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CONTRATO DE TRABALHO E PARTICULARIDADES

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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO
CONTRATO DE
TRABALHO E
PARTICULARIDADES
Cristiano Paulo de Oliveira
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SEM MEDO DE ERRAR
Agora que você �nalizou a Seção 3.3 e aprendeu os tipos de contrato
individual de trabalho, bem como as particularidades de cada um, vamos
tratar de auxiliar a Contabilidade Gringotes na resolução dos
questionamentos enviados pelos meios virtuais, como o Facebook e o
Twitter: 
a) Uma das perguntas do Twitter refere-se à existência da diferença
entre o período de recesso e o de férias, uma vez que o estagiário tem
direito a 30 dias de descanso. Isso procede?
Você, como um dos analistas da Contabilidade Gringotes deve responder
que, na verdade, o estagiário não tem direito a férias, de acordo com a
Lei nº 11.788/2008. No caso de o estágio ter duração igual ou superior a
um ano, o estagiário terá direito a 30 dias de recesso gozado,
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preferencialmente, durante suas férias escolares, o qual deverá ser
remunerado de acordo com a bolsa ou outra forma de contraprestação
recebida pelo estagiário. 
b) No Facebook, o questionamento é sobre o trabalho temporário: quais
são as hipóteses legais que autorizam esse tipo de contratação e qual é o
limite do prazo desse contrato de trabalho? A postagem feita no
Facebook �naliza querendo saber: quais são as situações que autorizam
a prorrogação do trabalho temporário?
Sobre essas dúvidas que apareceram no Facebook, você deve citar a Lei
nº 6.019/1974, que trata do contrato de trabalho temporário e aponta
como hipótese legal para a contratação de trabalhadores a necessidade
de substituição transitória de pessoal permanente ou a demanda
complementar de serviços. Essa demanda complementar de serviços
tem origem em fatores imprevisíveis ou decorrentes de fatores
previsíveis, que tenham natureza intermitente, periódica e sazonal. Com
relação ao segundo questionamento, você deve dizer que o prazo para o
contrato de trabalho temporário é de 180 (cento e oitenta) dias,
podendo ser prorrogado por até 90 (noventa) dias, desde que sejam
mantidas as condições que ensejaram a primeira contratação.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Samuel Amaral foi contratado como analista de sistema pleno em uma
empresa de comércio exterior, com um salário de R$ 4.500,00. O seu
contrato de trabalho inicial é de experiência de 30 dias, com prorrogação
de 60 dias, perfazendo um total de 90 dias. O contrato não possui
cláusula assecuratória de direito recíproco, mas tão somente as
indenizações previstas em lei que atingem as partes contratantes. No
trigésimo dia do contrato de trabalho, o empregador não se mostrou
satisfeito com as entregas realizadas pelo empregado e resolveu desligá-
lo. Como �cará essa situação?
RESOLUÇÃO
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Para resolver essa questão, você deve estar atento a todos os
detalhes: veja que o contrato de experiência possui uma data termo,
ou seja, um prazo �nal, que será de 30 dias, prorrogável por mais 60,
totalizando 90 dias. Contudo, o empregado resolveu romper o
contrato quando este completou 30 dias do contrato de experiência.
A indenização prevista no contrato refere-se aos artigos 479 e 480 da
CLT, sendo que a primeira refere-se ao empregador e a segunda ao
empregado. Como foi o empregador que deu causa ao rompimento,
ele deverá pagar ao empregado, a título de indenização, metade da
remuneração a que teria direito até o �m do contrato. No entanto,
ele rompeu o contrato antes da prorrogação e, em virtude disso, não
há que se falar em indenização, ou seja, salário mensal, aviso prévio,
férias proporcionais e décimo terceiro proporcional, sendo a metade
de cada um.
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