Buscar

Técnica Básica de Laboratório

Prévia do material em texto

Tópico 02
Química Geral e Inorgânica
Técnica Básica de Laboratório
1. Introdução
Você conhece algum laboratório de Química? Já fez
experimentos em laboratório? Se suas respostas foram “Não”,
você não sabe o que está perdendo.
Um laboratório de Química, sob a ótica acadêmica, é um
ambiente no qual você associa a teoria com a prática, realiza
experimentos, vê os resultados, discute-os e começa a
compreender certos fenômenos do cotidiano e teorias que você
achava abstratas. Por outro lado, do ponto de vista profissional,
o laboratório é um dos principais locais de trabalho do
Farmacêutico, no qual ele manipula receitas e prepara inúmeras
formulações, sempre com rigor e destreza. Sendo assim, é
necessário conhecer os materiais básicos para trabalhar bem em
um laboratório.
É bom que você saiba que sempre existe certo risco associado
aos trabalhos em laboratórios, pois se trabalha com vidrarias
(que podem quebrar), substâncias e reagentes que podem ser
potencialmente perigosas. Deste modo, é fundamental se
conhecer as normas gerais de segurança em trabalhos de
laboratório e as normas específicas do ambiente no qual você
estará executando seus procedimentos.
Portanto, buscando discutir os princípios e as normas de
segurança em laboratório e conhecer os principais materiais
utilizados em laboratório, este tópico abordará tais conceitos e
materiais, muito importantes no universo farmacêutico.
2. Segurança em Laboratório
Ambientes laboratoriais, geralmente, são locais que podem
expor as pessoas que nele estudam, trabalham ou circulam, a
riscos de várias origens. Nas atividades de laboratório de
Química, os riscos mais comuns estão associados ao uso e
exposição a produtos químicos, manuseio de vidrarias em geral,
trabalhos com temperaturas elevadas e o uso de chama e/ou
eletricidade. Observe a Figura a seguir, que retrata um típico
grupo de alunos trabalhando em laboratório.
Estudantes em experimento em laboratório. Observe a bancada,
contendo vidrarias e reagentes.
Sendo assim, antes de se começar a fazer qualquer procedimento
em um laboratório, é necessário pensar e reconhecer os possíveis
riscos e as condutas para a sua segurança e a de seus colegas.
O primeiro passo em um laboratório de Química para que as
práticas corram bem, sem acidentes, é a atenção redobrada. É
fundamental que você e seu grupo (os trabalhos são sempre
desenvolvidos em grupos de alunos) tenham concentração e
seriedade todo o tempo. Isto diminui os riscos de acidentes e
torna o ambiente laboratorial seguro e produtivo.
Vale ressaltar que, quando se pensa em segurança, o bom senso
(razão/sabedoria) é fundamental no momento de se realizar os
procedimentos de forma correta em um laboratório. Você deve
conhecer o material e as substâncias com as quais irá trabalhar,
para que trabalhe com critério e sabendo o risco de cada um
destes materiais. Volto a frisar que a melhor forma de minimizar
possíveis riscos de acidente para você e seus colegas é
conhecendo todos os riscos envolvidos no procedimento a ser
realizado.
No trabalho em laboratório, você utilizará substâncias químicas,
que podem ser mais ou menos tóxicas, e vidrarias, que, quando
quebram, se tornam “objetos perfurocortantes”, ou seja,
perfuram e/ou cortam! Deste modo, o bom uso destes materiais
Fique sabendo!
Você sabe qual o significado da palavra
“laboratório”?
Bem, sabemos que laboratório é um ambiente
devidamente preparado para a realização de
experimentos e pesquisas científicas diversas e deve
possuir instrumentos e equipamentos necessários
conforme o uso.
Porém, a palavra “laboratório” tem um significado mais
direto. Ela vem do latim laboratorium, que significa
local para trabalhar, oriundo do verbo laborare, ou seja,
trabalhar. Então, observe que, até no significado, um
ambiente laboratorial é um lugar de atenção, de
trabalho. Não é um local para distrações, celulares etc. É
essencial executar as tarefas com concentração e
perfeição.

e o conhecimento das regras básicas de segurança no laboratório
são itens fundamentais para que o trabalho transcorra bem.
Associado a isto, todo ambiente laboratorial possui normas de
trabalho que vão auxiliá-lo para que o laboratório possa ser um
ambiente de aprendizado seguro, com o menor risco possível.
Então, vamos ver as normas de trabalho em laboratório, que são
tão importantes.
3. Normas de Trabalho em
Laboratório
Como já conversamos, laboratórios são locais que podem nos
expor a riscos de várias origens. Como existem diferentes tipos
de laboratório em diferentes áreas da ciência e profissional, cada
tipo de ambiente laboratorial tem suas normas de trabalho, cujo
objetivo fundamental é minimizar os possíveis riscos aos quais
possamos estar expostos quando estamos neste ambiente de
trabalho.
Aqui na UVV, objetivando conscientizar professores,
funcionários e vocês, alunos, sobre a importância do uso das
normas de biossegurança no trabalho diário, foi desenvolvido, ao
longo de 2018, o “Manual de Biossegurança – Laboratórios da
Área Básica e de Pesquisa”.
Aprendendo!
O termo Biossegurança é relativamente recente e, no
Brasil, foi definido por lei em 2005. A Biossegurança é
definida, em um termo mais amplo, como: “um conjunto
de medidas voltadas para prevenção, minimização ou
eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa,

As normas de biossegurança buscam englobar todas as medidas
para evitar ou minimizar riscos físicos (radiação ou
temperatura), ergonômicos (posturais), químicos (substâncias
tóxicas), biológicos (agentes infecciosos) e/ou psicológicos
(estresse). Com base nisto, faz-se necessário que os laboratórios,
sob o ponto de vista de suas instalações e da dinâmica de
trabalho, estejam perfeitamente adequados e permitam tal
eliminação ou minimização de cada um destes riscos para o
usuário, ou seja, todos nós, e para o ambiente. Sendo assim,
tenha em mente, que tais normas não podem, em hipótese
alguma, serem negligenciadas.
Os laboratórios de Química da UVV se localizam no complexo
Biopráticas (Figura abaixo), no Campus Nossa Senhora da
Penha, e seguem as normas gerais de segurança pertinentes ao
Complexo Biopráticas.
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, que possam comprometer a saúde
do homem, dos animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos” (Manual de
Biossegurança – UVV, 2018).
Fachada do Prédio Biopráticas – Campus Nossa Senhora da Penha
(UVV), onde estão localizados os laboratórios de Química.
Deste modo, em primeiro lugar, nossas condutas e atitudes no
Biopráticas devem seguir o definido no Manual de
Biossegurança.
Condutas e atitudes no Biopráticas – UVV
Nossas condutas e atitudes no Biopráticas da UVV, onde se
localizam os laboratórios de aula e de pesquisa, devem ser de tal
forma que contribuam para minimizar os riscos das atividades
efetuadas nos ambientes laboratoriais da Instituição.
Então, as principais normas gerais contidas no Manual de
Biossegurança da UVV são:
É proibido fumar nos Laboratórios de ensino e pesquisa,
Almoxarifados e em áreas ou recintos com restrição a geração
de calor, centelhas ou fumaça.
É proibida a ingestão de qualquer alimento ou bebida nos
Laboratórios de ensino e pesquisa e no Almoxarifado.
É obrigatória a manutenção das áreas de trabalho, de
circulação e dos dispositivos de segurança, assim como,
deixá-las livres e desimpedidas de bloqueios.
É obrigatória a sinalização dos dispositivos de segurança
como os extintores de incêndio, disjuntores elétricos e
qualquer outro equipamento complementar indispensável à
segurança. Os extintores de incêndio (hidrantes ou
envasados) devem ser identificados com a categoria de uso.
É obrigatório o conhecimento da localização dos extintores de
incêndio, disjuntores elétricos e demais dispositivos de
segurança, por parte dos funcionários em suas respectivas
áreas de trabalho.
É obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual(EPI), específico para as áreas ou atividades de risco.
É obrigatória a comunicação de qualquer acidente de
natureza química, física e biológica a Comissão Interna de
Biossegurança-CIBio-UVV e, em caso de lesão corporal
de qualquer natureza, acionar o SAMU (192), para o
encaminhamento da vítima diretamente ao Pronto
Socorro, comunicando ao SESMT.
Normas específicas para os laboratórios de
química
Para o uso específico dos Laboratórios de Ciências Químicas
(LCQ), existem normas específicas, as quais você deve sempre
observar:
É obrigatório o conhecimento da localização dos conjuntos de
chuveiro de emergência, lava-olhos (Figura a seguir),
mangueiras de emergência e das saídas de emergência por parte
dos colaboradores em suas respectivas áreas de trabalho.
Equipamentos obrigatórios de proteção coletiva:
1. Chuveiro de emergência (localiza-se na área externa dos
laboratórios);
2. Lava-olhos (fica conectado às pias no laboratório).
É recomendado, quando do desenvolvimento de tarefas nos
laboratórios, fazer uma avaliação da necessidade do porte ou
uso da máscara tipo Combitox (aquelas máscaras com
respirador). Em cada setor deverá haver, no mínimo, duas
máscaras Combitox em local de fácil acesso e devidamente
sinalizado.
É recomendado que, quando houver realização de atividades
de elevado risco, os demais membros do laboratório e os
vizinhos sejam notificados.
É obrigatório o uso de luvas e capela com exaustão (Figura a
seguir) para descarte e pré-lavagem de recipientes com
produtos químicos.
Capela de exaustão de gases. Equipamento fundamental em
laboratórios de Química.
É obrigatória a rotulagem de recipientes contendo produtos
químicos, sendo indispensável a classificação de riscos do
produto, de acordo com a norma específica.
É recomendado se manter a menor quantidade possível de
produtos químicos nos laboratórios.
É obrigatório o uso de máscara contra pó no manuseio de
sólidos pulverizados nos laboratórios, almoxarifado, despensa
e oficinas.
É obrigatório o uso de dispensadores (pipetadores – Figura
abaixo) na aspiração de líquidos por pipetagem.
Dispensadores usados para a aspiração de líquidos por
pipetagem
1. Pipetador de três vias, conhecido como “pera”;
2. Pipetadores “pi-pump” ou, simplesmente, pipetadores.
É OBRIGATÓRIO o uso de jaleco e demais itens de segurança
nos laboratórios. Portanto, é vedado ao aluno entrar nos
laboratórios sem estar vestindo jaleco.
É OBRIGATÓRIO cabelos presos durante as atividades
práticas e de pesquisa no laboratório.
Conseguiu entender o porquê e a importância de “todas” estas
regras? A palavra “mágica” é segurança!
Então, para começar a fazer qualquer experimento em um
laboratório de Química no Biopráticas, você deve sempre prestar
atenção neste resumo, com 10 itens essenciais para que os
trabalhos transcorram bem e com segurança, minimizando os
possíveis riscos (preste atenção nos detalhes):
1. Aula prática exige como material individual os seguintes itens:
jaleco branco (com emblema da UVV), calça comprida e calçado
fechado. Sem um destes itens, você não pode fazer a aula prática.
Os óculos de segurança são facultativos. Para começar um
experimento, lembre-se: jaleco abotoado e cabelo preso.
2. Seu grupo deve ainda ter como material de uso coletivo: caneta
para retroprojetor/CD e roteiro da aula prática.
3. Deve-se ler previamente o roteiro da aula prática para já chegar
no laboratório com uma boa noção do que será feito.
4. Coloque todo seu material no lugar indicado (os laboratórios têm
estantes para guardar as bolsas/mochilas), fique apenas com um
bloco de anotações/caderno, roteiro da prática/apostila, caneta
ou lápis por mesa (e, se necessário, calculadora).
5. Não converse durante a explicação do professor sobre a prática:
sua falta de atenção pode colocar você e seus companheiros em
risco, bem como prejudicar o andamento do experimento.
6. O ideal é que, ao final da aula prática, as perguntas do roteiro
sejam respondidas pelo grupo.
7. Após o término do experimento, deixe a bancada de trabalho
organizada, deixando materiais e reagentes de uso comum em
seus devidos lugares. As vidrarias que foram utilizadas devem
estar separadas na caixa branca de “descarte”, para serem
encaminhadas à lavagem.
8. Informe ao professor sobre a ocorrência de qualquer incidente ou
acidente, mesmo que seja um dano de pequena importância. Não
descarte nada na pia sem consultar o professor.
9. Lembre-se sempre: laboratório é um lugar de trabalho (“labor”) e
há perigos. Não coma ou beba no laboratório, nem fique com
piadinhas. Trabalhe com foco e atenção. Nada de celular (só se for
para tirar uma foto rápida, autorizada pelo professor, de algum
experimento…). Trabalhe com seriedade, método e calma.
10. Lembre-se: eficiência e organização andam juntas. Trabalho em
grupo exige muita organização e bom senso. Além disto, a pressa
continua sendo a inimiga da perfeição.
Captou estas importantes mensagens? Espero que sim!
4. Apresentação dos Principais
Materiais e Equipamentos
Agora que você está plenamente ciente dos riscos existentes em
um laboratório e de como se comportar para minimizar estes
riscos, para que você possa realizar grandes experimentos, é
essencial que se familiarize com os principais materiais
(equipamentos e vidrarias) de laboratório, para que possa
reconhecê-los e manipulá-los com destreza. São eles:
a) Balança
Equipamento fundamental em um laboratório. Como você já
deve saber, as balanças são equipamentos digitais utilizados para
a pesagem de substâncias ou vidrarias. Medem a massa em
gramas. Existem dois tipos de balança em laboratório, conforme
a precisão:
Balanças semi-analíticas: Precisão de 0,01 e 0,001 g;
Balanças analíticas: Mais precisas, com precisão de 0,0001 e
0,00001 g.
Balanças de laboratório: 1- Balança semi-analítica,
2- Balança analítica.
b) Capela de exaustão de gases
A capela de exaustão, ou simplesmente “capela”, é um
equipamento utilizado quando se trabalha com materiais que
liberam vapores com cheiros fortes ou tóxicos e nocivos à saúde.
Ela possui um sistema de exaustão que “puxa” estes vapores,
evitando que os inalemos, minimizando riscos. Trata-se
praticamente de um “espaço físico” do laboratório, pois, quando
necessário, você vai até à capela para realizar o procedimento
específico que envolve vapores.
Nas normas específicas dos laboratórios de Química, nós vimos
que se trata de um equipamento obrigatório nos laboratórios.
Capela de exaustão de gases. Equipamento fundamental em
laboratórios de Química.
c) Agitador magnético com aquecimento
Este equipamento é utilizado para agitar e aquecer soluções,
sendo muito útil em qualquer laboratório. O agitador magnético
com aquecimento possui dois botões seletores: um seletor
controla a velocidade do motor de agitação e o outro seletor
ajusta a temperatura do aquecimento.
Agitador magnético
com aquecimento.
d) Bico de bunsen
O bico de bunsen é um queimador de gás. Ele é constituído por
um tubo metálico com aberturas na parte inferior (“furos” ou
“quadradinhos” chamados de “janelas”), recobertas por um anel
do mesmo material. O sistema é montado sobre uma base, na
qual fica a entrada de gás e um registro para o controle do fluxo
do gás.
Vale salientar que o uso de chama direta em laboratório, por
uma questão de segurança, só pode ser feito em aquecimento de
sólidos e líquidos não inflamáveis.
Bico de bunsen (nome em homenagem ao químico alemão Robert
Bunsen).
e) pHmetro
O pHmetro (lê-se “peagâmetro”), como o nome sugere, é um
aparelho usado para fazermos as medidas de pH em um
laboratório. Ele é constituído de um potenciômetro com um
eletrodo acoplado. Para se determinar o pH, basta colocar o
eletrodo na solução a ser analisada e fazer a leitura.
pHmetro de bancada Kasvi®. O visor
registra pH neutro (7,0) (T = 25 °C).
f) Suporte universal
O suporte (ou haste) universal consiste em uma haste metálica
vertical fixada a uma basemetálica estável, que serve para a
sustentação de peças de laboratório. Trata-se de um dos
equipamentos de laboratório de uso geral, que serve como
suporte, mediante auxílio de garras, mufas e anéis, para que
possamos realizar filtrações (usando funis de vidro), titulações
(usando buretas) e outros procedimentos.
Suportes universais de tamanhos variados, com
haste de inox.
g) Pipetadores
Os pipetadores são utilizados com as pipetas (graduadas e/ou
volumétricas) para fazer a aspiração e a dispensação dos
volumes medidos nestas vidrarias com segurança e praticidade.
Como vimos, trata-se de equipamento obrigatório na aspiração
de líquidos por pipetagem.
2- Pipetadores “pi-pump” ou, simplesmente, pipetadores.
h) Pinças metálicas
As pinças metálicas são utensílios bem gerais que servem,
fundamentalmente, para pegar objetos menores sem utilizar a
mão diretamente. Existem vários tipos de pinças, variando
quanto ao tamanho e ao material, sendo as pinças metálicas as
mais utilizadas.
Pinça metálica anatômica. Uso geral em laboratório.
i) Espátulas
Este tipo simples de equipamento é muito importante em
qualquer laboratório. As Espátulas são utilizadas para as mais
diversas finalidades. Assim como as pinças, existem de vários
tamanhos e materiais. Algumas lembram colheres.
Espátulas variadas. Uso geral em laboratório.
5.  Vidrarias Comuns de
Laboratório
Os experimentos nas aulas práticas são grandes recursos que
tendem a facilitar a construção dos conceitos de Química, além
de auxiliar na compreensão e na correlação entre os diversos
conteúdos das ciências, sendo possível vivenciar e observar na
prática esses conhecimentos. Porém, antes de realizar tais
experimentos no laboratório de Química, é preciso conhecer e
ter familiaridade com cada uma das vidrarias de laboratório.
Assim, o que são as vidrarias de laboratório? Primeiramente,
esses materiais são chamados assim porque eles são feitos
de vidro, cristal ou temperado, sendo que as vidrarias
mais importantes contêm graduações (medidas) em sua
superfície externa para a medição de volumes.
Estas vidrarias podem ser classificadas em duas categorias:
Vidrarias calibradas para dar escoamento a quantidades
variáveis de líquido. Como exemplo, temos pipetas
graduadas, buretas e provetas.
Vidrarias calibradas para conter ou escoar apenas um
determinado volume, como, por exemplo, os balões
volumétricos e as pipetas volumétricas.
Estas duas últimas, e as buretas, são consideradas as vidrarias
mais precisas em um laboratório. Quando você tiver que medir
um volume específico, com precisão, é uma delas que você irá
usar.
Além disso, existem vidrarias importantes que não são usadas
para medir volumes. Elas são usadas para conter volumes. As
três principais vidrarias deste tipo são o béquer,
o erlenmeyer e o tubo de ensaio.
Do mesmo modo que você deve conhecer os principais
equipamentos de laboratório, você tem a obrigação de conhecer
as principais vidrarias de laboratório, pois você irá utilizá-las.
Vamos ver primeiro as vidrarias utilizadas para medir volumes.
As três vidrarias mais precisas são:
1. Balão volumétrico: usado para o preparo e a diluição de soluções.
Mede um único volume de maneira precisa. Existem tamanhos
bem variados de balões volumétricos (normalmente, variando de
5 mL a 10 L).
2. Bureta: vidraria usada em análises volumétricas, chamadas de
“titulações”, na qual é necessária a precisão na medida de
volumes variados.
3. Pipeta volumétrica: usada para medir de maneira precisa um
volume específico de uma amostra. Do mesmo modo que o balão
volumétrico, mede um único volume. Existem tamanhos variados
de pipetas volumétricas (normalmente, variando de 1 a 50 mL).
Vidrarias volumétricas.
1. Balões volumétricos;
2. Bureta;
3. Pipeta volumétrica.
Agora, vamos ver outras duas vidrarias utilizadas para medir
volumes, mas menos precisas.
1. Pipeta graduada (ou cilíndrica): usada para medir volumes
variados de líquidos e soluções, não é tão precisa quanto à pipeta
volumétrica. Existem tamanhos variados de pipetas graduadas.
2. Proveta: vidraria também usada para medir volumes variados de
líquidos e soluções. Também não é tão precisa.
Vidrarias para medir volumes com menor precisão:
1. Pipeta graduada;
2. Proveta.
Vamos conhecer agora três vidrarias bem famosas e
importantes, que não são usadas para medir volumes. São
vidrarias usadas para conter volumes.
1. Béquer (ou copo de béquer): vidraria bem versátil, usada para
pesagem de materiais, para fazer reações em meio aquoso.
Tamanhos bem variados.
2. Erlenmeyer: usado para leves aquecimentos e reações, nas quais
é necessária a agitação. Seu grande uso é na análise volumétrica
(titulação), em conjunto com a bureta.
3. Tubo de ensaio: como o nome sugere, trata-se de vidraria
utilizada para se fazer testes, ensaios, reações químicas em
pequena escala e para suaves aquecimentos diretamente no bico
de bunsen.
Estas oito vidrarias são, “disparadamente”, as mais importantes
em um laboratório de Química. Você realmente precisa conhecê-
las (nome e “cara”) e saber utilizá-las.
Aprendendo!
Medida de volume: enxergando o “menisco”:
Existe um “detalhe” muito importante que você tem que
saber para medir os volumes de líquidos usando as
vidrarias. Devido a dois fenômenos associados (tensão
superficial e capilaridade), de maneira geral, os líquidos,
quando em contato com as paredes das vidrarias, não
apresentam uma superfície plana. Na verdade, a
superfície fica curva (côncava). Esta “curvatura” dos
líquidos é chamada menisco (do grego mene, “lua”,
com o diminutivo iskos, “meia-lua”, termo também
usado na anatomia do joelho).

Visualização do menisco para leitura precisa de volumes.
Para efetuar a leitura de uma determinada medida de volume,
você deve manter seus olhos no nível da superfície do líquido
(assim, você evita um erro chamado “erro de paralaxe”,
associado ao reflexo do vidro) e ler a medida correspondente à
superfície inferior do menisco (“menisco inferior”).
Para você ficar “craque” no manuseio das vidrarias
volumétricas, você precisará praticar muito,
aproveitando as aulas práticas. Para você ter uma ideia
de como é, veja estes pequenos vídeos.
Vídeo 1: Pipetas e pipetadores.
Vídeo 2: Bureta

PipetadoresPipetadores
https://www.youtube.com/watch?v=WzOQrCHbr5c
Além das oito vidrarias principais vistas anteriormente, em um
laboratório existem outras tantas que faremos uso em diversos
experimentos.
Por isso, listamos a seguir mais 12 vidrarias utilizadas nos
laboratórios de Química.Galeria de imagem em falta)
Como usar uma BuretaComo usar uma Bureta

https://www.youtube.com/watch?v=qEzuNHW4XVg




6. Conclusão
Este Tópico 2 abordou conceitos bem importantes envolvendo a
segurança em laboratório e as normas que devem ser seguidas
para minimizarmos os riscos em um ambiente laboratorial. Este
tipo de ambiente fará parte da sua vida acadêmica e, muito
provavelmente, da profissional.
Além disso, vimos os principais equipamentos, vidrarias e outros
materiais muito utilizados em laboratório. São materiais que
você precisa reconhecer e saber utilizar.
Deste modo, cabe a você rever estes importantes conceitos e os
materiais, para quando você chegar nas aulas práticas poder
trabalhar bem e aprender mais, além de minimizar os riscos
pertinentes à prática e ter êxito no experimento.
7. Referências
ATKINS, P., JONES, L. Princípios de química: Questionando
a vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman,
2001.
BROWN, T.L., LeMAY, Jr., H.E., BURSTEN, B.E. Química: a
ciência central. 9ª ed., São Paulo: Pearson, 2005.
ENGEL, R.G. et al. Química Orgânica Experimental:
técnicas de escala pequena. 3. ed. São Paulo, SP: Cengage
Learning, 2013. XXIII, 1010. (e outras edições).
TRINDADE, D.F. Química básica experimental. 2. ed. São
Paulo: Ícone, 2003.
VIRGENS, A.C. et al. Manual de biossegurança
laboratórios da área básica e de pesquisa. VilaVelha:
CIBio-UVV, 2018.
YouTube. (2016, Julho, 22). Atomizando IFAM. Pipetadores.
2min56. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
time_continue=5&v=WzOQrCHbr5c>. Acesso em: 15 Dez. 2018.
YouTube. (2014, Outubro, 08). Casa das Ciências. Como usar
uma Bureta. 2min37. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=qEzuNHW4XVg >.
Acesso em: 15 Dez. 2018.
Parabéns, esta aula foi
concluída!
O que achou do conteúdo estudado?
Péssimo Ruim Normal Bom Excelente
Mínimo de caracteres: 0/150
Deixe aqui seu comentário
Enviar

Continue navegando