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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL CURSO: NEGÓCIOS/ GESTÃO PROFESSOR (A): CÁSSIA FERREIRA TEMA 07: Comunicação assertiva Olá pessoal ! Você com certeza deve ter ouvido falar sobre a importância do processo de comunicação para o alcance dos objetivos organizacionais .Em um mercado cada vez mais preocupado com as habilidades socioemocionais, a comunicação assertiva é uma das competências mais demandadas e que contribui para um ambiente mais empático e harmônico. Dentro das organizações, a habilidade de se comunicar bem é uma competência muito demandada, independente da área de atuação. E a forma como um profissional se expressa pode trazer bons resultados a nível pessoal e para a organização. Dentre as diversas maneiras existentes de interagir com os outros, a comunicação assertiva traz uma abordagem mais empática e respeitosa para as relações de trabalho, sem perder a efetividade. Sendo assim, entender como praticar uma comunicação mais eficaz a fim de facilitar o processo de gestão. Ficou curioso ? Então vamos lá descobrir ! O que é comunicação assertiva? Quando se fala em comunicação assertiva, é importante primeiro entender o conceito de assertividade. Essa noção começou com os estudos do psicólogo Arnold Lazarus e pode ser definida como a capacidade que as pessoas têm de falar e interagir entre si de maneira que considerem e respeitem a opinião de outras pessoas, ao mesmo tempo que defende as próprias necessidades e limites pessoais. Não tem como falar em comunicação assertiva sem considerar o respeito e a opinião de outras pessoas. Faz parte do pacote de soft skills ou como também são conhecidas “habilidades comportamentais” que as empresas desejam que os colaboradores tenham. Consultor organizacional especializado em educação corporativa, Carlos Basso entende que comunicar-se de forma assertiva significa dizer de forma clara, direta, objetiva, transparente o que pensa e o que sente, sempre preservando o direito dos outros fazerem o mesmo. Em outras palavras, o conceito envolve fazer uso dos seus direitos e preservar o direito dos outros por meio da comunicação. “Para entender melhor, podemos citar a pessoa que diz ao outro o que pensa e o que sente, no entanto, não tem disposição de abrir diálogo e ouvir o outro. Você não é obrigado a concordar com o outro, mas deve respeitar o direito do outro se manifestar. Essa é a base na qual se estrutura a comunicação assertiva. Mas é preciso estar atento porque não é possível manifestar a assertividade se você estiver inseguro, com medo e sem disposição de se expor”, pondera. Sinais de que você não está sendo assertivo A comunicação assertiva, embora seja muito importante para as organizações, não costuma ser ensinada na formação profissional básica do ensino superior. Pois para muitos pesquisadores da área do comportamento, a assertividade não é um comportamento natural do ser humano, por isso é preciso certa disciplina para trabalhar bem essa competência. E para detectar a necessidade de desenvolver essa habilidade, o docente traz alguns comportamentos que funcionam como um sinal vermelho: ● não saber rejeitar demandas; ● dizer sempre sim ou ter dificuldade em dizer não; ● ter vergonha de solicitar favores ou pedir ajuda; ● sentir dificuldade em expressar diferenças de opinião; ● demonstrar expressões faciais e reações estranhas quando não concorda com alguém; ● ter dificuldades para compreender e explicitar de forma clara sentimentos positivos e negativos; ● não conseguir desenvolver linhas de raciocínio ou pensamentos com início, meio e fim; ● sentir-se pessoalmente atacado por pessoas com visões diferentes da sua; ● ter dificuldades em aceitar críticas construtivas. Cuidados necessários para uma comunicação assertiva Não é apenas a comunicação verbal que impacta a assertividade da interação. Questões não verbais como a linguagem corporal também possuem um grande impacto nesse processo, ainda que muitas vezes as pessoas não possuam tanta consciência dos sinais que transmitem de forma não verbal. Jonathan também indica alguns elementos que devem ser levados em consideração: ● Contato visual ● Tom de voz ● Postura ● Expressões faciais ● O momento de se comunicar ● O interlocutor e seus interesses Durante a leitura você aprendeu que todos os elementos que contribuem para a comunicação assertiva são circunstanciais, ou seja, devem ser ajustados de acordo com a ocasião. Por exemplo, o tom de voz que se usa em uma palestra motivacional não deve ser o mesmo utilizado em um velório. Ou, em um ambiente de trabalho descontraído, uma postura muito rígida talvez não seja bem recebida. Saber escolher o tempo certo de transmitir a mensagem e torná-la atrativa para o público-alvo também é algo a ser pensado. Pontos importantes: Dentro do processo de comunicação há um contraponto de que, por questões culturais do Brasil, ser muito assertivo pode ser mal visto ou interpretado. “Somos pessoas de sangue quente”, relacionais, que querem ser legais uns com os outros e acabam tendo dificuldade de dizer não. Isso dificulta o desenvolvimento da comunicação assertiva. E, por essa falta de contato com a assertividade, as pessoas podem estranhar quando você começar a adotar essa postura. Dentro das organizações, é preciso que ocorra um trabalho de conscientização sobre o tema. Só o desenvolvimento pessoal isolado não vai garantir a efetividade desse processo. Vamos em frente! Aproveite o material de pré aula e continue aprofundando seus conhecimentos. REFERÊNCIAS ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Peason Prentice Hall, 2009.