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Etapa Ensino Fundamental
Anos Finais
8º Ano
Aula 26 – 3º bimestre
Geografia
Vulnerabilidade social no Brasil – parte 2 
Conteúdo
Objetivos
Compreender o conceito de vulnerabilidade social e identificar grupos de pessoas vulneráveis;
Analisar elementos referentes à dimensão capital humano; 
Identificar dados e informações sobre o capital humano no Brasil;
Criar uma campanha para incentivar jovens a retomar os estudos. 
Vulnerabilidade social no Brasil;
Índice de Vulnerabilidade Social;
Capital humano;
Saúde;
Educação. 
Currículo Paulista – Anos Finais do Ensino Fundamental
Geografia
8º ano
Habilidades:
(EF08GE16B) Discutir as particularidades da distribuição, estrutura e dinâmica da população e relacionar com as condições de vida, qualidade de vida e trabalho nas cidades latino-americanas, em especial no Brasil.
(EF08GE17) Analisar as diferenças na apropriação dos espaços urbanos, relacionando-as com os processos de exclusão social e segregação socioespacial e discutir as políticas públicas de planejamento urbano dos países latino-americanos, em especial do Brasil.
Sugestão para distribuição dos tempos das seções da aula:
Para começar = 10 minutos
Foco no conteúdo: 10 minutos
Na prática I = 10 minutos
Na prática II = 10 minutos
Aplicando = 05 minutos
Para começar
10 minutos
O gancho!
[...] A exclusão escolar tem classe e cor. A situação de vulnerabilidade em que se encontram crianças e adolescentes pobres, pretas(os), pardas(os) e indígenas, no Brasil, não é uma coincidência, não é resultado de um processo histórico que, tal como a natureza, não é previsível nem controlável, mas da manutenção de escolhas que condenam grandes parcelas da população à invisibilidade, ao abandono e ao silenciamento. [...] As parcelas da população em idade escolar mais excluídas concentram-se entre as crianças de 4 e 5 anos e entre adolescentes de 15 a 17 anos. [...]
O estudo Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – Um alerta sobre os impactos da pandemia da COVID-19 na Educação, publicado pela UNICEF em abril de 2021 revela que:
Para começar
[...] Considerando que adolescentes de 15 a 17 anos são a faixa etária que deveria estar cursando o final da Educação Básica, essa parcela de “foras da escola” pode diminuir ano a ano sem que políticas voltadas ao acesso e à permanência se realizem no Ensino Médio, pois a dinâmica demográfica tem apontado a diminuição dessa parcela da população nos últimos anos em todas as regiões brasileiras. [...]
Gráfico 1 – População de 4 a 17 anos fora da escola, regiões, 2019
Gráfico 2 – Percentual da população de 15 a 17 anos 
fora da escola (2016-2019)
Para começar
Todo mundo escreve!
 De acordo com os seus conhecimentos e com um diálogo com os(as) colegas e com o professor(a), comente por que as parcelas mais excluídas da população em idade escolar são de crianças de 4 e 5 anos e de adolescentes de 15 a 17 anos no Brasil.
2. A situação de vulnerabilidade é maior em quais grupos populacionais? 
3. Com base nos gráficos 1 e 2, verifique em qual(is) região(ões) brasileira(s) a situação é mais preocupante.
4. Você conhece alguém com idade entre 4 e 17 anos que esteja fora da escola? Quais podem ser os motivos que levaram essa pessoa a essa situação? Como isso pode impactar o futuro dela? 
Para começar
Retomada!
Foco no conteúdo
Na aula anterior, você conheceu o Atlas da vulnerabilidade social nos municípios brasileiros, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2015. O Atlas apresenta, por meio do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), três dimensões: infraestrutura urbana, capital humano e renda e trabalho. 
Vale ressaltar que há outros indicadores, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o  Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que consideram outras dimensões e indicadores para conhecer as particularidades da população brasileira e elementos do território do país. Nesta aula, nos basearemos em outras pesquisas e estudos sobre a dimensão estudada. 
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Dimensão: capital humano
A dimensão envolve dois aspectos de inclusão social dos indivíduos: saúde e educação; 
Foram adotados indicadores como mortalidade até um ano de idade; percentual das crianças que não frequentam a escola; percentual das mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos; percentual das mães chefes de família sem fundamental completo e com pelo menos um filho menor de 15 anos de idade no total de mães chefes de família; taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais; percentual das pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza na população total dessa faixa etária. 
Foco no conteúdo
Nesta aula, você conhecerá indicadores relacionados à dimensão capital humano:
Mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos.
Pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham.
Imagem 1
Converse com o(a) professor(a) para conhecer, em outros momentos, os demais indicadores da dimensão capital humano. 
Imagem 2
Foco no conteúdo
INDICADOR: Mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos
https://www.youtube.com/watch?v=ailmnLs7nic 
Vídeo 1 – Brasil tem uma das maiores taxas de gravidez na adolescência
Descrição do vídeo: O Brasil tem uma das maiores taxas de gravidez na adolescência da América do Sul. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o país ocupa o sétimo lugar no ranking de nações sul-americanas com um grande número de mulheres que se tornam mães antes de atingir a maioridade.
Fonte: TV Brasil, 5 de outubro de 2020. 
Duração: 02min27.
Foco no conteúdo
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Aprofundando os conhecimentos – I
Com o apoio do(a) professor(a), ouça o podcast publicado na reportagem Gravidez precoce no Estado de São Paulo tem redução de 65% (Jornal da USP/Rádio USP, 31 de março de 2023). 
https://jornal.usp.br/radio-usp/jornal-da-usp-no-ar-2/gravidez-precoce-no-estado-de-sao-paulo-tem-reducao-de-65/
Duração: 04min44
Imagem 3 
Foco no conteúdo
Na prática I
10 minutos
 Por que o Brasil apresenta um grande número de mulheres que se tornam mães antes de atingir a maioridade? Apresente os seus argumentos.
 A gravidez precoce é um problema de saúde pública e acarreta riscos de vida para a mãe e para o bebê, além de problemas sociais, maior grau de vulnerabilidade, entre outras consequências. O que pode ser feito para reduzir o número de casos de gravidez precoce em adolescentes? Apresente os seus argumentos. 
Tome posição!
Registre as anotações no caderno.
INDICADOR: Pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham
Na notícia No Brasil, cerca de 11 milhões de jovens não estudam e nem trabalham, publicada pela Agência IBGE Notícias em 29 de outubro de 2019, a economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Joana Costa [...] explica que “o termo “nemnem” é a variação da sigla Neet (Not in education, employment, or training), que surgiu na Inglaterra, nos anos 1990, durante as primeiras discussões sobre os jovens que não trabalhavam e nem estudavam. 
Foco no conteúdo
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Mas, para Joana, diferentemente da sigla inglesa, que usa termos técnicos e mais formais (se traduzidos seriam algo como “fora da educação, do emprego e da qualificação profissional”), a expressão em português acabou ganhando um tom pejorativo, por passar a ideia de que esses jovens seriam ociosos, e que estariam nessa situação simplesmente por vontade própria”. 
Imagem 4 
Foco no conteúdo
Aprofundando conhecimentos – II
Leia um trecho da notícia Jovens “sem-sem” e a desigualdade educacional no Brasil, publicada em 17 de abril de 2023 pela Fundação Roberto Marinho.
[...] a pesquisa “O Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras” revela que 27% dos jovens não estudam e nem trabalham, conhecidos como jovens “sem-sem”. A pesquisa mostra ainda que 39% destes meninos e meninas só trabalham, outros 15% somente estudam e 14% estudam e têm emprego. Por fim, 5% estudam, mas estão desempregados. “O termo ‘sem-sem’ refere-se a uma parcela da juventude que está fora do mercado de trabalho e dequalquer instituição de ensino. 
Foco no conteúdo
Quando a gente usa o termo ‘nem-nem’ [para se referir aos jovens que nem estudam e nem trabalham] dá a impressão de que a responsabilidade desta condição é do jovem. O termo ‘sem-sem’ traz o olhar para uma situação social, onde há desigualdade de oportunidades e formação entre os jovens do Brasil.”, afirma Felipe Santos, Analista de Pesquisa e Avaliação da Fundação Roberto Marinho (FRM). [...]
Foco no conteúdo
Na prática II
10 minutos
 De acordo com a economista Joana Costa, do IPEA, “a expressão - “nemnem” - em português acabou ganhando um tom pejorativo, por passar a ideia de que esses jovens seriam ociosos, e de que estariam nessa situação simplesmente por vontade própria”. Você concorda com essa afirmação? De que forma estar fora da escola e do mercado de trabalho pode impactar a vida dos jovens? Apresente os seus argumentos. 
 De acordo com o analista de Pesquisa e Avaliação da FRM, “o termo ‘sem-sem’ traz o olhar para uma situação social, onde há desigualdade de oportunidades e de formação entre os jovens do Brasil”. Você concorda com essa afirmação? Apresente os seus argumentos. 
Tome posição!
Registre as anotações no caderno.
Aplicando
05 minutos
Organizados(as) em grupos, combinem com os(as) colegas o planejamento de uma campanha para incentivar jovens que deixaram a escola a voltar para escola e retomar os estudos. 
Como ponto de partida, será necessário conversar com o(a) professor(a) e com a coordenação da escola para obter apoio na divulgação da campanha, incluindo as redes sociais da instituição. 
Além disso, combinem a criação de um nome para a campanha, um slogan e as estratégias do grupo. 
Lembre-se de que a proposta é atuar com respeito e responsabilidade. 
O que aprendemos hoje?
Nesta aula, você aprofundou os seus conhecimentos sobre o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) por meio da dimensão capital humano e dos indicadores: mulheres de 10 a 17 anos de idade que tiveram filhos e pessoas de 15 a 24 anos que não estudam e nem trabalham. 
Tarefa SP
Localizador: 99608
Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
Clique em “Procurar”. 
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
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Slides 3, 4 e 5 – UNICEF. Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – Um alerta sobre os impactos da pandemia da COVID-19 na Educação. CENPEC, 2021. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/media/14026/file/cenario-da-exclusao-escolar-no-brasil.pdf. Acesso em: 11 jul. 2023. 
Slides 7 e 8 – IPEA. Atlas da vulnerabilidade social nos municípios brasileiros. Editores: Marco Aurélio Costa, Bárbara Oliveira Marguti. Brasília: IPEA, 2015. 77 p.: gráfs., mapas color. Disponível em:
http://ivs.ipea.gov.br/images/publicacoes/Ivs/publicacao_atlas_ivs.pdf. Acesso em: 11 jul. 2023. 
Referências
Slides 11 e 12 – NAZAR, Susana. Gravidez precoce no Estado de São Paulo tem redução de 65%. Jornal da USP, 31 mar. 2023. Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/jornal-da-usp-no-ar-2/gravidez-precoce-no-estado-de-sao-paulo-tem-reducao-de-65/. Acesso em: 11 jul. 2023. 
Slides 13, 14 e 17 – MARLI, Monica. No Brasil, cerca de 11 milhões de jovens não estudam e nem trabalham. Agência IBGE Notícias, 29 out. 2019. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/25801-nem-nem. Acesso em: 11 jul. 2023. 
Referências
Slides 15, 16 e 17 – Notícia. Jovens “sem-sem” e a desigualdade educacional no Brasil. Fonte: Fundação Roberto Marinho, 17 abr. 2023. Disponível em: https://www.frm.org.br/conteudo/educacao-basica/artigo/jovens-sem-sem-e-desigualdade-educacional-no-brasil. Acesso em: 11 jul. 2023. 
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Currículo em Ação – Geografia. Caderno do Estudante. 8º ano. 3º bimestre. 
Referências
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slides 3, 12, 17 e 18 – Gif. Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/gifs/rel%C3%B3gio-rel%C3%B3gios-tempo-vezes-4109/. Acesso em: 15 fev. 2023. 
Slides 4 e 5 – Gráfico 1 – População de 4 a 17 anos fora da escola, regiões, 2019 e Gráfico 2. Percentual da população de 15 a 17 anos fora da escola (2016-2019). Cenário da Exclusão Escolar no Brasil - Um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação. Fonte: UNICEF, abril de 2021. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/media/14026/file/cenario-da-exclusao-escolar-no-brasil.pdf. Acesso em: 11 jul. 2023. 
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 9 – Imagem 2. Fonte: Getty Images. Disponível em: https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/silhouette-of-the-pregnant-woman-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/453954047?phrase=gravidez+adolescente&adppopup=true. Acesso em: 11 jul. 2023; Imagem 3. Fonte: Getty Images. Disponível em: https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/class-vector-silhouette-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/165920349?phrase=silhueta%2Badolescente%2Bestudando. Acesso em: 11 jul. 2023. 
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 10 – Vídeo 1 – Brasil tem uma das maiores taxas de gravidez na adolescência. Duração: 02:27. Fonte: TV Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ailmnLs7nic. Acesso em: 5 out. 2020. 
Slide 11 – Imagem 3. Fonte: Getty Images. Disponível em: https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/continuous-one-line-drawing-of-podcast-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/1400150688?phrase=podcast&adppopup=true. Acesso em: 11 jul. 2023. 
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 14 – Imagem 4. Fonte: Getty Imagens. Disponível em: https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/three-teens-walking-silhouette-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/881955604?phrase=jovens+silhueta&adppopup=true. Acesso em: 20 jul. 2023. 
Material 
Digital

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