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RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

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RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
(01 FICHA PARA CADA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA)
· As características da clientela e da comunidade escolar;
Sua clientela é, em sua maioria, oriunda de classes menos favorecidas economicamente e está situada em um bairro carente da cidade. A maior parte da população tem a fonte de trabalho no comércio, na prestação de serviços e nas atividades rurais. Grande parte das famílias é numerosa e muitas vezes têm a mulher como única responsável. Neste contexto, o trabalho é colocado em 1º lugar na escala de necessidades dessas famílias em detrimento à educação, pois é garantia de sobrevivência. É por meio do entendimento da relação dos sujeitos da comunidade escolar com seus territórios que se compreende também a realidade sócio espacial da escola. 
Além disso, e, partindo da perspectiva da intersetorialidade, pensar o território nos permite identificar suas potencialidades e incluí-lo como espaços educativos, de modo que a escola compartilhe o processo educacional com demais grupos e instituições. Neste processo, compreendendo o significado e a singularidade de cada território e contexto, a comunidade tem papel fundamental na construção dos saberes e no fortalecimento dos currículos e das instituições.
Dentre as relações que devem ser estabelecidas pela gestão escolar com atores “externos” à escola, a família dos estudantes é uma instância fundamental. A escola, neste caso, precisa estar sempre atenta para que possa efetivamente se aproximar da família de forma positiva, fazendo dessa relação uma parceria bem estruturada para a construção de um ambiente e de uma educação de qualidade para os estudantes e profissionais da escola.
· A atuação da equipe técnica-pedagógica e docente;
Dentre as demandas de formação no âmbito da prática docente, a temática do Currículo é central, pois diz respeito àquilo que essencialmente o professor precisa desenvolver em seu fazer cotidiano – o currículo é norteador da prática pedagógica. 
A implementação do Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG) demanda aos profissionais da educação, especialmente aos docentes, conhecer e se apropriar do documento, dos conceitos e terminologias nele presentes para que o trabalho em sala de aula realmente se alinhe aos direitos de aprendizagem previstos em sua organização. Desta forma, será possível atingir os objetivos de aprendizagem propostos no CRMG para cada bimestre do ano de escolaridade, ou ainda para uma determinada aula. 
A docência requer formação contínua, devido à complexidade do papel do educador, que exige além de responsabilidade, o desenvolvimento de conexões entre a ação educacional e as diretrizes pedagógicas. Portanto, a presença do professor na sala de aula é fundamental, na medida em que o contato entre o professor e aluno, além de promover o processo de ensino-aprendizagem, induz o aluno à expressão e ao diálogo.
· O desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico da Instituição;
O documento traz a unidade em relação à intencionalidade educativa da nossa escola, alinhada às diretrizes da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), fortalecendo a identidade de nossa escola, esclarecendo sua organização, apontando os objetivos para a aprendizagem dos estudantes e, principalmente, definindo como nossa escola irá trabalhar para atingi-los. 
Traduz o que temos como proposta em relação ao currículo, à forma de gestão, à organização das práticas de ensino, às formas de avaliação e, principalmente, ao diagnóstico da situação atual com perspectiva de onde queremos chegar.
O PPP foi elaborado com a participação de todos os segmentos da Comunidade Escolar, de forma crítica e reflexiva, por meio de estratégias e ações que possibilitaram a acolhida de todas as contribuições pedagógicas.
· As diferentes relações que se estabelecem no interior da escola;
É por meio do entendimento da relação dos sujeitos da comunidade escolar com seus territórios que se compreende também a realidade sócio espacial da escola. Além disso, e, partindo da perspectiva da intersetorialidade, pensar o território nos permite identificar suas potencialidades e incluí-lo como espaços educativos, de modo que a escola compartilhe o processo educacional com demais grupos e instituições. Neste processo, compreendendo o significado e a singularidade de cada território e contexto, a comunidade tem papel fundamental na construção dos saberes e no fortalecimento dos currículos e das instituições.
As redes locais são importantes para que a escola não fique sobrecarregada diante de demandas que possam levá-la ao deslocamento de seus objetivos primordiais. Assim, é indispensável a criação de estratégias, mecanismos de intervenção e articulação junto à rede de apoio. Assim, deve-se buscar a realização de um trabalho preventivo, coletivo e coeso para o pleno desenvolvimento dos estudantes, e não somente institucionalizar uma relação de acionamento da rede somente nos momentos de conflito.
· Os indicativos de qualidade do ensino e da aprendizagem dos alunos;
A avaliação educacional externa, o Proalfa, fornece aos gestores educacionais e professores, informações fundamentais para o estabelecimento e/ou priorização de políticas e práticas que contribuam para a melhoria da qualidade da educação pública e a promoção da equidade. As possibilidades são várias, dentre elas, podemos destacar: Orientar a formulação de políticas voltadas para a qualidade da educação pública; produzir informações sobre o desempenho escolar dos estudantes mineiros, mostrando as habilidades desenvolvidas e as não desenvolvidas;	permitir às escolas analisar seu desempenho, possibilitando o planejamento de ações pedagógicas que visem à melhoria tanto do sujeito que participa do processo quanto da unidade de ensino.
É papel dos envolvidos no ensino e na gestão escolar acompanhar, ao longo do ano, o aprendizado dos estudantes por meio dos instrumentos de avaliação, intervindo quando e onde for necessário para garantir o desenvolvimento das competências e habilidades a eles desejadas, bem como olhar para o seu rendimento, que irá marcar a trajetória escolar do indivíduo durante sua formação.
A falta de vários alunos diariamente (rodízio) impede que se mantenha a sequência necessária para um bom aproveitamento da turma e prejudica diretamente o aluno frequente. Com vistas a melhorar as taxas de frequência dos estudantes, a escola desenvolve as seguintes ações: Comunica a família, comunica o conselho tutelar, realiza a busca ativa dos estudantes.
Em 2017 e 2018 a escola foi contemplada com o projeto “telessala”, para o ef anos finais, o que reduziu o número de alunos nessa condição. Trabalhamos também no sentido de incentivar os responsáveis a buscarem laudo e tratamento para as deficiências cognitivas apresentadas a fim de justificar vários casos de distorção. Já as ações para reduzir a taxa de reprovação são: a distribuição de notas nas avaliações foi uniformizada e aumentada as ofertas de oportunidades ao longo dos bimestres; uso das PUB´s no atendimento aos alunos semialfabetizados e não alfabetizados; tentativa de mobilização da família em relação à frequência, disciplina e necessidade de cumprimento dos deveres escolares. A análise descritiva da taxa de abandono na escola é: a distribuição de notas nas avaliações foi uniformizada e aumentada as ofertas de oportunidades ao longo dos bimestres; uso das PUB´s no atendimento aos alunos semialfabetizados e não alfabetizados; tentativa de mobilização da família em relação à frequência, disciplina e necessidade de cumprimento dos deveres escolares. A infrequência dos estudantes pode influenciar no abandono escolar. Para a escola, essa relação se ocorre da seguinte forma: Com certeza; a infrequência traz insucesso no desempenho e notas baixas, o que leva o aluno a desistir e tentar novamente no próximo ano.
· Incluir o que achar pertinente (festas, atividades culturais, de lazer, passeios, projetos educacionais, etc).
CONCLUSÃO
Podemos perceber a práxis no contexto do ensino fundamental e conhecemosas necessidades dos estudantes, educadores como também dos demais profissionais envolvidos no processo educativo. Tendo em vista que a escola é um ambiente de aprendizagem, todo o trabalho desenvolvido no estágio foi relevante, pois passamos a conhecer de forma geral o papel da docência, bem como o processo ensino-aprendizagem dos alunos. 
A escola, campo de estágio, precisa eventualmente de alguns ajustes desde o seu espaço físico estrutural, como na ampliação do quadro de profissionais, rotina diversificada, ampliação do ambiente, recursos materiais, fortalecer as relações entre os profissionais, mais apoio familiar, estratégias para os problemas de indisciplina dos alunos, dentre outros, porém há de se ressaltar que os educadores e demais profissionais buscam superar os desafios encontrados na perspectiva da formação integral dos alunos. 
Desse modo, a prática docente deve ser refletida a cada dia, a cada atividade desenvolvida para que assim possa evoluir e contribuir para que o acadêmico tenha o embasamento e habilidades necessárias para ser um profissional atuante e possa melhor perceber o que irá enfrentar em sua carreira, tendo mais segurança e constituindo-se como professor comprometido com a educação.
INTRODUÇÃO 
Nos cursos de licenciatura torna-se pertinente ser atribuída grande importância dos estágios supervisionados como momento de contato e reflexão acerca da futura prática profissional do aluno. Além de adentrar em um campo específico, é possível por meio de observações e intervenções vivenciar e sentir os desafios e possibilidades a serem enfrentadas pelo aluno em processo de formação. O presente estudo refere-se a uma síntese reflexiva desenvolvida por meio da realização do Estágio Supervisionado. 
O estágio foi realizado em uma escola de Ensino Fundamental e Médio, localizada na cidade de Caratinga. A realização do estágio foi de 100 horas distribuídas entre as duplas de estagiárias com a finalidade de que todas pudessem intervir em todas as salas de nível fundamental da escola. Orientações iniciais a respeito do campo de estágio foram realizadas em conjunto, responsável pela supervisão deste estágio. Nos encontros de orientação, foi discutido inicialmente sobre a importância do estágio e os cuidados antes de ir a campo. Posteriormente, realizaram-se já no campo de estágio as observações participativas. 
Primeiramente, em cada classe, as alunas tinham um período de observação, onde conheciam os alunos e conversavam com a professora regente sobre os possíveis temas de intervenção. No segundo momento, com a orientação da supervisora as discentes planejavam as atividades. Após colocá-las em prática, tinham um retorno avaliativo da supervisora que as observava durante a regência. Todas as atividades eram registradas e refletidas no diário de estágio. 
A supervisora também avaliava esse instrumento, dando um retorno formativo por meio de um parecer. As anotações no diário de estágio elucidaram os conteúdos propostos pelas professoras regentes em cada turma, as formas de ensino e as estratégias que eram utilizadas no cotidiano escolar, permitindo reflexão acerca do observado e auxiliando no processo de compreensão da futura profissão, permitindo a este estudo relacionar as vivências encontradas no campo do estágio com questões acerca da motivação no contexto escolar. 
As atividades propostas nas intervenções foram realizadas em duplas, tomando o cuidado em atender as necessidades manifestadas pelas professoras regentes de cada sala, buscando manter relação sempre com o que já estava sendo ensinado, priorizando propostas significativas os estudantes, onde a aprendizagem fosse o foco de nossas práticas. Este estudo estrutura-se por partes, para melhor esclarecimento e compreensão das atividades desenvolvidas no período de estágio, bem como, para as reflexões e discussões teóricas acerca do processo. 
Esta síntese traz informações a respeito da importância do estágio na graduação, e também informações sobre o campo escolar onde foi realizado, contemplando suas principais informações – aspectos básicos. Em seguida, são explanadas as atividades desenvolvidas com os estudantes no período da intervenção, elucidando de forma sucinta como foram efetivadas, bem como os resultados alcançados respaldados por embasamento teórico, apresentando discussões acerca de reflexões sobre a motivação dos alunos viabilizadas no estágio dialogadas com a literatura, e, por fim, as considerações finais acerca do percurso do estágio realizado, onde é possível refletir acerca do aprendido. 
O objetivo principal frente ao estágio supervisionado foi de compreender a rotina escolar, bem como as estratégias utilizadas por professores frente às dificuldades dos alunos, portanto, procurou-se buscar subsídios para a futura prática docente dos estagiários em ação.
DESENVOLVIMENTO 
Nos cursos de formação de professores, há os estágios nos campos específicos, momento importante, pois se torna possível observar dificuldades e também direções a seguir, além de promover o contato com a prática. Muitos alunos desses cursos de formação de professores, apesar de estarem em um período avançado da graduação, ainda não possuem a prática docente. A participação no estágio, portanto, permite reflexão e debates entre os participantes. 
Nesse sentido: 
[...] as estagiárias, profissionais em formação, ganham possibilidades de experimentar e construir seu papel de “professor-pesquisador”, exercitando sua capacidade de ler a realidade, visualizar ou detectar as necessidades e, no processo coletivo de reflexão, ir arriscando propostas e alternativas de encaminhamentos (OSTETTO, 2000, p. 22). 
Portanto, o processo de estágio exige um olhar contextualizado de quem o faz, buscando romper preconceitos e aplicar uma intervenção que contribua para a aprendizagem dos estudantes presentes nesse processo e ainda, para a aprendizagem no campo de ensino de quem o realiza. Ao assumir o lugar de regência de uma sala é possível ao estagiário perceber as dificuldades que ele observava quando o professor regente estava ministrando a aula, desta forma, o estagiário torna-se capaz de compreender o outro, tentando, portanto, realizar seu ensino com o auxílio de estratégias diferenciadas na tentativa de conseguir melhores resultados em sala. 
Ao reconhecer a importância do estágio, é possível compreender que ele é para o aluno fonte de muita aprendizagem, tornando-se um momento privilegiado em que: 
[...] o aluno se coloca como cientista e pesquisador da realidade; a ele cabe indagar e questionar a realidade discordando dela, caso esta se mostre em oposição às questões fundamentais para efetivação da educação, principalmente nos casos de licenciaturas (FERNANDES; SILVA, 2007, p.2). 
De maneira crítica e ética, é possível que o estagiário ao perceber as dificuldades em determinados momentos do ensino do professor regente, contribua de maneira colaborativa com este professor. Desta forma, ao realizar sua intervenção, o estagiário buscará propor atividades justamente naquilo que ele observou como necessário. Esse exercício deve ser feito com responsabilidade e em parceria com o professor regente, pois ao entrar em um espaço de outra pessoa, deve-se atentar ao que é possível e ao que não é possível fazer. 
É importante que o aluno contate ao professor regente sobre conteúdos e estratégias estudados na graduação, como forma de subsidiar ao regente novas práticas a serem adentradas em sala de aula, sempre focando a aprendizagem dos alunos. Uma outra questão acerca dos estágios na graduação é que nos cursos de licenciatura são frequentes as inquietações acerca da separação entre teoria e prática, sendo um discurso muito presente a ser contradito. 
Contestar essa separação é um grande desafio, pois muitos não compreendem que teoria e prática na verdade são indissociáveis e muito integrantes, pois uma prática sem fundamentos torna-se uma prática vazia, torna-se o fazer por fazer, sem objetivos a serem alcançados. Desta forma, o desafiodos cursos de licenciatura é unir a teoria e prática da forma mais perceptível e sentida pelos alunos. 
Conforme Fávero (1992, p.65) “não é só frequentando um curso de graduação que um indivíduo se torna profissional. É, sobretudo, comprometendo-se profundamente como construtor de uma práxis que o profissional se forma”. Portanto, deve-se buscar incansavelmente à indissociabilidade entre teoria e prática nos cursos de formação de professores, pois muitas vezes, teoria e prática tornam-se separadas erroneamente (PIMENTA, 2004). 
Compreende-se por meio das discussões no campo da educação a necessidade de romper a falácia sobre a distinção de teoria e prática por meio de uma prática transformadora, onde o estágio torna-se um momento investigativo, reflexivo e que articula a teoria ministrada na graduação. Nos estágios de Pedagogia deve ser possibilitada aos estagiários a complexidade das práticas institucionais e as ações pedagógicas para preparo desse futuro profissional. 
O estágio torna-se o momento de aproximar o graduando da realidade que logo será a dele, além disso, 
“[...] a importância do estágio não se resume à integração do aluno ao mercado de trabalho ou ao aprimoramento de suas habilidades no âmbito profissional. Trata-se também de um aspecto relevante na formação da pessoa.” (BOUSSO et al., 2000, p. 218). 
Portanto, permite a reflexão sem julgar em certo ou errado o observado, mas sim, permite a análise crítica dos achados para constituir a identidade do profissional que está por vir, buscando evitar os equívocos das práticas observadas, contribuindo para uma boa postura que estará se constituindo na prática futura.
Ainda, juntamente com os discentes, os supervisores auxiliam na reflexão e análise das observações, tendo como base, teóricos pertinentes que contribuem para esse olhar crítico e aprofundado. A realização do estágio é um momento essencial na formação do futuro professor, pois, é possível ampliar a análise de um contexto, possibilitando também o desenvolvimento de uma postura adequada, compreensão e problematização de diversas situações, além de coletivamente desenvolver ações possíveis (intervenções) no campo de observação. 
No momento de estágio, a identidade do educador pode ser consolidada por esse profissional em formação, onde é possível construí-la por meio das experiências vividas. O estágio possibilita ao graduando verificar a realidade de seu futuro campo de trabalho. É possível identificar os desafios que serão enfrentados, sendo então um momento de reflexão e de propostas para superar esses desafios, visando sempre um ensino de qualidade para aos estudantes presentes nesse processo.
CONCLUSÃO 
Para a discente que relata como primeira autora neste artigo o estágio contribuiu em sua formação como futura professora, atingindo os objetivos iniciais e superando as expectativas, pois, foi possível analisar a futura prática, que além de uma profissão, torna-se uma ação social ao contribuir com a construção da autonomia e desenvolvimento dos estudantes. Ademais, muitas situações no campo de estágio tornam-se importantes a observar como: estrutura física, estratégia de ensino, atividades diversificadas, momentos de leitura, formas de controle da sala, entre outros fatores que são importantes para subsidiar a prática docente. 
Outro fator de grande valor que o estágio favorece é observar como o professor regente é em sala, pois através dessa análise é possível verificar posturas a serem espelhadas e almejadas. Esse olhar sobre o professor regente no campo do estágio deve ser muito atento e longínquo de preconceitos, pois nesse momento deve-se refletir sobre a postura de um educador e não cair em contradição no futuro. Dessa forma, concordamos com Ostetto (2000) no que diz respeito à importância da atividade de estágio como um exercício de observação, pesquisa e experimentação sobre a realidade. 
A discussão proposta neste trabalho referente à motivação foi despertada por meio das observações e vivências realizadas na escola, pois particularmente, acredito que há pontos que devam ser destacados e discutidos com a finalidade de serem melhorados, para que a aprendizagem seja o foco de uma escola. Desta forma a discente, dialogando com seus autores de referência (GUIMARÃES, 2001; BZUNECK, 200-) pôde perceber quais práticas docentes podem contribuir com a motivação dos alunos, tais como a proposição de atividades diversificadas e significativas, o favorecimento da autonomia e valorização do aluno, bem como a realização de avaliações que valorizem o processo de aprendizagem dos estudantes e as façam ter ciência deste. 
Ainda, a observação participativa e intervenção no estágio realizada em parceria com outra pessoa – na dupla de estagiárias – contribuiu para a prática educativa, pois ser professor exige reflexão e ação conjunta com demais educadores, sendo assim, desde o momento do estágio essa situação já se constitui e torna-se mediada pelo supervisor de estágio que orienta os discentes e os diálogos sobre a realidade observada. 
Portanto, é de grande importância a realização do estágio na graduação para fornecer subsídios na formação do professor, pois esse momento vai além de conhecer o cotidiano da sala de aula, ação do professor e o espaço físico de uma instituição. Esse momento auxilia na consolidação da identidade do professor, motivando-o para o desenvolvimento de seu trabalho com posicionamento adequado e preocupado com a efetivação do ensino e aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BOUSSO, Regina Szylit. et al. Estágio curricular em enfermagem: transição de 22729 identidades. 2000. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v34n2/v34n2a13.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2023.
GONÇALVES, C. L.; PIMENTA, S. G. Revendo o ensino de 2º grau: propondo tendências e inovações. 2. Pág.9/10 ed. São Paulo: Cortez, 1990.
GUIMARÃES, S. É. R; BORUCHOVITCH, E. O estilo motivacional do professor e a motivação intrínseca dos estudantes: uma perspectiva da Teoria da Autodeterminação. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v.17, n. 2, p.143-150, 2004.

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