Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ACH5043 – Embriologia e Genética Desenvolvimento fetal 1 Desenvolvimento fetal • O período fetal estende-se desde a nona semana até o nascimento do bebê. A gravidez dura, em média, 280 dias desde a data da última menstruação (40 semanas) ou 266 dias desde a fecundação do óvulo (38 semanas); • Caracteriza-se pelo rápido crescimento corporal e pela maturação dos tecidos e órgãos; • O tamanho do feto pode ser usado como indicativo de idade de desenvolvimento. Geralmente, o comprimento crânio caudal (CCC) é utilizado como medida (altura sentado). Também é utilizado o comprimento crânio tornozelo (CCT), que é a medida entre o vértice do crânio e o tornozelo (altura em pé); • A partir dos próximos slides, trabalharemos com a idade do feto com base na fecundação do óvulo. 2 Desenvolvimento fetal 3 Desenvolvimento fetal • Durante o desenvolvimento fetal, ocorre uma desaceleração relativa do crescimento da cabeça em comparação com o restante do corpo; • No início do terceiro mês, a cabeça constitui cerca de metade do CCC. No início do quinto mês, tem cerca de um terço do CCT, e, no nascimento, aproximadamente um quarto do CCT; • Aceleração do crescimento do corpo com desaceleração do crescimento da cabeça. 4 5 Desenvolvimento fetal – Terceiro mês • A face se torna mais humana, com os olhos se deslocando de uma posição lateral para a parte ventral da face e as orelhas se aproximando de sua posição definitiva; • Braços e pernas alcançam seus comprimentos relativos em relação ao restante do corpo; • Aparecimento dos centros primários de ossificação; • Genitália externa atinge desenvolvimento suficiente para identificação do sexo do feto por ultrassonografia. Sexagem por exames moleculares já é possível a partir da oitava semana. • Início da atividade muscular ao fim do terceiro mês. Feto de 11 semanas6 Desenvolvimento fetal – Terceiro mês Feto de 12 semanas 7 Desenvolvimento fetal – quarto e quinto meses • Crescimento acelerado do feto. Ao final do quinto mês, feto tem entre 15 a 19 cm de CCC. Peso menor do que 500g; • A partir do quinto mês, mãe já consegue sentir os movimentos do feto. • Vários sistemas internos já estão formados, quase não há mais migração de células para formação de novos sistemas. 8 Desenvolvimento fetal – Segunda metade da gestação • Ainda no sexto mês, embora maioria dos sistemas já sejam capazes de funcionar, sistemas respiratório e nervoso ainda não estão suficientemente diferenciados e a coordenação entre eles ainda não está bem estabelecida. Bebês têm maiores chances de sobrevivência a partir do sétimo mês de desenvolvimento; • Aumento considerável de peso, com aproximadamente metade do peso sendo adicionado nos últimos dois meses e meio de gestação; • Ao sexto mês, o feto apresenta a pele avermelhada e enrugada, uma vez que ainda não apresenta tecido conjuntivo adjacente. 9 Desenvolvimento fetal – Segunda metade da gestação • Nos últimos dois meses de desenvolvimento, o feto adquire contornos mais arredondados, devido ao acúmulo de gordura subcutânea; • Pele é recoberta pelo vérnix caseoso, substância gordurosa e esbranquiçada com origem nas glândulas sebáceas. Oferece proteção mecânica contra patógenos e contra desidratação do feto; • Ao final do nono mês, a circunferência cranial é maior do que qualquer outra circunferência corporal – Facilitar o momento do nascimento; • Peso ao nascer gira entre 2900g a 3400g. O CCC é de aproximadamente 36cm e o CCT de aproximadamente 50cm. • Se do sexo masculino, os testículos já devem ter migrado para o saco escrotal. 10 Placenta • Órgão que realiza a troca de nutrientes e gases entre os compartimentos materno e fetal; • A partir da nona semana de desenvolvimento, a demanda nutricional do feto aumenta, provocando grandes mudanças na placenta; • Aumento na área superficial entre os componentes materno e fetal da placenta para facilitar a troca; • A disposição das membranas fetais também se altera conforme aumenta a produção de líquido amniótico. 11 Placenta • No começo do segundo mês, o trofoblasto se caracteriza por um grande número de vilosidades secundárias e terciárias, que dão à placenta uma aparência radial ; • Citotrofoblasto forma a concha citotrofoblástica externa; • Sistema capilar que se desenvolve nos troncos visosos se liga aos capilares da placa coriônica e do pedúnculo embrionário, formando a circulação extraembrionária. 12 Placenta • O sangue materno irriga a placenta através das artérias espiraladas, que se conectam com a concha citotrofoblástica e espalha o sangue pelos espaços intervilosos; • Ocorre a invasão endovascular, que é a substituição de células dos vasos por células citotrofoblásticas, gerando um com tecidos híbridos da mãe e do feto. 13 Placenta • Com o passar do tempo, várias vilosidades livres se estendem para os espaços intervilosos, aumentando a superfície de contato para realização de trocas; 14 Placenta • Ao início do quarto mês, as células citotrofoblásticas e algumas células do tecido conjuntivo desaparecem, facilitando a troca de substâncias entre sangue materno e sangue fetal; • O desaparecimento das células citotrofoblásticas progride das vilosidades menores para as maiores, e, embora sempre persistam nas vilosidades grandes, elas não participam das trocas entre as circulações materna e fetal. 15 Cório frondoso • Nas semanas iniciais do desenvolvimento, as vilosidades cobrem a superfície inteira do cório. Com a progressão da gravides, as vilosidades no polo embrionário continuam crescendo e expandindo-se, dando origem ao cório frondoso; • As vilosidades no polo ab-embrionário degeneram e passa a ser chamado de cório liso. 16 Decídua basal • A diferença entre os polos embrionário e abembrionário do cório também se reflete na estrutura da decídua; • A decídua sobre o cório frondoso, a decídua basal, consiste em uma camada compacta de células grandes, com grandes quantidades de lipídios e glicogênio; • A camada decidual sobre o polo abembrionário é chamada de decídua capsular. Com o crescimento da vesícula coriônica, ela se alonga e degenera, sendo que o cório liso fica em contato com a parede uterina. 17 Estrutura da placenta • No início do quarto mês, a placenta tem dois componentes: uma porção fetal, formada pelo cório frondoso, e uma porção materna, constituída pela decídua basal; • Do lado fetal, a placenta é limitada pela placa coriônica e pela decídua basal do lado materno. Na zona juncional, o trofoblasto e as células deciduais se misturam. 18 Estrutura da placenta • Durante o quarto e quinto meses, a decídua forma os septos deciduais, que se projetam para os espaços intervilosos, mas não alcançam a placa coriônica. Formam os cotilédones; • Eixo de tecido materno recoberto por uma camada de sinciciotrofoblasto. Divide a placenta em vários compartimentos, ou cotilédones. 19 Circulação na placenta • Apresenta formato discoide, com um diâmetro entre 15 e 25 cm, aproximadamente 3 cm de espessura e 500 a 600 g de peso. No nascimento, ela se desprende da parede uterina e é expelida da cavidade uterina cerca de 30 minutos após o nascimento da criança; • Quando é vista do lado materno, os cotilédones são reconhecíveis. As fossas entre os cotilédones são formadas pelos septos deciduais. • A superfície fetal da placenta é completamente recoberta pela placa coriônica. Várias grandes artérias e veias, os vasos coriônicos, convergem para o cordão umbilical. O cório, por sua vez, é recoberto pelo âmnio. 20 Circulação na placenta • Os cotilédones recebem seu sangue por meio de 80 a 100 artérias espiraladas que penetram a placa decidual e entram nos espaços intervilosos em intervalos mais ou menos regulares; • A pressão arterial força o sangue pelos espaços intervilosos e banha as vilosidades. Com o aumento da pressão, o sangue volta para a circulação materna pelas veias endometriais. 21 Circulação na placenta • Coletivamente, os espaços intervilosos de uma placenta madura contêmaproximadamente 150 mℓ de sangue, que são abastecidos cerca de 3 a 4 vezes por minuto; • Esse sangue se move ao longo das vilosidades coriônicas, mas a troca placentária ocorre apenas nas vilosidades que têm vasos fetais em contato íntimo com a cobertura de membrana sincicial. 22 Circulação na placenta • A membrana placentária, que separa o sangue materno do fetal, inicialmente é composta por quatro camadas: (1) a camada endotelial de vasos fetais; (2) o tecido conjuntivo no eixo da vilosidade; (3) a camada citotrofoblástica; e (4) o sinciciotrofoblasto; • Do quarto mês em diante, a membrana placentária torna-se mais fina porque a cobertura endotelial dos vasos fica em contato íntimo com a membrana sincicial, aumentando enormemente a taxa de troca; • Normalmente, não há mistura entre os sangues materno e fetal; entretanto, uma pequena quantidade de células sanguíneas fetais ocasionalmente escapa por intermédio de defeitos microscópicos na membrana placentária. 23 Funções da placenta • A troca de gases: realizada por difusão simples. A termo, o feto extrai entre 20 e 30 mℓ de oxigênio por minuto da circulação materna, e mesmo uma interrupção breve do suprimento de oxigênio é fatal para o feto. • A troca de nutrientes e eletrólitos, como aminoácidos, ácidos graxos livres, carboidratos e vitaminas, é rápida e aumenta conforme a gravidez avança. • A transmissão de anticorpos maternos começa a partir da décima quarta semana. Desse modo, o feto adquire imunidade passiva contra várias doenças infecciosas. Os recém-nascidos já começam a produzir seus próprios anticorpos, mas níveis adultos não são alcançados antes dos 3 anos de idade. • Durante os primeiros 2 meses de gravidez, o sinciciotrofoblasto também produz gonadotrofina coriônica humana (hCG), que mantém o corpo lúteo. Outro hormônio produzido pela placenta é a somatomamotrofina que dá ao feto prioridade sobre a glicose sanguínea materna. Também promove o desenvolvimento mamário para a produção de leite. • No fim do quarto mês, a placenta produz progesterona suficiente para manter a gravidez. Todos os hormônios são sintetizados no trofoblasto sincicial. Também produz quantidades crescentes de hormônios estrogênicos, que estimulam o crescimento uterino e o desenvolvimento das glândulas mamárias. 24 DÚVIDAS?????? 25 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25
Compartilhar