Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Thainá Akimi Nakagawa - 45066 Curso: Fisioterapia Profª: Valquíria de Souza Djehizian Linha do tempo da história da saúde pública desde o Brasil Colônia até 2024 O filme ”História da saúde pública no Brasil, um século de luta pelo direito a saúde ” relata a trajetória das políticas de saúde em nosso país, evidenciando sua interseção com a história política brasileira, ressaltando os mecanismos que foram desenvolvidos para sua aplicação, desde as Caixas de Aposentadoria e Pensões até a instauração do SUS. O documentário cativa o espectador pela linguagem acessível e pela pesquisa minuciosa, utilizando os meios de comunicação pertinentes de cada época, como jornais, rádio, TV e, mais recentemente, a internet, contextualizando os 100 anos de luta pelo direito à saúde através da análise de momentos emblemáticos da história da construção dos modelos de atenção à saúde no Brasil. Historicamente, no século XVI, houve a chegada dos portugueses no Brasil. Sendo visto como um paraíso tropical, pela sua grandiosidade das paisagens e riqueza de alimentos, quanto mais tempo passavam, mais a sua visão foi logo sendo substituída. No próximo século, sua colônia se via com poucas chances de sobrevivência, onde os colonizadores brancos e os escravos adoeciam e não possuía nenhum médico no país, devido ao medo das condições degradantes e os baixos salários. Ao invés de recorrer aos médicos na Europa, a população colonial preferia utilizar os remédios recomendados pelos curandeiros que obtinham conhecimento de terapias de cura e ervas medicinais. Desde o início do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro, já contava com uma vacina para conter o avanço da varíola. Criada pelo médico inglês Edward Jenner. Tendo alta aceitação no mundo ocidental como a melhor estratégia para impedir a ocorrência de epidemias da doença. Os doentes nutriam um grande temor de serem admitidos nos escassos hospitais públicos e nas Santas Casas. Nas enfermarias desses locais, misturavam-se pacientes de diversas condições, sendo comum que dois ou mais doentes compartilhassem o mesmo leito. E é claro que esse tipo de atendimento, aliado à carência de higiene nos hospitais, levava as famílias a evitar a internação de seus entes queridos, visto que a morte era o destino quase inevitável para a maioria dos pacientes desfavorecidos. Por volta de 1890 e 1900, o Rio de Janeiro e as principais cidades brasileiras continuaram a ser assombradas pela varíola, febre amarela e ainda peste bubônica, febre tifoide e cólera, que mataram milhares de pessoas. A partir desta situação calamitosa, os médicos higienistas, sendo um deles Oswaldo Cruz, receberam incentivos do governo federal, passando a ocupar cargos importantes na administração pública. Em troca, assumiram o compromisso de estabelecer estratégias para o saneamento das áreas indicadas pelos políticos. Os principais propósitos da atuação desses profissionais de medicina incluíam a inspeção sanitária dos moradores urbanos, a correção dos cursos dos rios que ocasionavam inundações, o escoamento dos terrenos alagadiços, a erradicação dos focos de ratos e insetos transmissores de enfermidades, e a reestruturação urbana das metrópoles. Além disso, deveriam disseminar os princípios fundamentais de higiene e estabelecer a obrigação de quarentena para os indivíduos afetados por doenças infecciosas e para os pacientes considerados ameaças à sociedade. Iniciava-se então a era da internação compulsória dos afetados por doenças contagiosas e dos enfermos mentais. Em 1923, com a proposição da lei pelo deputado Elói Chaves, que estabelece as Caixas subsidiadas, levando o Estado a intervir diretamente na prestação de assistência médica à população. Essa foi a primeira vez que o Estado interveio para instituir um mecanismo destinado a assegurar algum tipo de amparo ao trabalhador. Entretanto, com as CAPS, a distribuição desse direito era desigual. Mais adiante, foi implementado o projeto governamental que substitui as CAPs pelos IAPs, numa tentativa de unificar a classe trabalhadora. Getúlio instituiu o Ministério do Trabalho em 1937 e estabeleceu um sistema previdenciário para os trabalhadores marítimos, com a retenção de uma parcela mínima dos salários para a aposentadoria. No entanto, aqueles que não conseguiam quitar essa contribuição não tinham direito ao benefício. No entanto, desviava recursos da previdência para investir na industrialização, na promoção da exportação da borracha e em pesquisas sobre novas doenças identificadas naquela época. O governo financiou a iniciativa privada para criar hospitais atendendo aos trabalhadores inscritos na previdência social, estendendo a assistência médica aos trabalhadores rurais. No entanto, surgiram preocupações com a negligência do governo em relação à saúde pública, levando a movimentos populares nas periferias em busca de uma assistência mais eficiente. A crise do sistema previdenciário na década de 1980 resultou em mudanças, culminando na constitucionalização do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990, que oferece assistência médica como um direito e envolve a participação popular na administração através de conselhos. Apesar dos desafios, o SUS se tornou a principal ferramenta de saúde do país, proporcionando uma ampla gama de serviços à população.
Compartilhar