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TEMA 2 Introdução às Teorias e Técnicas Psicoterápicas MÓDULO 2 Processo psicoterapêutico Manejo clínico Relação terapêutica Processo psicoterapêutico Vínculo terapêutico O vínculo terapêutico destaca-se no processo psicoterapêutico, pois ele está diretamente relacionado aos efeitos que as intervenções realizadas pelo psicólogo terão sobre o tratamento do paciente. Processo psicoterapêutico Vínculo terapêutico Se você for mal recebido ou tiver uma experiência ruim, a probabilidade de você retornar àquele atendimento ou até mesmo ouvir o que aquele profissional tem a dizer, vai ser muito mais difícil. Quando você se identifica com o profissional, quando ele é sensível às suas queixas, trata você com respeito, lhe acolhe, a experiência pode ser muito mais positiva. Processo psicoterapêutico Vínculo terapêutico Laço entre psicólogo e paciente que perpassa todo o processo de psicoterapia. Enquanto o paciente estiver em tratamento, é importante continuar alimentando um bom vínculo, e nós, como psicólogos, devemos manter isso sempre em mente. Processo psicoterapêutico Ambiente acolhedor o psicólogo deve pensar não só no seu comportamento diante do paciente, como mencionamos anteriormente, mas também deve se preocupar com o ambiente físico que oferece. um lugar confortável para sentar, se a temperatura da sala está adequada – nem muito fria nem muito quente –, se há água e banheiro disponíveis, se o lugar é à prova de sons ou ruídos. Manejo clínico Transferência e contratransferência O psicoterapeuta deve se apresentar de maneira verdadeira e genuína ao seu paciente, demonstrar empatia e sensibilidade e demonstrar empenho em desenvolver um trabalho sério. Podemos considerar que a relação terapêutica é composta pelas seguintes manifestações: Transferência É entendida pela correspondência de percepções, pensamentos e reações emocionais do paciente. Contratransferência É entendida pela correspondência de percepções, pensamentos e reações emocionais do terapeuta. Manejo clínico Transferência e contratransferência Na psicanálise, recomenda-se a neutralidade. Nesse sentido, como psicoterapeuta, deve-se evitar a intimidade e o compartilhamento de informações de cunho pessoal e privado. É importante sempre se concentrar no que o paciente tem a trazer e compartilhar, e não o inverso Manejo clínico Abordagem psicanalítica Para o bom manejo da transferência e da contratransferência, é preciso manter a atenção flutuante e deve-se evitar intervenções, pois você mudará o curso do discurso do paciente e impedirá o processo da associação livre. A transferência é de um conteúdo inconsciente. Manejo clínico Abordagem psicanalítica A função transferencial refere-se à ligação do paciente com o analista. A transferência é necessária para que o tratamento se inicie. Enquanto o paciente não estabelecer essa relação, as interpretações realizadas pelo analista não serão ouvidas pelo paciente, por isso o analista intervém apenas depois do estabelecimento da transferência. A transferência parte do paciente e o analista a maneja. Manejo clínico Abordagem psicanalítica Existem dois tipos de transferência: a transferência positiva, que é a transferência de sentimentos amistosos ou afetuosos, e a transferência negativa, que transfere sentimentos hostis. Relação terapêutica Abordagem cognitivista Na TCC, a contratransferência não é entendida como um elemento que recupera conteúdos inconscientes do terapeuta, como nas abordagens psicodinâmicas, pois, nesse caso, a relação terapêutica é tida como fundamental para a implementação das técnicas cognitivo- comportamentais que serão implementadas e, portanto, não é considerada o foco principal do trabalho psicoterápico. Relação terapêutica Abordagem cognitivista Compreende-se que a contratransferência também deve ser considerada uma técnica que, assim como outras, deve ser estudada, aprendida e observada em todas as sessões de terapia, na medida em que seu manejo influenciará diretamente no curso do tratamento. Em diversos momentos durante a sessão, o paciente pode trazer conteúdos que despertam pensamentos, emoções e sentimentos no terapeuta. Relação terapêutica Abordagem cognitivista As reações do terapeuta poderão se dar de diferentes maneiras, a depender do diagnóstico do paciente, conforme esses exemplos: ✓ Espera-se que pacientes com transtornos alimentares despertem emoções e sentimentos como raiva, ódio, desesperança, pena, tristeza e amor por parte de seus terapeutas. ✓ Constatou-se em pacientes com transtornos alimentares que tinham diagnóstico de anorexia nervosa e outros transtornos alimentares não especificados, despertavam reações terapêuticas ressentidas, desengajadas, inadequadas, excessivamente envolvidas e sobrecarregadas. Relação terapêutica Abordagem cognitivista As reações do terapeuta poderão se dar de diferentes maneiras, a depender do diagnóstico do paciente, conforme esses exemplos: ✓ Os pacientes com bulimia nervosa evocam sentimentos de desorganização e sentimentos de proteção positivos por parte dos terapeutas. ✓ Alguns pacientes depressivos despertam nos terapeutas uma atitude positiva que pode se modificar e entrar em conflito com sentimento de insegurança e inadequação. ✓ Pacientes com ideação suicida podem despertar sentimentos de desesperança no terapeuta. Relação terapêutica Abordagem cognitivista Na visão de autores mais contemporâneos, a contratransferência pode ser entendida como um processo desencadeado e construído em conjunto, ou seja, por paciente e terapeuta. Esse posicionamento mais atual parece ser compatível com as pesquisas com relação às diferentes reações dos terapeutas quando confrontados com um diagnóstico específico. Relação terapêutica Abordagem cognitivista Os pacientes iniciam a terapia com expectativas relacionais negativas que podem ser maximizadas pelas reações terapêuticas negativas. Essas questões devem ser enfrentadas pelo terapeuta como uma parte inerente do processo psicoterápico e cabe a ele manejar de forma adequada para um bom andamento do tratamento. Slide 1 Slide 2: Processo psicoterapêutico Vínculo terapêutico Slide 3: Processo psicoterapêutico Vínculo terapêutico Slide 4: Processo psicoterapêutico Vínculo terapêutico Slide 5: Processo psicoterapêutico Ambiente acolhedor Slide 6: Manejo clínico Transferência e contratransferência Slide 7: Manejo clínico Transferência e contratransferência Slide 8: Manejo clínico Abordagem psicanalítica Slide 9: Manejo clínico Abordagem psicanalítica Slide 10 Slide 11: Manejo clínico Abordagem psicanalítica Slide 12: Relação terapêutica Abordagem cognitivista Slide 13: Relação terapêutica Abordagem cognitivista Slide 14: Relação terapêutica Abordagem cognitivista Slide 15: Relação terapêutica Abordagem cognitivista Slide 16: Relação terapêutica Abordagem cognitivista Slide 17: Relação terapêutica Abordagem cognitivista Slide 18
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