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Redes sociais
Redes sociais são estruturas compostas por um conjunto 
de atores sociais (indivíduos, organizações, grupos etc.), conec-
tados entre si por relações sociais. As redes não são, porém, todas 
iguais: configuram-se diversamente, de acordo com a sua estru-
trura e o tipo de relações (parentesco, amizade, influência, domi-
nação, troca econômica) que existe entre os atores.
Nas ciências sociais, o termo é utilizado para descrever 
o padrão observável de relações sociais entre unidades individuais 
de análise (nós da rede). Um dos principais métodos de investi-
gação de redes é chamado de Análise de Redes Sociais (ARS). 
O método consiste em mapear o conjunto complexo 
de relações entre os membros de uma rede e sua estrutura. 
Isto implica em uma estrutura social determinada por interações 
sociais e uma análise mais voltada para as propriedades das rela-
ções entre as unidades, do que a análise dos atributos dessas 
próprias unidades. 
A premissa teórica do método é de que a ação de uma 
unidade individual de análise (nó) está imersa no arranjo 
de relações sociais e seria influenciada por esse. Dessa forma, 
as ligações e a localização da unidade nessas relações são tanto 
uma restrição quanto um recurso. As unidades podem enfrentar 
demandas e expectativas de outros membros de suas redes, 
o que restringe o que elas podem fazer. Mas, ao mesmo tempo, 
outros membros também possibilitam o acesso a recursos, como 
informações de vários gêneros, criando confiança e desencora-
jando o oportunismo nas transações.
A representação das relações em redes seria feita através 
de sociogramas: mapas contendo uma série de pontos, que repre-
sentam as unidades, e linhas que unem os pontos, que representam 
as interações entre as unidades.
 
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Para os estudos de inovação, as análises de redes são funda-
mentais na investigação de fenômenos importantes para o processo 
inovativo, como: o desenvolvimento de novas tecnologias, 
por intermédio da transmissão de informações através de cadeias 
de conhecidos; e a difusão de inovações no interior dos sistemas 
sociais. Essa relevância deve-se à crescente ênfase dedicada 
à interação entre atores diferentes e às dinâmicas de complemen-
taridade entre estas diferenças na produção e na difusão 
de inovações.
ANDION, C. . Análise de redes e desenvolvimento local sustentável. 
Revista De Administração Pública, 37(5), 1033 a 1054, 2003.
RAMELLA, Francesco. Sociologia da Inovação Econômica. Porto Alegre: 
Editora da UFRGS, 2020. 
SOUZA, Queila; QUANDT, Carlos; Metodologia de análise de redes 
sociais. In: DUARTE, F.; QUANDT, C.; SOUZA, Q. (orgs.). O tempo das redes. São 
Paulo: Perspectiva, 2008. p.31-63. 
Referências
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