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17/12/2020 1 Líquidos biológicos Líquidos cavitários Flávia Soares Lassie 1 17/12/2020 2 • Unidade de Ensino: 3 • Competência da Unidade: Conhecer as técnicas e correlações clínicas das análises dos líquidos cavitários. • Resumo: introdução ao líquido amniótico, introdução ao líquido pleural, introdução ao líquido pericárdico. • Palavras-chave: liquido pleural, liquido pericárdico, líquido amniótico. • Título da Teleaula: Líquidos cavitários • Teleaula nº: 3 2 17/12/2020 3 Contextualização da teleaula Líquido amniótico; Análise laboratorial do líquido amniótico; Líquido pleural; Análise laboratorial do líquido pleural; Líquido pericárdico; Análise laboratorial do líquido pericárdico. 3 17/12/2020 4 Líquido amniótico 4 17/12/2020 5 Líquido amniótico Formado pela placenta; Cavidade amniótica envolve o embrião e surge no estágio de blastocisto visualizada por ultrassom transvaginal (5 a 6 semanas); Proveniente do organismo da mãe e do feto em proporções variadas idade gestacional; Composição similar àquela do plasma materno, com um nº pequeno de céls. da pele, dos tratos urinários e digestivo do RN e subst. bioquímicas produzidas pelo feto; Volume aumenta regularmente na gravidez: 1.100 a 1.500 mL após 36 semanas de gestação; A composição química se altera na produção de urina fetal. Fonte: https://binged.it/3gimdWJ acesso dez. 2020 5 17/12/2020 6 Seringa Líquido amniótico Ultrassom Feto Útero Líquido amniótico Função: crescimento externo simétrico do embrião, forma uma barreira contra infecções, impede a aderência do feto ao saco amniótico, proteção de possíveis traumatismos que a mãe sofra, permite livre movimento e desenvolvimento muscular; Composição: H2O ( 95 a 98%); Subst. orgânicas (alfafetoproteína, creatinina, bilirrubina, fosfolipídos, hormônios, prostaglandinas, proteínas, IG, carboidratos, enzimas e vitaminas); Subst. Inorgânicas (Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Fe, Zn, Cu). AMNIOCENTESE: procedimento obstétrico invasivo (agulha longa é introduzida na parede abdominal da gestante para retirada do líquido amniótico) Fonte: https://bit.ly/3lQP4CL acesso dez. 2020 6 17/12/2020 7 Amniocentese Geralmente realizada entre 15 e 18 semanas de gestação estudos genéticos; Volume: 10 a 20 mL (máx. 30 mL); Análise do líquido amniótico: distúrbios genéticos e congênitas, defeitos de tubo neural, idade gestacional, maturidade fetal pulmonar, Análise macroscópica, citológica, bioquímica.... Análise macroscópica: COR e ASPECTO (avaliam vitalidade e a maturidade fetal); - NORMAL: incolor ou amarelo-pálido e levemente turvo devido à células fetais; - PATOLÓGICO: verde mecônio recente (sofrimento fetal), amarelo (bilirrubina), vermelho (hemorragia), castanho avermelhado muito escuro (sofrimento fetal antigo/ óbito fetal). 7 17/12/2020 8 Análises citológicas Através de cultura de células e análise microscópica; Pesquisa de anormalidades genéticas: cultura de células do líquido amniótico entre a 14ª e 20ª semanas de gestação culturas coletadas são cultivadas e lisadas para análise cromossômica; Avaliação dos 22 pares de cromossomos autossomos e o 23º par dos cromossomo sexuais; Análise de conteúdo enzimático, defeitos do metabolismo; Presença de Síndrome de Down, Edwards, Patau, Klinefelter, Turner.... 8 17/12/2020 9 Síndromes genéticas mais frequentes Fonte: OLIVEIRA, R.B. Líquidos biológicos. 1.ed. Paraná: Londrina, 2017 (pág. 95). 9 17/12/2020 10 Análise laboratorial do líquido amniótico 10 17/12/2020 11 Testes para defeitos do Tubo Neural Distúrbios congênitos no tubo neural também podem ser detectados pela análise do líquido amniótico; Defeitos do tubo neural: anencefalia e espinha bífida da AFP no líquido amniótico; AFP encontra-se presente no soro do feto e é excretada na urina fetal e estará presente no líquido amniótico; Desenvolvimento fetal normal: pico por volta na 16ª semana de gestação e declina até o nascimento; Distúrbios do tubo neural aberto APF é liberado do LCR para o líquido amniótico; Acetilcolinesterase: é testada em conjunto com AFP Dura mater Medula espinhal Fluido espinhal Vertebra Fonte: https://bit.ly/2Lbq7VT acesso dez. 2020 11 17/12/2020 12 Testes para sofrimento fetal Eritroblastose fetal (DHRN): mãe desenvolve Ac dirigidos contra Ag das hemácias fetais que atravessam a placenta destruindo diversas hemácias fetais; Causada pela sensibilização de mãe Rh- contra um Ag Rh(D) fetal destruição de hemácias fetais BI no líquido amniótico; BI é convertida em BD que não é depurada pela placenta (detectadas em níveis variáveis no líquido amniótico); Medida preventiva: triagem pré-natal e adm de imunoglobulina Rh(D) a mãe durante a gestação; Dosagem de bilirrubina no líquido amniótico através de espectrofotometria. 12 17/12/2020 13 Testes da maturidade pulmonar fetal Tipo de células epiteliais alveolares fetais, [ ] de substâncias surfactantes (fosfatidilglicerol, lecitina, inositol, serina, etanolamina e esfingomielina); Surfactantes pulmonares fetais: 3 fosfolipídios- lecitina (fosfatidilcolina), esfingomielina e fosfatidilglicerol; - Conferem estabilidade ao alvéolo produzidos pelos pneumócitos são lipoproteínas com estrutura de glicerol; - Lecitina: principal surfactante pulmonar; - A proporção entre lecitina e esfingomielina: utilizada para avaliar a maturidade pulmonar fetal; - Até a 33ª semana de gestação: níveis iguais, após a 34ªsemana de gestação (nível de esfingomielina e lecitina ); - L/E: ≥ 2,0maturidade do sistema pulmonar fetal. 13 17/12/2020 14 Testes da maturidade pulmonar fetal Amniostat- FLM: produto comercial que utiliza Ac contra fosfatidilglicerol para detectar surfactante pulmonar fetal; Estabilidade de espuma: qtde fixa de líquido amniótico é misturada a volumes crescentes de etanol 95% misturas agitadas por 30 seg. e amostras são analisadas quanto a presença de um anel ininterrupto de espuma no tubo; - Mais surfactante é necessário para manter a espuma em maiores [ ] de etanol; - Mais surfactante é necessário para sustentar ao nascimento da função pulmonar (índice ≥ 0,47 surfactante pulmonar fetal suficiente.) Surfactantes pulmonares fetais: são produzidos por pneumócitos e armazenados na forma de corpos lamelares ( tamanho semelhante de plaquetas). 14 17/12/2020 15 Volume amniótico Aumenta gradualmente com o transcorrer da gestação volume máx. entre a 34ª e 37ª semanas (800 a 1000 mL); - Após a 37ª semana o volume decai até o nascimento do bebê. Relacionado a algumas patologias: Polidrâmnio: acumulo (acima de 2L) do líquido amniótico de origem patológica elevada morbimortalidade materna e fetal (malformação fetal, distúrbios genéticos, diabetes mellitus, sensibilização Rh e infecções congênitas); Oligodrâmnio: redução (abaixo de 400 mL) complicação grave da gravidez- ruptura prematura das membranas, insuficiência placentária, anomalias congênitas.... 15 17/12/2020 16 Líquido Pleural 16 17/12/2020 17 Pleuras Membranas formadas por células mesoteliais subjacentes ao tecido conjuntivo localizam- se na cavidade torácica; Cavidade pleural: circula pequena quantidade de líquido (3 a 15 mL) líquido pleural; Lubrificar os folhetos pleurais durante os movimentos ventilatórios (inspiração e expiração); Origem: filtrado microvascular (ultrafiltrado do plasma) e a depuração do líquido é feita pela rede linfática. M. intercostais M. intercostaisPulmãoPulmão Cavidade pleural Diafragma Pleura parietal Pleura visceral Fonte: https://binged.it/2K3kJng acesso dez.2020 Parede torácia 17 17/12/2020 18 Derrames Acúmulo de fluido: espaços tissulares e resultam deum desiquilíbrio das pressões entre os tecidos e os capilares TRANSUDATO EXSUDATO COR Amarelo pálido (seroso) Qualquer coloração anormal (castanho, creme, verde, leitoso, rosa, vermelho ou amarelo) LIMPIDEZ Límpido Hemorrágico (sanguíneo), enevoado, purulento, túrbido PROPORÇÃO LDH LÍQUIDO: SORO < 0,6 > 0,6 PROTEÍNA < 3,0 g/dL > 3 g/dL PROPORÇÃO PROTEÍNA LÍQUIDO:SORO < 0,5 > 0,5 18 17/12/2020 19 Derrame pleural Acúmulo de líquido na cavidade pleural entre as pleuras, ocorre em algumas patologias e ocasiona a diminuição do espaço de expansão dos pulmões Sintomas: dor torácica, tosse e dispneia. 19 17/12/2020 20 Toracocentese Realizado para obter líquido pleural; Remove excesso de líquido pleural (acima de 30 mL); Fornece uma amostra para exame laboratorial e auxilia na melhora dos sintomas do paciente; Punção feita na região subescapular (na borda superior do arco costal para evitar o feixe vasculho-nervoso); Volume coletado para exames: 20 mL e esvazia-se todo o líquido da cavidade pleural; Complicações: pneumotórax presença de ar entre as pleuras (parietal e visceral) Fonte: MUNDT, L.A. Exame de urina e de Fluidos corporais de Garff. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012 (pág. 269). 20 17/12/2020 21 Análises do líquido pleural Análise macroscópica; Análises bioquímicas; Marcadores tuberculosos, tumorais, imunológicos ou de estresse oxidativo, citocinas, fatores de crescimento, moleculares; Análise citológica. 21 17/12/2020 22 Análise do líquido amniótico 22 17/12/2020 23 Mulher 37 anos, 1ª gestação, 14ª semana apresenta casos de traço talassêmico na família. O médico solicitou a realização da amniocentese e coleta do líquido amniótico. A análise do líquido amniótico mostrou: • Cor e aspecto: claro e transparente; • Diminuição de alfafetoproteína; • Relação L/E: < a 1,5; • Análise cromossômica: trissomia do 21; • Traço talassêmico: negativo A gestante pode fazer o procedimento de amniocentese? A diminuição de alfafetoproteína reflete a relação L/E ou a trissomia do 21? 23 17/12/2020 24 Amniocentese Agulha longa é introduzida na parede abdominal da gestante para coletar o líquido amniótico; Volume coletado: depende da idade fetal e do motivo do exame (10 a 20 mL -máx. 30 mL); Geralmente realizada entre 15 e 18 semanas de gestação estudos genéticos; Seringa Líquido amniótico Ultrassom Feto Útero Fonte: https://bit.ly/3lQP4CL acesso dez. 2020 24 17/12/2020 25 Amniocentese • Estudo citogenético fetal. • Estudo bioquímico do líquido amniótico: Estudo enzimático; Erros inatos do metabolismo; Dosagem de alfafetoproteína; Dosagem de 17 alfa-hidroxiprogesterona. • Estudo molecular: Pesquisa de infecção fetal por PCR específica; Estudo de paternidade; Hemoglobinopatias; Fenilcetonúria; Síndrome do X frágil. • Espectrofotometria na doença Rh. • Testes de maturidade pulmonar fetal. 25 17/12/2020 26 Análise do líquido amniótico Alfafetoproteína: útil no diagnóstico de patologias fetais; Os níveis diminuídos podem auxiliar no diagnóstico das trissomias cromossômicas ( Síndrome de Down), doença trofoblástica gestacional, morte fetal; A trissomia do 21 é uma síndrome conhecida como síndrome de Down e sua incidência aumenta em gestações tardias. 26 17/12/2020 27 Testes da maturidade pulmonar fetal Tipo de células epiteliais alveolares fetais, [ ] de substâncias surfactantes (fosfatidilglicerol, lecitina, inositol, serina, etanolamina e esfingomielina); Surfactantes pulmonares fetais: 3 fosfolipídios- lecitina (fosfatidilcolina), esfingomielina e fosfatidilglicerol; - Conferem estabilidade ao alvéolo produzidos pelos pneumócitos são lipoproteínas com estrutura de glicerol; - Lecitina: principal surfactante pulmonar; - A proporção entre lecitina e esfingomielina: utilizada para avaliar a maturidade pulmonar fetal; - Até a 33ª semana de gestação: níveis iguais, após a 34ªsemana de gestação (nível de esfingomielina e lecitina ); - L/E: ≥ 2,0maturidade do sistema pulmonar fetal. 27 17/12/2020 28 Análises do líquido pleural 28 17/12/2020 29 Análise macroscópica COR/ ASPECTO/ VISCOSIDADE/ ODOR: líquido pleural normal (amarelo pálido e límpido); Colorações e turbidez anormais indicam diversos processos patológicos; Grande parte dos transudatos: aspecto transparente, citrino, não viscoso, sem odor; Vermelho: presença de sangue; Acastanhada: sangue presente na cavidade por tempo; - Dosagem de hematócrito > 50% indica hemotórax Turbidez: aumento de proteínas ou lipídeos Odor: fétido (infecção por anaeróbios). 29 17/12/2020 30 Análise citológica Exsudatos: apresentam mais de 1.000 células nucleadas/uL (exsudato em tuberculose- > 5.000 células nucleadas/ uL); Transudatos: apenas centenas de células nucleadas/ uL; Populações de células variam de acordo com a causa do derrame e a fase da lesão pleural: Fase aguda: predomínio de neutrófilos; Após 72 horas: células mononucleares penetram no espaço pleural (predomínio de macrófagos) Quando o derrame persiste por mais de 2 sem. predominam linfócitos; Quadros agudos (pneumonias e embolia pulmonar): neutrófilos; Tuberculose, linfomas: linfócitos. Contagem de células nucleadas Suspeita de infecções por m.o é feita cultura: Tuberculose pleural: pesquisa de BAAR e cultura para BK 30 17/12/2020 31 Análise bioquímica pH: < 7,3- acidose do líquido (diagnóstico e tratamento de derrames parapneumônicos e doenças malignas) [ ] baixas de glicose; Glicose: auxilia no diagnóstico de doenças que originam exsudatos (< 60 mg/dL – presença de derrame parapneumônico complicado, doença neoplásica, tuberculose ou doença reumatoide; Amilase: aumento da [ ] quando a relação amilase pleural/sérica é >1 doenças pancreáticas, ruptura de esôfago.... 31 17/12/2020 32 Análise bioquímica Lipídios: quilótorax- vazamento da linfa do ducto torácico ( doenças malignas – linfoma não Hodgkin) [ ] de TGL > 110 mg/dL Derrame de colesterol: forma de encarceramento pulmonar crônico quase sempre associado à pleurite reumática e tuberculose ([ ] TGL < 50 mg/dL e colesterol > 250 mg/dL); Albumina: albuminas e globulinas encontradas no líquido pleural têm origem do soro por difusão e deixam o espaço pleural através dos vasos linfáticos; Transudatos: > 1,2 g/dL (relação de albumina no soro: líquido pleural); Exsudatos: ≤ 1,2 g/dL. 32 17/12/2020 33 Líquido pericárdico 33 17/12/2020 34 Pericárdio Parede do coração composta 3 camadas: pericárdio (mais externa), miocárdio (média e mais espessa) e o endocárdio (mais interna); PERICÁRDIO: - Envolve o coração e permite sua posição no mediastino e a liberdade de movimentação; - 2 divisões: fibroso e seroso; - Cavidade do pericárdio: líquido pericárdico Fonte: OLIVEIRA, R.B. Líquidos biológicos. 1.ed. Paraná: Londrina, 2017 (pág. 112). 34 17/12/2020 35 Pericardiocentese Procedimento de remoção do excesso de fluido pericárdico; Pode ser dirigido por fluoroscopia, ecocardiografia (ECG) ou abordagem cirúrgica; Indicada quando paciente apresenta tamponamento cardíaco, suspeitas de pericardite purulenta ou associada a doenças malignas. Fonte: MUNDT, L.A. Exame de urina e de Fluidos corporais de Garff. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012 (pág. 268). 35 17/12/2020 36 Derrame pericárdico Acúmulo de fluido ao redor do coração diminui a movimentação do coração e é a principal complicação da pericardite (inflamação do pericárdio); Pode gerar graves consequências velocidade de instauração e etiologia; - Principalmente se houver acumulo do líquido pericárdico e ocasionar tamponamento cardíaco; - Confirmação de pericardite: agente etiológico deve ser identificado Classificação: - Agudo: < de 3 meses - Crônico: persiste > de 3 meses - Discreto, moderado ou importante. 36 17/12/2020 37Diagnóstico derrame pericárdico Radiografia de tórax: visualização do aumento da área cardíaca e calcificações pericárdicas (pericardite crônica constritiva); Tomografia computadorizada: delimitar e quantificar, com precisão, a extensão do envolvimento pericárdico; Ecocardiograma: permite estimar o volume de líquido, definir septações ou espessamento pericárdico e detectar precocemente o tamponamento pericárdico. 37 17/12/2020 38 Análise do líquido pericárdico 38 17/12/2020 39 Análise macroscópica COR/ ASPECTO: Normal: exsudato amarelo-pálido e límpido; Mudanças na cor podem indicar alterações; Derrames Hemorrágicos: sanguinolentos Análise do líquido pericárdico: diagnóstico de pericardites (viral, bacteriana, fúngica, tuberculose, por colesterol ou malignas); Suspeita de pericardite bacteriana: coleta de 3 pares de amostras para cultura de aeróbios, anaeróbios e hemoculturas. 39 17/12/2020 40 Análise bioquímica Diferenciação de exsudato e transudato; TRANSUDATO EXSUDATO Densidade específica < 1.015 > 1.015 Concentração de proteínas < 3,0 g/dL > 3,0 g/dL Proporção proteínas líquido pericárdico: soro < 0,5 > 0,5 Lactato desidrogenase (LDH) < 60% soro > 60%soro Proporção LDH líquido: soro < 0,6 > 0,6 Glicose Igual ao nível sérico 30 mg ou mais ao nível sérico 40 17/12/2020 41 Análise bioquímica Derrame pericárdico purulento e cultura positiva: [ ] de glicose < do que os derrames de origem não infecciosa; Dosagem de colesterol: aumentadas tanto em derrames infecciosos como por doenças malignas; Dosagem de adenosina deaminase (ADA): diferenciação de derrame pericárdico por tuberculose ( ) e neoplasias. 41 17/12/2020 42 Análise citológica Contagem de leucócitos: Doenças inflamatórias de origem bacteriana ou reumatológica: predomínio de neutrófilos; Hipertireoidismo e doenças malignas: predomínio de monócitos. Suspeita de tuberculose: coloração para BAAR, cultura, detecção radiométrica de micobactérias, dosagem de ADA, lisozima pericárdica..... 42 17/12/2020 43 Tuberculose pericárdica Manifestação rara da tuberculose extrapulmonar; Pericardite: inflamação do pericárdio pode ser a única manifestação da tuberculose; Sintomas: febre, tosse, dispneia, dor torácica, taquicardia, suores noturnos, perda de peso (anorexia e emagrecimento) e edema em MI Sinais mais frequentes: aumento do coração, cardiomegalia, atrito pericárdico e taquicardia; Exame direto no líquido pericárdico: pesquisa do BK, cultura do líquido.... 43 17/12/2020 44 Análise do líquido pleural 44 17/12/2020 45 Homem, 63 anos, relatou tosse, falta de ar e dor torácica há 1 semana. Foi realizado uma radiografia simples de tórax que evidenciou derrame pleural. A tomografia com contraste mostrou realce dos folhetos parietal e visceral da pleura, espessamento do tecido subcostal e da gordura extrapleural. A análise do líquido pleural mostrou: Fonte: https://binged.it/2K3kJng acesso dez. 2020 45 17/12/2020 46 • Pesquisa de BAAR: - • Cultura para BK: - • Cultura para bactérias: sem crescimento bacteriano; • Leucometria: 85/mm³ com 3% neutrófilos e 97% linfócitos • Glicose: 185 mg/dL • Proteínas totais: 5,2 g/dL; • LDH: 606 UI/l; • Colesterol: 121 mg/dL; • Triglicérides: 150 mg/dL; • Aspecto: turvo O paciente tem tuberculose pleural? Os sintomas apresentados estão relacionados ao derrame pleural? Há alguma alteração nos parâmetros laboratoriais? É um exsudato ou transudato? 46 17/12/2020 47 Derrame pleural Acúmulo de líquido na cavidade pleural entre as pleuras, ocorre em algumas patologias e ocasiona a diminuição do espaço de expansão dos pulmões Sintomas: dor torácica, tosse e dispneia. 47 17/12/2020 48 Tuberculose pleural???? Suspeita de infecções por m.o é feita cultura; • Tuberculose pleural: pesquisa de BAAR e cultura para BK • Pesquisa de BAAR: - • Cultura para BK: - • Cultura para bactérias: sem crescimento bacteriano; 48 17/12/2020 49 Alterações laboratoriais Leucometria: 85/mm³ com 3% neutrófilos e 97% linfócitos Quilotórax: presença de gordura extrapleural e triglicérides (TG: 150 mg/dL); Dosagem de lipídeos: há dois tipos de derrame pleural que culminam com aumento de lipídeos: o quilotórax e o derrame de colesterol. Quilótorax ocorre devido ao vazamento da linfa do ducto torácico, sendo frequente em doenças malignas, como o linfoma não Hodgkin. Concentração de triglicérides no líquido pleural é > 110mg/dl. 49 17/12/2020 50 TRANSUDATO EXSUDATO COR Amarelo pálido (seroso) Qualquer coloração anormal (castanho, creme, verde, leitoso, rosa, vermelho ou amarelo) LIMPIDEZ Límpido Hemorrágico (sanguíneo), enevoado, purulento, túrbido PROPORÇÃO LDH LÍQUIDO: SORO < 0,6 > 0,6 PROTEÍNA < 3,0 g/dL > 3 g/dL PROPORÇÃO PROTEÍNA LÍQUIDO:SORO < 0,5 > 0,5 50 17/12/2020 51 Recapitulando...... Líquido amniótico; Análise laboratorial do líquido amniótico; Líquido pleural; Análise laboratorial do líquido pleural; Líquido pericárdico; Análise laboratorial do líquido pericárdico. 51 17/12/2020 52 52
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