a sua individualidade;
5. Formação profissional – os estudos, as práticas esportivas, as excursões visam acima de tudo a formação intelectual e física dos alunos. Isso tudo constitui uma preparação para a formação profissional futura;
6. Socialização – a escola oferece uma nova etapa nesse processo. Quanto mais avança nos estudos, mas contatos a criança tem.
ESTADO
O Estado difere das outras instituições na medida em que tem poder para regular as relações da sociedade. O Estado surgiu a partir do próprio povo, o qual o criou para que mantivesse a paz, praticasse a justiça e trabalhasse para melhorar a vida de todos. O Estado se mantém através do seu poder de coerção para fazer valer seu direito de cobrar impostos.
INSTITUIÇÕES SOCIAIS
As Instituições Sociais são instrumentos reguladores e normativos das ações humanas, as quais reúnem um conjunto de regras e procedimentos reconhecidos pela sociedade. Elas possuem uma relação de interdependência, ou seja, não atuam de maneira isolada, e surgem para suprir diversas necessidades humanas.
Assim, determinam as regras e procedimentos dos grupos de acordo com padrões, papéis, valores, comportamentos e relações entre membros da mesma cultura. As instituições sociais fazem parte da estrutura social e designam meios sociais duradouros e estáveis. Nelas são desenvolvidas diversas relações em função da interação entre os grupos sociais. Além de participar da organização da sociedade, ela pode atuar como controlador social.
Tipos de Instituição Segundo a função e o espaço social que se desenvolvem, as instituições são classificadas em:
Instituições Espontâneas: surgem espontaneamente a partir das relações estabelecidas entre os agentes sociais, por exemplo, a família. 
Instituições Criadas: o nome já indica que foram criadas para regular e organizar a sociedade e não surgiram espontaneamente. São elas, os bancos, as igrejas, etc.;
Instituições Reguladoras: regula diversos aspectos da sociedade, por exemplo as instituições educativas e religiosas. 
Instituições Operacionais: opera sobre diversos aspectos da sociedade, por exemplo, o departamento de finanças.
OBRIGADO!
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