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História do atletismo ROBSON BENTO INTRODUÇAO O atletismo é uma das formas mais antigas de competição humana, remontando aos tempos antigos, quando os homens corriam, saltavam e lançavam em busca de prestígio e reconhecimento. Sua história é uma narrativa fascinante de evolução, desde os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga até os eventos modernos de classe mundial que vemos hoje. Os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, iniciados em 776 a.C., incluíam uma série de competições atléticas que se tornaram a base do que conhecemos como atletismo hoje. Eventos como corrida, lançamento de disco e salto em distância eram parte integrante desses jogos, celebrando a excelência física e promovendo uma competição saudável entre os atletas. Após a queda do Império Romano, muitos dos valores e práticas atléticas foram perdidos na Europa Ocidental, mas foram preservados no mundo árabe e oriental. No entanto, durante o Renascimento, houve um ressurgimento do interesse nas artes atléticas da Grécia e Roma antigas, levando a um renascimento do atletismo na Europa. O século XIX testemunhou o estabelecimento de organizações formais de atletismo, como a Amateur Athletic Association (AAA) na Grã-Bretanha, que padronizaram regras e regulamentos para competições. A partir daí, o atletismo começou a se organizar em torno de instituições e eventos formais, como campeonatos nacionais e internacionais. Os Jogos Olímpicos modernos, ressuscitados em 1896 pelo Barão Pierre de Coubertin, reviveram o espírito dos antigos Jogos Olímpicos, incluindo uma ampla gama de eventos atléticos. Desde então, os Jogos Olímpicos se tornaram o ápice do atletismo competitivo, atraindo os melhores atletas de todo o mundo para competir em uma variedade de disciplinas. O século XX testemunhou inovações significativas no esporte, incluindo a introdução de tecnologia avançada, como cronometragem eletrônica e materiais de alta tecnologia para equipamentos esportivos. Além disso, a expansão do atletismo para além dos Jogos Olímpicos levou ao surgimento de uma série de competições internacionais, como os campeonatos mundiais de atletismo. O atletismo também desempenhou um papel importante no movimento pelos direitos civis e na luta contra a discriminação racial. Atletas como Jesse Owens e Wilma Rudolph desafiaram as noções preconcebidas sobre raça e habilidade atlética, demonstrando que o talento e a determinação transcendem barreiras raciais. Hoje, o atletismo é um dos esportes mais populares do mundo, com milhões de pessoas participando de competições em todos os níveis, desde o recreativo até o profissional. Além dos eventos tradicionais de pista e campo, o atletismo também inclui uma variedade de modalidades, como corrida de rua, maratona, ultramaratona e corrida de obstáculos. No entanto, o esporte não está isento de controvérsias e desafios. Questões como dopagem, corrupção e desigualdade de gênero continuam a desafiar a integridade e a equidade do atletismo moderno. No entanto, à medida que o esporte continua a evoluir, é imperativo que esses desafios sejam enfrentados de frente para garantir que o atletismo continue a inspirar e unir pessoas em todo o mundo. Brasil e sua participação A participação do Brasil nos esportes atléticos nas Olimpíadas tem sido uma jornada marcada por altos e baixos, refletindo não apenas as capacidades individuais dos atletas brasileiros, mas também o desenvolvimento do próprio sistema esportivo do país. Historicamente, o Brasil tem sido mais reconhecido por seu desempenho no futebol, mas ao longo das décadas tem demonstrado um crescente interesse e competitividade em várias modalidades do atletismo olímpico. Nos Jogos Olímpicos, o Brasil tem conquistado medalhas em diferentes disciplinas do atletismo, com destaque para o salto em distância, lançamento de disco, salto com vara e corridas de meio-fundo. Atletas como João Carlos de Oliveira, o "João do Pulo", que ganhou medalhas no salto triplo nas Olimpíadas de 1972 e 1976, e Maurren Maggi, campeã olímpica no salto em distância em 2008, são exemplos de sucesso brasileiro no atletismo olímpico. No entanto, apesar de alguns destaques individuais, o Brasil ainda enfrenta desafios para se tornar uma potência consistente no atletismo olímpico. Questões como falta de investimento, infraestrutura inadequada, burocracia e falta de apoio adequado aos atletas têm sido apontadas como obstáculos para o desenvolvimento do esporte no país. Além disso, a competição global no atletismo é feroz, com potências tradicionais como Estados Unidos, Jamaica, Quênia e países europeus dominando muitas das disciplinas. Isso significa que os atletas brasileiros muitas vezes enfrentam uma batalha difícil para alcançar o pódio olímpico. Apesar dos desafios, o Brasil tem mostrado sinais de progresso e potencial no atletismo olímpico. Investimentos crescentes em programas de desenvolvimento de atletas, instalações esportivas de classe mundial e parcerias com treinadores internacionais têm ajudado a elevar o nível de competitividade dos atletas brasileiros. Além disso, eventos como os Jogos Pan-Americanos e os campeonatos sul-americanos têm proporcionado uma plataforma para os atletas brasileiros ganharem experiência e reconhecimento internacional, preparando-os para competições de nível olímpico. No geral, a participação do Brasil nos esportes atléticos nas Olimpíadas é uma mistura de sucesso, desafios e potencial. Enquanto o país continua a enfrentar obstáculos em sua busca por excelência atlética, há sinais encorajadores de progresso e uma base sólida para o crescimento futuro do atletismo olímpico brasileiro.
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