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PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSO EM ENFERMAGEM EM AUDITORIA EM SERVIÇOS DE ENFERMAGEM Prof. Marcelo M. Salles Marcelo Medeiros Salles Marcelo M. Salles Especialista Urgência Emergência e Trauma Ms. Administração Serviços de Saúde Doutorando em Saúde Pública Lattes: http://lattes.cnpq.br/4304682958884867 ONA- ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO 3 Organização Nacional de Acreditação (ONA) • A Organização Nacional de Acreditação (ONA) é responsável pelo desenvolvimento e gestão dos padrões brasileiros de qualidade e segurança em saúde. • A ONA é membro da International Society for Quality in Health Care (ISQua), atuando ao lado de instituições que promovem a qualidade da saúde em países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Canadá. 5 Organização Nacional de Acreditação (ONA) • A ONA foi fundada em 1999 por entidades públicas e privadas do setor de saúde. • Sua criação está ligada às mudanças que ocorreram após a Constituição de 1988, que definiu a saúde como um direito de todo cidadão. • Na década de 1990, instituições de saúde e governos começaram a se preocupar fortemente com a avaliação dos serviços oferecidos à população. Foi nesse período que surgiram as primeiras iniciativas regionais de acreditação e o Manual de Acreditação de Hospitais para América Latina e Caribe, publicado pela Federação Brasileira de Hospitais, Federação Latino- americana de Hospitais e Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS. • A metodologia de avaliação da ONA foi desenvolvida a partir da revisão desses modelos de acreditação regionais e dos manuais da América Latina e de países como Estados Unidos, Canadá, Espanha e Inglaterra. • Para ser utilizado nacionalmente, o manual da ONA foi testado em instituições de saúde nas cinco regiões do Brasil. • Desde sua criação, a ONA coordena o Sistema Brasileiro de Acreditação - SBA, que reúne organizações e serviços de saúde, entidades e instituições acreditadoras em prol da segurança do paciente e da melhoria do atendimento. 6 Os padrões ONA podem ser adotados por: • Hospitais • Ambulatórios • Laboratórios • Serviços de Pronto Atendimento • Home Care • Serviços Oncológicos • Serviços de Medicina Hiperbárica • Serviços de Hemoterapia • Serviços de Nefrologia e Terapia Renal Substitutiva • Serviços de Diagnóstico por Imagem, Radioterapia e Medicina Nuclear • Serviços Odontológicos • Serviços de Processamento de Roupas para a Saúde • Serviços de Dietoterapia • Serviços de Manipulação • Serviços de Esterilização e Reprocessamento de Materiais 7 Instituição Acreditadora Credenciada – IAC. • Entre as atribuições das IACs, estão: 1. Avaliar as organizações de saúde, serviços e programas da saúde, com base nas normas e no Manual Brasileiro de Acreditação específico 2. Promover atividades educativas voltadas para divulgação dos processos de acreditação e certificação; 3. Capacitar sua equipe de avaliadores • *É vedado à IAC o exercício da atividade de consultoria 8 Níveis ONA Nível 1 - Acreditado A organização de saúde cumpre ou supera, em 70% ou mais, os padrões de qualidade e segurança definidos pela ONA. São avaliadas todas as áreas de atividades da instituição, incluindo aspectos estruturais e assistenciais. Certificado válido por dois anos. Nível 2 - Acreditado Pleno A organização precisa atender a dois critérios: 1) cumprir ou superar, em 80% ou mais, os padrões de qualidade e segurança; 2) cumprir ou superar, em 70% ou mais, os padrões ONA de gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e plena comunicação entre as atividades. Certificado válido por dois anos. Nível 3 - Acreditado com Excelência A organização precisa atender a três critérios: 1) cumprir ou superar, em 90% ou mais, os padrões de qualidade e segurança; 2) cumprir ou superar, em 80% ou mais, os padrões de gestão integrada; 3) cumprir ou superar, em 70% ou mais, os padrões ONA de Excelência em Gestão, demonstrando uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade institucional. Certificado válido por três anos. 9 • Resultados do Processo de Acreditação • Nível 1: Acreditado (atende aos requisitos básicos); • Nível 2: Acreditado Pleno (requisitos básicos mais procedimentos padronizados); • Nível 3: Acreditado com excelência (requisitos básicos, procedimentos padronizados mais indicadores). 10 11 12 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS •Organização Prestadora de Serviços de Saúde •Instituição Acreditadora Inscrição no processo de avaliação •documentos: alvará de funcionamento da Organização Prestadora de Serviços de Saúde, •licença sanitária, registro do responsável técnico no Conselho Regional de Medicina •(CRM). Contratação da Instituição Acreditadora •Confirmação da visita -Plano de visita • Preparação da organização prestadora de serviços de saúde para a visita dos avaliadores Preparação da Avaliação •recolhimento da taxa de inscrição •a equipe de avaliadores iniciará o processo de visita. Processo de Visita •entrevistas, exame de documentos, observação das atividades e condições nas áreas de interesseColeta de Evidências Objetivas •não conformidade maior e não conformidade menor •não conformidade maior consiste na ausência ou na incapacidade total da Organização Prestadora de Serviços de Saúde em atender ao requisito do padrão Não Conformidade •após aprovação de Relatório de Avaliação pela Instituição Acreditadora, emissão do seu Parecer Final e entrega deste à organização avaliadaTérmino do Processo de Avaliação 13 Termos do processo de avaliação da organização •Profissional qualificado para efetuar as avaliações do Processo de Acreditação; •capacitado conforme as normas para capacitação, definidas em normas específicas daONA AVALIADOR: •O avaliador-líder é o responsável, perante a Instituição Acreditadora, por todas as fasesdo processo de avaliação. • Deve ter capacidade gerencial, experiência e deve lhe ser conferida autoridade para tomar decisões relativas à coordenação do processo de avaliação em que estiver envolvido. AVALIADOR- LÍDER: •A equipe de avaliadores deve ser composta por, no mínimo, três membros, ou seja, um médico, um enfermeiro e um administrador. •Cada equipe de avaliadores deve ter um avaliador-líder responsável pela coordenação do processo de avaliação. •Caso necessário, a equipe de avaliadores poderá incluir especialistas, avaliadores em treinamento, observadores, com a ciência prévia doavaliado.. EQUIPE DE AVALIADORES: 14 PROCESSO DE ACREDITAÇÃO NÍVEL 1 – Segurança As exigências deste nível contemplam o atendimento aos requisitos básicos da qualidade na assistência prestada ao cliente, nas especialidades e nos serviços da organização de saúde a ser avaliada, com recursos humanos compatíveis com a complexidade, qualificação adequada (habilitação) dos profissionais e responsável técnico com habilitação correspondente para as áreas de atuação institucional. Princípio: SEGURANÇA • habilitação do corpo funcional; • atendimento aos requisitos fundamentais de segurança para o cliente nas ações assistenciais e procedimentos médico-sanitários; • estrutura básica (recursos) capaz de garantir assistência para a execução coerente de suas tarefas. Os serviços dispõem de Responsável Técnico habilitado, atendem aos requisitos formais e técnicos de segurança para sua atividade e dispõem de estrutura adequada para tal fim, de acordo com as normas e regulamentos correspondentes. 15 PROCESSO DE ACREDITAÇÃO NÍVEL 2 - Organização As exigências deste nível contemplam evidências de adoção do planejamento na organização da assistência, referentes à documentação, corpo funcional (força de trabalho), treinamento, controle, estatísticas básicas para a tomada de decisão clínica e gerencial,e práticas de auditoria interna. Princípio: SEGURANÇA e ORGANIZAÇÃO • existência de normas, rotinas e procedimentos documentados, atualizados e disponíveis e, aplicados; • evidências da introdução e utilização de uma lógica de melhoria de processos nas ações assistenciais e nos procedimentos médicos- sanitários; • evidências de atuação focalizada no cliente/paciente. 16 NÍVEL 3: GESTÃO E QUALIDADE As exigências deste nível contêm evidências de políticas institucionais de melhoria contínua em termos de: estrutura, novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais e procedimentos médico-sanitários. Evidências objetivas de utilização da tecnologia da informação, disseminação global e sistêmica de rotinas padronizadas e avaliadas com foco na busca da excelência. Princípio: SEGURANÇA, ORGANIZAÇÃO E PRÁTICAS DE GESTÃO E QUALIDADE • evidências de vários ciclos de melhoria em todas as áreas, atingindo a organização de modo global e sistêmico; • utilização de sistema de informação institucional consistente, baseado em taxas e indicadores, que permitam análises comparativas com referenciais adequados e a obtenção de informação estatística e sustentação de resultados; • utilização de sistemas de aferição da satisfação dos clientes (internos e externos) e existência de um programa institucional da qualidade e produtividade implantado, com evidências de impacto sistêmico. PROCESSO DE ACREDITAÇÃO 17 ACREDITAÇÃO E A ENFERMAGEM • O serviço de Enfermagem compreende: previsão, organização e administração de recursos para prestação de cuidados aos pacientes, de modo sistematizado, respeitando os preceitos éticos e legais da profissão. 18 Enfermagem - Nível 1 ✓ O serviço possui Responsável Técnico habilitado; ✓ Os procedimentos e controles dos pacientes internados são registrados no prontuário; ✓ A distribuição da equipe consta de escala de acordo com a habilitação requerida, ajustada às necessidades do serviço. • Itens de Orientação Responsável Técnico habilitado. Supervisão contínua e sistematizada por profissional habilitado, nas diferentes áreas. A chefia do serviço coordena a seleção e dimensionamento da equipe de Enfermagem. Número de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem adequado às necessidades de serviço. A escala assegura a cobertura da assistência prestada e a disponibilidade de pessoal nas 24 horas em atividades descontinuadas. Registros de Enfermagem no prontuário do cliente/paciente completos, legíveis e assinados. ACREDITAÇÃO E A ENFERMAGEM 19 Enfermagem - Nível 2 ✓ O serviço dispõe de manuais de normas, rotinas e procedimentos documentados, atualizados e disponíveis; ✓ Desenvolve as suas ações baseadas em protocolos clínicos; dispõe de um programa de educação e treinamento continuado e melhoria de processos; ✓ As ações são auditadas através de registros no prontuário. Itens de Orientação • Manuais de normas, rotinas e procedimentos documentados, atualizados e disponíveis. • Programa de educação e treinamento continuado. • Grupos de trabalho para a melhoria de processos, integração institucional, análise crítica dos casos atendidos, melhoria da técnica, controle de problemas, minimização de riscos e efeitos indesejáveis. • Procedimentos voltados para a continuidade de cuidados ao cliente/ paciente e seguimento de casos. ACREDITAÇÃO E A ENFERMAGEM 20 enfermagem - Nível 3 ✓ O modelo assistencial baseia-se no enfoque multiprofissional e interdisciplinar; integra o programa institucional da qualidade e produtividade, com evidências de ciclos de melhoria; ✓ Dispõe de sistema de aferição da satisfação dos clientes internos e externos e de avaliação do serviço, em comparação com referenciais adequados e de impacto junto à comunidade. Itens de Orientação • Avaliação de procedimentos de Enfermagem e de seus resultados. • Indicadores epidemiológicos utilizados no planejamento e na definição do modelo assistencial. • Comparação de resultados com referenciais adequados e análise do impacto gerado junto à comunidade. • Sistema de aferição da satisfação dos clientes internos e externos. Essa avaliação é feita em todos os setores do hospital, além do setor de enfermagem e a soma dos resultados define o resultado do processo em três opções: Nível 1: Acreditado (atende aos requisitos básicos); Nível 2: Acreditado Pleno (requisitos básicos mais procedimentos padronizados); Nível 3: Acreditado com excelência (requisitos básicos, procedimentos padronizados mais indicadores). ACREDITAÇÃO E A ENFERMAGEM 21
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