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Espinha Bífida Apresentação 1

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Espinha Bífida 
 Tainá pereira dos santos RA 5400454
A espinha bífida é uma malformação congênita decorrente de defeito de fechamento do tubo neural (DFTN), que envolve tecidos sobrejacentes à medula espinhal, arco vertebral, músculos dorsais e pele e representa 75% das malformações do tubo neural. O defeito ocorre no primeiro mês de gravidez e engloba uma série de malformações. O não fechamento do tubo neural produz defeitos de graus variáveis, podendo afetar todo o comprimento do tubo neural ou limitar-se a uma pequena área. 
. A espinha bífida é classificada em espinha bífida oculta e espinha bífida cística, sendo as duas formas principais a meningocele e a mielomeningocele. A mais comumente observada é a mielomeningocele, na qual há uma protusão cística contendo tecido nervoso exposto não coberto por pele.
 Espinha bífida oculta 
Distúrbio da porção caudal do tubo neural, pele intacta, deformidade dos pés, assimetria de MMII e distúrbios esfincterianos. 
Meningocele
É a forma mais leve da EBC, com protusão apenas das meninges e líquor para dento da bolsa 
O acometimento está restrito a pele, ossos e dura-matér
Mielomeningocele
É a forma mais grave e mais comum do EBC
Falha da função dos arcos vertebrais posteriores e displasia (crescimento anormal) da medula espinhal e da meninges que a envolvem; 
Dividem-se em:
 
Bolsa Fechada 
Quando o tecido nervoso fica acoplado em uma superfície interna da bolsa
Bolsa aberta: 
Quando o tecido nervoso e o turbo neural ficam expostos 
O diagnóstico da EB pode ser estabelecido ainda no estagio fetal, haja vista que a elevada concentração sanguínea de alfafetoproteina é um marcador da EB. O diagnóstico, então é confimardo por meio de exames de ultrassonografia nesse período fetal, bem como é possível determinar o nível da lesão por meio da ultrassonografia tridimensional. 
As causas que levam aos DFTN ainda são obscuras e estão associadas à interação de fatores genéticos e ambientais. Entre os fatores ambientais estão: diabetes materno, deficiência de zinco, ingestão de álcool durante os primeiros três meses de gravidez, fatores socioeconômicos, alimentos contaminados com inseticidas, drogas anticonvulsivantes, agentes anestésicos, dentre outros. A carência de ácido fólico é o mais importante fator de risco para os DFTN. O ácido fólico age na síntese de DNA e, portanto, é essencial para a rápida divisão celular que ocorre durante o desenvolvimento fetal precoce.
As crianças portadoras de espinha bífida apresentam complicações que transformam esta patologia em um sério problema de saúde pública, com repercussão na vida do indivíduo, família e sociedade. As possíveis complicações presentes em recém-nascidos portadores dessa malformação são distúrbios neuromotores, como hidrocefalia, malformação de Arnold Chiari, bexiga neurogênica, intestino neurogênico e paralisia de membros inferiores; e distúrbios ortopédicos, tais como pés tortos congênitos, luxação coxofemural, fraturas, escoliose e distúrbios renais, mormente hidronefrose e refluxo vesicouretral.
Hidrocefalia
Hidrocefalia é uma condição patológica em que ocorre dilatação ventricular associada à hipertensão intracraniana devido a um desequilíbrio entre a produção e absorção do líquido cérebro-espinhal. O acúmulo deste líquido pode distorcer e lesar o cérebro, causando até mesmo a morte do paciente. Em muitos casos, a única forma de tratamento possível baseia-se na colocação de uma válvula de derivação ventricular para a drenagem desse excesso de líquido para fora do cérebro. 
A derivação ventrículo peritoneal (DVP) é empregada na grande maioria dos casos de hidrocefalia infantil. O uso de drenagens liquóricas valvuladas representou grande avanço, com acentuada diminuição da mortalidade e morbidade em crianças com hidrocefalia. O tratamento cirúrgico precoce pode diminuir os efeitos tardios da hidrocefalia não tratada, desde os estéticos, como a macrocrania, aos funcionais, como a dificuldade nas aquisições neuropsicomotoras. O prognóstico depende principalmente da causa e de possíveis malformações associadas, apresentando sempre quadros graves, que requerem cuidados extremos.
Bexiga neurogênica
Do ponto de vista urológico pacientes com mielomeningocele têm bexiga neurogênica de onde derivam alguns problemas associados ao refluxo vesico uretral e infecção urinária. A bexiga desses pacientes, de um modo geral, é de baixa capacidade e tem contrações descoordenadas associadas a elevada pressão interna. Para manter a bexiga neurogênica vazia é necessário o cateterismo intermitente. Preconiza-se fazer o cateterismo a cada 3 horas, pois além da incontinência urinária, o esvaziamento incompleto da bexiga torna-se uma preocupação constante por causa da infecção do trato urinário e dos possíveis danos aos rins.
Problemas ortopédicos e paralisia
Portadores de EBM podem apresentar incapacidades crônicas graves, e as alterações motoras e sensitivas variam conforme o nível da lesão e o grau de comprometimento da medula espinhal (HISABA et al., 2003). Nestes pacientes a maioria das alterações clínicas envolve a dificuldade ou inabilidade para adquirir ou manter-se em postura ortostática, deambular, exercer controle voluntário da bexiga urinária e intestinal. Usualmente apresentam comprometimento sensorial e motor nas extremidades inferiores. Muitas vezes, a sobrecarga ou o excesso de utilização das extremidades superiores e tronco para compensar a paresia e os desequilíbrios musculares nos membros inferiores, provoca o surgimento de distúrbios músculo esqueléticos, especialmente nos tecidos moles e periarticulares. 
As alterações motoras e sensoriais decorrentes do disrafismo medular frequentemente promovem alterações osteomioarticulares. Alterações posturais, caracterizadas, sobretudo, por hiperescoliose ou hipercifose, promovem instabilidade no equilíbrio do paciente. A paresia dos músculos flexores plantares causa anteriorização da tíbia, suscitando instabilidade e movimentos compensatórios de joelho, quadril e tronco. Déficits sensoriais, cognitivos, tônicos e tróficos, com processo osteoporótico (envolvendo ou não sub-luxações no quadril) e contraturas musculares, também constituem fatores que influenciam na qualidade de vida do paciente com EB.
Pode ocorrer uma completa perda da função abaixo do nível da lesão com paralisia, perda total da sensibilidade e ausência de reflexos (FERNANDES, 1998). O nível da paralisia é classificado em: nível toráxico, caracterizado por uma paralisia flácida total, ou seja, nenhuma sensibilidade nem musculatura ativa nos quadris e abaixo deles.
	Nível neurológico	Principais grupos musculares funcionais em MMII	Principais grupos musculares paralisados em MMII	Incapacidades decorrentes do desequilíbrio muscular 
	T12	Nenhuma 	Paralisia completa de MMII	Escoliose ou lordose, coxa valga subluxação ocasional do quadril
	L1-L2	Flexores de quadril fracos a bons 
Adutores do quadril pobres a fracos	Extensores do quadril paralisados 
Abdutores do quadril paralisados joelho e pés flácidos	Escoliose ou lordose
Contratura em flexão- adução do quadril associada a subluxação
	L3-L4	Flexores de quadril normais 
Adutores do quadril bons a normais 
Quadriceps fraco a bom 
Tibial anterior – fraco de esboço a fraca 
 	Extensores e abdutores do quadril, extensores do joelho, tríceps sural, eversores e inversores do pé paralisado 	Lordose lombar ou escoliose 
Contratura em flexão- adução- rotação externa do quadril e deslocamento do quadril ao nascimento 
Contratura em extensão do joelho
	L5	Flexores do quadril e adutores normais 
Quadriceps normal 
Isquiotibial mediais fracos a bons, dorsiflexores e inversores normais 	Extensores do quadril- esboço a pobre função muscular
Triceps sural paralisado, Eversores dos pés fracos 	Lordose, escoliose 
Contratura em flexão- adução do quadril, coxa valga, subluxação 
Grave calcaneovaro
	S1-S2	Músculos do bquadril,joelhos e pés norm,ais, exceto extensores de quadril, isquiotibial e flexores dos dedos 	Extensores do quadril fracos a bons 
Bíceps femoral fraco 
Músculos intrínsecos dos pés paralisados, flexores dos dedos fracos 	Subluxação ocasional do quadril 
Pé plano valgo 
Dedos em garra 
Caso clinico
Nome paciente: Giovana Alves perez 
Diagnóstico clínico: Mielomeningocele, hidrocefalia, bexiga neurogênica
Procedimentos( Botox, cirurgias)
Botox na bexica 
Cirurgias- Mielo, perna, quadril, tornozelo para encurtamento de tendão.
Historia da gestação 
Com 5 meses de gestação a mãe descobriu a mielomeningocele
Historia do parto 
Foi parto cessaria 
Queixa da criança
Gostaria de ajuda mais em casa 
 
Funcão mais alta- Escala DNPM ( tem controle de tronco) 
Nivel de ativação (MIELO)
Ativação acima da T12
AVDs
Locomove a cadeira de rodas sozinha, come sozinha, toma banho sozinha.
Mobilidade Global 
Move a cadeira de rodas, faz rotação de tronco, movimenta braços e mãos normalmente
Deformidades: Escoliose convexo a esquerda 
 Tônus Anormal: Hipotonia MMII
Espasticidade: não 
Esteriotipias: não
Tremores: não
Plano de tratamento 
Objetivo 
Aumentar a mobilidade do tronco 
Fortalecer os músculos abdominais e mmss
Fortalecer o tronco
Conduta 
Alongamento com rolo para o troco e escoliose 
Exercícios para o controle do tronco com o bastão
Exercícios respiratórios para bexiga
Exercícios de fortalecimento de MMSS com halter 
Exercícios no tablado para o fortalecimento dos abdominais 
Referencias bibliográficas 
O cuidado da criança com espinha bífida, Gaiva MAM, Neves AQ, Siqueira FMG
 ESPINHA BÍFIDA COM MIELOMENINGOCELE - interesse na Odontologia 
Terezinha Eurídice Santos Loureiro 1 
Tatiana Dias Costa2 , Mônica Regina Pereira Senra Soares3
 
BIZZI, J. W.; JUNQUEIRA; MACHADO, A.. Mielomeningocele: conceitos básicos e avanços recentes. J.Bras.neuroc; v.23, n.2, p. 138-151, 2012.
 
 Fatores clínicos e sociais associados à espinha bífida: um estudo bibliográfico
Espinha bífida: conceitos atuais / Spina bifida: current concepts
Souza, Alex Sandro Rolland de; Arruda, Tarciana Albuquerque Marenga de; Amorim, Melania Maria Ramos de; Pacheco, Álvaro José Correia. 
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