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Direitos Humanos: Antecedentes e Conceitos

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16/04/2024, 09:50 wlldd_231_u1_dir_hum_cid
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=aleandramarcelo%40gmail.com&usuarioNome=MARCELO+DA+SILVA+CRISPIM&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931425&atividadeDe… 1/16
INTRODUÇÃO
Caro estudante, nesta aula, será apresentada uma breve notícia histórica sobre a proteção dos direitos
humanos, evidenciando que as instituições jurídicas de defesa da dignidade humana contra a violência, o
aviltamento, a exploração e a miséria foram criadas e estendidas progressivamente aos povos; na sequência,
serão contemplados os fundamentos dos direitos humanos, levando-se em conta a abordagem �losó�ca ou
jusnaturalista, que trata os direitos humanos como algo inerente a todas as pessoas, independentemente do
tempo e lugar; a universalista ou internacionalista, que identi�ca os direitos humanos como algo inerente a
todas pessoas, em quaisquer lugares, porém num certo tempo; e a positivista ou constitucional, que analisa
os direitos humanos em um determinado tempo e lugar. Por �m, serão apresentados alguns conceitos que
identi�cam a matéria no plano interno e no sistema internacional.
TERMINOLOGIA
A expressão “direitos humanos” chegou no século XXI com grande força e vitalidade, sendo largamente
utilizada em manifestações da sociedade civil, em questões políticas e para reivindicar novos direitos. Pelo uso
excessivo e, por vezes, indiscriminado da expressão, ela acaba por incorrer em certa vagueza e imprecisão;
diante disso, Rey Pérez a�rma que a “expressão Direitos humanos é problemática por dois motivos: porque
apresenta diversos signi�cados e porque existem diversas palavras que querem expressar seu conceito”
(PÉREZ, 2011, p. 19, tradução nossa).
Aula 1
DIREITOS HUMANOS: ANTECEDENTES HISTÓRICOS,
FUNDAMENTOS E CONCEITO
Nesta aula, será apresentada uma breve notícia histórica sobre a proteção dos direitos humanos.
32 minutos
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS AOS DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
 Aula 1 - Direitos humanos: antecedentes históricos, fundamentos e conceito
 Aula 2 - As ondas dimensionais dos direitos humanos
 Aula 3 - A cidadania na formação do estado democrático de direito
 Aula 4 - Cidadania: uma construção necessária no Brasil, a participação popular e as
políticas públicas
 Referências
136 minutos
16/04/2024, 09:50 wlldd_231_u1_dir_hum_cid
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=aleandramarcelo%40gmail.com&usuarioNome=MARCELO+DA+SILVA+CRISPIM&disciplinaDescricao=&atividadeId=3931425&atividadeDe… 2/16
Algumas expressões, geralmente, são empregadas para se fazer menção a tais direitos: direitos fundamentais,
direitos naturais, direitos do homem, direitos individuais, direitos humanos fundamentais, liberdades públicas
etc. No campo doutrinário, são observadas advertências para a ausência de consenso quanto à terminologia
mais adequada para se referir aos direitos humanos e aos direitos fundamentais que revelam pontos de vista
favoráveis e contrários ao emprego desses ou daqueles termos. Normalmente, a expressão “direitos
humanos” é empregada para denominar os direitos previstos nas declarações e convenções internacionais, ao
passo que “direitos fundamentais” são aqueles que passaram a ganhar relevo nas cartas constitucionais dos
Estados nacionais.
Pode-se a�rmar que os direitos humanos formam um conjunto de faculdades e instituições que, em cada
momento histórico, concretizam as exigências da dignidade, da liberdade e da igualdade, as quais devem ser
reconhecidas pelos ordenamentos jurídicos em níveis nacional e internacional; portanto, possuem, ao mesmo
tempo, caráter descritivo (direitos e liberdades reconhecidos nas declarações e convenções internacionais) e
prescritivo (alcançam as exigências mais vinculadas ao sistema de necessidades humanas e que, devendo ser
objeto de positivação, ainda assim, não foram consubstanciados).
Para se chegar nesse nível de compreensão, o processo evolutivo dos direitos humanos passou por diversos
momentos, podendo ser assinalados marcos históricos relevantes na Antiguidade, especialmente na Grécia e
Roma; na Idade Média, com a Magna Carta de 1215; na Idade Moderna, especialmente com as Declarações de
Direitos cujo destaque é a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, que denota grande
relevância por representar “o atestado de óbito do Ancien Régime”, constituído pela monarquia absoluta e
pelos privilégios feudais, traduzindo-se como primeiro elemento constitucional do novo regime político; e na
Era Contemporânea, especialmente com as mudanças produzidas no sistema internacional após a Segunda
Guerra Mundial e a consequente criação da Organização das Nações Unidas, em 1945, em que a valorização
dos direitos humanos passou a ter uma dimensão universal, com desdobramentos e repercussões para os
Estados nacionais.
Atualmente, é possível a�rmar que nenhum indivíduo se sobrepõe aos demais, no entanto, para chegarmos a
esse estágio, foram criadas, paulatinamente, as instituições jurídicas de defesa da dignidade humana contra a
violência, o aviltamento, a exploração e a miséria. A dignidade humana apresenta-se como valor básico que
fundamenta os direitos humanos e tende a explicitar e satisfazer as necessidades da pessoa humana na
esfera moral.
ASPECTOS HISTÓRICOS 
Segundo Norberto Bobbio ([s.d.]), todas as declarações recentes de direitos humanos compreendem, além
dos direitos individuais tradicionais, que consistem em liberdades, também os chamados direitos sociais, que
se constituem de poderes. Os primeiros exigem da parte dos outros (incluídos, aqui, os órgãos públicos)
obrigações puramente negativas, que implicam a abstenção de determinados comportamentos; os seguintes
só podem ser realizados se for imposto a outros (incluídos aqui os órgãos públicos) um certo número de
obrigações positivas. Eles são antinômicos no sentido de que o desenvolvimento deles não pode proceder
paralelamente: a realização integral de uns impede a realização integral de outros.
Pode-se a�rmar que a compreensão dos direitos humanos guarda relação com os documentos produzidos no
sistema internacional, como Declarações (Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948) e outros
tratados internacionais (Pactos de Direitos Civis e Políticos, de 1966 etc.), por se referirem àquelas posições
jurídicas que reconhecem o ser humano como tal, independentemente de sua vinculação com determinada
ordem constitucional, ao passo que a terminologia que se aplica no plano doméstico dos Estados nacionais
relaciona-se aos direitos fundamentais na medida em que são reconhecidos na esfera do direito
constitucional positivo de determinado Estado.
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Os direitos fundamentais constituem a principal garantia aos cidadãos de um Estado de Direito de que os
sistemas jurídico e político em seu conjunto serão orientados pelo respeito e pela promoção da dignidade da
pessoa humana. Aliás, a valorização da dignidade da pessoa humana ganhou importância tanto no âmbito do
direito interno dos Estados (com a previsão legislativa consagrada nas constituições substanciais e/ou formais
na categoria de direito fundamental e, por vezes, na categoria de estrutura organizacional dos próprios
Estados) como no plano internacional (em especial, com a celebração de vários tratados internacionais). Esse
princípio, o da dignidade da pessoa humana, adquiriu contornos universalistas desde que a Declaração
Universal de Direitos do Homem o concebeu em seu preâmbulo:
Na sequência, em seu artigo 1º, proclamou que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos; dotados de razão e consciência, devem agir uns para com os outros em espírito e fraternidade. Jorge
Miranda (2000) sistematizou características dadignidade da pessoa humana: a) reporta-se a todas e a cada
uma das pessoas, é individual e concreta; b) cada pessoa vive em relação comunitária, mas a dignidade que
possui é dela mesma e não da situação em si; c) o primado da pessoa é o do ser e não o do ter e a liberdade
prevalece sobre a propriedade; d) a proteção da dignidade das pessoas está além da cidadania portuguesa e
postula uma visão universalista da atribuição de direitos; e) a dignidade da pessoa pressupõe a autonomia
vital da pessoa, a sua autodeterminação relativamente ao Estado, às demais entidades públicas e às outras
pessoas. 
FUNDAMENTOS 
O tema relativo aos direitos humanos, notadamente os que estão relacionados a violações sistemáticas de
direitos, surge com frequência entre as preocupações dos estudos voltados às ciências jurídicas e sociais e
suscitam debates calorosos. Ao longo dos anos, variaram as correntes, os enfoques e os instrumentos de
análise empregados desde a tradição clássica até os estudos contemporâneos, por isso a importância de se
conhecer os antecedentes históricos sobre os direitos humanos, que, aliás, não se apresentam como
“produtos acabados”, ao contrário, demandam evolução contínua e alargada na medida em que há novas
demandas e espaços que se apresentam em sociedade.
Não restam dúvidas de que o assunto é vasto, múltiplo e complexo, e delimitá-lo torna-se tarefa necessária na
atual conjuntura social, permeada pela regulação jurídica e pela presença de operadores jurídicos cada vez
mais requisitados para atuar diante do descumprimento do Estado de suas obrigações de efetivar os direitos
econômicos, sociais e culturais, bem como promover as condições básicas de dignidade para a pessoa
humana como uma indispensável medida de promoção da inclusão econômica e social.
Conforme acentuado, o marco que se tornou a grande alavanca no processo de internacionalização dos
direitos humanos foi a Carta das Nações Unidas, de 1945, que, em seu art.1º, deixa claro o objetivo de se
buscar uma cooperação internacional para a solução de problemas de caráter econômico, social, cultural ou
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da
família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da
justiça e da paz no mundo. [...] Considerando que os povos das Nações Unidas
rea�rmaram, na Carta, sua fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no
valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher, e que
decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade
mais ampla.
— . (UNICEF, [s.d.])
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humanitário, promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos,
sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
Observamos que há, nos dias atuais, grande preocupação na tutela dos direitos humanos (seja no plano
doméstico, seja no plano internacional), porém, por outro lado, são evidentes as lesões de diversas matizes
que aviltam a dignidade humana. Não se pode olvidar que muitas lesões que são produzidas em relação aos
direitos humanos decorrem do momento que vive a humanidade e, em larga medida, impulsionadas pela
globalização; por essa razão, o conhecimento da matéria se torna imprescindível para a utilização de
instrumentos e mecanismos que estão à disposição das pessoas físicas para fazer frente aos abusos,
atrocidades e barbáries, seja utilizando o arcabouço jurídico normativo que se apresenta no plano doméstico,
seja pelos que estão disponíveis no sistema internacional.
Os direitos humanos, que pertenciam ao domínio constitucional, estão em migração contínua e progressiva
para uma direção internacional que os elege e acomoda suas tensões em padrões primários supranacionais.
Nota-se que, na busca incessante do reconhecimento, desenvolvimento e realização dos maiores objetivos
por parte da pessoa humana e contra as violações perpetradas pelos Estados e pelos particulares, o direito
tem se mostrado um instrumento vital para a uniformização, fortalecimento e implementação da dignidade
da pessoa humana, que constitui um verdadeiro valor que deve, impreterivelmente, servir de orientação a
qualquer interpretação do direito que a regulamenta.
VÍDEO RESUMO
Caros estudantes, o presente vídeo se propõe a apresentar aspectos introdutórios a nossa disciplina, para
tanto, serão contemplados pontos que envolvem o entendimento do que são direitos humanos, não apenas
no plano conceitual, mas sua importância para a vida em sociedade. Na oportunidade, trataremos alguns
elementos históricos importantes, sem descuidar da abordagem atual, prática e necessária que toca a
matéria.
 Saiba mais
Para complementar seus estudos, indicamos a seguinte leitura:
GUERRA, S. Direitos humanos e globalização. Amazonas: CONPEDI.
INTRODUÇÃO
Aula 2
AS ONDAS DIMENSIONAIS DOS DIREITOS HUMANOS
A presente aula se propõe a apresentar a classi�cação dos direitos humanos a partir dos estudos
formulados por Karel Vasak e que correspondem aos denominados direitos de primeira dimensão ou
geração, direitos de segunda dimensão ou geração e direitos de terceira dimensão ou geração.
32 minutos
http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/XIVCongresso/064.pdf
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Caro estudante, atualmente, existe um rol signi�cativo de direitos humanos reconhecidos no plano
internacional e interno dos Estados que envolvem os direitos civis, políticos, sociais, econômicos, culturais, de
meio ambiente, da paz etc. A abordagem histórica para a compreensão do estudo dos direitos humanos é
relevante e tem-se discutido a forma e o momento em que os mesmos foram concebidos.
A presente aula se propõe a apresentar a classi�cação dos direitos humanos a partir dos estudos formulados
por Karel Vasak e que correspondem aos denominados direitos de primeira dimensão ou geração, direitos de
segunda dimensão ou geração e direitos de terceira dimensão ou geração. A classi�cação apresentada pelo
referido autor passou a ser utilizada pela doutrina, pela jurisprudência e, também, pelas práticas nacional e
internacional.
Os direitos humanos não se desenvolveram no mesmo período. Ao contrário, os direitos inerentes à pessoa
humana foram sendo modi�cados e alargados com o passar dos anos, a partir de contextos históricos
distintos.
TERMINOLOGIA 
Karel Vasak (1979), ao realizar uma palestra no Instituto Internacional de Direitos Humanos cuja sede se
encontra em Estrasburgo, no ano de 1979, apresentou uma classi�cação sobre os direitos humanos que levou
em consideração antecedentes históricos importantes e, de forma didática, identi�cou as fases evolutivas dos
direitos humanos a partir do que �cou conhecido como dimensões ou gerações de direitos humanos. Nesse
sentido, o autor, ao levar em conta a história e as aspirações axiológicas que culminaram numa identidade
própria, classi�cou os direitos em primeira, segunda e terceira geração.
Os direitos de primeira geração surgiram com as revoluções burguesas dos séculos XVII e XVIII e valorizavam a
liberdade; os direitos de segunda geração decorreram dos movimentos sociais democratas que se
desenvolveram, especialmente, no início do século XX, como a Revolução Russa cuja ênfase precípua estava
ancorada na igualdade; e os direitos de terceira geração estão intimamente ligados às experiências sofridas
pela humanidade por ocasião da Segunda Guerra Mundial e da onda de descolonização que a seguiu,
re�etindo os valores da fraternidade.
Com base nos estudos deVasak, criou-se o entendimento sobre a classi�cação dos direitos humanos a partir
das três dimensões acima consagradas, sendo, portanto, admitida pela doutrina e pela jurisprudência, no
plano interno e no sistema internacional; ademais, os estudos acabaram ganhando novos contornos com a
formulação de novas classi�cações, como os direitos de quarta e de quinta dimensão. Com efeito, apesar da
aceitação pela jurisprudência e pela doutrina, por ser uma compreensão bastante didática, há de se
apresentar uma ressalva: esta se consubstancia em aportes doutrinários fortes, como nos estudos formulados
por Antônio Augusto Cançado Trindade (1997), que registrou, com propriedade, que, ao se classi�car os
direitos humanos a partir de gerações, é possível levar a um mal-entendido de que os direitos inerentes à
pessoa humana se fragmentam.
Por óbvio que os direitos humanos não se ‘sucedem’ ou acabam por substituir uns aos outros; ao contrário,
eles se expandem e se fortalecem. Os direitos humanos consagrados revelam a natureza complementar de
todos os direitos voltados à proteção dos indivíduos, porém, conforme anteriormente assinalado, a
classi�cação por ondas geracionais ou dimensionais que foram formuladas por Vasak (1979) demonstra, de
maneira clara, como os direitos humanos foram conquistados ao longo do tempo, em particular, com marcos
teóricos dos séculos XVIII, XIX e XX, ao se identi�car os direitos civis e políticos, os direitos econômicos, sociais
e culturais e os direitos da autodeterminação dos povos, do meio ambiente equilibrado etc., respectivamente.
Os direitos anteriormente identi�cados podem, também, ser compreendidos, para melhor compreensão e
caracterização, a partir da tríade: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
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Assim, pode-se a�rmar que os denominados direitos de primeira geração ou dimensão estão voltados aos
direitos individuais; já os direitos de segunda dimensão relacionam-se aos direitos coletivos; por �m, os de
terceira dimensão têm pertinência com os direitos de natureza difusa.
DIMENSÕES
Os direitos de primeira geração ou de base liberal se fundam numa separação entre Estado e sociedade que
permeia o contratualismo dos séculos XVIII e XIX. O Estado desempenha papel de controle, prevenção e
repressão de ameaça ou lesão de direito, porém, em relação aos chamados direitos de primeira geração, o
papel do Estado, na defesa desses direitos, manifesta-se tanto em seu tradicional papel passivo (abstenção de
violar os direitos humanos) como no que tange à atuação ativa, ao exigir ações estatais para garantia da
segurança pública, administração da justiça etc., dividindo-se em direitos civis e direitos políticos.
Os civis são aqueles que, mediante garantias mínimas de integridade física e moral, asseguram uma esfera de
autonomia individual de modo a possibilitar o desenvolvimento da personalidade de cada um. Trata-se de
direitos titulados pelos indivíduos e exercidos, em sua grande maioria, individualmente, embora alguns
somente possibilitem o exercício coletivo (liberdade de associação). O Estado tem o dever de abstenção ou de
não impedimento e de prestação, devendo criar instrumentos de tutela, como a polícia, o judiciário e a
organização do processo; no que tange aos direitos políticos, que encontram seu núcleo no direito de votar e
ser votado, a seu lado se reúnem outras prerrogativas decorrentes daquele status, como o direito de postular
um emprego público, de ser jurado ou testemunha, de prestar o serviço militar e, até, de ser contribuinte.
Os direitos de segunda geração correspondem aos direitos sociais, econômicos e culturais que resultam da
superação do individualismo possessivo decorrente das transformações econômicas e sociais ocorridas no
�nal do século XIX e início do século XX, especialmente pela crise das relações sociais decorrentes dos modos
liberais de produção, acelerada pelas novas formas trazidas pela Revolução Industrial.
Os direitos sociais são aqueles necessários à participação plena na vida da sociedade, incluindo o direito à
educação, a instituir e manter a família, à proteção à maternidade e à infância, ao lazer, à saúde etc. Os
direitos econômicos destinam-se a garantir um padrão mínimo de vida e segurança material, de modo que
cada pessoa desenvolva suas potencialidades, e os direitos culturais dizem respeito ao resgate, estímulo e
preservação das formas de reprodução cultural das comunidades, bem como à participação de todos nas
riquezas espirituais comunitárias.
Quanto aos direitos de terceira geração, estes surgiram como resposta à dominação cultural e como reação
ao alarmante grau de exploração não mais da classe trabalhadora dos países industrializados, mas das nações
em desenvolvimento e por aquelas já desenvolvidas, bem como pelos quadros de injustiça e opressão no
próprio ambiente interno dessas e de outras nações revelados mais agudamente pelas revoluções de
descolonização ocorridas após a Segunda Guerra Mundial; aliás, atuam, ainda, como a�rmação
contemporânea de interesses que desconhecem limitações de fronteiras, classe ou posição social e se
de�nem como direitos globais ou de toda a humanidade (direito à paz, à autodeterminação dos povos e ao
meio ambiente equilibrado).
Hodiernamente, há autores que defendem a existência dos direitos de quarta e quinta dimensão; os de
quarta são voltados ao direito à democracia, à informação e ao pluralismo; já os direitos de quinta geração
são aqueles que levam em consideração o cuidado, a compaixão e amor por todas as formas de vida,
reconhecendo que a segurança humana não pode ser plenamente realizada se não identi�car o indivíduo
como parte do todo. Ambos estão voltados, especialmente, para a identidade individual, patrimônio genético
e à proteção contra o abuso das técnicas de clonagem.
16/04/2024, 09:50 wlldd_231_u1_dir_hum_cid
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FUNDAMENTOS DAS ONDAS DIMENSIONAIS DOS DIREITOS HUMANOS
O órgão do Estado, ao realizar vistoria em uma determinada propriedade rural, constatou que a mesma não
cumpria sua função social (artigo 5º, XXIII, da CF/88), classi�cando o imóvel como improdutivo. Com base
nessa declaração, o chefe do Poder Executivo emitiu um decreto declarando o imóvel de interesse social para
�ns de reforma agrária e iniciou um processo administrativo de desapropriação por interesse social nos
termos do artigo 184 da Constituição da República. Inconformado com a decisão administrativa, o proprietário
do imóvel impetrou Mandado de Segurança em face do chefe do Poder Executivo, alegando, entre outros
fundamentos, a inexpropriabilidade do seu imóvel rural para efeito de reforma agrária, pelo fato de ele se
situar em área de relevante interesse ambiental, de�nida pela Constituição da República como patrimônio
nacional (BRASIL, 1988).
O caso foi, a�nal, apreciado pelo Poder Judiciário, que, em decisão proferida sobre a matéria,  entendeu que o
direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, típico direito de terceira geração, de caráter
difuso, e o consequente dever do Poder Público de proteção ao patrimônio ambiental não impediriam, a
priori, a intervenção estatal na propriedade privada em razão de relevante interesse social, uma vez que o art.
225 da CF/88 não proíbe a utilização das áreas constitucionalmente declaradas como patrimônio nacional
para �ns de reforma agrária, desde que respeitadas as condições necessárias à preservação ambiental, na
forma da lei.
A partir do caso acima apresentado, é possível identi�car o con�ito que envolve direitos de diferentes
dimensões, sendo certo, nesseparticular, a colisão de direitos de primeira, de segunda e de terceira geração,
isso porque estão presentes o direito individual à propriedade privada, previsto no artigo 5º, inciso XXII; o
direito coletivo à reforma agrária, previsto no artigo 5º, inciso XXIV cominado com o artigo 184 e o artigo 6º; e,
por �m, o direito de todos ao meio ambiente equilibrado, previsto no artigo 225, todos da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988.
A verdade é que, embora estejam devidamente tutelados na Carta Magna e consagrados em tratados
internacionais de direitos humanos, o embate de direitos se apresenta como uma realidade na sociedade
hodierna, pois envolve interesses que se apresentam, por vezes, em campos antagônicos, como no caso
acima indicado.
A partir desses aspectos suscitados, surgiu a necessidade de compatibilização dos interesses evidenciados.
Sem embargo, a partir de fatos e casos concretos, tornou-se possível indicar quais direitos devem ceder em
favor de outros, independentemente das gerações envolvidas, ou seja, não há hierarquia ou aspectos
preponderantes que, a priori, possam indicar a validade de um direito de primeira, de segunda ou de terceira
geração, mas, sim, a partir da ponderação de valores que ensejam a interpretação dos casos apresentados.
VÍDEO RESUMO
Caro estudante, o presente vídeo se propõe a apresentar os direitos humanos a partir das ondas geracionais
ou dimensionais. A abordagem levará em conta aspectos históricos importantes do século XVIII (primeira
dimensão), século XIX (segunda dimensão) e século XX (terceira dimensão); aliás, a presente classi�cação está
consagrada pela doutrina e jurisprudência nacional e internacional. 
Além da abordagem relativa aos direitos civis e políticos, sociais, econômicos e culturais, do meio ambiente,
paz e autodeterminação dos povos, também serão identi�cadas novas dimensões, as denominadas de quarta
e quinta. 
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 Saiba mais
A �m de que amplie o seu conhecimento, indicamos a leitura de:
BALMANT, L. E.; GUERRA, S. Direitos humanos e políticas públicas de combate à pobreza no contexto da
globalização. Cadernos de Dereito Actual, [S. l.], n. 7, p. 25-42, 2017.
INTRODUÇÃO
Caro estudante, Herkenho� conceitua cidadania como a qualidade ou o status de cidadão e ressalta que o
conteúdo de cidadania se ampliou historicamente, ultrapassando os conteúdos civil e político de sua
formulação original. Em sua opinião, além da dimensão civil e política, a cidadania possui outras quatro
dimensões: social, econômica, educacional e existencial.
A cidadania se apresenta como status e, ao mesmo tempo, como objeto de direito fundamental das pessoas;
isso porque, num mundo em que Estados ocupam um lugar central, manter vínculos e participar de um de um
deles é estar inserido na vida jurídica e política que ele propicia, bem como se bene�ciar da defesa e da
promoção dos direitos que ele abarca na sua estruturação, tanto internamente como nas relações com outros
Estados.
A cidadania como um status do sujeito, enquanto um direito a ter direitos, é indispensável para a
concretização da democracia; ela é um corolário do princípio democrático, pois reforça a dimensão do poder
emanado pelo povo e nele fundamentado, como fonte de sua legitimação. As estruturas política e social
erguem-se por meio da cidadania e dela não podem prescindir se, de fato, pretendem manter-se �el ao
modelo de Estado Democrático de Direito.
CIDADANIA 
A análise do modelo inglês de construção da cidadania foi objeto de estudo de Thomas Humphrey Marshall;
aliás, sua classi�cação se tornou parâmetro comum nas abordagens sobre cidadania, especialmente nas
ciências sociais. Segundo seu entendimento, as liberdades se �rmaram a partir de três momentos distintos,
no decorrer de três séculos: a) os direitos civis, no século XVIII, que podem ser expressos pela igualdade
perante a lei e pelos direitos do homem; b) os direitos políticos, que ganham amplitude no século XIX, em
decorrência da ampliação do direito de voto, no sentido do sufrágio universal; c) os direitos sociais, no século
XX, pela criação do Estado de Bem-Estar (Welfare State).
Aula 3
A CIDADANIA NA FORMAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO
DE DIREITO
Herkenho� conceitua cidadania como a qualidade ou o status de cidadão e ressalta que o conteúdo de
cidadania se ampliou historicamente, ultrapassando os conteúdos civil e político de sua formulação
original.
30 minutos
http://cadernosdedereitoactual.es/ojs/index.php/cadernos/article/viewFile/214/130
http://cadernosdedereitoactual.es/ojs/index.php/cadernos/article/viewFile/214/130
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A cidadania moderna, que se desenvolveu na sociedade liberal, surgiu da uni�cação do Estado e da separação
funcional deste; aliás, os elementos que compõem os direitos de cidadania não surgiram em uma mesma
época, ao contrário, tiveram sua evolução e apogeu em contextos históricos distintos. Os períodos de
destaque de cada direito da cidadania �cam nítidos nessa busca de caminhos distintos e autônomos desses
elementos. Com efeito, embora a origem e o crescimento da cidadania tenham ocorrido em meio ao
desenvolvimento capitalista, caracterizado por desigualdades, fundamenta-se em uma ideia de igualdade
básica, já que constitui um status concedido àqueles que são membros integrais de uma comunidade. Logo, a
cidadania é compatível com a desigualdade de classes, porque, não obstante a sociedade ser estrati�cada em
classes e surgirem desigualdades entre elas, pelos direitos mínimos garantidos, cria-se mecanismos de
igualdade social.
No Brasil, pode-se a�rmar que a cidadania passa por uma crise peculiar, em razão do desenvolvimento
histórico que fugiu à trajetória desenhada por Marshall em relação ao modelo da Inglaterra, posto que, nesse
país, o processo levou à consolidação dos direitos civis, políticos e sociais à medida que o exercício de um
conduzia a conquista do outro, operando uma lenta edi�cação movida pelo próprio povo, sedimentando-se
como um sólido valor coletivo.
Os direitos políticos precederam os direitos civis; a cidadania foi arquitetada de cima para baixo, com o Estado
paternalista aquinhoando direitos políticos às pessoas sem que houvesse uma real reivindicação e conquista
desses mesmos direitos, o que prejudicou a consolidação da consciência cidadã no Brasil, em função da falta
de sentimento constitucional. A herança colonial deixou marcas no campo dos direitos civis, pois a escravidão,
os latifúndios e o Estado patrimonialista comprometido com interesses privados foram transpostos para o
novo país e perduraram por um longo período, o que di�cultou a solidi�cação dos direitos civis; aliás, a
trajetória sucintamente descrita revela que o modelo tradicionalmente propalado de cidadania de�nido por
Marshall não foi seguido no Brasil, onde os direitos políticos foram “outorgados” por uma elite dominante.
Todo o quadro gerou um dé�cit ou uma “deformação” no rumo da cidadania, principalmente em relação à
e�cácia dos direitos fundamentais no Brasil, vistos como uma “generosidade” das elites e uma possibilidade
remota de compromisso por parte do Estado brasileiro, que perpetua e legitima a concentração de renda e a
desigualdade social.
CIDADANIA - ASPECTOS HISTÓRICOS 
A cidadania ocupa papel central na construção do Estado Democrático de Direito, tendo em vista que este não
pode prescindir da participação popular como fonte legitimadora, bem como se apresenta como fator
indispensável para a promoção da inclusão social e o combate à desigualdade.
O cidadãose apresenta como agente reivindicante que autoriza o desabrochar de direitos novos, por isso, a
nova ideia de cidadania requer a expansão dos processos de realização democrática, inclusive a adoção de
técnicas inovadoras de participação direta como instrumentos novos de acesso do povo à condução do poder
público, sem prejuízo dos recursos democráticos tradicionais, além de toda uma construção social que retrate
efetivamente os intentos dos cidadãos expressos na ordem constitucional e que seja capaz de re�etir o tipo
de sociedade almejado pela soberania popular.  
No Brasil, há vários problemas, inclusive de natureza histórica, voltados à organização da participação popular
e ao consequente exercício da cidadania, especialmente por meio dos movimentos sociais, levando-se em
consideração o relevante papel que desempenham na consolidação do Estado Democrático de Direito.
A herança colonial deixou marcas no campo dos direitos civis, pois a escravidão, os latifúndios e o Estado
patrimonialista comprometido com interesses privados foram transpostos para o novo país e perduraram por
um longo período, di�cultando a solidi�cação dos direitos civis. Na ideia de república, encontra-se embutida
não a noção de “quem manda”, mas “para quê”; o poder está a serviço do bem comum, da coisa coletiva ou
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pública como um bem superior ao particular; condena-se a tendência de quem está no poder a se apropria do
bem público como se fosse sua propriedade privada, conquanto seja menos exigente em relação aos
cidadãos, posto que aceita que estes sejam movidos, sobretudo, por seus interesses particulares. Bem mais
do que um regime especí�co, a república consiste num modo de exercer o poder voltado à coisa pública e
cujo poder é atribuído pelo povo em eleições periódicas. O maior antagonista da república nos dias de hoje
não é tanto a monarquia, mas a usurpação da coisa pública por interesses particulares, ou seja, o
patrimonialismo que, infelizmente, é um traço característico da história “republicana” brasileira.
O patrimonialismo signi�ca que o Estado é visto como um bem pessoal, patrimônio que designa a
propriedade transmitida por herança de pai para �lho; o Estado é dirigido pelo governante como uma
empresa pessoal, no quadro do capitalismo mercantil, e, como consequência, gera corrupção ao seu redor e
neutraliza a iniciativa dos produtores. A corrupção se torna um dado intrínseco ao sistema como resultado de
uma exacerbação do Estado e não uma mera prática pessoal. En�m, a marca do patrimonialismo permeia a
organização do espaço público brasileiro e dá um contorno ao Estado pouco movido pela busca dos
interesses da coletividade, assim, os grupos menos favorecidos da sociedade sucumbem devido à falta de
políticas públicas realmente voltadas para a realização de planos de melhoria da condição de vida de
segmentos expressivos de cidadãos, que, geralmente, são lembrados como cidadãos apenas nos períodos
eleitorais. Tudo isso revela um modelo de sociedade no qual a república foi proclamada, porém muito pouco
vivenciada e cujo espírito público pouco in�ui sobre a construção coletiva e estatal, caracterizando uma
cidadania de baixa densidade.
A CIDADANIA NA FORMAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO  
A cidadania como um status do sujeito, como um direito a ter direitos, é indispensável para a concretização da
democracia; ela é um corolário do princípio democrático, pois reforça a dimensão do poder emanado pelo
povo e nele fundamentado, como fonte de sua legitimação. As estruturas política e social se erguem por meio
da cidadania e dela não podem prescindir se, de fato, pretendem manter-se �el ao modelo de Estado
Democrático de Direito. A cidadania, de�nida pelos princípios da democracia e do pluralismo político,
constitui-se da criação de espaços sociais de canalização de con�ito e de luta (movimentos sociais) e da
�xação de instituições permanentes para a expressão política (partidos, órgãos públicos), signi�cando
conquista e consolidação social e política. A cidadania passiva, outorgada pelo Estado, diferencia-se da
cidadania ativa, na qual o cidadão, portador de direitos e deveres, é essencialmente gerador de direitos para
abrir novos espaços de participação política.
Não se pode olvidar de estabelecer uma inter-relação entre cidadania e direitos humanos em razão da
identi�cação e pertinência dos conceitos, mas pelo fato de que a evolução de um acarreta a implementação
do outro, portanto, é possível apresentar dimensões política, civil e social da cidadania.
Ser cidadão implica a efetiva atribuição de direitos nas três esferas mencionadas, porque careceria de sentido
participar do governo sem condições de fazer valer a própria autonomia, bem como sem dispor de
instrumentos asseguradores das prestações devidas pelo Estado, em nome da igualdade de todos. A
cidadania pressupõe participação efetiva na vida política e com preservação do poder de autodeterminação
pessoal, seja em termos de impor abstenções ao Estado, seja em termos de lhe exigir prestações.
Nos Estados contemporâneos, a técnica da representação popular é indispensável para a manifestação da
vontade coletiva, contudo, a cidadania não se limita à manifestação periódica, por meio de eleições, para a
composição dos cargos eletivos dos poderes executivo e legislativo; o seu conteúdo vem sendo revisto e tem
sofrido reformulação.
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Numa conjuntura na qual se intensi�ca a circulação das pessoas e em que, apesar dos pesares, a�rma-se a
liberdade individual, a pertença a uma comunidade política, embora sendo permanente, já não tem de ser
perpétua como no passado; de acordo com as projeções de Jorge Miranda, o direito à cidadania, futuramente,
será acompanhado, dentro de determinados limites, de um direito de escolha da cidadania. Em suma, a
cidadania não é um dado, mas um construído pelos próprios cidadãos nas suas dimensões civil, política,
social, jurídica, econômica, cultural entre outras. Os cidadãos são os reivindicantes e portadores do poder
estatal exercido pelos representantes por eles escolhidos, conforme os parâmetros instituídos em lei.
VÍDEO RESUMO
Caros estudantes, apresentaremos elementos para a compreensão da cidadania no fortalecimento do Estado
Democrático de Direito. Abordaremos, inicialmente, os estudos formulados por Marshall para, depois,
identi�car os aspectos que correspondem ao Brasil, podendo ser constatado que os direitos civis foram
consagrados durante o século XVIII, ao passo que o período de formação dos direitos políticos no século XIX e
o advento dos direitos sociais no século XX. Contudo, não se pode a�rmar que eles caminharam totalmente
independentes; tanto os direitos civis, quanto os políticos e os sociais tiveram momentos de ligação. 
 Saiba mais
O texto sugerido discorre sobre a cidadania e a democracia no Brasil; leia e amplie seus conhecimentos:
GUERRA, S.; EMERIQUE, L. M. B. Construção da cidadania e da democracia no Brasil: tarefas inacabadas.
In: ENCONTRO PREPARATÓRIO PARA O CONGRESSO NACIONAL DO CONPEDI, 15., 2007, Campos dos
Goytacazes. Anais […]. Campos dos Goytacazes, 2007. p. 175-201.
INTRODUÇÃO
Caro estudante, a participação popular se apresenta como necessidade fundamental e sua ausência cria e
recria antagonismos espaciais, degenerando-se em violência tanto na esfera pública quanto na privada, pois
são esferas absolutamente imbricadas e que se retroalimentam constantemente, mantendo um status quo
aparentemente imutável. Trata-se de uma modalidade de política pública de longoprazo que tem a pretensão
de atingir a raiz da problemática e não os sintomas ou consequências, bem como parte do princípio de que as
pessoas precisam compreender o paradigma posto pela “Era dos Direitos Humanos” e sua mensagem
normativa humanitária.
Aula 4
CIDADANIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA NO BRASIL,
A PARTICIPAÇÃO POPULAR E AS POLÍTICAS PÚBLICAS
30 minutos
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O modo de vida humano está encravado numa cultura que gera o individualismo, o medo e o autoritarismo
numa perene desconsideração da alteridade do outro como um igual; esse é o espectro que nos acompanha,
evidenciando, portanto, que persiste um hiato entre os atos cotidianos públicos e privados atentatórios à
alteridade e dignidade humanas, bem como a mensagem humanística contida nos documentos de direitos
humanos universalmente reconhecidos.
PRINCÍPIOS 
O princípio da cidadania �gura como um corolário do princípio democrático. O poder emanado do povo se
manifesta por meio do exercício da cidadania nas suas mais amplas possibilidades; em qualquer das
modalidades democráticas (direta, indireta ou semidireta) a cidadania se encontra presente e é indispensável
para a caracterização do regime.
A ideia de cidadania aparece nos estudos de Celso Lafer (1999), principalmente na abordagem sobre a crise
dos direitos humanos, que tem repercussão direta na condição de total dominação dos indivíduos almejada
pelos Estados totalitários, pois, em tais estruturas, as pessoas, muitas vezes, são tratadas como supér�uas,
sem lugar no mundo. Para Hannah Arendt (1989), os direitos humanos pressupõem a cidadania como um
princípio, pois a privação da mesma repercute na condição humana, posto que o ser humano privado de
proteção conferida por um estatuto político esvazia-se da sua substância de ser tratado pelos outros como
semelhante, isto é, como igual. Disso, conclui-se que o primeiro direito humano é o direito a ter direitos, o que
só é possível mediante o pertencimento, pelo vínculo da cidadania, de algum tipo de comunidade
juridicamente organizada e ser tratado dentro dos parâmetros de�nidos pelo princípio da legalidade.
Indubitavelmente, a cidadania ocupa um papel central na construção do Estado Democrático de Direito e a
democracia não se resume apenas a um regime político com partidos e eleições livres; é, antes de tudo, uma
forma de existência social. Uma sociedade democrática é aberta e permite, sempre, a criação de novos
direitos; o que se nota, apesar das várias direções possíveis de estudo da cidadania, é que a participação e a
atuação para se construir o próprio destino é inerente a sua ideia, o que muda, ao longo dos tempos, são os
graus e as formas de participação e sua abrangência.
A Constituição de 1988 consagra o aspecto político-jurídico da cidadania, instituindo-a como um princípio
fundamental do Estado Democrático de Direito (art. 1º, II). Tal princípio se encontra concretizado, em grande
medida, no Título II (Dos direitos e garantias fundamentais), Capítulo IV (Dos direitos políticos), em que estão
incluídos os direitos e obrigações de caráter político dos cidadãos brasileiros (art. 14 a 16), porém não se pode
olvidar que o sentido do princípio da cidadania é bem mais amplo do que a titularidade de direitos políticos,
pois quali�ca os participantes da vida do Estado, reconhecendo os indivíduos como pessoas integradas na
sociedade estatal (art. 5º, LXXVII, da Constituição de 1988), sendo certo que o funcionamento do Estado estará
submetido à vontade popular, o que tem conexão com a ideia de soberania popular (art. 1º, parágrafo único),
com os direitos políticos (art. 14) e com o conceito de dignidade da pessoa humana (art. 1º, III), com os
objetivos da educação (art. 205) como base e meta primordial do regime democrático.
Muitas são as discussões em torno do pluralismo e variados os tipos de pluralismo existentes. Não bastasse
esse nível de complexidade, o pluralismo recebe conotações que designam especi�cidades de acordo com o
âmbito de seu estudo: "pluralismo político", "pluralismo social", "pluralismo jurídico" etc. Frente a essa
amplitude de possibilidades, a atenção estará centrada em aspectos genéricos com a intenção de servir de
suporte para pontuar o princípio do pluralismo político conforme con�gurado no ordenamento constitucional.
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ASPECTOS HISTÓRICOS
Com base nas lições de Hannah Arendt (1989), é possível concluir que o processo de asserção dos direitos
humanos, enquanto invenção para a convivência coletiva, requer um espaço público em que somente se tem
acesso por intermédio da cidadania; por isso, para ela, o primeiro direito humano, do qual derivam todos os
demais, é o direito a ter direitos e cuja experiência totalitária demonstrou que só podem ser exigidos por meio
do acesso pleno à ordem jurídica oferecido pela cidadania, que tem relação direta com a participação no
processo de tomada de decisões políticas.
O caráter democrático dessa participação decorre, principalmente, da sua igualdade e liberdade, pois
igualdade de participação signi�ca que, nas decisões que cabem à cidadania, seus membros contam com igual
poder de decisão, o que é expresso pela igualdade de votos (art. 14, caput, da Constituição de 1988) vinculada
à escolha de governantes em eleições periódicas, livres e imparciais (art. 1º, parágrafo único, art. 14, art. 60, §
4º, II) pelo igual direito de se concorrer a cargos eletivos (art. 14) e pela independência dos representantes
eleitos pelos cidadãos (art. 1º, parágrafo único).
A liberdade de participação signi�ca que os cidadãos devem contar com oportunidades iguais para articular,
esclarecer e expressar suas opiniões e interesses nos assuntos públicos, e isso se manifesta por meio da
liberdade de expressão, que deve incluir a possibilidade de crítica do governo, do regime político, da ordem
socioeconômica ou da ideologia prevalecente (art. 5º, IV); da liberdade de informação; do direito de buscar
fontes alternativas de informação, que devem existir e ser protegidas por lei (art. 5º, XIV); e da liberdade de
associação, que deve garantir, especialmente, sua independência em relação ao Estado (art. 5º, XVII) (BRASIL,
1988).
A cidadania é a manifestação das prerrogativas políticas que um indivíduo tem dentro de um Estado
Democrático, sendo certo que o exercício dessas prerrogativas é fundamental, visto que sem a participação
política do indivíduo nos negócios do Estado e em questões de interesse público, não se pode falar em
democracia que se encontra consubstanciada na ideia de que todo poder do Estado emana do povo (art. 1º,
parágrafo único) (BRASIL, 1988).
De fato, todo o poder estatal é poder de direito, sendo certo que o Estado não é o seu sujeito ou proprietário,
mas o seu âmbito material de responsabilidade e atribuição; o Estado também não é a origem do poder e,
sim, o povo, ou seja, o poder estatal não está no povo, mas emana dele; aliás, esse poder é exercido por
encargo do povo e em regime de responsabilização realizável perante ele. Esse emanar é normativo, por isso,
deve desembocar em sanções concretas, tendo, na democracia, sua variante ativa. Segundo Friedrich Müller,
só se pode falar com ênfase de povo ativo quando estão em vigor, praticando e respeitando os direitos
fundamentais individuais e políticos. Portanto, a ideia de cidadania guarda proximidade e se inter-relaciona
com os conceitos de nacionalidade e de povo, embora não comporte igual signi�cado.
FUNDAMENTOS DA CIDADANIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA NO BRASIL, A PARTICIPAÇÃO
POPULAR E ASPOLÍTICAS PÚBLICAS 
Preliminarmente, compete-nos assinalar que o pluralismo demanda uma situação na qual não haja um poder
monolítico, mas, sim, vários centros de poder bem distribuídos territorialmente e funcionalmente; o indivíduo
tem a otimização máxima do potencial da participação na formação das deliberações que lhe dizem respeito,
o que é uma essência da democracia. Apesar de o pluralismo reconhecer a importância dos grupos, das
sociedades parciais, não afasta a importância decisiva do grupo universal formado pelos cidadãos e
diferenciado do aparelho do Estado.
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Atualmente, embora a ideia de pluralismo assicia-se à democracia, como lembra Bobbio (1992), existem
sociedades pluralistas não democráticas e democráticas não pluralistas, como a sociedade feudal era
pluralista, mas não era democrática (era composta de um conjunto de várias oligarquias).
Impõe-se à Constituição um rol de problemas postos pelo pluralismo político e os quais precisa enfrentar, tais
como, a garantia da independência dos grupos em relação ao Estado; a relevância e as formas de sua
participação no processo político; a institucionalização dos con�itos entre os diferentes grupos e entre esses e
os cidadãos não associados. Oferecer soluções a esses problemas numa democracia é importante tanto pelo
fato de que a presença desses grupos é positiva, posto que alavancam a participação dos cidadãos no espaço
público, como por não excluir o receio de que a realização dos �ns almejados pelos grupos seja possível às
expensas do restante da sociedade.
Por �m, devemos assinalar que, ao se enfatizar os desa�os da construção de um modelo de pluralismo
compatível com as demandas sociais contemporâneas, torna-se necessário sublinhar certos aspectos da
correlação do pluralismo político-social com a democracia, tal como foi previsto no texto constitucional. Nessa
esteira, colocamos como pontos de destaque da íntima conexão entre a democracia e o pluralismo: a) a
contribuição para a correção da tendência de centralização e de fortalecimento do Estado junto à privatização
do indivíduo; b) a permissão para o �orescimento de sentimentos forjados para o bem coletivo, em oposição
aos interesses privados consubstanciados em privilégios; c) a incorporação de grupos dominados que
possuem um direito para somar esforços, visando à utilidade pública; d) a diversi�cação da representação que
foi reduzida à abstração do cidadão e para limitar a soberania do Estado; e) a descrição e defesa de um
sistema oposto à oligarquia ou a uma elite no poder; f) a constatação de que nenhum valor socialmente
instituído é puro, absoluto e unívoco, face à diversidade de cosmovisões presentes no tecido social; g) a
relação de cooperação social amistosa entre indivíduos desiguais nas suas oportunidades de vida, entretanto,
iguais no fundamento que lhes dá permissão de exigir alguma coisa do seu governo, o que supõe o
pluralismo, posto que não haveria laço durável entre indivíduos que não fossem livres para escolher e que se
sentissem reprimidos na sua identidade e frustrados nos seus interesses; h) e a necessidade de o pluralismo
não �car reduzido apenas ao pluralismo de direito, mas caminhar em direção a um pluralismo de fato, a �m
de que o consenso seja um dado fundamental da democracia.
VÍDEO RESUMO
Caros estudantes, nesta aula, apresentaremos elementos para a compreensão da cidadania no fortalecimento
do Estado Democrático de Direito; frente a isso, abordaremos a participação popular, os aspectos poli
jurídicos da cidadania e as políticas públicas. 
 Saiba mais
No texto sugerido a seguir, você saberá ainda mais sobre a participação popular nas políticas públicas:
ALBUQUERQUE, M. do C. Participação popular nas políticas públicas. São Paulo: Instituto Pólis, 2006.
http://www.bibliotecadigital.abong.org.br/bitstream/handle/11465/406/POLISparticipa%E7ao_popular_politicas_publicas.pdf?sequence=1
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Aula 1
COMPARATO, F. K. A a�rmação histórica dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 1999.
FERRAJOLI, L. Los fundamentos de los derechos fundamentales. 2. ed. Madrid: Trota, 2005.
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LUÑO, A. E. P. Los derechos fundamentales. 7. ed. Madrid: Tecnos, 1998.
MIRANDA, J. Manual de direito constitucional. 3. ed. Coimbra: Ed. Coimbra, 2000.
PÉREZ, J. L. R. El discurso de los derechos: una introducción a los derechos humanos. Madrid: Universidad
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SANTAGATI, C. J. Manual de derechos humanos. 2. ed. Buenos Aires: Ediciones Jurídicas, 2009.
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Aula 2
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COMPARATO, F. K. A a�rmação histórica dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 1999.
GUERRA, S. Curso de direitos humanos. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2022.
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SAMPAIO, J. A. L. Direitos fundamentais. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
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Diretores do Instituto Interamericano de Direitos Humanos (Costa Rica) e do Instituto Internacional de Direitos
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
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Aula 3
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Aula 4
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