Precedentes no processo do trabalho

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Precedentes no processo do trabalho
Prof.ª Carolina Tupinambá
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Descrição
A teoria geral dos precedentes com enfoque na prática trabalhista e nos
recursos de revista repetitivos.
Propósito
O estudo dos precedentes trabalhistas objetiva trazer robustez aos
operadores do direito trabalhista que, em sua maioria, não sabem
aplicar a teoria geral dos precedentes à prática desse ramo do direito.
Preparação
Para o estudo deste material, tenha em mãos a Consolidação das Leis
Trabalhistas e o Código de Processo Civil.
Objetivos
Módulo 1
Teoria geral dos precedentes
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Aplicar os conceitos básicos da teoria geral dos precedentes.
Módulo 2
Caracteres dos precedentes no
processo do trabalho
Identificar a dinâmica dos precedentes no processo do trabalho.
Módulo 3
Recursos de revista repetitivos
Reconhecer a sistemática dos recursos de revista repetitivos.
Introdução
O precedente é decisão judicial tomada à luz de um caso
concreto cujo núcleo essencial pode servir como diretriz para o
julgamento posterior de casos análogos.
O Brasil, país de civil law, cujo sistema jurídico usa a lei e as
normas como fundamento para a resolução de litígios, não dava
tanta importância aos precedentes até a significativa
modificação dada ao tema pelo novo Código de Processo Civil
(CPC). Portanto, é fundamental que o operador do direito
compreenda a criação do precedente, a conceituação, a
aplicação e a sua superação, além da dinâmica do sistema de
precedentes e recursos de revista repetitivos.
Isso permitirá estabelecer de forma precisa a extensão da
eficácia vinculante dos julgados, bem como hipóteses em que

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será possível a distinção do caso concreto ou a superação do
precedente; perceber os contornos que o direito e o processo do
trabalho vêm assumindo, e se há coerência na evolução
jurisprudencial dos tribunais; e compreender de que forma o
sistema pode ser aperfeiçoado.
1 - Teoria geral dos precedentes
Ao �nal deste módulo, você aplicará os conceitos básicos da teoria geral
dos precedentes.
Ligando os pontos
A teoria geral dos precedentes é recheada de peculiaridades. Vamos
saber mais sobre elas a partir da situação descrita a seguir.
O Tribunal Regional da 18ª Região apresenta jurisprudência pacífica no
sentido de que a irregularidade nos pagamentos do FGTS acarreta a
configuração da rescisão indireta.
Com isso, João de Barro, empregado há dois anos da empresa de
limpeza urbana e reciclagem Lixo e Luxo LTDA, ajuizou demanda
trabalhista requerendo a declaração de rescisão indireta em razão do
não pagamento dessas verbas durante todo o período contratual.
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João de Barro informa que, desde o seu primeiro mês de contrato, a
empresa não pagou tal verba e que ele sempre soube de tal
irregularidade, mas que após dois anos em que tal situação perdurou,
resolveu ajuizar a referida demanda.
Citada para apresentar defesa, a empresa Lixo e Luxo LTDA informou
que o reclamante havia iniciado seu contrato em março de 2020 e tendo
o ajuizamento da demanda ocorrido em abril de 2022, exatamente o
período da pandemia do coronavírus; declarou que, por conta da
situação de crise sanitária, passou por dificuldades financeiras, mas que
sempre arcou com todas as demais verbas não só do reclamante, mas
também de todos seus funcionários.
Esclarece que a empresa se equivocou em não requerer o pagamento
diferido ou o parcelamento das verbas fundiárias, de acordo com a
possibilidade conferida pelo poder público, mas que todos os
funcionários sabiam do não pagamento, desde o momento em que
deixou de efetuá-lo e que sabiam da situação financeira da empresa e
dos esforços em regularizar o seu caixa.
Em primeira instância, o juiz do trabalho aplicou o precedente da
rescisão indireta em casos de não pagamento de FGTS, determinando a
procedência do pedido. Em sede de recurso ordinário distribuído para a
Primeira Turma do referido TRT, a empresa defendeu a não aplicação do
precedente em comento por entender ser seu caso diferente daqueles
em que se discutiu a questão de direito da rescisão indireta por
irregularidade no pagamento de FGTS.
Para tanto, afirmou que o reclamante sempre soube que não estava o
FGTS sendo pago, não tendo, portanto, cumprido com o requisito da
imediaticidade da justa causa aplicada ao empregador, que é necessária
na configuração da rescisão indireta.
Em segundo lugar, destacou a situação pandêmica diferenciada de
todas as outras em que os empregadores deixaram de arcar com os
depósitos fundiários.
Após a leitura do caso, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
Entre as alternativas, qual você imagina que apresenta o argumento
que a empresa utilizou para basear seu pedido?
A Obiter dictum
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Embora a jurisprudência aplique pacificamente a tese de
configuração de rescisão indireta em razão de não pagamento de
depósitos fundiários, o recorrente apresenta argumentos que
distanciam o seu caso em particular da aplicação do precedente,
sendo tal técnica o distinguishing.
Questão 2
Com base no relato da situação entre João de Barro e a empresa,
onde você poderia encontrar a informação para explicar a aplicação
do precedente da configuração de rescisão indireta, em razão de
irregularidade dos depósitos fundiários?
B Ratio decidenci
C Distinguishing
D Overruling
E Overriding
A
Nos argumentos principais discutidos
exaustivamente quando do julgamento da causa
piloto.
B
Nos argumentos acessórios discutidos
exaustivamente quando do julgamento da causa
piloto.
C
No relatório da decisão proferida em sede de
técnica de uniformização de jurisprudência.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O precedente é decisão judicial, o que já descarta as opções que
trazem argumentos das partes como base para sua formação. No
relatório, só há a descrição fática do caso, o que não interessa para
aplicação de tese jurídica dos casos futuros. Já o dispositivo
consiste na procedência ou improcedência do pedido realizado pela
parte da causa piloto, sendo a fundamentação o local em que se
encontra a tese jurídica a ser aplicada em casos futuros, como, a
princípio, o de João de Barro.
Questão 3
Na hipotética situação de o referido tribunal ter decido, por meio
de procedimento interno de uniformização de jurisprudência e
sintetizada a tese em instrução normativa, que o pagamento de
FGTS pode ser suspenso durante a vigência de decretos federais
de estado de sítio, intervenção federal ou crise sanitária, caso
João de Barro tenha sentença de procedência proferida, seria tal
determinação correta, na sua opinião?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
Você deve saber que a determinação não estaria correta,
pois faltaria coerência interna do ordenamento jurídico
normativo, tendo em vista que, estando João de Barro
trabalhando durante todo o seu contrato de trabalho sob
circunstâncias de crise sanitária, inclusive determinada por
meio de decreto federal que identificou situação de
emergência, estaria abarcado sobre a exceção prevista na
instrução normativa editada pelo tribunal. O dever de
D Na fundamentaçãoda decisão proferida em sede de
técnica de uniformização de jurisprudência.
E
No dispositivo da decisão proferida em sede de
técnica de uniformização de jurisprudência.
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coerência indicado pelo artigo 926 do CPC estaria sendo
descumprido, portanto.
Cenário pró aplicação dos
precedentes
A preocupação com o inchaço de demandas judiciais e com a
segurança jurídica das decisões para que seja evitada a prolação de
decisões conflitantes não é uma novidade.
A sociedade de massa com relações jurídicas com extratos parecidos
ou até mesmo idênticos, o elevado número de processos, a fragilidade
da atuação individual e o formato atomizado de solução de conflitos se
mostraram insuficientes, com necessidade de técnicas mais eficientes
para o quadro de problemas em bloco.
Constituição Federal.
Desde o antigo CPC, já se verificava a previsão de incidentes de
uniformização de jurisprudência, nos arts. 476-479, assim como na
própria Constituição Federal (CF), em que há o incidente de julgamento
de inconstitucionalidade com a cláusula de reserva de plenário (art. 97,
CF), além da Lei nº 10.259, de 12 de julho de 2001, que se preocupou
com a criação da turma nacional de uniformização dos Juizados
Especiais Federais.
A solução conjunta de processos com pretensões isomórficas e o
próprio requisito da repercussão geral no recurso extraordinário, além da
previsão do recurso especial repetitivo, no CPC antigo, nos artigos 543-C
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e 543-B, evidenciam que o legislador do Código de Processo Civil de
2015 deu ênfase àquilo que já vinha sendo uma preocupação antiga.
O artigo 926 do CPC brasileiro inovou ao dispor que “os tribunais devem
uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente”.
Com isso, impõe deveres gerais para os tribunais no âmbito da
construção e manutenção de um sistema de precedentes
(jurisprudência e súmula) persuasivos e obrigatórios, sendo eles:
Pressupõe que o tribunal não possa se omitir diante de
divergência interna, entre seus órgãos fracionários, sobre a
mesma questão jurídica. Um dos aspectos desse dever é a
necessidade de a jurisprudência dos tribunais ser organizada e
sintetizada, razão pela qual as súmulas e as orientações
jurisprudenciais ganharam bastante relevância nas últimas
décadas.
Relaciona-se com o princípio da segurança jurídica. Qualquer
mudança de posicionamento exige forte carga argumentativa.
O dever de integridade consiste na interpretação dos dispositivos
no sentido de dar-lhes máxima efetividade, sendo importante
garantir a sua consistência, ou seja, a robustez da racio
decidenci, sobre a qual trataremos logo a seguir.
Já o dever de coerência impõe o dever de autorreferência,
portanto: o dever de dialogar com os precedentes anteriores, até
mesmo para superá-los e demonstrar eventual distinguishing,
que, como vimos no Ligando os pontos, é a técnica de não
aplicação de precedente.
Vamos, então, conhecer os precedentes judiciais!
O dever de uniformizar sua jurisprudência 
O dever de manter essa jurisprudência estável 
O dever de integridade e de coerência 
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Conceito e estrutura dos
precedentes judiciais
O que são precedentes?
Entenda o que são os precedentes judiciais, sua estrutura e suas
vantagens.
O precedente judicial é a decisão proferida por órgão do Poder
Judiciário em um caso concreto cujo elemento normativo pode servir
como diretriz para o julgamento posterior de casos parecidos.
Típico da família da common law, em que as questões são menos
reguladas por leis e mais por posicionamentos dos tribunais, o
precedente passou a ter importância mais elevada com o advento do
Código de Processo Civil de 2015, sobretudo em seu artigo 926. Tal
artigo objetiva a diminuição de processos repetidos no Judiciário
brasileiro, com, por exemplo, a criação do incidente de resolução de
demandas repetitivas, os recursos repetitivos e o incidente de assunção
de competência.
Todo precedente é composto de duas partes:

As circunstâncias de fato que embasam a controvérsia.


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A tese ou o princípio jurídico assentado na motivação (ratio decidendi)
do provimento decisório.
O precedente judicial está inserido na fundamentação da decisão e não
no seu dispositivo e consiste no fundamento determinante para que o
dispositivo da decisão seja confeccionado em determinado sentido.
Assim, embora comumente se faça referência à eficácia obrigatória ou
persuasiva do precedente, deve-se entender que é a sua ratio decidendi
que tem caráter obrigatório ou persuasivo, sendo apenas um dos
elementos que compõem o precedente.
Acompanhe a seguir as definições de ratio decidendi e de obiter dictum:
Ratio decidendi
A ratio decidendi corresponde aos fundamentos jurídicos que
sustentam a decisão, quais sejam, a indicação dos fatos
relevantes da causa (statement of material facts), do raciocínio
lógico-jurídico da decisão (legal reasoning) e do juízo decisório
(judgement).
Obiter dictum
Já o obiter dictum (obiter dicta, no plural), em tradução livre
“argumentos ditos de passagem, laterais”, consiste nos
argumentos que são expostos apenas de passagem na
motivação da decisão, consubstanciando juízos acessórios,
provisórios, secundários, impressões ou qualquer outro
elemento que não tenha influência relevante e substancial para
a decisão ("prescindível para o deslinde da controvérsia").
As vantagens da aplicação dos precedentes consistem em coletivizar a
solução, preservar as individualidades, facilitar a aferição da vinculação
à decisão final, repartir equanimemente custos, verticalizar a jurisdição
sem mutilar a competência dos tribunais locais e penetrar em espaços
não solucionados pelas ações coletivas.
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Efeitos dos precedentes
Os efeitos dos precedentes podem ser classificados em:

Vinculante obrigatório
Por abranger todos os demais efeitos (art. 927, CPC).

Persuasivo
Por ser mecanismo de convencimento.

Autorizante e rescindentes
Respectivamente, (arts. 311, II e 932, V, CPC) e (art. 525, §12; 535, §5º;
966, V, CPC).
A previsão de vinculação dos precedentes estabelecida pelo CPC deve
ser interpretada à luz da Constituição Federal, pois somente a
Constituição Federal pode disciplinar o caráter vinculante, ou não, da
jurisprudência dos tribunais. Não há questionamentos acerca do caráter
vinculante das súmulas vinculantes do Supremo Tribunal Federal e para
as decisões proferidas pelo STF em controle direto de
constitucionalidade, únicas situações em que há autorização
constitucional de vinculação da jurisprudência (art. 103-A, CF).
Distinção e técnicas de
superação de precedente
As hipóteses de distinguish, overruling e overriding são relativas à não
aplicação dos precedentes. Notando o magistrado que há distinção
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(distinguishing) entre o caso sub judice e aquele que ensejou o
precedente, pode seguir um desses caminhos: 
Dar à ratio decidendi uma interpretação restritiva, por entender que
peculiaridades do caso concreto impedem a aplicação da mesma
tese jurídica outrora firmada (restrictive distinguishing), caso em
que julgará o processo livremente, sem vinculação ao precedente.
Ou estender ao caso a mesma solução conferidaaos casos
anteriores, por entender que, a despeito das peculiaridades
concretas, aquela tese jurídica lhe é aplicável (ampliative
distinguishing).
Já o overruling é a técnica por meio da qual um precedente perde a sua
força vinculante e é substituído (overruled) por um outro precedente.
O próprio tribunal que firmou o precedente pode abandoná-lo em
julgamento futuro. Essa substituição pode ser:

Expressa (express overruling)
Quando um tribunal resolve, expressamente, adotar uma nova
orientação, abandonando a anterior.

Tácita (implied overruling)
Quando uma orientação é adotada em confronto com posição anterior,
embora sem expressa substituição desta última.
As hipóteses mais comuns de superação do precedente são quando o
precedente está obsoleto e desfigurado ou quando é absolutamente
injusto e/ou incorreto; ou ainda quando se revelar inexequível na prática.
O overriding é a técnica por meio da qual o tribunal apenas limita o
âmbito de incidência de um precedente, em função da superveniência
de uma regra ou princípio legal. Nele, portanto, não há superação total
do precedente, mas apenas uma superação parcial.
Esses institutos estão previstos no artigo 489, inciso VI, do CPC.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Com o advento no novo Código de Processo Civil, alguns
entendimentos jurisprudenciais pacíficos e mesmo súmulas
editadas à luz da legislação revogada perderam a sua
fundamentação jurídica e, portanto, não mais poderão persistir no
ordenamento jurídico. O overrulling, como técnica adequada de
aplicação dos precedentes,
Parabéns! A alternativa E está correta.
A
depende da modificação legislativa e somente é
aplicável após a revogação da súmula pelo próprio
tribunal que a editou.
B
consiste na revisão de precedentes que foram
elaborados a partir de vícios formais e, portanto,
devem ser extirpados do ordenamento jurídico.
C
não implicaria a revogação do precedente, mas tão
somente o afastamento de seu efeito vinculante em
relação aos órgãos jurisdicionais de hierarquia
inferior.
D
impõe à parte o ônus de demonstrar a distinção
entre o caso concreto e os fatos que serviram para a
formação da tese jurídica do precedente,
distinguindo-as e justificando, assim, a sua
inaplicabilidade ao caso concreto.
E
está relacionado com a demonstração de que a
superveniência de fatores que pode operar a
revogação ou a superação do precedente firmado à
luz do ordenamento revogado.
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É o conceito de overruling: "relacionado com a demonstração de
que a superveniência de fatores pode operar a revogação ou a
superação do precedente firmado à luz do ordenamento revogado".
Questão 2
Considere o seguinte excerto: “[...] passagem da motivação do
julgamento que contém argumentação marginal ou simples opinião,
prescindível para o deslinde da controvérsia” e que “não se presta
para ser invocado como precedente vinculante em caso análogo,
mas pode perfeitamente ser referido como argumento de
persuasão”. (CRUZ E TUCCI, J. R. Precedente judicial como fonte do
direito. São Paulo: RT, 2004, p. 177). Esses trechos referem-se
Parabéns! A alternativa D está correta.
Overruling significa superação. É a intervenção no desenvolvimento
do direito; renovação; novo entendimento. Ratio decidendi significa
razão de decidir. São os fundamentos do juiz determinantes na
decisão. Distinguishing significa distinção. Aplica-se quando a
questão for idêntica ou semelhante ao precedente. Se a questão a
ser decidida for diferente, o precedente não se aplica. Stare decisis
significa ficar com as coisas já decididas.
A ao overruling.
B à ratio decidendi.
C ao distinguishing.
D ao obiter dictum.
E à stare decisis.
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2 - Caracteres dos precedentes no processo do
trabalho
Ao �nal deste módulo, você identi�cará a dinâmica dos precedentes no
processo do trabalho.
Ligando os pontos
Os precedentes comportam uma dinâmica própria no processo do
trabalho. Vamos ver mais sobre eles a partir do caso a seguir!
Antonieta de Fátima Rocha, empregada doméstica que laborou durante
três anos na residência de Luana Miranda e Flávio Carvalho, ambos
casados, foi dispensada sem justa causa. O pagamento das verbas
rescisórias ocorreu 20 dias após o término do contrato do trabalho e
não foram pagos as férias e o décimo terceiro proporcionais, apenas as
férias já completamente adquiridas e não concedidas durante o período
contratual.
Após inúmeras tentativas de receber tais valores de forma amigável,
sem sucesso, visto que seus ex-patrões não atendiam mais às suas
ligações telefônicas, Antonieta não encontrou outra solução a não ser o
ajuizamento de demanda trabalhista.
Na ação, Antonieta requereu a aplicação dos artigos 467 e 477 da CLT,
apesar do contrato do empregado doméstico ter regramento próprio.
Citados para apresentarem defesa, os reclamados alegaram que tais
artigos e suas consequências jurídicas não devem ser aplicadas, tendo
em vista que a Lei Completar nº 150, que trata dos empregados
domésticos, não apresenta previsão de tais multas, quais sejam, do
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atraso do pagamento e da hipótese de os reclamados não arcarem com
as verbas incontroversas na primeira audiência.
Ao ter sua demanda distribuída para o juízo da 45ª Vara do Trabalho do
Tribunal Regional da 3ª Região, este suspendeu o processamento da
demanda em razão do requerimento de aplicação dos referidos artigos
estar afetado em sede de incidente de resolução de demandas
repetitivas.
Após a leitura do caso, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
Imaginando que você é o advogado de Antonieta, assinale a
alternativa que explica corretamente o que vai acontecer diante da
suspensão processual.
A
O processo de Antonieta pode ficar até um ano
suspenso, contado da data em que o juízo da 45ª
Vara do Trabalho do TRT da 3ª Região determinou
tal suspensão, sendo vedada a renovação do prazo
para não ferir a duração razoável do processo.
B
O processo de Antonieta pode ficar até um ano
suspenso, contado da data em que o juízo da 45ª
Vara do Trabalho do TRT da 3ª Região determinou
tal suspensão, sendo permitida a renovação pelo
mesmo prazo na intenção de aguardar a decisão em
sede de IRDR.
C
O processo de Antonieta deve ficar menos de ano
suspenso, já que se conta o início do prazo de um
ano de suspensão a partir da data em que o relator
assim determinou, no processo selecionado para
instruir o incidente de resolução de demandas
repetitivas, sendo vedada renovação do prazo para
não ferir a duração razoável dos processos
suspensos.
O processo de Antonieta ficará suspenso durante
todo o período do julgamento do IRDR, que afetará
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Parabéns! A alternativa E está correta.
O prazo de suspensão de processos em razão de decisão do relator
do IRDR cuja tese jurídica está afetada é de até um ano, a contar de
tal determinação. Como o processo de Antonieta foi ajuizado
posteriormente à decisão de suspensão proferida no incidente, o
prazo será menor que um ano, podendo passar de tal prazo caso
haja decisão fundamentada do relator nesse sentido, conformeo
artigo 980 do CPC.
Questão 2
Mesmo sabendo, que sob a técnica de IRDR, a tese jurídica
apresentada por Antonieta foi julgada como correta e que o juízo da
45ª Vara do Trabalho do TRT da 3ª Região tenha julgado procedente
o pedido realizado pela reclamante, os reclamados recorreram
ordinariamente. Diante do exposto, e com base na sua experiência,
o que você acha que vai acontecer?
D sua tese jurídica, não havendo prazo para
julgamento.
E
O processo de Antonieta deve ficar menos de ano
suspenso, já que se conta o início do prazo de um
ano de suspensão a partir da data em que o relator
assim determinou, no processo selecionado para
instruir o incidente de resolução de demandas
repetitivas, podendo ser renovado tal prazo caso
haja fundamentação por parte dele.
A
É possível o julgamento monocrático pelo relator do
recurso ordinário, tendo em vista que a questão de
direito já fora decidida em sede de IRDR.
B
Não é possível o julgamento monocrático pelo
relator do recurso ordinário em razão da
necessidade de decisão colegiada em todo e
qualquer recurso ordinário.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
No caso de recursos baseados na mesma questão de direito
julgada em IRDR, pode o relator julgar monocraticamente o mérito
do recurso (art. 932, IV, c, CPC), sendo caso de livre distribuição do
recurso para qualquer um dos desembargadores do tribunal.
Questão 3
Hipoteticamente, se o caso de Antonieta fosse escolhido como
causa piloto em sede de IRDR, não sendo favorável o julgamento
a sua tese, qual medida poderia por ela ser adotada?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
Você deve saber que Antonieta poderia interpor recurso de
revista, conforme previsão do artigo 8º, §3º da IN nº 39 do
TST.
C
Pode o juízo de primeira instância impedir a
remessa dos autos ao tribunal, tendo em vista que a
tese jurídica já foi determinada.
D
O recurso deve ser julgado pelo mesmo relator que
requereu a instauração do incidente.
E
O recurso deve ser julgado pelo mesmo órgão que
decidiu a tese jurídica prevalecente no IRDR.
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Técnicas de julgamento e
peculiaridades
Apesar do grande incentivo à aplicação dos precedentes judiciais pelo
CPC de 2015, o §2º do artigo 8º da CLT dispõe que “Súmulas e outros
enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do
Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir
direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam
previstas em lei”.
De certa forma, tal redação restringiria a capacidade
dos tribunais do trabalho de produzir precedentes,
tratando-os como meros “órgãos aplicadores de leis”.
Ocorre que, no modelo constitucional de processo, todas as leis devem
ser interpretadas em conformidade aos valores democráticos e
republicanos e aos princípios albergados na Constituição Federal, em
especial o princípio da dignidade da pessoa humana.
Desse modo, o §2º do artigo 8º da CLT, inserido pela Lei nº 13.467, de
13 de julho de 2017, deve ser interpretado conforme a Constituição, a
fim de se permitir a plenitude da atividade jurisdicional (art. 5º, XXXV,
CF) da Justiça do Trabalho, cabendo aos órgãos da Justiça do Trabalho,
ao aplicar o ordenamento jurídico, atender “aos fins sociais e às
exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da
pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a
legalidade, a publicidade e a eficiência” (arts. 1º e 8°, CPC).
Feita essa observação, adentraremos nas técnicas de julgamento e
peculiaridades dos precedentes trabalhistas.
Incidente de resolução de
demandas repetitivas

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O IRDR na Justiça do
Trabalho
Confira um panorama sobre o cabimento do IRDR e seus aspectos na
Justiça do Trabalho.
O Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) consiste em
técnica de julgamento destinada à criação de uma tese jurídica que será
aplicada a todos os processos em que se discute a mesma questão, no
âmbito da jurisdição do tribunal prolator, sendo cabível tanto para os
TRTs, quanto para o TST.
Os pressupostos (arts. 976 e 896-C, CLT) são cumulativos:
1. É necessário alegar e demonstrar a efetiva repetição de processos,
ou seja, de demandas baseadas na mesma questão controversa
de direito, sendo importante destacar que não há parâmetro
quantitativo.
2. É necessário haver risco à segurança jurídica e à isonomia.
Legitimidade e admissibilidade
A legitimidade para o pleito de instauração do IRDR no âmbito
trabalhista é do juiz ou relator do processo ou recurso, das partes e/ou
do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Defensoria Pública da
União (DPU) e será dirigido ao presidente do Tribunal, que deve distribuir
e inserir o pleito nos registros eletrônicos do Conselho Nacional de
Justiça (art. 979, CPC), com ampla publicidade do conteúdo do
incidente em prol da identificação do objeto, fundamental para a gestão
dos repetitivos.
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A admissibilidade do incidente é realizada por meio do órgão
competente colegiado, estabelecido pelo regimento interno do tribunal
correspondente, vedada decisão unipessoal, ainda que pelo presidente
do tribunal. Verifica-se, portanto, a preocupação com o contraditório
qualificado.
Não pode ser admitido o requerimento de decisão já afetada nos
tribunais superiores (art. 976, §4º, CPC).
A admissão suspende os processos, com automática (ex lege)
comunicação aos órgãos competentes, sendo permitida impugnação à
suspensão (art. 982, CPC).
Todas as medidas de urgência são direcionadas ao juízo onde o
processo está suspenso e a extensão dos efeitos do IRDR restringem-se
à abrangência territorial do tribunal (art. 982, §3º, CPC).
O Tribunal Superior do Trabalho, por meio do artigo 8º da Instrução
Normativa nº 39/2016, entendeu aplicável o IRDR ao processo do
trabalho.
Atenção!
Do julgamento do mérito do incidente pelo regional caberá recurso de
revista para o Tribunal Superior do Trabalho, dotado de efeito
meramente devolutivo, nos termos dos artigos 896 e 899 da CLT, que
indica eficácia vinculante da tese adotada pelo TST a todos os
processos com a mesma causa jurídica no país.
Competência, seleção de causas,
instrução e processamento
A competência para processar e julgar Incidente de Resolução de
Demandas Repetitivas está prevista nos artigos 978, 982, I, e 985, I do
CPC, determinando ser do órgão que o regimento interno do respectivo
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tribunal indicar, sendo sempre necessário que seja um órgão colegiado
(no caso trabalhista, um TRT).
A seleção de causas consiste na afetação dos processos selecionados,
conforme artigos 1.036, §1º, e 1.037 do CPC, podendo não ser afetado o
processo em que tenha sido o incidente suscitado, sendo necessário, no
mínimo, dois processos para o processamento na forma de IRDR, de
acordo com o artigo 1.036, §§1º e 5º do CPC.
Os critérios definidores para a seleção de causas estão ventilados no
art. 1.036, §6º do CPC, sendo:
1. A amplitude do contraditório na origem, ou seja, a completude e
diversidade dos argumentos, a qualidade da argumentação
(clareza, logicidade e concisão), o efetivo contraditório, a
inexistência de restrições à cognição e à prova.
2. A pluralidade e representatividade dos sujeitos, tendo preferência
para casos que envolvam litisconsórcio e intervenção de terceiros,
amicuscuriae, audiência pública e ações coletivas cujas partes
sejam o Ministério Público do Trabalho e as associações de
âmbito nacional. 
O processamento do incidente apresenta uma série de peculiaridades:
 Primeiro, é permitida audiência pública, com
manifestação do Ministério Público do Trabalho
(destacando-se que neste tópico se trata do
incidente no âmbito da Justiça do Trabalho), com
posterior sessão de julgamento (art. 984, CPC),
com previsão de sustentação oral cujo tempo é
repartido, inclusive com presença e direito de fala
para o amicus curiae.
 Por último, o Ministério Público do Trabalho encerra
a sessão com sua fala, antes do julgamento final.
 Instaurado o Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas, o órgão julgador tem prazo de um ano
f i d i ã f ê i b
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Destaca-se que o interesse público é prevalecente em casos
submetidos à técnica de julgamento de IRDR e, em razão dele, há
restrições ao princípio dispositivo como, por exemplo, a desistência
ineficaz (art. 976, §1º, CPC).
Outra diferença significativa do procedimento do IRDR é a manifestação
obrigatória do Ministério Público, se não for ele o requerente, devendo
assumir a titularidade do processo, em caso de desistência do
abandono da parte (art. 976, §2º, CPC). O requerimento de
processamento via incidente não acarreta custas próprias (art. 976, §5º,
CPC).
É cabível recurso da decisão que julga o IRDR, conforme o artigo 987 do
CPC c/c artigo 8º, §3º da IN nº 39 do TST, podendo ser recurso de
revista, no âmbito trabalhista, além de embargos de declaração e tem
legitimidade para propô-lo o amicus e as partes.
Interessante que o legislador se preocupou em disciplinar a revisão da
tese (art. 986, CPC), em razão de inconstitucionalidade formal
(legitimados do inciso III do art. 977, CPC), impondo a necessidade de
para proferir decisão, com preferência sobre os
demais feitos, de acordo com o artigo 980 do CPC,
estando suspensos durante esse período os
demais processos cuja questão de direito é a
mesma.
 A suspensão cessa quando o referido prazo não é
cumprido, mas o relator pode fundamentar decisão
em sentido contrário, determinando a manutenção
da suspensão.
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explicitar os elementos novos e o estabelecimento de amicus curiae e
audiência pública durante o processo.
Efeitos do julgamento
Importante destacar os efeitos do julgamento sob a técnica do IRDR.
Primeiro, verifica-se a aplicação da questão comum aos processos
julgados pelo mesmo órgão em que a questão está sendo discutida no
processo afetado.
Não há como evitar a aplicação da tese estabelecida nos casos
afetados. Quem ajuíza ação se submete a qualquer técnica para seu
julgamento. O processo não precisa estar suspenso para se submeter
aos efeitos do julgamento de casos sob IRDR.
O julgamento de IRDR pode acarretar a improcedência liminar do pleito
de novas demandas com pretensões contrárias ao precedente (art. 332,
III, CPC).
Não respeitada a tese prevalecente em IRDR, cabe reclamação (art. 985,
§1º; art. 988, IV e §4º, CPC).
No caso de recursos baseados na mesma questão de direito julgada em
IRDR, pode o relator julgar monocraticamente o mérito do recurso e
conflitos de competência (art. 932, IV, c; art. 955, parágrafo único, CPC).
A decisão proferida em sede de IRDR é comunicada aos órgãos de
fiscalização, como agências reguladoras.
Outro efeito é a inaplicabilidade da remessa necessária nos casos que
envolvem o poder público como condenado (art. 496, §4º, III, CPC),
quando já houver decisão transitada em julgado em sede de IRDR. Os
casos cuja questão de mérito seja objeto de IRDR terão presunção de
repercussão geral em recurso extraordinário (art. 1.035, §3º, II, CPC).
Por fim, salientam-se os impactos na desistência de pedidos com base
em matéria de direito que, durante o curso da demanda, fora decidida
em IRDR, quais sejam, a isenção de custas e a dispensa de
consentimento do réu (art. 1.040, §§1º a 3º, CPC).
Incidente de assunção de
competência
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Previsto no artigo 947 do CPC, é aplicável ao processo trabalhista por
força da Instrução Normativa nº 39 do TST. Consiste em técnica de
julgamento quando a matéria envolver relevante questão de direito, com
grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos,
sendo esta última característica a principal diferença para o IRDR.
O objetivo é evitar a proliferação de demandas futuras envolvendo a
mesma tese jurídica. Poderá instaurar o referido incidente o relator, de
ofício, a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria
Pública.
Incidente de uniformização de
jurisprudência
A uniformização de jurisprudência é um incidente processual que visa
manter a unidade de jurisprudência interna de um tribunal, evitando a
desarmonia nos julgamentos proferidos pelas diversas turmas que o
compõem.
É suscitado quando há discrepância subsistente de julgados entre
órgãos fracionários de um mesmo Tribunal Regional do Trabalho ou
entre os órgãos e o tribunal pleno ou o órgão especial em decisão
uniformizadora, de acordo com o artigo 1º c/c o artigo 896, §§4º e 5º,
da CLT.
O incidente sempre decorre de um recurso de revista e, nos termos do
§4º do artigo 896 da CLT, o ministro relator no TST, ao constatar, de
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ofício ou mediante provocação de qualquer das partes ou do Ministério
Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e conflitantes no
âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho de origem sobre o
tema objeto de recurso de revista, determinará o retorno dos autos à
corte de origem, a fim de que proceda à uniformização da
jurisprudência.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sobre a ordem dos processos nos tribunais, assinale a alternativa
correta:
A
Quando o resultado da apelação não for unânime e
houver alteração da decisão recorrida, haverá
ampliação do quórum de julgamento em número
suficiente para garantir a possibilidade de inversão
do resultado inicial.
B
O incidente de assunção de competência pode ser
suscitado quando o próprio tribunal verificar a
repetição de causas com grande repercussão
econômica.
C
O incidente de assunção de competência é a via
adequada para a definição do juízo competente para
o julgamento de uma determinada causa.
D
São requisitos para a instauração do incidente de
resolução de demandas repetitivas a efetiva
repetição de processos que contenham controvérsia
sobre a mesma questão unicamente de direito e o
risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
E
A uniformização de jurisprudência, prevista pelo
Código de Processo Civil, deve ocorrer apenas nos
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Parabéns! A alternativa D está correta.
De acordo com o artigo 976, incisos I e II, do CPC, é cabível a
instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas
quando houver, simultaneamente, efetiva repetição de processos
que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente
de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
Questão 2
Sobre o incidente de assunção de competência, assinale a
alternativa correta.
chamados processos objetivos, em que o controle
de constitucionalidadeé abstrato e concentrado.
A
É admissível a assunção de competência quando o
julgamento de recurso envolver relevante questão
de direito, com repetição em múltiplos processos.
B
O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa
necessária ou o processo de competência
originária, se reconhecer interesse público na
assunção de competência.
C
A assunção de competência poderá ser requerida
pela parte, pelo Ministério Público ou pela
Defensoria Pública, mas não poderá ser requerida
de ofício.
D
O acórdão proferido em assunção de competência
vinculará todos os juízes e órgãos fracionários,
desde que tenha revisão de tese.
E
Não se aplica o incidente de assunção de
competência quando ocorrer relevante questão de
direito a respeito da qual seja conveniente a
prevenção entre câmaras ou turmas do tribunal.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
É o que afirma o artigo 947, §2º, do CPC: “O órgão colegiado julgará
o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência
originária se reconhecer interesse público na assunção de
competência”.
3 - Recursos de revista repetitivos
Ao �nal deste módulo, você reconhecerá a sistemática dos recursos de
revista repetitivos.
Ligando os pontos
O que você sabe sobre os recursos de revista repetitivos? Vamos
entender melhor a partir do caso a seguir!
Ana Clara de Freitas Barbosa é bancária e laborou para o Banco Divisor
S.A. por cinco anos. Em norma coletiva da categoria, foi estabelecido,
durante todo o contrato de trabalho da empregada, que o sábado era dia
de repouso semanal remunerado. Sua jornada era baseada em 220
horas semanais para cálculo de horas extras. Ana pleiteou, em juízo,
horas extras, tendo em vista a norma coletiva. Ana teve sentença de
êxito em primeira e segunda instâncias, em que o juízo e o Tribunal
Regional entenderam que a previsão da norma altera o divisor utilizado
para cálculo de horas extraordinárias. Cumprindo com os requisitos para
interposição de recurso de revista, o banco interpôs tal recurso,
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destacando que o caso de Ana é similar a tantos outros pelo país afora,
sendo de extrema relevância seu julgamento. O ministro relator do
Tribunal Superior do Trabalho identificou que, só na semana em que
recebeu aquele processo, já tinha recebido mais cinco casos similares,
de diferentes TRTs, com considerada divergência jurisprudencial.
Curioso com a quantidade de casos na mesma semana, verificou
milhares de recurso de revista com o mesmo fundamento jurídico.
Após a leitura do caso, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos
ligar esses pontos?
Questão 1
A competência para julgar o recurso de revista repetitivo de Ana
Clara e fixar o paradigma judicial obrigatório será
Parabéns! A alternativa D está correta.
A
da Seção de Dissídios Coletivos do TST ou da Seção
de Dissídios Individuais do TST, a depender de
decisão da maioria simples do Tribunal Pleno do
TST.
B
de uma das turmas ou da Seção de Dissídios
Individuais do TST, a depender de decisão da
maioria simples do Tribunal Pleno do TST.
C
de uma das turmas ou do Tribunal Pleno do TST, a
depender de decisão da maioria simples da Seção
de Dissídios Individuais.
D
da Seção de Dissídios Individuais ou do Tribunal
Pleno do TST, a depender de decisão da maioria
simples da Seção de Dissídios Individuais.
E
da Seção de Dissídios Individuais ou do Órgão
Especial do TST, a depender de decisão da maioria
absoluta do Tribunal Pleno do TST.
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De acordo com o artigo 896-C da CLT, quando houver multiplicidade
de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito, a
questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios
Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de
seus membros, mediante requerimento de um dos ministros que
compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da
matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os
ministros dessa seção ou das turmas do tribunal.
Questão 2
Quanto ao julgamento do caso proposto, é correto afirmar que
A
nos embargos à Subseção de Dissídios Individuais-
1, pode essa subseção afetar o respectivo
julgamento ao Tribunal Pleno, para prevenir ou
compor a divergência entre turmas ou os demais
órgãos fracionários do TST, quando se tratar de
relevante questão de direito com grande
repercussão social, ainda que não se verifique
repetição do tema em múltiplos processos.
B
o Ministério Público do Trabalho e os presidentes
dos Tribunais Regionais do Trabalho têm
legitimação concorrente para suscitar os incidentes
de recursos repetitivos.
C
o incidente de recursos repetitivos somente se
aplica ao recurso de revista.
D
é incabível recurso extraordinário, em face da
decisão proferida pelo Tribunal Pleno sob o rito dos
recursos repetitivos, ainda que verse sobre questão
constitucional.
E
o Ministério Público do Trabalho pode agir como
assistente litisconsorcial.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
De acordo com a IN nº 38 de 2015 do TST, artigo 20, quando o
julgamento dos embargos à SbDI-1 envolver relevante questão de
direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos
processos, mas a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou
a composição de divergência entre as turmas ou os demais órgãos
fracionários do Tribunal Superior do Trabalho, poderá a SbDI-1, por
iniciativa de um de seus membros e após a aprovação da maioria
de seus integrantes, afetar o seu julgamento ao Tribunal Pleno.
Além disso, aplica-se a esse incidente, no que couber, o que a
instrução normativa dispõe sobre o incidente de julgamento de
recursos repetitivos.
Questão 3
O ministro relator do caso apresentado, ao se deparar com a
elevada quantidade de casos de mesmo fundamento jurídico que
o de Ana, verificou que já havia uma indicação de caso paradigma
oriunda do tribunal de origem do recurso em questão. Contudo, o
ministro preferiu o caso de Ana para ser o paradigma. É possível
tal escolha? Justifique sua resposta.
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
O ministro relator não é obrigado a seguir o recurso
paradigma indicado pelo tribunal de origem. Ele pode
escolher o que entende ser o melhor caso, desde que tenha
abrangente argumentação e discussão a respeito da
questão a ser decidida.
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Pressupostos e
processamento dos recursos
de revista repetitivos
Recursos de revista
repetitivos
Antes de iniciar o estudo do módulo, assista a este vídeo, em que a
professora nos explica sobre os recursos de revista repetitivos.
Os recursos repetitivos apresentam dupla função:

A de técnica de gestão e julgamento de casos repetitivos.

A de formação concentrada de precedentes obrigatórios.
Sem adentrar nos pressupostos do recurso de revista em si, serão
analisados os pressupostos para o processamento de recurso de revista
repetitivo.
O julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos estão
previstos nos artigos 1.036 a 1.041 do Código de Processo Civil e são
aplicáveis ao recurso de revista no que couber, de acordo com o artigo

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896-B da CLT e com o artigo 1º da Instrução Normativa nº 38/2015 do
TST.
Nesse sentido, aplicandoo artigo 1.036 do CPC, sempre que houver
multiplicidade de recursos de revista, com fundamento em idêntica
questão de direito, deve haver afetação para julgamento de acordo com
as disposições do CPC e da CLT, observado o disposto no regimento
interno do Tribunal Superior do Trabalho.
Tratamento na origem antes de subir
para o TST
Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à
uniformização de sua jurisprudência via incidente de uniformização de
jurisprudência. Em outras palavras, se no TRT houver decisões
conflitantes sobre o tema objeto de recurso de revista, o Tribunal
Superior do Trabalho determinará o retorno dos autos à corte de origem,
a fim de que proceda à uniformização da jurisprudência.
Uniformizado o entendimento no tribunal de origem, passa-se para o
cabimento do recurso de revista, em especial, o repetitivo.
Tribunal Regional do Trabalho.
O presidente ou vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho deve
selecionar dois ou mais recursos representativos da controvérsia, que
serão encaminhados ao TST para fins de afetação, determinando a
suspensão do processamento de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme
o caso (art. 1.036, §1º, CPC).
A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do TRT não vincula o
relator no TST, que pode selecionar outros recursos representativos da
controvérsia, inclusive sem que tenha havido iniciativa do presidente ou
vice-presidente do tribunal de origem. Somente podem ser selecionados
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recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e
discussão a respeito da questão a ser decidida.
Decisão de afetação e suspensão dos
processos
O presidente da Turma ou da Seção Especializada do TST, por indicação
dos relatores, afetará um ou mais recursos representativos da
controvérsia para julgamento pela Seção Especializada em Dissídios
Individuais ou pelo Tribunal Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos.
O relator deve proferir decisão de afetação, na qual:
Identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento.
Determinará a suspensão do processamento de todos os
processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a
questão e tramitem no território nacional.
Poderá requisitar aos presidentes ou vice-presidentes de todos os
TRTs a remessa de um recurso representativo da controvérsia (art.
1.037, CPC).
Após a verificação da hipótese de recurso repetitivo, comunicar-se-á aos
demais presidentes de Turma ou de Seção Especializada do TST, que
poderão afetar outros processos sobre a questão para julgamento
conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão global da questão.
O presidente do TST oficiará os presidentes dos TRTs para que
suspendam os recursos interpostos em casos idênticos aos afetados
como recursos repetitivos, até o pronunciamento definitivo do TST. O
presidente do tribunal de origem pode admitir um ou mais recursos
representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao
Tribunal Superior do Trabalho, ficando suspensos os demais recursos de
revista até o pronunciamento definitivo deste tribunal.
Saiba mais
O relator no TST poderá determinar a suspensão dos recursos de revista
ou de embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica à do
recurso afetado como repetitivo.
O requerimento fundamentado de um dos ministros da Subseção de
Dissídios Individuais I de afetação da questão a ser julgada em incidente
de recursos repetitivos deve indicar um ou mais recursos de revista ou
de embargos representativos da controvérsia e ser formulado por
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escrito diretamente ao presidente da SBDI-I ou, oralmente, em questão
preliminar suscitada quando do julgamento de processo incluído na
pauta de julgamentos da subseção. De forma concorrente, quando a
turma do Tribunal Superior do Trabalho entender necessária a adoção
do procedimento de julgamento de recursos de revista repetitivos, seu
presidente deve submeter ao presidente da Subseção de Dissídios
Individuais I a proposta de afetação do recurso de revista, para os
efeitos dos artigos 896-B e 896-C da CLT.
Sendo assim, conforme o artigo 3º da Instrução Normativa nº 38/2015
do TST, o presidente da Subseção de Dissídios Individuais I que afetar
processo para julgamento sob o rito dos recursos repetitivos deve
expedir comunicação aos demais presidentes de turma, que podem
afetar outros processos sobre a questão para julgamento conjunto, a fim
de conferir ao órgão julgador visão global da questão.
O artigo 4º da Instrução Normativa nº 38/2015 do TST prevê que
somente podem ser afetados recursos representativos da controvérsia
que sejam admissíveis e que, a critério do relator do incidente de
julgamento dos recursos repetitivos, contenham abrangente
argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
Assunção de competência em
recursos de revista repetitivos
A princípio, o recurso de revista é julgado pelas turmas do Tribunal
Superior do Trabalho (art. 896, caput, CLT). Entretanto, no caso de
recursos de revista repetitivos, a questão pode ser afetada à Seção
Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, do TST, por
decisão da maioria simples de seus membros, por meio de
requerimento de um dos ministros que compõem a seção especializada,
considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos
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divergentes entre ministros dessa seção ou das turmas do Tribunal
Superior do Trabalho (art. 896-C, caput, CLT).
Trâmite de julgamento
Os recursos afetados devem ser julgados no prazo de um ano e ter
preferência sobre os demais feitos. As partes devem ser intimadas da
decisão de suspensão de seu processo, a ser proferida pelo respectivo
juiz ou relator, quando informado da decisão a que se refere o inciso II
do caput do artigo 1.037 do CPC.
Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e
aquela a ser julgada no recurso de revista afetado, a parte pode requerer
o prosseguimento do seu processo.
O recurso repetitivo deve ser distribuído entre um dos ministros
membros da Seção Especializada ou do Tribunal Pleno e a um ministro
revisor (art. 896-C, §6º, CLT). O ministro relator pode solicitar
informações, a serem prestadas no prazo de 15 dias, aos TRTs a
respeito da controvérsia (art. 896-C, §7º, CLT). O ministro relator pode
admitir manifestações de pessoas, órgãos ou entidades com interesse
na controvérsia, inclusive como assistente simples, na forma do Código
de Processo Civil (art. 896-C, §8º, CLT). Trata-se de previsão que tem
como objetivo concretizar o contraditório no incidente em questão,
dando maior legitimidade à decisão a ser proferida pelo TST.
Além da assistência simples, é cabível amicus curiae e dar-se-á vista ao
Ministério Público do Trabalho por 15 dias (art. 896-C, §9º, CLT).
Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do
relatório aos demais ministros, o processo será incluído em pauta na
Seção Especializada ou no Tribunal Pleno, devendo ser julgado com
preferência sobre os demais feitos.
Atenção!
Cabe frisar que os recursos afetados devem ser julgados no prazo de
um ano e terão preferência sobre os demais feitos (art. 11, IN nº
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38/2015 do TST). O conteúdo do acórdão paradigma deve abranger a
análise de todos os fundamentos da tese jurídica discutida (art. 12, IN
nº 38/2015 do TST).
Após decisão do repetitivo e
aplicaçãodo precedente
Os processos sobrestados terão seguimento denegado, caso o acórdão
recorrido coincidir com a orientação a respeito da matéria no Tribunal
Superior do Trabalho, ou serão novamente examinados pelo tribunal de
origem, na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do
Tribunal Superior do Trabalho a respeito da matéria. Caso seja mantida
a decisão divergente pelo tribunal de origem, será feito o exame de
admissibilidade do recurso de revista.
Publicado o acórdão paradigma, seguirá o disposto no artigo 14 da IN nº
38/2015 do TST. Para fundamentar a decisão de manutenção do
entendimento, o órgão que proferiu o acórdão recorrido deve
demonstrar a existência de distinção, por se tratar de caso
particularizado por hipótese fática distinta ou questão jurídica não
examinada, a impor solução diversa (art. 15, IN nº 38/2015 do TST).
Nessa situação, o recurso de revista deve ser submetido a novo exame
de sua admissibilidade pelo presidente ou vice-presidente do Tribunal
Regional, retomando o processo o seu curso normal.
A parte pode desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição,
antes de proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à
resolvida pelo recurso representativo da controvérsia (art. 16, IN nº
38/2015 do TST). Se a desistência ocorrer antes de oferecida a defesa, a
parte, se for o caso, fica dispensada do pagamento de custas e de
honorários de advogado.
Nesse caso específico, a desistência apresentada independe de
consentimento do reclamado, ainda que apresentada contestação.
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A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos em
que se demonstrar que a situação de fato ou de direito é distinta das
presentes no processo julgado sob o rito dos recursos repetitivos (art.
896-C, §16, CLT).
Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de recursos
repetitivos quando se alterar a situação econômica, social ou jurídica,
caso em que será respeitada a segurança jurídica das relações firmadas
sob a égide da decisão anterior, podendo o Tribunal Superior do
Trabalho modular os efeitos da decisão que a tenha alterado (art. 896-C,
§17, CLT c/c art. 17, IN nº 38/2015 do TST).
Todo o processamento dos Recursos de Revista Repetitivos segue o
fluxo previsto no Ato nº 491 SEGJUD.GP/2014 + IN nº 38 do TST + arts.
896-B e 896-C, CLT.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Quanto ao recurso repetitivo no processo do trabalho, é correto
afirmar que
A
o relator não poderá admitir manifestação de
pessoa, órgão ou entidade com interesse na
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Parabéns! A alternativa C está correta.
De acordo com o artigo 896-C, §15º da CLT, o presidente do Tribunal
Superior do Trabalho poderá oficiar os TRTs e os presidentes de
turma e da seção especializada do tribunal para que suspendam os
processos idênticos aos selecionados como recursos
representativos da controvérsia e encaminhados ao Supremo
Tribunal Federal, até o seu pronunciamento definitivo.
Questão 2
Segundo a IN nº 38 do TST, instaurado o Incidente de Julgamento
dos Recursos de Revista e de Embargos à SBDI-1 repetitivos, os
controvérsia, inclusive como assistente simples, na
forma da lei.
B
a decisão proferida pela Seção Especializada, caso
a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos
repetitivos também contenha questão
constitucional, não obstará o conhecimento de
eventuais recursos extraordinários sobre a questão
constitucional.
C
o presidente do Tribunal Superior do Trabalho
poderá oficiar os TRTs e os presidentes das turmas
e da seção especializada do tribunal para que
suspendam os processos idênticos aos
selecionados como recursos representativos da
controvérsia e encaminhados ao Supremo Tribunal
Federal, até o seu pronunciamento definitivo.
D
o recurso repetitivo será distribuído a um dos
ministros membros da Seção Especializada, sem
necessidade de ministro revisor.
E
o relator no Tribunal Superior do Trabalho
determinará a suspensão dos recursos de revista ou
de embargos que tenham como objeto controvérsia
idêntica à do recurso afetado como repetitivo.
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recursos afetados deverão ser julgados no prazo de um ano,
contado da publicação da decisão de sua afetação. Caso o
julgamento não ocorra dentro desse prazo,
Parabéns! A alternativa C está correta.
De acordo com a IN nº 38 do TST, artigo 11, os recursos afetados
deverão ser julgados no prazo de um ano e terão preferência sobre
os demais feitos. Em seu inciso I, declara que “§1º Na hipótese de
não ocorrer o julgamento no prazo de um ano a contar da
publicação da decisão de que trata o artigo 5º desta Instrução
Normativa, cessam automaticamente, em todo o território nacional,
a afetação e a suspensão dos processos, que retomarão seu curso
normal”.
A
o presidente do TST colocará em pauta para
julgamento no prazo de 30 dias, com preferência de
tramitação.
B
cessam automaticamente, em todo o território
nacional, a afetação e a suspensão dos processos,
que retomarão seu curso normal.
C
cessam por decisão do presidente do TST, em todo
o território nacional, a afetação e a suspensão dos
processos, que retomarão seu curso normal.
D
o presidente do TST poderá renovar por mais um
ano o prazo para julgamento do incidente de
recursos repetitivos.
E
o presidente do TST colocará em pauta para
julgamento no prazo de 90 dias, com preferência de
tramitação.
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Considerações �nais
A teoria dos precedentes judiciais é uma necessidade para garantir a
igualdade das decisões judiciais e a segurança jurídica dos
jurisdicionados. Não foge de tal afirmação o sistema jurídico trabalhista,
que implementou várias técnicas de julgamento neste material tratadas
para uniformizar sua jurisprudência, diminuir o inchaço de demandas
judiciais e acelerar o trâmite processual, sem se perder a eficiência das
decisões.
No primeiro módulo, tratamos dos conceitos básicos da teoria geral, da
estrutura, das preocupações e das vantagens dos precedentes judiciais,
bem como dos conceitos de distinguish, overruling e overriding. Já no
segundo módulo, tratamos da dinâmica dos precedentes no processo
do trabalho, apresentamos o incidente de resolução de demandas
repetitivas, a legitimidade e admissibilidade, a competência, a seleção
de causas, a instrução e o processamento. Por fim, passamos pela
sistemática dos recursos de revista repetitivos e sobre a assunção de
competência.
Podcast
Para finalizar, ouça este podcast para entender os precedentes no
processo do trabalho e seu papel na Justiça do Trabalho.
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Para se aprofundar sobre os assuntos discutidos aqui, recomendamos
assistir aos dois vídeos a seguir, ambos disponíveis no YouTube:
Live com o Prof. Cesar Pritsch (Juiz TRT4) sobre Precedentes no
Processo do Trabalho, moderada por Guilherme Ludwig (Juiz.
TRT5) na Escola Judicial do TRT5 – BA.
III Jornadas Brasileiras de Direito Processual do Trabalho:
Precedentes Vinculantes no Processo do Trabalho.
Referências
CAVALCANTE, J. de Q.; NETO, F. F. J. Direito processual do trabalho. 8.
ed. São Paulo: Atlas, 2019.
DIDIER JUNIOR, F. Sistema Brasileirode Precedentes Judiciais
Obrigatórios e os Deveres Institucionais dos Tribunais: Uniformidade,
Estabilidade, Integridade e Coerência da Jurisprudência. Revista do
Ministério Público do Rio de Janeiro, n. 64, p. 135-147, abr./jun. 2017.
HAJEL FILHO, R. A. B.; SANTOS, E. R. dos. Curso de direito processual
do trabalho. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2020.
GARCIA, G. F. B. Curso de direito processual do trabalho. 6. ed. rev.,
atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
LEITE, C. H. B. CPC: repercussões no processo do trabalho. 2. ed. São
Paulo: Saraiva, 2017.
LEITE, C. H. B. Curso de direito processual do trabalho. 19. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2021.
MARTINS, S. P. Direito processual do trabalho. 38. ed. São Paulo:
Saraiva, 2016.
PEREIRA, L. Manual de processo do trabalho. 7. ed. São Paulo: Saraiva,
2020.
SCHIAVI, M. A reforma trabalhista e o processo do trabalho: aspectos
processuais da Lei n. 13.467/17. São Paulo: LTr, 2017.
SCHIAVI, M. Manual de direito processual do trabalho. 10. ed. São
Paulo: LTr, 2017.
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