Problemas da Infância, Juventude e Velhice

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Etapa Ensino Médio
1a SÉRIE
Aula 4 – 3º bimestre
Filosofia
Problemas da infância, da juventude e da velhice
Problemáticas da infância, da juventude e da velhice no Brasil contemporâneo.
Analisar problemáticas acerca da infância, da juventude e da velhice no Brasil contemporâneo.
Realizar leitura filosófica de texto não filosófico.
Relacionar a filosofia clássica a temas contemporâneos.
Conteúdo
Objetivos
(EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territorialidades em suas dimensões culturais, econômicas, ambientais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo contemporâneo, com destaque para as culturas juvenis. 
Para começar: 3 min. Foco no conteúdo: 10 min. Na prática: 10 min. Na prática – correção: 5 min. Aplicando: 8 min. O que aprendemos hoje?: 2 min.
Puxe mais
O trabalho infantil não deve existir.
É preciso haver compatibilização entre trabalho e estudo para os jovens.
Pessoas idosas precisam ter à disposição um sistema de saúde que atenda a suas demandas.
Em geral, todos concordam com as assertivas acima, então por que é preciso leis para garantir esses direitos?
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Para começar
Reproduza o trecho da citação que trata do papel da Filosofia no Ensino Médio e relacione-o com o conteúdo do slide anterior, em um curto parágrafo em seu caderno.
Apropriar-se do método adequado significa, primeiramente, portanto, constituir e exercitar a capacidade de problematização. Nisto consiste, talvez, a contribuição mais específica da Filosofia para formação do aluno do Ensino Médio: auxiliá-lo a tornar temático o que está implícito e problematizar o que parece óbvio. (PCNEM, p. 335)
Leia o excerto a seguir:
Na prática
Correção
“A contribuição mais específica da Filosofia para formação 
do aluno do Ensino Médio: auxiliá-lo a tornar temático o que está implícito e problematizar o que parece óbvio.”
O slide “Para começar” traz três assertivas óbvias sobre o mínimo para uma infância, uma juventude e uma velhice dignas. Contudo, a indagação abaixo da figura problematiza o óbvio, que são os direitos dessas populações, e torna temática a necessidade de leis para garantir o que é um consenso geral.
Na prática
O trabalho infantil é apenas um dos problemas contemporâneos da infância no Brasil, assim como a compatibilização entre estudo e trabalho para os jovens. Quanto à pessoa idosa, o exemplo recai nas questões de saúde.
Dessa forma, foram criados estatutos para essas populações, de maneira que a legislação garanta direitos que são consenso. As leis são feitas por diversas razões, e suas funções podem variar dependendo do contexto. No caso dos Estatutos, eles estabelecem padrões de conduta justos e equânimes, definindo a atuação dos múltiplos atores sociais para que crianças, jovens e pessoas idosas estejam amparados.
Os estatutos
Foco no conteúdo
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou
Estatuto da Criança e do Adolescente
Foco no conteúdo
outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação
dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Estatuto da Criança e do Adolescente
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Foco no conteúdo
Art. 2º O disposto nesta Lei e as políticas públicas de juventude são regidos pelos seguintes princípios:
I – promoção da autonomia e emancipação dos jovens;
II – valorização e promoção da participação social e política, de forma direta e por meio de suas representações;
III – promoção da criatividade e da participação no desenvolvimento do País;
IV – reconhecimento do jovem como sujeito de direitos universais, geracionais e singulares;
V – promoção do bem-estar, da experimentação e do desenvolvimento integral do jovem;
Estatuto da Juventude
Foco no conteúdo
VI – respeito à identidade e à diversidade individual e coletiva da juventude;
VII – promoção da vida segura, da cultura da paz, da solidariedade e da não discriminação; e
VIII – valorização do diálogo e convívio do jovem com as demais gerações.
Parágrafo único. A emancipação dos jovens a que se refere o inciso I do caput refere-se à trajetória de inclusão, liberdade e participação do jovem na vida em sociedade, e não ao instituto da emancipação disciplinado pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil.
Estatuto da Juventude
Foco no conteúdo
Art. 1º É instituído o Estatuto da Pessoa Idosa, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
Art. 2º A pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
Estatuto da Pessoa Idosa
Foco no conteúdo
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
Estatuto da Pessoa Idosa
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Foco no conteúdo
Uma ação praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; não depende portanto da realidade do objeto da ação, mas somente do princípio do querer segundo o qual a ação, abstraindo de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada. (KANT, 1980, p. 114)
O que Kant diz é que não se deve agir esperando algo em troca, mas porque é aquilo que racionalmente se constitui como o que deve ser. É um alinhamento entre o subjetivo e o objetivo sem condicionantes, simplesmente porque eles se fazem existir pela mesma acepção.
Immanuel Kant e o dever
Stéphane Lemarchand Caricaturiste, via Wikimedia Commons
Foco no conteúdo
Responda em seu caderno, em um parágrafo, a indagação acima, apoiado pelo posicionamento de Kant em relação ao dever.
Claro e conciso
Se todos sabem que trabalho e infância não combinam; que jovens não deveriam precisar escolher entre estudo e trabalho; que o sistema de saúde à pessoa idosa deve ser integral; por que a necessidade de estatutos para garantir seus direitos?
Na prática
Podemos entender o consenso acerca dos direitos que a infância, a juventude e a velhice têm, frente aos problemas que enfrentam no Brasil contemporâneo, como um desdobramento da ação das pessoas “visando a algo em troca”. Talvez elas ajam assim porque almejam o reconhecimento de que são solidárias e empáticas ou têm o intuito de evitar “cancelamentos”. Afinal, não é de bom tom ser contra a prioridade na saúde para idosos. É provável que longe dos olhares vigilantes a maioria lance mão de manobras em benefício próprio. Disso decorre a necessidade de asseguraros direitos de crianças, jovens e pessoas idosas por meio de legislação, ainda que alguns entendam que isso é o dever.
Essa é uma resposta aberta, em que se espera embasamento por meio da contribuição de Kant.
Correção
Na prática
Explique tudo
Junto com seus colegas, mediados pelo professor, debata elementos de trechos dos estatutos (artigos, parágrafos, incisos) reproduzidos dos slides 7 ao 12, que deveriam evitar problemáticas da infância, juventude e velhice no Brasil contemporâneo, se fossem aplicados sem ressalvas.
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Aplicando
Os grupos compostos por infância, juventude e velhice compartilham problemas contemporâneos que demandaram a elaboração de estatutos;
Nem sempre a existência de legislação pertinente assegura direitos, porque muitas leis acabam não sendo aplicadas e respeitadas;
Kant nos demonstra que não basta concordar com o que é certo, de maneira consensual. É preciso agir em consonância a isso, e não visando a algum benefício próprio.
O que aprendemos hoje?
Tarefa SP
Localizador: 97435
Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
Clique em “Procurar”. 
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
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LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Tradução de Leda Beck. Consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. 2. ed. São Paulo: Da Prosa/Fundação Lemann, 2011.
SÃO PAULO. Currículo Paulista: etapa ensino médio. Organização da Secretaria da Educação. Coordenadoria Pedagógica da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo – UNDIME. São Paulo: SEDUC, 2020
SÃO PAULO. Currículo em Ação. Caderno do Professor. Primeira Série, volume 2, 3º bimestre (Filosofia), p. 192-200.
Referências
Slide 4 – BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília, 1999.
Slide 7 – BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017. 115 p.
Slide 9 – BRASIL. Estatuto da juventude: atos internacionais e normas correlatas. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2013. 103 p.
Slide 11 – BRASIL. Estatuto do idoso: lei federal nº 10.741, de 01 de outubro de 2003. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004. 
Slide 13 – KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slides 2 e 17 – Marcelo Ortega/@ortega_alemao
Slide 3 – Freepik/freepik.com
Slide 8 – Super Simple/Giphy s9zMVxB2iHtpoqETbw
Slide 12 – Emiu Desighn/Giphy 2yDFUEoWZrq631OWdn
Slide 13 – Stéphane Lemarchand Caricaturiste, via Wikimedia Commons
Slide 16 – MAKY_OREL/Pixabay id-5034153
Referências
Material 
Digital