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11 Redes sociais Redes sociais são estruturas compostas por um conjunto de atores sociais (indivíduos, organizações, grupos etc.), conec- tados entre si por relações sociais. As redes não são, porém, todas iguais: configuram-se diversamente, de acordo com a sua estru- trura e o tipo de relações (parentesco, amizade, influência, domi- nação, troca econômica) que existe entre os atores. Nas ciências sociais, o termo é utilizado para descrever o padrão observável de relações sociais entre unidades individuais de análise (nós da rede). Um dos principais métodos de investi- gação de redes é chamado de Análise de Redes Sociais (ARS). O método consiste em mapear o conjunto complexo de relações entre os membros de uma rede e sua estrutura. Isto implica em uma estrutura social determinada por interações sociais e uma análise mais voltada para as propriedades das rela- ções entre as unidades, do que a análise dos atributos dessas próprias unidades. A premissa teórica do método é de que a ação de uma unidade individual de análise (nó) está imersa no arranjo de relações sociais e seria influenciada por esse. Dessa forma, as ligações e a localização da unidade nessas relações são tanto uma restrição quanto um recurso. As unidades podem enfrentar demandas e expectativas de outros membros de suas redes, o que restringe o que elas podem fazer. Mas, ao mesmo tempo, outros membros também possibilitam o acesso a recursos, como informações de vários gêneros, criando confiança e desencora- jando o oportunismo nas transações. A representação das relações em redes seria feita através de sociogramas: mapas contendo uma série de pontos, que repre- sentam as unidades, e linhas que unem os pontos, que representam as interações entre as unidades. 22 Para os estudos de inovação, as análises de redes são funda- mentais na investigação de fenômenos importantes para o processo inovativo, como: o desenvolvimento de novas tecnologias, por intermédio da transmissão de informações através de cadeias de conhecidos; e a difusão de inovações no interior dos sistemas sociais. Essa relevância deve-se à crescente ênfase dedicada à interação entre atores diferentes e às dinâmicas de complemen- taridade entre estas diferenças na produção e na difusão de inovações. ANDION, C. . Análise de redes e desenvolvimento local sustentável. Revista De Administração Pública, 37(5), 1033 a 1054, 2003. RAMELLA, Francesco. Sociologia da Inovação Econômica. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2020. SOUZA, Queila; QUANDT, Carlos; Metodologia de análise de redes sociais. In: DUARTE, F.; QUANDT, C.; SOUZA, Q. (orgs.). O tempo das redes. São Paulo: Perspectiva, 2008. p.31-63. Referências 33