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Doenças exantemáticas

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Jailton Junior 2024.1 
 
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Doenças exantemáticas 
 
Sempre avaliar: 
• Idade 
• Tipo de exantema 
• Sintomas Associados 
 
Tipos de Exantemas: Origem viral 
 
Origem Bacteriana 
Obs: Escarlatina causada pelo 
streptococcus pyogenes 
 
Origem Viral 
Virus: varicela zoster e 
Coxsackievirus 
O Diagnostico de doença 
papulovasicular é fácil, então o foco 
é no diagnostico diferencial do 
maculopapular 
 
 
 
 
Critério de Idade 
Sarampo: 7 dias acompanhado de IVAS 
(Coriza, conjuntivite e tosse) 
Rubéola: 3 dias e geralmente quando está 
no tronco já sumiu do rosto 
Em ambas: Alterações orais 
 
 São patognomônicas de sarampo 
Mancha branco azulada de 1mm na face 
interna da bochecha, geralmente na 
região da altura dos dentes molares 
 
Lesões pequenas, róseas ou até 
petequeais no palato, não sendo 
patognomônicas da rubéola, podem 
aparecer em outras doenças (faringite 
estreptocócica ou escarlatina) 
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 Exantema Maculopapular: DGDF 
Causado pelo herpes vírus 6 
Febre alta sem outros sinais 
acompanhado por 3-5 dias e a cessar a 
febre cursa com exantema maculopapular 
em tronco 
 
 
Na doença de Kawasaki é preciso 
completar os critérios clínicos: Febre 
prolongada e pelo menos 4 dos achados 
 
 
 É possível diferenciar através dos sinais 
clínicos específicos de cada doença, mas 
possuem um sinal clinico em comum 
Eritema malar que poupa maciço central 
(não acomete nariz, fronte e região 
perioral) 
Como diferenciar? Avaliando o tipo de 
exantema 
Rendilhado: Clareamento central das 
lesões e some sem descamação 
E Recidivante: se resolve em questão de 
dias, mas pode voltar quando a criança é 
exposta ao sol, stress e atividade física 
Em lixa, micropapular e se resolve com 
descamação, uma descamação furfurácea 
no tronco e laminar nos dedos. 
Além disso na escarlatina existem as linhas 
de pastia, que são a acentuação dos 
exantemas nas dobras (ex cotovelo) 
 
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Sarampo 
O sarampo no passado era uma doença 
endêmica mundial de incidência quase 
universal na infância, mas essa realidade 
mudou com a introdução da vacina do 
sarampo nas ultimas décadas, mas 
recentemente houve um retorno no 
sarampo. 
Epidemiologia no Brasil 
2013: Surto no nordeste, que durou até 
2015, so que nessa época foi vindo de 
pessoas de outros países, tendo sido um 
surto relativamente controlado, já que em 
2016 o país já era considerado um país livre 
de sarampo. Porém em 2017, retornou na 
região norte, principalmente nos estados do 
Amazonas e Roraima, associado ao fluxo 
migratório dos venezuelanos, que 
trouxeram o sarampo do genótipo D8 que 
espalhou no Brasil. Em 2019, com a chegada 
de um navio com varias pessoas infectadas, 
e apesar do controle da vigilância, não foi 
possível conter o surto, então assim houve 
novo surto que acometeu principalmente 2 
faixas etárias 
➔ Crianças menores de 1 ano 
➔ Adultos joves (entre 20-29 anos) 
associado a baixa cobertura vacinal 
 
Estratégia de vacinação 
1 Vacinar adultos jovens (até 29 anos) 
2 Instituir a dose 0 do sarampo, uma dose 
extra da vacina que é feita em crianças de 6 
a 12 meses 
 
 
 
 
 
 
 
O vírus do sarampo pode permanecer suspenso 
no ar por até 1h depois que o paciente fonte 
deixa o ambiente, além disso possui uma taxa 
de ataque elevada 
90% das pessoas suscetíveis que entrarem em 
contato serão infectadas 
Quadro Clínico 
 
Febre aumenta em intensidade até o 
primeiro dia do exantema e depois se 
resolve em 24h 
 
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Exantema do sarampo 
 
Morbiliforme, coalesce no tronco, sendo 
que começa geralmente na linha de 
implatação dos cabelos, entãode inicio 
retroauricular, tem uma duração de 7 dias 
e resolve com uma descamação fina 
Além disso cursa com “cara de gripada” que 
é a face sarampenta, devido a quantidade 
de secreção de VAS 
 
Mancha branco azulada de 1mm na face 
interna da bochecha, geralmente na 
região da altura dos dentes molares, surge 
de 1 a 4 dias antes dos exantemas e 
desaparecem 2 a 3 dias depois 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Clinico-Epidemiológico 
Sintoma sugestivo em época de epidemia 
ou teve contato com alguém com sarampo 
IgM: Surge de 1 a 2 dias depois do inicio do 
exantema e pode continuar detectável até 
um mês 
IgG: Aumento de até 4x dos títulos de IgG 
quando dosado na fase aguda e 2-4 
semanas depois 
Outros achados: Leucopenia com 
linfopenia e geralmente as provas 
inflamatórias são normais na ausência de 
infecção bacteriana secundaria 
DOENÇA DE NOTIFICALÃO COMPULSORIA 
A SUSPEITA 
 
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Tratamento 
Tratamento de suporte, lembrando que o 
sarampo é mais grave em pct desnutrido, a 
OMS também recomenta a suplementação 
da Vit A, principalmente em regiões com 
deficiência de Vit. A, já que essa deficiência 
esta relacionada a uma maior mortalidade 
por sarampo. 
 
Complicações 
Principal complicação como causa de 
morte, podendo ser decorrente do próprio 
vírus do sarampo ou por uma infecção 
bacteriana sobreposta 
Encefalite acontece na fase aguda, e 
geralmente se resolve sem nenhum 
problema 
Panencefalite esclerosante subaguda que 
acontece pela a persistência do vírus do 
sarampo, mas um vírus alterado, no SNC 
que acaba reativando 7 a 10 anos depois do 
sarampo, dando inicio a um processo 
degenerativo que culmina com a morte em 
1 a 2 anos 
 
Profilaxia 
Vacina tríplice viral com 1 ano e o reforço 
com a tetra viral, com 15 meses 
 
 
Pode receber após 72 horas, mas como a 
vacina do sarampo é uma vacina de agente 
atenuado, ela não pode ser dado para todo 
mundo: 
 Gestante 
 Lactante menor de 6 meses 
 Imunocomprometido 
Nesse caso: Imunoglobulina 
Gama globulina (igg, anticorpos de 
doadores saudáveis) 
 
 
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Rubéola 
Antes era mais comum em pré e escolares, 
após a vacinação passou a ser mais comum 
em jovens e adultos, entre 1999 e 2001 no 
brasil houve surto de rubéola, aumentou a 
incidência de rubéola congênita, uma vez 
que mulheres em idade fértil eram mais 
contaminas e rubéola aguda nos primeiros 
trimestres de gestação aumentam o risco 
de síndrome da rubéola congênita 
 
 
Quadro clinico 
Esse pródromo 
pode não 
acontecer em 
crianças, podendo evoluir direto para fase 
exantemática 
Linfadenopatia: Suboccipital e 
Retroauricular, que começa antes do 
exantema. 
Exantema 
 
Exantema maculopapular, róseo, com 
distribuição craniocaudal e é do tipo 
evanescente, como tem uma duração 
muito curta (3 dias), quando ele aparece 
em região de tronco, ele não está mais na 
face, quando em região de MMI, não existe 
mais em tronco. E sem descamação 
 
Achado de orofaringe, característico, 
porém não patognomônico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 Adicione um título ao seu documento 
 
 Diagnóstico 
Clinico-Epidemiológico 
 
IgM: Surge de 1 a 2 dias depois do inicio do 
exantema e pode continuar detectável até 
um mês 
IgG: Aumento de até 4x dos títulos de IgG 
quando dosado na fase aguda e 2-4 
semanas depois 
Outros achados: Leucopenia, neutropenia 
e trombocitopenia 
➔ Notificação compulsória a suspeita 
clínica 
Doença leve, autolimitada 
Tratamento de suporte 
Corticoides e imunoglobulinas apenas em 
casos de complicações, sendo a 
trombocitopenia a principal complicação 
em crianças. 
Em adultos: Principal complicação é a 
artrite, sendo mais comum em mulheres e 
mais comum como uma artrite de 
pequenas articulações das mãos. 
 
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Exantema súbito 
Mais comum em pré escolares (6-15 de 
vidas) antes de 6 meses os anti corpos 
maternos protegem 
 
 
 
 
Sintomas leves quando aparece 
 
Febre alta e isolada que aparece sem outro 
sintoma, e se resolve em crise e depois de 
12-24h do desaparecimento da febre: 
 
 
 
 
Aparecem os exantemas, inicialmente em 
tronco e que depois dissemina pro rosto, 
pescoço e extremidades, não é pruriginoso 
e NUNCA é vesicular. Tendo duração de 1-3 
dias e sem descamação 
 
Diagnostico 
IgM: Aparece depois de 5-7 dias da doença 
IgG: Amostras pareadas de 2 a 3 semanas 
Solicitar cultura viral e PCR do vírus em 
secreção 
Durante a febre: Alterações no hemograma 
 Leucometria de 8 a 9 mil caindo 
para 4-6 com predomínio de linfócitos na 
fase de exatema 
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Tratamento: Antitérmico 
Uma vez que a transmissão por gotículas do 
herpesvirus acontece no período de febre, 
antes do DG, pois ainda não apareceu o 
exantema. 
Principal complicação: Convulsão Febril 
 
Eritema infecioso 
Acomete principalmente escolares (5-15) 
Quadros clínicos decorrentes da infecção 
pelo parvo vírus, fenômenos imunológicos 
pós infecciosos. 
Quando o pct apresenta as manifestações 
clinicas, não tem mais replicação nem a 
transmissão viral. 
Quadro clinico decorrente da infecção viral 
direta do pvb19 e lisa as células percursoras 
eritoides, tendo uma parada da eritropoiese 
e no momento do caso clinico tem 
transmissão 
 
Pós infecção do pvb19 
 
Fase exantemática do eritema infeccioso 3 
estagio 
Estágio inicial: Face 
esbofeteada que poupa nariz, 
testa e região perioral 
Em seguida começa o 
exantema característico do 
eritema infecioso, rendilhado, 
com clareamento central 
dessas lesões, começando no 
tronco e com duração de 10 
dias, poupando palmas e 
plantas dos pés e sendo mais 
intenso nas faces extensoras (braços) e 3ª 
fase, quando pode recindir por 1-3 
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10 Adicione um título ao seu documento 
semanas com stress, exposição ao sol e 
exercício intenso 
 
 
Em crise aplásica: isolamento por até 1 
semana depois do termino da febre 
 
ESCARLATINA 
Única doença exantematica da infancia 
causada por bacteria 
Acomete principalmente escolares (3-15 
anos) 
 
Só ocorre escarlatina quando o Sp 
pyogenes estiver infectado por um 
bacteriófago capaz de produzir toxinas 
eritrogênicas (responsável pelo 
aparecimento da MC da escarlatina) 
Transmissão mais comum no inverno e 
primavera, transmissão por gotículas 
 
 
 
 
 
 Faringo amidalite> 
Exantema característico: micropapular 
 Vermelho brilhante 
 Inicio em pescoço e espalha pro 
tronco e pros membros poupando palma e 
planta 
 
 
Exantema acentuado em região de dobra, 
sinal de linhas de pastia 
Face esbofeteada 
Lingua em framboesa (edema das papilas 
linguais) 
 
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11 Adicione um título ao seu documento 
Diagnostico: Clínico 
Cultura de orofaringe (padrão ouro): 
sensibilidade de 95% mas demora de 2-3 
dias 
Strep Test: teste rápido para identificar o 
sp pyog em orofaringe (sensibilidade 80%) 
 
Sorologia 
 
Tratamento 
Antitérmicos 
Antibiótico-> Encurta o curso da doença e 
irradica o sp pyog, impedindo a 
contaminação e complicação 
 
 Complicações 
 Se administrado 
nos primeiros 9 
dias da doença 
 
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Varicela 
Epidemiologia 
Pré vacinal: pre escolar 
Pós vacinal: escolares ou adolescente 
Vacina da varicela: Primeira dose com a 
tetra viral aos 15 meses e segunda dose 
aos 4 anos com uma vacina isolada 
 
Transmissão por aerossóis é mais comum 
em pct com a doença muito disseminada e 
com pct imunossuprimido 
A transmissão acontece até que todas asa 
vesículas estejam em crostas 
Doença altamente transmissível 
 
Primeiramente leva a varicela, depois esse 
virus fica latente nos gânglios sensoriais e 
pode reativar, dando inicio a uma infecção 
recorrente (herpes zoster) o risco de 
desenvolver é de 10-15% sendo que 75% 
acontecem em adultos acima de 45 anos. 
Herpes zoster tem uma veremia apenas na 
região do gânglio sensorial, que leva a uma 
erupção restrita a um dermatamo. 
A transmissão é apenas pelo contato com 
as vesículas 
Quadro Clinico da varicela 
Aparecem de 24 a 
48h antes do inicio 
do exantema mas 
os sintomas gerais podem persistir por 2 a 
4 dias depois do inicio do exantema 
 
Polimorfico: em uma mesma região de pele 
encontro maculas, pápulas, vesículas e até 
vesículas com crosto. 
Tem inicio geralmente no coro cabeludo, 
face e evoluindo para tronco e membros. 
Vesículas evoluem para crostas, com 
duração de 5 a 7 dias e depois somem, 
deixando uma mancha branca no lugar, 
que não faz cicatriz na pele, desde que não 
tem uma infecção bacteriana secundária. 
Exantema também some sem escamação e 
duração de 7 dias 
Varicela também pode cursar com lesões 
ulcerativas: estomatite, na boca, conjutivas 
e região de mucosa genital (não tão 
frequente) 
 
 
 
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13 Adicione um título ao seu documento 
Também pode evoluir com quadros graves 
 Etiológico não é de rotina, apenas em 
casos graves ou com risco. 
Tratamento 
Anti-histaminico de primeira geração para 
dar sono e a criança parar de coçar 
Em risco de complicações, mesmo que a 
doença ainda não esteja grave 
Primeiras 24h por 5 dias 
 
 
 
 
Uso por 7 dias ou até 48h depois do 
termino do aparecimento de novas lesões 
 
Paciente internado com varicela 
Principal complicação é uma infecção 
bacteriana secundaria e devo suspeitar 
quando tenho recrudescência da febre 
Principal causa de morte por varicela em 
adultos 
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14 Adicione um título ao seu documento 
 
Profilaxia pós exposição 
 
Imuno globulina humana anti 
varicelazoster

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