Buscar

exercicio3

Prévia do material em texto

Iniciado em
	quarta, 30 Out 2019, 10:49
	Estado
	Finalizada
	Concluída em
	quarta, 30 Out 2019, 12:01
	Tempo empregado
	1 hora 11 minutos
	Avaliar
	18,00 de um máximo de 20,00(90%)
Parte superior do formulário
Questão 1
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
É sabido que o custo da mão de obra para o construtor não se restringe apenas ao salário do empregado. Sobre esse valor incidem vários encargos sociais, além de outros custos adicionais definidos por meio de convenções coletivas de trabalho. A esse respeito, assinale a opção verdadeira.
Escolha uma:
a. Profissionais como o vigia, a copeira, o auxiliar de escritório e o almoxarife devem ter o custo dos respectivos salários acrescidos do percentual de encargos sociais calculados para profissionais horistas, cujo impacto no orçamento é menor do que o dos trabalhadores mensalistas.
b. Os custos relativos ao vale-transporte, ao ticket alimentação, ao uniforme dos operários, incluindo capacetes e botas, são exemplos de custos que são considerados como “encargos adicionais” sobre a mão de obra, devendo ser previstos no orçamento da obra. 
Este item está correto! Os custos de alimentação, transporte e equipamentos de proteção individual (EPIs) dos operários devem ser considerados no orçamento, seja na forma de custos indiretos (percentual sobre a mão de obra), seja na forma de custos diretos, que é a maneira mais transparente, já que são quantificáveis de acordo com a quantidade de operários presentes da obra. Caso o orçamentista opte pela primeira dessas alternativas, ou seja, por um percentual acrescido aos custos da mão de obra, esse percentual deve ter sua composição detalhada e suas premissas justificadas.
c. Os chamados “encargos sociais básicos” são aquelas contribuições opcionais, dispensáveis, como plano de saúde dos operários, cuja responsabilidade de definir se devem ser incluídos ou não nas propostas de preços é de cada empresa.
d. Tendo em vista serem orçados por meio de um percentual, é possível inserir os encargos sociais no cômputo da taxa de BDI, a fim de simplificar o entendimento da composição de custos de um determinado serviço.
Feedback
Sua resposta está correta.
O objetivo desta questão foi o de sedimentar os conceitos e a prática de cálculo associada aos encargos sociais, os quais representam relevante parcela dos custos diretos da mão de obra. Como visto em aula, um empregado pode custar para a construtora praticamente o dobro do que recebe de salário, seja em função do que determina a legislação trabalhista, seja em função dos acordos coletivos assinados entre patrões e empegados, de modo que tais custos são legitimamente repassados aos preços da obra.
Questão 2
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
O BDI é conhecido como Bonificação e Despesas Indiretas. A respeito do conceito por trás do BDI, assinale cada item abaixo como Verdadeiro ou Falso.
	Há erro de classificação ao considerar como despesas indiretas aquelas relacionadas à criação da estrutura administrativa alocando-as no BDI, na forma de um percentual incidente sobre todos os serviços da planilha.
	Resposta 1 
	A parcela “B” do BDI representa um bônus pago pelas construtoras para os operários,   caso consigam realizar a obra de forma mais
eficiente, reduzindo prazos e desperdício de materiais, conforme prática corrente no mercado da construção civil nacional.
	Resposta 2 
	Na composição das despesas indiretas de uma obra, é importante relacionar tais despesas a cada tipologia de insumos considerados, que são os materiais, a mão-de-obra e os equipamentos.
	Resposta 3 
	A BDI é a margem de acréscimo que se deve aplicar sobre o custo direto para incluir as despesas indiretas e o benefício do construtor na composição do preço da obra.
	Resposta 4 
Feedback
Sua resposta está correta.
A presente questão teve por objetivo trabalhar os conceitos de bonificação e despesas indiretas, passíveis de alocação orçamentária via BDI. Além disso, define expressamente alguns dos principais serviços que não podem ser alocados no BDI, como a administração local da obra, bem como os itens de mão de obra, materiais e equipamentos associados à produção.
 
Questão 3
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
 
O engenheiro mais experiente da Prefeitura recebeu uma demanda para avaliar os custos de construção de 720 edificações habitacionais, de 1 pavimento cada, com recursos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do Governo Federal, em parceria com os Municípios. As obras visam abrigar famílias que atualmente moram em áreas de risco, mas o orçamento da Prefeitura está bastante restrito e a avaliação servirá para o Prefeito tomar decisões sobre prioridades de investimentos. Estudando as regras do programa, o engenheiro confirmou que a área mínima de cada casa deve ser de 39 m². Como a construção deve terminar antes da estação de chuvas, o tempo para a conclusão do estudo de viabilidade econômica é reduzido. Considerando a conduta esperada do engenheiro diante da situação, avalie como verdadeira ou falsa cada uma das assertivas a seguir.
	O prefeito incluiu na demanda a necessidade de avaliar os custos com saneamento para o novo loteamento. O engenheiro corretamente recorreu ao site do Ministério das Cidades e obteve valores de referência para abastecimento de água e esgotamento sanitário (R$/habitante, para cada região do país). Como a referência estava na data-base dezembro/2010, o engenheiro atualizou para a data-base das obras pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC).
	Resposta 1 
	O engenheiro obteve o valor de R$ 1.196,96/m² para o projeto-padrão código RP1Q (residência unifamiliar popular, de 39,56m²), em seguida multiplicou pela área de cada casa (39 m²) e depois pelo número de casas (total de 720), chegando a um valor total da ordem de R$ 33,61 milhões. Apresentou o valor ao Prefeito como sendo aquele suficiente para incluir no orçamento a fim de concluir todas as obras necessárias para alocar as famílias desabrigadas, da forma mais rápida possível, cumprindo a demanda de forma satisfatória.
	Resposta 2 
	O engenheiro optou por usar metodologia expedita, e não por fazer um orçamento detalhado, o que é uma decisão adequada ao caso.
	Resposta 3 
	Em se tratando de edificações do MCMV, programa de expressão nacional, o melhor parâmetro para a avaliação econômica é o Custo Unificado Brasileiro (CUB), calculado mensalmente pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com base territorial equivalente ao do Índice Nacional da Construção Civil (INCC).
	Resposta 4 
Feedback
Sua resposta está correta.
O objetivo da questão foi reforçar a importância das estimativas de custos para análises expeditas, visando tomar decisões sobre vultosos investimentos. O valor do Custo Unitário Básico para a maioria dos Estados pode ser obtido no site http://www.cub.org.br/ , mantido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que traz ainda uma cartilha do Sinduscon-MG sobre como bem aplicar o CUB. Já os estudos do Ministério das Cidades para obras de saneamento estão disponíveis em:
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/Referencias_Custos_Globais_Sistemas_Saneamento_Basico.pdf
 
 
 
 
Questão 4
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
Acerca dos componentes do BDI, assinale a alternativa correta.
Escolha uma:
a. A parcela de riscos costuma ser maior nas empreitadas sob o regime de execução a preço global do que naquelas contratadas a preços unitários. 
Essa opção está correta. De acordo com a Lei, a empreitada por preço global é aquela contratada a preço certo e total. Nesse caso, o risco dos quantitativos é do construtor, que deve precificar tal risco adequadamente, na parcela de riscos e contingências dO BDI.
b. No caso de uma obra de abastecimento de água, no qual a compra de tubos de ferro fundido representa cerca de 50% do valor da obra, é justo remunerar o construtor pelo serviço de aquisição dos tubos nos mesmos patamares do BDI consideradopara o assentamento desse material, pois são serviços intimamente relacionados.
c. As despesas indiretas definidas na rubrica de “administração central” podem ser calculadas facilmente pelo orçamentista da administração pública, pois elas independem da quantidade de obras que a construtora executa simultaneamente.
d. O orçamentista deve ficar atento à legislação tributária, pois o aumento da alíquota do imposto de renda para pessoa jurídica terá forte impacto e deverá alterar significativamente a composição do BDI de uma obra.
Feedback
Sua resposta está correta.
A questão buscou aprofundar em alguns pontos importantes para a previsão do BDI da obra, discriminando conceitualmente o que é aceitável ou não nas rubricas como riscos, administração central e tributos.
Questão 5
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
A prefeitura deseja licitar uma obra de edificação escolar de três pavimentos, mas a comissão de licitação constatou que, embora houvesse desenhos, memoriais e especificações técnicas completas sobre o Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), houve omissão de todos os quantitativos desse sistema na planilha orçamentária entregue pelo projetista para fazer parte do edital de licitação. Como o edital tinha um prazo improrrogável de dois dias para ser lançado, o próprio engenheiro da prefeitura optou por levantar os quantitativos e corrigir a omissão. Para tanto, considerou a lista de materiais e as premissas de cálculo de perdas presentes em algumas composições analíticas de preços indicadas no Sinapi-referencial (ex.: códigos 8260 = “instalação para-raios p/ reservatórios” e 72929 = “cordoalha de cobre nu, inclusive isoladores, 35 mm² - fornecimento e instalação”), adaptando-as à realidade de seu projeto. A obra será contratada sob o regime de execução de empreitada por preços unitários, o que implica em dizer que cada item de serviço orçado deve ser criteriosamente medido pela fiscalização, de acordo com a unidade de medida escolhida. Considerando os desenhos esquemáticos a seguir indicados, os quais registram os componentes construtivos do sistema SPDA da escola, assinale cada item adiante como Verdadeiro ou Falso.
 
 
Fontes: http://instalacoeseletricasii.blogspot.com.br e http://files.eletrica-cl.webnode.com.br/
	Ao levantar os quantitativos dos cabos de cobre nú, o engenheiro considerou, embutido no preço de cada metro instalado (R$/m), um percentual razoável de 25% de perdas dos cabos comprados, pois esse material é considerado meio-duro e é vendido em varas, sendo comum que esses cabos sofram muitos cortes, com as pontas que sobram ficando naturalmente inutilizadas.
	Resposta 1 
	O projeto indicava um para-raios tipo Franklin (ponta/captor e mastro), além de seis unidades de captores tipo “terminal aéreo”, mas o engenheiro entendeu por bem incluir uma unidade adicional desses captores na coluna de quantitativos da planilha orçamentária sintética, de modo prudente, pois algum deles poderia ser danificado (amassado) no transporte e a obra não precisaria ser paralisada para aguardar um novo componente substituto.
	Resposta 2 
	Para realizar a instalação de todo o SPDA, o engenheiro não se esqueceu da mão de obra e previu como suficiente apenas um profissional: o eletricista.
	Resposta 3 
	O engenheiro observou que havia a previsão de seis “hastes de aterramento” com 3 metros de profundidade, espalhadas pelo terreno, muito distantes uma da outra; como os desenhos não nominavam com clareza quantas “caixas de inspeção de aterramento” seriam necessárias (em concreto pré-moldado, circular, com tampa, em diâmetro 40 cm), o engenheiro corretamente previu também seis caixas, uma para cada haste. 
	Resposta 4 
Feedback
Sua resposta está correta.
A questão buscou reforçar, por meio de exemplo prático, os procedimentos e premissas envolvidos na 2ª etapa da elaboração de um orçamento, qual seja: o levantamento de quantitativos de todos os materiais (além de mão de obra e equipamentos) inclusos em cada um dos serviços da obra, evitando qualquer omissão.
 
Questão 6
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
O arquiteto da Prefeitura está elaborando o orçamento analítico das obras de 500 edificações habitacionais, com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Sua cidade tem várias lojas de material de construção, com preços próximos aos praticados em Brasília-DF. Como são 500 unidades habitacionais, é mais vantajoso adquirir a areia direto do fornecedor, e não das lojas, sendo sabido que a principal jazida de areia fica a 50 km de distância do local das obras, nas margens de um rio. Necessitando de uma Composição de Preço Unitário (CPU) para o serviço de alvenaria de tijolos furados (para as paredes), ele pesquisou no “Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil” (SINAPI), disponível no site da Caixa Econômica Federal, encontrando as composições de custo unitário (CCU) abaixo. Ciente de que precisaria elaborar sua própria CPU, adaptando aquelas do Sinapi que melhor refletissem a realidade da obra, ele passou a analisar cuidadosamente cada um dos insumos (descrição, coeficientes de consumo/produtividade e preços). Ao final, acrescentou 22% a título de BDI, pois o Sinapi apresenta apenas os custos diretos dos serviços, e não considera as despesas indiretas e nem a remuneração do construtor. Acerca dessa importante tarefa de análise e adaptação das composições do Sinapi à realidade da obra, assinale cada item abaixo como Verdadeiro ou Falso.
1ª COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO – SERVIÇO DE ALVENARIA
Clique na imagem para a baixar em melhor qualidade
 
 
2ª COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO – SERVIÇO DE ARGAMASSA
 
	A 2ª composição de custos é muito clara ao afirmar que o preço de cada m³ de areia (insumo código 370) não inclui o valor do frete, desde o local do fornecedor (jazida) até o local da obra. Portanto, esse custo de transporte à distância média de 50 km, deve ser incluído na composição.
	Resposta 1 
	Para construir 100m² de parede, necessitamos antes produzir um volume de 1,10 m³ de argamassa para unir os blocos cerâmicos (1,10m³ = 100m² x 0,011 m³/m², conforme 1ª composição = código Sinapi 73982/1); sabendo quanto gastaremos de argamassa (1,10 m³), calculamos quanto de cimento precisamos para os 100m² de parede, chegando a 200,2 kg (= 1,10m³ x 182kg/m³, conforme 2ª composição = código Sinapi 6028).
	Resposta 2 
	Para cada 1m² de alvenaria, são necessárias 6,8 horas de servente, bastando somar diretamente o coeficiente da 1ª composição (0,8h) com o da 2ª composição (6h).
	Resposta 3 
	Cada bloco cerâmico de 20cm por 20cm ocupa uma área unitária de 0,04m² (=0,2m x 0,2m). Dividindo-se 1m² de parede pela área unitária de cada bloco, tem-se que são necessários ao menos 25 blocos (1/0,04=25). No entanto, a 1ª composição (código Sinapi 73982/1) indica que cada 1m² de parede consome apenas 24 unidades de blocos cerâmicos (tijolos). Considerando ainda que os trabalhadores da cidade não são qualificados, e que alguns tijolos furados precisam ser quebrados para fazer os arremates, o arquiteto agiu corretamente ao utilizar, em seu orçamento, 26 blocos para cada 1m² (ou seja, admitindo uma perda intrínseca ao serviço, estimada em 4%), registrando sua opção nos memoriais de cálculo do orçamento
analítico.
	Resposta 4 
Feedback
Sua resposta está correta.
A questão buscou fornecer um exemplo prático de como analisar composições analíticas de custos, oriundas do Sinapi, a fim de que os participantes do curso, gestores responsáveis por elaborar ou aprovar os orçamentos de obras, compreendam a necessidade de sempre analisar criticamente as informações, mesmo aquelas provenientes de fontes confiáveis, como o Sinapi. Embora a questão envolva alguns cálculos, eles são simples, bastando conhecer as quatro operações fundamentais da matemática, especialmente multiplicação e divisão (frações). Alguns conceitos importantes foram trabalhados, como (i) o uso da “composição auxiliar” (ou seja, uma composição de argamassa dentro deoutra composição “principal” de alvenaria); (ii) a inclusão do valor do frete do local de fornecimento até a obra, apenas quando o preço do insumo exclui expressamente tal parcela; e (iii) noções de perdas toleráveis para os materiais, de acordo com a natureza dos serviços, devendo ser as mínimas possíveis, para evitar, além do desperdício de recursos públicos, os prejuízos ao meio ambiente, em observância à “promoção do desenvolvimento nacional sustentável”, conforme art. 3º, da Lei 8666/1993.
 
Questão 7
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
Durante o processo de execução de uma obra, é natural que ocorram perdas de materiais no processo produtivo. Por outro lado, no tocante ao custo unitário dos materiais, quanto maior a escala da compra, menos o construtor gasta, pois consegue barganhar bons preços com os seus fornecedores de materiais. O mercado entende como razoável que a engenharia da construtora busque economizar o máximo possível, seja conseguindo bons descontos nas compras, seja utilizando bem os materiais e reduzindo os desperdícios. Já o administrador público deve se ater às práticas de mercado para buscar o atendimento ao princípio da eficiência insculpido na Constituição Federal. Acerca do cálculo dos custos dos materiais de construção em determinada obra, assinale para cada assertiva se ela é verdadeira ou falsa.
 
 
	As perdas de argamassa para revestimento de paredes devem ser consideradas dentro da composição analítica
de preços unitários do serviço, e não como um majorador sobre o quantitativo definido na planilha orçamentária sintética.
	Resposta 1 
	É possível ao orçamentista definir quais são os materiais mais importantes da obra, de acordo com os quantitativos e preços unitários, de modo que é uma boa prática realizar cotações no mercado para incorporar possíveis descontos em função dos ganhos de escala.
	Resposta 2 
	Ao fazer cotações no mercado, o orçamentista não precisa se preocupar com os custos do transporte do material desde a loja até a obra, pois tal custo sempre está incluído nas cotações, por ser uma obrigação legal do fornecedor do material, de acordo com o código de defesa do consumidor.
	Resposta 3 
	No serviço de corte e dobra de aço para a confecção das armaduras é admissível uma perda da ordem de 30% no processo produtivo, pois a mão de obra é desqualificada e são muitas as “pontas” que sobram.
	Resposta 4 
Feedback
Sua resposta está correta.
Questão 8
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
Um gestor público está avaliando o orçamento elaborado por uma empresa projetista, contratada para definir o preço global das obras de um centro de promoção e atendimento ao turista. Acerca da classificação conceitual entre custos diretos e indiretos de uma obra, assinale a opção verdadeira.
Escolha uma:
a. Os barracões dos canteiros de obra (usados para escritório, almoxarifado, refeitório etc.) são estruturas provisórias e, como tal, suas dimensões físicas são indiferentes para o resultado orçado, pois serão desmontados ao final da obra; por esse motivo, não podem ser alocados nos custos diretos da obra, pois esses custos abrangem somente os serviços que podem ser fisicamente identificados ao final da obra.
b. Como a quantidade de operários da obra varia ao longo do tempo, é impossível estimar os equipamentos de proteção individual como custos diretos, razão pela qual devem necessariamente ser considerados como custos indiretos, calculados por meio de taxas de rateio tabeladas pelo Ministério do Trabalho.
c. Os custos de operação e manutenção do edifício sede da construtora são considerados parte dos custos indiretos, denominados “administração central”, pois não podem ser calculados e alocados diretamente para a obra em questão, já que se desconhece método confiável, que garanta alguma precisão ao cálculo, tendo em vista a insuficiência desse tipo de informações na etapa de preparo da licitação. 
Este item está correto! Os custos de operação e manutenção do edifício sede da construtora, localizado em São Paulo (por exemplo), são considerados custos indiretos, pois são incluídos no orçamento da obra, localizada em Pernambuco (por exemplo), por meio de uma taxa de rateio estimada e incorporada ao BDI, denominada “administração central”, nos termos do art. 9º, inciso I, do Decreto 7983/2013, e conforme estudos estatísticos com base em contratos anteriores para obras similares; é praticamente impossível ao gestor calcular qual é a parcela dos custos da sede da construtora que será especificamente dedicada à obra em questão, pois a licitação deve ser estruturada para ampliar ao máximo a competitividade, sem qualquer tipo de direcionamento, conforme art. 3º, § 1º, inciso I, da lei 8666/1993, de modo que são muitas as variáveis desconhecidas (localização, porte e estrutura da sede, quantidade de obras executadas simultaneamente pela futura construtora etc.).
d. Os custos com a equipe de laboratoristas, a qual fará os ensaios de controle tecnológico da qualidade dos materiais, devem ser classificados como despesas indiretas, sendo incluídos no BDI, pois devem ser rateados por todos os serviços da obra, já que a mesma equipe fará controle de qualidade do concreto, das madeiras das formas, do aço, e de todos os demais materiais da obra.
Feedback
Sua resposta está correta.
A intenção da questão é sedimentar o entendimento de que, em homenagem ao princípio da publicidade (art. 37 da Constituição federal de 1988), que rege as contratações públicas, todos os custos possíveis de serem quantificados na planilha de “custos diretos”, assim devem ser (vide ainda arts. 3º e 4º da Lei 8666/1993).  Apenas os custos ou despesas que somente podem ser quantificados como uma taxa percentual sobre o valor total da obra
são considerados como custos “indiretos”, possíveis de serem incluídos no BDI.
Questão 9
Incorreto
Atingiu 0,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
 
 
 
 
Na obra de construção de um posto de saúde existem várias ferramentas e equipamentos que são indispensáveis para que os operários possam cumprir as tarefas determinadas pelo projeto, conforme indicam as figuras. Com diversos tamanhos e potências, devem ter seus custos adequadamente previstos no orçamento. Acerca da forma de orçamentação de equipamentos, julgue as alternativas abaixo e marque apenas a verdadeira.
Escolha uma:
a. O custo horário operativo do equipamento somente admite a inclusão dos gastos com combustíveis se o motor do equipamento for movido a derivados do petróleo (diesel ou gasolina). 
Este item está errado. A parcela do custo horário operativo de um equipamento deve considerar todos os custos necessários para que ele possa operar. No caso de uma betoneira cujo motor seja movido a eletricidade, o custo dessa eletricidade, que é paga pelo construtor ao concessionário local de fornecimento de energia elétrica, deve ser computado no orçamento. Contudo, o que não pode ocorrer é duplicidade nos custos. Por exemplo, se no custo mensal de operação do canteiro de obras já estiverem incluídos os consumos de energia para todos os equipamentos, deve haver redução desses custos. Em geral, o custo de operação do canteiro previsto no orçamento contempla apenas o custo de energia para o escritório, alojamento, refeitório e outras instalações provisórias, visando iluminação, operação de computadores, equipamentos elétricos da cozinha etc.
b. Os custos das horas dos equipamentos (operativas e improdutivas) envolvidos na etapa de terraplenagem devem estar incluídos dentro de cada composição analítica de preços dos serviços envolvidos, de acordo com a quantidade de horas estimadas para executar uma unidade de volume de movimentação de terra (medida em metros cúbicos), de modo que o construtor obterá legitimamente seu lucro pelo resultado efetivo (corte, transporte, aterro) e não apenas pela quantidade de horas que o equipamentos permanece no local da obra. 
c. Em uma atividade na qual uma retroescavadeira está carregando um caminhão, enquanto o caminhão estiver parado ocusto do salário do motorista não deve ser computado, pois, na prática, ele não está produzindo.
d. As ferramentas manuais, de uso individual, tais como a furadeira, o cortador de azulejo e a lixadeira, são exemplos de equipamentos que devem necessariamente ter seus custos horários apropriados separadamente nas composições de preços unitários.
Feedback
Sua resposta está incorreta.
A questão objetivou despertar no participante a sensibilidade acerca da necessidade de entender o que está por trás dos custos dos equipamentos de uma obra. A forma como devem ser orçados os custos como o combustível e o operador foram exemplificados. Também foi abordado o caso em que os equipamentos são tão pequenos a ponto de serem considerados como ferramentas manuais, o que não justifica todo o trabalho de apropriar a quantidade de horas de uso, já que a vida útil é tão reduzida a ponto de serem considerados como itens de consumo corrente, e não como um patrimônio da empresa. Por fim, um assunto de suma importância: os equipamentos não devem ser pagos “por permanência”, mas sim pelo resultado, refletido na unidade de medida do serviço que a administração pública deseja receber, pois tais equipamentos de construção são um meio para se atingir um fim pré-determinado, que é o serviço de engenharia, ou a obra em si.
Questão 10
Correto
Atingiu 2,00 de 2,00
Marcar questão
Texto da questão
Para determinado serviço contido no orçamento de uma obra pública de edificação municipal, um licitante ofereceu preço unitário de R$ 108,00/unid., composto por um custo direto de R$ 80,00/unid. e um BDI de 35,0%. O orçamento base da licitação apontava um custo de R$ 90,00/unid. (de acordo com o Sinapi) e um BDI de 22,2%, calculado de acordo com os padrões de mercado, resultando em um preço de R$ 110,00/unid. Acerca dos conceitos de custos (direto e indireto) e preços, assinale a alternativa INCORRETA:
Escolha uma:
a. A lei exige que o preço do serviço seja compatível com o de mercado, portanto, o BDI da proposta, elevado em relação ao patamar de mercado, pode ser excepcionalmente aceito no caso concreto desse serviço específico, pois o custo reduzido, proposto pelo licitante em função de sua especialização nesse tipo de serviço, compensou o BDI mais elevado, resultando em um preço final ofertado na licitação que mantém um desconto de R$ 2,00/unid. em relação ao preço de mercado para o mesmo serviço.
b. Para obter o custo referencial de R$ 90,00/unid., o orçamentista observou todas as características do serviço, conforme memoriais descritivos, especificações técnicas e desenhos, elementos do projeto básico, buscando, no Sinapi (sistema referencial de custos), o serviço similar, que mais se adequa ao caso concreto, considerando os consumos de materiais (inclusive perdas naturais do processo construtivo) e as produtividades médias da mão de obra, as quais devem ser razoáveis perante as condições locais de trabalho.
c. O BDI de 35% não pode ser aceito nem para o serviço em questão e nem para nenhum dos outros serviços da obra, pois, estando acima do mercado, calculado em 22,2%, o edital deve necessariamente trazer um critério de aceitabilidade de BDI, limitando individualmente essa importante parcela, para evitar abusos por parte dos licitantes. 
Portanto, deve ser marcado, pois o enunciado pede a assertiva INCORRETA. O art. 40, inciso X, da Lei 8.666/1993 exige critérios de aceitabilidade de preços unitários, que são os próprios preços do orçamento base do edital (desde que sigam os referenciais paradigmas de mercado, como o Sinapi). O BDI é apenas uma parcela do preço. A jurisprudência do TCU tem indicado que as análises devem considerar comparação “preço com preço”, de modo a ser permitido que os custos reduzidos compensem BDI um pouco elevado para um serviço. Embora o BDI proposto seja único para todos os serviços, os custos unitários ofertados devem ser avaliados serviço a serviço, para ver se não houve extrapolação dos preços unitários de mercado em cada um dos serviços.
d. Com um BDI um pouco mais elevado para aquele determinado serviço, embora a proposta seja vantajosa na assinatura do contrato, com custos reduzidos que compensem o BDI atípico, há que ser ter cuidado ao negociar preços de serviços novos a serem incluídos por meio de Termos Aditivos. Se, por exemplo, o custo proposto pelo contratado para o serviço novo for idêntico ao equivalente do Sinapi, o BDI do novo serviço não pode ser o contratado (35%), devendo ser reduzido ao do edital (22,2%), para que o preço do novo serviço incluído no contrato seja compatível com o de mercado, cabendo, em qualquer caso, manter o desconto global obtido na licitação.
Feedback
Sua resposta está correta.
O propósito desta questão é, por meio de um caso prático, numérico, o de mostrar que tanto o custo quanto o BDI não são parcelas “estanques”, devendo ser analisados de forma conjunta, pois ambos são parcelas relevantes do preço, que é o parâmetro a ser comparado aos patamares admitidos pelo mercado.
Parte inferior do formulário
image4.wmf
Verdadeiro
image5.wmf
Falso
image6.wmf
Falso
image1.wmf
image7.wmf
Verdadeira
image8.wmf
Falsa
image2.wmf
image3.wmf

Continue navegando