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Instrumentação e Deontologia Biomédica Instrumentação Biomédica Aplicada às Análises Clínicas – Diagnóstico hematológico, bioquímico e sorológico Profa. Dra. Cristiane M Leite • Unidade de Ensino: 4 • Competência da Unidade: estudar e conhecer a instrumentação biomédica aplicada às análises clínicas, conhecendo os instrumentos, equipamentos e métodos de diagnóstico utilizados na prática biomédica. • Resumo: Metodologias laboratoriais de diagnóstico hematológico; Metodologias laboratoriais de diagnóstico sorológico; Metodologias laboratoriais de diagnóstico bioquímico; Metodologias laboratoriais de diagnóstico parasitológico; Metodologias laboratoriais de diagnóstico microbiológico; Metodologias laboratoriais de urinálise; Potencial hidrogeniônico (pH): conceitos; Sistemas tampão e métodos para avaliação do estado ácido-base no organismo. • Palavras-chave: hemograma, hematócrito, glicemia, ensaio imunoenzimático, urocultura, antibiograma, pHmetro, equilíbrio ácido-base, neutralização. • Título da Teleaula: Instrumentação Biomédica Aplicada às Análises Clínicas – Diagnóstico hematológico, bioquímico e sorológico. • Teleaula nº: 4 Contextualização da teleaula • Metodologias laboratoriais de diagnóstico hematológico; • Metodologias laboratoriais de diagnóstico sorológico; • Metodologias laboratoriais de diagnóstico bioquímico; • Metodologias laboratoriais de diagnóstico parasitológico; • Metodologias laboratoriais de diagnóstico microbiológico; Contextualização da teleaula • Metodologias laboratoriais de urinálise; • Potencial hidrogeniônico (pH): conceitos; • Sistemas tampão e métodos para avaliação do estado ácido-base no organismo. Conceitos Metodologias laboratoriais de diagnóstico hematológico. • Também avalia as causas, métodos de prevenção, tratamentos e também os métodos de diagnóstico clínico e laboratorial; • Estuda: os elementos do sangue (células É a área que atua no estudo do sangue e as patologias que acometem e estão relacionadas aos elementos deste fluido corporal. HEMATOLOGIA sanguíneas), as substâncias circulantes no sangue e os órgãos relacionados com a hematopoese. É possível avaliar: 1. Contagem de hemácias e sua morfologia. HEMOGRAMA Hemácia Normal Acantócito Drepanócito Dacriócito Estomatócito Equinócito Esferócito Fonte: Adaptado de FAILACE, R. Hemograma: manual de interpretação. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. 2. Volume corpuscular médio (VCM): índice que analisa o tamanho dos eritrócitos; 3. Hemoglobina corpuscular média (HCM); 4. Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM); 5. Amplitude de distribuição eritrocitária (RDW); 6. Contagem de leucócitos. Fonte: FAILACE, R. Hemograma: manual de interpretação. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Hematócrito • Índice de proporção do sangue ocupada pelas hemácias, ou seja, o volume de eritrócitos sobre o volume total da amostra de sangue. Plasma (55%) Leucócitos e plaquetas Hemácias ou eritrócitos Elementos celulares (45%) Fonte: Adaptado de KnuteKnudsen/Wikimedia Commons. Conceitos Metodologias laboratoriais de diagnóstico bioquímico. Gama-glutamil transferase (GGT) • Marcador relacionado com doenças hepáticas, pode estar aumentado em casos de colestase, alcoolismo, icterícia obstrutiva e também devido ao uso de alguns fármacos (fanitoína, carbamazepina), além de alguns contraceptivos. • A análise deste marcador, juntamente com outros como ALT e AST, auxiliam em um diagnóstico mais preciso de doença hepática. Glicemia de jejum • Avaliação do índice glicêmico; • Técnica mais utilizada: métodos enzimáticos para hexoquinase e glicose oxidase. • Diagnóstico de diabetes mellitus. Na presença de hexoquinase, ocorre a fosforilação pelo ATP, formando glicose-6-fosfato, que sofre oxidação pelo glicose-6-fosfato desidrogenase, ocorrendo a conversão de NAD em NADH; sendo este último é mensurado em por meio da absorbância. • AST: enzima presente no fígado, cujo valores aumentados no sangue indicam lesões no fígado (principalmente lesões crônicas – hepatite e cirrose). EXAME DO ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (TGO/ AST) EXAME DA ALANINA AMINOTRANSFERASE (TGP/ ALT) • Enzima mais sensível que o AST para detecção de dano hepático; • Valores elevados em casos de, por ex., etilismo, hepatites virais, cirrose, entre outras. • Avaliação da função renal; • Testes colorimétricos enzimáticos. UREIA E CREATININA PERFIL LIPÍDICO • Testes colorimétricos enzimáticos; • dosagem de colesterol total, triglicerídeos, HDL e LDL. Conceitos Metodologias laboratoriais de diagnóstico sorológico. Metodologias para diagnóstico sorológico • Estes testes normalmente são baseados na interação antígeno-anticorpo; • Podem ser utilizados para a detecção de anticorpos específicos para um componente de um microrganismo ou até mesmo a detecção de partes de patógenos ou células tumorais (antígenos). • Muito utilizado em testes rápidos como para detecção qualitativa de antígenos ou anticorpos IgG ou IgM para diferentes agentes infecciosos como HIV e dengue. IMUNOCROMATOGRAFIA ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO (ELISA): • Detecção de antígenos ou anticorpos, utilizando reações antígeno-anticorpo e/ou reações enzimáticas para a observação dos resultados. • Detecção de proteínas específicas em uma amostra biológica; • Utiliza eletroforese para a separação proteica que são transferidas para uma membrana onde será aplicado um anticorpo específico para a detecção da proteína alvo; • A detecção pode ser por quimioluminescência, WESTERN BLOT colorimetria, utilizando materiais radioativos ou por sondas fluorescentes. • Pode utilizar uma lâmina contendo antígenos fixados em sua superfície (denominado de fase sólida), na qual se adiciona o soro do paciente, que contém anticorpos. Caso estes sejam específicos para o antígeno pesquisado, irão se ligar formando uma interação antígeno-anticorpo. Em seguida, se adiciona um anticorpo contra o soro do paciente marcado com o fluoróforo IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA para que seja avaliado em um microscópio de fluorescência. • Utilizado para o diagnóstico e também para o monitoramento do tratamento de sífilis; • O método utilizado é o de microfloculação. VDLR Resolução da SP Metodologias laboratoriais de diagnóstico parasitológico. Patrícia irá ajudar na realização de alguns exames solicitados pelo médico a uma paciente com cólica abdominal, gazes em excesso, fezes pastosas, tenesmo. A suspeita é de uma parasitose intestinal. Patrícia Fonte: Avatar Maker. Quais são os métodos de diagnóstico laboratorial que podem auxiliar nessa suspeita de parasitose intestinal? Parasitoses intestinais • Incidência diretamente relacionada com condições ambientais, higiênicas e sanitárias da população; • Diferentes tipos: amebíase, giardíase, teníase, entre outros. • Sintomas são muito semelhantes, o que dificulta diagnóstico. Necessidade de exames laboratoriais Fonte: Servier Medical Art/Wikimedia Commons; Rjgalindo/Wikimedida Commons. Técnicas parasitológicas de fezes • Muito utilizadas para diagnóstico de parasitose, uma vez que os parasitas podem ser encontrados nas fezes. 1. Método de Hoffman, Pons e Janer ou método de Lutz ou de sedimentação espontânea: • Utilizada para a pesquisa de ovos e larvas de helmintos e também cistos de protozoários. • Adicionar em um frasco: uma quantidade de fezes (± 2 g) e 5 mL de água; triturar com um bastão de vidro até a amostra ficar bem dissolvida e homogênea; • Adicionar cerca de 20 mL de água e filtrar em um cálice cônico utilizando telas específicas ou gaze cirúrgica; • Completar o cálice com água; • Deixar a suspenção no cálice repousando entre PROCEDIMENTO: 2 e 24 horas; • Se o sedimento estiver formado e o sobrenadante límpido, coletar a amostra do sedimento e colocar em uma lâmina, pode realizar umesfregaço ou fazer o uso de lamínulas; • Analisar em microscópio. 2. Método de Faust ou Centrífugo-flutuação em sulfato de zinco. • Utilizado para encontrar cistos e também alguns oocistos de protozoários, além de alguns ovos leves. PROCEDIMENTO: • Realizar a diluição de ± 10 g de fezes em 20 mL de água; • Filtrar a suspensão e transferir para um tubo; • Centrifugar; • Desprezar o sobrenadante e ressuspender o sedimento com água; • Repetir os procedimentos 3 e 4 até o sobrenadante ficar claro; • Desprezar o sobrenadante e ressuspender o sedimento em uma solução de sulfato de zinco; • Centrifugar; • Formação de uma película superficial que retém os cistos e alguns oocistos de protozoários e os ovos leves, presentes nas fezes; • Coletar esta película com o auxílio de uma alça de platina, colocando em uma lâmina, em seguida adicionar uma gota de lugol e cobrir com uma lamínula; • Analisar imediatamente em microscópio (sulfato de zinco pode deformar as formas parasitárias, em especial os cistos de protozoários). Conceitos Metodologias laboratoriais de diagnóstico microbiológico. Métodos de diagnóstico microbiológico • Detecção e identificação correta e rápida de microrganismos (bactérias, fungos, vírus). • Exemplo: urocultura, uma metodologia complementar para diagnóstico de infecções do trato urinário. A coleta da amostra deve ser realizada com muito cuidado para evitar contaminar a urina. Coleta da urina • Higienização correta da região genital; • Utilizar frasco limpo e estéril; • Normalmente, o jato de urina inicial é dispensado, fazendo a coleta do jato médio urina para a realização deste exame. Fonte: Turbotorque/Wikimedia Commons. Urocultura • Urina é homogeneizada e com uma alça calibrada (Método de Hoeprich), uma quantidade da amostra conhecida é removida, e então semeada em placas com meio de cultura pelo método de estriamento. Fonte: Fairchild air force. Urucultura • Outra metodologia para quantificar as bactérias na urina é por meio de diluições seriadas da urina, seguida da semeadura em placa contendo meio de cultura. Normalmente utiliza-se o meio CLED que permite a pesquisa de bactérias gram negativas, positivas e fungos. Ágar CLED Fonte: 1,2Nathan Reading/Wikimedia Commons. Hemocultura • Identificação de infecção sistêmica; • Utiliza-se frascos de sistema de coleta de sangue fechado, sendo importante utilizar frascos para crescimento de microrganismos aeróbicos e anaeróbicos. Cada tubo contém um meio de cultura específico! Fonte: James Heilman/Wikimedia Commons. • Os frascos são incubados à temperatura entre 35 a 37°C e observados a cada 24 horas, para avaliação do crescimento; • É importante também realizar subculturas em placas contendo ágar sangue ou chocolate, a partir das hemoculturas. • As amostras negativas devem ser mantidas pelo menos por 7 dias para evitar qualquer resultado falso-negativo, uma vez que alguns microrganismos crescem de maneira mais lenta. Ágar chocolate Ágar sangue Fonte: CDC/Wikimedia Commons; Pixinio. Antibiograma • Finalidade: avaliar a resistência dos microrganismos frente aos antimicrobianos. • Utiliza discos especiais de papel-filtro impregnados de antibiótico com concentrações conhecidas; • Os discos são colocados sobre uma placa de ágar MÉTODO DISCO DIFUSÃO Mueller Hinton previamente semeada com uma suspensão padronizada do microrganismo; • Incubação por 18 a 24 horas; • Os halos de inibição são medidos em milímetros, e os resultados são expressos em relação à suscetibilidade das bactérias como resistentes, sensíveis ou intermediárias. Fonte: Uwe Gille/Wikimedia Commons. Fonte: Stefan Walkowski/Wikimedia Commons. Resolução da SP Metodologias laboratoriais de urinálise. Patrícia irá ajudar na realização de alguns exames solicitados pelo médico a uma paciente que apresentava ardência ao urinar, necessidade de urinar, urina com odor forte e dor na região pélvica, suspeitando de infecção no trato urinário. Patrícia Fonte: Avatar Maker. Quais são os métodos de diagnóstico laboratorial que podem auxiliar nessa suspeita de infecção do trato urinário? Metodologias laboratoriais de urinálise • Visam a análise da urina. 1. Análise física da urina: • Cor • Odor • Aspecto e densidade EXAME DE URINA I 2. Análise química da urina: • pH: • Urina normal é ligeiramente ácida (pH=4,5 e 8); • Determinado com tiras reagentes com graduação em cores. Fonte: Uwe Gille/Wikimedia Commons. • Proteínas: • A fita reagente é muito sensível para a detecção de albumina, mas também pode detectar outras proteínas. Proteinúria é um indicativo de dano ou doença renal. • Glicose: • Presença de glicose na urina (glicosúria) pode estar relacionada com diabetes mellitus ou alguma alteração na absorção tubular. • Cetonas: • Importante para avaliação de diabetes mellitus (cetoacidose) ou devido ao jejum prolongado, dieta e medicamentos. • Sangue: • Hematúria é o termo referente à presença de sangue ou hemácias na urina; • Presença de hemoglobina está relacionada com hemólise no trato urinário. • Bilirrubina: presença pode estar relacionada com doença hepática. • Urobilinogênio: presença pode estar associada com algum distúrbio hepático ou hemolítico. • Nitrito: pode estar presente em quando há uma infecção no trato urinário. • Leucócitos: presentes em um processo inflamatório ou infeccioso do trato urinário. 3. Análise microscópica do sedimento: • Análise dos elementos orgânicos (células epiteliais, células tumorais, leucócitos, hemácias, cilindros, estruturas diversas) e dos elementos inorgânicos (cristais); • Etapa essencial para a detecção e avaliação de possíveis alterações do trato urinário e renal, entre outras doenças; • Para este teste, a amostra de urina é centrifugada e ressuspendida em uma quantidade pequena, com a finalidade de aumentar a concentração dos sedimentos, e em seguida realizar a análise em microscopia, utilizando lâmina ou câmara de Neubauer. Fonte: 1,2Alcibiades/Wikimedia Commons. Conceitos Potencial hidrogeniônico (pH): conceitos. Ácido e Base de Arrenhius • Ácido: substância que quando dissolvida em água libera íons hidrogênio (H+); • Base: substância que quando dissolvida em água (ou que reage com água) libera íons hidroxila (OH-); • Definições limitadas, pois se aplicam apenas soluções aquosas. Ácido e Base de Bronsted e Lowry • Ácido: substância química com capacidade de doar próton (H+); • Base: substância química com a capacidade de receber próton (H+). A velocidade com que ácidos ou bases doam e recebem prótons depende da natureza química dos compostos envolvidos. Ácido e Base de Lewis • Ácido: substância química capaz aceitar um par de elétrons; • Base: substância química capaz de ceder um par de elétrons. A velocidade com que ácidos ou bases doam e recebem prótons depende da natureza química dos compostos envolvidos. Força de ácidos e bases • A força de um ácido ou de uma base não está relacionada à sua concentração; Ácido forte: aquele que se dissocia rapidamente e libera grandes quantidades de H+ na solução. Ácidos fracos: têm menos tendência a dissociar seus íons e, portanto, liberam H+ mais lentamente. Força de ácidos e bases Base forte: reage rapidamente com H+, removendo-o prontamente de uma solução. Base fraca: liga-se ao H+ mais lentamente. Propriedades de ácidos e bases Ácido reage com base formando sal e água. HCl + NaOH → H2O + NaCl Neutralização • Exemplo: ação do antiácido para aliviar o desconforto estomacal. Potencial hidrogeniônico (pH) • Concentração de H+ livre em solução (no meio); • Responsável por indicar se uma solução é ácida, básica ou neutra; pH = log [H+] • Escala de pH • Varia de 0 a 14; • Quanto menor o pH, maior é a concentração de H+ e menor de OH-, e quando maioro pH maior a concentração de OH- e menor de H+. NEUTRO BÁSICO ÁCIDO Suco de limão Suco gástrico Café Leite, saliva Sangue, lágrimas Bicarbonato de sódio Amônia NaOH 1M Vinagre Aumenta a acidez Aumenta a alcalinidade Fonte: Modificado de Edward Stevens/Wikimedia Commons. pHmetro • Método preciso, mas necessita da manutenção do equipamento calibrado; • Mede a concentração de prótons (H+) por meio de um eletrodo. Fonte: Retama/Wikimedia Commons. • A medida do pH de algumas soluções também pode ser feita pelo uso de indicadores ácido-base. Estes apresentam características físico-químicas que mudam de cor na presença de um ambiente ácido ou básico; • Exemplos: fenolftaleína, papel de tornassol, alaranjado de metila, azul de bromotimol. Fenolftaleína Papel de tornassol Fonte: Siegert/Wikimedia Commons. Fonte: Kiyok/Wikimedia Commons. Fonte: Michael Krahe/Wikimedia Commons. Conceitos Sistemas tampão e métodos para avaliação do estado ácido-base no organismo. Sistema tampão • Sistema é responsável em manter o valor de pH constante; • Auxilia na manutenção da homeostasia corporal, pois as reações metabólicas podem produzir íons H+ e isso poderia levar a casos de acidose metabólica.; • Principal tampão do organismo é o bicarbonato (64%); • Outros tampões: hemoglobina, algumas proteínas e também tampão fosfato. Tampão bicarbonato • É um dos mais eficazes na função de evitar possíveis variações de pH, estando presente no plasma sanguíneo.; • Ação do tampão: os íons H+ que estão em excesso podem ser combinados com HCO3-, originando H2CO3 (ácido fraco), que se dissocia em H2O e CO2. Assim, os pulmões conseguem eliminar este CO2, e os rins podem também excretar o HCO3-. • Grandes quantidades de HCO3- são filtradas continuamente nos túbulos renais, e se forem excretadas na urina, removem base do sangue; • Grandes quantidades de H+ são secretadas no lúmen tubular pelas células epiteliais tubulares, removendo, assim, ácido do sangue; * Para cada bicarbonato reabsorvido, um H+ precisa ser secretado. Tamponamento pelas proteínas • Deve-se aos aminoácidos, que apresentam características ácidas ou básicas (anfótera), promovendo o tamponamento no meio intra e extracelular; • Os grupamentos carboxila (COOH) e amina (HN2) presentes nos aminoácidos, são responsáveis por atuarem como doadores ou receptores de prótons; • Hemoglobina: evita ação de ácidos voláteis. Acidose metabólica • Decorrente da elevação de componentes químicos com características ácidas ou a diminuição de bases, afetando o pH sanguíneo; • Causas: uso de medicamentos, cetoacidose diabética, acúmulo de ácido lático, insuficiência renal, redução excessiva de HCO– 3, o que acontece em alguns casos de diarreias; • Em pacientes com esta condição, os pulmões tentam compensar através da eliminação de CO2 e os rins por acrescentar novo HCO3 - Alcalose metabólica • Caracterizada pelo aumento dos níveis plasmáticos de HCO3 - ou em redução significativa de H+; • Pode ser ocasionada por perdas de H+ pelo trato gastrointestinal, em casos de vômitos, além de perda renal e até mesmo com a diminuição de forma abrupta de PCO2, e hipocalemia; • Compensação: redução na frequência respiratória. Acidose respiratória • Causada pela hiperventilação, aumentando assim a concentração da pressão de CO2 arterial, conhecido como hipercapnia. • Causas: redução de forma abrupta da ventilação pulmonar; algumas doenças do sistema nervoso central, algumas patologias neuromusculares que afetam a função respiratória; obstrução das vias aéreas e também DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica). Alcalose respiratória • Ocorre em casos de hiperventilação, aumentando assim a eliminação de CO2 e redução de PCO2; • Algumas causas são: ansiedade, estresse, hipertermia, mudanças para regiões de altitudes elevadas, medicamentos, pneumonia, asma que pode levar à hipóxia, iatrongenia, insuficiência cardíaca congestiva. Gasometria • Coleta de amostras de sangue arterial, na qual fornecem informações importantes sobre o pH, PO2, PCO2, podendo também calcular a quantidade de bicarbonato; • Distúrbios detectados: acidose e alcalose metabólicas, acidose e alcalose respiratória; • Nesses distúrbios também ocorrem alterações em eletrólitos, que podem ser mensurados. Recapitulando a aula • Metodologias laboratoriais de diagnóstico hematológico; • Metodologias laboratoriais de diagnóstico sorológico; • Metodologias laboratoriais de diagnóstico bioquímico; • Metodologias laboratoriais de diagnóstico parasitológico; • Metodologias laboratoriais de diagnóstico microbiológico; Recapitulando a aula • Metodologias laboratoriais de urinálise; • Potencial hidrogeniônico (pH): conceitos; • Sistemas tampão e métodos para avaliação do estado ácido-base no organismo. Referência das figuras FAILACE, R. Hemograma: manual de interpretação. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. KnuteKnudsen. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3986752. Acesso em: 20 jan. 2020. Servier Medical Art. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=84379424. Acesso em: 20 jan. 2020. Rjgalindo. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2496706. Acesso em: 20 jan. 2020. Turbotorque. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=12885290. Acesso em: 21 jan. 2020. Avatar maker. Disponível em https://avatarmaker.com/. Acesso: em 08 jan. 2020. https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3986752 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=84379424 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2496706 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=12885290 https://avatarmaker.com/ Referência das figuras Fairchild air force. Disponível em https://www.fairchild.af.mil/News/Features/Display/Article/763078/back-in-the-lab/. Acesso em: 21 jan. 2020. 1Nathan Reading. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=18937680. Acesso em: 21 jan. 2020. 2Nathan Reading. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=18936752. Acesso em: 21 jan. 2020. James Heilman. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=24901820. Acesso em: 21 jan. 2020. https://www.fairchild.af.mil/News/Features/Display/Article/763078/back-in-the-lab/ https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=18937680 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=18936752 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=24901820 Referência das figuras CDC. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=8471912. Acesso em: 21 jan. 2020. Pxinio. Disponível em https://pixnio.com/pt/ciencia/imagens-de-microscopia/brucelose/bacterias- colonias-ovelhas-sangue. Acesso em: 21 jan. 2020. Uwe Gille. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=7367486. Acesso em: 21 jan. 2020. Stefan Walkowski. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=38764698. Acesso em: 21 jan. 2020. Uwe Gille. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=901510. Acesso em: 21 jan. 2020. https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=8471912 https://pixnio.com/pt/ciencia/imagens-de-microscopia/brucelose/bacterias-colonias-ovelhas-sangue https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=7367486 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=38764698 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=901510 Referência das figuras 1Alcibiades. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=560652. Acesso em: 21 jan. 2020. 2Alcibiades. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=560660. Acesso em: 21 jan. 2020. Edward Stevens. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=9869144. Acesso em 21 jan. 2020. Retama. Disponível em https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5722495. Acesso em: 21 jan. 2020. Michael Krahe. 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