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COMO LIDAR COM A
DESOBEDIÊNCIA E
REBELDIA
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4 V E J A C O M O F U N C I O N A O C I C L O P A R A G A N H A R A
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3 I N T R O D U Ç Ã O
8 C O M O D E S P E R T A R N A S C R I A N Ç A S O S E N S O D E
C O L A B O R A Ç Ã O 
13 R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
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Introdução
Costumamos ouvir e até nós mesmos já falamos que “ as crianças de
antigamente eram mais obedientes”.
“Antigamente bastava o pai olhar que a criança já obedecia!”, a pergunta que
devemos nos fazer é: Porque as crianças de hoje não obedecem como as
crianças de antigamente? Você tem alguma sugestão do porque que as
crianças de hoje não são obedientes como as crianças de antigamente? 
Primeiramente é interessante observar que houve uma mudança em nós
enquanto sociedade, nas posições que as mulheres e os homens ocupam
hoje. Antigamente havia mais exemplos de submissão e obediência para as
crianças. 
Antigamente as mulheres eram obedientes aos seus maridos e os homens
eram obedientes e submissos aos seus chefes. Não questionavam e não
havia espaço para sugerir nada, pois o patrão não estava interessado na
opinião do funcionário. 
As mulheres, em sua maioria submissas, não tinham espaço para opinar e
não havia diálogo entre o casal, pois havia uma cultura muito forte de que o
homem deveria tomar as decisões mais importantes.
Se olharmos para a relação que nossos avós e pais tiveram podemos ver
esse estilo de relação. Então, antigamente as crianças tinham muito mais
exemplos de submissão e obediência do que as crianças atualmente. 
 
Hoje as relações mudaram, estão horizontais (de igual para igual). Há diálogo,
explicação, pedidos e interesse, há espaço para a construção de uma relação
igualitária. Hoje o marido e a mulher andam juntos, ambos trabalham,
contribuem nas finanças da casa e decidem o que é melhor pra família. 
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No seu trabalho, você provavelmente tem uma relação respeitosa e às vezes
até amigável com seus líderes ou chefe, há espaço para conversar, sugerir,
reclamar, etc. E as crianças acompanharam essa evolução e estão seguindo
exemplos que veem ao redor. 
Portanto também querem ser tratadas com dignidade e respeito. E nós pais
(de hoje em dia) acabamos abrindo diálogo e dando espaço para a criança
sugerir, reclamar, conversar, argumentar, discutir e questionar. 
As crianças experimentam a oportunidade de se expressarem, falarem sobre
o que não está bom ou desconfortável. Crianças são tratadas como cidadãos
que dispõe de direitos e deveres, não apenas como adultos em miniaturas. 
A grande questão é que os adultos talvez não estejam preparados para lidar
com alguém que está sob a sua responsabilidade, mas não está sob o seu
controle. Porque criar e educar exige habilidades de persuadir, convencer,
gerar interesse, ganhar cooperação e essas habilidades não foram
aprendidas pela maioria dos adultos, porque são frutos de uma educação
baseada em chantagens, gritos, ameaças, medo e obediência cega, eram
essas as habilidades que seus pais tinham e baseada nelas, eles fizeram o
melhor que puderam. 
VEJA COMO FUNCIONA O CICLO PARA GANHAR A OBEDIÊNCIA
Existe um ciclo para ganhar a obediência dos filhos, que sempre começa
com uma ordem. Algo que a criança precisa executar no tempo e do jeito
que o adulto determina e acha certo. 
Às vezes, pode acontecer grito seguido de “Estou mandando!”. Ameaças
como “Se você não fizer isso você não terá aquilo.” Castigos como “Vai para
o seu quarto pensar no que fez e vai ficar sem TV!”. Agressões físicas e
verbais também fazem parte do ciclo para ganhar a obediência a qualquer
custo.
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Os adultos costumam esquecer que estão dentro de uma relação e que essa
relação está sendo construída. Imagine qualquer outra relação sua, pode ser
de amigo, esposo(a), até mesmo com seus pais, hoje com você já adulto, se
questione se você manteria uma relação ou convívio com alguém que lhe
trate assim. 
Vale a pena agir e tratar a relação e a criança dessa forma para ganhar a
obediência? Silenciando, oprimindo, matando a independência, a autonomia
e a autoconfiança da criança? Você está disposta a pagar esse preço?
O ciclo para ganhar obediência é estressante e pode ser emocionalmente
exaustivo e desgastante para todos os envolvidos, pois a relação pode
passar a se estabelecer a partir de chantagens e ameaças.
Obviamente pode ser frustrante quando os adultos não alcançam o objetivo
desejado em relação às crianças, por isso é interessante que os pais
observem o que a desobediência dos filhos lhes desperta.
Se pararmos para observar nosso próprio comportamento e sentimentos
diante da desobediência dos filhos podemos encontrar boas respostas. Por
exemplo, muitos pais podem se sentir com o ego ferido. Porque a
desobediência daquela criança ameaça sua autoridade. 
Alguns pais não gostam de serem questionados e podem se sentir ofendidos
diante da criança que não mede as palavras para expressar seus sentimentos
ou insatisfação. Quando a criança diz “-eu não gosto mais de você”, “-eu te
odeio”, “-eu vou embora dessa casa”, “-você não me ama” os pais podem se
sentir magoados.
Há pais e mães que podem se sentir humilhados quando acontece alguma
situação de mau comportamento ou desobediência na frente de outras
pessoas, e ele não se sente capaz de mostrar que a última palavra vem dele,
pois nessa situação, a maioria dos pais agem sob pressão movidos pelo 
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desejo de mostrar que a criança está sob o seu controle.
Nós, enquanto adultos responsáveis pelas crianças, precisamos entender
que fomos nós que abrimos esse espaço para uma relação horizontal e de
respeito, e que fomos nós que começamos a questionar essas antigas
formas de lidar com os filhos, avaliar essas maneiras de se relacionar.
Portanto, nós também precisamos reavaliar o que nós esperamos das
crianças nessa nova construção.
É justamente essa obediência cega que muitas vezes nós esperamos e
exigimos das crianças que precisamos quebrar na vida adulta para construir
relacionamentos respeitosos e saudáveis. Aliás, já reparou que
DESOBEDIÊNCIA é uma palavra atribuída somente às crianças? Você já
ouviu alguém dizer que o marido está sendo desobediente? Esposa, tio, avô
ou mãe? A desobediência é uma característica atribuída somente à infância,
porque é somente das crianças que nós exigimos e esperamos obediência.
Só que ser desobediente significa não acatar regras e não aceitar comandos,
e eu mais uma vez te pergunto, quantos adultos você conhece que são
desobedientes nesse contexto? Que não aceitam regras e nem comandos?
Com certeza você conhece alguém no seu trabalho, faculdade ou igreja que
até mesmo se considera um desobediente. 
No adulto nós trocamos a palavra desobediência e usamos palavras como
difícil, opinioso, corajoso, que sabe se posicionar, que vai lá e reclama parao
chefe quando se sente insatisfeito ou desrespeitado. Geralmente não
consideramos o adulto como desobediente, mas sim como alguém que está
lutando pelo que acredita, pelo bem estar dele e por respeito.
Se uma mulher aceita um relacionamento abusivo, onde ela não é ouvida,
respeitada, vive sob chantagem e agressão verbal, ela não é obediente por
isso, ela é “submissa”. 
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Se um homem ou uma mulher aceita um chefe abusivo, autoritário, que não
o respeita, enquanto pessoa, enquanto profissional, ele não é tachado um
funcionário obediente, ele é um funcionário “submisso” e tachado até como
um funcionário medroso, que aceita tudo que o chefe impõe para não
perder o emprego. 
Assim é colocada a obediência na vida adulta. Quando uma pessoa é
cegamente obediente a outra, o que ela está fazendo? 
● Sendo submissa;
● Abrindo mão da sua vontade, dos seus desejos, das suas necessidades;
● Abrindo mão da sua opinião, dos seus pensamentos, das suas ideias.
E é por isso que buscamos a obediência das crianças, por que nós não
aceitamos ainda a ideia de que elas tem vontades, desejos, pensamentos,
opiniões e necessidades diferentes das nossas.
Antes de exigirmos uma obediência cega das crianças precisamos refletir a
que preço nós estamos querendo isso e alinhar as expectativas. Por
exemplo, você quer uma criança que saia da frente da TV quando você
mandar ou que ela saia da frente da TV quando o tempo que vocês
estabeleceram acabar? 
Se você quer uma criança que saia da TV quando você mandar, você é a
ferramenta dela para determinar o tempo, lembrá-la a hora de sair da TV
quando o tempo de tela finalizar. 
Se o seu objetivo é uma criança que tenha autonomia de sair da tela quando
o tempo combinado acabar, você quer uma criança que sente com você e
converse, que desenvolva capacidade de governar a si mesmo e
responsabilidade para cumprir o acordo que vocês fizeram. 
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Aqui você tem uma criança que vai conversar, questionar, negociar e pode
ser colocada como uma criança desobediente, mas o que você está fazendo
dessa desobediência? Você está ensinando habilidades de vida? Está
ensinando como lidar com regras e limites ou só silenciando?
Nós estamos falando de ganhar a colaboração dos filhos e de fazê-los sentir
e perceber a importância do papel deles dentro de casa. Fazer algo que
tenha sentido e não somente fazer por que alguém está mandando.
COMO DESPERTAR NAS CRIANÇAS O SENSO DE COLABORAÇÃO 
Rudolf Dreikurs dizia que “Uma criança mal comportada é uma criança
desencorajada”. Portanto, para conquistar a cooperação de uma criança é
preciso encorajá-la. Uma estratégia interessante é a escuta ativa, por
exemplo, antes de mandar ou exigir comece ouvindo o que a criança tem
para dizer.
Quando você ouve, você consegue entender qual o pensamento dela,
porque aquela tarefa não é importante pra ela e porque se comportar bem
naquele lugar não é algo relevante para ela. Você consegue notar o que não
está claro pra ela ainda. 
Ao invés de apenas ordenar, convide a criança ao questionamento, por
exemplo: 
“-Você sabe porque nós precisamos lavar a louça?”
“-Você sabe porque é importante não correr na igreja?” 
“-Porque é importante pra gente comer na mesa?”
Talvez a criança passe uma ideia totalmente diferente daquilo que você
acredita ou talvez você perceba que sua mensagem não está sendo clara,
porque se só demandamos ordens, só obrigamos, talvez não estejamos
passando para a criança a essência da importância daquela tarefa ou ação. 
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Talvez você fique com raiva quando ouvir respostas que não gostaria, porém
procure levar para um lado de análise e não para o pessoal, isso ajudará a
evitar pensamentos de castigos e punições pelo fato da criança ter aquele
pensamento. 
Abra mão do controle e busque conexão com sua criança. É muito cansativo
controlar as crianças, quando você se coloca numa posição de que seu filho
depende do seu controle para fazer as coisas certas e se comportar bem, é
extremamente exaustivo, tanto para você quanto pra ele. 
Estabeleça conexão através de palavras e gestos. Conexão é criar
proximidade e confiança e não distanciamento e hostilidade. Frases como:
“-Eu estou vendo que você está com raiva, ajuda se eu te dar um abraço?”; “-Eu
sei que você queria muito ir brincar na casa da sua amiguinha, mas hoje a
resposta é não”.
A necessidade básica de toda criança e todo ser humano segundo Rudolf
Dreikurs é se sentir aceita e pertencente. Quando a criança está em um
ambiente onde tudo que ela faz é errado e reprimido, ela não se sente aceita
e pertencente naquele grupo ou família. 
Busque maneiras de se conectar com seu filho e deixar claro para ele que é
aceito e que pertence a essa família. Através de brincadeiras, conversas,
chamando-o para cooperar com as atividades de casa perto de você, como
lavar as louças que é possível que uma pessoa lave e a outra seque. Criando
um tempo de qualidade para passarem juntos, experimentando as
brincadeiras que a criança gosta de fazer. Tudo isso são maneiras de se
conectar com seu filho. 
Depois de ouvir seu filho, diga a ele como você se sente e o que a incomoda,
por exemplo: 
“-Eu estou preocupada porque você não está se comportando na escola”; 
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“-Eu me sinto envergonhada quando nós vamos a casa de algum conhecido e
você não ouve minhas orientações.”
“Eu me sinto sobrecarregada porque eu preciso organizar toda a casa e ainda seu
quarto e seus brinquedos.”
“Eu me sinto chateada por ter que estar lembrando você de sair da tv e encontrar
outras brincadeiras.”
“E nós precisamos encontrar uma solução, o que você sugere? Como podemos
resolver?”
Ao recolher ideias e soluções você pode fazer as famosas perguntas curiosas
para convidar as crianças a encontrar soluções junto com você. E aqui você
pode também comunicar para a criança como você vai reagir caso aquele
acordo não seja cumprido, até vocês encontrarem outra solução. 
Use e abuse de acordos, por exemplo: se vocês combinaram juntos que o
tempo de TV é de 1 hora, você pode colocar o despertador para tocar ou
avisar a criança quando o tempo acabar. Caso ela não desligue, combine
com ela que você vai desligar a TV e vocês podem tentar outro acordo numa
próxima conversa, ou ela pode tentar desligar a TV no tempo que vocês
combinaram em uma próxima vez. 
É importante lembrar que não é só desligar a TV na cara da criança, existe
uma conversa prévia, um acordo de ambas as partes e um comunicado do
que você vai fazer, tudo isso é feito de uma forma respeitosa, porque a
criança foi ouvida, validada e teve opinião levada em consideração.
No momento de desligar a TV, você pode dizer: 
“- Eu estou cumprindo nosso acordo, e nós podemos conversar de novo quando
você estiver mais calmo, ou você pode tentar amanhã de novo cumprir nosso
combinado”. 
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Procure deixar claro que aquela regra dentro da casa é importante, portanto
ela precisa ser cumprida, e todos precisam colaborar para isso, adultos e
crianças são importantes no processo de decidir e cumprir. 
Você consegue perceber que tudo isso pode ser feito de maneira respeitosa.
Sem humilhar, gritar e principalmente, sem bater na criança? 
Uma ótima maneira de fazer as crianças compreenderem regras e limites é
falando numa linguagem que elas entendam, por exemplo através de
historinhas. Há livros que abordam esse tema na linguagem infantil
adequada. 
É interessante você fazer uma autoavaliação se as suas atitudes estão sendo
respeitosas consigo mesma, com as pessoas que estão ao seu redor e com o
ambiente que você está inserida. 
Muitas regras e limites do dia a dia precisam ser respeitados, a criança tem
capacidade para entender e é função do adulto acreditar nessa capacidade
de entendimento da criança e utilizar linguagem de fácil absorção e
adequada a idade e capacidade que a criança tem de cumprir.
Dizer para a criança o que ela pode esperar de cada ambiente e fazer o
acompanhamento com dignidade e respeito também é uma forma de
acreditar na capacidade da criança de entender o que se espera dela.
Algumas vezes fazemos uma mudança brusca de ambiente sem explicar ou
conversar com a criança sobre como é aquele ambiente e o que ela pode
esperar dele. Isso gera estresse e a criança pode ficar confusa e
consequentemente mais agitada.
Utilize diálogos explicativos e com perguntas, pois ainda que para você,
enquanto adulto, pareça óbvio para a criança pode não ser. Por exemplo: 
“- Olha, nós vamos para um restaurante, me diga o que você gosta de comer
quando você vai no restaurante?” 
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“- É certo correr pelo restaurante? É certo jogar a comida no chão?”
 
E caso a criança concorde que tudo isso é aceitável, você pode aproveitar a
oportunidade para ensinar a ela o que é certo e aceitável dentro da realidade
de vocês. Utilizar frases pequenas como “- Comida é para comer” também são
mais fáceis para a criança entender.
Para crianças pequenas é preciso mais paciência e atenção com o que se
pode esperar dela de acordo com a idade. Se a criança ainda não consegue
agir da maneira que você espera, ofereça escolhas: “- Você quer sentar
quietinha na mesa e comer sua comida ou sentar comigo no carro por um
tempo”? 
Conforme foi dito anteriormente, quando você comunica para a criança
antecipadamente sobre o que espera dela e sobre o que ela pode esperar de
determinado ambiente, é uma forma de enviar uma mensagem para a
criança que você acredita na capacidade dela e também de fazer um
combinado respeitoso. Agindo assim você está sendo gentil e firme ao
mesmo tempo.
Nós enquanto pais e responsáveis, precisamos encontrar qual limite, qual
ocasião a criança consegue praticar sua autonomia e independência. Ele
pode exercer autonomia fazendo escolhas limitadas, testando as próprias
decisões, errando e aprendendo com os erros. 
Não subestime o aprendizado do erro e não espere que tudo dê certo o
tempo inteiro, que o primeiro acordo dê certo, a primeira conversa resolva.
Para Jane Nelsen, os erros são ótimas oportunidades de aprendizado. 
Deixar que a criança experimente a consequência de suas escolhas, ainda
que erradas, é uma forma dela entender que a autonomia é construída na
prática através de erros e acertos.
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Construir autonomia e independência requer esforço diário. Muitas vezes
você utiliza métodos punitivos todos os dias, como gritos e castigos sem
saber ao menos para onde essas atitudes estão levando a relação entre você
e a criança. 
Lembre-se sempre “a repetição é a mãe do aprendizado”, quando
ensinamos para a criança que é necessário se acalmar antes de agir, buscar
soluções, respeitar a si mesmo e aos outros, é aquilo que ela está
aprendendo. 
Procure ter em mente que a desobediência e a rebeldia podem ser também
uma busca por autonomia e independência. Ajude a criança dando
contornos com limites, delimitando um espaço seguro que ela possa ter
atitudes autônomas. Por fim confie no processo.
Referências Bibliográficas:
NELSEN, J. Disciplina Positiva: o guia clássico para pais e professores que
desejam ajudar as crianças a desenvolver autodisciplina, responsabilidade,
cooperação e habilidades para resolver problemas. 3.ª ed. São Paulo: Manole
editora, 2015.
NELSEN, J. LOOT, L. Ensinando habilidades para criar os filhos no modelo da
Disciplina Positiva: Uma abordagem passo-a-passo para iniciar e liderar
cursos para pais. 7º edição. Brasil: Disciplina Positiva Brasil.
Siegel, Daniel J. O cérebro da criança: 12 estratégias revolucionárias para
nutrir a mente em desenvolvimento do seu filho e ajudar sua família a
prosperar / Daniel J Siegel, Tina Payne Bryson; tradução Cássia Zanon. - SP:
nVersos, 2016.
OLIVEIRA, Thaís Thomé Seni S. e; CALDANA, Regina Helena Lima. Educar é
punir?: Concepções e práticas educativas de pais agressores.
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