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e-Tec Brasil49
Aula 9 – Áreas de conservação 
X áreas de preservação
As áreas de conservação e as áreas de preservação surgem da 
necessidade de manter os ecossistemas, a fauna, a flora e outros 
recursos naturais, visando à proteção ambiental. Mas há dife-
rença nessas áreas? Para que serve cada uma dessas modalida-
des? É o que será abordado nesta aula.
Antes de tratar sobre cada uma dessas áreas, é importante entender a dife-
rença entre dois conceitos muito utilizados na área ambiental, e diretamen-
te associados ao desenvolvimento sustentável: preservação e conservação.
Figura 9.1: Parque Nacional da Chapada Diamantina – Bahia – Brasil.
Fonte: Domínio Público/Wikimedia Commons.
9.1 Conceituação de 
conservação e preservação
A Lei n. 9.985/2000 que, entre outros, institui o Sistema Nacional de Uni-
dades de Conservação da Natureza (SNUC), apresenta as definições em seu 
artigo 2.º. De modo geral, tem-se os seguintes significados:
•	 Conservação: o manejo do uso humano da natureza, para que possa 
produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais e futuras 
gerações, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral.
•	 Preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visam 
à proteção em longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas e manu-
tenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas 
naturais (BRASIL, 2000).
Esses conceitos têm significados distintos, nesse sentido, pode-se dizer que o 
termo conservação implica uso racional de um recurso qualquer, garantindo 
a sustentabilidade do meio ambiente explorado. Já preservação apresenta 
um sentido mais restrito, significando a ação de apenas proteger um ecos-
sistema ou recurso natural de dano ou degradação, ou seja, não utilizá-lo 
(PORTAL EDUCAÇÃO, 2013).
Agora que já é de conhecimento diferenciar esses termos, entenda o que são 
as áreas de conservação e preservação.
9.2 Áreas de conservação
No ano de 2000, visando à proteção dos ambientes do patrimônio natural 
e cultural do Brasil, foi criada a Lei Nacional n. 9.985, que permite ao poder 
público (União, estados e municípios) criar Unidades de Conservação (UC). 
Tais áreas têm por objetivo principal a proteção ambiental, em função das 
características naturais relevantes e a necessidade de proteção e conservação 
de seus ecossistemas.
As unidades de conservação são espaços geralmente formados por áreas 
contínuas, institucionalizados com o objetivo de preservar e conservar a flo-
ra, a fauna, os recursos hídricos, as características geológicas, culturais, as 
belezas naturais, recuperar ecossistemas degradados, promover o desenvol-
vimento sustentável, entre outros fatores que contribuem para a preservação 
ambiental (FRANSCISCO, 2013).
A criação dessas unidades de conservação é de fundamental importância 
para a proteção dos ecossistemas, sendo que as unidades de conservação 
ambiental são classificadas de acordo com suas características e objetivos, e 
divididas em dois grupos principais, os quais se subdividem em categorias 
conforme o uso permitido:
Projetos Ambientaise-Tec Brasil 50
•	 Unidades de proteção integral: tem por objetivo básico preservar a 
natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos natu-
rais, com normas e regras mais restritivas. Compõe esse grupo Estação 
ecológica; Reserva biológica; Parque; Monumento Natural; e Refúgio de 
Vida Silvestre.
•	 Unidades de uso sustentável: visa a conciliar a conservação da natu-
reza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Fazem 
parte: APA – Área de Proteção Ambiental; Área de Relevante Interesse 
Ecológico; Floresta; Reserva Extrativista; Reserva de Fauna; Reserva de 
Desenvolvimento Sustentável; e Reserva Particular do Patrimônio Natural.
9.3 Áreas de preservação
As áreas de preservação, conforme visto, são destinadas a proteger os recur-
sos naturais, os ecossistemas, a fauna, a flora, entre outros. Nesse sentido, é 
importante conhecer o conceito de Áreas de Preservação Permanente (APP). 
Essas áreas são reguladas pela Lei Federal n. 12.651, de 25 de maio de 2012, 
que dispõe sobre o novo código florestal.
Mas o que são as APPs?
As APP são áreas protegidas por lei, cobertas ou não por vegetação nativa, 
cuja função ambiental é preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabi-
lidade geológica e a biodiversidade, além de facilitar o fluxo gênico de fauna 
e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
Algumas das áreas consideradas como APP, em zonas rurais ou urbanas, são:
a) As faixas marginais de qualquer curso de água natural perene e intermi-
tente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em 
largura mínima definida pela Lei;
b) As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura 
mínima definida para zonas urbanas e rurais;
c) As áreas no entorno dos reservatórios de água artificiais, decorrentes de 
barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa defini-
da na licença ambiental do empreendimento; 
d) As áreas no entorno das nascentes e dos olhos de água perenes, qualquer 
que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
Para saber mais sobre as 
categorias de Unidades de 
Conservação da Natureza, leia 
na íntegra a Lei Nacional n. 
9.985/2000 em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9985.htm>.
e-Tec BrasilAula 9 – Áreas de conservação X áreas de preservação 51
e) As encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente 
a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
f) As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
g) Os manguezais, em toda a sua extensão;
h) As áreas em altitude superior a 1800 (mil e oitocentos) metros, qualquer 
que seja a vegetação.
A vegetação existente nas Áreas de Preservação Permanente deverá ser 
mantida pelo proprietário e/ou possuidor da área, sendo a intervenção ou 
supressão da vegetação nativa autorizada somente em casos de utilidade 
pública, interesse social ou de baixo impacto ambiental conforme previsto 
no novo código.
Além das Áreas de Preservação Permanente há ainda a reserva legal, área 
de mata nativa existente dentro de uma propriedade ou posse rural com a 
função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos 
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos 
ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo 
e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa (Lei n. 12.651/2012, Art 3.º, 
Inciso III), que não pode ser desmatada.
Resumo
Nesta aula você aprendeu sobre a diferença entre os termos conservação e 
preservação, e também sobre as áreas de conservação e preservação am-
biental e sua importância para garantir o equilíbrio e proteção ambiental dos 
ecossistemas e recursos naturais. Em suma, as unidades de conservação são 
regidas pela Lei n. 9.985/2000 e as áreas de preservação estão submetidas ao 
novo código florestal, Lei n. 12.651/2012.
Atividades de aprendizagem
•	 Como visto na aula de hoje, muitas são as categorias de unidades de 
conservação. Você conhece alguma unidade de conservação? Em qual 
categoria se encaixa? Qual o seu principal objetivo? Caso não conheça, 
pesquisa sobre alguma e responda a essas questões.
Para saber mais sobre as áreas 
de preservação permanente 
(APP) e sobre outras áreas que 
podem ser consideradas de 
preservação permanente acesse 
o novo Código Florestal em: 
<http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/
Lei/L12651.htm>.
Projetos Ambientaise-Tec Brasil 52

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