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Cuidados em Homeopatia

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Cuidados farmacêuticos em homeopatia
Prof.ª Thais de Barros Fernandes
Descrição
O cuidado farmacêutico em homeopatia e ações de assistência e
atenção farmacêutica.
Propósito
O conhecimento dos principais conceitos necessários para a prestação
do cuidado farmacêutico em homeopatia é importante para a atuação
do farmacêutico homeopata, tendo como foco as necessidades do
paciente e a legislação sobre as atribuições do farmacêutico nos
cuidados em homeopatia.
Objetivos
Módulo 1
A assistência farmacêutica em homeopatia
Reconhecer a importância da assistência farmacêutica em
homeopatia para a ampliação da qualidade do cuidado com o
paciente.
Módulo 2
Serviços farmacêuticos aplicados à
homeopatia
Identificar os serviços farmacêuticos e suas aplicações no âmbito da
homeopatia.
Introdução
O sucesso do tratamento homeopático demanda profissionais
capacitados nessa área, com capacidade técnica para atender
amplamente às necessidades dos pacientes. A prática da
homeopatia como medicina alternativa permite a ampliação dos
cuidados em saúde e representa mais um campo de atuação
profissional.
O farmacêutico homeopata possui conhecimentos para executar
ações de manipulação, pesquisa, desenvolvimento, produção,
controle de qualidade, garantia de qualidade, farmacovigilância e
questões regulatórias dos medicamentos e dos produtos
homeopáticos – o que permite que ele trabalhe nas indústrias,
nas farmácias de manipulação, na dispensação e nos
consultórios. Esses conhecimentos permitem ao profissional
executar a assistência farmacêutica homeopática. Nesse
contexto, os cuidados farmacêuticos em homeopatia são uma
ferramenta de incremento às atividades do médico e ampliam o
atendimento à população.

1 - A assistência farmacêutica em homeopatia
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância da assistência
farmacêutica em homeopatia para a ampliação da qualidade do cuidado com o paciente.
Assistência farmacêutica
Antes de falarmos sobre a assistência farmacêutica em homeopatia,
vamos relembrar seus conceitos gerais.
A assistência farmacêutica é composta por ações orientadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde, individual e coletiva, tendo
o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao
seu uso racional.
Quais são essas ações?
A pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e
insumos, a seleção, a programação, a aquisição, a distribuição, a
dispensação e a garantia da qualidade dos produtos e serviços. A
utilização demanda um processo de avaliação e acompanhamento, em
busca do alcance de resultados pautados por metas e da melhoria da
qualidade de vida da população.
A assistência farmacêutica é uma ação em saúde pública de caráter
intersetorial, integrada ao sistema de saúde como política norteadora
para a criação de diversas políticas setoriais – como a política de
medicamentos, de ciência e tecnologia, de desenvolvimento industrial,
entre outras. Por causa disso, destaca-se que a assistência
farmacêutica vai além da atuação do farmacêutico, sendo reconhecida
como um campo de saberes multiprofissional e interdisciplinar.
O cuidado integral à saúde envolve a cooperação de vários saberes.
Assim, o farmacêutico faz parte da equipe multidisciplinar, constituída
por diferentes profissionais de saúde, com o objetivo de realizar o
diagnóstico, o tratamento e a recuperação do paciente. As intervenções
devem ser discutidas em conjunto, de maneira a ampliar a percepção
sobre os problemas de saúde. Essas reuniões são popularmente
denominadas como rounds clínicos.
O Conselho Federal de Farmácia determina que o
farmacêutico tem por função o atendimento, dentro
das suas capacidades profissionais, das necessidades
de saúde do paciente – sobretudo ao que diz respeito à
terapia medicamentosa. Esse profissional tem como
dever prover uma farmacoterapia adequada para tratar
os problemas de saúde do paciente.
A assistência farmacêutica deve garantir a segurança e a efetividade do
medicamento, considerando todas as etapas do ciclo da gestão técnica
e do ciclo da gestão clínica. Conheça cada uma dessas etapas:
Ações correspondentes às etapas de gerenciamento técnico e gerenciamento clínico do
medicamento.
Quanto ao paciente, o farmacêutico deve garantir que ele se manterá
motivado para continuar o tratamento e que ele tenha as habilidades
necessárias para utilizar os medicamentos de maneira correta.
Atividade discursiva
Você, como farmacêutico, vai precisar identificar os problemas que
podem estar impedindo o paciente de atingir seus objetivos
terapêuticos. Vamos praticar? Cite 5 desses problemas.

Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
Existem vários, mas podemos citar:
Problema de saúde não tratado.
Falha no acesso ao medicamento.
Medicação não necessária.
Desvio de qualidade do medicamento.
Baixa adesão ao tratamento.
Interação medicamentosa.
Duplicidade terapêutica.
Discrepâncias na medicação.
Falta de efetividade terapêutica.
Reação adversa ou toxicidade.
Erro de medicação.
Contraindicações.
Outros.
O conhecimento sobre as etapas constituintes do ciclo é de extrema
importância para a garantia da qualidade dos serviços farmacêuticos.
Essa qualidade deve ser demonstrada por meio de indicadores, os quais
são utilizados para avaliar a eficiência do serviço e demonstrar a sua
importância para a chefia. Um exemplo de indicador a ser utilizado:
número de intervenções farmacêuticas aceitas pela equipe médica –
trata-se do quociente do número de intervenções aceitas pelo total do
número de intervenções.
Importância da assistência farmacêutica em homeopatia
A assistência farmacêutica é uma área ampla e complexa dentro das
ciências farmacêuticas. Didaticamente, ela pode ser dividida em duas
partes:
Gestão técnica
Nesta esfera, também conhecida como logística, vários profissionais da
saúde podem atuar em seu desenvolvimento.
Gestão clínica do medicamento
Nesta esfera, somente o farmacêutico pode atuar, por meio da atenção
farmacêutica.
É importante destacar que os atores responsáveis pelas ações da
assistência farmacêutica devem ter conhecimentos aprofundados em
homeopatia, incluindo a habilitação e a especialização na área. Os
conhecimentos sobre a filosofia homeopática e os medicamentos
homeopáticos (incluindo noções de aplicações e possibilidades de
utilização) são ferramentas essenciais para a garantia da organização
das ações de assistência farmacêutica.
Saiba mais
A homeopatia foi inserida no Sistema Único de Saúde a partir da Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Assim, esse tipo
de cuidado deve ser ofertado por meio da consulta com médicos
especialistas e do acesso aos medicamentos, ressaltando a
importância da reorganização da assistência farmacêutica para
contemplar a área da homeopatia.
Medicamentos e farmacêutico
homeopata: aspectos legais
Aspectos legais da produção de medicamentos homeopáticos
no Brasil
A compreensão sobre o processo de produção e de registro de
medicamentos é fundamental para a realização de uma gestão
adequada – sobretudo na homeopatia, na qual os medicamentos têm
características específicas de produção e utilização. A tomada de
decisões requer conhecimento sobre o objeto, o contexto e a
organização.
Também é preciso levar em conta os cuidados necessários, pessoas,
processos e produtos envolvidos na decisão de oferecer ou não algum
tipo de medicamento. Esse cuidados envolvem, por exemplo, os
próprios medicamentos (sua conservação), profissionais qualificados
que possam dispensá-los com segurança para o uso adequado pelos
pacientes etc. Para compreendermos mais sobre esse processo,
discutiremos as principais legislações que embasam a produção e o
registro de medicamentos homeopáticos no país, veja:
A publicação da Lei nº 1.552, de 1952 foi um marco importante
para o início das atividades de homeopatia no país. Ela estipulou
a obrigatoriedade da oferta de disciplinas de farmáciahomeopática (incluindo a farmacotécnica) na grade curricular
das faculdades de Farmácia no Brasil. Porém, essa lei deixou de
vigorar em 1960, o que fez com que as faculdades reduzissem a
sua oferta, dificultando o acesso a essa formação.
A Resolução CNE/CES 02/2002 abordou as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. A
partir dessa data, as instituições de ensino superior precisaram
reestruturar sua estratégia pedagógica para adequar seus
currículos à nova formação do farmacêutico, incluindo a subárea
do conhecimento da farmácia homeopática.
A publicação dessas legislações permitiu que o farmacêutico se
tornasse qualificado para produzir e dispensar os medicamentos
homeopáticos. Dessa maneira, outras leis foram criadas para apoiar a
produção e o registro desses medicamentos na agência regulatória
nacional (Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa). Você sabe
como é realizado o registro desses medicamentos? Vamos
compreender um pouco sobre esse processo e as possibilidades.
As regras para registro de medicamentos homeopáticos industrializados
são semelhantes àquelas estipuladas para os medicamentos
alopáticos. Para realizá-lo, a indústria deve apresentar:
Lei nº 1.552, de 1952 
Resolução CNE/CES 02/2002 
Um dossiê de registro contendo um relatório técnico de produção
e controle de qualidade.
Um relatório de segurança de eficácia.
A licença de funcionamento da empresa.
O certificado de responsabilidade técnica.
O protocolo da notificação da produção de lotes-piloto.
Os formulários de petição (contendo todas as informações sobre a
composição do produto, nome comercial, forma farmacêutica,
embalagens, prazos de validade e cuidados de conservação).
Resultados de estabilidade são apresentados no estudo de estabilidade.
As análises de segurança e eficácia do novo medicamento devem ser
embasadas nas matérias médicas homeopáticas, nas referências
bibliográficas reconhecidas pela Anvisa (IN nº 03/07), nos estudos
clínicos e/ou toxicológicos, nas patogenias ou nas revistas científicas.
Também é possível realizar a notificação simplificada de medicamentos
homeopáticos. O registro pelo procedimento simplificado pode ser
realizado quando o medicamento a ser registrado possui a mesma linha
de produção, fabricante, relatório técnico e clínico e mesma
composição de outro medicamento já registrado pelo método
tradicional de registro.
A notificação simplificada pode ser feita quando a indústria notifica à
autoridade sanitária federal a fabricação, importação e comercialização
de medicamentos de baixo risco à saúde (quando observadas as
características de uso e qualidade descritas na RDC nº 199/06). Nesse
caso, o medicamento anteriormente registrado é denominado matriz e
aceita-se que ele seja detentor de registros distintos.
Comentário
Os medicamentos candidatos a esse registro diferem do medicamento
matriz apenas no nome, rotulagem e diretrizes legais da bula. O
processo não exime a indústria de comprovar as boas práticas de
fabricação e controle, além das outras regulamentações sanitárias. Os
medicamentos que podem ser registrados dessa maneira são
medicamentos dinamizados que possuem um único insumo ativo isento
de prescrição, conforme consta na “Tabela de potências para registro e
notificação de medicamentos dinamizados industrializados” (IN nº
05/07). Cada produto e forma farmacêutica deve ter a sua própria
notificação, utilizando de maneira obrigatória a nomenclatura científica
(não é permitido utilizar marcas ou nome fantasia).
As bulas dos medicamentos dinamizados são criadas de acordo com as
normas impostas pela RCD nº 47/09, que especificam como deve ser
esse documento de acordo com a sua fórmula e conteúdo. Essa
regulação facilita a compra desses medicamentos devido à
padronização imposta aos rótulos.
A responsabilidade técnica pela empresa homeopática pertence ao
farmacêutico com habilitação em homeopatia.
Esse pré-requisito está estipulado nas resoluções nº 440/05 e nº 576/13
do Conselho de Farmácia – as quais especificam que o farmacêutico
apto a exercer a responsabilidade técnica de farmácia ou laboratório
industrial de manipulação é aquele que: cursou a disciplina de
homeopatia (60 horas) em uma instituição de nível superior do curso de
Farmácia e completou um estágio em manipulação e dispensação de
medicamentos homeopáticos (120 horas) na própria instituição, em
farmácias que manipulam medicamentos homeopáticos ou em
laboratórios industriais conveniados às instituições de ensino; ou possui
título de especialista ou o curso de especialização em Farmácia
Homeopática que está de acordo com as respectivas resoluções do
Conselho Federal de Farmácia.
O acesso a esses medicamentos no Sistema Único de Saúde foi
facilitado após a sua inclusão na Relação de Medicamentos Essenciais
(RENAME) a partir de sua sétima edição (publicada em 2012). Os
medicamentos essenciais são aqueles elencados pelo Ministério da
Saúde, a fim de cobrir todas as necessidades em saúde da população
brasileira. Eles são utilizados na atenção básica e são financiados com
o recurso tripartite do componente básico da assistência farmacêutica.
A sétima edição da RENAME (2012) contém 12 medicamentos
fitoterápicos e medicamentos homeopáticos preparados conforme a
Farmacopeia Homeopática Brasileira (3ª edição).
Atribuições do farmacêutico homeopata
As atribuições do farmacêutico homeopata são estipuladas pela
resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 635/2016, que revogou a
Resolução nº 604/2014. Além das atribuições, o texto inclui deveres do
farmacêutico no âmbito da homeopatia e discorre sobre outras
providências. Vamos falar sobre algumas atribuições privativas e não
privativas, tal como deveres do farmacêutico homeopata contidos nessa
resolução.
A resolução se inicia enfatizando que é um dever do
farmacêutico homeopata atuar com respeito às
especificidades da ciência homeopática. Isso confirma
a importância da formação específica para a atuação
nessa área.
O farmacêutico homeopata tem a responsabilidade de zelar pela
qualidade dos medicamentos homeopáticos magistrais, oficinais e
outras especialidades farmacêuticas, durante as etapas de produção,
manipulação, conversação, dispensação e transporte. Essa qualidade
também se refere aos parâmetros físico-químicos e microbiológicos de
produtos reembalados, reconstituídos, diluídos, adicionados, misturados
ou, de alguma maneira, manuseados posteriormente à sua dispensação
ou comercialização. Ele também é responsável por atividades de
ministério e atividades desenvolvidas por terceiros (segundo as suas
autonomias profissionais), definindo, aplicando e supervisionando
procedimentos operacionais e farmacotécnicos do processo de
manipulação homeopática.
Conheça as atividades privativas e não privativas do farmacêutico
homeopata:
Atividades privativas
São atividades privativas do farmacêutico homeopata: realizar o
assessoramento e a responsabilidade técnica na indústria
farmacêutica, nas farmácias comunitária e magistral, no serviço
público e privado, onde são desenvolvidas atividades
relacionadas à homeopatia; a manipulação e a dispensação de
medicamentos homeopáticos; e a elaboração de laudos técnicos
e a realização de perícias técnico-legais relacionadas a
estabelecimentos, serviços e produtos homeopáticos.
Atividades não privativas
São atividades não privativas do farmacêutico homeopata:
participar do desenvolvimento de sistemas de informação,
farmacovigilância, estudos de utilização e elaboração de bancos
de dados de medicamentos homeopáticos, insumos, órgãos e
tecidos animais, animais, matérias-primas, plantas medicinais e
outros produtos utilizados na terapêutica homeopática.
Supervisionar e elaborar normas e procedimentos relativos à
recepção, estocagem, guarda, conservação e controle dos
estoques de insumos farmacêuticos, insumos ativos
homeopáticos e dos medicamentos homeopáticos, em
obediência aos preceitos dasBoas Práticas de Armazenamento.
Atenção farmacêutica em
homeopatia
A atenção farmacêutica em homeopatia ocorre sobretudo no momento
da dispensação.
A dispensação de medicamentos é uma ação complexa que envolve a
entrega de medicamentos, a oferta de informações acerca dos cuidados
necessários para a correta utilização, a avaliação da segurança e da
efetividade do tratamento, o seguimento e a avaliação da utilização e a
educação permanente da equipe da saúde, do paciente e da
comunidade para promover o uso racional de medicamentos.
Para que esse processo seja executado adequadamente, o farmacêutico
deve obter informações sobre o paciente, como a idade, o sexo, a
existência de tratamentos concomitantes, se existem comorbidades ou
algum tipo de vício, qual seu grau de compreensão sobre o tratamento
homeopático, como é a sua alimentação e demais questões relativas à
qualidade de vida. Essas informações são relevantes para o
cumprimento da atenção farmacêutica integral, constituída por
elementos técnicos e humanísticos que se associam em prol da
melhora do paciente.
Como exemplos de questões específicas relacionadas ao paciente,
podemos citar:
 Exemplo 1
Uma criança diabética não pode fazer uso de
medicamentos homeopáticos na forma
farmacêutica glóbulos, devido à sua composição de
sacarose.
 Exemplo 2
O hábito de ingerir certas substâncias, como café,
chá ou álcool pode tornar o tratamento
homeopático impraticável.
Além desses exemplos, é importante salientar que a obtenção de
informações sobre o paciente pode contribuir para o aprimoramento do
tratamento homeopático nos momentos em que há necessidade de
realizar contato com o prescritor. Esse contato pode ocorrer para sanar
dúvidas sobre a terapia, realizar a sugestão de soluções técnicas e
prover informações sobre medicamentos homeopáticos.
Em geral, os cuidados em saúde ainda são amplamente baseados na
medicina alopática, sobretudo no Ocidente. Consequentemente, para
realizar o tratamento homeopático de maneira adequada, uma série de
crenças e hábitos devem ser desconstruídos nos pacientes.
Atenção!
A automedicação é uma prática que também deve ser amplamente
discutida na homeopatia, pois, assim como no tratamento alopático, ela
não é isenta de riscos. O medicamento homeopático tem ação
farmacológica ao estimular os mecanismos de defesa do organismo e
por isso é preciso desmistificar que ele não tenha potencial para causar
danos à saúde.
Muitas drogas utilizadas em homeopatia são tóxicas, pois é dessa
maneira que elas desencadeiam patogenesias com sintomas
suficientemente evidentes e peculiares. Assim, alguns cuidados devem
ser tomados pelo prescritor de medicamentos homeopáticos originados
de drogas heroicas, assim como pelo farmacêutico responsável pelo
 Exemplo 3
Medicamentos homeopáticos não devem ser
utilizados de maneira concomitante com
medicamentos alopáticos.
 Exemplo 4
Alguns pacientes podem apresentar reações
alérgicas em contato com alguns veículos
utilizados em medicamentos homeopáticos, como
o álcool e a lactose.
acompanhamento. Sua concentração de ingredientes ativos não pode
oferecer riscos à saúde do paciente e, para isso, eles só podem ser
prescritos em potências mais elevadas. Medicamentos como o
Codeinum, o Morphinum e o Opium são considerados medicamentos de
controle especial e só podem ser prescritos e aviados em consonância à
portaria 344/98.
Serviços farmacêuticos em homeopatia
Os serviços clínicos farmacêuticos representam a materialização do
cuidado do farmacêutico com o paciente. Além do tratamento alopático,
esses serviços também podem ser organizados e estruturados no
âmbito da terapêutica homeopática. Essas ações contribuem para o
cuidado integral à saúde a partir da execução de atividades voltadas
para o uso de medicamentos homeopáticos, contribuindo para o seu
acesso equitativo e o seu uso racional.
São serviços voltados para a identificação, prevenção e resolução de
problemas relacionados ao uso de medicamentos homeopáticos. Esses
serviços incluem:
A conciliação de medicamentos.
A revisão da farmacoterapia.
O acompanhamento terapêutico.
A gestão da condição de saúde.
Além disso, o farmacêutico homeopata também pode realizar os
serviços de educação em saúde, manejo de problemas de saúde
autolimitados e dispensação de medicamentos homeopáticos, bem
como procedimentos que incluem a verificação ou monitoramento de
parâmetros clínicos, a realização de pequenos curativos, a organização
dos medicamentos do paciente, entre outros.
Vários desses serviços podem ser providos a partir da consulta
farmacêutica, que é realizada por meio de um encontro com o paciente.
Nela o farmacêutico identifica necessidades e carências do paciente e
realiza procedimentos (de acordo com as qualidades do serviço de
saúde ao qual aquele farmacêutico está inserido). O principal objetivo
da consulta é contribuir para a obtenção dos melhores resultados
possíveis a partir da terapia homeopática, além de proporcionar o uso
racional de medicamentos. Ela também tem como meta a promoção,
proteção e recuperação da saúde e prevenção de doenças e de outras
condições de saúde.
O farmacêutico homeopata deve prestar orientações acerca da correta
utilização dos medicamentos homeopáticos, contribuindo para a cura
de enfermidades leves e evitando a ocorrência de enfermidades graves
– em conformidade com a filosofia homeopática e à luz da lei dos
semelhantes.
O sucesso do tratamento homeopático depende da
compreensão do paciente sobre o processo, incluindo
a sua capacidade de observação da ação do
medicamento prescrito e de possíveis alterações da
sua condição de saúde.
Dessa maneira, a homeopatia exige um empoderamento por parte do
paciente. O farmacêutico deve orientá-lo que, segundo a filosofia
homeopática, alguns quadros podem passar pelo agravamento dos
sintomas, períodos de eliminação ou retorno dos sintomas antigos.
A assistência farmacêutica em
homeopatia
Veja questões relacionadas à assistência farmacêutica no âmbito da
homeopatia.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(NC-UFPR – SES-PR – Farmacêutico – 2009 – Adaptada) Sobre a
abrangência da “assistência farmacêutica”, considere as seguintes
afirmativas:
1. Considera-se a assistência farmacêutica um conjunto de ações
desenvolvidas pelo farmacêutico e outros profissionais de saúde,
voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, apenas no
nível individual.
2. A assistência farmacêutica propõe o medicamento como insumo
essencial, visando ao acesso da população a ele e seu uso racional.
3. A assistência farmacêutica envolve a pesquisa, o
desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos,
alimentos, cosméticos e bebidas; a comercialização, programação,
aquisição, prescrição e dispensação; a garantia da qualidade dos
produtos e a elaboração de normas e leis.
4. Realiza o acompanhamento e avaliação do uso de
medicamentos, na perspectiva da obtenção de resultados
concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.
Assinale a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa C está correta.
A assistência farmacêutica é composta por ações orientadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde, individual e coletiva,
tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu
acesso e ao seu uso racional. Essas atividades incluem a pesquisa,
o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, a
seleção, a programação, a aquisição, a distribuição, a dispensação
e a garantia da qualidade dos produtos e serviços. A utilização
demanda um processo de avaliação e acompanhamento, em busca
A Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
B Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
C Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
D Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
E Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
do alcance de resultados pautados por metas e da melhoria da
qualidade devida da população.
Questão 2
(INAZ do Pará – CRF-PE – Farmacêutico Fiscal – 2018) O
farmacêutico homeopata já realizava o processo assistencial, na
farmácia homeopática, antes mesmo do conceito de atenção
farmacêutica ser aplicado, na prática, devido às próprias
características que essa terapêutica apresenta. Entretanto, o
conceito de atenção farmacêutica evoluiu e requer, também, novas
posturas do farmacêutico homeopata, principalmente em sua
relação com o paciente, necessitando ainda de sistematização e
documentação, mantendo a colaboração com a equipe de saúde.
Qual alternativa abaixo apresenta a legislação que estabelece as
atribuições do farmacêutico na homeopatia?
Parabéns! A alternativa D está correta.
Essa resolução dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no
âmbito da homeopatia, especificando as atribuições do profissional;
as normas sobre a produção magistral; sobre a produção industrial;
sobre a comercialização de medicamentos homeopáticos
industrializados isentos de prescrição ou não; as atribuições do
farmacêutico homeopata na atuação junto ao paciente, à família e à
A Resolução CFF nº 640, de 27 de abril de 2017.
B Resolução CFF nº 539, de 22 de outubro de 2010.
C Resolução CFF nº 509, de 29 de julho de 2009.
D Resolução CFF nº 635, de 14 de dezembro de 2016.
E Resolução CFF nº 578, de 26 de julho de 2013.
comunidade; a documentação e as atribuições do farmacêutico
homeopata no ensino e na pesquisa.
2 - Serviços farmacêuticos aplicados à homeopatia
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os serviços farmacêuticos e suas
aplicações no âmbito da homeopatia.
Conciliação, revisão e
acompanhamento
farmacoterapêutico
Conciliação de medicamentos
A conciliação de medicamentos é o serviço pelo qual o farmacêutico
elabora uma lista com todos os medicamentos homeopáticos
(contendo nome ou formulação, dinamização, forma farmacêutica, via
de administração, frequência de uso e duração do tratamento) que o
paciente está utilizando e realiza a comparação com informações do
prontuário, da prescrição, do paciente, de cuidadores, entre outras, com
o objetivo de identificar diferenças. Esse serviço é especialmente útil
quando o paciente entra em uma internação ou recebe alta hospitalar, e
o farmacêutico verifica quais medicamentos entraram, saíram ou estão
faltando na sua prescrição.
O principal objetivo da conciliação é prevenir erros do processo de
medicação, os quais muitas vezes são decorrentes de discrepâncias da
prescrição (duplicação de medicamentos ou exclusão indevida),
contribuindo para evitar danos que podem ocorrer no processo.
Comentário
O termo reconciliação muitas vezes é usado como sinônimo de
conciliação a fim de descrever esse mesmo serviço. Porém, a RDC n°
13/2013 da Anvisa, que dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de
Produtos Tradicionais Fitoterápicos, traz o termo reconciliação com o
significado de “um procedimento que tem como objetivo fazer uma
comparação nas diferentes etapas de produção de um lote de produto,
entre a quantidade real de produção e a quantidade teórica
estabelecida”. Dessa maneira, recomenda-se que esse termo seja
utilizado com cautela.
O esquema a seguir ilustra o processo de conciliação medicamentosa
de acordo com a transição para diferentes níveis de cuidado em saúde.
Observe:
Conciliação medicamentosa de acordo com a transição para diferentes níveis de cuidado em
saúde.
Agora, veja o que pode ser realizado no processo de conciliação
medicamentosa entre os níveis de cuidados em saúde:
Casa
Nesse momento é importante colher informação sobre a terapia
homeopática por meio de: entrevista com o paciente ou a família, lista
de medicamentos/medicamentos em uso, banco de dados do sistema
de saúde e prontuários anteriores.
Internação hospitalar
As ações anteriores garantem a possibilidade de obter uma melhor
história da terapia medicamentosa em homeopatia. Na internação é
necessário documentar informações sobre medicamentos prescritos,
bem como nas transferências internas, até a decisão de alta.
Casa
Para a última etapa da transição, é preciso elaborar uma melhor decisão
sobre a terapia homeopática no plano de alta, com as seguintes
informações: prescrições de alta conciliadas, resumo da alta do médico
e horários de uso dos medicamentos.
A homeopatia é usualmente prescrita quando o paciente necessita de
cuidados primários em saúde. Por isso, o serviço de conciliação de
medicamentos homeopáticos é pouco realizado, porém ele pode ser
importante nas situações em que o paciente se encontra em utilização
do medicamento homeopático; suspende o uso quando entra em um
nível superior de cuidado (unidades de pronto atendimento ou
hospitais); e deve retornar aos cuidados homeopáticos após o processo
de alta. Nessa situação, o farmacêutico deve avaliar se algum
medicamento foi esquecido ou suspenso de maneira inadequada.
Revisão da farmacoterapia
A revisão da farmacoterapia é um serviço no qual o farmacêutico realiza
uma avaliação estruturada e crítica sobre os medicamentos utilizados
pelo paciente. Seu principal objetivo é reduzir a ocorrência de problemas
relacionados à terapia homeopática, contribuindo para a melhoria na
adesão ao tratamento e dos resultados a serem alcançados, assim
como a diminuição do desperdício de recursos.
Exemplo
Alguns problemas relacionados à terapia com medicamentos
homeopáticos são: efeitos adversos, problemas de adesão, erros de
doses, necessidade de acompanhamento ou de terapia adicional, assim
como o alto custo do tratamento. A revisão da farmacoterapia é um
serviço e não deve ser confundida com o ato do profissional se informar
quanto aos medicamentos ou às ações relacionadas à revisão do
registro de medicamentos e das possibilidades quanto à prescrição de
medicamentos disponíveis no mercado.
Existem várias maneiras de executar esse serviço, que geram diferentes
impactos na saúde do paciente. Essa escolha será definida a partir de
condições específicas do caso, como:
Complexidade do estado clínico do paciente.
Acesso do paciente às informações.
Como o profissional é inserido na equipe multiprofissional.
A infraestrutura do local de atendimento, entre outras.
A revisão da farmacoterapia pode ser conduzida apenas com as
informações retiradas da prescrição de medicamentos, sem que ocorra
contato direto com o paciente. No ambiente hospitalar, essa prática é
chamada de análise farmacêutica da prescrição. Porém, quando é
realizada com foco na adesão, exige contato com o paciente, a fim de
verificar o seu grau de compreensão sobre o tratamento, sua rotina de
uso de medicamentos, entre outras informações.
Na revisão clínica da farmacoterapia, é possível conduzir uma avaliação
mais profunda sobre os medicamentos e as condições de saúde, na
qual o farmacêutico também deve avaliar questões associadas à
escolha terapêutica, exames laboratoriais, segurança e efetividade dos
tratamentos.
O farmacêutico homeopata é o profissional mais capacitado para
realizar a orientação do paciente quanto à utilização correta dos
medicamentos homeopáticos, contribuindo para a cura de enfermidades
leves e prevenindo ou evitando o desenvolvimento de enfermidades
graves, sempre em consonância com a lei dos semelhantes.
Atenção!
Não está no escopo de atuação do farmacêutico realizar o diagnóstico
de doenças ou alterar a prescrição do médico homeopata. Sua atuação
deve ter o enfoque no acompanhamento do monitoramento e na
monitorização da adesão, objetivando a redução dos problemas
relacionados à terapia homeopática. Em muitos casos, a falta de adesão
pode estar relacionada a dificuldades para a compreensão das
informações passadas pelo prescritor ao paciente e, por isso, o
farmacêutico deve se certificar sobre a completa compreensão do
paciente a respeito do seu tratamento.
Acompanhamento terapêutico
O acompanhamento terapêutico é um serviço pelo qual o farmacêutico
realiza a gestão da terapia com medicamentos homeopáticos.Essa
gestão consiste na avaliação das condições de saúde, dos fatores de
risco e do tratamento do paciente e na formulação de intervenções
gerenciais, educacionais e do acompanhamento, que buscam a
resolução dos problemas encontrados. Seu propósito é a prevenção e a
resolução de problemas da terapia com medicamentos homeopáticos,
visando à obtenção dos melhores resultados clínicos, à redução dos
riscos e à cooperação para melhorar a eficiência e a qualidade da
atenção à saúde. Esse serviço também inclui atividades de prevenção e
proteção da saúde.
O processo do acompanhamento terapêutico é conduzido durante
vários encontros do farmacêutico com o paciente.
Durante a condução do processo de cuidado, o
profissional deve identificar problemas relacionados a
medicamentos e resultados negativos da terapia com
medicamentos homeopáticos, investigando as suas
causas, realizando intervenções e documentando as
etapas do processo a fim de resolver e prevenir os
problemas encontrados.
A maior característica que distingue esse serviço dos demais é o
seguimento do cuidado em saúde por meio da condução de diversas
consultas com o paciente.
Vale a pena relembrarmos o conceito de problema relacionado a
medicamento (PRM). O PRM é qualquer evento indesejável oriundo da
terapia com medicamentos, que esteja relacionado com o uso de
medicamentos, ou que se tenha a suspeita, interferindo ou que tenha
potencial para interferir no processo de evolução terapêutica
considerado eficaz.
Os problemas relacionados com medicamentos (PRM), segundo
consenso de Granada (Comitê de Consenso, 2002), são classificados
em três tipos:
Necessidade
PRM 1: o paciente apresenta um problema de saúde por não
utilizar o medicamento de que necessita.
PRM 2: o paciente apresenta um problema de saúde por utilizar
um medicamento de que não necessita.
Efetividade
PRM 3: o paciente apresenta um problema de saúde por uma
inefetividade não quantitativa do medicamento.
PRM 4: o paciente apresenta um problema de saúde por uma
inefetividade quantitativa do medicamento.
Segurança
PRM 5: o paciente apresenta um problema de saúde por uma
insegurança não quantitativa de um medicamento.
PRM 6: o paciente apresenta um problema de saúde por uma
insegurança quantitativa de um medicamento.
É comum que o farmacêutico homeopata perceba a existência de PRM
na terapia com medicamentos homeopáticos e também no uso de
medicamentos alopáticos (muitas vezes medicamentos de uso contínuo
como anti-hipertensivos, anticoncepcionais, suplementos vitamínicos,
chás, entre outros). Nesse contexto, o cuidado farmacêutico em
homeopatia deve ponderar sobre os aspectos gerais do uso de
medicamentos alopáticos e as peculiaridades da homeopatia. Assim, o
farmacêutico homeopata deve acompanhar o tratamento levando em
conta as Leis de Cura de Hering, supressão, agravação, patogenesia, a
queixa principal do paciente, a integralidade do paciente, o seu estado
geral e a sua qualidade de vida.
Assim como no tratamento alopático, o tratamento homeopático exige a
construção de uma relação de confiança entre o farmacêutico
(responsável pela manipulação e dispensação dos medicamentos,
prestando orientação sobre a sua correta utilização) e o paciente
(responsável pelo desenvolvimento do autoconhecimento, permitindo
uma correta compreensão sobre si mesmo). A troca de informações
será primordial para a obtenção do sucesso na terapia.
Gestão da condição de saúde e
educação em saúde
Gestão da condição de saúde
A gestão da condição de saúde é o serviço pelo qual o farmacêutico
homeopata efetua o gerenciamento de uma condição de saúde ou de
um fator de risco. Em alguns casos, esse serviço também pode ser
denominado como programa de gestão da doença, processo definido
pela Disease Management Association of America (2019) como “um
sistema de intervenções e comunicações coordenadas de cuidados em
saúde, para pessoas com determinadas afecções, em que esforços de
autocuidado do paciente são significativos”.
Esse processo é executado por meio de intervenções gerenciais,
educacionais e no cuidado, com propósito de alcançar resultados
clínicos satisfatórios, diminuir riscos e contribuir para o aumento da
eficiência e da qualidade da atenção.
Seu principal objetivo é a garantia do seguimento de
diretrizes clínicas das doenças mais prevalentes na
população.
A natureza desses programas geralmente é interprofissional, incluindo
médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, entre outros
profissionais da saúde. Vejamos alguns aspectos essenciais sobre esse
processo:
A gestão da condição de saúde, como serviço clínico
farmacêutico, normalmente é orientada para o acompanhamento
de uma doença ou condição específica (como diabetes mellitus,
hipertensão, dislipidemia, asma, insuficiência cardíaca, entre
outras). Ela busca oferecer ao paciente os meios necessários
para aumentar o seu conhecimento necessário para o
autocuidado, em um contexto multiprofissional. No contexto da
homeopatia, destaca-se a importância da oferta de informações
para o paciente sobre a terapia, sobretudo a respeito da sua
filosofia e dos seus mecanismos.
A característica mais importante desse serviço é o enfoque em
uma condição de saúde e nos seus respectivos tratamentos. Por
outro lado, no acompanhamento da farmacoterapia, os
processos são orientados para o gerenciamento da utilização de
todos os medicamentos.
O sucesso da execução desse serviço também depende da
existência de protocolos clínicos ou acordos de colaboração
com o médico. No caso da homeopatia, que carece de
protocolos clínicos terapêuticos, utiliza-se as matérias médicas e
a farmacopeia homeopática. Os acordos de colaboração com o
médico permitem a ampliação da autonomia do farmacêutico
homeopata para iniciar, ajustar, modificar ou suspender
medicamentos durante o acompanhamento com o paciente.
Finalidade 
Característica 
Resultado 
Educação em saúde
A educação em saúde é um serviço composto por diferentes práticas
educativas que utilizam o saber popular e o científico para aumentar o
conhecimento e aprimorar habilidades e atitudes sobre os problemas de
saúde e seus tratamentos. Essa atividade também envolve ações de
mobilização popular para o compromisso com a cidadania.
Seu principal objetivo é fornecer autonomia para o
paciente e garantir o comprometimento de todos
(pacientes, profissionais, gestores e cuidadores) para
promover a saúde, prevenir e controlar doenças e
melhorar a qualidade de vida.
O processo de educação não pode ser realizado por meio da imposição
de saberes transmitidos de maneira vertical. O processo de educação
em saúde não pode ser compreendido como somente um processo de
transferência de informações – pelo contrário, ele deve envolver a
transformação de saberes e práticas existentes. O conceito de
educação também está relacionado ao desenvolvimento da
responsabilidade e da autonomia dos pacientes quanto à tomada de
decisões a respeito da sua saúde e da saúde da sua comunidade.
Comentário
A prática da educação em saúde está prevista na Lei nº 13.021/2014, na
qual fica definido que a farmácia deve prover orientação sanitária
individual e coletiva. O farmacêutico pode conduzir essas ações por
diversas maneiras: realizando aconselhamento sobre mudanças de
hábitos de vida (como cessação do tabagismo), criando atividades
educativas para promover a adesão ao tratamento ou o descarte correto
dos medicamentos, demonstrando a importância do tratamento e
informando sobre doenças, fatores de risco e condições de saúde.
São instrumentos úteis para esse fim:
O uso de tabelas para facilitar a visualização do horário adequado
para usar os medicamentos homeopáticos.
Caixas organizadoras de medicamentos que auxiliam na adesão.
Etiquetas ou rótulos com informações escritas ou visuais
(pictogramas) – sobretudo quando o paciente ou o cuidador não
sabem ler.
Demonstração da técnica de administração das diferentes formas
farmacêuticasutilizadas em homeopatia ou aparelhos para
monitoramento de parâmetros da saúde (como o glicosímetro).
Criação de folders, panfletos, cartazes, vídeos, entre outros meios
para educar sobre a correta condução da terapêutica homeopata.
Manejo de problema de saúde
autolimitado e dispensação
Manejo de problema de saúde autolimitado
O manejo de problema de saúde autolimitado é um serviço no qual o
farmacêutico homeopata recebe a queixa do paciente sobre um
problema de saúde autolimitado, faz a identificação da necessidade de
saúde e decide qual ação de cuidado farmacêutico deve ser realizada.
As ações de cuidado incluem a realização da prescrição de
medicamentos homeopáticos isentos de prescrição médica, a
orientação quanto a medidas de mudanças de hábitos ou efetuação do
encaminhamento do paciente para outro profissional ou serviço de
saúde.
Você sabe o que é um problema de saúde autolimitado?
Resposta
Trata-se de sintomas agudos, de baixa gravidade e curto período de
duração, os quais no geral não se desenvolvem para outros transtornos
ou doenças. Eles podem ser tratados com o uso de medicamentos
industrializados e preparações magistrais (alopáticos ou dinamizados),
plantas medicinais, drogas vegetais e/ou medidas não farmacológicas.
Os medicamentos homeopáticos isentos de prescrição médica são
aqueles que têm concentração de substância ativa equivalente às doses
máximas farmacologicamente estabelecidas. Assim, o farmacêutico só
deve efetuar a prescrição de medicamentos homeopáticos de baixa
potência, utilizados para o tratamento de patologias menores.
O manejo de sintomas menores acontece com grande frequência e faz
parte do autocuidado em saúde. Ações de autocuidado incluem a
prática de ações básicas de higiene, alimentação saudável, atividades
físicas e uso de medicamentos.
Muitos pacientes realizam a automedicação baseada
em influência de pessoas próximas ou conteúdos de
mídia. Essa prática pode ser arriscada quando feita
sem a assistência necessária, resultando no insucesso
do manejo da queixa ou no desenvolvimento de outros
problemas de saúde.
Esse risco justifica a oferta desse serviço de saúde pelo farmacêutico
homeopata, que possui conhecimento sobre a fisiopatologia de doenças
e da filosofia homeopática em geral, que o auxiliam na tomada de
decisão sobre a prescrição do medicamento homeopático mais
adequado para tratar aquela condição. O farmacêutico deve conduzir
um acompanhamento do paciente a fim de verificar a resolução da
queixa.
Dispensação
A dispensação é um serviço realizado de acordo com a prescrição de
um profissional habilitado para aquela função (geralmente médicos,
médicos veterinários e dentistas). O procedimento se inicia com a
avalição sobre a conformidade da prescrição (em relação às normativas
vigentes e ao entendimento do paciente sobre a sua terapia), a
execução de intervenções, a entrega dos medicamentos e a instrução
sobre o seu uso adequado e seguro, os objetivos terapêuticos, a
conservação dos medicamentos e o seu descarte.
Essa ação tem como objetivo a garantia da segurança do
paciente e o uso racional de medicamentos.
Trata-se de um ato exclusivo do farmacêutico, pois ele é o profissional
que possui conhecimentos específicos para propiciar o acesso ao
medicamento e o seu uso adequado. Dessa maneira, antes de executar
a entrega dos medicamentos, o farmacêutico deve examinar a
prescrição sob o ponto de vista técnico e legal e entrar em contato ou
intervir junto ao prescritor quando for necessário.
A dispensação de medicamentos homeopáticos deve ser executada
pelo farmacêutico com formação clínica e especialização nessa área do
cuidado. Assim, o profissional poderá realizar uma avaliação crítica
sobre a prescrição, relacionando os medicamentos prescritos com as
condições de saúde, avaliando a possibilidade de realização de uma
intervenção junto ao médico frente à ausência de determinados
medicamentos e considerando outros fatores que podem contribuir para
o resultado do tratamento e a segurança do paciente.
Orientações para a dispensação de medicamentos
homeopáticos
Confira as orientações importantes a serem oferecidas pelo
farmacêutico no momento da dispensação:
Horário prescrito
O medicamento deve ser tomado na hora e da maneira como o
prescritor indicar. Mudanças no estado clínico do paciente
devem ser comunicadas ao médico, pois podem gerar
mudanças na terapia homeopática.
Dúvidas
Caso tenha dúvidas sobre o tratamento, o paciente deve
procurar imediatamente auxílio profissional. Ele não deve
esperar até a data da próxima consulta. Primeiro, ele deve
tentar contactar o seu médico, e caso tenha insucesso, ele
deve procurar o farmacêutico homeopata.
Pós dispensação
Após a dispensação do seu medicamento, o paciente deve
sempre conferir o rótulo do medicamento. As principais
informações a serem confirmadas são o seu nome completo e
as datas de fabricação e validade.
Medicamentos líquidos
Medicamentos líquidos devem ser gotejados na boca, porém
alguns podem ser diluídos em uma colher de chá de água. Não
se indica a diluição em volumes maiores, pois o medicamento
poderá ser absorvido além da primeira porção do esôfago.
Medicamentos sólidos
Medicamentos sólidos – como glóbulos, tabletes, comprimidos
e pós – devem ser dissolvidos na boca. Eles não devem entrar
em contato com as mãos devido à possibilidade de
contaminação do produto. Nesses casos, o farmacêutico deve
sugerir que o paciente utilize a tampa.
Uso da medicação
Os medicamentos devem ser tomados em horários distantes
das refeições, respeitando o intervalo mínimo de 30 minutos
antes ou depois. Eles também não devem ser utilizados
próximo à higiene bucal e, nesse caso, eles devem ser
ingeridos 10 minutos antes ou 30 minutos após.
Dose única
Caso o medicamento seja uma administração em dose única,
ele deve ser ingerido em jejum ou ao deitar-se, conforme as
orientações do prescritor.
Cheiro forte
Substâncias com cheiro forte, como mentol, cânfora, Gelol,
Vick e iodetos podem inibir a ação do medicamento e por isso
não podem ser utilizadas de maneira concomitante.
Armazenamento
Os medicamentos homeopáticos devem ser guardados ao
abrigo de cheiros fortes, excesso de luz, calor, umidade e
aparelhos que emitam radiações (eletrônicos, como televisão,
geladeira, celulares, computadores, entre outros). Eles não
devem ser guardados em cômodos como o banheiro ou a
cozinha devido ao excesso de umidade. Dessa maneira, eles
devem ser mantidos em uma caixa exclusiva, em um local
fresco, seco e que não pegue sol.
Cuidados com crianças e animais
Todo tipo de medicamento, seja homeopático ou alopático,
deve ser mantido fora do alcance de crianças e animais.
Automedicação
Os medicamentos não podem ser recomendados para outras
pessoas que não passaram por uma consulta homeopática,
pois sua utilização exige conhecimentos específicos para
identificação do medicamento correto segundo a lei dos
semelhantes. Assim, também não é recomendado que o
paciente realize a automedicação.
Que tal compreender detalhadamente a aplicação dos serviços
farmacêuticos no âmbito da homeopatia? Vamos lá!
Serviços farmacêuticos em
homeopatia
Veja como se dá a aplicação dos serviços farmacêuticos no âmbito da
homeopatia.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Comissão de Residência Multiprofissional da Universidade Federal
de Sergipe – COREMU UFSE – UFS – Residência em Farmácia –
Saúde da Família – 2020 – Adaptada) Avalie as afirmações a
seguir:
I- Conciliação de medicamentos é um serviço que tem como
objetivo prevenir erros de medicação resultantes de discrepâncias
da prescrição, como duplicidades ou omissões de medicamentos,
principalmente quando o paciente transita pelos diferentes níveis de
atenção ou por distintos serviços de saúde, dessa forma evitando
danos desnecessários.
II- A revisão da farmacoterapia pode ser centrada apenas nas
informaçõesda prescrição de medicamentos, sem
necessariamente haver contato direto com o paciente, o que, no
contexto hospitalar, é denominado análise farmacêutica da
prescrição.
III- O acompanhamento terapêutico é o serviço no qual o
farmacêutico avalia o tratamento do paciente com o objetivo único
de resolver problemas da terapia com medicamentos
homeopáticos.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A conciliação de medicamentos é um serviço importante para
garantir que nenhum medicamento será duplicado ou esquecido. A
revisão da farmacoterapia pode ser conduzida apenas com as
informações retiradas da prescrição de medicamentos, sem que
ocorra contato direto com o paciente. No acompanhamento
terapêutico, o farmacêutico avalia as condições de saúde do
A Somente os itens I e II são verdadeiros.
B Somente os itens I e III são verdadeiros.
C Somente os itens II e III são verdadeiros.
D Somente o item II é verdadeiro.
E Somente o item III é verdadeiro.
paciente e outras informações pertinentes a fim de prevenir e
resolver problemas relacionados à terapia com medicamentos
homeopáticos.
Questão 2
(Instituto Americano de Desenvolvimento – IADES - SES-DF –
Residência em Atenção em Oncologia – Farmácia – 2020 –
Adaptada). A homeopatia é uma ciência terapêutica que tem base
na lei natural de cura Similia similibus curantur (os semelhantes
curados pelos semelhantes), enunciada por Hipócrates, e tem mais
de 200 anos de idade. Procura tratar pacientes com substâncias
altamente diluídas que são administradas por via oral.
A respeito do exposto, julgue os itens a seguir:
I. Os medicamentos homeopáticos devem ser ingeridos junto com
as refeições.
II. Se o paciente for ingeri-los próximo à escovação dos dentes,
deverá fazê-lo 10 minutos antes ou 30 minutos depois da
higienização bucal.
III. Medicamentos administrados em dose única devem ser
ingeridos em jejum ou ao deitar-se.
Estão corretas as alternativas:
Parabéns! A alternativa D está correta.
A I.
B III.
C I e III.
D I e II.
E II e III.
Os medicamentos homeopáticos não devem ser administrados
próximo ao horário das refeições. A administração do medicamento
homeopático deve ser realizada 30 minutos antes ou após a
alimentação. Quanto à higiene bucal, recomenda-se que o
medicamento homeopático seja administrado 10 minutos antes da
escovação dental ou 30 minutos depois. Medicamentos de uma só
administração, conhecidos como dose única, devem ser
administrados em jejum ou após se deitar, a fim de minimizar
possíveis interações com outros medicamentos ou alimentos.
Considerações �nais
Vimos a importância do farmacêutico homeopata na condução de
ações de assistência e atenção farmacêutica voltados para a
terapêutica homeopática. Para isso, é importante considerar todas as
especificidades relativas ao medicamento homeopático – o que exige
conhecimentos sobre a filosofia e a farmacotécnica homeopática.
As ações de assistência são regulamentadas por legislações
específicas da homeopatia – que incluem as normas sobre oferta de
formação para farmacêuticos homeopatas, normas para o registro de
medicamentos homeopáticos, atribuições clínicas do farmacêutico
homeopata, normatização sobre bulas e rótulos de medicamentos
homeopáticos, entre outras.
As ações de atenção são voltadas, sobretudo, para o processo de
dispensação, no qual o farmacêutico deve entregar o medicamento e
realizar a orientação sobre a utilização. A atenção farmacêutica em
homeopatia também é executada por meio dos serviços clínicos
farmacêuticos, em que esse profissional pode executar o
acompanhamento farmacoterapêutico, a conciliação medicamentosa, a
educação em saúde, entre outros serviços.
Podcast

Para encerrar, ouça um resumo do conteúdo, destacando a importância
dos cuidados farmacêuticos direcionados a usuários de medicamentos
homeopáticos.
Explore +
Procure o artigo O processo de atenção farmacêutica em homeopatia,
de De La Cruz, 2022, para compreender mais sobre outras questões
relativas aos processos de cuidado em homeopatia.
Referências
AMCP. Disease management. Publicado em: 18 jul. 2019. Consultado na
Internet em: 04 jul. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de práticas integrativas e
complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso. Brasília, DF:
2015, p. 96.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instrução Normativa – IN nº 26, de 25 de
julho de 2018. Dispõe sobre os limites de potência para registro e
notificação de medicamentos dinamizados. Anexo I − Tabela de
potências para registro e notificação de medicamentos dinamizados.
Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2018. Publicado em: 27 jul. 2018.
Consultado na Internet em: 04 maio 2022.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 440, de 22 de
setembro de 2005. Consultado na Internet em: 04 maio 2022.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 576, de 28 de junho
de 2013. Dá nova redação ao artigo 1º da Resolução/CFF n° 440/05, que
dispõe sobre as prerrogativas para o exercício da responsabilidade
técnica em homeopatia. Consultado na Internet em: 04 maio 2022.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 635, de 14 de
dezembro de 2016. Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no
âmbito da homeopatia e dá outras providências. 14 dez. 2016a. Brasília,
DF: Diário Oficial da União. Publicado em: 19 dez. 2016. Consultado na
Internet em: 04 maio 2022.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Serviços farmacêuticos
diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade:
contextualização e arcabouço conceitual. Brasília: Conselho Federal de
Farmácia, 2016b.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Homeopatia. 3. ed. CRF-SP: 2019. Consultado na Internet em: 04 maio
2022.
CORRER, C. J. et al. Classificação de problemas relacionados com
medicamentos (PRM) – segundo consenso de Granada (Comité de
Consenso, 2002). Riscos de problemas relacionados com
medicamentos em pacientes de uma instituição geriátrica. Revista
Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v. 43, n. 1, p. 56, jan/mar. 2007.
DE LA CRUZ, M. G. F. O processo de atenção farmacêutica em
homeopatia. Infarma-Ciências Farmacêuticas, v. 14, n. 11/12, p. 30–36,
2002.
FONTES, O. L. Farmácia homeopática: teoria e prática. Barueri-SP:
Manole, 2005.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
– RENAME. Brasília, DF: Ministério da Saúde. Publicado em: 03 fev.
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NELLY, M. et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio
de Janeiro: OPAS/OMS, 2003.
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